Short Communication Jornada Integrada dos Cursos da Saúde/NBC: “Arte e Tecnologia em Saúde” Levantamento bibliográfico das técnicas utilizadas na Fonoaudiologia estética nos últimos 12 anos Por: Camila C.S. BRITO , Marinere T. X. COTA, Patrícia VALENTE Introdução: A beleza é um tema cada vez mais presente no nosso dia a dia. As pessoas buscam diversas formas para se adequarem aos padrões existentes na sociedade, nesse sentido o campo da estética é um grande aliado, pois se apresenta com um vasto conjunto de técnicas disponíveis ao alcance da beleza. O corpo humano de um modo geral pode receber tratamentos estéticos, mas uma atenção especial é dada à face na qual expressamos nossas emoções e sentimentos. Nos últimos anos a fonoaudiologia vem se aproximando dessa área, trazendo métodos científicos para tratamento da musculatura facial, contribuindo assim para a redução das marcas de expressão. O Conselho Federal de Fonoaudiologia aponta a estética facial como uma atribuição ligada à área da motricidade orofacial. Destaca-se que o fonoaudiólogo tem como diferencial dos demais profissionais o conhecimento mais específico da musculatura facial. Métodos: Realizou-se um levantamento bibliográfico dos artigos publicados abordando a estética facial entre os anos de 2001 e 2012, identificaram-se as técnicas utilizadas e estas foram analisadas de forma qualitativa. A partir desta análise, foi possível apresentá-los de maneira descritiva. Resultados: Com os descritores propostos na pesquisa, foram encontrados poucos trabalhos, totalizando apenas sete, assim observa-se a carência de publicações fonoaudiológicas abordando estética facial. Foi possível verificar que as preferências dos profissionais são por técnicas que envolvem exercícios isométricos, alongamento muscular e massagens. Foram encontradas 19 técnicas sendo que destas apenas dez foram descritas. Conclusão: A fonoaudiologia tem ferramentas que podem ser utilizadas com fins estéticos, porém a produção de trabalhos científicos com esse enfoque ainda é escassa entre os fonoaudiólogos. Sendo de suma importância que o próprio profissional divulgue seu trabalho nessa área. Descritores: Assimetria facial, face, estética fonoaudiológica, rejuvenescimento e músculos faciais. Acadêmicas do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Docente do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. 49 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication Jornada Integrada dos Cursos da Saúde/NBC: “Arte e Tecnologia em Saúde” Projeto Humanização e Revitalização da pediatria em Hospital Público no município de Contagem-MG: vivência acadêmica Por: Ana C.A. ARAÚJO, Ana M. L. CALDEIRA, Ana M.F.M. MOURA, Caroline E. CARDOSO, Elisângela E. A. SILVA, Gislene I. RESENDE, Rodrigo S. FERREIRA, Suellen A. SILVA, Sulamita J. ROSA, Ana C.M. GOMIDE Introdução: A internação hospitalar é um período extremamente estressante para a criança, uma vez que a afasta de seu convívio social (familiares e amigos), dos brinquedos e do brincar que é uma atividade primordial para seu crescimento e desenvolvimento. Em contrapartida a aproxima de situações outrora desconhecidas como: administração de medicamentos, avaliações contínuas da equipe de saúde, ambiente diferente do habitual, restrições alimentares, etc. Desse modo, o atendimento humanizado a essas crianças com a instituição deve promover o ambiente terapêutico, visando não apenas a cura ou reabilitação, mas amenizar as ocorrências desagradáveis ocasionadas pela internação e proporcionar conforto e bem estar. Objetivo: expor a vivência acadêmica adquirida durante a realização do Projeto de Revitalização e Humanização do Setor de Pediatria em um Hospital Público no município de Contagem/MG. Métodos: Trata-se de uma pesquisa exploratório descritiva, realizada no setor de pediatria, desenvolvido na disciplina de estágio supervisionado durante os meses de setembro e outubro de 2013, em que foi criado, elaborado e executado um Projeto de Revitalização do Setor de Pediatria em Hospital Público no município de Contagem/MG, com a ambientalização do espaço físico, construção e implantação da brinquedoteca/videoteca. Resultados: Revitalização da estrutura física, confecção da arte decorativa do ambiente, construção da brinquedoteca/videoteca, realização de campanha de doação de brinquedos, construção do ambiente terapêutico e humanização do setor. Discussão: A revitalização do setor de pediatria apresentou repercussão positiva para as crianças e profissionais de saúde, visto que a transformação de um ambiente até então com aspecto de internação adulta, hostil e com presença de sujidade, tornou-se um espaço físico mais próximo da realidade infantil, propiciando conforto dos profissionais de saúde e pacientes, além de estimular o desenvolvimento da criança, aproximando-a de seu cotidiano através do brincar com construção da brinquedoteca/videoteca, minimizando assim, os aspectos negativos causados pela hospitalização. Conclusão: A internação hospitalar impacta diretamente na rotina de vida da criança. Durante a vivência acadêmica, ficou evidente a importância do espaço Alunos do Curso de Graduação em Enfermagem 8° período – Disciplina de Estágio Supervisionado do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Docente do Curso de Graduação em Enfermagem do 8° período – Disciplina de Estágio Supervisionado (Professor Orientador). 50 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication físico característico de setor pediátrico de forma que o mesmo seja mais humanizado, atrativo, estimulador e próximo do universo infantil, fator que também é essencial na recuperação deste paciente hospitalizado, visto que o ambiente também é terapêutico. Descritores: jogos e brinquedos, enfermagem pediátrica, criança hospitalizada 51 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication Jornada Integrada dos Cursos da Saúde/NBC: “Arte e Tecnologia em Saúde” A utilização da tecnologia dura e sua influencia na assistência de enfermagem Por: Ana M.L. CALDEIRA, Ana M.F.M. MOURA, Juliana TOMÉ Introdução: A tecnologia foi inserida na sociedade moderna no final do século XIX, a fim de aplicar a ciência em benefício da sociedade. Merhy e Queiroz (1993) apontam que é necessário abandonar a percepção de tecnologia como “uma máquina moderna”, pois no “trabalho em saúde”, tecnologia não se trata apenas de um conjunto de máquinas utilizadas nas intervenções sobre os pacientes. Além disso, Merhy é utilizado como referencia para conceituar as tecnologias leve, leve-dura e dura, utilizadas no trabalho em saúde. A tecnologia dura, de certa forma, determina o estilo de uma sociedade e seus hábitos, alterando seu estilo de vida, exercendo controle cultural e social sobre as pessoas. Isso faz com que o homem desenvolva adoração, medo, aproximação ou afastamento. Estes recursos tecnológicos em ambientes de cuidado a saúde podem gerar aos profissionais inquietações, uma vez que os serviços em saúde passaram a dispor de técnicas, instrumentos e máquinas inovadoras fazendo com que o enfermeiro além de cuidar do cliente, deve controlar todo o arsenal de equipamentos, materiais, insumos e tudo que envolve a assistência. Objetivo: descrever as influências da tecnologia dura na assistência de enfermagem. Métodos: trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, desenvolvida na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso. A pesquisa foi realizada entre abril e novembro de 2013, constituído de artigos de pesquisas sobre o uso das tecnologias na assistência de enfermagem, publicados e indexados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Discussão: Percebe-se o desequilíbrio entre o uso da tecnologia leve e dura, visto que a inserção da tecnologia dura como forma de cuidado pode suscitar na priorização e ao uso exacerbado, induzir ao descuido na assistência em enfermagem devido ao despreparo, seja pelo perfil profissional, inexperiência ou falta conhecimentos específicos e treinamentos. Em contra partida levanta questionamento sobre os aspectos positivos que a inovação tecnológica trás consigo em relação à assistência prestada ao usuário. Neste contexto, observa-se que pouco se sabe sobre os efeitos no uso da tecnologia tanto para os profissionais da enfermagem quanto para os pacientes. Considerações finais: Foi percebido que o uso da tecnologia dura influencia na assistência em enfermagem em diversos aspectos, tais como: no perfil do profissional, no tempo de formação, na saúde ocupacional, e por fim, Alunas do Curso de Graduação em Enfermagem 8° período – do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Docente do Curso de Graduação em Enfermagem do 8° período – Disciplina de Orientação de TCC (Professor Orientador). 52 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication no conhecimento e nos modos de cuidar do enfermeiro em cenários tecnológicos, os quais implicam diretamente na assistência em enfermagem. Descritores: tecnologia, enfermagem, tecnologia biomédica e assistência de enfermagem 53 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication Jornada Integrada dos Cursos da Saúde/NBC: “Arte e Tecnologia em Saúde” Estudo do fluxo de atendimento de uma unidade de pronto atendimento de Belo Horizonte – MG Por: Adriana A. FERREIRA; Analu A.S. SANTOS; Ana P.T. CAMILO; Carla S. CARVALHO; Fátima E.G. SOUZA; Ivone S. ANDRADE; Maria J. SOUZA, Enilmar C. CARVALHO. A Unidade de Pronto Atendimento - UPA - é um estabelecimento de saúde de complexidade intermediária entre a Atenção Básica à Saúde e a Rede Hospitalar, devendo com estas compor uma rede organizada de atenção às urgências e emergências do município. Objetivou-se com este estudo analisar o fluxo real de atendimento do paciente na UPA comparando com o que é preconizado pelas diretrizes do Sistema Único de Saúde - SUS. Utilizou-se dois casos clínicos, escolhidos entre os atendimentos realizados, como representação da situação local, observada no período de setembro a outubro de 2013, durante o estágio supervisionado do 8° período do curso de Enfermagem do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, para comparar o fluxo real com as diretrizes do SUS. Através dos casos clínicos exemplificados, foi possível perceber que vários pontos na rotina da UPA entram em não conformidade com os princípios estabelecidos pelo SUS, como o tempo de permanência dos pacientes e o fluxo dos mesmos dentro da unidade, a delimitação da área de abrangência para a realização do atendimento e a superlotação, que gera até mesmo uma alteração da estrutura organizacional do serviço. Estes problemas comprometem a qualidade da assistência e acarretam em sobrecarga de trabalho para toda a equipe, uma vez que estes pacientes deveriam ser distribuídos por todos os níveis de atenção à saúde. Com este estudo, notou-se que a UPA reflete toda uma rede de serviços de saúde mal estruturada, onde a Atenção Básica não dá resolutividade aos seus casos e a Atenção Terciária não consegue absorver todos os casos necessários. Descritores: Saúde pública. Serviços de Saúde. SUS. Política de Saúde. Acadêmicas e Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix 54 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication Jornada Integrada dos Cursos da Saúde/NBC: “Arte e Tecnologia em Saúde” Relação entre o envelhecimento e a Fonoaudiologia Por: Gleice A. PEREIRA , Karoline R.R PARAVIZO , Poliane G. FRANÇA, Rachel LOIOLA O envelhecimento é uma consequência dos efeitos da passagem dos anos, trata-se de um processo natural de nossas vidas e este processo pode ter impactos negativos e positivos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o envelhecer como: Um processo sequencial, individual, cumulativo, irreversível, universal – não patológico de deterioração de um organismo maduro - torna o indivíduo menos capaz de se adaptar ao estresse do meio e mais susceptível à morte. A velhice é um período de declínio caracterizado por dois aspectos: a senescência e a senilidade. Senescência é o envelhecimento fisiológico decorrente dos processos biológicos inerentes aos organismos, involuntários e inevitáveis, que sofrem transformações do meio físico e social. Senilidade é o envelhecimento patológico associado a doenças, traumas, incapacidades das funções fisiológico, também relacionado à maus hábitos alimentares e ao sedentarismo. O número de pessoas idosas no Brasil tende a crescer consideravelmente nos próximos anos. Isso porque atualmente os idosos estão prezando por um “envelhecimento ativo”, que conta com a prevenção e a promoção da saúde em todas as áreas. Metodologia: Foi feito um estudo à fim de se verificar o número de pesquisas sobre o envelhecimento e as correlações na Fonoaudiologia no período de 2010 à 2012.Resultado: assuntos mais abordados foram relacionados à área da audição e da voz Conclusão: Levando em consideração os resultados obtidos, conclui-se que os assuntos mais abordados foram relacionados à área da audição e da voz. Visto que a Fonoaudiologia não se restringe somente a estas áreas, a atuação fonoaudiológica deve envolver a pesquisa, prevenção e tratamento de alterações em diversas áreas como a linguagem, fala e motricidade orofacial. Portanto, se faz importante uma abordagem mais ampla dos benefícios da Fonoaudiologia para o envelhecimento e aumento da qualidade de vida destes idosos. Descritores: Senescência, envelhecimento, Fonoaudiologia Acadêmicas do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Docente do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. 55 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication Jornada Integrada dos Cursos da Saúde/NBC: “Arte e Tecnologia em Saúde” Circulação extracorpórea: um campo de atuação para o biomédico Por: Poliana M. LIMA, Thalita K.S. FREITAS, Raquel A. COSTA, Sergio L. JESUS Dentre as inúmeras possíveis áreas de atuação do biomédico está a circulação extracorpórea, entretanto pouco conhecida. A circulação extracorpórea (CEC) surge em meados do século XX como sendo uma técnica onde ocorre a substituição temporária da função dos pulmões e coração, mantendo a fisiologia do paciente o mais próximo do normal, ou de forma a evitar danos e prejuízos ao paciente, além da busca pela integridade celular, estrutural e metabólica, podendo assim ser usadas em cirurgias prolongadas e complexas. A circulação extracorpórea ganhou destaque a partir do médico John Gibbon, quando em maio de 1953, ele realizou com sucesso pela primeira vez na história da cirurgia cardíaca uma correção de defeito do septo interatrial utilizando a CEC. A circulação extracorpórea é uma técnica comumente utilizada em cirurgias cardíacas para tratamento de cardiopatias, transplante cardíaco, ressecção de neoplasias cardíacas, onde se faz necessário a parada total do coração para a realização dos procedimentos. O sangue do paciente é desviado para uma máquina conhecida como “bomba coração-pulmão artificial”, ou simplesmente máquina de circulação extracorpórea, essa máquina possui cânulas arteriais e venosas conectadas ao paciente e a máquina, bombas propulsoras desempenham as funções do coração de bombear e um oxigenador realiza a função do pulmão de oxigenar o sangue, além do filtro de sangue arterial e reservatório de cardiotomia que também possuem funções importantes no procedimento. O perfusionista é o profissional que atua juntamente com a equipe cirúrgica, monitorando e operando a máquina de circulação extracorpórea. Ele é quem mantém os parâmetros hemodinâmicos do paciente de forma adequada ao procedimento, realizando sempre que necessário às devidas correções, as funções cardíacas e pulmonares do paciente ficam sobre os cuidados do perfusionista, por essa razão o profissional necessita de formação na área de ciências da saúde e especialização em circulação extracorpórea. O presente estudo teve como objetivo identificar a importância do perfusionista, descrever as atribuições do biomédico na perfusão extracorpórea e identificar o número de perfusionistas com formação nas áreas da saúde que existem no Brasil. O método de revisão adotado foi à revisão bibliográfica não sistemática. As bases de dados PubMed, Scielo e Bireme foram selecionadas para a busca dos estudos. Os resultados evidenciados apontaram um maior número de perfusionistas com formação acadêmica em Enfermagem (145), Biomedicina (54), Medicina (43), Biologia (39) e Fisioterapia (34). Dentre as várias atribuições do biomédico como perfusionistas destacam-se: Realizar procedimentos de circulação extracorpórea; monitorizar oxigenação, pressão arterial e temperatura; promover parada controlada do coração (cardioplegia); reinfundir sangue do paciente; restabelecer 56 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication circulação do paciente. O biomédico apresenta-se como um profissional totalmente apto no procedimento de CEC. Sua competência e amplo conhecimento, principalmente no que diz respeito aos parâmetros hemodinâmicos pode ser um promissor diferencial. Com a crescente de biomédicos entrando no mercado de trabalho e a saturação de profissionais em determinadas áreas, torna-se importante conquistar novas áreas de atuação, onde estes possam destacar suas habilidades, ocupando assim, espaços que até então não são exclusivos. Descritores: Circulação extracorpórea, bomba coração-pulmão artificial, oxigenadores, cirurgia cardíaca, perfusionista. 57 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication Jornada Integrada dos Cursos da Saúde/NBC: “Arte e Tecnologia em Saúde” Telessaúde em Fonoaudiologia Por: Jennifer COELHO , Keila MARTINS, Poliane G.FRANÇA, Marisa V. JESUS Introdução: a Telessaúde é a transferência de informações de saúde entre lugares distantes. Os TIC’s são utilizados para substituir o contato pessoal entre os participantes ou unidades de saúde envolvidas no atendimento. O conceito de Telessaúde inclui uma ampla extensão de atividades que transcende o cuidado ao paciente, abrangendo também a promoção de saúde, a educação ao paciente e ao profissional, a prevenção de doenças, a vigilância epidemiológica, o gerenciamento de serviços de saúde e a proteção ambiental, dentre outras. Objetivo: o objetivo desta pesquisa foi levantar os estudos sobre telessaúde em fonoaudiologia nos últimos cinco anos no Brasil, e desta forma fornecer informações aos profissionais sobre a telessaúde na Fonoaudiologia. Metodologia: para a realização desta pesquisa de revisão, produto de investigação exploratória e bibliográfica, foi realizada busca por artigos publicados e indexados nas bases de dados virtuais, utilizando os seguintes descritores: telemedicina, telessaúde e educação à distância. A análise das publicações seguiu quatro variáveis: as áreas da Fonoaudiologia que têm sido contempladas com os serviços da telessaúde, os recursos tecnológicos utilizados na telessaúde em Fonoaudiologia, as modalidades e os métodos para realização da telessáude (síncrono ou assíncrono). Resultados: quanto às áreas de atuação da Fonoaudiologia, a área de Audiologia foi a mais abordada, seguida pela Linguagem e Voz. As áreas de Disfagia, Fala e Motricidade Orofacial, não foram citadas em nenhum estudo. Em relação à mídia utilizada (recursos tecnológicos) foram encontrados: videoconferência, cybertutor, software, website, blog, rede social online, CD-ROM, controle remoto de aplicativo e vídeo interativo; sendo que o mais utilizado foi o DC-ROM. Os resultados quanto às modalidades de telessaúde a mais usada foi a teleducação seguida pela teleconsulta. Quanto ao método de aplicação da telessaúde o método assíncrono foi o mais utilizado. Conclusão: os estudos encontram-se distribuídos nas seguintes áreas de atuação de Telessaúde: teleducação (educação à distância) e teleconsulta, mostrando poucas publicações com a utilização de recursos tecnológicos na área fonoaudiológica. Torna-se evidente a escassez de publicações na área de telessaúde em Fonoaudiologia, além da concentração dos trabalhos na área da Audiologia e voltados à teleducação. A partir dos dados obtidos verificou-se a necessidade de desenvolver mais trabalhos nessa área, buscando a melhoria na Acadêmicas do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Docente do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. 58 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication qualidade dos serviços oferecidos e facilitar o acesso a esses serviços aos profissionais de saúde, especialmente da Fonoaudiologia. Descritores: Telemedicina, Telessaúde, Educação à Distância. 59 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication Jornada Integrada dos Cursos da Saúde/NBC: “Arte e Tecnologia em Saúde” Estudos sobre a Afasia na Infância Publicados nos Periódicos Nacionais de Fonoaudiologia Por: Bárbara C.D.M. RABELO , Mayara L.B. MOURA, Rachel LOIOLA Introdução: A afasia infantil ou afasia adquirida como é definida na literatura, envolve perda das habilidades de linguagem que já foram adquiridas pela criança no seu processo natural de desenvolvimento. A definição para afasia seria uma interrupção do processo central da linguagem, que é composto por habilidades de organização verbal, codificação, decodificação, memória, e regras linguísticas que compõem a linguagem, ou seja, a gramática. Metodologia: Para a realização desta pesquisa de caráter bibliográfico documental sistemático, foram realizadas buscas de artigos publicados na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Anais, teses e dissertações, que contêm bases de dados, tais como: Centros Internacionais da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Librany Online (SCIELO), Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE). A partir dessas bases de dados foram pesquisados os periódicos dos últimos 15 anos, especificamente entre janeiro de 1999 a julho de 2013 que continham os descritores afasia adquirida, afasia acinética, linguagem, e síndrome de “Landau Kleffner” (afasia epiléptica). Resultados: Nos sete periódicos pesquisados publicados no Brasil, foram encontradas sete publicações, sendo todos artigos originais. Quanto ao número de publicações por periódico, a proporção foi de um para um periódico, ou seja, cada revista teve uma publicação. Foram analisadas a formação dos autores tendo a participação de fonoaudiólogos em 57,14%, das publicações. Houve a participação de médicos em 14,28%, sendo consideradas todas as especialidades e 28,57% teve a participação de linguistas. Quanto aos tipos de estudos, foram encontradas 0% do tipo transversal, 42,86% revisões bibliográficas e 57,14% do tipo estudo de caso. Os temas dos estudos foram classificados em avaliação, sintomatologia e tratamento. Deste modo 57,14% corresponderam a avaliação, 28,57% sintomatologia e 14,29%, abordaram a forma de tratamento. Discussão: Dentre as variáveis consideradas na pesquisa foi possível identificar uma concentração de periódicos publicados entre os anos de 2001 e 2012, sendo o ano de 2009 com maior número de publicações. Em relação á formação dos profissionais, observa-se que na maior parte das publicações houve a participação de pelo menos um fonoaudiólogo. Quanto ao tipo de estudo, o estudo apontou que os estudos do tipo caso controle e revisão bibliográfica foram os mais prevalentes. Na variável, estudos sobre o tema, foram analisados estudos sobre avaliação (linguagem, Acadêmicas do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Docente do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. 60 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication fala e disfagia), sintomatologia e tratamento, sendo que a maioria das pesquisas foi sobre avaliação de linguagem. Conclusão : Através deste estudo foi possível verificar que a afasia infantil é um tema de importância para a Fonoaudiologia, mas que ainda apresenta um número reduzido de publicações. Descritores: afasia adquirida, afasia acinética, linguagem 61 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication Jornada Integrada dos Cursos da Saúde/NBC: “Arte e Tecnologia em Saúde” A co-ocorrência entre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e Transtorno de Aprendizagem em escolares Por: Rafael P. ESTARLINO , Rosângela S.S. MIRANDA , Luciana M. ALVES Introdução: transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDA/H) é um transtorno neuropsiquiátrico de etiologia multifatorial manifestado na infância e mais prevalente entre os meninos. O diagnóstico do TDA/H é obtido através de uma criteriosa pesquisa do quadro clínico comportamental realizado por uma equipe multiprofissional experiente. Entre as consequências deste transtorno são relatados prejuízos no desempenho das funções cognitivas e executivas, como a atenção, percepção, planejamento e organização, além de falhas na inibição comportamental. É muito comum a presença de co-ocorrências em indivíduos com TDA/H, sendo que os transtornos de aprendizagem (TA), co-ocorrem em cerca de 25 a 40% dos casos comprometendo ainda mais a vida deste sujeito devido a soma dos prejuízos causados pelos dois transtornos. Sendo assim este estudo teve como objetivo revisar de forma sistemática a produção científica da última década sobre a co-ocorrência entre TDA/H e TA em escolares, bem como caracterizar os dados relevantes para esta pesquisa. Metodologia: buscou-se artigos nacionais indexados na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), publicados de 2003 a 2013 que descreviam sobre a coocorrência entre TDA/H e TA em escolares. Para a análise dos resultados foram consideradas cinco variáveis: período de publicação, temática abordada, perfil metodológico do estudo, profissionais mencionados nos artigos e formação/área de atuação dos autores dos artigos pesquisados. Resultados: foram encontrados 17 artigos que atenderam aos critérios da pesquisa. Em relação ao período de publicação, entre 2003 a 2007 foram encontrados 8 artigos (47,06%) e entre 2008 a 2013, 9 artigos (52,94%). No que se refere à temática a mais abordada foi “outras comorbidades associadas ao TDA/H”, sendo encontrados seis artigos (38%). O perfil metodológico do estudo mais prevalente foi o de revisão/atualização, sendo encontrados 9 artigos. O profissional mais mencionado foi professor, sendo citado em treze artigos. Quanto à formação dos autores, a participação mais prevalente foi a do Psiquiatra, em sete artigos, e, em segundo lugar Fonoaudiólogo e Neurologista, em seis artigos cada. Considerações finais: o presente estudo teve como objetivo revisar de forma sistemática a produção científica da última década sobre a co-ocorrência entre TDA/H e TA em escolares. E tendo como base a análise dos resultados, os 17 artigos encontrados, estão claramente correlacionados com o tema abordado. Identificou-se que a temática mais Acadêmicos do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Docente do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. 62 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication abordada dentro do tema, “outras comorbidades associadas ao TDA/H”, tem sido foco de estudo para esclarecer a complexidade deste transtorno. Foi possível verificar que os estudos a respeito deste tema tiveram aumento significativo na última década. Sendo assim, acredita-se que a realização desse estudo trouxe contribuições teóricas e práticas quanto à satisfação do objetivo proposto e que houve um levantamento de dados significativos para a literatura atual. Descritores: Transtorno do Défict de Atenção com Hiperatividade, Transtornos de Aprendizagem, Comorbidade e Escolas. 63 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication Jornada Integrada dos Cursos da Saúde/NBC: “Arte e Tecnologia em Saúde” Processamento fonológico em escolares com dislexia, TDA/H e dislexia em coocorrência com TDA/H Por: Isabela R. OLIVEIRA , Jéssica D. CUNHA , Luciana M. ALVES Introdução: a leitura e escrita são capacidades consideravelmente complexas, uma vez que consistem em habilidades cognitivas e como tal o seu efetivo desenvolvimento necessita da cooperação de outras habilidades, dentre as quais se destaca o processamento fonológico. Os transtornos genético-neurológicos aos quais designamos transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDA/H) e dislexia geram alterações nas habilidades do processamento fonológico propriamente dito, modificando o desempenho de escolares nas habilidades de consciência fonológica, nomeação rápida e memória auditiva. Objetivo: este estudo tem como objetivo averiguar se há diferença significativa no desempenho das habilidades do processamento fonológico entre escolares com dislexia, TDA/H e dislexia em coocorrência com TDA/H. Métodos: a amostra contou com a participação de 29 escolares na faixa etária entre 07 a 14 anos, com diagnóstico multiprofissional de TDA/H e/ou dislexia. Foram aplicados os testes de Consciência Fonológica (BELEC), Nomeação rápida (RAN) e Memória Auditiva (Teste de Memória Operacional Verbal), que avaliam respectivamente as capacidades metafonológicas, tempo gasto pelo participante para nomear uma série de estímulos visuais familiares: cores, letras, objetos e dígitos e relembrar um conhecimento auditivo recém adquirido. Foi, portanto registrado no banco de dados a pontuação obtida pelos testes, no qual se empregou medidas de estatística descritiva (média, mediana, desvio padrão, coeficiente de variação, máximo e mínimo) e teste não paramétrico de MannWhitney, com nível de significância de 5%. Resultados: os resultados desta pesquisa revelaram que não há diferença significativa no desempenho dos escolares com dislexia, TDA/H e dislexia em coocorrência com TDA/H nas tarefas de consciência fonológica e nomeação rápida. Entretanto há diferença significativa na tarefa de memória auditiva. A correlação dos resultados da análise sugere que indivíduos com dislexia em coocorrência com TDA/H, tem comprometimento maior quanto ao processamento fonológico no que se refere a habilidade de memória auditiva, quando comparado aos indivíduos com dislexia e indivíduos com TDA/H. Conclusão: os achados evidenciaram diferença significativa no desempenho do processamento fonológico na avaliação de memória auditiva aplicada nesta pesquisa, indicando que maiores dificuldades de aprendizagem são esperadas ao longo da seriação escolar em indivíduos com dislexia em coocorrência com TDA/H. Descritores: Dislexia, TDA/H, Cognição, Avaliação, Linguagem Acadêmicas do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Docente do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. 64 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014 Short Communication 65 Belo Horizonte, MG, v.04, n.07, ago. de 2014