1 Uma análise positiva do uso da TRIM na reabilitação de pacientes vítimas de acidentes vasculares – cerebrais e encefálicos – Revisão bibliográfica Paulo Thiago de Campos Silva [email protected] Resumo Este trabalho, elaborado através de uma ampla revisão da literatura existente, tem o objetivo de mostrar a importância da Terapia de Restrição e Indução de Movimentos (TRIM) no tratamento de pacientes vitimados por acidentes vasculares – cerebrais e encefálicos. Considerados uma das mais graves causas de mortalidade em todo o mundo, ainda assim um grande número das pessoas vitimadas acaba sobrevivendo, mas tendo que ver diminuída drasticamente a sua capacidade de retomar as atividades normais. Praticada em todo o mundo com resultados plenamente satisfatórios, a TRIM tem ajudado as pessoas a recuperarem sua saúde e também uma qualidade de vida capaz de permitir que possam levar uma vida normal. Os estudos feitos a partir das informações contidas na literatura disponível mostram que, ao ser usado regularmente no tratamento de pacientes com acidentes vasculares, a TRIM, considerada uma intervenção inovadora, que utiliza a técnica do “não uso” do membro não afetado, que fica imobilizado para obrigar o paciente a forçar movimentos com aquele que sofre as sequelas do acidente. Todos os resultados encontrados apontam para o fato de que sua aplicação desestimula a utilização da extremidade superior contralateral à hemiparesia, encorajando a realização de atividades funcionais usando a extremidade superior hemiparética. Palavras-chave: TRIM; Acidentes Vasculares; Fisioterapia; 1. Introdução Apontados como a terceira maior causa de morte no mundo segundo relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS, 2006), os acidentes vasculares – cerebrais e encefálicos – apresentam uma realidade ainda mais grave no Brasil, pois de acordo com estudos de Lutou (2005), eles são considerados os principais fatores que levam a óbitos. Os dados estatísticos apontam os maiores índices de mortalidade entre as mulheres e embora o número de casos seja ainda muito alto, todavia a incidência de mortalidade vem diminuindo, pois os números totais de AVC e AVE entre brasileiros já são inferiores ao crescimento da população conforme descreve Cabral et al. (2009). Ao procedermos à revisão da literatura como método para a elaboração deste trabalho, a leitura dos autores consultados mostra decisivamente, com clareza plena, que os fatores que mais contribuem para a ocorrência desses acidentes e, por conseguinte, para o aumento das seqüelas neurológicas, são o envelhecimento e os distúrbios circulatórios, tais como hipertensão e alta taxa de colesterol. Superados somente pelas doenças cardiovasculares e neoplasias como causas maiores da mortalidade em nível mundial, os acidentes cerebrovasculares com óbitos atingem principalmente as populações localizadas em países em processo de desenvolvimento. No caso dos acidentes vasculares encefálicos (AVE), as condições de vida a que elas se submetem são tidas como fatores que particularmente afetam os indivíduos vitimados por eles, apresentando quadros como a ocorrência de hemiparesia, déficit motor mais freqüente, com modificações no tônus muscular e dispraxias. 2 O acidente vascular encefálico (AVE) pode ser isquêmico ou hemorrágico e afeta cerca de 60% das vítimas, nas quais as conseqüências mais evidentes são reveladas por alterações no reconhecimento tátil e na manipulação dos objetos, ferimentos no membro sem percepção sensorial e alteração motora do membro afetado, entre outras conforme esclarece Lima et al (2010). Pesquisas do Ministério da Saúde (MS, 2008) revelam que no Brasil, entre janeiro e agosto de 2008 foram registrados mais de 40 mil casos de internação por AVE. Os dados tabulados, entretanto, não especificam os percentuais para acidentes hemorrágicos ou isquêmicos. Ao compulsar a literatura atual encontramos referencias que apontam para uma alta incidência de acidentes cerebrais – somados os casos de AVC e AVE -, cuja prevalência registra substancial aumento com o avanço da idade das pessoas suscetíveis a essas doenças. As seqüelas apresentadas por aqueles indivíduos vitimados se revelam no comprometimento da funcionalidade e redução da qualidade das relações sociais e familiares. Da mesma forma, essas seqüelas produzem a diminuição da vitalidade, comprometendo o equilíbrio emocional, que sofre alterações quando o estado dessas pessoas é comparado com o dos indivíduos da mesma idade, mas que se apresentam saudáveis . Todos os estudos consultados apontam para o fato de que a aplicação das técnicas de reabilitação do paciente deve necessariamente começar já na fase hospitalar, antes da dispensa de internação. É nesse momento, na fase aguda do tratamento, que deve entrar no processo a figura do fisioterapeuta. Além de fundamental, a presença desse profissional torna-se imperativa em razão, sobretudo, da necessidade de organização e implantação dos serviços de reabilitação, bem como no encaminhamento ao serviço ambulatorial pós-alta hospitalar. Partindo dessa observação, este trabalho busca mostrar a importância que a terapia de restrição tem como recurso na avaliação e tratamento de pacientes portadores de lesões hemisféricas no sistema nervoso central que acabaram por desenvolver hemiplegia. A base de tal análise está nos estudos realizados por Wolf et al. (2006). Os primeiros resultados indicaram que a utilidade clínica desse recurso foi confirmada a partir da avaliação de pacientes portadores de seqüelas decorrentes de acidente vascular cerebral (AVC) e traumatismo cranioencefálico (TCE). Tratava-se de pacientes em que a doença se apresentava em estado crônico, mas já reabilitados, submetidos à restrição. Nesses casos obtiveram-se ganhos na função motora. Quanto às lesões motivadas por acidente vascular encefálico (AVE) elas geralmente causam hemiparesia, caracterizada por deficiência na motricidade, com redução na ativação muscular e aumento anormal no tônus muscular. Além disso, ocorre também a dificuldade de manutenção da postura e alterações na marcha. Portanto, as pessoas vitimadas por AVE, mas que acabaram sobrevivendo, experimentaram a redução de sua capacidade de retomar ao trabalho, assim como não conseguiram mais participar normalmente de atividades cotidianas, como, por exemplo, aquelas que desenvolviam no seio da sua comunidade. Usada já regularmente no tratamento de pacientes com AVE, a Terapia de Restrição e Indução do Movimento (TRIM) é considerada uma intervenção inovadora, pois se revela um método potencial para melhorar a recuperação sensoriomotora. Ao ser usado, esse método permite que o tratamento maximize o restabelecimento da função motora da extremidade superior hemiparética. Os resultados mostram que sua aplicação desestimule a utilização da extremidade superior contralateral à hemiparesia, encorajando a realização de atividades funcionais usando a extremidade superior hemiparética. Portanto, a aplicação da TRIM resulta na potencialização efetiva da reorganização cortical uso-dependente como instrumento capaz de propiciar o alcance de ganhos motores e funcionais. Com a concentração da prática na medida certa, o indivíduo tem condições de reaprender a realizar movimentos voluntários e funcionais com seu membro superior 3 hemiplégico na medida em que tem a utilização do membro contralateral limitado por uma restrição. Entretanto, esse é um método que complementa a fisioterapia, que consiste de um período de treinamento motor intensivo de ate 6 horas diárias do membro superior parético e de restrição do membro nao-parético por 90% do tempo acordado, conforme ressaltam Assis et al. (2007). Da mesma forma, a utilização da terapia de restrição modificada, que utiliza a restrição por seis ou cinco horas, de acordo com Riberto et al. (2005) e Page et al. (2009), também resulta em melhora da função motora do membro superior parético dos pacientes pós-AVE. A revisão da literatura disponível, todavia, não permite encontrar estudos científicos que façam uma comparação entre as duas técnicas terapêuticas. Entretanto, os relatos de casos em que as duas técnicas foram associadas mostram que foi possível obter uma melhora funcional do membro superior parético. Portanto, ao estudarmos na literatura revisada a eficiência da TRIM, podemos afirmar positivamente que ao utilizar o uso repetitivo do membro afetado durante as atividades de vida diária, a função motora do membro superior parético foi restabelecida de forma bastante satisfatória. Estudos promovidos separadamente por Hanlon (1996) e Wolf et al. (2006) relataram igualmente que a terapia de restrição demonstra ter uma eficácia bastante satisfatória quando é utilizada para permitir que haja alterações positivas na representação cortical do membro acometido, conforme foi constatado em pacientes crônicos e subagudos ao ser comparada com as terapias tradicionais. Atualmente, a TRIM envolve três princípios fundamentais: o uso forçado da mão afetada contendo o braço intacto, treinamento dos movimentos da mão afetada e a junção da prática de ambos os elementos. Vale lembrar, entretanto, que o tratamento pós-AVE deve caber sempre a uma equipe multiprofissional, pois há sempre a necessidade de se incluir intervenções medicamentosas, apoio psicológico ao paciente e também aos seus cuidadores e por fim ainda a intervenção fisioterapeutica. Nesta fase, a fisioterapia tem como objetivo fazer com que a capacidade funcional do paciente seja maximizada através de diversas técnicas, dentre elas a Terapia de Restrição e Indução do Movimento (TRIM), como será demonstrado no curso deste trabalho. 2. Metodologia A metodologia definida como instrumento de elaboração deste trabalho foi a de selecionar e capturar, na internet, artigos disponíveis que trazem no seu bojo informações baseadas em pesquisas de diversos autores de estudos sobre acidentes vasculares – cerebrais e encefálicos. Foi dada ênfase ao material capaz de fornecer dados suficientes para, por meio da revisão bibliográfica, ao procedimento de uma análise positiva do uso da Terapia de Restrição e Indução do Movimento (TRIM) na reabilitação de pacientes vitimados por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Acidente Vascular Encefálico (AVE). A seleção desses artigos se deu por meio de critérios que – utilizando as palavras chaves TRIM, AVC e AVE - permitissem a liberdade de escolha, ou seja, não importando o período de publicação e nem o tipo de pesquisa, mas que tratasse necessariamente dos elementos do tema proposto neste trabalho e quais autores se ocuparam do seu estudo. Por se tratar de material disposto exclusivamente na rede mundial de comunicação, a pesquisa sofre as fontes foi feita através do site de busca Google e capturados somente aqueles artigos científicos já disponibilizados publicamente por instituições científicas e publicações editoriais sem qualquer restrição para livre compilação. Desta forma, foi possível proceder a uma consulta da literatura sobre a técnica de tratamento aqui abordada, analisando as opiniões de autores consagrados, coletadas pelos articulistas selecionados, quanto às técnicas utilizadas na reabilitação de pacientes vitimas de acidentes 4 vasculares – cerebrais e encefálicas -, a partir do que se torna possível um melhor entendimento dos mecanismos utilizados nesses processos. Assim, a partir da seleção, depuração e definição dos artigos a serem utilizados como fonte de pesquisa deste trabalho, foi feita uma leitura individual de cada um para que se constatasse a sua pertinência ou não com o objetivo do presente estudo. O amplo material pesquisado, contendo os dados desejados conforme os critérios estabelecidos para a conformação deste artigo, traz todas as informações necessárias ao embasamento dos textos aqui apresentados, os quais são os elementos de base do cotejo e discussão dos resultados obtidos na revisão da literatura. 3. Desenvolvimento Como está explicado na introdução, este trabalho, feito com base na revisão da literatura publicada por inúmeros autores e disponível para consulta pública na internet, se propõe a mostrar como a Teoria da Restrição e Indução ao Movimento (TRIM) transformou-se numa das principais, e também a mais utilizada, técnicas de tratamento de pacientes vitimados por acidentes vasculares – cerebrais e encefálicos – quer nos estados agudo e subagudo e também no período em que a doença alcançou a sua fase crônica. 3.1. Os acidentes vasculares e a intervenção fisioterapeutica Os acidentes vasculares – cerebrais e encefálicos – tornaram-se um grave problema de saúde pública no mundo todo por se tratar se de “uma patologia incapacitante de alta incidência” (BRAUN et al., 2006). Várias são as terapias disponíveis, criadas para tratar dessas doenças, e entre as intervenções fisioterapeutica mais utilizadas está a prática mental, “que Yoo et al. (2006) aponta como um dos métodos mais eficientes para aquisição e melhora das habilidades motoras nos pacientes acometidos por esse infortúnio. Vários estudos foram feitos sobre as vantagens da aplicação da prática mental como terapia e em geral concluíram que a técnica produz efeitos bastante positivos na recuperação da função motora do paciente hemiparético. Vários autores, como Yoo et al. (2001), Stevens et al. (2003) e Dijkerman (2004), descrevem mudanças no comportamento do paciente em relação ao membro superior, como a melhora no traçado de linhas horizontais e curvas com lápis, ganho na amplitude de movimento de punho e aumento na força de preensão. Já quanto aos membros inferiores e a melhora nos movimentos de marcha, Malouin et al. (2004), Yoo et al. (2006) e Dickstein et al. (2004) descrevem melhora tanto na descarga de peso dinâmica no lado hemiparético quanto no posicionamento do centro de gravidade e na cadência, extensão do joelho no apoio e flexão do joelho no balanço e diminuição do tempo em duplo apoio. Stevens et al. (2003) acrescenta ainda melhoras funcionais tanto “na independência nas atividades de vida diária e no controle muscular do lado quanto na pontuação em diversas escalas motoras”. Nos artigos selecionados a grande maioria dos autores demonstra que os efeitos benéficos da prática mental quase sempre vão alem do que se espera das tarefas propostas pelo tratamento, o que, por via de conseqüência, acaba tornando possível a generalização da mesma para outras habilidades. A PM, associada a outras práticas da TRIM, invariavelmente contribui, também, para a reorganização cortical. As avaliações feitas quanto à imaginação motora, detectada por meio da ressonância magnética funcional ou estimulação magnética transcraniana, isolando a atividade muscular através da eletromiografia, segundo Lotze et al. (2006), “demonstraram que áreas cerebrais como o córtex motor primário, área motora suplementar e área pré-motora são ativadas mesmo na ausência da ação muscular”. O autor citado acima chegou a essa conclusão ao entender que “o cerebelo, que está altamente relacionado ao córtex sensório-motor ao ser responsável pela retroalimentação sensorial do movimento, adequando a transferência da representação interna do movimento às condições 5 físicas do ambiente externo, também é ativado durante a imaginação motora”. Com Lotze et al. (2006) concordam Jackson et al. (2001), Liu et al. (2004), Butler et al. (2006) e Sharma et al. (2006) ao entenderem que a ativação do cerebelo durante o incentivo promovido pela prática mental constitui, desta forma, “um instrumento que pode compensar a falta de retroalimentação sensorial no paciente, sendo uma maneira de reforçar programas motores que objetivam a aprendizagem de tarefas. O mesmo Lotze, agora com a companhia de Lacourse et al. (2004) e Mulder (2007), explica que “a área motora suplementar e o córtex pré-motor também são ativados durante a imaginação motora, como comprovado em vários estudos”. Isto porque, ainda segundo os mesmos autores, os neurônios da área motora suplementar estão envolvidos na preparação dos movimentos. Em razão disso, por estarem relacionadas com a imaginação motora quando envolvendo o córtex pré-motor, distintas estratégias de imaginação, como a que leva o paciente a imaginar o próprio movimento ou o movimento no espaço, produzem a ativação de diferentes áreas desta região do cérebro. Outro benefício proporcionado pela prática mental é aquele decorrente da ativação, durante a imaginação motora, da região superior do lobo parietal. Mulder (2007) concluiu que ela permanece ativa durante atividades que envolvem aspectos espaciais, como movimentos produzidos com o auxilio de joystick ou resultante de trajetórias de movimento. Neste caso, ainda segundo Mulder (2007), neuroimagens revelam que durante o exercício da imaginação as vias motoras descendentes acabam sendo forte e intensamente ativadas, produzindo excitabilidade córtico-espinal que se revela semelhante àquela que, resultante da prática mental, acaba se comparando com a prática física. Por essa razão, “há também similaridades quanto à modulação no tempo de duração da tarefa e na resposta moduladora autonômica, de forma que a imaginação motora e a prática real realmente engajem sistemas cerebrais semelhantes” (MULDER, T., 2007). Ainda sobre o mesmo assunto, Dickstein et al. (2004) e Yoo (2006) escrevem que relatos encontrados na literatura registram que ao ser realizada no curso do tratamento de pacientes com acidentes vasculares, a prática mental contribuiu também para que eles se sentissem mais motivados e autoconfiantes, com maior segurança antes de desempenhar determinadas atividades. Todavia, como advertem Dickstein et al. (2004), Yoo (2006) e Jackson et al. (2001), essa prática, citada na abordagem descrita acima, sofre restrições dependendo do comprometimento do paciente, visto que não pode ser aplicada em doentes apráxicos e heminegligentes e nem naqueles que se mostram incapazes de imaginar o movimento ou que apresentam lentidão no processamento da imaginação motora. Lotze et al. (2006) complementa afirmando que pacientes acometidos por lesões nas regiões parietais e préfrontal esquerda não se revelam capazes de imaginar uma tarefa motora, pois os danos neurológicos parietais bilaterais resultam numa completa falta de percepção da execução do movimento durante o exercício da imaginação motora. Em razão dessas observações, Sharma et al. (2006) afirma que, como forma de planejar e orientar o tratamento, se torna necessário o emprego de questionários como instrumentos de avaliação da capacidade de imaginação motora do paciente. Os autores citados acrescentam que mesmo tendo boa capacidade de imaginação, há pacientes que acabam demonstrando incerteza e incapacidade para controlar a execução, tanto em freqüência quanto à forma como imagina os movimentos relacionados à tarefa motora. Ainda em relação às questões expostas acima, Crosbie et al. (2004) e Vries et al. (2007) também levantam dúvidas em relação à incerteza quanto aos efeitos da PM em pacientes muito comprometidos. Principalmente aqueles, por exemplo, portadores de plegia total em membro superior. É que, para se beneficiar da terapia e para que os resultados sejam satisfatórios, há a necessidade de o paciente, quando estimulado a realizar a prática mental, já contar 6 previamente com alguma habilidade, como, por exemplo, dominar algum movimento capaz de permitir a realização da tarefa. A preparação e o treinamento do movimento dependem da imaginação motora, pois é ela que conduz esse processo e tem nele função muito. Como lembra Lotze (2006), “uma possibilidade da utilização da imaginação motora na prática clínica é fazer com que o indivíduo não considere as lesões que possui durante o treinamento e planejamento de movimentos mais complexos”. Dijkerman et al. (2004), Stevens et al.(2003) e Page et al. (2005) são unânimes ao concordar, entretanto, que o treinamento mental tem-se demonstrado como uma técnica complementar eficaz. Mas alertam que ele não pode, porém, substituir e desprezar a execução motora dos movimentos, pois esta é que é capaz de proporcionar efeitos adicionais ao treinamento motor pela maior estimulação central, além de diversificá-lo. Mesmo porque pode ser executada com segurança, dispensa instalações especiais e equipamentos e se revela um recurso simples e de baixo custo. A seu favor os autores lembram ainda o fato de esse tipo de tratamento poder ser iniciado precocemente no próprio ambiente hospitalar, mesmo quando o paciente ainda está em estado de plegia, mas desde que em condições responsivas, ainda que instáveis. Os benefícios produzidos por essa técnicas são ainda mais expressivos quando se pensa na realidade que cerca os programas de reabilitação motora disponibilizados na rede pública de saúde no Brasil. Dadas as muitas dificuldades, ocasionadas pela deficiência de investimentos em elementos humanos e materiais, as sessões têm número reduzido, se restringem muitas vezes a um dia por semana. Por essas e outras razões essa técnica se mostra interessante, já que ela permite que o paciente seja orientado adequadamente para realizar o treinamento sozinho. Liu et al. (2004) e Crosbie et al. (2004) indicam que a referida técnica pode ser considerada um complemento para pacientes com pouca mobilidade funcional e alto gasto energético, já que evita o estresse articular e físico decorrente de prática física. 3.2. As mudanças neuroplásticas e o treinamento motor A literatura registra há muito tempo um grande manancial de informações sobre a ocorrência de plasticidade substancial no desenvolvimento do sistema nervoso. À medida que foram aprimorados, os métodos de pesquisa tornaram possível conhecer mais profundamente todas as nuanças que envolvem esse sistema, como, por exemplo, o fato de que parte significante da plasticidade não desaparece com o crescimento do indivíduo e que, claro, ela permanece na fase adulta. Por isso, embora os mapas corticais se alterem facilmente com as aferências periféricas, como lembra Royden (2006), tem significância especial o fato de que, “depois de uma lesão ou doença central, algumas respostas plásticas favorecem a recuperação, mas outras são contraproducentes”, muitas vezes dificultando a melhora do paciente. Vários autores, entre eles Lundy (2000) e Diniz et al (2003), entenderam que o treinamento motor é fator fundamental no desenvolvimento cerebral, pois tem influencia imperativa na produção de mudanças neuroplásticas. Para eles, atividades motoras, quando realizadas, estabelecem padrões de estimulação sensorial proprioceptiva. Por essa razão, de alguma maneira acabam se tornando fonte de modulação neuroplástica em áreas motoras e somatossensoriais. Como conseqüência da repetição do treinamento repetido, as atividades motoras contribuem diretamente para a reparação dos danos provocados por lesões cerebrais, como foi constatado inicialmente em experimentos laboratoriais feitos em ratos. Como a Terapia de Restrição e Indução ao Movimento (TRIM) pode se tornar um aliado no tratamento de pacientes vítimas de acidentes vasculares – cerebrais e encefálicos – e forçar naturalmente as mudanças neuroplásticas? Essa questão é respondida com o fato de que a TRIM é uma técnica que envolve um treinamento repetido de atividades motoras, que podem melhorar a função e o uso da extremidade superior hemiparética quando da ocorrência desse tipo de acidente. Royden (2006), Fontes et al. (2007) e Grotta et al. (2004) tem uma mesma 7 opinião ao entenderem que com o emprego dessa terapia sempre ocorre uma melhora. Ela se dá, conforme constataram em seus estudos, por meio da utilização, em separado, mas intimamente ligados, de dois mecanismos: superação do “não uso aprendido” e indução de uma reorganização cortical uso-dependente. “Estes mecanismos são diferentes daqueles atribuídos para as abordagens de reabilitação convencionais, que geralmente procuram alcançar compensação, recuperação „verdadeira‟ e/ou substituição”. (ROYDEN, J. H., 2006). Liepert (1998) concluiu que a neuroplasticidade induzida pela TRIM em pacientes vitimados por acidentes vasculares tem influencia direta na formação de novas conexões anatômicas por meio de brotamentos colaterais. Esse mecanismo era antes considerado improvável, porque, mesmo vários meses após a ocorrência de uma lesão neurológica, não eram encontradas claras evidências do crescimento axonal. Isso levava à opinião de que o mecanismo mais provável seria o surgimento de uma diminuição na atividade de interneurônios inibitórios locais. Segundo o que ensinam os autores pesquisados no curso desta revisão da literatura disponível, os estudos mostram que pessoas com quadro de hemiplegia crônica, vitimas de acidentes vasculares, com ocorrência num período de seis meses a vários anos apresentaram uma acentuada recuperação da função motora do início da aplicação da terapia de restrição. Portanto, como mostra Miltner (1999), “até mesmo sobreviventes de um AVE em sua fase crônica são beneficiados com a TRIM e respondem ao tratamento como os indivíduos que estão muito mais próximos do tempo do início do evento focal”. Porém, de acordo com Dromerick et al. (2000) as aplicações da TRIM em pacientes crônicos nem sempre são exclusivas, pois a elas somam-se um período de tratamento em que, na sua maioria eles já haviam sido submetidos a alguma terapia de reabilitação. Portanto, a revisão bibliográfica feita como método de proceder a uma abordagem sobre tratamento conservadores na medicina de reabilitação, leva sempre a um mesmo ponto: a TRIM confirma-se como um das raras técnicas de reabilitação que tem demonstrado eficácia no emprego, em humanos, de experimentos feitos e controlados em laboratório e cujos efeitos terapêuticos, plenamente testados em animais, transferem-se com comprovada eficácia para as atividades de vida diária do paciente acometido de acidentes vasculares. 3.3. O que é a TRIM e como ela surgiu A Terapia de Restrição e Indução ao Movimento (TRIM) nasceu por volta das décadas de 70 e 80 do século passado como resultado dos estudos efetuados pelo Dr. Edward Taub, médico e fisioterapeuta nascido no Brooklin, Nova York, e professor da Universidade do estado norte-americano do Alabama. Esses estudos, sustentados por uma teoria e objeto da análise de vários autores, foram inicialmente centrados na realização de rizotomia dorsal em primatas, com o objetivo de privá-los das sensações somáticas da extremidade superior. Os resultados apontaram para o fato de que, tão logo submetido a tal procedimento, o animal cessava imediatamente o uso da extremidade desaferenciada. No curso do processo investigatório a restauração do uso foi induzida pela imobilização, por vários dias, do membro intacto, enquanto o membro afetado era submetido a treinamento. Com as informações resultantes dessas experiências foi possível a Taub dar inicio à elaboração da TRIM agora com estudos em que os pesquisados passaram a ser mais os macacos de laboratório, mas seres humanos, como observam Souza et al. (2007), Diniz et al. (2003) e Grotta et al. (2004). Estudos de Grotta et al (2004) concluíram que a TRIM tem sua base assentada na teoria do “não uso apreendido”, fator que se desenvolve durante os primeiros estágios após o acidente vascular, quando então o paciente passa a fazer movimentos compensatórios em razão da dificuldade que encontra para usar o membro afetado. Já Diniz et al. (2003) e Schaechter et al. (2002) entendem a TRIM como um conjunto de técnicas de reabilitação física do membro superior, capazes de induzir o paciente a um grande aumento do uso do membro superior 8 afetado, o que ocorre por meio de treinamento repetitivo de atividades motoras juntamente com a restrição do membro não afetado. As pesquisas realizadas até a atualidade já são suficientes para que se entenda como funcionam os mecanismos pregados pela teoria e como a TRIM é capaz de promover o remodelamento cortical após a ocorrência de acidente vascular. Todavia, como explicam Schaechter et al. (2002) ao pesquisarem a literatura existente sobre o tema, os mecanismos neurológicos que explicam a recuperação motora através da TRIM ainda precisam ser mais bem compreendidos. Os autores fizeram duas revisões bibliográficas em ambas reuniram resultados idênticos. A conclusão a que chegaram, então, é que os resultados alcançados com a aplicação da TRIM são produzidos por dois mecanismos distintos, contudo ligados intimamente. Conforme o que encontraram em Diniz et al. (2003) e em Sunderland et al. (2005), a primeira constatação aponta para a superação do “não uso aprendido”, visto que a restrição do membro afetado abole a falta de esforço em usar o membro afetado e estimula seu uso freqüente. Quanto à outra hipótese, ela registra a indução de uma reorganização cortical uso-dependente, que ocorre em razão do treinamento repetitivo e sustentado, capaz de provocar a reversão da ausência da representação cortical do membro provocada pelo não uso. O mecanismo mais provável da neuroplasticidade gerada pela TRIM é uma redução na atividade de interneurônios inibitórios locais. De acordo com Diniz et al. (2003), essa constatação indica o desmascaramento das conexões excitatórias antes existentes, apontando para o fato de que, nesse período, claras evidências de crescimento axonal não aparecem até meses após a lesão neurológica. Há, entretanto, a ocorrência de um mecanismo complementar possível, que é o aumento na potência das conexões sinápticas presentes, de acordo com as conclusões de Diniz et al. (2003). Liepert et al. (2000) acrescenta que no período imediatamente posterior à intervenção com a TRIM, a plasticidade ocorre por meio de brotamentos neuronais, o que, todavia, não descarta também a hipótese descrita por Diniz et al. (2003) e por Liepert et al. (2000). Diniz se refere ainda ao fato de que a TRIM, quando exercitada em treinamento repetitivo, leva ao recrutamento de uma grande quantidade de neurônios adjacentes à lesão, contribuindo para a inervação dos músculos paréticos do membro superior afetado pelo acidente vascular. Porém, Schaechter et al. (2002) adiantam, contudo, que a melhora na função motora, em função dos resultados produzidos pela TRIM em pacientes vitimados por AVE, está associada diretamente a alterações ocorridas na lateralidade da ativação cortical no hemisfério não lesado em relação ao hemisfério ipsilateral. Isso quer dizer que os resultados do tratamento podem promover a recuperação motora pela mudança de posição de recrutamento cortical em direção ao hemisfério cerebral não lesado. Os mesmos autores sugerem que o córtex motor do hemisfério não lesado pode ser um alvo efetivo para as intervenções fisioterapeuticas de reabilitação direcionadas à melhora funcional após o acidente De acordo com Souza et al. (2007), quando repetidas sucessivamente, as atividades, que demandam atenção e recompensa, contribuem decisivamente para a facilitação do aprendizado motor e a neuroplasticidade, seja na área lesada, seja naquelas não afetadas Além disso, conforme constataram Diniz et al. (2003), os resultados alcançados com a TRIM se mostram mais efetivos que aqueles conseguidos com as terapias tradicionais usadas na busca de mudanças na representação cortical. Para esses autores, o processo neuroplástico pode melhorar os sistemas patológicos e é justamente por isso que se deve à neuroplasticidade a maior parte dos ganhos obtidos com a TRIM. 3.4. A TRIM como técnica de reabilitação Respaldada na “teoria de inatividade”, também conhecida por “desuso aprendido”, a Terapia da Restrição e Indução ao Movimento (TRIM) baseia-se no fato de que, quando na fase 9 aguda, ou seja, imediatamente após a ocorrência da AVC ou AVE, o paciente passa a encontrar cada vez mais dificuldades para realizar movimentos com o membro superior e quase sempre não o conseguindo. Diante delas, e dado o desânimo com a impossibilidade de retomar o controle desses movimentos, a tendência é de que o indivíduo tente fazê-los cada vez menos, entrando numa fase que é chamada de condicionamento inibitório. Por essas razões, e uma vez que os ganhos com os exercícios de reabilitação são pequenos, principalmente quanto ao reencontro da força, destreza e sensibilidade anteriores, as pessoas são estimuladas a valerem-se mãos do membro não acometido para realizar as tarefas. Como relata Taub et al. (1993), “se por um lado a dificuldade inicial para o movimento já inibia a atividade voluntária do membro acometido pela fraqueza, por outro lado o treinamento de reabilitação voltado exclusivamente para a funcionalidade, sem direcionar-se para a recuperação das deficiências, reforçava a subutilização do mesmo”. Isto porque, ainda segundo Taub et al. (1993) e conforme descrevem van der Lee et al. (1999), o período de maior ganho, “referente aos meses iniciais após a lesão já teria sido ultrapassado”. No mesmo sentido, Taub et al. (1993) e van der Lee et al. (2003) acrescentam que os resultados advindos da aplicação das técnicas dessa terapia em pacientes já reabilitados demonstram que os ganhos obtidos devem-se apenas a capacidades adquiridas especificamente pela intervenção de restrição e não pelo efeito do processo de reabilitação. Portanto, para superar a inatividade e o enfraquecimento do paciente, provocados pelo comprometimento das vias nervosas, não bastaria apenas à redução da lesão e um possível restabelecimento da força muscular como conseqüência da diminuição da deficiência. A isso seria necessário somar um estímulo a mais capaz de motivar o paciente a tentar usar o membro afetado. Essa capacidade seria adquirida especificamente por meio da intervenção da TRIM e não apenas pelo efeito do processo de reabilitação segundo ensinamos autores citados imediatamente acima. A terapia de restrição tem sido utilizada, em sua maior parte, com pacientes vítimas de lesões crônicas, aquelas em que os resultados das técnicas de reabilitação já não avançam mais em termos de ganho em independência funcional. Torna-se necessário registrar que, no Brasil, que a intervenção buscando reabilitação tem ocorrido mais na fase aguda pós-acidentes vasculares e se limitam quase sempre à manutenção de amplitude articular e cuidados respiratórios nas unidades de terapia intensiva. “Após a alta dessa internação não é raro observar pacientes que não são submetidos a qualquer tipo de intervenção para ganho funcional até que procurem, tardiamente, o centro de reabilitação de acordo com a análise de seu caso”. (RIBERTO M. et al., 2004). Na maioria dos casos em que foram empregadas as técnicas da TRIM, estudados pela literatura aqui revisada, foi detectado um ganho funcional da mão e do membro superior parético. Esses resultados confirmam de forma significativa que o emprego da restrição levou a uma melhora na destreza, na velocidade e na qualidade do movimento. Conforme escrevem Wolf et al. (1989) e Taub et al. (1993), pacientes com lesões encefálicas crônicas apresentaram, após a intervenção de duas semanas, resultados estatisticamente significativos, com expressivos ganhos na destreza manual nos integrantes desse grupo quando comparados com aqueles de um grupo controle em que as pessoas apresentavam quadros neurológicos comparáveis, porém sem restrição. Pierce et al. (2003), em estudo sobre o teste motor de Wolf, descreve o uso da terapia de restrição em paciente ambulatorial. Feitas sete sessões de duas horas diariamente, divididas meio a meio entre terapia ocupacional e fisioterapia, somadas à orientação para uso da restrição em domicílio e estímulo para o uso do membro superior parético, o resultado, segundo o autor, foi significativamente satisfatório. É preciso observar, todavia, que ainda não estão totalmente esclarecidas as dúvidas levantadas sobre os mecanismos pelos quais a terapia de restrição sustentaria o padrão de utilização do 10 membro superior parético. Para Tillerson (2001) a hipótese mais provável, aquela que leva à aceitação de que o estímulo comportamental para que seja estimulado o uso desse membro, seja responsável por modificações plásticas no sistema nervoso central, já encontra suporte nas experiências relatadas. 3.5. Benefícios e restrições: quando a TRIM pode ou não ser realizada Ainda não há um consenso entre os vários autores que vem estudando a Terapia da Restrição e Indução ao Movimento quanto à sua aplicação e qual a melhor fase para que isso venha a ser feito. Na verdade, o tema é ainda cercado por grande discordância, mas pelo menos em um aspecto todos eles têm a mesma opinião: a TRIM apresenta elevado grau de eficácia quando aplicada na fase crônica do acidente vascular. É o que pensam, por exemplo, Debow et al. (2004) e Bonifer et al. (2003). Na revisão bibliográfica encontramos a conclusão de Diniz et al. (2003) definindo que indivíduos com hemiplegia crônica, num tempo ocorrido entre seis meses a muitos anos após o acidente, apresentaram resultados positivos significantes na recuperação da função motora em relação àqueles alcançados antes da aplicação da TRIM. Sobre isso concordam Grotta et al. (2004) ao relatarem em seu estudo um acentuado desenvolvimento na função motora do membro superior em pacientes com AVE fase crônica em razão dos resultados obtidos com a terapia. Supputtitada et al. (2004) apontam em seus estudos, feitos em pacientes com acidente vascular crônico, que a aplicação da TRIM levou não só a um aumento da qualidade como também da quantidade de movimentos do membro tratado. Mas essa tese tem também seus opositores. Como defende Grotta et al. (2004) e Dromerick et al. (2000), experiências feitas com cobaias animais apontaram para o fato de a TRIM, se aplicada precocemente, pode não ser benéfica e corre o risco inclusive de prejudicar o paciente. Citando Grotta e se baseando nos resultados apontados no estudo do “uso excessivo forçado”, Schaechter et al. (2002) alerta para essa possibilidade, levantando a tese de que a aplicação imediata da TRIM, nos primeiros sete dias após a ocorrência de lesão no córtex motor, pode impedir a recuperação do membro afetado e ainda aumentar o volume da lesão. Por essas razões, Grota et al. (2004) e Boake et al. (2007) defendem que estudos futuros devem ser realizados para avaliar a efetividade da TRIM na fase aguda pós-acidente vascular, buscando uma maior clareza estatística. Com essa precaução seria possível definir critérios de elegibilidade mais inclusivos que permitam um controle experimental sobre a intensidade de tratamento, eliminando assim a possibilidade de que os riscos e benefícios da TRIM nesta fase continuem permanecendo incertos. Por outro lado, argumentam os autores acima, ao contrário do que pode ocorrer na fase imediatamente após a ocorrência do acidente, a eficácia dessa terapia na fase crônica já foi amplamente confirmada por todos os estudos até então realizados. Entre os principais benefícios produzidos pela TRIM, segundo confirmam vários autores estudados nesta revisão bibliográfica, está a reorganização cortical, alcançada com a aplicação do treinamento repetitivo e sustentado do membro afetado por acidente vascular. É esse resultado que pode possibilitar a estruturação da base pela qual se buscará, com persistência, os efeitos que se quer alcançar com a aplicação da terapia em longo prazo. Liepert et al. (2000) e Sunderland et al. (2005) concordam com os vários autores que pesquisaram esse tema ao registrarem que pacientes submetidos à TRIM, obtiveram ganhos significativos na função motora do membro superior acometido por acidentes vasculares e reduções imediatas na deteriorização motora após a aplicação de tal terapia. Todavia, entre as várias dificuldades que podem surgir quando da aplicação da TRIM então os possíveis transtornos psicológicos a que podem estar sujeitos os pacientes submetidos à intervenção. Souza et al. (2007) cuidou desse tema e revelam que a TRIM pode desencadear frustração e ansiedade quando se exige do paciente um esforço considerável na prática das 11 atividades. A revisão bibliográfica realizada pelos autores torna evidente, a par disso, que a TRIM, de acordo com o que tem sido descrito pelos fisioterapeutas, é uma técnica que pode ter difícil implementação clínica em razão do desconforto que causa a certos pacientes. Pesquisa realizada por Hakkennes et al. (2005), cujo objetivo foi investigar os efeitos na qualidade de vida, gastos em saúde e a satisfação do paciente submetido a essa terapia, apontou que 63% dos 208 pacientes entrevistados disseram que não participariam da TRIM caso viessem a sofrer um AVE. A principal razão apontada por eles foi a preocupação com parcela de tempo em que teriam forçosamente que usar o dispositivo de restrição, o que sugere a necessidade de o paciente se submeter à terapia durante um grande número de horas. Ao abordar esse assunto, Yen et al. (2005) concorda que a causa mais explícita para essa negação é o fato de que, ao ser explicado a quem ainda não enfrentou as conseqüências de um acidente vascular, as pessoas imaginam as dificuldades impostas pela imperiosa necessidade do uso do dispositivo de restrição e isso as deixa hesitantes e com medo diante do fato de que um dia possam vir a ser pacientes vitimados por AVC‟s ou AVE‟s. Entretanto, contrariando os resultados encontrados por Hakkennes em sua pesquisa, Dromerick et al. (2000) demonstraram, em outro estudo realizado com 23 pacientes de AVE na fase aguda, submetidos à TRIM, que nenhum deles abandonou ou recusou a intervenção. Isso, segundo os autores, mostra que nem sempre o emprego excessivo dos mecanismos da terapia e nem as frustrações que podem ocorrer no curso da sua aplicação, são motivos capazes de impedir que eles continuem aceitando se submeter à TRIM. Para Boylstein et al. (2005) contribuem para esse aspecto positivo a interação social entre paciente e terapeuta, fortalecida pelo progresso físico que, ao se acentuar diariamente, acaba tendo substancial influência na atitude de aceitação do paciente em relação a TRIM. Isso ocorre também, segundo os autores, porque ao encorajar o paciente, mostrando-lhe os efeitos dos ganhos obtidos, o terapeuta constrói uma relação social entre ambos. À medida que ela é fortalecida, a motivação pessoal para a aceitação da TRIM torna-se mais positiva. Ao contrário, quando isso não ocorre, já que não há melhora funcional, o terapeuta deixa de ser contemplado com a admiração do paciente e a desconfiança acaba se tornando um obstáculo para que ocorra uma boa relação entre ambos. 3.6 Os protocolos da TRIM mais utilizados No começo das pesquisas havia a necessidade de se buscar a definição de parâmetros que pudessem, no futuro, sustentar as teses desenvolvidas, permitindo que se colocassem em prática aquelas definitivamente aprovadas em razão dos resultados alcançados. Então, os primeiros estudos que tinham por objetivo a elaboração da Terapia de Restrição e Indução ao Movimento se baseavam num protocolo inicial que consiste em restrição (por 90% do dia) da extremidade superior não acometida. Isso permite com que as atividades do paciente sejam realizadas por cerca de seis horas diárias com o membro parético, aliadas ao treinamento, também diário e pelo mesmo tempo, da extremidade lesada. O protocolo tradicional, de acordo com o que destacam Souza et al. (2007) e Diniz et al. (2003) estabelece como tempo ideal um período de duas semanas de tratamento, o que equivale a dez dias úteis. Por essa razão, a maioria dos estudos avaliados nesta revisão usou o protocolo tradicional da TRIM para o tratamento dos pacientes após o acidente. Todavia, eles não serão definitivos, pois com o avanço e o aprimoramento das pesquisas, novos protocolos diferenciados já estão sendo criados. Um dos novos protocolos modificados da TRIM está no estudo feito por Dettmers et al. (2005), denominado de “TRIM distribuída” e que, aplicado em pacientes crônicos pós-AVE usou o treinamento motor intensivo do braço lesado durante somente três horas por dia, num período de vinte dias, restringindo a extremidade sadia por nove horas diariamente. Em relação à TRIM modificada, Sterr et al. (2002) fizeram uma avaliação da mesma e chegaram à 12 conclusão de que o treinamento na clínica feito pelo terapeuta por seis horas diárias pode não ser necessário para promover os ganhos motores desejados. Richards et al. (2006) e Bonifer et al. (2003) concordam com a tese de que se os pacientes forem motivados e orientados a realizar os exercícios em casa, com auxílio de um cuidador, eles podem ser suficientes para garantir os objetivos buscados com o tratamento. Enfim, como adianta Richards, se o fornecimento de treinamento guiado pelo terapeuta for de seis horas diárias, ele equivale a uma hora de terapia na clínica e mais cinco horas de prática que pode ser feita em casa, o que poderia levar aos ganhos desejados. Porém, o autor adverte para o fato de que os pacientes submetidos ao protocolo de seis horas diárias na clínica acabaram demonstrando uma maior qualidade na realização dos movimentos. 4. Resultados e Discussão A partir do aprofundamento da análise da literatura revisada, como método para a elaboração deste trabalho, foi possível identificar resultados que, na maior parte dos casos postos em discussão, aponta para o fato de que a Terapia de Restrição e Indução ao Movimento (TRIM) apresenta em excelentes ganhos na atividade de recuperação de pacientes vitimados por acidentes vasculares – cerebrais e encefálicos. Quanto à ocorrência de aspectos negativos na aplicação dessa terapia, na quase totalidade dos trabalhos analisados seus autores, neste caso a maioria deles, garantem não haver preocupação. Isso, recomendam, desde que a motivação aos pacientes se dê corretamente e sejam obedecidos critérios que no uso sequencial da repetição, com a adequação dos às reais necessidades do paciente, possam amenizar as possíveis dificuldades que ele tenha de enfrentar para poder cumprir os exercícios. Os resultados encontrados nessa revisão dão conta de que a terapia de restrição, nascida de uma teoria desenvolvida por Taub, encontrou o seu respaldo teórico na “teoria de inatividade”, ou “desuso aprendido” e ao ser incluída nos processos de reabilitação, mostrouse plenamente eficaz. A revisão da literatura mostra ainda que, de início, a terapia de restrição abordava apenas as pessoas portadoras de lesões crônicas, casos em que as intervenções de reabilitação já tinham alcançado seu limite quanto ao ganho da independência funcional. A discussão sobre isso mostrou que, no Brasil, quando a reabilitação é feita ainda na fase aguda, imediatamente após a ocorrência do acidente vascular, ela quase sempre se resume à manutenção da amplitude articular e aos cuidados que deve dispensar ao paciente quanto à deficiência respiratória enquanto ele á paciente internado nas unidades de terapia intensiva. Como mostram autores como Riberto et al. (2004), Miyazaki et al. (1999) e Bruno et al. (2000), depois que o paciente recebe alta da UTI é raro submetê-lo a qualquer tipo de intervenção com o objetivo de levá-lo a ter ganho funcional e isso só irá ocorrer quando ele decide procurar, muitas vezes já tarde demais, um centro de reabilitação. Trabalhos voltados para estudos da intervenção sobre pacientes com lesões encefálicas crônicas mostram resultados significativos em muitos casos nos quais o ganho da destreza manual avançou muito satisfatoriamente após a intervenção de duas semanas, como revelam Wolf et al. (1989) tanto em estudos sem grupo controle quanto quando foram comparados a um grupo controle, com quadros neurológicos comparáveis, porém sem restrição, mas igualmente submetidos à TRIM. Outros estudos, como os que fizeram Willis et al. (2002), revelam que a terapia de restrição, quando usada também para tratar de crianças com paralisia cerebral, os resultados surgiram de forma satisfatória imediatamente após o período de restrição. Pierce et al. (2003) revelam que um estudo sobre o uso da terapia de restrição em ambulatório, com a realização de sete sessões de duas horas cada uma, resultou em ganhos bastante satisfatórios. Metade do tempo foi ocupada pela terapia ocupacional e a outra para a fisioterapia, o que permitiu que em duas 13 a três semanas, somada a recomendação para que se fizesse uso da restrição em domicílio, com estimulação do membro superior parético, os resultados tornaram-se evidentes. A TRIM, entretanto, continua sendo tema de muita discussão entre os estudiosos do tema. Eles ainda não chegaram a uma opinião uniforme, capaz de esclarecer definitivamente como os mecanismos da terapia de restrição promove a alteração sustentada do padrão de utilização do membro superior parético. Todavia, Tillerson et al. (2001), citando os achados experimentais, apontam para a hipótese de que, considerando-a a mais provável e capaz de lançar luz sobre a questão, o estímulo comportamental para o uso desse membro seja responsável por modificações plásticas no sistema nervoso central. Com isso concorda Jones et al. (1994) ao ressaltar que as experiências com animais, submetidos a estímulos motores, evidenciaram alterações na atividade de fatores de crescimento neuronal após lesões no sistema nervoso central. De qualquer forma, concorda a grande maioria dos estudiosos, a Terapia de Restrição e Indução ao Movimento (TRIM) é uma técnica já consagrada, baseada no treinamento repetido de atividades motoras. Esse treinamento, seja na fase aguda, subaguda ou crônica, na opinião de Morris et al. (2001), Dromerick et al. (2000) e Levy et al. (2001) é fundamental para a melhoria da função e do uso da extremidade superior hemiparética. Esses autores creditam essa melhora a dois mecanismos que, embora separadamente, todavia intimamente ligados, levam à superação do “não uso aprendido” e à indução de uma reorganização cortical usodependente. Assim, como resultado da revisão que fizeram sobre abordagens de tratamento conservadores na medicina de reabilitação, Miltner et al. (1999) concluíram que a Terapia de Restrição e Indução do Movimento (TRIM) representa hoje um dos poucos métodos de reabilitação com capacidade para apresentar resultados terapêuticos eficazes que se transferem do laboratório para as atividades diárias comuns na vida de um paciente. Como foi abordado neste trabalho, ainda é grande a discordância entre alguns autores em relação à melhor fase de aplicação da TRIM. Todavia, como explicam Debow et al. (2004) e Bonifer et al. (2003), todos são unânimes em afirmar que a eficácia maior da aplicação da técnica é alcançada na fase crônica do acidente vascular. Esse é o resultado a que chegaram também Diniz et al. (2003), ao concluírem que as pessoas acometidas de hemiplegia crônica já há um período de pelo menos seis meses a muitos anos após o acidente vascular apresentaram um ganho significativo na função motora e no platô motor alcançado antes da aplicação da TRIM. Grotta et al. (2004) concordam com isso ao relatarem que em seus estudos encontraram elementos que lhes permitem afirmar a TRIM tem o poder de melhorar a função motora do membro superior em pacientes com acidente em fase crônica. Os resultados encontrados nos autores revisados demonstram definitivamente que um dos resultados decorrentes da utilização da TRIM é a reorganização cortical, que se dá através do treinamento repetitivo e sustentado do membro afetado por acidente vascular. Com base nessa constatação, Liepert et al. (2000) concluem que essa reorganização pode fornecer a base para a persistência dos efeitos proporcionados pela terapia a longo prazo. Portanto, os resultados mostram que, mesmo sendo considerada ainda uma técnica alternativa, a TRIM tem-se mostrado capaz de promover reorganização cortical, a superação do “não uso apreendido” e a melhora substancial na quantidade e qualidade de movimentos realizados com o membro parético. Além disso, todos os resultados apontam para o fato de que, quando comparada com as terapias tradicionais, ela tem uma maior capacidade para proporcionar melhora na qualidade de vida dos indivíduos tratados. 5. Conclusão Muito já se sabe sobre os resultados oriundos da relação entre a doença e os métodos de tratamento propostos pela TRIM. Entretanto, ainda há muito que descobrir e é justamente a 14 necessidade de se debater o tema, vislumbrando oportunidades de se avançar sobre ele, que nos leva a escrever este artigo. Todavia, com o que é de conhecimento dos profissionais de fisioterapia, fruto dos avanços nas pesquisas e das amplas discussões que vem sendo travadas ao longo das décadas, não resta dúvida de que a Terapia de Restrição e Indução de Movimentos (TRIM) já se tornou uma das melhores alternativas para o eficiente tratamento de pacientes vitimados por acidentes vasculares – cerebrais ou encefálicos. Ao fim de uma ampla revisão bibliográfica, amparado não apenas pelos ensinamentos de autores consagrados, mas principalmente pelo vasto conteúdo encontrado nos estudos feitos por acadêmicos e graduados e disponíveis para compulsão pública na internet, a conclusão a que se chega é que essa terapia tem levado milhares de pacientes a reconquistar os movimentos dos membros superiores afetados. Mais que isso, tem permitido a que os terapeutas possam contribuir decisivamente para a reeducação mental e motora de seus pacientes. Referências ASSIS, R. D.; MASSARO, A. R.; CHAMILAN, T. R. et al. Terapia de restrição para uma criança com paralisia cerebral com hemiparesia: estudo de caso. Acta Fisiatr. 14 (1): 62-65, 2007. Apud Arlete Gonçalves de Freitas, Jussara Sutani, Márcia Alves Pires e Silvia Helena de Freitas Prada in Protocolo modificado da Terapia de Restrição em paciente hemiplégico. Rev Neurocienc 2010; 18(2): 199-203 – Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2010/RN1802/384%20relato%20de%20caso.pdf – Consultado em 28/11/2011. BOAKE, C.; NOSER, E. A.; RO, T.; BARANIUK, S.; GABER, M.; JOHNSON, R. et al. Constraint-induced movement therapy during early stroke rehabilitation. The American Society of Neurorehabilitation. 21(1):14-24. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011. BONIFER, N.; ANDERSON, K. M. Application of constraint-induced movement therapy for an individual with severe chronic upper-extremity hemiplegia. Physical Therapy. 2003 - 83(4):384-98. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011; Apud Ilka Nicéia D‟Aquino Oliveira Teixeira In O envelhecimento cortical e a reorganização neural após o acidente vascular encefálico (AVE): implicações para a reabilitação. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232008000900022&script=sci_arttext – Consultado em 06/12/2011. BOYLSTEIN, C.; RITTMAN, M.; GUBRIUM, J.; BEHRMAN, A.; DAVIS, S. The social organization in constraint induced movement therapy. Journal of Reabilitation Research & Development. 42(3):263-76. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011. BRAUN, S. M.; BEURSKENS, A. J.; BORM, P. J.; SCHACK, T.; WADE, D. T. The effects of mental practice in stroke rehabilitation: a systematic review. Arch Phys Med Rehabil 2006;87:842-52. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. BRUNO, A. A.; FARIA, C. A.; IRYIA, G. T.; MASIERO, D. Perfil dos pacientes hemiplégicos atendidos no Lar Escola São Francisco – Centro de Reabilitação. Acta Fisiatr 2000; 7 (3): 92-94. Apud Marcelo Riberto, Heloisa Moreira Monroy, Harumi Nemoto Kaihami, Priscilla Pereira dos Santos Otsubo, Linamara Rizzo Battistella in A terapia de restrição como forma de aprimoramento da função do membro superior em pacientes com hemiplegia. Disponível em http://www.actafisiatrica.org.br/v1/controle/secure/Arquivos/AnexosArtigos/19CA14E7EA6328A42E0EB13D5 85E4C22/acta_vol_12_num_01_15_19.pdf - Consultado em 08/12/2011. 15 BUTLER, A. J.; PAGE, S. J. Mental practice with motor imagery: evidence for motor recovery and cortical reorganization after stroke. Arch Phys Med Rehabil 2006;87(12 Suppl 2):S2-11. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011; Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011. CABRAL, N. L.; GONÇALVES, A.R.; LONGO, A. L.; MORO, C. H.; COSTA, G.; AMARAL, C. H; SOUZA, M. V.; ELUF-NETO, J.; FONSECA, L. A. Trends in stroke incidence, mortality and case fatalisty rates in Joinville, Brazil: 1995 – 2006. J Neurol Neurosurg Psychiatry, v. 80, n o. 7, p. 749-54, Jul, 2009. – Apud Angélica Moisés Arthur, Tamara Martins Vanini, Núbia Maria Lima, Yuzo Iano e Rangel Arthur in Tratamentos fisioterápicos em pacientes pós AVC: uma revisão do papel da neuroimagem no estudo da plasticidade neural. Ensaios e Ciências Biológicas, Agrárias e de Saúde – v. 14, no. 1, 2010 – Disponível em http://sare.anhanguera.com/index.php/rensc/article/viewArticle/1880 - Consultado em 28/11/2011. CROSBIE, J. H.; McDONOUGH, S. M.; GILMORE, D. H.; WIGGAM, M. I. The adjunctive role of mental practice in the rehabilitation of the upper limb after hemiplegic stroke: a pilot study. Clin Rehabil 2004;18:60-8. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. DEBOW, S. B.; MCKENNA, J. E.; KOLB, B.; COLBOURNE, F. Immediate constraint-induced movement therapy causes local hyperthermia that exacerbates cerebral cortical injury in rats. Can J Physiol. Pharmacol. 2004;84(4):231-7. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011. DETTMERS, C.; TESKE, U.; HANZEI, F.; USWATTE, G.; TAUB, E.; WEILLER, C. Distributed form of constraint induced movement therapy improves function and quality of life after stroke. Arch Phys Med reabil. 86(2):204-9. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011. DICKSTEIN, R.; DUNSKY, A.; MARCOVITZ, E. Motor imagery for gait rehabilitation in post-stroke hemiparesis. Phys Ter 2004;84:1167-77. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. DIJKERMAN, H. C.; IETSWAART, M.; JOHNSTON, M.; MacWALTER, R. S. Does motor imagery training improve hand function in chronic stroke patients? A pilot study. Clin Rehabil 2004;18:538-49. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. DINIZ, L.; ABRANCHES, M. H. S. Neuroplasticidade na terapia de restrição e indução do movimento em pacientes com acidente vascular encefálico. Méd Reabilitation. 2003];22(2):53-55. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011 DROMERICK, A. W.; EDWARDS, D. F.; HAHN, M. Does the application of constraint-induced movement therapy during acute rehabilitation reduce arm impairment after ischemic stroke? Stroke, 2000; 31(12):2984-8. Apud Leila Diniz e Márcia Helena Santos Abranches in Neuroplasticidade na terapia de restrição e indução do movimento em pacientes com acidente vascular encefálico. Disponível em http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/01/neuroplasticidade-no-ave.pdf - Consultado em 06/12/2011; Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de 16 restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011; Apud Ilka Nicéia D‟Aquino Oliveira Teixeira In O envelhecimento cortical e a reorganização neural após o acidente vascular encefálico (AVE): implicações para a reabilitação. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232008000900022&script=sci_arttext – Consultado em 06/12/2011. FONTES, S. V.; FUKUJIMA, M. M.; CARDEAL, J. O. Fisioterapia neurofuncional: fundamentos para a prática. São Paulo: Atheneu; 2007. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011 GROTTA, J. C.; NOSER, E. A.; RO, T.; BOAKE, C.; LEVIN, H.; ARONOWSKI, J. et al. Constrain-induced movement therapy. Journal of the American Heart Association – Stroke. 2004-35:2699-701. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011 HAKKENNES, S; KEATING, J. L. Constraint- induced movement therapy following stroke: a systematic review of randomized controlled trials. Australian Journal of Physiotherapy. 51:221-31. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011. HANLON, R.E. Motor learning following unilateral stroke. Arch Phys Med Rehabil. 1996; 77(8):811-5. Apud Aguida Soares Foerster, Anna Paula Chagas Chaves, Giselle Machado Magalhães Moreno, Gloria Laurentino e Kátia Karina do Monte-Silva in Restrição do membro superior não parético: efeitos sobre a reabilitação de pacientes hemiparéticos crônicos – Um estudo piloto. XIX Congresso Brasileiro de Fisioterapia – AFB 2011 – Florianópolis – 9 a 12 de outubro de 2011 – Centro Sul – www.afbfloripa2011.com.br – Disponível em http://xr2.com.br/fisioterapia/pdf/PE0581.pdf. Consultado em 28/11/2011. JACKSON. P. L.; LAFLEUR, M. F.; MALOUIN, F.; RICHARDS, C.; DOYON, J. Potential role of mental practice using motor imagery in neurologic rehabilitation. Arch Phys Med Rehabil 2001;82:1133-41. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. JONES, T. A.; SCHALLERT, T. Use-dependent growth of pyramidal neurons after neocortical damage. J Neurosci 1994; 14: 2140-52. Apud Marcelo Riberto, Heloisa Moreira Monroy, Harumi Nemoto Kaihami, Priscilla Pereira dos Santos Otsubo, Linamara Rizzo Battistella in A terapia de restrição como forma de aprimoramento da função do membro superior em pacientes com hemiplegia. Disponível em http://www.actafisiatrica.org.br/v1/controle/secure/Arquivos/AnexosArtigos/19CA14E7EA6328A42E0EB13D5 85E4C22/acta_vol_12_num_01_15_19.pdf - Consultado em 08/12/2011. LACOURSE, M. G.; TURNER, J. A.; RANDOLPH-ORR, E.; SCHANDLER, S. L.; COHEN, M. J. Cerebral and cerebellar sensorimotor plasticity following motor imagery-based mental practice of a sequential movement. J Rehabil Res Dev 2004;41:505-24. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. LEVY, C. E.; NICHOLS, D. S.; SCHMALBROCK, P. M.; KELLER, P.; CHAKERES, D. W. Functional MRI evidence of cortical reorganization in upper-limb stroke hemiplegia treated with constraint induced movement therapy. Am J. Phys. Med. Rehabil, 2001; 80(1)4-12. Apud Leila Diniz e Márcia Helena Santos Abranches in Neuroplasticidade na terapia de restrição e indução do movimento em pacientes com acidente vascular encefálico. Disponível em http://www.luzimarteixeira.com.br/wpcontent/uploads/2010/01/neuroplasticidade-no-ave.pdf - Consultado em 06/12/2011; Apud Ilka Nicéia D‟Aquino Oliveira Teixeira In O envelhecimento cortical e a reorganização neural após o acidente vascular encefálico 17 (AVE): implicações para a reabilitação. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141381232008000900022&script=sci_arttext – Consultado em 06/12/2011. LIEPERT, J.; BAUDER, H.; SOMMER, M et al. Motor cortex plasticity during constraint induced movement therapy in chronic stroke patients. Neurosci Lett 1998; 250: 5-8. Apud Marcelo Riberto, Heloisa Moreira Monroy, Harumi Nemoto Kaihami, Priscilla Pereira dos Santos Otsubo, Linamara Rizzo Battistella in A terapia de restrição como forma de aprimoramento da função do membro superior em pacientes com hemiplegia. Disponível em http://www.actafisiatrica.org.br/v1/controle/secure/Arquivos/AnexosArtigos/19CA14E7EA6328A42E0EB13D5 85E4C22/acta_vol_12_num_01_15_19.pdf - Consultado em 08/12/2011. LIEPERT, J.; MILTNER, W. H.; BAUDER, H.; SOMMER, M.; DETTMERS, C.; TAUB, E.; WEILLER, C. Motor cortex plasticity during constraint-induced movement therapy in chronic stroke patients. Neurosci Lett. 1998;250(1):5-8. Apud Leila Diniz e Márcia Helena Santos Abranches in Neuroplasticidade na terapia de restrição e indução do movimento em pacientes com acidente vascular encefálico. Disponível em http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/01/neuroplasticidade-no-ave.pdf - Consultado em 06/12/2011. LIEPERT, J.; BAUDER, H.; MILTNER, H. R. W.; TAUB, E.; WEILLER, C. Treatment-induced cortical reorganization after stroke in humans. Journal of the American Heart Association – Stroke. 2000 31(6):1210-6. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011; Apud Ilka Nicéia D‟Aquino Oliveira Teixeira In O envelhecimento cortical e a reorganização neural após o acidente vascular encefálico (AVE): implicações para a reabilitação. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232008000900022&script=sci_arttext – Consultado em 06/12/2011. LIMA, D.H.F.; QUEIROZ, A.P.; SALVO, G. et al. Versão brasileira da avaliação sensorial de nottingham: validade, concordância e confiabilidade. Rev. Bras. Fisioter. 14(2): 166-174, mar/abr, 2010. Apud Eliane Santana Ferreira, Cintia Lopes e Andrea Peterson Zomignani in A influência da terapia de contensão induzida em paciente com alteração sensorial: Um estudo de caso. Revista Multidisciplinar da Saúde – Ano III – Nº 05 – p. 89 -2011. Disponível em http://www.anchieta.br/unianchieta/revistas/saudeemfoco/pdf/RevistaMultidisciplinardaSaude_05.pdf Consultado em 03/12/2011. LIU, K. P.; CHAN, C. C.; LEE, T. M.; HUI-CHAN, C. W. Mental imagery for promoting relearning for people after stroke: a randomized controlled trial. Arch Phys Med Rehabil 2004;85:1403-8. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. LOTUFO, P. A. Stroke in Brazil: a neglected disease. Med. J, SP, v. l, p. 3-4, 2005 – Apud Lidiane de Araújo Silva, Vanessa Tamashiro e Rodrigo Deamo Assis in Terapia por contensão induzida: revisão de ensaios clínicos – Disponível em http://www.scielo.br/pdf/fm/v23n1/15.pdf - Consultado em 28/11/2011. LOTZE, M.; HALSBAND, U. Motor imagery. J Physiol 2006;99:386-95. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. LUNDY, L. E. Neurociência: fundamentos para a reabilitação. Esbérard CA, Tradutor Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011 MALOUIN, F.; BELLEVILLE, S.; RICHARDS, C. L.; DESROSIERS, J.; DOYON, J. Working memory and mental practice outcomes after stroke. Arch Phys Med Rehabil 2004;85:177-83. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. 18 MILTNER, W. H.; BAUDER, H.; SOMMER, M.; DETTMERS, C.; TAUB, E. Effects of constraint-induced movement therapy on patients with chronic motor deficits after stroke: a replication. Stroke, 1999; 30:58692. Apud Leila Diniz e Márcia Helena Santos Abranches in Neuroplasticidade na terapia de restrição e indução do movimento em pacientes com acidente vascular encefálico. Disponível em http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/01/neuroplasticidade-no-ave.pdf - Consultado em 06/12/2011. MS – BRASIL - Ministério da Saúde. SVS – Informes do Sistema de Vigilância Sanitária, Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e IBGE, 2008. Apud Richard Wagner Züge e Elisangela Ferretti Manffra in Efeitos de uma intervenção cinesioterapêutica e eletroterapêutica na cinemática da marcha de indivíduos hemiparéticos. Disponível em http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM/view/?dd1=3381. Consultado em 18/12/2011. MIYAZAKI, M. H.; RIBERTO, M.; BATTISTELLA, L. R.; SOBRINHO, J. B. R.; AYRES, D. V. M.; LOURENÇÃO, M. I. P. et al. Dez anos de reabilitação do hemiplégico. Acta Fisiatr 1999; 6 (3): 120. Apud Marcelo Riberto, Heloisa Moreira Monroy, Harumi Nemoto Kaihami, Priscilla Pereira dos Santos Otsubo, Linamara Rizzo Battistella in A terapia de restrição como forma de aprimoramento da função do membro superior em pacientes com hemiplegia. Disponível em http://www.actafisiatrica.org.br/v1/controle/secure/Arquivos/AnexosArtigos/19CA14E7EA6328A42E0EB13D5 85E4C22/acta_vol_12_num_01_15_19.pdf - Consultado em 08/12/2011. MORRIS, M. D.; TAUB, E. Constraint-induced therapy approach to restoring function after neurological injury. Topics Stroke Rehabil, 2001; 8(3):16-30. Apud Leila Diniz e Márcia Helena Santos Abranches in Neuroplasticidade na terapia de restrição e indução do movimento em pacientes com acidente vascular encefálico. Disponível em http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/01/neuroplasticidadeno-ave.pdf - Consultado em 06/12/2011. MULDER, T. Motor imagery and action observation: cognitive tools for rehabilitation. J Neural Transm 2007;114:1265-78. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. OMS - Organização Mundial da Saúde. Manual STEPS de Acidentes Vascular Cerebrais da OMS: enfoque passo a passo para a vigilância de acidentes vascular cerebrais. Genebra, Organização Mundial da Saúde, 2006. Apud Aguida Soares Foerster, Anna Paula Chagas Chaves, Giselle Machado Magalhães Moreno, Gloria Laurentino e Kátia Karina do Monte-Silva in Restrição do membro superior não parético: efeitos sobre a reabilitação de pacientes hemiparéticos crônicos – Um estudo piloto. XIX Congresso Brasileiro de Fisioterapia – AFB 2011 – Florianópolis – 9 a 12 de outubro de 2011 – Centro Sul – www.afbfloripa2011.com.br – Disponível em http://xr2.com.br/fisioterapia/pdf/PE0581.pdf. Consultado em 28/11/2011. PAGE, S. J.; LEVINE, P.; LEONARD, A. C. Effects of mental practice on affected limb use and function in chronic stroke. Arch Phys Med Rehabil 2005;86:399-402. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. PAGE, S. J.; SZAFLARSKI, J. P.; ELIASSEN, J. C.; PAN, H.; CRAMER, S. C. Cortical plasticity following motor skill learning during mental practice in stroke. Neurorehabil Neural Repair. 2009;23:382-8. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. PIERCE, S. R.; GALLAGER, K. G.; SCHAUMBURG, S. W.; GERSHKOFF, A. M.; GAUGHAN, J. P.; SHUTTER, L. Home forced use in an outpatient rehabilitation program for adults with hemiplegia: a pilot study. Neurorehab Neural Repair 2003; 17 (4): 214 – 9. Apud Marcelo Riberto, Heloisa Moreira Monroy, Harumi Nemoto Kaihami, Priscilla Pereira dos Santos Otsubo, Linamara Rizzo Battistella in A terapia de restrição como forma de aprimoramento da função do membro superior em pacientes com hemiplegia. Disponível em http://www.actafisiatrica.org.br/v1/controle/secure/Arquivos/AnexosArtigos/19CA14E7EA6328A42E0EB13D5 85E4C22/acta_vol_12_num_01_15_19.pdf - Consultado em 08/12/2011. 19 RIBERTO, M.; MIYAZAKI, M. H.; JUCÁ, S. S. H.; SAKAMOTO, H.; PINTO, P. P. N.; BATTISTELLA, L. R. Validação da versão brasileira da medida de independência funcional. Acta Fisiatr 2004 (2): 72-76. Apud Marcelo Riberto, Heloisa Moreira Monroy, Harumi Nemoto Kaihami, Priscilla Pereira dos Santos Otsubo, Linamara Rizzo Battistella in A terapia de restrição como forma de aprimoramento da função do membro superior em pacientes com hemiplegia. Disponível em http://www.actafisiatrica.org.br/v1/controle/secure/Arquivos/AnexosArtigos/19CA14E7EA6328A42E0EB13D5 85E4C22/acta_vol_12_num_01_15_19.pdf - Consultado em 08/12/2011. RIBERTO, M; MONROY, H.M.; KAIHAMI, H.N. et al. A terapia de restrição como forma de aprimoramento da função do membro superior em pacientes com hemiplegia. Acta Fisiatr. 12(1): 15-19, 2005. Apud Aguida Soares Foerster, Anna Paula Chagas Chaves, Giselle Machado Magalhães Moreno, Gloria Laurentino e Kátia Karina do Monte-Silva in Restrição do membro superior não parético: efeitos sobre a reabilitação de pacientes hemiparéticos crônicos – Um estudo piloto. XIX Congresso Brasileiro de Fisioterapia – AFB 2011 – Florianópolis – 9 a 12 de outubro de 2011 – Centro Sul – www.afbfloripa2011.com.br – Disponível em http://xr2.com.br/fisioterapia/pdf/PE0581.pdf. Consultado em 28/11/2011. RICHARDS, L.; ROTHI, L. J. G.; DAVIS, S.; WU, S. S.; NADEAU, S. E. Limited dose response to constraint induced movement therapy in patients with chronic stroke. Clinical Reabilitation. 20:1066-74. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011. ROYDEN, J. H. Neurologia de netter. Burnier J, Mendes PP, Tradutores. Porto Alegre: Artmed; 2006. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011 SCHAECHTER, J. D.; KRAFT, E.; HILLIARD, T. S.; DIJKHUIZEN, R. M.;, BENNER, T.; FINKLESTEIN, S. P.; ROSEN, B. R. et al. Motor recovery and cortical reorganization after constraint-induced movement therapy in stroke patients: a preliminary study. Neurorehabil Neural Repair. 2002 - 16(4):326-38. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011. SHARMA, N.; POMEROY, V. M.; BARON, J. C. Motor imagery: a backdoor to the motor system after stroke? Stroke 2006;37:1941-52. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. SOUZA, W. C.; CONFORTO, A. B.; ANDRÉ, C. Terapia de restrição e indução do movimento. Fisioterapia Brasil. 2007;1(8):64-8. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011 STERR, A.; ELBERT, T.; BERTHOLD, I.; KOLBEL, S.; ROCKSTROH, B.; TAUB, E. Longer versus shorter daily constraint induced movement therapy of chronic hemiparesis: an exploratory study. Arch Phys Med Rehabil. 83(10):1374-7. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011. STEVENS, J. A.; STOYKOV, M. E. P. Using motor imagery in the rehabilitation of hemiparesis. Arch Phys Med Rehabil 2003;84:1090-2. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. SUNDERLAND, A.; TUKE, A. Neuroplasticity, learning and recovery after stroke: a critical evaluation of constraint-induced therapy. Neuropsychol Rehabil. 15(2):81-96. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e 20 Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011. SUPPUTTITADA, A.; SWANWELA, N. C.; Tumvitte. Effectiveness of constraint-induced movement therapy in chronic stroke patients. J. Med. Assoc Thai. 87(12):1482-90. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011. TAUB, E.; MILLER, N. E.; NOVACK, T. A.; COOK, E. W. 3 rd.; FLEMING, W. C.; NEPOMUCENO, C. S.; CONNELL, J. S.; CRAGO, J. E. Technique to improve chronic motor deficit after stroke. Arch Phys Med Rehabil 1993; 74:347-54. Apud Leila Diniz e Márcia Helena Santos Abranches in Neuroplasticidade na terapia de restrição e indução do movimento em pacientes com acidente vascular encefálico. Disponível em http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/01/neuroplasticidade-no-ave.pdf - Consultado em 06/12/2011; Apud Marcelo Riberto, Heloisa Moreira Monroy, Harumi Nemoto Kaihami, Priscilla Pereira dos Santos Otsubo, Linamara Rizzo Battistella in A terapia de restrição como forma de aprimoramento da função do membro superior em pacientes com hemiplegia. Disponível em http://www.actafisiatrica.org.br/v1/controle/secure/Arquivos/AnexosArtigos/19CA14E7EA6328A42E0EB13D5 85E4C22/acta_vol_12_num_01_15_19.pdf - Consultado em 08/12/2011. TILLERSON, J. L.; COHEN, A. D.; PHILHOWER, J.; MILLER, G. W.; ZIGMONG, M. J.; SCHALLERT, T. Forced limb-use effects on the behavioral and neurochemical effects of 6-hydroxydopamine. J Neuroscience 2001; 21 (12): 4427 – 35. Apud Marcelo Riberto, Heloisa Moreira Monroy, Harumi Nemoto Kaihami, Priscilla Pereira dos Santos Otsubo, Linamara Rizzo Battistella in A terapia de restrição como forma de aprimoramento da função do membro superior em pacientes com hemiplegia. Disponível em http://www.actafisiatrica.org.br/v1/controle/secure/Arquivos/AnexosArtigos/19CA14E7EA6328A42E0EB13D5 85E4C22/acta_vol_12_num_01_15_19.pdf - Consultado em 08/12/2011. van der LEE, J. H. Constraint –induced movement therapy: some thoughts about theories and evidence. Rehabil Med. 2003;41(Suppl 41):41-5. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011. van der LEE, J. H.; WAGENAAR, R. C.; LANKHORST, G. J.; VOGELAAR, T. W.; DEVILLE, W. L.; BOUTER, L. M. Forced use of the upper extremity in chronic stroke patients. Results from a singleblind randomized clinical trial. Stroke 1999; 30: 2369 – 75. Apud Marcelo Riberto, Heloisa Moreira Monroy, Harumi Nemoto Kaihami, Priscilla Pereira dos Santos Otsubo, Linamara Rizzo Battistella in A terapia de restrição como forma de aprimoramento da função do membro superior em pacientes com hemiplegia. Disponível em http://www.actafisiatrica.org.br/v1/controle/secure/Arquivos/AnexosArtigos/19CA14E7EA6328A42E0EB13D5 85E4C22/acta_vol_12_num_01_15_19.pdf - Consultado em 08/12/2011; Apud Leila Diniz e Márcia Helena Santos Abranches in Neuroplasticidade na terapia de restrição e indução do movimento em pacientes com acidente vascular encefálico. Disponível em http://www.luzimarteixeira.com.br/wpcontent/uploads/2010/01/neuroplasticidade-no-ave.pdf - Consultado em 06/12/2011. VRIES, S. D.; MULDER, T. Motor imagery and stroke rehabilitation: a critical discussion. J Rehabil Med 2007;39:5-13. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. WILLIS, J. K.; MORELLO, A.; DAVIE, A. RICE, J. C.; BENNETT, J. T. Forced use treatment of childhood hemiparesis. Pediatrics 2002; 110 (1): 94 – 6. Apud Marcelo Riberto, Heloisa Moreira Monroy, Harumi Nemoto Kaihami, Priscilla Pereira dos Santos Otsubo, Linamara Rizzo Battistella in A terapia de restrição como forma de aprimoramento da função do membro superior em pacientes com hemiplegia. Disponível em http://www.actafisiatrica.org.br/v1/controle/secure/Arquivos/AnexosArtigos/19CA14E7EA6328A42E0EB13D5 85E4C22/acta_vol_12_num_01_15_19.pdf - Consultado em 08/12/2011. WOLF, S. L.; LECRAW, D. E.; BARTON, L. A.; JANN, B. B. Forced use of hemiplegic upper extremities to reverse the effects of learned nonuse among chronic stroke and head injuried patients. Exp Neurol 1989; 104, 125-32. Apud Marcelo Riberto, Heloisa Moreira Monroy, Harumi Nemoto Kaihami, Priscilla Pereira dos Santos Otsubo, Linamara Rizzo Battistella in A terapia de restrição como forma de aprimoramento da 21 função do membro superior em pacientes com hemiplegia. Disponível em http://www.actafisiatrica.org.br/v1/controle/secure/Arquivos/AnexosArtigos/19CA14E7EA6328A42E0EB13D5 85E4C22/acta_vol_12_num_01_15_19.pdf - Consultado em 08/12/2011. WOLF, S. L.; WINSTEIN, C. J.; MILLER, J. P.; TAUB, E.; USWATTE, G.; MORRIS, D. et al. Effect of constraint induced movement therapy on upper extremity function 3 to 9 months after stroke. American Medical Association. 2006. 296(17):2095-104. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011. YEN, J. G.; WANG, R. Y.; CHEN, H. H.; HONG, C. T. Effectiveness of modified constraint-induced movement therapy on upper limb function in stroke subjects. Acta Neurologica Tai Wanica. 14:16-20. Apud Ângela Maria Brol, Flavia Bortoloto e Nedi Mello dos Santos Magagnin in Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica - Disponível em www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3385&dd99=pd – Consultado em 06/12/2011. YOO, E.; CHUNG, B. The effect of visual feedback plus mental practice on symmetrical weight-bearing training in people with hemiparesis. Clin Rehabil 2006;20:388-97. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011. YOO, E.; PARK, E.; CHUNG, B. Mental practice effect on line-tracing accuracy in persons with hemiparetic stroke: a preliminary study. Arch Phys Med Rehabil 2001;82:1213-8. Apud Thatyana Granato de Andrade e Sabrina Kyoko de Paula Asa. in Prática Mental para Pacientes com Sequelas Motoras Pós Acidente Vascular Cerebral. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1903/19%2003%20revis%C3%A3o/555%20revisao.p df – Consultado em 06/12/2011.