A SALA DO TIO NALDINHO Professor José Ednaldo do Nascimento A REVOLUÇÃO FRANCESA História Contemporânea 1. CONTEXTO HISTÓRICO 1.1. Político: França ainda vivia no modelo feudal, deste modo, a Igreja Católica ainda era a grande Senhora de Terras. 1.2. Econômico: O crescimento econômico francês não acompanhou o crescimento demográfico, assim, a população cresceu mais do que a quantidade de riquezas produzida no reino francês. 1.3. Social: A população francesa vivia na miséria tomando todos os dias sopa de cebola, enquanto a família real gastava fortunas com festas e banquetes luxuosos com os recursos provenientes dos impostos cobrados à população. O povo rebelou-se quando o rei impôs novos tributos visando mais recursos para a Corte de Versalhes. 1.4. Três Estados: a) Primeiro Estado: formado pelos membros da Igreja, tanto o Alto Clero como do Baixo Clero; b) Segundo Estado: formado pela corte e a nobreza, dividida em três categorias1; c) Terceiro Estado: compreendia 95% da população e era formado pelo povo. Deste modo, a sociedade francesa caracterizava-se pela sua estamentação. 2. DESENVOLVIMENTO DA REVOLUÇÃO 2.1. Absolutismo Real: a) O rei não convocava a Assembléia Nacional há 178 anos, portanto, todas as decisões eram tomadas por ele sem a contestação de nenhuma outra autoridade. Além disso, o Absolutismo francês alicerçava-se na Teoria do Direito Divino de Jacques Bossuet, defendendo que o rei estava no poder por vontade divina. b) Luís XVI convoca os Estados-Gerais, porém, a assembléia não chega a uma conclusão, pois a aristocracia não queria deixar de lado os privilégios que tinha em nome da conciliação nacional. O rei, então, resolve dissolver a Assembléia impedindo a entrada dos deputados na sala de reuniões. O Terceiro Estado se rebela e forma uma Assembléia Nacional Constituinte mesmo sem a autorização do rei. A burguesia aliada resolve formar a Guarda Nacional para dar sustentação à população que, armada com seus instrumentos de trabalho derrubam o símbolo do poder real: a Bastilha. 3. A ASSEMBLÉIA NACIONAL 3.1. Medidas: a) Abolição dos privilégios feudais; b) Aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: * Igualdade de todos perante a lei; * Direito à propriedade privada; * Direito à liberdade; * Estabelecimento dos deveres civis. c) A Assembléia Nacional aprova uma Monarquia Constitucional, regida pelos três poderes e os deputados eram eleitos pelo voto censitário. Esta prática acabou por tornar a França em um Estado burguês. 1 Nobreza Palaciana: Formada por todos os integrantes do Palácio que não pertenciam a Família Real; Nobreza Provinciana: Sustentados pelos impostos da população de forma direta; Nobreza de Toga: Formada pela burguesia que obtinha o título por compra ou por mérito. A SALA DO TIO NALDINHO www.asaladotionaldinho.com A SALA DO TIO NALDINHO Professor José Ednaldo do Nascimento d) A nobreza francesa fugiu para outras monarquias da Europa que lhes garantiu apoio em combater o governo francês, pois tinham medo que estas idéias revolucionárias se espalhassem pelo continente. Os reis vizinhos à França decidiram invadi-la, assim, Luís XVI resolve fugir, mas é reconhecido por um popular quando chegava a cidade de Varennes. 4. A CONVENÇÃO NACIONAL 4.1. Grupos políticos: a) Com a transformação da Assembléia Nacional em Convenção Nacional, a política caracterizou-se por: * surgimento dos grupos de direitas (girondinos) que sempre defendiam os interesses das elites burguesas; * surgimento dos grupos de centro (planície) que tinham posição política indefinida; * surgimento dos grupos de esquerda (montanha) que defendiam propostas mais radicais. 4.2. Radicalismo: a) Em uma investigação sobre a vida do rei, descobriu-se documentos em que ele articulava-se com a Áustria contra a França. A Convenção então resolve acusar o rei de traidor e em 1793 ele é guilhotinado. A notícia corre em toda a Europa, as diversas monarquias resolvem formar a Primeira Coligação contra a França com o objetivo de acabar com o governo revolucionário. b) A população francesa foi convocada para defender o país e, vindos da cidade de Marselha, eram incentivados por meio de uma música popular composta por Roger de L’Isle. Após o triunfo, a canção passou a ser considerada o Hino Nacional Francês chamada de A Marselhesa. c) Com os radicais no poder, uma série de pessoas foram executadas sob a acusação de partidarismo real. 5. DIRETÓRIO 5.1. Mudanças políticas: a) Foi aprovada uma nova constituição na França. Ela previa que o poder executivo seria proveniente do Diretório. Este durante a sua existência foi formado pelos grupos de direita. 5.2. A Segunda Coligação: a) Diante do fracasso da Primeira Coligação, os reis da Europa resolveram unir-se novamente para tomar a França. Mas uma vez, os franceses se saíram bem nos embates graças a atuação do general Napoleão Bonaparte que por sua habilidade, aplicou um golpe contra o Diretório (18 Brumário) e instalou o Consulado, sendo ele mesmo o cônsul. A SALA DO TIO NALDINHO www.asaladotionaldinho.com