DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR “U” EM PAINÉIS SANDUÍCHE PARA ISOLAMENTO TÉRMICO Ana P. Sartori1,2, Janaina S. Crespo1*, Regina C. Reis Nunes3, Paulo R. Wander1 1 Universidade de Caxias do Sul - UCS, Campus de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS - * [email protected] 2 Randon S/A - Implementos e Participações, Caxias do Sul, RS 3 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Macromoléculas Professora Eloísa Mano – Rio de Janeiro - RJ Um painel sanduíche consiste essencialmente em duas faces, podendo inclusive possuir reforços metálicos e um núcleo formado normalmente por um polímero celular. As faces deste tipo de painel podem estar unidas por um adesivo estrutural, ou por espuma rígida de poliuretano (PU) injetado diretamente sobre os substratos, quando a união ocorrerá naturalmente. A propriedade de maior relevância que o painel sanduíche deve ter para o transporte de cargas congeladas (0ºC a -30ºC) ou refrigeradas (7ºC a 1ºC) é a condutividade térmica (k). Dentro deste contexto o objetivo deste trabalho foi propor e caracterizar painéis sanduíches que possam ser utilizados em câmaras frigoríficas. Este trabalho apresenta as seguintes alternativas para compósito sanduíche: amostra 1 (PRFV/PU/PRFV); amostra 2 (AG/PU/AG); amostra 3 (Frisado/PU/PRFV); e amostra 4 (Al/PU/Al), onde PRFV é poliéster reforçado com fibra de vidro, PU é espuma rígida de poliuretano, AG é aço galvanizado, Frisado é alumínio frisado, e Al é alumínio. Foram realizadas as análises térmicas, e encontrado o coeficiente global de transferência de calor dos sistemas (U). Foi possível concluir que o sistema (AG/PU/AG) mostrou o melhor desempenho. Palavras-chave: painel sanduíche, condutividade térmica, transferência de calor, termografia, compósito. Determination of the overall heat transfer coefficient U in heat insulation sandwich panels A sandwich panel consists essentially of two face sheets, may even have metal reinforcements and a core formed usually by a cellular polymer. The faces of this type of panel may be joined by a structural adhesive or by rigid polyurethane foam (PU), injected directly on the substrates when the union will occur naturally. The most relevant property of the sandwich panel for the transport of frozen (0ºC to -30ºC) or chilled (7ºC to 1ºC) cargo is thermal conductivity (k). Within this context the objective of this work was to propose and characterize sandwich panels which can be used in refrigerated chambers. This work presents the following alternatives for composite sandwich: sample 1 (PRFV / PU / PRFV); sample 2 (AG / PU / AG): sample 3 (Friesland / PU / PRFV): and sample 4 (Al / PU / Al) where PRFV is polyester reinforced with fiber glass; PU is rigid polyurethane foam; AG is galvanized steel; Friesland is aluminum friesland; AL is aluminum. The thermal analyses were performed and the overall heat transfer coefficient (U) of the system determined. It could be concluded that the sample 2 (AG / PU / AG) showed the best performance. Keywords: sandwich panel, thermal conductivity, heat transfer, thermography, composite Introdução O transporte de produtos perecíveis e de alto grau de fragilidade tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. A forma como estes produtos são transportados e a integridade da carga tem estimulado órgãos governamentais a criar critérios de inspeção mais rigorosos o que desencadeou na elaboração da norma ABNT 14701 [1] que regulariza e caracteriza carrocerias frigoríficas quanto ao seu coeficiente de isolamento térmico. Painéis sanduíches são utilizados na construção de câmaras frigoríficas estacionárias, veículos para transporte de super congelados, congelados, refrigerados, além de outros fins como a construção civil. Estes painéis, por serem formados por camadas de diferentes materiais permitem grande flexibilidade nas propostas para este projeto, principalmente quanto a custos e propriedades (mecânicas e térmicas). As características importantes e desejáveis dos painéis sanduíches são as boas propriedades estruturais aliadas a baixa densidade e a excelentes propriedades de isolamento térmico [1-3]. Um painel sanduíche (sandwich panel) consiste essencialmente em duas faces, podendo inclusive possuir reforços metálicos e um núcleo formado, normalmente por um polímero celular. As faces deste tipo de painel podem estar unidas através de um adesivo estrutural ou em casos onde o núcleo é de espuma rígida de poliuretano injetado diretamente sobre os substratos, a união ocorrerá pelo próprio poliuretano. A propriedade de maior relevância que os painéis sanduíche devem ter para o transporte de cargas congeladas ou refrigeradas é o coeficiente global de transferência de calor (U). Atualmente o conceito de painéis utilizados no transporte de produtos perecíveis, em sua grande maioria, apresenta este coeficiente de condutividade térmica acima do máximo determinado para caracterização de uma carroceria fortemente isolada, ou seja, ≥ 0,40 W/m²K, estando na maioria das vezes, caracterizada como normalmente isolada. Este trabalho consiste na avaliação comparativa entre diferentes compósitos quanto a sua eficiência no isolamento térmico tendo sido determinado o Coeficiente Global de Transferência de Calor através de experimento desenvolvido. As figuras 1a e 1b apresentam diversas configurações de painéis sanduíche e painéis sanduíche aplicado a implementos rodoviários, objeto deste trabalho [2]. a Figura 1a – Painéis sanduíche b Figura 1b – Painel sanduíche aplicado à implemento rodoviário Figura 1 – Ilustração de painéis sanduíche e sua aplicação [2] Experimental Injeção dos Painéis Sanduíche Para cada alternativa proposta (amostras 1 à 4) foram confeccionados seis (6)bcorpos de prova, totalizando 24. Cada painel foi submetido ao processo de injeção da espuma rígida de poliuretano com equipamento de baixa pressão e sistema porta-molde com aquecimento à 45°C durante injeção e cura da espuma. A massa de poliuretano injetada nos painéis foi calculada através do volume de cada painel e da densidade objetivo de 42 kg/m³ [4-8]. Anais do 10o Congresso Brasileiro de Polímeros – Foz do Iguaçu, PR – Outubro/2009 Na tabela 1 abaixo estão descritas a quantidade de espuma de poliuretano que foi injetada nos painéis, bem como, os tempos necessários de injeção. Tabela 1 – Características dos painéis estudados CP PRFV/PU/PRFV AG/PU/AG Al Frisado/PU/PRFV Al/PU/Al Altura (m) Largura (m) Espessura (m) Volume (m³) Massa (kg) T (s) 0,990 0,986 0,983 0,987 0,990 0,980 0,980 0,980 0,056 0,056 0,056 0,056 0,055 0,054 0,054 0,054 2,305 2,273 2,266 2,275 12,7 12,5 12,4 12,5 Montagem dos Cubos (corpos de prova) para o ensaio de Condutância Posteriormente à injeção e estabilização dos painéis sanduíche propostos (72 horas), foram montados os corpo de prova na forma de cubos para a realização do ensaio de condutância térmica. Com a realização deste ensaio, obteve-se o Coeficiente Global de Transferência de Calor (U). As figuras 2a e 2b mostram a forma como os cubos foram montados. Na montagem dos corpos de prova, quando da união dos seis painéis (amostra 1 à 4) foi utilizado adesivo elástico monocomponente de poliuretano. a Figura 2a – Vista frontal do cubo b b Figura 2b – Processo de cura do adesivo de PU Figura 2 – Montagem dos corpos de prova para ensaio Todos os cubos foram montados sem a tampa, visto que, antes de seu fechamento foi necessário o posicionamento dos termopares utilizados no experimento. Montagem do Experimento A sistemática de montagem dos corpos de prova (cubos) foi mantida constante para cada uma das quatro configurações de painéis apresentados neste trabalho. Primeiramente foram posicionados e afixados os termopares (TP1 à TP6) conforme o posicionamento descrito na tabela 2. Após a fixação dos termopares, obdeceu-se a um período de estabilização da temperatura média interna do corpo de prova (cubo), sendo que, posterior a esta estabilização, iniciou-se a coleta dos dados (corrente e voltagem) a cada 15 minutos, sendo este monitoramento realizado por um período de 2 horas. A diferença de temperatura média interna e a temperatura ambiente mantida durante o teste foi de 45°C. Posterior a estabilização do sistema, durante a coleta de dados, o equipamento não Anais do 10o Congresso Brasileiro de Polímeros – Foz do Iguaçu, PR – Outubro/2009 pode mais ser ajustado. A nomenclatura utilizada no posicionamento dos termopares pode ser encontrada na tabela 2. Tabela 2: Nomenclatura e posicionamento dos termopares Termopar Posicionamento TP1 Fundo Interior TP2 Frente Inferior TP3 Centro Interior TP4 Parede Interior TP5 Parede Exterior TP6 Ambiente Externo De forma geral, foram mantidas as posições dos termopares para cada experimento, ou seja, cada compósito avaliado obedeceu aos mesmos critérios na montagem do cubo teste. Nas figuras 3a e 3b pode ser observado, o posicionamento dos termopares, da resistência e do ventilador, auxiliar na turbulência do ar interno (ventilação forçada). a b Figura 3a e 3b: Posicionamento dos termopares no cubo teste Termografia Todos os compósitos sanduíche que compuseram as quatro configurações de cubo teste, foram submetidos a análise por termografia. Inicialmente a câmara termográfica teve sua emissibilidade calibrada através do termopar externo (temperatura ambiente). Posterior ao início da coleta de dados (temperatura interna equalizada) foram realizadas imagens termográficas que posteriormente foram submetidas a análise em software específico. Para cada imagem termográfica, são possíveis de serem captados 76800 pontos que permitem a exportação para o excel onde os Anais do 10o Congresso Brasileiro de Polímeros – Foz do Iguaçu, PR – Outubro/2009 mesmos podem ser analisados. Estas imagens termográficas proporcionam a identificação correta da temperatura nos diversos pontos de abrangência da imagem, permitindo um desvio padrão de 0,5°C. O equipamento termográfico utilizado foi uma câmara ThermaCAM T360. A figura 4a apresenta o posicionamento como as imagens termográficas foram realizadas e a figura 4b apresenta o software utilizado [9]. a b Figura 4a: Referência para coleta das imagens termográficas Figura 4b: Software Quickreport 1.1 Figura 4 – Detalhamento dos pontos de coleta de resultados e do software utilizado Dimensionamento dos Cubos (corpos de prova) Para os ensaios de obtenção do coeficiente global de transferência de calor, todos os corpos de prova (cubos) foram medidos. A tabela 3 apresenta os dimensionais que foram utilizados no cálculo para obtensão do coeficiente global de transferência de calor. Tabela 3: Dimensionamento dos corpos de prova (cubos) Descrição Comprimento externo (m) Comprimento interno (m) Largura externa (m) Largura interna (m) Altura externa (m) Altura interna (m) Espessura Poliuretano (m) Si - Área interna (m²) Se - Área externa (m²) S - Área média (m²) Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4 0,990 0,860 0,990 0,870 0,980 0,860 0,056 4,4720 5,8410 5,1565 0,986 0,865 0,980 0,860 0,980 0,860 0,056 4,4548 5,7859 5,1204 0,983 0,870 0,980 0,870 0,980 0,872 0,056 4,5484 5,7742 5,1613 0,987 0,865 0,980 0,860 0,980 0,860 0,056 4,4548 5,7898 5,1223 Cálculo para determinação do Coeficiente Global de Transferência de Calor: O cálculo para a determinação do coeficiente global de transferência de calor “U”, foco deste estudo, baseia-se nos dados experimentais coletados. Para a obtenção deste coeficiente, foram coletadas as temperaturas do sistema (ambiente interno e externo e paredes interna e externa) e os dados de tensão e corrente que são o produto da potência dissipada para cada sistema na Anais do 10o Congresso Brasileiro de Polímeros – Foz do Iguaçu, PR – Outubro/2009 manutenção da temperatura interna [9]. Posterior a conclusão da coleta dos dados, foram realizadas análises do dimensional interno e externo dos cubos teste. Para o cálculo do coeficiente global de transferência de calor (U), fórmula 1, utilizou-se o h teórico (coeficiente de transferência de calor do ar) de convecção interna e externa, a densidade e a viscosidade do ar para as temperaturas obtidas em cada sistema estudado [9]. A equação 1 apresenta a forma como é obtido o coeficiente global de transferência de calor para cada sistema em avaliação [9]. equação 1 onde, Ui = coeficiente global de transferência de calor (W/m²°C) hext = coeficiente de transferência de calor do ar externo (W/m²°C) hint = coeficiente de transferência de calor do ar interno (W/m²°C) Aext = área externa (m²) Aint = área interna(m²) R = resistência do compósito (°C/W) Para a obtenção do U global do sistema, é necessário o cálculo para os valores de hext e hint, e da resistência do compósito em avaliação. Para a obtenção dos coeficientes de transferência de calor por convecção natural, utiliza-se a equação 2. Para a obtenção do número de Nusselt, utiliza-se uma faixa laminar quando o número de Prandtl for entre 104 e 108 e uma faixa turbulento quando este número for de 108 e 1012. Neste experimento utilizou-se o cálculo para a obtenção de hext e hint turbulento [9]. A equação 3 apresenta o cálculo de obtenção do número de Nusselt turbulento. equação 2 (*mesmo cálculo para hint) onde, hext = coeficiente de transferência de calor do ar externo hint = coeficiente de transferência de calor do ar interno Nu = Número de Nusselt (sistema turbulento) k = condutividade térmica do ar L = comprimento médio medido externamente Anais do 10o Congresso Brasileiro de Polímeros – Foz do Iguaçu, PR – Outubro/2009 equação 3 Onde, Nu = Número de Nusselt (sistema turbulento) GR = Número de Grashof PR = Número de Prandtl Para a obtenção do número de Nusselt são necessários os números de grashof e prandtl que são obtidos através das equações 4 e 5 [9]. equação 4 Onde, GR = Número de Grashof g = Gravidade do ar β = Inverso da temperatura média (K) ∆T = Variação de temperatura L = Comprimento do painel µ = Viscosidade do ar δ = Densidade do ar equação 5 Onde, PR = Número de Prandtl µ = viscosidade cp = calor específico k = condutividade térmica Conforme a obtenção dos valores através das equações de 1 à 5, é necessário o cálculo da resistência do compósito através da equação 6. equação 6 Anais do 10o Congresso Brasileiro de Polímeros – Foz do Iguaçu, PR – Outubro/2009 Onde, R = resistência do compósito ∆T = Temperatura Parede Interna e Temperatura Parede Externa Q = Potência média dissipada no experimento Para as quatro propostas de compósitos estudadas (PRFV/PU/PRFV, AG/PU/AG, Al Frisado/PU/Al e Al/PU/Al) os cálculos utilizados para a obtenção do coeficiente global de transferência foram os constantes nas equação de 1 à 6. Resultados e Discussão As quatro alternativas de compósitos apresentadas neste trabalho foram submetidas a análises termográficas durante os ensaios de verificação do coeficiente global de transferência de calor. Também, posterior aos ensaios, foram coletas amostras da espuma rígida de poliuretano utilizada como material de núcleo dos painéis em estudo e submetidas a verificação da condutividade térmica (k). A tabela 4 apresenta os resultados encontrados nas análises termográficas dos diferentes compósitos, o coeficiente global de transferência de calor para os diferentes materiais, o fator de condutividade térmica da espuma rígida de poliuretano e o custo/m² dos materiais [10-12]. Tabela 4: Resultados do Índice Global de Transferência de Calor dos Compósitos Temperatura Temperatura Coeficiente Global (U) Cond. Térmica do PU (k) Custo Externa (°C) Interna (°C) W/m²K W/mK R$/m² PRFV/PU/PRFV 23,58 ± 0,5 72,21 ± 1,0 0,2015 0,02348 74,26 AG/PU/AG 22,19 ± 1,2 64,59 ± 0,6 0,2688 0,02458 38,76 Al Frisado/PU/PRFV 28,15 ± 0,7 68,32 ± 0,3 0,3211 0,02440 77,47 Al/PU/Al 27,14 ± 1,5 66,64 ± 0,4 0,3468 0,02333 53,37 Compósito Na coluna 2 da tabela 4, é possível a verificação que a temperatura média obtida através dos 76800 pontos de cada imagem termográfica coletada, apresentou um desvio padrão pequeno, na ordem de 1,0°C. Isto possibilita uma avaliação confiável do sistema, demonstrando que houve estabilização e pouca perda de temperatura interna através dos elementos de união do cubo teste (adesivo). O material que apresentou menor temperatura externa foi o compósito composto de AG/PU/AG, porém a temperatura média interna foi menor que a obtida para o compósito PRFV/PU/PRFV e que apresentou temperatura externa apenas 1,4°C superior a alternativa com AG nas faces [13,14]. Anais do 10o Congresso Brasileiro de Polímeros – Foz do Iguaçu, PR – Outubro/2009 Para o compósito PRFV/PU/PRFV o ∆T entre a temperatura interna do sistema de a parede externa foi de 48,63°C, ao passo que para o compósito AG/PU/AG o ∆T encontrado foi de 42,40°C, isto ocorre em virtude de os materiais de face da alternativa PRFV/PU/PRFV serem poliméricos e apresentarem condutividade térmica inferior aos materiais de face da alternativa AG/PU/AG que são metálicos e apresentam condutividade térmica superior aos materiais poliméricos. Para as alternativas envolvendo materiais de face compostos por alumínio, as temperaturas de parede externa e a perda térmica entre a temperatura interna do sistema e as paredes externas foram superiores. Nas figuras 5a, 5b, 5c e 5d podem ser observadas as temperaturas externas encontradas, bem como a região onde os painéis foram unidos com adesivo para a montagem do cubo teste. Figura 5a – PRFV/PU/PRFV Figura 5b – AG/PU/AG Figura 5c – Al Frisado/PU/PRFV Figura 5d – Al/PU/Al Figura 5 – Ilustração das temperaturas externas dos diferentes painéis Na figura 5a, 5b e 5d é possível identificar que os pontos onde a temperatura é mais elevada localiza-se na região de união, ou seja, onde não há o compósito em avaliação e sim, o adesivo poliuretânico. De maneira geral, este tipo de análise permite que seja monitorada a uniformidade de injeção da espuma rígida de poliuretano, pontos onde indica-se maior perda térmica pode ocorrer falha na injeção da espuma, característica não observada neste experimento. Esta informação está correlacionada com os valores encontrados para a condutividade térmica da espuma encontradas na coluna 5 da tabela 4. Para a figura 5c é possível identificar através da imagem termográfica, que a maior perda térmica encontra-se na região dos rebites, onde há ponte térmica. Anais do 10o Congresso Brasileiro de Polímeros – Foz do Iguaçu, PR – Outubro/2009 O dado experimental obtido, de maior relevância e que foi o motivo deste trabalho é o coeficiente global de transferência de calor U, que considera a resistência do compósito, a área de cada corpo de prova e o coeficiente de condutividade térmica do ar externo e interno. Para o compósito PRFV/PU/PRFV foi encontrado o menor coeficiente, ou seja, 43% menor ao encontrado para o compósito tradicionalmente utilizado em implementos rodoviários e do especificado na NBR 14701. Outra alternativa que apresentou um coeficiente dentre do especificado na norma brasileira foi o compósito AG/PU/AG que ficou 23% abaixo. Os compósitos onde uma das faces propostas foi de alumínio, apresentaram valores no limite previsto na norma ou 12,5% superior ao máximo permitido. Neste estudo, considerou-se também o custo/m² de cada alternativa proposta, sendo que, para a alternativa de melhor eficiência no isolamento térmico, o custo ficou 4% inferior ao sistema atual. A alternativa que apresentou a maior redução foi a de AG/PU/AG que reduziu 50% no valor. Conclusão Das quatro alternativas propostas para carrocerias frigoríficas (até -30ºC), (PRFV/PU/PRFV, AG/PU/AG, Al Frisado/PU/PRFV e Al/PU/Al), a que apresentou o melhor desempenho quanto ao coeficiente global de transferência de calor (U), redução significativa de custos e características de sustentabilidade, ou seja, menor impacto ambiental, foi a alternativa AG/PU/AG (aço galvanizado/espuma de poliuretano/aço galvanizado). Referências Bibliográficas 1. Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14701- Implemento Rodoviário – Carroceria termicamente isolada – Desempenho Térmico – Rio de Janeiro, 2006. 2. Anônimo; Sandwich Panels in Vehicle Construction, Verlag Moderne Industrie, 2006. 3. R. P. 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