Aula 14 – Hobbes

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Filosofia
THOMAS HOBBES
Nasceu em 5 de abril de 1588 em Westport,
na Inglaterra, e faleceu em Hardwick, em
1679
Veio a ser um dos maiores pensadores
políticos da modernidade
De origem humilde, teve seus estudos
custeados por um tio
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THOMAS HOBBES
Dedicou grande empenho no estudo dos
pensadores clássicos
Contraíu uma aversão à democracia,
tornando-se um dos maiores pensadores do
absolutismo
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THOMAS HOBBES
Tomou com grandes pensadores de seu
tempo, com Francis Bacon e Galileu
Preocupado quanto à situação política da
Inglaterra, tornou-se defensor do Rei Carlos I
Tornou-se preceptor do Príncipe de Gales
(futuro Carlos II), então exilado com sua corte
em Paris
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PRINCIPAIS OBRAS
De Cive, publicada em 1642
Leviathan (sua principal obra), publicada
em 1651
 ambas
foram publicadas durante seu exílio
em Paris
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MATERIALISMO MECANICISTA
O homem natural é alvo de um
materialismo mecanicista
Toda a realidade estaria ligada à ação
e reação dos corpos em movimento
O homem não poderia fugir a essa lei
universal
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O ESTADO DE NATUREZA
Hobbes nunca afirmou a verdadeira
existência de tal Estado, podendo ser
entendido como um momento hipotético
Tem a ausência do Estado e de uma
autoridade como característica principal
Não haveriam leis que regessem o
comportamento humano, o homem seguiria
apenas sua vontade
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O ESTADO DE NATUREZA
Não havendo leis, não haveriam crimes
Cada um agiria de acordo com suas
vontades
Seria um estado de guerra permanente de
todos contra todos
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AS LEIS DA NATUREZA
Únicas leis presentes no Estado de
Natureza
Conjunto de idéias, ou regras, que
intervêm na conduta humana no sentido
de proteger o valor maior, que é o da
vida
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AS LEIS DA NATUREZA
São estabelecidas pela razão,
vinculadas à mente e ao consentimento
de cada indivíduo
Antes da moral, ou de qualquer outra
obrigação, é lícito que o homem lute por
sua vida
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O HOMEM NATURAL
É o homem em seu estado puro, que vive no
Estado de Natureza
O homem, em seu estado natural move-se
exclusivamente pelos seus medos e desejos
Na luta pela dominação não poupa a vida de
nenhum de seus concorrentes
É um ser individualista por natureza
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O HOMEM INDIVIDUALISTA
É natural que na escolha entre as suas
vontades e as do outro, o homem escolha
pelas suas
O homem natural não se importa com os
outros homens, apenas consigo mesmo
Para o homem natural não existe
fraternidade ou compaixão
O homem faz apenas aquilo que é fruto de
sua vontade
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MEDOS E DESEJOS
O homem se move segundo seus
medos e desejos
Para satisfazer seus desejos ou fugir
de seus medos o homem é capaz de
qualquer ato
Ele foge das coisas que possui medo e
luta para conquistar as coisas que
deseja
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MEDOS E DESEJOS
Juntos, esses medos e desejos, são os
motivos pelo qual o homem vive, e o
movimento dessa vida não poderia
existir sem estes
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A GANÂNCIA
O homem natural é coberto pela cobiça, de
tal forma que ele tentará se apoderar de
qualquer bem que deseje, independendo de
suas necessidades e da utilidade de tal bem
O homem ambiciona indefinidamente mais
coisas do que presentemente tem, não sendo
a obtenção de um objeto senão o caminho
para conseguir outro
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A GANÂNCIA
A ganância humana é como o fogo, que
consome tudo o que estiver ao seu redor e
puder servir de combustível, e só cessa
quando não puder consumir mais nada, ou
quando for apagado por um agente externo
A felicidade humana se resumiria a um
contínuo progresso de seus desejos
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A DISCÓRDIA
Haveria três causas para a discórdia no
estado de natureza:
a desconfiança, faz com que o homem
esteja sempre se preparando para um
possível ataque
a competição entre os homens, a luta pela
dominação, dominar a todos para não
haver ameaças
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A DISCÓRDIA
Haveria três causas para a discórdia no
estado de natureza:
a honra, o homem lutaria sempre para
manter uma boa imagem, ser glorificado,
isso inclui a vaidade e o desejo de se
mostrar como mais poderoso e capaz
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A IGUALDADE
Na natureza todos os homens são iguais,
livres e têm os mesmos direitos sobre todas
as coisas
Os homens são iguais segundo as suas
capacidades, medos e desejos
As habilidades humanas, se ponderadas, são
equivalentes, não havendo homens melhores
que outros (uns são mais fortes, outros mais
inteligentes, ou mais hábeis)
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A IGUALDADE
E é essa igualdade de desejos e
necessidades, que acaba ocasionando os
conflitos, pelas disputas entre os homens
Sendo um homem igual ao outro, com as
mesmas capacidades, não haveria motivo
compreensível para que este homem fosse
obedecer, seguir os comandos, de outro
homem
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O CONTRATO SOCIAL
Feito com objetivo de preservar a vida, o bem
maior do ser humano
O Estado de Natureza não é um ambiente
seguro
O temor de uma morte violenta e o desejo de
uma vida segura levam o homem a renunciar
sua condição natural de liberdade
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O CONTRATO SOCIAL
Criou-se a necessidade de uma força maior,
que protegesse a vida do homem, para que
este não precisasse viver em uma situação
de medo constante
Consistiria na transferência dos direitos de
cada homem para uma só pessoa, que
aglutinaria um direito e um poder absoluto
sobre todas as coisas e todos os homens
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O CONTRATO SOCIAL
Os homens se comprometeriam a respeitar
normas que garantissem sua vida mais
tranqüila
Essa pessoa seria o soberano, que teria o
poder de fazer todas as lei
Representa o término do Estado de Natureza
e o início da Sociedade Civil
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PROPRIEDADE NO ESTADO
DE NATUREZA
Não existia propriedade antes da formação
do Estado
Não haveria garantias de propriedade
Só se pode falar em propriedade, quando
ocorre o reconhecimento da apropriação
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PROPRIEDADE NO ESTADO
DE NATUREZA
Cada homem seria proprietário daquilo que
pudesse conquistar
Tudo pertencia a todos, logo, nada pertencia
a ninguém
O homem só era dono de uma propriedade
enquanto, conseguisse mantê-la sob o seu
domínio
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PROPRIEDADE APÓS O
CONTRATO
A propriedade de Hobbes era vinculada ao
Estado
Ao Estado, caberia a função de dividir as
terras e conceder propriedades
O soberano poderia confiscar a propriedade
de qualquer cidadão
A propriedade não existiria frente ao
soberano, mas seria garantida frente aos
outros súditos
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FUNÇÃO DO ESTADO
Hobbes
adota uma concepção absolutista
o Estado teria como função garantir a vida
do homem
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CONCEPÇÃO REALISTA
Hobbes apresenta um homem mau, vivendo
em estado de guerra de todos contra todos
Teve como objetivo de defender o
absolutismo da monarquia inglesa
Apresenta um ângulo mais realista se
comparado com os pensadores de sua época
Nega a concepção de um homem de valores
e virtudes, apresentando um homem com
defeitos valorativos, individualista, egoísta e
ambicioso
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“Para o filósofo inglês Thomas Hobbes, o homem, embora vivendo em sociedade, não
possui o instinto natural de sociabilidade. Cada homem sempre encara seu
semelhante como um concorrente que precisa ser dominado. Onde não houve o
domínio de um homem sobre outro existirá sempre competição intensa até que esse
domínio seja alcançado.
A consequência óbvia dessa disputa infindável dos homens entre si teria gerado um
permanente estado de guerra e de matança nas comunidades primitivas. Nas palavras
do próprio Hobbes: o homem era lobo do próprio homem (homo homini lúpus).
Só havia uma solução para dar fim à brutalidade social primitiva: a criação artificial da
sociedade política, administrada pelo Estado. Para isso, os homens tiveram que firmar
um contrato entre si, pelo qual transferiam seu poder de governar a si próprios a um
terceiro – o Estado”.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. Ser, Saber e Fazer. São Paulo: Saraiva,
8° edição reformulada, 1993, p. 240.
Podemos afirmar que a concepção política que nasce da antropologia filosófica de
Thomas Hobbes tem como característica principal:
a) o Neoliberalismo que foi aplicado em várias nações durante
a década de 1980, tendo como princípio a liberdade
econômica e a minimização do Estado.
b) o Comunismo que foi aplicado inicialmente na Rússia no
ano de 1917 e depois se espalhou para muitas nações do
leste europeu.
c) o Parlamentarismo em estilo britânico que vigorou
fortemente no Reino Unido no final da década de 1990
tendo como figura de destaque o ministro Tony Blair.
d) o Absolutismo político que vigorou fortemente na Europa
nos séculos XVII e XVIII tendo como grandes expoentes
Luís XIV de França, Henrique VIII e Elizabeth I da
Inglaterra, entre outros.
e) a Democracia representativa que foi fortemente defendida
pelos revolucionários estadunidenses durante sua luta pela
independência no Segundo Congresso da Filadélfia em
1776.
Thomas Hobbes, na obra “Leviatã”, explanou os seus
pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a
necessidade de governos e sociedades. No estado
natural, enquanto alguns homens podem ser mais
fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se
ergue tão acima dos demais por forma a estar além
do medo de que outro homem lhe possa fazer mal.
Por isso, cada um de nós tem direito a tudo, e uma
vez que todas as coisas são escassas, existe uma
constante guerra de todos contra todos (Bellum
omnia omnes). No entanto, os homens têm um
desejo, que é também em interesse próprio, de
acabar com a guerra, e por isso formam sociedades
entrando num contrato social. Assim, para Hobbes:
(A) A força do Estado resulta de um contrato entre os
homens e o governante para garantir a sobrevivência
da sociedade, uma vez que, no estado da natureza, os
homens são violentos.
(B) A violência que afeta os homens no estado natural
resulta da competição, da ganância daqueles que se
apoderam da força do Estado e exploram o trabalho da
maioria.
(C) O Estado só aparece no momento em que a
sociedade passa a controlar os governantes e, assim,
asseguram a permanência da paz com o fim da
violência.
(D) O Estado surge de um contrato social, em que
todos garantem o direito à propriedade e à liberdade e
a participação nas Assembleias Deliberativas.
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