o Seu pé direito agora também na medicina UNIFESP 18/12/2003 FÍSICA 46. Na medida de temperatura de uma pessoa por meio de um termômetro clínico, observou-se que o nível de mercúrio estacionou na região entre 38 °C e 39 °C da escala, como está ilustrado na figura. 38 39 Após a leitura da temperatura, o médico necessita do valor transformado para uma nova escala, definida por tx = 2tc /3 e em unidades °X, onde tc é a temperatura na escala Celsius. Lembrando de seus conhecimentos sobre algarismos significativos, ele conclui que o valor mais apropriado para a temperatura tx é a) b) c) d) e) 25,7 °X. 25,7667 °X. 25,766 °X. 25,77 °X. 26 °X. Resolução: Da leitura do termômetro: tc = { 38, 6 5 { algarismos primeiro algarismo corretos duvidoso São considerados algarismos significativos os algarismos corretos e o primeiro algarismo duvidoso da medida. O número acima tem quatro algarismos significativos. 2 Efetuando-se a conta: tx = . 38,65 = 25,766... 3 Como a resposta deve possuir quatro algarismos significativos, o número procurado é: tx = 25,77 ºX Alternativa D 47. Em um teste, um automóvel é colocado em movimento retilíneo uniformemente acelerado a partir do repouso até atingir a velocidade máxima. Um técnico constrói o gráfico onde se registra a posição x do veículo em função de sua velocidade v. Através desse gráfico, pode-se afirmar que a aceleração do veículo é UNIFESP2004 x (m) 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 0 1 2 3 4 5 6 v (m/s) a) b) c) d) e) 1,5 m/s2. 2,0 m/s2. 2,5 m/s2. 3,0 m/s2. 3,5 m/s2. Resolução: Para um movimento uniformemente acelerado a partir do repouso temos: V2 = 2 . a . ∆S Para V = 2 m/s, temos x = 1 m. Logo: 22 = 2 . a . 1 ⇒ a = 2 m/s2 Alternativa B 48. Em um salto de pára-quedismo, identificam-se duas fases no movimento de queda do pára-quedista. Nos primeiros instantes do movimento, ele é acelerado. Mas devido à força de resistência do ar, o seu movimento passa rapidamente a ser uniforme com velocidade v1, com o páraquedas ainda fechado. A segunda fase tem início no momento em que o pára-quedas é aberto. Rapidamente, ele entra novamente em um regime de movimento uniforme, com velocidade v2. Supondo que a densidade do ar é constante, a força de resistência do ar sobre um corpo é proporcional à área sobre a qual atua a força e ao quadrado de sua velocidade. Se a área efetiva aumenta 100 vezes no momento em que o pára-quedas se abre, pode-se afirmar que a) b) c) d) e) v2/v1 = 0,08. v 2 /v 1 = 0,1. v 2 /v 1 = 0,15. v 2 /v 1 = 0,21. v 2 /v 1 = 0,3. Resolução: Para o movimento uniforme com velocidade v 1: 2 mg = k . A . v1 Para o movimento uniforme com velocidade v2: mg = k . 100 A . v22 Igualando temos: 2 k . A . v1 = k . 100 A . v 22 ⇒ v2 = 0,1 v1 Alternativa B 1 2 unifesp - 18/12/2003 o seu pé direito agora também na medicina 49. Uma pequena esfera maciça é lançada de uma altura de 0,6 m na direção horizontal, com velocidade inicial de 2,0 m/s. Ao chegar ao chão, somente pela ação da gravidade, colide elasticamente com o piso e é lançada novamente para o alto. Considerando g = 10,0 m/s2, o módulo da velocidade e o ângulo de lançamento do solo, em relação à direção horizontal, imediatamente após a colisão, são respectivamente dados por a) b) c) d) e) 4,0 m/s 3,0 m/s 4,0 m/s 6,0 m/s 6,0 m/s e e e e e 30°. 30°. 60°. 45°. 60°. ⇒ Vy2 = 2 . 10 . 0,6 ⇒ Vy = 12 m/s Como o choque é elástico, a velocidade de afastamento é igual à velocidade de aproximação. Portanto, após o choque temos: → → V Vy V = Vx2 + Vy2 ⇒ V = 4 + 12 cos θ = )θ ⇒ V = 4 m/s → Vx Vx 2 1 = = ⇒ θ = 60º V 4 2 50. O diagrama PV da figura mostra a transição de um sistema termodinâmico de um estado inicial A para o estado final B, segundo três caminhos possíveis. O caminho pelo qual o gás realiza o menor trabalho e a expressão correspondente são, respectivamente, P P1 P2 A D V1 A → C → B e P1 (V2 – V1). A → D → B e P2 (V2 – V1). A → B e (P1 + P2) (V2 – V1)/2. A → B e (P1 – P2) (V2 – V1)/2. A → D → B e (P1 + P2) (V2 – V1)/2. UNIFESP2004 B.H 51. Um estudante adota um procedimento caseiro para obter a massa específica de um líquido desconhecido. Para isso, utiliza um tubo cilíndrico transparente e oco, de secção circular, que flutua tanto na água quanto no líquido desconhecido. Uma pequena régua e um pequeno peso são colocados no interior desse tubo e ele é fechado. Qualquer que seja o líquido, a função da régua é registrar a porção submersa do tubo, e a do peso, fazer com que o tubo fique parcialmente submerso, em posição estática e vertical, como ilustrado na figura. Quando no recipiente com água, a porção submersa da régua é de 10,0 cm e, quando no recipiente com o líquido desconhecido, a porção submersa é de 8,0 cm. Sabendo-se que a massa específica da água é 1,0 g/cm3, o estudante deve afirmar que a massa específica procurada é tubo a) b) c) d) e) Alternativa C a) b) c) d) e) τA → D → B N= Área ⇒ τA → D → B = τA → D → B = P2 (V2 – V1) Alternativa B Resolução: A componente horizontal da velocidade é constante: Vx = 2 m/s Para a componente vertical da velocidade, temos: 2 Vy2 = V0y + 2 g∆S Resolução: Observe que nos trechos A → D e C → B o gás não realiza trabalho, pois o volume permanece constante. Lembrando que no gráfico P x V a área da figura formada pela curva é numericamente igual ao trabalho, temos o menor trabalho na transformação D → B. Assim, o menor trabalho é o do caminho A → D → B. 0,08 g/cm3. 0,12 g/cm3. 0,8 g/cm3. 1,0 g/cm3. 1,25 g/cm3. Resolução: Cilindro flutuando em água (1): P = E1 Cilindro flutuando em líquido desconhecido (2): P = E2 De (1) e (2), temos: E1 = E2 µágua . g . Vágua = µlíquido . g . Vlíquido 1 . 10 = µlíquido . 8 µlíquido = 1,25 g / cm3 C B V2 peso Alternativa E 52. Dois corpos, A e B, com massas iguais e a temperaturas tA = 50 °C e tB = 10 °C, são colocados em contato até atingirem a temperatura de equilíbrio. O calor específico de A é o triplo do de B. Se os dois corpos estão isolados termicamente, a temperatura de equilíbrio é a) b) c) d) e) 28 °C. 30 °C. 37 °C. 40 °C. 45 °C. O seu pé direito agora também na medicina Resolução: Sendo o sistema termicamente isolado: QA + QB = 0 mA cA (T – 50) + mB cB (T – 10) = 0 A temperatura de equilíbrio é 40 ºC. Alternativa D 53. Em dias muito quentes e secos, como os do último verão europeu, quando as temperaturas atingiram a marca de 40 °C, nosso corpo utiliza-se da transpiração para transferir para o meio ambiente a energia excedente em nosso corpo. Através desse mecanismo, a temperatura de nosso corpo é regulada e mantida em torno de 37 °C. No processo de transpiração, a água das gotas de suor sofre uma mudança de fase a temperatura constante, na qual passa lentamente da fase líquida para a gasosa, consumindo energia, que é cedida pelo nosso corpo. Se, nesse processo, uma pessoa perde energia a uma razão de 113 J/s, e se o calor latente de vaporização da água é de 2,26 x 103 J/g, a quantidade de água perdida na transpiração pelo corpo dessa pessoa, em 1 hora, é de 159 g. 165 g. 180 g. 200 g. 225 g. Resolução: Na transpiração, a água sofre mudança de fase à temperatura constante. Temos que: Q = mL ⇒ P . ∆t = mL ⇒ 113 . ∆t = m . 2,26 x 103 m = 0,05 g/s ∆t Em uma hora (3600 s), temos: m = 0,05 . 3600 = 180 g Alternativa C Sensibilidade Relativa 54. Quando adaptado à claridade, o olho humano é mais sensível a certas cores de luz do que a outras. Na figura, é apresentado um gráfico da sensibilidade relativa do olho em função dos 100 comprimentos de 80 onda do espectro 60 visível, dados em nm 40 (1,0 nm = 10–9 m). UNIFESP2004 3 Considerando as cores correspondentes aos intervalos de freqüências da tabela seguinte Do enunciado, temos que: mA = mB e cA = 3 cB 3 cB (T – 50) + cB (T – 10) = 0 3T – 150 + T – 10 = 0 ⇒ T = 40 ºC a) b) c) d) e) unifesp - 18/12/2003 20 0 390 440 490 540 590 640 690 λ (nm) Cor freqüência (hertz) Violeta Azul Verde Amarelo Laranja Vermelho 6,9 x 1014 5,7 x 1014 5,3 x 1014 5,1 x 1014 4,8 x 1014 4,3 x 1014 a a a a a a 7,5 x 1014 6,9 x 1014 5,7 x 1014 5,3 x 1014 5,1 x 1014 4,8 x 1014 assim como o valor de 3,0 x 108 m/s para a velocidade da luz e as informações apresentadas no gráfico, pode-se afirmar que a cor à qual o olho humano é mais sensível é o a) b) c) d) e) violeta. vermelho. azul. verde. amarelo. Resolução: Do gráfico, a sensibilidade é máxima quando λ = 540 x 10–9 m. Da relação fundamental: V = λ . f ⇒ 3 x 108 = 540 x 10–9 . f ⇒ f ≅ 5,6 x 1014 Hz Na tabela, percebemos que a cor correspondente a essa freqüência é a verde. Alternativa D 55. Duas fontes, FA e FB, separadas por uma distância de 3,0 m, emitem, continuamente e P em fase, ondas sonoras com comprimentos de onda iguais. Um detector de som é colocado 4,0 m em um ponto P, a uma distância de 4,0 m da fonte FA, como ilustrado na figura. FB Embora o aparelho detector FA 3,0 m esteja funcionando bem, o sinal sonoro captado por ele em P, é muito mais fraco do que aquele emitido por uma única fonte. Pode-se dizer que a) há interferência construtiva no ponto P e o comprimento de onda do som emitido pelas fontes é de 5,0 m. b) há interferência destrutiva no ponto P e o comprimento de onda do som emitido pelas fontes é de 3,0 m. c) há interferência construtiva no ponto P e o comprimento de onda do som emitido pelas fontes é de 4,0 m. d) há interferência construtiva no ponto P e o comprimento de onda do som emitido pelas fontes é de 2,0 m. e) há interferência destrutiva no ponto P e o comprimento de onda do som emitido pelas fontes é de 2,0 m. 4 unifesp - 18/12/2003 o seu pé direito agora também na medicina Resolução: Como o sinal é fraco, a interferência é destrutiva. Logo: | d1 – d2 | = n . λ ⇒ | 4 – 5 | = n . λ ⇒ 2 2 n . λ = 2 com n = 1, 3, 5, ... . Pela análise das alternativas, temos um valor possível para λ: 1.λ=2 ⇒ λ=2m Alternativa E 56. Um raio de luz monocromático, propagando-se no ar, incide perpendicularmente à face AB de um prisma de vidro, cuja secção reta é apresentada na figura. A face AB é paralela à DC e a face AD é paralela à BC. A virtual, direita e maior. virtual, invertida e maior. real, direita e maior. real, invertida e menor. real, direita e menor. Resolução: 2 B vidro D Da equação de Gauss: 3 4 5 45° C Considerando que as faces DC e BC formam um ângulo de 45° e que o ângulo limite de refração para esse raio, quando se propaga do vidro para o ar, é 42°, o percurso que melhor representa a trajetória do raio de luz é 1. 2. 3. 4. 5. 1 1 1 1 1 1 1 40 − 65 = + ⇒ = + ⇒ = ⇒ f p p’ 65 40 p’ p’ 40 . 65 p’ = – 104 cm Como p’ < 0, a imagem é virtual e direita. Como | p’ | > | p |, a imagem é maior. Alternativa A 58. Uma carga positiva Q em movimento retilíneo uniforme, com energia cinética W, penetra em uma região entre as placas de um capacitor de placas paralelas, como ilustrado na figura. L +Q Resolução: Na face AB, o ângulo de incidência vale 0º. Logo, o raio não sofre desvio. Na face AD, o ângulo de incidência vale 45º. Logo, o raio sofre reflexão total, uma vez que ultrapassa o ângulo limite. O mesmo vale novamente na face BC. Na face DC, o ângulo de incidência vale 0º. Logo, o raio não sofre desvio. A B D 4 C UNIFESP2004 a) b) c) d) e) 1 ar a) b) c) d) e) 57. Uma lente convergente tem uma distância focal f = 20,0 cm quando o meio ambiente onde ela é utilizada é o ar. Ao colocarmos um objeto a uma distância p = 40,0 cm da lente, uma imagem real e de mesmo tamanho que o objeto é formada a uma distância p’ = 40,0 cm da lente. Quando essa lente passa a ser utilizada na água, sua distância focal é modificada e passa a ser 65,0 cm. Se mantivermos o mesmo objeto à mesma distância da lente, agora no meio aquoso, é correto afirmar que a imagem será Alternativa D x Mantendo o movimento retilíneo, em direção perpendicular às placas, ela sai por outro orifício na placa oposta com velocidade constante e energia cinética reduzida para W/4 devido à ação do campo elétrico entre as placas. Se as placas estão separadas por uma distância L, pode-se concluir que o campo elétrico entre as placas tem módulo a) b) c) d) e) 3W/(4QL) e aponta no sentido do eixo x. 3W/(4QL) e aponta no sentido contrário a x. W/(2QL) e aponta no sentido do eixo x. W/(2QL) e aponta no sentido contrário a x. W/(4QL) e aponta no sentido do eixo x. O seu pé direito agora também na medicina 5 60. Uma partícula eletricamente carregada, inicialmente em movimento retilíneo uniforme, adentra uma região de campo → magnético uniforme B , perpendicular à trajetória da partícula. O plano da figura ilustra a trajetória da partícula, assim como a região de campo magnético uniforme, delimitada pela área sombreada. Do Teorema da energia cinética, vem: τFR = ∆Ec com ∆Ec = unifesp - 18/12/2003 W 3W –W=– 4 4 Em módulo, temos: 3W 3W ⇒ F.L= ⇒ 4 4 3W 3W ⇒ Q.E.L= ⇒ E= 4 (4QL) τFR = → B → E → + Direção: horizontal Sentido: contrário ao eixo x F Alternativa B 59. Por falta de tomadas extras em seu quarto, um jovem utiliza um benjamin (multiplicador de tomadas) com o qual, ao invés de um aparelho, ele poderá conectar à rede elétrica três aparelhos simultaneamente. Ao se conectar o primeiro aparelho, com resistência elétrica R, sabe-se que a corrente na rede é I. Ao se conectarem os outros dois aparelhos, que possuem resistências R/2 e R/4, respectivamente, e considerando constante a tensão da rede elétrica, a corrente total passará a ser a) b) c) d) e) 17 I /12. 3 I. 7 I. 9 I. 11 I. Resolução: Da 1a Lei de Ohm, vem: U = R . I (I) Com os três aparelhos, temos: R 1 1 1 1 = + + ⇒ REQ = 7 R R EQ R R 4 2 R ⋅ I’ (II) Da 1a Lei de Ohm, vem: U = 7 R De (I) em (II) vem: R . I = ⋅ I’ ⇒ I’ = 7I 7 Alternativa C UNIFESP2004 Se nenhum outro campo estiver presente, pode-se afirmar corretamente que, durante a passagem da partícula pela região de campo uniforme, sua aceleração é a) tangente à trajetória, há realização de trabalho e a sua energia cinética aumenta. b) tangente à trajetória, há realização de trabalho e a sua energia cinética diminui. c) normal à trajetória, não há realização de trabalho e a sua energia cinética permanece constante. d) normal à trajetória, há realização de trabalho e a sua energia cinética aumenta. e) normal à trajetória, não há realização de trabalho e a sua energia cinética diminui. Resolução: Ao penetrar no campo magnético, a partícula fica sujeita a uma força magnética cuja direção e sentido é dada pela regra da mão esquerda. Como a velocidade é perpendicular ao campo, a partícula executa um movimento circular uniforme e, por este motivo, a energia cinética permanece constante. A aceleração é normal à trajetória (aceleração centrípeta), não havendo realização de trabalho, uma vez que a força é perpendicular ao deslocamento. Alternativa C 6 unifesp - 18/12/2003 o seu pé direito agora também na medicina COMENTÁRIO SOBRE A PROVA DE FÍSICA A prova de Física teve nível médio de dificuldade e os assuntos abordados não surpreenderam os alunos CPV. As questões abrangeram os conteúdos comentados pelos professores em sala de aula, com uma homogênea distribuição dos tópicos da Física. UNIFESP2004