UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS CAROLINE ALEXANDRE COSTA ESTRUTURA BÁSICA PARA A ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO A FIM DE ESTUDAR A VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO PARA ABERTURA DE UMA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO DE MÃO-DE-OBRA MECÂNICA NO SETOR CERÂMICO DE CRICIÚMA - SC CRICIÚMA, JULHO DE 2009 CAROLINE ALEXANDRE COSTA ESTRUTURA BÁSICA PARA A ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO A FIM DE ESTUDAR A VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO PARA ABERTURA DE UMA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO DE MÃO-DE-OBRA MECÂNICA NO SETOR CERÂMICO DE CRICIÚMA - SC Monografia apresentada para obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas, no curso de Administração de Empresas, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador: Prof.° Dr.° Abel Corrêa de Souza CRICIÚMA, JULHO DE 2009 CAROLINE ALEXANDRE COSTA ESTRUTURA BÁSICA PARA A ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO A FIM DE ESTUDAR A VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO PARA ABERTURA DE UMA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO DE MÃO-DE-OBRA MECÂNICA NO SETOR CERÂMICO DE CRICIÚMA - SC Monografia aprovada pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel em Administração de Empresas, no Curso de Administração de Empresas, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Criciúma, 06 de Julho de 2009. BANCA EXAMINADORA ________________________________________________ Prof. Dr.º Abel Corrêa de Souza - (Unesc) - Orientador _______________________________________________ Prof. Dino Gorini – Banca Examinadora – (Unesc) _______________________________________________ Prof. Herbert Levy – Banca Examinadora – (Unesc) DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais, pelo amor e pela contribuição em minha formação, por sempre me incentivarem aos estudos, desejando um futuro de sucesso profissional. Ao meu noivo pela sua paciência nas horas difícil, principalmente ao amor que ele me dedica. A minha irmã pela sua alegria contagiante nos momentos de dificuldade. E ao professor Abel onde teve a paciência de me ajudar e contribuir para meu projeto. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, pela oportunidade e pela sabedoria adquirida. Agradeço muito ao meu pai, pois sua compreensão e paciência foram fundamentais para a realização deste trabalho. Ao Helton, meu companheiro e eterno amigo que muito contribuiu em mais uma caminhada da minha vida. Aos meus colegas de classe com os quais aprendi muito e conquistei algumas amizades no desenvolver do curso. Aos professores que conheci nessa jornada de minha vida, pelos conhecimentos repassamos, sabendo que os mesmos farão diferença futuramente. Ao meu orientador Abel Corrêa de Souza, pelos valiosos ensinamentos que me transmitiu e por me demonstrar os caminhos que deveria se percorrer para poder alcançar meus objetivos. “Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha.” (Confúcio) RESUMO COSTA, Caroline Alexandre. Estrutura Básica para a Elaboração de um Plano de Negócio a fim de Estudar a Viabilidade de Implantação para Abertura de uma Empresa Prestadora de Serviço de Mão-De-Obra Mecânica no Setor Cerâmico De Criciúma – Sc. 2009. 62 p. Monografia do Curso de Administração, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, Criciúma. Elaborar, um Plano de negócios a fim de estudar a viabilidade de implantação para abertura de uma empresa prestadora de serviço de mão-de-obra mecânica no setor cerâmico de Criciúma. Fez-se necessário o uso do Plano de Negócios para melhor compreender a estrutura de uma empresa, sendo que o mesmo disponibiliza as ferramentas para a verificação de viabilidade e reprovação de uma empresa. Com o auxilio do plano de negócios foi possível verificar a probabilidade da abertura de uma empresa prestadora de mão-de-obra mecânica para o ramo cerâmico. O trabalho incide primeiramente na parte introdutória com tema, problemas; consequentemente foi feito a pesquisa bibliográfica onde obteve-se a estrutura básica de um Plano de Negócio, enfatizando a fundamentação teórica do trabalho contendo , consecutivamente foi feito os procedimentos metodológicos; e finalmente foi feito o estudo da experiência com a elaboração do Plano de Negócios que apresenta uma ferramenta importante uma pesquisa mercadológica, através deste instrumento, constatou-se que é viável a implantação de uma empresa prestadora de serviço de mão-de-obra mecânica no setor cerâmico, pois à mercado para este ramo, sendo que a mesma terá um retorno positivo referente aos gastos adquirido para a abertura da empresa, como ocorrerá um retorno atraente para a mesma . Palavras-chave: Viabilidade. Empreendedor. Pesquisa. Plano de Negócios. Empreendedorismo. LISTA DE FIGURA Figura 1 – O que é administração.............................................................................14 Figura 2 – O gerente em transformação...................................................................15 Figura 3 – A missão da empresa e seus desdobramentos.......................................27 Figura 4 – Modelo de análise de competitividade de Porter.....................................30 Figura 5 – Fórmula do Ponto de equilíbrio................................................................37 Figura 6 – Fórmula do Valor presente Liquido..........................................................38 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Investimentos Iniciais...............................................................................48 Tabela 2 - Projeção do Fluxo de Caixa.....................................................................49 Tabela 3 - Projeção do Ponto de equilíbrio ...............................................................50 Tabela 4 - Projeções da Análise do investimento ....................................................50 Tabela 5 - Projeções de Longo Prazo.......................................................................51 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Diferenças entre missão e visão............................................................ 28 Quadro 2 – Balanço Patrimonial............................................................................... 34 Quadro 3 – Demonstração do Resultado do Exercício 35 Quadro 4 – Fluxo de Caixa....................................................................................... 36 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas PN – Plano de Negócios SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................11 1.1 TEMA ..................................................................................................................11 1.2 PROBLEMA........................................................................................................12 1.3 OBJETIVOS........................................................................................................12 1.3.1 Objetivo geral .................................................................................................12 1.3.2 Objetivo específico.........................................................................................12 1.4 JUSTIFICATIVA..................................................................................................13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................14 2.1 ADMINISTRAÇÃO ..............................................................................................14 2.2 O EMPREENDIMENTO ..................................................................................... 15 2.2.1 Definição de empreendimento ......................................................................15 2.3 EMPREENDEDORISMO.....................................................................................16 2.3.1 Definição de empreendedorismo..................................................................16 2.3.2 Histórico do empreendedorismo no Brasil ..................................................17 2.3.3 Benefícios do empreendedorismo................................................................17 2.3.3.1 Inovação.......................................................................................................18 2.3.3.2 Desenvolvimento econômico.....................................................................19 2.3.3.3 Serviços ou processos ...............................................................................20 2.4 O EMPREENDEDOR ..........................................................................................20 2.4.1 Histórico do empreendedor...........................................................................21 2.4.2 Definição de empreendedor ..........................................................................22 2.4.3 O processo empreendedor ...........................................................................23 2.4.4 Perfil e característica do empreendedor ......................................................24 2.5 PLANO DE NEGÓCIOS......................................................................................25 2.5.1 Estrutura do plano de negócio......................................................................25 2.5.1.1 Sumário executivo.......................................................................................26 2.5.1.2 Descrição da empresa ................................................................................27 2.5.1.3 Produtos e serviços ....................................................................................28 2.5.1.4 Mercado e competidores ............................................................................29 2.5.1.5 Marketing e vendas .....................................................................................31 2.5.1.6 Análise estratégica......................................................................................32 2.5.1.7 Plano financeiro ..........................................................................................33 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................39 3.1. Pesquisa bibliográfica .....................................................................................39 3.2 Pesquisa Documental .......................................................................................39 3.3 ESTUDO DE CASO ............................................................................................40 3.4 LEVANTAMENTO DE DADOS...........................................................................40 3.5 COLETA DE DADOS..........................................................................................40 3.5.1 Abordagem quantitativa ................................................................................41 3.5.2 Abordagem qualitativa...................................................................................41 3.6 ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................................42 3.7 UNIVERSO E AMOSTRA ...................................................................................42 3.8 LOCALIZAÇÃO DA EMPRESA .........................................................................42 4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA..............................................................................43 4.1 Histórico da empresa ........................................................................................43 4.2 Missão ................................................................................................................43 4.3 Oportunidades...................................................................................................44 4.4 Ameaças.............................................................................................................44 4.4.2 Variavéis internas...........................................................................................45 4.4.2.1 Pontos fortes ...............................................................................................45 4.4.2.2 Pontos fracos ..............................................................................................45 4.5 Análise de mercado ..........................................................................................45 4.5.1 Setor ................................................................................................................45 4.5.2 Clientela ..........................................................................................................45 4.5.3 Concorrência ..................................................................................................46 4.5.4 Fornecedores..................................................................................................46 4.6 Plano financeiro ................................................................................................46 4.6.1 Investimento ...................................................................................................46 4.6.2 Fluxo de caixa.................................................................................................48 4.6.3 Análises financeiras.......................................................................................50 4.6.3.1 Análise do investimento .............................................................................50 4.6.3.2 Projeções de longo prazo...........................................................................51 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................52 5 REFERÊNCIAS......................................................................................................54 APÊNDICE................................................................................................................57 11 1 INTRODUÇÃO Em um mundo cada vez mais competitivo, dinâmico e desafiador, grandes resultados não acontecem por acaso, é preciso a todo instante buscar com coragem e determinação, novas idéias, novos conceitos e oportunidades, tudo isso com um único objetivo: poder oferecer aos seus clientes sempre o melhor, satisfazendo suas necessidades e superando todas as suas expectativas. O empreendedor, sabendo das exigências cada vez maiores de seus clientes, busca a inovação de produtos e serviços para poder satisfazer as necessidades e as exigências dos mesmos. Porém a inovação no mercado não é só o novo em si, a inovação é algo que se possa reaproveitar, que possibilite novas oportunidades de produtos ou serviços. Neste trabalho, será utilizada a elaboração de um Plano de Negócios para estudar a viabilidade da abertura de uma empresa prestadora de serviços de mão-deobra mecânica no setor cerâmico de Criciúma S/C. No capitulo um será desenvolvido o tema e problema do trabalho. Em seguida ocorrerá o desenvolvido dos objetivos e a elaboração da pesquisa bibliográfica, buscando destacar conteúdos específicos, abrangendo um Plano de Negócios. Posteriormente busca desenvolver-se uma estrutura básica do Plano de Negócios procurando analisar conteúdos relacionados ao tema desenvolvido. Consecutivamente já estabelecidas às definições, inicia-se o processo de desenvolvimento do plano de negócios, onde o mesmo busca saber se a viabilidade para implantação de uma empresa prestadora de serviços de mão-de-obra mecânica no setor cerâmico de Criciúma S/C. 12 1.1 TEMA Estrutura básica para a elaboração de um plano de negócio a fim de estudar a viabilidade de implantação para a abertura de uma empresa prestadora de serviços de mão-de-obra mecânica no setor cerâmico de Criciúma S/C. 1.2 PROBLEMA Cada vez mais, as empresas estão tendo que se adaptar com a concorrência existente no mercado, sempre buscando clientes, proporcionando avanços significativos na qualidade da prestação de serviços e oferecendo muito mais eficiência, quebrando muitas barreiras que encontram pela frente para poder atingir seus objetivos que são a satisfação do cliente, vendo a grande concorrência que está o mercado e a exigência cada vez maior pelo cliente. Diante deste cenário, surge a questão: existem perspectivas econômicas para a implantação de uma prestadora de serviços de mão-de-obra mecânica no setor Cerâmico de Criciúma – SC? 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo geral Elaborar uma estrutura básica de um plano de negócio a fim de estudar a viabilidade de implantação para uma empresa prestadora de serviços de mão-de-obra mecânica no setor Cerâmico de Criciúma – SC. 1.3.2 Objetivos específicos - Analisar a demanda na prestação de serviços; - Identificar possíveis clientes e seus respectivos serviços usados; - Definir o número de potenciais clientes; - Definir os itens que compõem a estrutura básica necessária à elaboração do PN; - Identificar os possíveis problemas que pode ter na prestadora de serviços de 13 mão-de-obra mecânica no setor cerâmico em decorrência da falta de planejamento; - Sugerir procedimentos operacionais para as atividades da empresa; - Verificar se há viabilidade na criação de uma prestadora de serviços de mão-de-obra mecânica no setor cerâmico. 1.4 JUSTIFICATIVA Sabe-se que a criação de novos negócios é de grande valor para o desenvolvimento da economia de qualquer país. Por isso, o termo empreendedorismo tornou-se tão popular nos últimos tempos. Porém as estáticas demonstram que, em curto tempo de funcionamento, a maioria das empresas acaba encerrando suas atividades operacionais. Considerando essa dramática situação, vários órgãos não governamentais têm chamado a atenção para a necessidade de planejamento e do plano de negócios para a gestão empresarial. O empreendedor deve aprender com a prática e aperfeiçoar os seus planos para que correspondam à realidade. Academicamente, a finalidade é de que reafirme o pensamento de sublimes autores que ressaltam a importância de se projetar e do plano de negócios para as organizações. Relata-se que o estudo de caso sirva como modelo para uma organização e seu funcionamento, podendo, além disso, integrar projetos voluntários. A orientação do plano de negócios para as organizações tem a finalidade de assessorar no planejamento e na operacionalização destas, a fim de aprimorar gradualmente seus desempenhos e os de seus integrantes. Desejam ajudar a aperfeiçoar a atuação do projeto, assessorando na sua concretização. Por último, para a pesquisadora, a composição deste trabalho justifica-se pelo motivo de que esta possa aprofundar o seu conhecimento em plano de negócios, e na disciplina de empreendedorismo, conteúdo essencial para o futuro administrador. Além de proporcionar não só uma realização pessoal, mas servirá para auxiliar num melhor desenvolvimento da empresa Tornearia Costa. 14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Segundo Boaventura (2004) fundamentação teórica é o aprofundamento do assunto desejado. A fundamentação teórica tem como finalidade projetar o conhecimento que o acadêmico adquire sobre as teorias existentes na área cientifica (CALDAS, 1986 apud BOAVENTURA, 2004). Para Gil (2004) a fundamentação teórica é objetiva, por isso há a necessidade da compreensão do acadêmico antes que o mesmo possa descrevê-la. 2.1 ADMINISTRAÇÃO Para Megginson (1986) a administração é uma maneira de desenvolver funções variadas, com a finalidade de alcançar objetivos e metas. Mas ele também afirma que a administração é indispensável para todas as organizações e todos os tipos de empresa. Ainda para Megginson a administração é essencial para qualquer função desempenhada numa organização a fim de se chegar a um objetivo comum. Megginson (1986, p.17) conceitua administração como uma maneira de determinar, “interpretar e alcançar os objetivos organizacionais através do desenvolvimento do planejamento, organização, preenchimento de vagas, direção e controle”. Para melhor compreendermos sobre administração Megginson (1986, p.17) demonstra a figura 01 abaixo: Planejamento Administração Organização Preenchimento de Vagas Direção Controle Figura 01: O que é administração Fonte: Megginson (1986, p.17) Subordinado s Objetivos Organizacionais 15 Para Megginson (1986) futuramente a administração terá cada vez mais problemas como ambientais, governamentais e de inflação. Coelho (2008) concordando com Megginson diz que uma das maiores dificuldades ambientais que irá se encontrar serão as ONG`s que pressionaram os empresários fazendo com que os mesmos tomem uma atitude em relação aos problemas criado pela empresa para o meio ambiente. Coelho (2008, p.30) demonstra abaixo na figura 02 a diferença entre o antigo gerente e o novo gerente. O antigo gerente O novo gerente O chefe O treinador Deseja Autoridade Dá poder aos funcionários Acumula Informação Compartilha Informação Trata todas as pessoas como iguais É sensível as diferenças Opera em clima de previsibilidade e Prospera no caos estabilidade Figura 02: O gerente em transformação Fonte: Coelho (2008, p.30). 2.2 O EMPREENDIMENTO Para melhor compreensão será abordada a definição de empreendimento, que irá ser definido primeiramente os temas que se referem a negócio e empresa, simultaneamente. 2.2.1 Definição de empreendimento Nem toda a empresa é um empreendimento. Segundo Drucker (1999), um empreendimento necessita mostrar ser algo novo no comércio. Também não precisa agregar-se ao mercado de elevada tecnologia, onde os negócios são considerados de 16 alto risco. O empreendimento pode ser algo que já se situa no mercado tradicional. Um exemplo disso é a rede de fast food Habib´s. Especializada nos mais diversos cardápios que variam desde salgados, sanduíches, especialidades árabes, pizzas... até sobremesas, não tendo um atributo inovador, caracterizou-se pela qualidade dos alimentos e principalmente pela sua alta qualidade do atendimento e entrega. Reconhecimento, todas as empresas novas têm muitos pontos em comum. Entretanto, para ser empreendedora, uma empresa tem que possuir características especiais, além de ser nova e pequena. Na verdade, os empreendedores constituem a minoria dentre as pequenas empresas. Eles criam algo novo, algo diferente; eles mudam ou transformam valores. (DRUCKER, 1999, p. 29) 2.3 EMPREENDEDORISMO Segundo Dornelas (2001), vivemos no período do empreendedorismo; onde as fronteiras dos limites geográficos são superadas e os conceitos econômicos atualizados. 2.3.1 Definição do empreendedorismo Para Dornelas (2005), o empreendedorismo é idéia transformada em oportunidade, e para se obter um bom negócio é necessária a realização completa da tarefa. Segundo Aidar (2007) o empreendedorismo é o nascimento de um novo negócio. Já para Drucker (2005), empreendedorismo não é apenas um novo negócio, é necessário encontrar brechas existentes no mercado para poder satisfazer esses clientes que ainda não foram atendidos. Conforme Chiavenato (2005) empreendedorismo não se restringe apenas na criação de um novo negócio, é necessário planejar, cuidar, conduzir e mantê-lo em ordem. Segundo Dolabela (1999) o empreendedorismo compõem da palavra entrepreneurship e tem um significado extenso, que vai além da inicialização de novas empresas. Para Hisrich (2004) a um significado para a palavra, a fim de ampliar varias profissões, que capacitam de empreendedores. Cita-se que empreendedorismo conceitua-se a algo de valor, que determine a afeição de tempo e esforço, correndo 17 riscos financeiros, emocionais e sociais, mas compõem-se em trazer lucros econômicos e pessoais. Drucker (1999, p. 33 - 34) refere-se ao empreendedorismo como uma especialidade: “[...] empreendimento é um desempenho e não uma descrição de individualidade. E seu alicerce é o conceito e a teoria, e não o entendimento. O empreendedorismo requer criação de algo que até então não existia, e que tenha um valor significativo no mercado; exige tempo e dedicação para o futuro negócio crescer e desenvolver; depende de ousadia para assumir todos os riscos e decisões difíceis, além de paciência por possíveis fracassos (CHIAVENATO, SAPIRO, 2000). 2.3.2 Histórico do empreendedorismo no Brasil Hisrich (2004) relata que a separação entre capitalista e empreendedor, que ocorreu a partir do século XVIII. Confundiam administração e empreendedorismo e este era adotado somente economicamente. Algum tempo depois, agrupou-se ao termo novação, significado que persistir até hoje. Para Dornelas (2001) “Temos muito a fazer e isso mostra que nossos empreendedores de sucesso são verdadeiros heróis, já que apesar disso tudo, conseguem vencer e atingir seus objetivos”. Segundo ele, grande parte dos empreendedores estão tentando sobreviver primeiro e depois competir, ousar e crescer. O povo brasileiro pode trabalhar como operário, ser artesão, autônomo ou até proprietário, pois para sobreviver inventa várias maneiras para ganhar o seu sustento e nessa invenção é possível que surja uma idéia inovadora e criativa que possa ser uma invenção do desenvolvimento tecnológico (LESSA, 2000). 2.3.3 Benefícios do empreendedorismo Segundo Dolabela (1999) e Stoner (1994) o empreendedor com sua visão ampliada para o futuro e com muita criatividade dispõem de alguns benefícios que possam vim a ajudar a sociedade, tais como: a inovação de produtos, serviços e o desenvolvimento econômico. 18 2.3.3.1 Inovação Segundo Stoner (1994) o empreendedor pode vir a gerar a inovação tanto na área de tecnologia, quanto em novos produtos e serviços. O empreendedor foi reconhecido na área de inovação na era da Revolução Industrial. Para Tigre (2006) foi através da Revolução Industrial que se conseguiu um aumento positivo para a produtividade, foi a partir da Revolução que se obteve novas máquinas para o processo produtivo, pois ainda na metade do século XVIII, a economia mundial era comandada pela agricultura. A fabricação era artesanal, e nenhum produto ficava igual ao outro. No século XVIII, ainda não se ouvia falar muito de indústria, porém já existiam algumas organizações que utilizavam o sistema hierárquico para a produção. Ainda segundo Tigre (2006) a inovação só fará diferença quando acontecer de uma forma ampla, onde tenha participação de todas as empresas, todos os setores e todas as regiões, ocorrendo dessa forma à implantação e criação de novas empresas para poder atender todos os tipos de clientes e os novos mercados existentes. Os empreendedores utilizam a inovação com o intuito de permanecer no mercado, a agregação de valores aos produtos é uma das formas. Inovação é a criação de algo, ou o modo como mudamos alguma coisa, ou como se transforma um ambiente, (DRUCKER, 2003 apud DORNELAS, 2003). Para Dornelas (2003) a inovação já é um tema bem conhecido nas organizações, pois a inovação já é utilizada no desenvolvimento de novos produtos ou serviços. A inovação é a maneira como se traça uma estratégia para poder competir no mercado. Ainda para Dornelas (2003) é a inovação que abre caminhos para novas oportunidades. Pois não se pode apenas olhar a inovação como forma de criação de algo, ou apenas uma idéia única. A oportunidade pode ser única, mas as idéias não necessitam ser únicas. Mattos (2005) afirma que a inovação significa crescimento e lucro para a empresa. Inovação é qualquer alteração feita no produto ou serviço onde acarrete em benefícios para sua comercialização. 19 Já Dornelas (2003) diz que o empreendedor ao inovar usa seus conhecimentos e habilidade com finalidade comercial. Para Finep (2006) a inovação tem como objetivo dar competitividade para a empresa, e a valorização dos seus produtos. A inovação trás rendimento para a empresa através da transformação de idéias para produtos. Finep (2006) ainda conceitua inovação como criação ou aprimoramento de um produto, onde esse produto atenda as necessidades dos clientes, ou até mesmo o ganho que esse produto lhe proporcionará no mercado. 2.3.3.2 Desenvolvimento econômico Para Dolabela (1999) o empreendedorismo está coligado ao desenvolvimento econômico de um local. Segundo Dornelas (2003) a economia está em constante modificação, pois os consumidores procuram cada vez mais produtos e serviços com qualidade e tecnologia. E com a tecnologia cada vez mais avançada as empresas necessitam procurar se modernizar freqüentemente para poder atender seu público alvo. Conforme Hisrich (2004, p. 33), “A função do empreendedorismo no desenvolvimento econômico envolve do mesmo modo o crescimento da produção e renda per capita; envolve também a iniciativa e as modificações na estrutura do negocio e da coletividade”. Para Dornelas (2003) as organizações passadas estão perdendo espaço para as empresas que estão surgindo, pois são as novas empresas que procuram atender com rapidez e qualidade os desejos do mercado. E é com essa atitude, que faz com que as empresas se tornem cada vez mais competitivas. Para Stoner (1994) o empreendedorismo desenvolve a economia de um país e colabora com o aumento da produtividade. E para se obter esse aumento, necessita-se modificar e readaptar alguns métodos de produção, criar novos procedimentos. O Brasil caminha para uma economia empreendedora. “O progresso da capitalização depende das pequenas empresas, que fazem parte da grande geração de empregos, das criações, da remuneração de impostos e do patrimônio das nações” (CHIAVENATO, 2005, p.12). 20 Conforme Drucker (1999), o mundo parece caminhar em direção à uma sociedade empreendedora, aquela que em silêncio revoluciona. 2.3.3.3 Serviços ou processos Para Manual de Oslo (1997) a inovação de processos é novos métodos tecnológicos implantados na produção ou em outro setor da organização, buscando aprimoramento na fabricação de um produto, para poder implantar a inovação no processo da produção, obtendo-se assim qualidade e baixo custo. Segundo Moreira (2007) a inovação em serviços podem ser promovidas através de fornecedores quanto prestadores de serviços, isso pode ser feito através de pesquisas e desenvolvimento. A inovação em serviço é à união de tecnologias para poder ter um melhor desenvolvimento na produção e na prestação de serviços. Segundo Drucker (1999) a economia dos Estados Unidos não seguiu as presunções de Kondratieff. Nos últimos cinqüentas anos a mesma cresceu, contradizendo as previsões de Kondratieff, a mão-de-obra excessiva, resultado do desemprego estrutural, foi consumida pelos novos negócios. A maioria das empresas se uniu ao campo de atuação habitual, e não no ramo da alta tecnologia como era esperado. Essas ações sofreram alterações, possibilitadas pela disseminação, com maior ostentação a partir de mil novecentos e cinqüenta e cinco, dos instrumentos da Administração. Esta por sua vez tem permitido o nascimento da economia empreendedora. 2.4 O EMPREENDEDOR Para Birley e Muzyka (2001), o empreendedor é aquela pessoa que adquire responsabilidades, têm objetivos e desejos de realização própria. Empreendedor é aquela pessoa que corre risco, e transformam os mesmos em oportunidades. Mas, geralmente suas idéias são algo simples, porém lucrativo e concreto. 21 2.4.1 Histórico do empreendedor Segundo Hisrich (2004), o significado de entrepreneur é francês que significa “intermediário” ou “aquele que está entre”. Conforme Dornelas (2001), a primeira pessoa notável ponderada empreendedora foi Marco Pólo, viajante veneziano de 1254. Ele estabeleceu um contrato com os detentores de recursos, que corriam aos riscos inertes. Enquanto isso quem tem coragem de se aventurar, com a intenção comercial de ir ao Oriente, tem que suportar os riscos psicológicos e físicos. Possuindo a função de mediador. Durante a Idade Média, o conhecimento de risco não havia e o empreendedor era conhecido como um participante e gerente de amplas obras do governo, como os cleros. A partir de 1601, o cômodo deixou de existir, uma vez que se passa a constituir acordo com os órgãos públicos, a fim de oferecerem serviços ou produtos. Além disso, Dornelas (2001) determina Richard Cantillon, economista e escritor deste período, assim como um dos primeiros a distinguir o empreendedor (aquele que corre riscos) do capitalista (aquele que detém capital). Para Hisrich (2004), durante o século XVIII, estabilizou-se a visão de Cantillon, possivelmente em razão da Revolução Industrial. Pode-se mencionar Thomas Edison, que reestruturou no campo da eletricidade e da química, mas não possuía recursos para bancar seus projetos. Nos séculos dezenove e começo do século vinte, os significados de empreendedor e administrador misturaram-se. Incluir qual como alguém que atuava um negócio para ganho próprio e que aumenta as funções administrativas. Segundo Say e Schumpeter (apud DRUCKER, 1999) o empreendedor movimenta os recursos de setores menores para os mais produtivos, visando ao ganho. De acordo com Drucker (1999, pg. 35) a suposição de Jean Batiste Say foi recordar por Joseph Schumpeter em 1930 para a definição de empreendedor: Joseph foi o primeiro economista de renome a retornar a Say. [...] Ele postulava que o desequilíbrio dinâmico provocado pelo empreendedor inovador, em equilíbrio e otimização, é a “norma” de uma economia sadia e a realidade central para a teoria econômica e a pratica econômica. 22 Para Dornelas (2001, p.15) o empreendedor “[...] é a pessoa que faz com que as coisas aconteçam, esta sempre na frente do que irá ocorrer e tem uma visão para a organização futuramente”. Ainda para Dornelas (2001), o empreendedor é quem atravessa obstáculos, é aquele que quebra os paradigmas entre as empresas e os países, é quem gera empregos, vive em busca “do novo”. O empreendedor é a peças “chave” para o desenvolvimento de novos negócios. É aquele que sabe aproveita as oportunidades que o mercado oferece. Birley e Muzyka (2001 p.4) falam que: [...] os empreendedores sabem como liderar uma organização e dar-lhe impulso. E o que é mais importante, os empreendedores são a força motriz da economia de qualquer país; eles representam a riqueza de uma nação e seu potencial para gerar empregos. Para Schumpeter (1949 apud DORNELAS, 2005) o empreendedor pode vir a formar novos negócios, mas também pode rever e inovar os já existentes, este fato é conhecido como empreendedorismo corporativo. 2.4.2 Definições de empreendedor Existem várias definições para empreendedor. Porém, muitos autores conservam a essência, adicionando alguma coisa ou somente modificando sua forma de preparar a teoria. Conforme Hisrich (2004), o empreendedor é o sujeito que começa um novo negocio e é ousado havendo assim muitos riscos. Chiavenato (2005, pg. 3) cita. “O empreendedor é o sujeito que começa e/ou atua num negocio para realizar um conceito ou plano pessoal adquirindo vários riscos e responsabilidades e se atualizando consecutivamente”. Ao ver essa citação pode-se dizer que Chiavenato concorda com Hisrich. Dolabela (1999) diz que o empreendedor é o núcleo da economia. Concordando assim com Filion (1991) de que o empreendedor estuda, amplia e aplica seus conhecimentos. 23 Segundo Chiavenato, Sapiro (2003), o espírito empreendedor resume-se em três características: necessidade de realização por partes dos empreendedores, disposição para assumir riscos referentes ao trabalho realizado, autoconfiança em enfrentar todos os desafios. 2.4.3 O processo empreendedor O procedimento empreendedor refere-se às etapas que o mesmo deve consegui para realizar operações em seu empreendimento. Onde são influenciadas por fatores ambientais, sociais e pelas características pessoais. Para Dornelas (2001), o processo empreendedor tem quatro fases, primeiramente deve-se saber as oportunidades existentes e aproveitá-las; após isto vem a elaboração do plano de negócios. Em seguida vem a captação de recursos. E para encerrar começa-se às atividades do empreendimento adquirido e seu gerenciamento, obtendo-se assim o desenvolvimento de uma empresa. Conforme Chiavenato, Sapiro (2003) o processo empreendedor segue os seguintes passos: • Identificar uma possível oportunidade no mercado, isso significa localizar as novidades e ter senso de antecipação; • Criação de uma estratégia para concretizar essa visão através de aquisição, franquia ou criação; • Captar os recursos necessários para a implantação do negócio, como: conhecimento, tecnologia, capital, crédito, entre outros; • Implantar o conceito de empreendimento para poder começar a trabalhar e produzir os resultados. • Consolidar a oportunidade através do início do negócio e o crescimento e desenvolvimento da atividade. • Ampliar o crescimento ao máximo por meio de técnicas empreendedoras obtendo avanços no negócio. 24 2.4.4 Perfil e características do empreendedor Conforme Dolabela (1999), quanto mais novidade e inspiração para novos negócios, maiores são as chances de um indivíduo tornar-se empreendedor. As análises de Hornaday e Timmons (apud DOLABELA, 1999) indica que o empreendedor adota e segue passos de muitos sábios. Para ele o homem é mais significante do que o conhecimento, pois este conseqüentemente vira de sua originalidade e da sua conduta. O empreendedor também necessita desempenhar os afazeres de um dirigente: planejamento, organização, direção e controle. Mas se o mesmo tem ou adote esses fatores, ainda não se tem a garantia do sucesso, mas as oportunidades de êxito crescem. Segundo Hisrich (2004, p. 31), “A tradição americana agrega muito valor em ser seu próprio chefe, ter sua individualidade para alcançar seus objetivos, seus propósitos, sucessos e acima de tudo ganhar dinheiro. Por isso não há espanto algum com a abertura de muitas empresas nos Estados Unidos”. Para Chiavenato (2005, pg.5) o empreendedor com sua originalidade: [...] consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades [...] transforma idéias em realidade, para beneficio próprio ou para beneficio da comunidade. Por ter criatividade em alto nível, [...] demonstra imaginação e perseverança. Segundo Chiavenato (2005), os três simbólico fundamental satisfazem a: precisão da efetivação, disposição para correr riscos financeiros, familiares e psicológicos. Para Dornelas (2001), o empreendedor tem seu ponto de vista, decisão, dinamismo, dedicação, otimismo, liberdade, autonomia, direção, conhecimento, ele também tem consideração pela atividade que desempenha; desta forma são sucedidos financeiramente, sabem projetar; adquire riscos calculados; e institui importância para a empresa. O empreendedor é aquela pessoal que inova e corre risco. Procura as modificações para “abusar” das oportunidades. “O empreendedor bem conceituado tenta mencionar valor e fazer uma contribuição, independente de sua motivação pessoal, dinheiro, poder, curiosidade, fama ou reconhecimento” (DRUCKER, 1999, p. 45). 25 2.5 PLANO DE NEGÓCIOS Negócio se distinguiu como o agrupamento de pessoas com o intuito de fazer um produto ou prestar algum tipo de serviço. Também podemos levar em consideração a lucratividade que o mesmo proporciona, envolvendo acima de tudo os clientes e fornecedores numa cadeia ordenada. Para Chiavenato (2005, p. 23), “a finalidade de se ter um negócio é produzir e vender proporcionando lucros, mas para ele esses mesmos serviços e produtos devem satisfazer as necessidades e desejos da população”. Negociar significa o ato de realizar operações comerciais de compra ou venda de bens. Ainda para Chiavenato (2005, p. 25), os negócios constituem-se primeiramente em industrial e comercial: “Há dois tipos principais de negócios: o industrial (que seria produção, extração e construção) e o comercial (que envolve marketing, finanças e serviços). O negócio envolve dois tipos de capital: os fundos de capital e os bens de capital.” Para Salim (2003, p.3): Plano de negócios é um documento que contém a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros. Mas Salim (2003) relata que nem todas as empresas necessitam de um plano de negócios. Ele afirma que muitas empresas nasceram e sobrevivem no mercado, com muito sucesso, sem um plano de negócio. Já Harrison (2005) discordando de Salim diz que é através do plano de negócios que o empreendedor vai poder planejar o esqueleto da empresa. Birley e Muzyka (2001 p.96) relatam que o plano de negócios é essencial para se obter excelentes resultados, segundo eles: O plano de negócios fala por você. Quanto melhor sua aparência e quanto mais claras as idéias nele contidas, melhores serão os resultados que você conseguira. Uma aparência profissional significa que o seu plano de negócios será levado a serio. 26 Então, se entende que plano de negócios é fundamental para a organização, pois é o plano que ajudará a tomar decisões e também poderá auxiliar a empresa no que diz a respeito de mercado e clientes. 2.5.1 Estrutura do plano de negócio Segundo Dornelas (2005), o plano de negócio segue sua estrutura: I – Sumário Executivo II – Descrição da Empresa III – Produtos e Serviços IV – Mercado e Competidores V – Marketing e Vendas VI – Análise Estratégica VII – Plano Financeiro VII - Anexos 2.5.1.1 Sumário executivo O sumário executivo é importante para o plano de negócio, pois todos os leitores gostam de ler primeiro o resumo para depois ler na íntegra o que interessou. È um extrato motivador do plano de negócio, isto é, mostra qual o produto ou serviço a empresa irá oferecer qual o ramo de atuação, qual o mercado e que nicho irá abordar. Tudo isso, sem explicar detalhadamente, mas apresentado de forma objetiva (SALIM ET. AL, 2001). Conforme Dornelas (2005), o sumário executivo é a principal seção do plano de negócio, deve conter todas as informações-chave dirigidos ao público-alvo, ou seja, abordando assuntos relevantes para o leitor. Assim se for mostrar o plano de negócio a uma instituição financeira, visando financiamentos e empréstimos, necessita focar na análise financeira, é feito no máximo com duas páginas se for o completo e no máximo de uma de for o resumido. 27 2.5.1.2 Descrição da empresa Apresenta nesta seção o histórico da empresa, seu faturamento nos últimos períodos, sua razão social, crescimento, estrutura, localização, parcerias, serviços terceirizados, missão, visão, dentre outros (DORNELAS, 2005). Tecnologia Modo de fazer (como fazer) Qual é o Negócio da Empresa? Produtos/serviços (o que fazer) Missão da empresa Qual é o cliente E o que tem Valor para ele? Mercado (para quem fazer) Figura 03: A missão da empresa e seus desdobramentos Fonte: Chiavenato, (2005) Segundo Chiavenato (2005), deve-se definir a missão, a visão do negócio os objetivos e as estratégias, para poder nortear os rumos do negócio, para que todos os parceiros envolvidos tenham conhecimento do que fazer, como, quando e onde. Segundo Salim et. al. (2001), “missão da empresa é a função que ela vai exercer junto ao mercado, provendo-lhe de produtos ou serviços”. Missão significa a razão de existir da empresa na sociedade, define seus produtos/serviços, os mercados e a tecnologia refletindo os valores e as prioridades da empresa (CHIAVENATO, 2005). 28 Conforme Salim (2003), a missão do negócio tem que ser breve destacando o que pretende vender, que público-alvo deseja e de que forma irá realizar, pois na maioria das vezes é exposta ao alcance dos colaboradores e clientes. Missão Visão Inclui o negócio da empresa; é o sonho no negócio; é o ponto de partida; é o lugar para onde vamos; é o documento de identidade da empresa; é o passaporte para o futuro; Identifica "quem somos"; projeta "quem desejamos ser"; dá o rumo à empresa; fornece energia para a empresa; é orientadora; é inspiradora tem o foco do presente para o futuro; tem o foco no futuro; tem vocação para a eternidade. Quadro 1 - Diferenças entre missão e visão Fonte: Chiavenato (2005) é mutável, conforme os desafios Conforme, Dornelas (2005 p.155), “a declaração de visão define onde a empresa quer chegar, a direção que pretende seguir, e o que ela quer ser”. Para Chiavenato (2005) o empreendedor cria uma imagem de como quer ver a sua empresa dentro de um período de tempo. Isso permite que estabeleça metas e objetivos, para isso são analisados indicadores de desempenho para ver se os resultados estão conformes os planejados. 2.5.1.3 Produtos e Serviços Nesta parte do plano, o empreendedor precisa relacionar quais os produtos/serviços fornecidos pela empresa, suas características e quais aspectos diferem da concorrência. Se a empresa oferecer um produto/serviço diferenciado não deixar de mencionar no plano de negócio (DORNELAS, 2005). Nesta seção a empresa irá destacar com clareza o produto e serviço que irá vender; descrever o mercado em que está inserida e qual os problemas detectados 29 pelos clientes que poderão ser solucionadas pela empresa, verificar seus concorrentes comparando seus produtos e serviços e que benefícios estão oferecendo, qual o material que será utilizado para apoiar as vendas de seus produtos e serviços, avaliar os custos e as margens praticadas pelas vendas, verificar a utilização de tecnologia dos produtos e serviços e por último qual a projeção de seus produtos e serviços com a evolução das necessidades do mercado (SALIM, ET AL 2001). 2.5.1.4 Mercado e competidores Segundo Dornelas (2005), a análise do mercado é o ponto mais difícil de fazer, pois toda a estratégia de negócio dependerá de como a empresa abordará seu público-alvo. É relevante que a empresa conheça os seus concorrentes, para que possa obter sucesso na sua estratégia de Marketing. Conforme Las Casa (2006), o empreendedor deverá considerar a posição de sua empresa em relação aos concorrentes. Deste modo, obterá um enquadramento e haverá condições de determinar algumas reações. Na maioria das vezes, as situações são posições de ataque e defesa. Deve-se conhecer o mercado consumidor do seu produto/serviço através de pesquisas para saber como estão segmentadas, as características do consumidor, o crescimento do mercado, a sua participação de mercado e os potenciais concorrentes (DORNELAS, 2005). 30 Perigo: entrantes potenciais Poder dos Fornecedores Competidores Poder dos Clientes Perigo: produtos substitutos Figura 04: Modelo de análise de competitividade de Porter Fonte: Porter (1986) Segundo Porter (apud Casarotto Filho, 2002) a competitividade é determinada conforme figura 04 que são: Entrantes potencias: que serão as novas empresas que virão concorrer com as já existente no mercado. Produtos substitutos: produtos novos que poderão atender a mesma necessidade do produto de sua empresa. Poder dos clientes: que significa o poder de compra dos clientes com seus produtos. Poder dos Fornecedores: que se juntam como forma de oligopólios para forçar a venda de seus produtos. 31 2.5.1.5 Marketing e Vendas Segundo Las Casa (2006), a elaboração do plano de marketing deverá ser feita em sintonia com os objetivos que a empresa almeja alcançar ao longo prazo. Por sua vez é composto por vários subplanos como as atividades de propaganda, venda pessoal e plano de novos produtos e promoção de vendas. Conforme Casarotto Filho (2002) o marketing é considerado por: Dimensão da Qualidade: que significam o valor que o cliente está disposto a pagar pelo produto/serviço, o difícil é saber realmente qual a escala de valor do cliente, pois cada um tem a sua determinada. Este ponto é complexo, mas é possível fazer algumas comparações com os da concorrência. Determinação de preço: é neste ponto que a empresa precisa acertar para ter um sucesso no negócio, pois é nas vendas que surgiram os resultados do preço do produto, as receitas necessariamente dependerá dessa decisão. O preço pode ter como parâmetro o custo mais a margem de contribuição, a demanda e a oferta do produto, e por fim os preços praticados pela concorrência. Promoção: a promoção ajuda principalmente no estágio inicial de um produto novo ou marca, isso faz com que os clientes percebam e consequentemente faz a permanência do produto no mercado e um crescimento nas vendas. A promoção é também aliada na sobrevivência das empresas por ter grande concorrência no mercado. Distribuição: é importante verificar a distribuição dos produtos em relação com as vendas e o custo desta distribuição e ainda analisar as condições do mercado para essa distribuição. Inovação: influi diretamente na produção do produto e na estratégia adotada, devem ajustado ser com os prazos. Responsividade: que significa comprimir tempo, ou seja, aumento da responsividade, com a diminuição de tempo é possível aumentar a produtividade, aumentar os preços, reduzir riscos, aumentar a participação do mercado. Portanto, um plano de marketing constitui para concretizar a imaginação a criatividade e a inovação. 32 2.5.1.6 Análise Estratégica Conforme Chiavenato, Sapiro (2003) o processo de planejamento estratégico é constituído dos seguintes fatores: Declaração de missão: é através da missão que a empresa declara a pretensão e define o negócio que irá seguir, junto ao ambiente que está inserida. A missão é o primeiro elemento a ser definido no planejamento estratégico. Visão de negócios: é uma idéia da empresa no momento da realização de seus propósitos no futuro, é uma forma de garantir no presente. A visão é uma fonte inspiradora que motiva as pessoas ao notar que a missão declarada está sendo realizada com sucesso. Diagnóstico estratégico externo: este diagnóstico visa adiantar oportunidades e ameaças para a realização da visão, da missão e objetivos traçados pela empresa. Realiza-se uma análise do ambiente para detectar possíveis fatores que a influenciam onde a empresa está inserida. Diagnóstico estratégico interno: significa estudar os elementos que atuam diretamente na empresa, como suas forças e fraquezas, para realização de uma melhor estratégia. Fatores-chave de sucesso: é verificar qual o ponto crítico da empresa juntamente com os elementos da análise SWOT, ou seja, dependerá da missão declarada. E também os fatores-chaves podem ser determinantes de sucesso que encaminham as estratégias de negócio. Sistemas de planejamento estratégico: compreende a formulação dos sistemas de planejamento a implantação do processo de ações, onde através da visão, missão e objetivos da empresa serão implantados através de planos operacionais. Os pontos fortes da empresa representam a vantagem competitiva que tem em relação com os concorrentes. E os pontos fracos são fatores que interferem negativamente na capacidade e precisa ser revisto (LAS CASAS, 2006). Para Chiavenato (2005), os fatores internos que detectam suas forças e capacidade, a fim de utilizar e aplicar as suas fraquezas e fragilidades, que a empresa 33 precisa ter mais preocupação para corrigi-las, isso não significa incompetência, mas que a empresa conheça suas fragilidades para poder melhorá-las. Conforme Dornelas (2005), a análise do ambiente externo (oportunidade e ameaças) são relacionados de ordem macroambiental como: demográficos, tecnológicos, econômicos, socioculturais, político-legais; e os fatores microambientais são como: consumidores, concorrentes, fornecedores, canais de distribuição que afetam a empresa diretamente. Para Chiavenato (2005), as oportunidades e ameaças das empresas são detectadas por meio da análise ambiental, através da pesquisa de mercado identificando os fatores críticos sobre os quais fornecem informações variadas dos fatores externos. 2.5.1.7 Plano Financeiro O plano financeiro é o último a ser elaborado, pois reflete em números tudo o que já foi planejado nas outras seções como despesas de Marketing, gastos com pessoal, custos variáveis e fixos, análise de rentabilidade e projeções de vendas (DORNELAS 2005). Conforme Salim (2003, p.103) “É nele que vamos juntar todas as despesas. Desde aquelas que foram feitas para iniciar o negócio, constituir a sua base, até aquelas que estarão sendo feitas em plena fase operacional [...]”. Para Dornelas (2005), os fundamentais demonstrativos do plano financeiro são: Balanço Patrimonial, Demonstrativo de resultados e Demonstrativo de Fluxo de Caixa, por meio destas análises é possível averiguar a viabilidade do negócio e o retorno financeiro. Para fazer essas análises, na maioria das vezes, usam os seguintes métodos: análise do ponto de equilíbrio, prazo de payback, TIR (taxa Interna de Retorno) e VPL (Valor Presente Líquido). A) Balanço patrimonial Segundo Chiavenato (2005), o balanço patrimonial representa a situação do patrimônio da empresa em determinado momento. A estrutura do balanço é composta por dois grandes grupos: o ativo que representa os bens e direitos pertencentes da 34 empresa, nos quais a empresa investiu dinheiro, estoques, créditos, bens em uso, valores mobiliários, dentre outros. E o passivo que significa as obrigações da empresa em relação aos seus credores e terceiros. E pertencendo ao passivo o patrimônio líquido que é a soma das reservas, dos lucros acumulados diminuindo com a soma do capital a integralizar o dos prejuízos, ou seja, é o capital próprio pertencentes aos proprietários e acionistas. Ativo Ativo circulante Disponível em caixa/banco Crédito com clientes Estoques Títulos e valores mobiliários Despesas do exercício seguinte Realizável a longo prazo Empréstimo a sócios e diretores Empréstimo a firmes interligadas Futuros Ativo permanente Investimentos Participações em empresas Imóveis Imobilizado Bens de uso Outros valores Diferido Total do ativo Quadro 2 - Balanço Patrimonial Fonte: (CHIAVENATO, 2005, p.243) Passivo Passivo Circulante Dívidas com fornecedores Dívidas com instituições financeiras Contribuições a pagar Impostos a pagar Títulos e contas a pagar Exigível a longo prazo Créditos de sócios e diretores Crédito de firmas interligadas Resultados de Exercício Rendas antecipadas Patrimônio Líquido Capital Capital subscrito a realizar Reservas de capital Reservas de reavaliação Reservas de lucros Lucros (ou prejuízos) acumulados Total do passivo B) Demonstração do resultado do exercício (DRE) Segundo Dornelas (2005), Demonstração do Resultado é a classificação das receitas e despesas em certo período de tempo, determinando o resultado positivo e negativo. Conforme Reis (2003) a DRE é uma ferramenta contábil que demonstra as operações sociais, os lucros e prejuízos e procura evidenciar tanto o resultado operacional quanto das operações acessórias da empresa, provocando modificações no ativo e no resultado líquido. 35 Demonstração do Resultado do Exercício Receita bruta (menos) Deduções da receita bruta (igual a) Receita líquida (menos) Custo da receita (igual a) Lucro bruto (mais) Outras receitas operacionais (menos) Despesas operacionais (igual a) Lucro operacional (menos) Despesas extra-operacionais (mais) Receitas extra-operacionais (mais ou menos) Resultado da correção monetária (igual a) Resultado antes do imposto de renda (menos) Provisão para imposto de renda (menos) Participações diversas (diretores/empregados) (igual a) Lucro ou prejuízo líquido Lucro líquido por ação Quadro 3 - Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) Fonte: (CHIAVENATO, 2005, p. 244) Para Chiavenato (2005 p.244) “A DRE começa com a receita bruta (valor do faturamento das vendas) ou dos serviços, isto é, a receita total da empresa e mediante sucessivas adições e subtrações, chega ao resultado líquido do exercício”. C) Fluxo de caixa Segundo Dolabela (1999) o fluxo de caixa é uma ferramenta simples, porém muito útil para o empreendedor verificar as entradas e saídas de recursos financeiros, com isso mostra o horizonte de curto e médio prazo se a empresa pode pagar seus compromissos financeiros. Conforme Salim (2003. p.108): O fluxo de caixa representa a evolução das entradas e saídas de recursos financeiros da empresa ao longo do tempo, de forma a visualizar, a cada momento a disponibilidade líquida do caixa e verificar se os desembolsos futuros poderão ser efetuados nas datas prevista. 36 (-) Item recebimentos Pagamentos Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez (=) (+) (=) (-) Fluxo líquido de caixa Saldo inicial de caixa Saldo final de caixa Saldo Mínimo de caixa (=) Financiamentos neces. (ou) Saldo de caixa Quadro 4 – Fluxo de Caixa Fonte: (CHIAVENATO, 2005, p.229) O fluxo de caixa indica algum excesso de caixa como mais recebimentos do que pagamentos, mas também pode verificar um déficit que significa mais pagamento do que recebimento, sendo assim, o empreendedor deve-se planejar para fazer um financiamento ou um empréstimo para cobrir todas as despesas (CHIAVENATO, 2005). D) Ponto de equilíbrio Dolabela (1999, p.239) relata sobre o ponto de equilíbrio: O ponto de equilíbrio corresponde ao nível de faturamento para que a empresa possa cobrir, exatamente, os seus custos, ou seja, atingir um lucro operacional igual à zero. Acima do ponto de equilíbrio, e empresa terá lucro e, abaixo dele, incorrerá em prejuízo. Conforme Dornelas (2005), é o ponto no qual a receita das vendas igualase à soma dos custos fixos e variáveis não existe lucro nem prejuízo, é a partir desse ponto que a empresa começa a obter o rendimento. 37 PE = Custos Fixos Totais x Receita Margem de Contribuição Margem de Contribuição = receita – custos variáveis ou PE = Custos Fixos Totais x Receita Receita - Custos Variáveis então PE = Custo Fixo_________ 1 – (Custo variável / receita total Figura 5 – Fórmula do ponto de equilíbrio Fonte: (DORNELAS, 2001, pg. 169) Conforme Salim et al (2001) o ponto de equilíbrio representa “a quantidade vendida na qual a receita iguala a soma dos custos fixos mais os custos variáveis”. E) Payback Segundo Dornelas (2005) o prazo de payback é o prazo que a empresa tem para poder recuperar o capital investido, sendo que quanto menor esse tempo, mais atrativo fica o negócio, pois recuperará o seu investimento inicial. É realizado através do fluxo de caixa, mas essa técnica apresenta fraqueza, pois não leva em consideração o tempo em relação ao valor do dinheiro, e não considera também os fluxos de caixa após o prazo de payback. Portanto, a melhor maneira é utilizar as técnicas de fluxo de caixa descontado para avaliar melhor os investimentos (DORNELAS, 2005). F) Valor presente líquido Segundo Dolabela (1999) o valor presente líquido é um indicador muito importante para verificar a análise de investimento, relacionando o dinheiro e o tempo. O empreendedor projeta um valor do fluxo de caixa num certo período de tempo, o VPL será o valor revertido até a data do início das atividades da empresa, subtraindo o valor do investimento, com taxa que o empreendedor gostaria de ganhar. Caso o valor, for positivo a empresa obteve um retorno satisfatório, caso contrário o investimento feito não lhe trouxe o rendimento esperado. 38 VPL= F1 (1+ K)¹ + F2 + F3 (1+K)² (1+K)³ + .... + Fn (1+K)n - INV Legenda: VPL= Valor presente Líquido Fn= Fluxo de caixa após imposto no ano n N= vida do projeto em anos INV= Investimento inicial Figura 6 – Fórmula do valor presente líquido Fonte: (DORNELAS, 2005, pg. 172) G) Taxa interna de retorno (TIR) Segundo Salim et al (2001) a Taxa Interna de Retorno “representa a taxa de desconto que iguala, num único momento, os fluxos de entrada com os de saída de caixa na verdade, produz um VPL igual a zero”. È uma taxa técnica mais utilizada para avaliar as alternativas de investimento. É a taxa de Retorno que se usada para cálculo do VPL, proporcionará um valor igual ao investimento inicial. Se a TIR for maior que a taxa de retorno que o empreendedor desejar o projeto é aceito, se for menor rejeita-se (DOLABELA, 1999). Para se calcular a TIR é necessário a ajuda do Excel ou de calculadores financeiras, o cálculo é realizado através do método tentativa e erro, pois não há uma fórmula para calcular de forma manual (SALIM ET AL, 2001). 39 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Neste capítulo a pesquisadora visa descrever de maneira clara e objetiva todos os procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa do projeto e quais os caminhos que o mesmo deve tomar para que tudo corra dentro das normas exigidas, evidenciando assim o tipo de pesquisa utilizada e por fim, a interpretação dos dados obtidos. 3.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA A pesquisa bibliográfica tem como fundamentação verificar o que já foi estudado, se baseando principalmente nos livros científicos, podendo ser elaborada em institutos, centros de pesquisa ou em qualquer outro lugar que se tenham as informações esperadas. (MARKONI E LAKATOS, 2002). Para Oliveira (1999. p, 119) “A pesquisa bibliográfica tem por objetivo aceitar as diversas formas de contribuição cientifica que se conseguem sobre determinado assunto ou fato”. Segundo Ramos (2003, p.24) a pesquisa “tem como objetivo o desenvolvimento do conhecimento para contribuições técnicas dirigidas à solução de problemas específicos”. 3.2 PESQUISA DOCUMENTAL Na pesquisa documental se obtém uma análise planejada para poder verificar informações de acontecimento e princípios de algo ocorridos, permitindo deste modo a descoberta de novos acontecimentos, capacitando-se a encontrar resposta para duvidas surgidas. (JUNG, 2004). Segundo Gil (1996, p.5); A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. 40 A pesquisa documental tem por finalidade adquirir os conhecimentos prévios catalogados ao seu campo de importância. (OLIVEIRA, 1999). 3.3 ESTUDO DE CASO O estudo de caso tem como finalidade uma verificação elaborada e com muito mais aperfeiçoamento do estudo esperado. (MARKONI E LAKATOS, 2002). Para Jung (2004, p.158) Pode-se definir um estudo de caso como sendo um procedimento de pesquisa que investiga um fenômeno dentro do contexto local, real e especialmente quanto os limites entre o fenômeno e o contexto são estão claramente definidos. Na elaboração do estudo de caso se procura apresentar algo, selecionando e organizando o método de coleta de informações, confrontando com a referência bibliográfica alcançando assim a decorrência do resultado. (Oliveira, 1999). 3.4 LEVANTAMENTO DE DADOS O levantamento de dados tem por objetivo a investigação dos documentos já elaborados, havendo desta maneira, uma análise planejada de todas as informações necessárias e que se enquadram dentro das verificações esperadas. Para Lakatos e Marconi (2002, p.25) “Para se conseguir informações utilizase três métodos: pesquisa documentada, pesquisa bibliográfica e relação direta de dados. 3.5 COLETA DE DADOS Segundo Oliveira (1999), a coleta de dados é o membro da análise que necessita de esforço e tempo, pois é através da coleta que se agrupa os dados para a fundação da análise. 41 3.5.1 Abordagem quantitativa A abordagem quantitativa é empregada para explicar por meio metodológico e comparativos numerais as alterações entre si. (LAKATOS E MARKONI, 2002) Oliveira (1999, p. 115) O método quantitativo é muito utilizado no desenvolvimento das pesquisas descritivas, na qual se procura descobrir e classificar a relação entre variáveis, assim como na investigação da relação de causalidade entre os fenômenos: causa e efeito. Por isso, é um procedimento que institui quantificar a importância de varias maneira de coleta de informações, sempre buscando na ampliação da pesquisa um jeito de analisar a precisão dos resultados. 3.5.2 Abordagem qualitativa A abordagem qualitativa aceita a interferência do pesquisador e de suas informações, havendo assim definições do autor ou do sujeito analisado. (GIL, 1999). Oliveira (1999. p, 117) As pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa possuem a facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos de mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de profundidade a interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos. Na abordagem qualitativa há vários tipos de variáveis, procura-se sempre analisar detalhadamente todos os problemas e a solução existente para o mesmo. 42 3.6 ANÁLISE DOS DADOS Para se adquirir as análises de dados existem várias maneiras de se obter os resultados, pesquisando-se minuciosamente as informações coletadas. Chizzotti (2001), afirma que a análise dos dados é classificada da seguinte forma; dividir, organizar e estudar os dados. Já Oliveira (1997, p. 184) afirma que “depois de se manusear os dados e obter um resultado, o passo seguinte a ser tomado é a analise e interpretação”. Para Gil (1999, p.102) “A análise dos dados, tem por finalidade agrupar as coletas obtidas com outras já emitidas”. Necessita, assim, de uma interpretação da avaliação estatística, permitindo então a classificação da pesquisa para se obter uma boa pesquisa. 3.7 UNIVERSO E AMOSTRA O universo a ser pesquisado será o planejamento de negócio de uma empresa, fazendo assim um estudo de viabilidade, para poder demonstrar se o mercado oferece demanda para o mesmo. 3.8 LOCALIZAÇÃO DA EMPRESA A empresa está localizada na Rodovia Luiz Rosso Km 10, Quarta- Linha, no município de Criciúma – SC, sendo o mesmo um ponto estratégico para melhor atender seus clientes. A empresa visa atender seus clientes com qualidade e agilidade sendo estes alguns dos pontos fortes da empresa. 43 4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA 4.1 Histórico da empresa A empresa Costa Gomes & Cia foi fundada em 1987, pelos sócios Edevaldo Costa, Neusa Gomes e Maria Aparecida Alexandre Costa. Com muito esforço e dedicação a empresa começou seus trabalhos. A princípio, a Costa Gomes trabalhou exclusivamente para uma empresa especializada em revestimentos cerâmicos, tornando-se assim uma empresa conceituada no ramo de mão-de-obra mecânica. Em 1997, a Costa Gomes fez uma alteração na sua razão social, passando a ser Tornearia Costa Ltda. Neste mesmo ano, houve também alteração na sua sociedade sendo que ficaram apenas dois de seus sócios sendo os mesmos Edevaldo Costa e Maria Aparecida Alexandre Costa. Em 1998, a Tornearia Costa deixou de ser uma prestadora de exclusividade, e passou a oferecer seus serviços para todas as Cerâmicas de Criciúma e região. Desde então, a empresa passou a se especializar e a qualificar cada vez mais seus serviços. Nos dias atuais, a Tornearia Costa presta serviços para mais de 35 (trinta e cinco) cerâmicas de Criciúma e região, sendo que a mesma também esta disponibilizando serviços de confecção de material Industrial. 4.2 Missão Missão – Promover a garantia e a disponibilidade de serviços atendendo as necessidades dos clientes, oferecendo maior qualidade de manutenção preventiva de máquinas mecânicas e o funcionamento dos equipamentos. Visão – Ser referencia no mercado e no segmento obtendo liderança no mercado interno fazendo da marca a preferência dos consumidores. Valores – Comprometimento: Ser comprometido na prestação dos serviços. Transparência: Ser transparente em todas as operações realizadas pela empresa. Imagem: Nossa empresa demonstra uma boa imagem perante a sociedade, buscando a preservação do ambiente interno e externo e o desenvolvimento social da região. 44 Competência: No segmento de terceirização, procuramos ter a melhor qualificação e capacidade nos serviços prestados. Respeito aos funcionários e clientes: Buscando valorizar as pessoas, levando em conta as suas individualidades no momento das decisões. 4.3 Oportunidades - Aproveitar-se de uma escola técnica na área de mecânica, próxima da empresa, e oportunizar estagio para alunos; - Oportunizar-se de novas tecnologias para ser o pioneiro na manutenção; - Aproveitar de férias coletivas de uma empresa para comprar o estoque, tornando-se fornecedor exclusivo por determinado período; - Comprar peças mais baratas com a baixa cambial; - Os clientes buscam novas tecnologias devido ao desenvolvimento mundial; - Acordos internacionais que visem à comercialização de novas ferramentas; - Utilizar a mão-de-obra qualificada de pessoas que vem de outros países. 4.4 Ameaças - Problemas sindicais impedindo a produção de peças para as máquinas; - Os colaboradores não buscam especialização; - Surgimento de uma empresa nova com maior tecnologia; - Quando o governo impõe mudanças na legislação que impeça o funcionamento da empresa (legislação ambiental, tributária); - Problemas no setor de transporte impedindo o recebimento ou funcionamento de materiais; - Atraso de entregas de produtos por parte dos fornecedores; - Falta de mão-de-obra qualificada; - Problemas ambientais; - Quando a comunidade percebe problemas causados pela empresa. 45 4.4.2 Variáveis Internas 4.4.2.1 Pontos Fortes - Parcerias; - Projetos; - Conhecimento do Negócio; - Comunicação. 4.4.2.2 Pontos Fracos - Falta de Planejamento atual e futuro; - Não existem práticas de marketing; - Ainda não foi implantada a gestão de recursos humanos; 4.5 Análise de mercado 4.5.1 Setor O setor cerâmico no qual a Tornearia Costa esta inserido é bastante competitivo. O preço, a qualidade e a distribuição dos serviços são fatores de extrema importância para o sucesso da mesma. Esse mercado, no qual concorrem outras empresas é importante ser cordial, atencioso e ter disponibilidade e agilidade para atender os clientes com rapidez e eficiência. A Tornearia Costa vê nesses atrativos um mercado amplo e competitivo. Entre as oportunidades identificadas neste ramo de negocio destacam-se: alta concentração de pedidos na cidade de Criciúma e região; devido a diversificação dos serviços oferecidos a empresa pretende ampliar as suas dependências com um novo e moderno galpão, com equipamentos de alta tecnologia e serviços especializados e diferenciados. Entre as principais ameaças à Tornearia Costa estão: concorrência desleal de outras empresas, prazos de pagamentos que encarecem os produtos e à mão-deobra. 46 4.5.2 Clientela Nos estudos de mercado feitos para subsidiar este Plano de Negócio, foram utilizadas pesquisas junto ao cliente. Os objetivos da pesquisa foram: identificar os tipos de serviços que mais vende identificar o grau de qualidade dos serviços oferecidos, traçarem o perfil dos clientes e coletar opiniões e sugestões sobre os produtos e serviços. Os resultados mostraram um ambiente altamente favorável a Tornearia Costa no mercado, já que foi possível identificar quais os tipos de melhorias a serem feitas nos produtos e serviços que permitirão a sua diferenciação da concorrência e crescimento a nível patrimonial. A Tornearia Costa decidiu atuar no segmento de mercado representando pelos próprios clientes que divulgam os serviços e produtos aos seus conhecidos. Este segmento permite uma estrutura de divulgação boca-a-boca que enfatiza o preço, qualidade, agilidade e responsabilidade, ou seja, um conjunto de importância para a formação de novos clientes. A escolha por tal segmento de mercado permite uma estratégia de distribuição dirigida. 4.5.3 Concorrência A pesquisa de mercado indicou que existem quatro concorrentes diretos da Tornearia Costa, todos eles pesquisados diretamente durante a elaboração deste plano de Negócios. Um concorrente é de Cocal do Sul, e os outros três são de Criciúma. Após a entrevista com cada um dos concorrentes, percebeu-se que as principais dificuldades encontradas eram com relação a pagamento e a falta de produção já que as cerâmicas estão passando por crise financeira devido ao baixo preço dos produtos importados da China. 4.5.4 Fornecedores A análise dos fornecedores indicou que a Tornearia Costa está capacitada para desenvolver com qualidade qualquer tipo de serviço, desde a manutenção e inspeção 47 da matéria-prima. Assim, foram listados todos os fornecedores, e a mesma pesquisa já realizada com os concorrentes. Feita as entrevistas percebeu-se uma grande diferença entre os concorrentes com relação à qualidade do produto e serviço, prazo de entrega, tempo de atuação no mercado, preço, entre outros itens. A aquisição de um moderno galpão para evitar perdas nas solicitações de serviços. 4.6 Plano financeiro 4.6.1 Investimento Os investimentos iniciais são os materiais necessários para a construção da estrutura do Galpão da empresa e também a compra de equipamentos para o funcionamento da mesma como maior qualidade. Segue abaixo a tabela 01 48 Tabela 01: Investimentos iniciais Descrição dos itens Obras Civis Galpão com estrutura metálica Instalações elétricas Instalações hidráulicas Equipamentos (Aquisição) Torno CNC Fresadora CNC Furadeira de bancada mesa Máquina de solda Mig / Mag Relógio Ponto Móveis e Utensílios Mesa para escritório Cadeiras Notebook Impressora multifuncional Telefone sem fio Ar Condicionado Arquivo de aço 04 gavetas Veículos Saveiro Softwares Cadastral e operacional Valor Total Quantidade Valor Unitário (R$) (R$) 120.000,00 1 1 1 100.000,00 10.000,00 10.000,00 100.000,00 10.000,00 10.000,00 1 1 55.000,00 16.000,00 92.500,00 55.000,00 16.000,00 1 14.900,00 14.900,00 1 1 6.000,00 600 6.000,00 600 1 6 1 1 1 200 350 2.500,00 320 110 10.380,00 200 2.100,00 2.500,00 320 110 1 2.000,00 2.000,00 3 1.050,00 3.150,00 28.000,00 28.000,00 28.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1 1 Projeções da Necessidade de Capital de Giro Total dos Investimentos 25.000,00 276.880,00 Fonte: Da pesquisa 4.6.2 Fluxo de caixa O fluxo de caixa é uma ferramenta muito importante para poder se analisar a empresa. Na tabela 02 encontra-se toda a projeção do movimento do caixa da 49 empresa Tornearia Costa durante os próximos cinco anos. Tabela 02: Projeção do Fluxo de Caixa Descrição ANO I ANO II 568.800,00 1.090.238,75 1.112.281,25 991.260,00 991.260,00 991.260,00 5.745.100,00 100,0% Receitas de vendas / serviços 0 870.238,75 1.112.281,25 991.260,00 991.260,00 991.260,00 4.956.300,00 86,3% Receitas Financeiras 0 0 Empréstimos 0 220.000,00 220.000,00 3,8% Outras Receitas 0 0 TOTAL ENTRADAS Até 31-07-2008 Capital Próprio Investido na Empresa 568.800,00 0 TOTAL SAÍDAS -251.880,00 -410.406,41 ANOIII ANO IV ANO V TOTAL % 0,0% 0,0% -453.600,03 -457.363,76 -457.363,76 -457.363,76 568.800,00 11,5% -2.487.977,71 100,0% DESPESAS com Produção 0,0% Compras / Insumos 0,0% Fretes 0,0% Embalagens 0,0% DESPESAS com PESSOAL 0 -256.464,00 -256.464,00 -256.464,00 -256.464,00 -256.464,00 -1.282.320,00 51,5% Pessoal Produção 0 -83.760,00 -83.760,00 -83.760,00 -83.760,00 -83.760,00 -418.800,00 16,8% Pessoal Administrativo e de Apoio 0 -60.000,00 -60.000,00 -60.000,00 -60.000,00 -60.000,00 -300.000,00 12,1% Autônomos 0 -55.200,00 -55.200,00 -55.200,00 -55.200,00 -55.200,00 -276.000,00 11,1% Comissões 0 0,00 0,0% Encargos Sociais 0 -83.760,00 -57.504,00 -57.504,00 -57.504,00 -57.504,00 -287.520,00 11,6% DESPESAS ADMINISTRATIVAS 0 -60.000,00 -48.480,00 -48.480,00 -48.480,00 -48.480,00 -242.400,00 9,7% Aluguéis, Condomínios e IPTU 0 -55.200,00 -12.000,00 -12.000,00 -12.000,00 -12.000,00 -60.000,00 2,4% Marketing e Publicidade 0 -1.800,00 -1.800,00 -1.800,00 -1.800,00 -1.800,00 -9.000,00 0,4% Treinamentos e Viagens 0 -2.400,00 -2.400,00 -2.400,00 -2.400,00 -2.400,00 -12.000,00 0,5% Manutenção & Conservação 0 -3.600,00 -3.600,00 -3.600,00 -3.600,00 -3.600,00 -18.000,00 0,7% Seguros 0 -5.520,00 -5.520,00 -5.520,00 -5.520,00 -5.520,00 27.600,00 1,1% Àgua, luz e telefone 0 -6.720,00 -6.720,00 -6.720,00 -6.720,00 -6.720,00 -33.600,00 1,4% Outras despesas 0 -16.440,00 -16.440,00 -16.440,00 -16.440,00 -16.440,00 82.200,00 3,3% INVESTIMENTOS -251.880,00 -251.880,00 10,1% Obras Civis -120.000,00 -120.000,00 4,8% Instalações 0 Equipamentos Máquinas 0,0% -92.500,00 -92.500,00 3,7% 0 0,0% Móveis e Utensílios -10.380,00 -10.380,00 0,4% Veículos -28.000,00 -28.000,00 1,1% Compras Insumos Softwares 0 0,0% -1.000,00 -1.000,00 0,0% Outros 0 0,0% Despesas Pré-Operacionais 0 DESPESAS TRIBUTÁRIAS 0 -85.743,99 -85.743,99 -85.743,99 -85.743,99 -85.743,99 -428.719,95 17,2% -85.743,99 -85.743,99 -85.743,99 -85.743,99 -85.743,99 -428.719,95 17,2% 62.912,04 66.675,77 66.675,77 66.675,77 -282.657,76 11,4% 0,0% Impostos a Pagar 0 Provisão para imposto de Renda 0 DESPESAS FINANCEIRAS 0 -19.718,42 Taxas/ Juros de Empréstimos 0 -19.718,42 Amortização de empréstimos 0 DIVIDENDOS 0,0% -19.782,39 -15.019,65 -9.736,25 -3.912,45 -68.169,16 2,7% -43.129,64 -51.656,11 -56.939,52 -62.763,31 -214.488,59 8,6% 0 0,0% FLUXO DO PERÍODO 316.920,00 679.832,34 658.681,22 533.896,24 533.896,24 533.896,24 3.257.122,29 56,7% SALDO ACUMULADO DE CAIXA 316.920,00 996.752,34 1.655.433,56 2.189.329,81 2.723.226,05 3.257.122,29 3.257.122,29 56,7% Fonte: Da pesquisa 50 4.6.3 Análises Financeiras Nas análises financeiras a vários indicadores onde pode-se analisar desde o ponto de equilíbrio até o período de payback. Tabela 03: Projeção do Ponto de equilíbrio Descrição Recita Bruta Total Despesas de Produção Comissão sobre vendas Impostos sobre Vendas Margem de Contribuição Global Despesas Administrativas PONTO DE EQUILÍBRIO ANO I 991.260,00 117.264,00 0 -85.743,99 ANO II 991.260,00 117.264,00 0 -85.743,99 ANO III 991.260,00 117.264,00 0 -85.743,99 ANO IV 991.260,00 117.264,00 0 -85.743,99 ANO V 991.260,00 117.264,00 0 -85.743,99 79,52% 79,52% 79,52% 79,52% 79,52% 217.868,00 217.868,00 217.868,00 217.868,00 217.618,00 273.978,16 273.978,16 273.978,16 273.978,16 273.663,77 Fonte: Da pesquisa Observação: O ponto de equilíbrio é alcançado quando a empresa faturar 273.978,16 reais. 4.6.3.1 Análise do investimento A tabela 04 tem uma projeção da análise de investimento da empresa, onde pode-se observar o tempo de retorno do investimento através do payback. Tabela 04: Projeção da Análise do Investimento Análise Financeira do Investimento (5 primeiros anos) Pay Back - Tempo de Retorno do Investimento Atratividade (Valor Presente) Taxa mínima requerida de retorno (taxa de atratividade): Investimento Inicial: Projeção Atual do Fluxo de Caixa (Valor Presente): VALOR PRESENTE LÍQUIDO = TIR - Taxa Interna de Retorno Fonte: Da pesquisa 9 meses 10,00% a.a. -276.880,00 2.259.684,08 1.982.804,08 238,92% 51 Observação: A tabela acima apresenta que no primeiro ano já é possível recuperar todo o investimento feito na empresa, isto é demonstra ser um prazo bom. 4.6.3.2 Projeções de longo prazo Tabela 05: Projeções de Longo Prazo Projeções de Longo Prazo* 5 anos 10 anos 15 anos 20 anos VPL (Valor Presente Liquido)= 1.982.804,08 3.239.478,56 4.019.774,54 4.504.276,95 TIR (Taxa Interna de Retorno)= 238,92% 239,37% 239,37% 239,37% Pay Back - Tempo de Retorno de Investimento= 9 meses *Para fazer uma análise usando os anos 6 ao 20, foram usados os mesmos dados informados para o ano 5. Fonte: Da pesquisa Observação: Trazendo o valor investido para o presente, corrigido tem-se o valor de 1.982.804,08 reais. Taxa Interna de Retorno – TIR No plano de negócio feito para a empresa Tornearia Costa, a taxa de retorno supera a taxa de atratividade fazendo com que torne a implantação da empresa, viável. É notável que a TIR supera e muito a taxa de atratividade, fazendo com que o administrador da empresa continue mantendo esse índice assim alto utilizando sempre sua criatividade e as dos colaboradores da Tornearia Costa e maximizando sempre os resultados da empresa. 52 5 CONCLUSÃO O trabalho permitiu elaborar uma estrutura básica de um plano de negócio, bem como estudar a viabilidade de implantação para abertura de uma empresa prestadora de serviços de mão-de-obra mecânica no setor Cerâmico de Criciúma – SC, Sendo necessária a utilização de uma ferramenta fundamental nos dias atuais para a abertura de uma empresa, um Plano de Negócios, que a principio foi detalhado com a pesquisa bibliográfica e, consequentemente utilizada para estabelecer um plano da empresa, serviu como instrumento fundamental para efetuar a análise de viabilidade econômica e financeira para a empresa em foco. Primeiramente, houve o desenvolvimento do tema do trabalho, posteriormente foram definidos os objetivos e concretizado uma pesquisa bibliográfica, procurando-se enfatizar conteúdos específicos, definições de empreendedorismo, empreendimento, empreendedor, plano de negócios, estrutura básica do plano de negócios; enfim conteúdos relacionados ao tema desenvolvido. Consecutivamente, já estabelecidas as definições, iniciou-se o processo de desenvolvimento do plano de negócios, para poder identificar a possível viabilidade de implantação da empresa Tornearia Costa. Para poder estudar a real viabilidade de implantação da empresa, foi necessário o conhecimento que abrange todas as áreas de uma organização, tais como: estratégico, mercadológico, econômico e financeiro, recursos humanos, produção, ocorrendo assim, uma pesquisa bibliográfica mais aprofundada das partes onde não se tinha muito conhecimento. Foi necessário aplicar uma pesquisa de mercado para melhor compreender e analisar a empresa, sendo que o empenho maior foi para que a análise fosse positiva para a abertura da mesma. Foi constatado com o Plano de Negócios que existe demanda suficiente para a abertura de uma empresa prestadora de serviços de mão-de-obra mecânica no setor Cerâmico de Criciúma. Essa demanda foi constatada através de uma pesquisa de campo feita, que demonstra que a região tem capacidade para uma empresa do porte de mão-de-obra mecânica, considerando que a localização da mesma está situada próxima a rodovia BR – 101, sendo um ponto estratégico para melhor atender seus clientes. 53 Ao final do Plano de Negócios obteve-se a confirmação da viabilidade econômica e financeira da empresa em estudo no plano de negócios, visto que a mesma oferece uma lucratividade para o ramo. O plano analisa também outros indicadores aceitáveis como tempo de retorno do investimento (payback) que está em torno de um ano, a taxa interna de retorno que está superior a taxa mínima de atratividade e o ponto de equilíbrio que diz quanto a empresa precisará faturar para cobrir todos os seus custos, fixos e variáveis. Faz-se sempre necessário um Plano de Negócios para uma empresa, pois é através do mesmo que nascem às grandes empresas. 54 REFERÊNCIAS AIDAR, Marcelo Marinho. Empreendedorismo. São Paulo: Thomson, 2007. BYRLEY, Sue: MUZYKA, Daniel F. Dominando os desafios dos empreendedor. São Paulo: Makron Books, 2001. BERNARDI, Luiz Antônio. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos, estratégias e dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2003. BOAVENTURA, Edivaldo M. Metodologia da pesquisa: monografias, dissertações, tese / Edivaldo M. Boaventura. São Paulo: Atlas, 2004. CHIAVENATO, Idalberto. 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A Vista 5% Cheque 15% A Prazo 35% Boleto 45% Para melhor atender os clientes, perguntou-se qual seria na sua opinião à melhor forma de pagamento, 45% dos entrevistados responderam que boleto bancário eram suas preferências, já 35% acham que pagamento a prazo é melhor, outros 15% responderam que pagamento em cheque facilitam mais e por fim 5% preferem pagamento à vista. O que levou você a escolher nossos serviços? Outros 14% Propaganda 14% Lista Telefônica 19% Indicações 53% Já pensando em rever a estratégia de marketing pediu-se para os pesquisados apontar o que levou os mesmos a conhecerem os serviços. Obteve-se as seguintes respostas. 53% indicações, 19% lista telefônica e por ultimo ficando empatado em 14% propaganda e outros. 60 Atendimento da Tornearia Regular 25% Bom 35% Ótimo 40% Pensando em proporcionar um lugar mais agradável e um melhor atendimento, pediu-se para os clientes qualificar o atendimento, 40% qualificaram como ótimo, 35% acham bom e 25% regular. Produtos oferecidos são de Qualidade? Sim 100% Não 0% Querendo saber se os produtos são de qualidade perguntou-se aos clientes e obteve-se a seguinte resposta: todos os clientes afirmaram que a empresa tem qualidade obtendo assim um resultado de 100%. 61 Os nossos serviços atendem as suas necessidades? Às vezes 25% Quase sempre 25% Sempre 50% Segundo a pesquisa, 50% dos entrevistados responderam que os serviços atendem suas necessidades, seguido empatado em 25% às vezes e quase sempre. Com que frequência você nos procura? Somente quando necessário 20% Uma vez por mês 10% Uma vez por semana 20% Todos os dias da semana 25% Três vezes por semana 25% Segundo a pesquisa, todos os dias da semana e três vezes por semana registraram um empate de 25% cada; e consecutivamente outro empate técnico entre uma vez por semana e somente quando necessário em 20%, seguido em 10% uma vez por mês. 62 Importância dos Serviços Qualidade 35% Mix de serviços 3% Prazo de Entrega 27% Preço 23% Prazo de Pgto 12% Para finalizar perguntou-se aos entrevistados qual o grau de importância de os serviços, obtivemos as seguintes respostas. 35% optaram por qualidade; 27% por prazo de entrega; 23% pelo preço; 12% pelo prazo de pagamento e o último colocado foi mix de serviços com 3%.