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GESTÃO PARTICIPATIVA UM CAMINHO IMPORTANTE PARA UM
ENSINO-APRENDIZADO DE SUCESSO
*Luciene Vitor Pereira e Silva
Resumo: Este artigo foi elaborado a partir de um projeto de intervenção, com o objetivo,
de refletir sobre a contribuição da gestão escolar participativa no processo pedagógico,
sendo várias as formas de o gestor contribuir positivamente para a construção do ensino
de qualidade na escola. Observar, conhecer, avaliar, participar do planejamento
educacional, articular formação continuadas aos profissionais são apenas algumas das
muitas maneiras de subsidiar o processo pedagógico satisfatoriamente. As escolas
precisam fornecer os alunos com dificuldades de aprendizagem uma educação
apropriada, incluindo bons sistemas escolares, profissionais qualificados que se dediquem
ao diagnóstico cuidadoso e ao atendimento de qualidade do ensino oferecido aos alunos.
Planejar as aulas, traçar objetivos, explicar a matéria, escolher métodos e procedimentos
didáticos, dar tarefas e exercícios, controlar e avaliar o progresso dos alunos destina-se,
acima de tudo, a fazer progredir as capacidades intelectuais dos educandos. O papel
social e educacional da escola visa formar cidadãos e oferecer, ainda, a possibilidade de
apreensão de competências e habilidades , pois os problemas de aprendizagem são
complexos e o diagnóstico apropriado de cada um é indispensável para poder conceber
as estratégias de condução e tratamentos adequadas. Tais reflexões levam ao um
caminho de novas práticas, de novas estratégias pedagógicas, que resulta em um ensino
diferenciado de qualidade e sucesso.
Palavras - chaves: Gestão escolar, dificuldade de aprendizagem, ensino de sucesso.
* Graduada em Pedagogia, pela UNITINS (Universidade Estadual do Tocantins).
INTRODUÇÃO
O presente trabalho foi elaborado, após realização do projeto de intervenção,
executado com os alunos do 2º ano, da escola Municipal Maria Pereira Guimarães, na
cidade de Colinas do Tocantins. O qual aborda como primeira questão, a importância da
gestão participativa no processo pedagógica, de modo a identificar métodos e ações
necessárias para aprimorar o processo de ensino. Entretanto o gestor escolar
desempenha vário papeis, mas a Gestão Pedagógica é o lado mais importante e
significativo da gestão escolar.
O gestor escolar deve ser um líder pedagógico que apóia o estabelecimento das
prioridades educacionais, avaliando sua equipe e os alunos constantemente. Deve está
inserido participando da elaboração de programas de ensino e de programas de
desenvolvimento,
preocupando-se
em
oferecer
capacitação
ao
corpo
docente,
estimulando os a debaterem em grupo, para refletirem suas práticas pedagógicas e leválos a experimentarem novas possibilidades, bem como enfatizar os resultados alcançados
pelos alunos nos diagnósticos realizados, para planejar em suas ações, visando sempre
um ensino de qualidades para os alunos inseridos na escola.
A segunda questão mostra o papel da escola frentes às dificuldades de ensino,
uma vez que a instituição tem uma tarefa relevante no resgate da auto-imagem distorcida
da criança que apresenta dificuldades na aprendizagem, por ter uma concepção
socialmente transmissora de educação e de cultura, que transcende as habilidades
educacionais familiares, além da responsabilidade e competência em desvendar para a
criança o significado e o sentido do aprender.
É importante afirmar que é por meio da interação e das relações sociais que o
processo de aprendizagem se efetiva. Um fator que ajuda para o melhor desenvolvimento
do aprendizado do aluno é o docente saber utilizar adequadamente os materiais
pedagógicos como suporte na ajuda a superar as limitações do processo aprendizagem.
Ainda neste tópico é discutido, assunto referente à avaliação e ao planejamento
de ensino. Sendo através do diagnostico a maneira que se percebe o progresso dos
alunos, para a partir da mesma elaborar ações através do planejamento para buscar
novas estratégias oportunizando ao aluno uma aprendizagem significativa.
Avaliação uma atarefa didática necessária para trabalho do docente, que deve
acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem dos educandos. Sendo
Através dela, os resultados, que são comparados com os objetivos propostos, a fim de
constatar progressos, dificuldades, e reorientar o trabalho conjuntos do professor e dos
alunos os quais são comparados com os objetivos propostos, a fim de constestar
progressos, dificuldades, e orientar o trabalho para as correções necessárias.
Por fim mostra alguns caminhos que os professores, pais e família podem percorrer
para obterem sucesso no ensino-aprendizado dos alunos e dos seus filhos.
A CONTRIBUIÇÃO DA GESTÃO ESCOLAR PARTICIPATIVA NO PROCESSO
PEDAGÓGICO
O gestor escolar desempenha múltiplas funções, e para desenvolver todas elas
com eficiência e eficácia, são necessárias ações gerenciais bem planejadas e
organizadas. Portanto deve possuir competências e habilidades que permita à construção
de uma escola efetiva, com base em um ensino e aprendizado significativo, alinhada aos
princípios democráticos e participativos. Como comenta as leis:
A gestão democrática está contida na Constituição Federal de 1988 que fala da
democracia participativa, criando instrumentos para que o exercício popular se efetive. O
artigo 206 da Magna Carta estabelece como princípios básicos o pluralismo de idéias e de
concepções pedagógicas e a gestão democrática do ensino.
A gestão democrática tem sua segunda isenção no texto da LDB nos artigos 14: Os
sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática, de acordo com as
peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I) participação dos profissionais da
educação na elaboração do P.P.P da escola; II) Participação da comunidade escolar e
local em Conselho escolares ou equivalentes.
Gadotti (1994) fala que a gestão democrática é importante, principalmente, para
promover melhorias gerais no ensino e aprendizagem. Segundo ele, como a escola deve
formar para a cidadania, ela deve dar o exemplo. A gestão democrática é um passo
importante no aprendizado da democracia. A escola não tem um fim em si mesmo. Ela
está a serviço da comunidade. Nisso, a gestão democrática da escola está prestando um
serviço também à comunidade que a mantém.
Entende-se que a gestão democrática pode melhorar o que é específico da escola,
“o seu ensino”. Isso se explica pelo fato de que o envolvimento dos diferentes atores,
equipe escolar, pais, alunos e comunidade em geral, no processo educacional propiciarão
um contato maior e permanente entre si, o que pressupõe um conhecimento mútuo e
significativo.
Quando o gestor abre as porta da escola para a comunidade escolar ou em geral,
ele divide a responsabilidade de seu papel, como coloca Santos: “Toda a comunidade
educativa deve está juntos na intencionalização da educação”. No entanto, cabe ao gestor
escolar assegurar que a escola realize sua missão com sucesso, onde ela seja um local
de educação entendida como elaboração do conhecimento, aquisição de competências e
habilidades e formação de valores. E para isso ele precisa contar com o apoio de todos,
pois isolada não conseguirá cumpri com suas diversas atribuições.
Portanto variadas são as formas de o gestor contribuir positivamente para a
construção do ensino satisfatório da escola. Observar, conhecer, avaliar, participar do
planejamento educacional, articular formação continuadas aos seus profissionais são
apenas algumas das muitas maneiras de contribuição com o processo pedagógico.
Libâneo, considera-se a gestão pedagógica como sendo o lado mais importante e
significativo da gestão escolar. Uma vez que o gestor deverá cuidar de gerir a área
educativa propriamente dita da escola e da educação escolar, estabelecendo objetivos,
gerais e específicos, para melhorar o ensino-aprendizagem dos alunos.
Para que de fato, isso aconteça, o gestor tem de está atento ao planejamento dos
professores, pois é este uma ferramenta básica e eficaz, a fim do professor fazer suas
intervenções na aprendizagem do aluno. São através do planejamento que são definidos
e articulados os conteúdos, os objetivos e as metodologias propostas de maneira
consciente a atingir os objetivos. O planejamento de ensino, portanto, é de suma
importância para uma prática eficaz e conseqüentemente para a concretização da
aprendizagem do aluno. Como afirma Libâneo:
O trabalho de planejar as aulas, traçar objetivos, explicar a matéria, escolher
métodos e procedimentos didáticos, dar tarefas e exercícios, controlar e avaliar o
progresso dos alunos destina-se, acima de tudo, a fazer progredir as capacidades
intelectuais dos educando. (Libâneo: 1994.p.105)
Se de fato o objetivo do gestor e do professor é que o aluno aprenda, através de
uma boa intervenção de ensino, planejar aulas é um compromisso com a qualidade de
suas ações e a garantia do cumprimento de seus objetivos. Segundo Libâneo,
Planejamento Escolar “é um processo de racionalização, organização e coordenação da
ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social” (1992,
p. 221).
Para realizar o planejamento das ações democraticamente, as decisões devem ser
feita coletivamente e participativamente. Para pô-las em práticas a escola deve estar bem
coordenada e administrada. Não se que dizer com isso que o sucesso da escola reside
unicamente na pessoa do gestor ou em uma estrutura administrativa autocrática na qual
ele centraliza todas as decisões. Ao contrário, trata-se de entender o papel do gestor
como líder cooperativo, o de alguém que consegue aglutinar as aspirações, os desejos,
as expectativas da comunidade escolar e articular a adesão e a participação de todos os
segmentos da escola na gestão em um projeto comum.
Segundo Santos o papel do gestor é de animar e articular a comunidade educativa
na execução do projeto educacional, incrementando a gestão participativa da ação
pedagógica, conduzindo a gestão da escola em seus aspectos administrativos,
econômicos, jurídicos e sociais. Com isso é relevante para o processo pedagógico, o
envolvimento de todos nas tomadas de decisões, nos planejamentos das ações do
Projeto Político Pedagógico, e nas execuções das atividades, porque partindo do
pedagógico
a
gestão
participativa
expandirá
para
as
demais
gestões,
que
conseqüentemente o sucesso de uma depende da outra. E assim a gestão escolar
participativa aconteça verdadeiramente.
Pensando neste presuposto, o gestor também deve se preocupar com a função da
avaliação aplicada dentro da instituição, pois este é um ato importantissimo para o
processo ensino-aprendizagem. Uma vez que a avaliação educacional tem como objetivo
identificar, analisar as causas de repetidas incapacidades na aprendizagem, evidenciando
dificuldades em seu desempenho escolar, sendo que a função formativa ou de controle
tem a finalidade de localizar, apontar as deficiências, insuficiências no decorrer do
processo educativo, na qual os instrumentos deverão estar de acordo com os objetivos a
serem atingidos.
A avaliação é uma atarefa didática necessária e permanente do trabalho docente,
que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Através
dela, os resultados, que são comparados com os objetivos propostos, afim de contatar
progressos, dificuldades, e reorientar o trabalho conjuntos do professor e dos alunos são
comparados com os objetivos propostos, a fim de constestar progressos, dificuldades, e
orientar o trabalho para as correções necessárias. Padilha coloque que:
Planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos
e objetivos, visando ao melhor funcionamento de instituições, setores de trabalho,
organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre
processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de
necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos
(humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos
determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações (PADILHA,
2001, p. 30).
A avalição é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do
professor, alunos e demais funcionarios enseridos no processo educacional.
Sendo assim, o ato de avaliar deve não apenas estar inserido no processo de
educação, mas, normalmente, contribuir para pleno desenvolvimento do profissional. O
gestor tem que saber que a avaliação precisa servir tanto ao professor quanto ao aluno,
como concorda Luckesi ao afirma que:
Não há avaliação sem um projeto ao qual serve, mesmo porque só
pode existir sob essa condição de servir, de subsidiar decisões em busca de melhor
qualidade dos resultados e estas dependem da concepção teórica que adotemos.
(2005, p.59)
A avaliação institucional tem se mostrado um instrumento de grande relevância no
processo de formação de professores já que as concepções de práticas deverão ser
renovadas constantemente. Para Carvalho:
É provável que a avaliação seja um dos aspectos do processo
ensino/aprendizagem, em que mais de faça necessária uma mudança didática,
isto é, um trabalho de formação dos professores que questione ‘o que sempre se
fez’ e favoreça uma reflexão crítica de idéias e comportamentos docentes de
‘senso comuns muito persistentes (CARVALHO, 2006, p. 55).
Segundo Perrenoud (1999), a sociedade vive em constante mudança e, portanto,
faz-se necessário que a escola, como agente ativo na formação do cidadão, acompanhe e
até mesmo se antecipe a sua evolução. Torna-se necessário, pois, que estejamos atentos
que uma escola de qualidade não é a que reprova e sim a que consegue ensinar em
ambientes onde haja pluralidade de realidades e culturas, e ainda assim, formar cidadãos
autônomos e conscientes do seu papel numa possível transformação.
A escola atual passa por um período de transição de seu verdadeiro papel e entre
os seus muitos papeis, cabe ao gestor definir as linhas de atuação de acordo com os
objetivos e o perfil de sua
comunidade e dos seus alunos. Propor metas a serem
atingidas, elaborar os conteúdos curriculares, acompanhar e avaliar o rendimento das
propostas pedagógicas e dos objetivos e o cumprimento das metas, avaliar o
desempenho dos alunos, do corpo docente e da equipe escolar como um todo, não
poderá ser feito apenas pelo gestor, mais em conjunto com toda equipe escolar.
Paro, afirma que o gestor escolar deve ser um líder pedagógico que apóia o
estabelecimento das prioridades, avaliando, participando na elaboração de programas de
ensino e de programas de desenvolvimento e capacitação de funcionários, incentivando a
sua equipe a descobrir o que é necessário para dar um passo à frente, auxiliando os
profissionais a melhor compreender a realidade educacional em que atuam, cooperando
na solução de problemas pedagógicos, estimulando os docentes a debaterem em grupo,
a refletirem sobre sua prática pedagógica e a experimentarem novas possibilidades, bem
como enfatizando os resultados alcançados pelos alunos.
Supervisionar diariamente o trabalho pedagógico é um foco fundamental para o
trabalho do gestor, após as observações faz-se necessário reunir com a equipe
pedagógica para socializar as questões e tomar decisões coletivamente, pensando na
melhoria das atividades da escola, o qual conseqüentemente atingirá o processo de
ensino. Com o objetivo de atacar uma problemática comum que as escolas vêm
enfrentando que é o grande índice de reprovação e muitas vezes não sabe qual o melhor
caminho a percorrer para solucioná-los.
Portanto os problemas são inúmeros e complexos, saber diagnosticar é um desafio
que deve ser administrado pelo gestor, pais, professores e todos envolvido no processo
pedagógico da escola. Com isso é importante que a escola tenha parcerias com
profissionais qualificados para diagnosticar os problemas de forma apropriados, pois é
indispensável para conceber estratégias e levar a condução de tratamentos adequados.
Muitas vezes surge a o questionamento: qual o papel verdadeiro da escola frente às
dificuldades de aprendizagem?
Para responder a este questionamento e necessário ter consciência de que os
problemas de aprendizagem podem está atribuído a vários denominadores, interno ou
externo de cada individuo. É necessários que a escola tenha claro esta definição, para
traçar metas que ajude a criança a superar sua deficiência ou dificuldade. Uma vez que
as crianças com dificuldades de aprendizagem não são crianças incapazes, apenas
apresentam alguns obstáculos para aprender. As dificuldades são definidas como
problemas que interferem no domínio de habilidades escolares básicas, e elas só podem
ser formalmente identificadas até que uma criança comece a ter problemas na escola.
É necessário modificar metodologias, idéias e desmistificar o medo ao novo, ao
diferente procurando dentro de conhecimentos inovadores a cultura do sucesso deste
aluno. Se a criança for estimulada a desenvolver suas potencialidades, suas habilidades
indo de encontro ao seu sucesso escolar são de grande valia seu estudo.
A dificuldade de aprendizagem deve apontar estratégias que possam possibilitar
um bom rendimento do aluno partindo de uma investigação junto à família e também ao
seu contexto escolar, desde suas relações com colegas, professor e das metodologias
adotadas dentro das práticas escolares, uma vez que esta relação não se dá no vazio.
Existe um contexto de nuances variado que vai desde o espaço físico de sala de
aula até o mundo extra-escolar. A escola precisa buscar não somente os seus interesses,
mas que descubra nas suas características e resistências mecanismos para não culpar a
criança pelo seu fracasso escolar.
As escolas precisam fornecer às pessoas com dificuldades de aprendizagem uma
educação apropriada, incluindo bons sistemas escolares, bons profissionais que se
dediquem ao diagnóstico cuidadoso e ao atendimento remediador de qualidade
Um aliado importante para escola e para a criança portadora de dificuldades de
aprendizagem, é a presença do grupo familiar. A princípio devem aceitar os limites que a
criança apresenta, devem ser verdadeiros parceiros, apoiando-os emocionalmente. O
corpo docente deve estar sempre procurando maneiras de ajudá-los a potencializar suas
habilidades e competências, para a criança sentir-se, de alguma forma compensados por
suas dificuldades. É nesse momento que a gestão participativa se efetiva, quando todos
estão frente a situações difíceis e em conjunto fica mais fácil encantar caminhos para
solucionar os obstáculos.
Vygotsky (1989) afirma que o auxílio prestado à criança em suas atividades de
aprendizagem é válido, pois, aquilo que a criança faz hoje com o auxílio de um adulto ou
de outra criança maior, amanhã estarão realizando sozinha. Desta forma, o autor enfatiza
o valor da interação e das relações sociais no processo de aprendizagem.
Já para Fonseca (1995), a aprendizagem é uma função do cérebro. A
aprendizagem satisfatória se dá quando determinadas condições de integridade estão
presentes, tais como: funções do sistema nervoso periférico, funções do sistema nervoso
central, sendo que os fatores psicológicos também são essenciais fatores ligados
diretamente os obstáculos de aprendizagem.
Perceber que o primeiro autor, relaciona a efetivação da aprendizagem com o
ambiente que a criança esta inserida, já para o segundo, atribui à formação do celebro,
mas para diagnosticar tais problemas a escola deve cantar com parcerias e apoios de
profissionais qualificados em áreas diferenciadas como: psicopedagogo, psicólogos,
neuropsicólogo e neurologistas. A escola deverá sempre ter visão de gestão participativa,
buscando dividir as decisões e lutar para busca de soluções.
A autora Ana Maria dá definições de alguns especialistas, facilitando assim o
caminho para a escola percorrer com seus alunos que apresentam dificuldades na
aprendizagem.
Para ela, o pedagogo preocupa-se principalmente em construir as situações
pedagógicas que tornem possível aprendizagem; O psicólogo, em contrapartida,
interessa-se pelos fatores emocionais que interferem na aprendizagem da criança e no
significado que a atividade cognitiva tem para ela. Para o neuropsicólogo é especialista no
estudo
das
relações
entre
o
cérebro
e
o
comportamento.
Numa
avaliação
neuropsicológica são administrados testes que podem ajudar a determinar se o cérebro
está funcionando corretamente. Já o neurologista ocupa-se do estudo das anomalias do
desenvolvimento do sistema nervoso. Recorrer ao neurologista quando a criança
apresentar déficit de atenção.
Com a definição da autora a escola poderá escolher qual o melhor caminho para
enviar seus alunos com dificuldades e transtorno na aprendizagem.
Portanto, pais, professores, equipe gestora, profissionais devem ter uma grande
responsabilidade, com as crianças que apresentam algum tipo de transtorno de
aprendizagem. Sendo assim, cabe a escola observar, aos profissionais detectar e
determinar, como e quando interferir no problema. Sendo esta uma atribuição de suma
importância para o sucesso acadêmico de uma criança que apresenta dificuldades de
aprendizagem e uma vitória para escola que busca o sucesso dessas crianças.
O aprender e não-aprender estão vinculados a várias causas que se interligam e
não devem ser desprezadas quando o educador quer compreender os “porquês” de uma
não aprendizagem e oferecer possibilidades para que o aluno possa aprender. Sabe-se
que os fatores como ambiente escolar, ambiente social, contexto sócio-econômico,
emocional e individual em que o aluno está inserido podem causar e posteriormente
reforçar as dificuldades para aprender. Como alertam Coelho e José (2006, p.24),
Na verdade quando o ato de aprender se apresenta como problemático, é preciso
uma avaliação muito mais abrangente e minuciosa. O professor não pode se
esquecer de que o aluno é um ser social com cultura, linguagem e valores
específicos aos quais ele deve estar sempre atento, inclusive para evitar que
seus próprios valores não o impeçam de auxiliar o aluno em seu processo de
aprender.
Um fator importante para aprendizagem é conceber a família um elo de parceria,
como também manter permanente um sistema de organização, de comunicação e de
estabilidade entre família, escola e comunidade. Esse sistema pode contribuir com a
aprendizagem de sucesso, como ocorre o mesmo que podem fazer.
Um caminho que não deverá ser percorrido pela escola segundo, Strick e Smith
(2001) a rigidez na sala de aula para as crianças com dificuldades de aprendizagem, é
pode ser fatal. Para progredirem, tais estudantes devem ser encorajados a trabalhar ao
seu próprio modo. Se forem colocados com um professor inflexível sobre tarefas e testes,
ou que usa materiais e métodos não apropriados aluno não terá sucesso. Para evitar tais
transtornos uma boa medida, é oferecer aos profissionais capacitações.
Segundo Freire (1998), não se pode falar em qualidade de ensino sem se pensar
também em competência profissional. Para que haja as necessárias mudanças no meio
educacional, deve-se ressaltar a importância da qualidade no processo de formação de
professores.
Para isto, os gestores devem propiciar a formação do docente, em consonância
com as necessidades da organização escolar, capacitando-o para ampliar conhecimentos
necessidade para favorecer domínios dos conteúdos, metodologia e formação
pedagógica, de forma a atuar satisfatoriamente com os alunos, principalmente os que
apresentam dificuldades no aprendizado. Dessa maneira, o conhecimento adquirido na
formação deve caminhar de forma a elevar o conhecimento pedagógico.
O desencadeamento de um processo de formação contínua dos professores em
serviço, possibilita-lhes condições para refletirem sobre sua prática, ajudando-os a
compreender o contexto de sua ação docente, buscando deslumbrar a importância de seu
papel como educadores, podem mudar a ação docente, levando as práticas
comprometidas com os processos de tomada de decisão e de produção do conhecimento,
com a realidade dos alunos, com a melhoria do processo ensino-aprendizagem e com a
participação efetiva na formação integral do educando.
É muito importante entender que a aprendizagem caminha unida ao crescimento, ir
deixando, pouco a pouco, a dependência para chegar a ser independente. Nesse
processo a criança deve ser capaz de transferir seus afetos para fora do núcleo familiar e
encontrar outros modelos de identificação com seus colegas e professores.
Um fator que contribui para o envolvimento do aluno no processo de aprendizado é
a interação entre aluno/aluno e professor/aluno, pois este envolvimento natural dará mais
confiança ao aluno, contribuindo para o processo de socialização das crianças,
oferecendo-lhes oportunidades de realizar atividades coletivas livremente, além de ter
efeitos positivos para o processo de aprendizagem e estimular o desenvolvimento de
habilidades básicas e aquisição de novos conhecimentos.
Na fala de Freire, percebe-se o vínculo entre o diálogo e o fator afetivo que
norteará a virtude primordial do diálogo, o respeito aos educados não somente como
receptores, mas enquanto indivíduos.
As relações afetivas que o aluno estabelece com os colegas e professores são
grande valor na educação, pois a afetividade constitui a base de todas as reações da
pessoa diante da vida.
As brincadeiras por mais simples que sejam, são fontes de estímulo ao
desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança e também é uma forma de autoexpressão. A idéia difundida popularmente limita o ato de brincar a um simples
passatempo, sem funções mais importantes que entreter a criança em atividades
divertidas. É nesse momento que o papel do gestor e a equipe pedagógica faz se
necessário para que o brincar não torne apenas um ato sem objetivo, mas em algo
pedagógico capaz de transforma uma realidade muitas vezes negativa em momentos
positivos para o aprendizado.
A idéia de um ensino despertado pelo interesse do aluno acabou transformando o
sentido do que se entende por material pedagógico. Seu interesse passou a ser a força
que comanda o processo da aprendizagem, suas experiências e descobertas, o motor de
seu progresso e o professor um gerador de situações estimuladoras e eficazes.
As escolas devem buscar formas de prevenção nas propostas de trabalho,
preparar os professores para entenderem seus alunos, diferenciar um a um, respeitar o
ritmo de cada um. A escola deve ser um ambiente onde as crianças possam sentir-se
bem, amadas e sempre alegres.
Uma outra proposta coerente para caminhos bem sucedidos de ensino e
aprendizagem é a utilização do material pedagógico, como sendo um portal para a
imaginação da criança. Suas influencias no meio criativo podem gerar muitas surpresas
para o professor, dando sempre uma variação no material, pois são necessárias as
mudanças dos objetos para que estimule a criatividade, e que não se torne repetitivo e
cansativo suas vivencias com o material utilizado em aula e uma gestão democrática e
contar com metodologias adequadas, envolvendo todos os alunos de forma a respeitar
sua individualidade e limitações.
A escola deve esforçar-se para a aprendizagem ser significativa para o aluno. E no
momento em que surgir algum problema com algum aluno é importante que haja uma
mobilização por parte da escola, a fim de que solucionem a possível dificuldade.
CONCLUSÃO
Conclui-se que diante do atual contexto em que vivemos a tendência é que cada
vez mais se exijam respostas da escola, especialmente no que diz respeito à sua função
formadora de pessoas capazes de contribuir para com a sociedade.. A gestão
democrática, entretanto, é um instrumento de grande importância para as escolas, no
sentido de fortalecer a autonomia e promover uma maior participação popular na
discussão e tomadas de decisão que afetarão não somente a comunidade escolar, como
a própria sociedade onde a escola está inserida e da qual faz parte.
Ao se deparar com uma problemática de reprovação o qual vinha acontecendo
continuamente no 2º ano da Escola Municipal Maria Pereira Guimarães, a gestora
juntamente com pais, equipe pedagógica, discutiram e analisaram formas que
contribuíram para uma manifestação de mudanças, na visão de gestão, sendo a gestão
participativa considerada a melhor forma, para vencer os obstáculos existentes no
sistema de ensino, pois envolve, além dos professores e outros funcionários, os pais, os
alunos e qualquer representantes da comunidade que esteja interessado na escola e na
melhoria do processo pedagógico.
Estudos foram feitos com a participação de todos e sugestões surgiram para
incentivar a participação dos alunos nas realizações das atividades. Pois se percebeu que
atividades desafiadoras, que envolvam os esquemas cognitivos de natureza operativa, os
jogos, trabalhos em grupo, atividades de expressão oral, onde o aluno possa ouvir e se
fazer ouvir, externar opiniões e tirar dúvidas, foram caminhos satisfatórios para a busca
de novos rumos para a sala dos alunos do 2º ano.
A importância do diálogo a relação educador – educando, é um ato que se faz
necessário no processo que propicie a construção coletiva do conhecimento.
Portanto após as leituras, as pesquisas realizadas e as e experiências vividas no
ambiente escola, conclui-se que o sucesso ou fracasso escolar é complexo e de difícil
diagnóstico mais não é impossível de resolver basta saber o caminho certo a percorrer.
Ter parceiros certos para ajudar nesta descoberta e poder e contar com a participação de
todos envolvidos do processo ensino aprendizagem torna os problemas. Mais fácil e
solucionar.
Sabe-se que o caminho para um aprendizado de sucesso é um processo complexo
e dimânico, que envolve caminhos e tempos individuais. Existem varias formas e fatores
fundamentais para que a aprendizagem se efetive. O diretor não pode ater-se apenas às
questões administrativas. Como dirigente, cabe-lhe ter uma visão de conjunto e uma
atuação que apreenda a escola em seus aspectos, administrativos, financeiros, culturais e
principalmente está envolvendo com o pedagógico.
Para tanto é necessário o gestor usar algumas estratégia importante como, está
atento às atividades desenvolvidas dentro das salas de aulas, está por dentro dos
trabalhos pedagógicos desenvolvidos pelos alunos. Sendo que o planejamento do corpo
docente também deverá ser visto com muita atenção, para intervir e buscar recursos e
parcerias sempre que necessário. Este gerenciamento deverá acorrer de forma
democrática e consciente de seu papel dentro das tantas gestões.
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