AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DA BOMBA DE INSULINA Antônio João Pires Gomes Júnior 1 Rubens M. Barretto Filho2 RESUMO O tema deste trabalho tem como desafio identificar, na literatura atual, as vantagens e desvantagens do uso de bomba de insulina em portadores de Diabetes Mellitus (DM) do tipo 1, ajudando, assim, diversos portadores desta patologia a decidir e mensurar os benefícios e os prejuízos que este novo método de tratamento tem a oferecer. Neste estudo optou-se por uma revisão de literatura, pois a mesma exerce um papel fundamental no projeto acadêmico, situando e contextualizando o trabalho dentro da grande área de pesquisa. A insulinoterapia através do uso da bomba de insulina possibilita uma redução significativa dos níveis de hemoglobina glicada, retinopatia, nefropatia e neuropatia; além da diminuição na freqüência das hipoglicemias graves e assintomáticas. Entretanto, o elevado custo, o desenvolvimento de um estado ceto-acidótico e o risco de infecções nos locais de aplicação se apresentam como desvantagens em relação aos outros tratamentos convencionais para os portadores de diabetes tipo 1. Palavras-chave: Diabetes tipo 1. Bomba de insulina. Insulinoterapia. 1- INTRODUÇÃO O tratamento do Diabetes Mellitus (DM) tipo 1 tem sofrido avanços significativos nas últimas décadas. A administração exógena de insulina tem sido a única forma de tratamento disponível para milhões de portadores dessa doença em todo o mundo. 1 Graduado em Farmácia. Pós-graduando em Análises Clínicas. Atualiza Pós-graduação. E-mail: [email protected] 2 Graduado em Farmácia. Pós-graduando em Análises Clínicas. Atualiza Pós-graduação. E-mail: [email protected] 2 Com a descoberta da insulina por Banting e Best em 1921, tornou-se evidente a possibilidade de um controle glicêmico ideal, com aumento da sobrevida e melhoria da qualidade de vida de indivíduos diabéticos. A terapêutica deve ser orientada de forma individualizada e exige a participação integral de uma equipe multiprofissional, empenho do paciente e auxílio dos familiares (7). Neste estudo optou-se por uma revisão de literatura, pois a mesma enriquece a pesquisa quando utilizada dentro da abordagem tanto qualitativa como quantitativa, pois pesquisar um tema tão abrangente quanto às vantagens e desvantagens do uso da bomba de insulina aos portadores de diabetes tipo 1 requer uma boa perspectiva de definições (1). Este trabalho se justifica pela diabetes tipo 1 (DM1) ser uma doença auto-imune que se caracteriza pela destruição das células betas produtoras de insulina. Conseqüentemente, o organismo pára de produzir insulina ou a produz em pequena quantidade (1). Portadores de diabetes tipo 1 precisam de doses diárias de insulina para a regularização do metabolismo do açúcar, visto que, sem a insulina, a glicose não chega até as células, que necessitam dela para queima e transformação de energia. As grandes taxas de glicose que se acumulam no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração (1). Assim sendo, com o objetivo de promover uma melhoria na qualidade de vida e minimização do risco de complicações através de um equilíbrio no controle glicêmico, torna-se imprescindível ao paciente portador de DM1 receber doses diárias de insulina para viver e manter-se com uma vida saudável. A prioridade no tratamento do diabetes é devolver ao paciente seu equilíbrio metabólico (euglicemia3) e mantê-lo assim, propiciando um estado o mais próximo 3 Euglicemia - Conhecida também como normoglicemia que significa níveis normais de glicemia sangüínea (entre 70-110 mg/dL), dados retirados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). 3 possível da fisiologia normal do organismo, o que não é tarefa fácil. Isto implica em conscientizar paciente e família sobre o significado do controle metabólico, conduzindo-o também a um bem estar físico, psíquico e social (6). 2 - DIABETES TIPO 1 E INSULINOTERAPIA O diabetes é uma doença metabólica caracterizada por hiperglicemia e está diretamente associada a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sangüíneos. Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos, como, por exemplo, a destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros (7). O diabetes tipo 1 ocorre principalmente em crianças e adolescentes, mas indivíduos adultos também podem ter esse tipo de diabetes. Geralmente são pessoas magras ou que vêm apresentando perda de peso próximo ao diagnóstico. Outros sintomas freqüentemente associados são a vontade de urinar diversas vezes, fome freqüente, sede constante, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudanças de humor, náuseas e vômitos. O tratamento é feito necessariamente com insulina (1). A insulina é um hormônio que age transportando a glicose do sangue (absorvida na alimentação) para dentro da célula, para que sirva como fonte de energia. Trata-se de um hormônio essencial para a sobrevivência (1). Dessa forma, o tratamento para diabetes tipo 1, além de dieta e exercícios físicos, consiste, na maioria dos casos, fundamentalmente, na insulinoterapia4. O uso diário de insulina pode ser feito de diversas formas. A mais recente e festejada é a insulinoterapia mediante o uso da bomba de insulina, que é um computador em miniatura, do tamanho de um celular, podendo ser usada no cinto ou no bolso de uma jaqueta (1). 4 Insulinoterapia ou terapia insulínica - refere-se ao tratamento da diabetes pela administração de insulina exógena. 4 A bomba faz a Infusão Subcutânea Continua de Insulina (ISCI) em pequena quantidade, previamente calculada e de forma constante, por intermédio de um tubo plástico flexível ou por uma pequena agulha, a qual fica inserida na pele e selada por uma fita adesiva. Através dela é enviado um reforço da dose insulínica ao organismo, se necessário, feito antes das refeições, para se ajustar a glicemia que seguir com a digestão (1). No caso de um entupimento, o aparelho apita, informa se as pilhas do mesmo estão descarregadas e pode ser programada a mudança da quantidade de insulina a ser bombeada de acordo ao metabolismo. Porém, por não ser possível a detecção de um fluxo lento, é necessário fazer o monitoramento da glicemia (1). Segundo o Diabetes Control and Complications Trial (DCCT)5, o controle glicêmico retardava ou desacelerava a progressão das complicações da retina, rins ou neurológicas, além da diminuição no risco para mãe e para o feto durante a gestação. Através de esquemas terapêuticos se reproduz a secreção fisiológica de insulina utilizando-se de múltiplas doses de insulina ou Infusão Subcutânea Contínua de Insulina (ISCI) conhecida também como insulinoterapia intensificada. O propósito deste estudo era obter níveis glicêmicos próximos a normalidade (normoglicemia), proporcionando um melhor estilo de vida (2). Na América do Norte e Europa, estima-se que 8% (oito por cento) da população diabética com mais de 20 anos esteja utilizando esta modalidade de insulinoterapia, representando um grupo de 70.000 pessoas (4). A bomba de insulina procura reproduzir o mesmo funcionamento do organismo de uma pessoa sem diabetes mantendo a liberação de insulina durante 24 horas a fim de se alcançar níveis normais de glicemia entre as refeições com a liberação de insulina nos horários de alimentação (3). 5 Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) - ensaio clínico com pacientes com DM1 que correlacionavam o controle restrito do DM com menor incidência das complicações crônicas, realizado em 2001 pelo Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas dos Estados Unidos. 5 O diabetes tipo 1 é uma doença metabólica crônica caracterizada por uma deficiência de insulina, a qual é determinada pela destruição das células produtoras de insulina do pâncreas. Este processo, mediado pelo sistema imunológico, ocasiona um quadro permanente de hiperglicemia o qual é característico da patologia. Invariavelmente há necessidade de reposição insulínica exógena (5). A insulinoterapia intensificada visa alcançar uma glicemia próxima do normal de acordo aos valores de referência. Este tratamento apenas terá um bom resultado com a freqüente monitorizarão da glicemia capilar; e ajuste da dose de insulina, alimentação, e/ou atividade física com base nos resultados da glicemia (2). Apesar do diabetes ser uma doença bastante séria e incurável, os avanços na medicina estão cada vez mais contribuindo para a melhora no controle dos níveis de glicose, da qualidade das insulinas, para estabelecer planos de tratamento e para identificar prematuramente as possíveis complicações da doença (1). 3 – DIFERENÇAS ENTRE O USO DA BOMBA DE INSULINA E A TERAPIA DE MÚLTIPLAS DOSES Há cerca de 75 anos, a administração de insulina era realizada por via intramuscular, marcada por dor intensa no local de aplicação. Hoje, o arsenal de formas terapêuticas para aplicação de insulina permite maior comodidade e conforto na terapia do DM1. A busca de novas formas de aplicação de insulina têm se intensificado nos últimos anos (1). Atualmente, as preparações são altamente purificadas, com baixo índice de reações alérgicas, resistência imune e lipodistrofia6. Encontra-se hoje, disponível no mercado farmacêutico, a insulina suína, mista, humana biossintética e semi-sintética (7). O sucesso terapêutico depende não só do tipo e da dose de insulina usada, mas também da forma de administração da mesma. O método mais tradicional e 6 Lipodistrofia - Consiste em áreas tumefeitas e localizadas nas regiões em que os pacientes aplicam repetidamente a insulina. 6 conhecido pela população são as injeções subcutâneas, administradas 3 a 5 vezes por dia, em média. O surgimento das canetas de insulina forneceu maior comodidade e mobilidade para o diabético, uma vez que ela pode ser transportada e usada com maior discrição (1). Na terapia com a bomba de insulina, usa-se somente um tipo de insulina, a de ação ultrarrápida7 (Lispro ® ou Aspart®). Sua ação é previsível e não sofre variação de ação, agindo imediatamente após sua aplicação. Além disso, há uma considerável redução do nível de insulina (15 a 20% menos) quando comparado com a terapia de múltiplas doses. Utiliza uma cânula de teflon, fina e flexível, que é mantida no subcutâneo durante três dias, ou seja, sua aplicação no subcutâneo é feita a cada três dias. Por ser fina e flexível é cômoda, confortável, sendo possível fazer todas as atividades diárias e quaisquer exercícios físicos sem comprometimento na infusão de insulina (7). A bomba de insulina oferece outras vantagens no envio de basal8 e bolus9. Os basais podem ser programados de forma personalizada dependendo da necessidade, por exemplo: diminuir a quantidade durante exercícios físicos, aumentar a quantidade de insulina para pessoas que tem hiperglicemia noturna ou diminuir a insulina para quem tem hipoglicemia noturna. Assim, os riscos de hipoglicemias são reduzidos (7). Com a bomba de insulina, não existe rigidez de horários: ao acordar, nas refeições, prática de exercícios, nas viagens. A bomba oferece total flexibilidade na rotina. A pessoa com diabetes volta a ter controle das suas atividades. Contudo, a automonitorização da glicemia é fundamental para o sucesso da terapia com a bomba de insulina. 7 Insulinas ultra-rápidas - são insulinas humanas modificadas, com início de ação em 15 minutos e pico de ação em 1 a 2 horas, podendo durar de 4 a 6 horas no organismo. 8 Basal - quantidade pequena de insulina que é programado na bomba e é enviado durante 24 horas. 9 Bolus - é a insulina que deve ser enviada nas refeições. O bolus é enviado imediatamente após a sua programação. Exemplo: antes do almoço, observar quantidade de carboidratos presentes, envia a quantidade de insulina necessária para essa refeição. Igual a terapia com seringa, com o grande diferencial que não é necessário uma injeção. É só programar na hora da refeição a quantidade de bolus e a bomba de insulina inicia o envio imediatamente. 7 No início do tratamento são necessárias sete ou mais dosagens capilares de glicemia para adequar as doses de basal e bolus. A bomba envia micro-doses de insulina ultra-rápida durante 24 horas, sem variação na absorção, isto é, sua ação é totalmente previsível. Aliada à automonitorização, a terapia com bomba oferece um excelente controle glicêmico (7). 4 - BOMBA DE INSULINA E SUAS INDICAÇÕES A bomba de insulina consiste num aparelho que pode ser fixado no cinto da calça ou no bolso de uma jaqueta, normalmente pouco maior que um celular, e que é programado para liberar insulina ultrarrápida (insulina Lispro® ou Aspart®) por um cateter ligado à pele. A vantagem dele é que o paciente trocaria o cateter com a agulha inserida na pele a cada três dias, evitando as picadas por mais ou menos quatro dias, sendo o controle glicêmico mais eficiente. A desvantagem é o alto preço do produto (2). A bomba de insulina é composta por um reservatório ou uma seringa com insulina de ação ultrarrápida. A seringa é conectada a um cateter de tubo plástico. No final do cateter existe uma agulha ou cânula é inserida no tecido celular subcutâneo do paciente. O local mais comum de injeção é o abdome devido à absorção da insulina ser melhor neste local. A insulina pode ser liberada de duas formas: continuamente (representando a infusão basal) e em pulsos (bolus). A infusão de insulina ocorre de 0,4 a 2 U(unidade) por hora, podendo ser programada até 24 diferentes basais nas 24 horas, variando de usuários. Já a infusão do bolus é administrada e programada em diferentes horários anteriores às refeições (2). São inúmeras as indicações de uso da bomba de insulina, como as seguintes (3): pacientes que necessitam múltiplas aplicações de insulina; pacientes que não conseguem controlar adequadamente os níveis de glicemia ou que tem grandes oscilações glicêmicas dia-dia; pacientes que tem níveis de glicemia de jejum entre 140 a 160 mg/dL devido ao fenômeno do alvorecer; 8 pacientes que apresentem hipoglicemias freqüentes e graves, freqüentes hipoglicemia noturna ou hipoglicemia assintomáticas; pacientes grávidas com diabetes ou com vontade de engravidar(3). 5- AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DA BOMBA DE INSULINA As vantagens do uso da bomba de insulina estão na eliminação da necessidade de múltiplas aplicações de insulina, melhoramento dos níveis da hemoglobina glicada10, obtenção de menores variações glicêmicas, facilidade no controle do diabetes permitindo um melhor ajuste na dose de insulina a ser injetada e liberada em doses com mais exatidão do que outras insulinoterapias, melhoria na qualidade de vida, redução de hipoglicemias graves e assintomáticas e possibilidade da prática de exercícios desobrigando a ingestão de grandes quantidades de carboidratos (3). A cetoacidose diabética11 devido à obstrução do cateter, o custo elevado comparado a outros tratamentos por insulinoterapia e, por fim, o desconforto causado pela bomba de insulina são algumas das desvantagens que se apresentam ao uso da modalidade terapêutica analisada. Além disso, há também o risco de infecções nos locais de aplicação devido à falta de assepsia no local de aplicação ou de limpeza das mãos durante o manuseio do sistema (3). A melhor absorção da bomba de insulina se deve também à utilização de um só local de aplicação, através do uso de um cateter, a cada 2 a 3 dias. No tratamento tradicional, com a aplicação subcutânea de múltiplas doses diárias de insulina, deve ser feito um rodízio dos locais de aplicação, havendo, dessa forma, uma variação dos níveis de absorção. 10 Hemoglobina glicada ou glicosilada - dosagem laboratorial que permite saber como esteve o controle do diabetes nos últimos 3 meses. 11 Cetoacidose diabética - complicação com risco de vida do diabetes mellitus, principalmente do diabetes mellitus TIPO I, com grave deficiência à insulina e intensa hiperglicemia. Caracteriza-se por lipólise excessiva, oxidação dos ácidos graxos, produção de corpos cetônicos, hálito adocicado (cetose), desidratação e diminuição da consciência levando ao coma. Em suma, é uma complicação que ameaça a vida de pacientes com diabetes mellitus. 9 Também o controle de glicemia noturno é consideravelmente melhor com a bomba de insulina, minimizando-se o incremento da glicemia que geralmente ocorre antes do café da manhã (fenômeno do alvorecer), fato esse frequentemente monitorado em pacientes com diabetes mellitus tipo1 tratados pela insulinoterapia tradicional. com injeções de insulina. Há, assim, uma melhora considerável da qualidade de vida do paciente, que pode estar sujeito a horários irregulares de trabalho e alimentação (decorrentes de eventuais alterações na agenda) com menor risco de hipoglicemias ou descontrole nos níveis de glicemia (3). A bomba permite um maior conforto ao paciente, no sentido de que ele não precisa ficar tão restrito a horários rígidos de refeição e pode levar uma vida com melhor qualidade. O primeiro requisito para quem pretende usar a bomba é adaptar-se a aparelhos conectados ao corpo e a ter uma rotina de monitorização glicêmica rigorosa, pois, sem isso, as vantagens da bomba serão anuladas. As complicações, com os avanços tecnológicos de que dispomos atualmente, são muito infreqüentes. O custo, no entanto, é maior que nos tratamentos convencionais (4). 6- CONSIDERAÇÕES FINAIS A tecnologia vem cada vez mais colaborar com os portadores de diabetes, levando a um melhor controle, e a uma melhor qualidade de vida. Certamente caminha-se para que todos esses mecanismos funcionem sozinhos chegando cada vez mais próximo do tão falado “Pâncreas Artificial12”. As escolhas e atitudes do dia a dia e a preocupação em cumprir as orientações médicas e nutricionais, porém, são fundamentais e imprescindíveis para a melhora da quantidade e qualidade de vida do paciente com diabetes, seja do tipo 1, 2 ou gestacional. 12 Existe já em estudo um projeto de pâncreas artificial implantado no abdômen. Será dotado de um medidor de glicemia e de uma bomba de insulina. Quando as taxas de glicemia se elevarem o aparelho liberará a insulina automaticamente, sem interferência do paciente (1). 10 Contudo, não há que se negar que o uso da insulinoterapia com a bomba de insulina no tratamento do DM1 se revela como plenamente eficaz e segura, pois reduz os níveis glicêmicos de hemoglobina glicosilada, hipoglicemias severas e cetoacidose melhorando substancialmente o controle glicêmico. Além disso, possibilita uma melhor qualidade de vida sem afetar, de maneira considerável, o peso do indivíduo, preservando, assim sua autoestima. Entretanto, o uso recorrente dessa terapia possui um custo elevado, sendo o mais alto dentre as modalidades terapêuticas hoje aplicadas. O desafio, está, assim, em promover uma crescente redução desses custos, a fim de tornar tal tratamento acessível a uma maior gama de portadores do diabetes tipo 1, os quais, na sua maioria, não dispõem dos recursos financeiros necessários à manutenção do uso da bomba de insulina, tendo, invariavelmente, que recorrer aos métodos tradicionais de múltiplas injeções diárias. THE ADVANTAGES AND DISADVANTAGES OF THE USE OF THE INSULIN PUMP THERAPY ABSTRACT The subject of this work has the purpose of identify, in current literature, the advantages and disadvantages of the use of the insulin pump therapy in patients with diabetes type 1, helping several disease patients to decide and measure the benefits and the damages that this new method of treatment offer. This study has decided to use a literature revision considering its leading role in the academic project, pointing out and contextualizing the work inside the biggest research area. The insulin therapy through the use of the insulin pump makes possible a significant reduction of the levels of glycated hemoglobin, retinopathies, nephropathies and neuropathies; including the reduction in the frequency of the serious and asymptomatic hypoglycemias. However, the raised cost, the development of diabetic acidosis and the risk of infections in the application places are present comparing to the others conventional treatments for disease patients with diabetes type 1. Word-key: Diabetes type 1. Insulin pump therapy. Insulin therapy. 11 REFERÊNCIAS 1. SOCIEDADE BRASILEIRA de DIABETES. Diabetes Mellitus e Insulinoterapias, 2007. Disponível em: <http://www.diabetes.org.br/>. Acessado em: 17 jul 2010 às 14h42min. 56. 2. HISSA, Miguel N.; HISSA, Ana Sofia R.; BRUIN, Veralice M. S. Tratamento do Diabetes Mellitus Tipo 1 com Bomba de Infusão Subcutânea Contínua de Insulina e Insulina Lispro. Arq Bras Endocrinol Metab. São Paulo: 2001, v. 45, n. 5, p. 487493. 3. MINICUCCI, Walter José. Uso de bomba de infusão subcutânea de insulina e suas indicações. Arq Bras Endocrinol Metab. São Paulo: 2008, v. 52, n.2, p. 340-348. 4. LIBERATORE, Raphael D. R.; DAMIANI, Durval. Bomba de infusão de insulina em diabetes tipo 1. J. PEDIATR. Rio de Janeiro: 2006, v. 82, n. 4, p.249-254. 5. BALDA, C. A.; PACHECO-SILVA, A.. Aspectos imunológicos do Diabetes Mellitus tipo 1. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 45, n. 2, abr. 1999. 6. MALERBI, Domingos et al. Posição de consenso da Sociedade Brasileira de Diabetes: insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina. Arq Bras Endocrinol Metab. São Paulo: 2006, v. 50, n.1, p. 125-135. 7. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diabetes Mellitus. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.