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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
WALDEMAR HOEPERS
ANÁLISE DO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE EMBALAGENS EM
UMA EMPRESA DO SETOR DE ALIMENTOS – ESTUDO DE CASO
CRICIÚMA, OUTUBRO DE 2009
1
WALDEMAR HOEPERS
ANÁLISE DO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE EMBALAGENS EM
UMA EMPRESA DO SETOR DE ALIMENTOS – ESTUDO DE CASO
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para
obtenção do grau de Bacharel no curso de
Administração da Universidade do Extremo Sul
Catarinense, UNESC.
Orientador: Profº. Dino Gorini Neto, M. Eng.
CRICIÚMA, OUTUBRO DE 2009
2
WALDEMAR HOEPERS
ANÁLISE DO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE EMBALAGENS EM
UMA EMPRESA DO SETOR DE ALIMENTOS – ESTUDO DE CASO
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela
Banca Examinadora para obtenção do Grau de
Bacharel, no Curso de Administração da
Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.
Criciúma, 16 / Dezembro / 2009.
Banca Examinadora
_________________________________________________
Profº. Dino Gorini Neto, M. Eng. – Orientador
_________________________________________________
Profº. Leopoldo Pedro G. Filho
_________________________________________________
Profº. Miguel Ângelo Mastella
3
RESUMO
HOEPERS, Waldemar. Administração de Materiais e Necessidades Estratégicas
para Aquisição de Embalagens à Empresa do Setor de Alimentos. 2009. 135 p.
Curso de Administração, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC,
Criciúma.
Para que a indústria de transformação tenha continuidade de suas atividades, por
certo que a linha de produção precisa estar abastecida de suprimentos, o que
destaca a importância da Administração de Materiais, exercendo a função de
gerenciamento da cadeia de suprimentos, e assim, para que haja o fluxo de
materiais, realiza aquisição de insumos. Para identificar os principais insumos de
uma indústria, tem-se a aplicação de técnicas administrativas, no caso do estoque e
custos, apresenta-se a Curva ABC, que juntamente aos indicadores de
desenvolvimento, e avaliação de fornecedores, engloba o fluxo de informações,
essenciais para os dias atuais, em que, a concorrência é acirrada e as exigências do
mercado consumidor ocorrem de forma dinâmica. Deste modo, foi realizado estudo
de caso em uma empresa do setor de alimentos, buscando analisar o processo de
aquisição de embalagens, verificando a logística e qual a importância deste insumo
e a relação desta empresa específica com seus fornecedores de embalagens. Ao
final da pesquisa, apresenta-se as propostas de melhorias.
Palavras chave: Administração de Materiais. Aquisição de Embalagem. Avaliação
de Fornecedor.
4
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Fluxo característico do processo de suprimentos ou compras................20
Figura 2 – Processo de fabricação ...........................................................................39
Figura 3 – Processo genérico de benchmarking ......................................................69
Figura 4 – Fluxograma das embalagens ..................................................................80
Figura 5 – Quadro da Classificação ABC do custo...................................................85
Figura 6 – Quadro de Custos das embalagens do item 11 do Mix de Produção......86
Figura 7 – Quadro atual de fornecedores de embalagens para cortes de frango.....88
Figura 8 – Tempo que trabalha na empresa Tramonto ............................................90
Figura 9 – Você já avaliou os fornecedores .............................................................91
Figura 10 – Avaliação sobre os fornecedores ..........................................................92
Figura 11 – Avaliação sobre os fornecedores de embalagens .................................93
Figura 12 – Atraso de entrega das embalagens.......................................................94
Figura 13 – O atraso na entrega das embalagens comprometeu a produção..........95
Figura 14 – Qual atitude a ser tomada com relação aos fornecedores que atrasam96
Figura 15 – Punir os fornecedores que atrasam os pedidos é solução ....................97
Figura 16 – Avaliação da qualidade das embalagens utilizadas pela Tramonto ......98
Figura 17 – Deve ser trocado os atuais fornecedores de embalagens.....................99
Figura 18 – Deve ser aumentado o número de fornecedores de embalagens .......100
5
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Resumo aproximado de como realizar a Classificação ABC ..................60
Tabela 2 – Tempo que trabalha na empresa Tramonto............................................90
Tabela 3 – Você já avaliou os fornecedores .............................................................91
Tabela 4 – Avaliação sobre os fornecedores ............................................................92
Tabela 5 – Avaliação sobre os fornecedores de embalagens ..................................93
Tabela 6 – Atraso de entrega das embalagens ........................................................94
Tabela 7 – O atraso na entrega das embalagens comprometeu a produção ...........95
Tabela 8 – Qual atitude a ser tomada com relação aos fornecedores que atrasam .96
Tabela 9 – Punir os fornecedores que atrasam os pedidos é solução......................97
Tabela 10 – Avaliação da qualidade das embalagens utilizadas pela Tramonto......98
Tabela 11 – Deve ser trocado os atuais fornecedores de embalagens ....................99
Tabela 12 – Precisa ser aumentado o número de fornecedores de embalagens ...100
6
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................8
1.1 TEMA ....................................................................................................................9
1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA ......................................................................................9
1.3 OBJETIVOS........................................................................................................10
1.3.1 Objetivo Geral.................................................................................................10
1.3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................10
1.4 JUSTIFICATIVA..................................................................................................10
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ...........................................................................12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................13
2.1 ADMINISTRAÇÃO ..............................................................................................13
2.1.1 Compras de Materiais ....................................................................................14
2.1.1.1 Objetivo e Funções .....................................................................................15
2.1.1.2 Ciclo de Compras ........................................................................................19
2.2 LOGÍSTICA E NECESSIDADE DA AQUISIÇÃO DE SUPRIMENTOS ..............21
2.2.1 Gestão .............................................................................................................27
2.2.2 Satisfação e Qualidade ..................................................................................30
2.2.3 Suprimentos ...................................................................................................31
2.2.4 Fornecedores..................................................................................................34
2.2.4.1 Produto.........................................................................................................36
2.2.4.2 Seleção.........................................................................................................37
2.2.4.3 Avaliação......................................................................................................38
3 EMBALAGEM........................................................................................................42
3.1 DEFINIÇÃO.........................................................................................................42
3.2 TIPOS..................................................................................................................43
3.3 CUSTOS .............................................................................................................45
3.4 FUNÇÕES E OBJETIVOS ..................................................................................47
3.5 AQUISIÇÃO ........................................................................................................49
3.5.1 Estoque e Logística........................................................................................52
3.5.2 Fluxo ...............................................................................................................63
3.5.3 Fornecimento..................................................................................................66
3.6 CLIENTES E INDICADORES ............................................................................68
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................73
7
4.1 TIPO, ABORDAGEM E MÉTODOS DA PESQUISA ..........................................73
4.2 PROCEDIMENTOS DA COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS...................74
4.3 CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE DE PESQUISA .......................................75
4.3.1 Histórico da Tramonto Agroindustrial S/A...................................................76
4.3.2 Organograma da Tramonto Agroindustrial S/A...........................................77
5 EXPERIÊNCIA DA PESQUISA .............................................................................79
5.1 FLUXOGRAMA DA MOVIMENTAÇÃO DE EMBALAGENS .............................79
5.2 TIPOS DE EMBALAGENS .................................................................................83
5.3 EMBALAGENS E A LOGISTICA DA TRAMONTO............................................84
5.4 AVALIAÇÃO DOS FORNECEDORES ...............................................................87
5.5 PROPOSTAS DE MELHORIAS .......................................................................101
6 CONCLUSÃO ......................................................................................................105
REFERÊNCIAS.......................................................................................................107
APÊNDICES ...........................................................................................................111
ANEXOS .................................................................................................................116
8
1 INTRODUÇÃO
A área de compras, um setor de importância estratégica no atual contexto
competitivo das empresas, em que, prioriza-se a questão de eficiência e eficácia
diante da gestão de suprimentos, a qual fica a cargo do departamento de compras,
foco de estudo da administração de recursos e materiais de uma organização,
lembrando que este fluxo que envolve todo o processo comercial, engloba um
sistema, que pode ser continuamente monitorado e otimizado, visando a geração de
lucro e satisfação do cliente.
As empresas na incessante busca por melhores mercados consumidores,
realizam parcerias, entre elas, muitas vezes há uma relação de aproximação entre a
organização empreendedora com os fornecedores, almejando insumos de melhor
qualidade e custos mais baixos para produzir o produto final, no caso das indústrias
de transformação, e assim, priorizando esta relação.
Atualmente, para satisfazer os clientes, entendidos como consumidores,
assim como demanda, tem-se a necessidade de oferecer o melhor serviço e
produto, pois além do produto acabado da indústria de transformação, nota-se a
importância de realizar todo o fluxo logístico de maneira eficaz, estabelecendo
confiança nesta relação.
Então, do outro lado desta logística, há grande importância da
organização industrial exigir o mesmo de seus fornecedores, como é o caso do
produto de qualidade e serviço eficaz, a exemplo da entrega sem atraso e
suprimentos que não tenham defeitos, e caso seja algo impossível logo de começo,
que ao menos haja avaliação e análise constante para identificar os melhores
produtos e fornecedores, exigindo uma melhoria em direção a qualidade total.
A presente pesquisa buscará indicar os aspectos principais que norteiam
a importância da aquisição de embalagens, descrevendo sobre a importância da
cadeia de suprimentos de materiais, e seu fluxo diante da logística, descrevendo as
principais técnicas e ferramentas acerca do tema abordado.
Então, apenas com análise realizada a partir da experiência da pesquisa
é que haverá as considerações que apontarão quais as melhorias possíveis para a
empresa objeto do estudo de caso, assim como, servirá para futuros estudos sobre
o assunto referente ao processo de aquisição de embalagens para empresas do
setor de alimentos.
9
Desde modo, o resultado deste estudo busca trazer benefícios aquelas
empresas que tenham problemas com o suprimento de materiais, sejam ou não
referentes às embalagens, assim como nas relações com os fornecedores.
1.1 TEMA
Análise do processo de aquisição de embalagens em uma empresa do
setor de alimentos – estudo de caso.
1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA
As empresas hoje caracterizam os fornecedores como colaboradores
externos, em que, devido a concorrência dos dias atuais, com o fluxo de materiais
em expansão, além das exigências cada vez maiores por parte da demanda,
observa-se que o suprimentos de materiais para a indústria de transformação deve
passar por um processo de análise.
Neste contexto, nota-se também a prioridade com relação à segurança do
produto entregue, como é o caso da qualidade do produto saudável, ou seja, a
importância da embalagem como invólucro que protege e agrega valor ao produto
final, além de contribuir no deslocamento dos produtos a partir da linha de produção
até o momento de entrega ao consumidor, somado a questão estética que facilita a
venda do produto transformado pela indústria.
Então, sabendo que a embalagem é um dos suprimentos necessários a
serem adquiridos pela indústria de alimentos, a qual contribui em diversos
momentos da logística administrativa, especialmente com relação a sua importância
para o gênero alimentício que é um produto perecível e muito consumido, com
várias indústrias disputando maiores espaços no mercado contemporâneo, e
consequentemente havendo maiores desprendimentos entre uma e outra empresa
para ter os melhores insumos e fornecedores, com custos baixos, percebe-se a
prioridade de avaliar o processo de aquisição de embalagens.
Dentro desta situação percebeu-se o problema:
“O processo de compras da Tramonto Agroindustrial está adequado à
necessidade da empresa?”
10
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Analisar se o processo de aquisições de embalagens da Tramonto
Agroindustrial está adequado às necessidades da empresa.
1.3.2 Objetivos Específicos
• Identificar o fluxo de aquisição de embalagens da empresa;
• Avaliar os processos atuais de fornecimento;
• Avaliar o impacto do custo da embalagem no sistema, para uma família
de produtos;
• Propor melhorias ao sistema.
1.4 JUSTIFICATIVA
Com a constatação de ausência esporádica de embalagens para suprir as
necessidades da linha de produção, tem-se como resultado o desperdício de
deslocamento de funcionários de uma etapa da produção para outra linha de
produtos, além da possibilidade de haver falta de entrega do produto final, tornando
a demanda insatisfeita.
Assim, o departamento responsável pelos suprimentos deve realizar suas
funções com base nas informações gerais sobre todo o ciclo de compras,
gerenciando a cadeia de abastecimento da empresa com eficácia, o que impõe a
necessidade de desenvolver boas relações com os fornecedores, além de ser útil
existir esse mesmo nível de interação com os setores internos da organização, e
observação sobre os movimentos da demanda, a qual representa o mercado e as
forças atuantes da concorrência.
As técnicas e ferramentas da administração de empresas são essências
na gestão que pretenda ser caracterizada como eficaz. Então, avaliar os produtos
entregues pelo fornecedor, assim como analisar este colaborador externo, diante do
contexto de realizar boas relações com eles, torna-se imprescindível na atual
conjuntura do mercado globalizado, visando qualidade e diminuição no custo de
produção.
11
A importância do fluxo de informações contribui para que haja essa
análise e avaliação, em que, indicadores de desempenho, classificação dos custos
de estoque, além de outras abordagens acerca da cadeia de suprimentos,
consequentemente identifica os pontos que exigem maior atenção por parte do
administrador.
A empresa como instituição particular que gera lucros aos acionistas,
também deve ser observada como organismo que beneficia a sociedade através da
geração de emprego e renda, em que, a empresa deve se tornar sólida e lucrativa,
para continuar desempenhando seu papel social e econômico diante da comunidade
onde se localiza. Entretanto, também é fundamental seu papel a partir de uma
gestão de qualidade, visto que hoje muitas empresas tem suas atividades com
impacto além de suas fronteiras de localização espacial, pois seus produtos podem
ser comercializados de forma globalizada, devendo respeitar os consumidores com
qualidade e proteção, especialmente quando se trata de gênero alimentício.
O
relacionamento
com
fornecedores,
principalmente
aqueles
considerados colaboradores e parceiros, deve resultar em pontos positivos para a
empresa, elaborando suprimentos que tragam a qualidade para a indústria de
transformação e comercialização de produtos alimentícios, resultando em seu
fortalecimento diante da concorrência.
Entre os pontos positivos, destaca-se aqueles advindos com avaliação
dos produtos que eles entregam, suprindo com qualidade, tanto no aspecto material,
quanto no quesito serviço, ou seja, ultrapassam a simples redução de custos, a
exemplo da agilidade e confiança na entrega, proporcionando eficácia na linha de
produção que transforma os suprimentos em produto final, além de que essa
parceria com os fornecedores deve resultar em desenvolvimento de novos produtos,
que atendam a dinâmica do mercado consumidor.
Deste modo, as empresas precisam manter-se competitivas em relação
aos seus concorrentes. O que torna necessário aos responsáveis pelas compras, a
tomada de uma posição como gestores da cadeia de suprimentos e também agregar
maiores conhecimentos acerca da empresa, contribuindo para a melhoria da
logística, tendo a importância do uso dos fluxos de informações.
O que influencia diretamente na qualidade do fluxo de materiais, em que,
a partir deste momento se elabora uma identificação das necessidades internas da
empresa e seus clientes, assim como das possibilidades de seus colaboradores
externos.
12
Então, por meio da observação realizada na empresa - estudo de caso,
em que, nota-se o problema que gerou o estudo desta pesquisa, com a finalidade de
analisar qual a melhor maneira para realizar a aquisição de embalagens e avaliar o
fornecimento deste material em específico.
A aquisição eficaz dos suprimentos para a linha de produção, certamente
evidenciam também a preocupação em manter os estoques a níveis idéias, não
onerando de forma dispendiosa o setor financeiro, e sim tornando a organização
dinâmica através de estoques mínimos, que satisfaçam as necessidades da linha de
produção e consequentemente a demanda, com fluxos mais freqüentes de aquisição
das embalagens, o que torna necessário a confiança acerca dos fornecedores,
essencial a avaliação dos seus serviços e do produto que irá suprir a indústria.
Esse tipo de análise evidencia que é através do relacionamento, entre o
comprador e o fornecedor, o setor de almoxarifado com o departamento de compras
e os dois com a produção. Proporciona à empresa eficácia, com planejamento de
objetivos e metas de produção visando maior estabilidade para o negócio,
influenciando de maneira positiva a obtenção de lucratividade.
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO
Logo no início do desenvolvimento do trabalho, encontra-se o capitulo 1, o
qual apresenta: tema, situação problema, objetivo geral e objetivos específicos,
justificativa e estrutura do trabalho.
O capitulo 2, em que, aborda-se o referencial teórico acerca dos
conteúdos que servem de base para as explicações realizadas na experiência da
pesquisa, com destaque na abordagem dos assuntos: compras de materiais;
logística e necessidade estratégica da aquisição de suprimentos; embalagens. O
qual busca evidenciar os fluxos de materiais e informações, assim como, descrever
algumas relações, entre elas: fornecedores e clientes, demanda e cadeia de
abastecimento, estoque e aquisição de produtos, com ênfase as embalagens.
No capitulo 3, destaca-se os procedimentos metodológicos, apresentando
como foi realizado a pesquisa, ou seja, abordagem e métodos, incluindo as questões
relacionadas aos procedimentos da coleta e tratamento dos dados.
O capítulo 4 aborda a experiência da pesquisa propriamente dita, com
base no referencial teórico e procedimentos metodológicos, tendo uso de entrevista
e questionário, visto que é um estudo de caso, havendo análise e avaliação que
buscam soluções, ou seja, destaca-se neste momento do trabalho as sugestões de
melhorias a respeito do problema identificado no início da pesquisa.
13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A fundamentação teórica do presente trabalho, apresenta os principais
conteúdos atinentes à pesquisa, iniciando com a descrição acerca da Administração,
incluindo em especial, a espécie que aborda a gestão de materiais. E no
desenvolvimento, destaca-se também, a logística e necessidade da aquisição de
suprimentos, englobando as questões de satisfação e qualidade, na relação das
organizações para com seus fornecedores, e das organizações para com seus
clientes. Em que, tem por destaque o estudo sobre a embalagem como insumo
essencial nas empresas de alimentos, buscando evidências de seu impacto diante
dos custos e estocagem, além de outros aspectos correlacionados, trazendo na sua
pauta, considerações sobre os fluxos de materiais e fluxos de informações.
2.1 ADMINISTRAÇÃO
No desempenho diário e planejamento futuro dentro do contexto
empresarial, nota-se de maneira prática o exercício do que venha ser a
administração.
A concepção do termo administrar envolve a organização e coerência das
atividades ligadas a cada tipo de organização.
Maximiano (1995, p. 61) explica que o ato de administrar envolve
procedimentos que visam alcançar determinado objetivo. Assim, destaca que o ato
de “[...] administrar compreende decisões de quatro tipos: planejamento,
organização, direção e controle”.
Organizações que atuam na área industrial possuem a preocupação de
vender os produtos, mas certamente que antecede a este processo, a função de
aquisição dos materiais necessários para manter as operações do setor produtivo
em funcionamento pleno.
Deste modo, cabe evidenciar a importância relativa a Administração de
Materiais, a qual assume outras denominações, dependendo de autor para autor, da
mesma forma que as organizações podem nomear com distintos termos, embora a
função seja sempre aquela voltada ao fluxo de materiais.
Para Chiavenato (1991, p. 35) a essência desta área da administração de
empresas é responsável pela “[...] totalidade dos fluxos de materiais da empresa,
14
desde a programação de materiais, compras, recepção, armazenamento no
almoxarifado, movimentação de materiais, transporte interno e armazenamento no
depósito de produtos acabados”.
Significa que o setor dentro das organizações, o qual é voltado para a
administração de materiais, deve ficar atento as funções relacionadas ao constante
suprimentos de materiais, exercendo atividades ligadas a “[...] programação,
aquisição, estocagem, distribuição etc., desde sua chegada à empresa até sua saída
com direção aos clientes. (CHIAVENATO, 1991, p. 35).
Além de compreender as finalidades a que se propõe o setor de compras
de materiais, ressalta-se anteriormente, delimitar o que venha ser em linhas gerais
desta importante área da administração de empresas, assim como evidenciar os
objetivos e funções, através do estudo de algumas fontes bibliográficas diversas.
2.1.1 Compras de Materiais
Para que a empresa tenha sucesso em suas metas, deve primeiramente
entender a sua própria organização, prioridades e funções de cada setor que
compõem este sistema, seja ou não industrial.
Conforme Ettinger ([19--], p. 3): “As compras devem ser consideradas
função diretiva, de tão vital importância para o bom êxito da empresa, quanto a
produção e as vendas”.
Desta maneira, entende-se que as compras como setor funcional dentro
de uma organização empresarial assume papel importante, haja visto que para
produzir bens, no caso das industrias, deve acontecer a compra dos materiais que
compõem os elementos essências para a execução dos trabalhos executados no
setor operacional.
Com intuito de compreender melhor a função e objetivos da administração
de materiais, da mesma forma que os setores identificados neste contexto, em que,
existe o elemento fundamental que é o material de suprimento.
Assim, primeiramente há o conceito de material de suprimento, sendo “[...]
todas as coisas contabilizáveis que entram, na qualidade de elementos constitutivos
e constituintes, na linha de produção de uma empresa”. (MESSIAS, 1983, p. 21).
Suprimento conforme Amora (1998), é o ato de abastecer, no caso das
organizações industriais, existe a ligação da expressão material de suprimento com
atividades de logística.
15
Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que
planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e
econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos
acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de
origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências
dos clientes (CARVALHO, 2002, p. 31).
O final deste processo que possa ter como início a aquisição de material
para suprimento da linha de produção, tem como ponto final a elaboração de
mercadorias.
Tem-se ainda outro termo essencial a ser delimitado, o qual Rodrigues
(2003, p. 15) explica, que a mercadoria é “[...] qualquer produto que seja objeto do
comércio”. Que pode ser uma matéria-prima ou produto acabado.
Retornando a questão da compra de materiais (mercadorias), neste
momento identificada como matéria-prima para abastecer e suprir o processo
industrial de fabricar a partir destes insumos, um produto mais elaborado, ou seja,
cumpri agora destacar o papel fundamental destes procedimentos dentro da
concepção da administração de materiais.
Antes de continuar, cabe informar que os termos Logística e Cadeia de
Suprimentos tem o mesmo significado, já que ambos têm a finalidade de satisfazer o
cliente com o menor custo possível.
2.1.1.1 Objetivo e Funções
Ao desempenhar as atividades concernentes a Administração de
Materiais, a qual envolve as compras para suprir as necessidades da empresa, para
que a mesma possa continuar produzindo. Diante da afirmação, inclui-se outras
funções para alcançar este objetivo.
Monks (1987, p. 263) argumenta que há quatro interesses fundamentais
dentro do que seja administração de materiais, os quais envolvem as: “1) compras;
2) transporte (entrada e saída); 3) controle por meio de administração de produção e
estoque (inclui o recebimento, armazenagem, embarque, manuseio dos materiais e
contagem de estoque); e 4) armazenagem e distribuição”.
Estas funções ou interesses realizados pela Administração de Materiais
diante do processo de logística, possui duas vertentes, uma ligada as atividades
principias: “Transportes, Manutenção de Estoques, Processamento de Pedidos”, e
outras secundárias: “Armazenagem, Manuseio de materiais, Embalagem, Obtenção,
16
Programação de produtos e Sistema de informação”, embora possam ser
classificadas de maneira diferente, dependendo da intepretação e necessidades de
agir praticados por cada segmento empresarial. (CARVALHO, 2002, p. 37).
Contudo, os procedimentos atuais de Administração de Materiais
envolvem a preocupação com outros quesitos, especialmente com os custos, além
de manter em funcionamento a linha de produção.
Segundo Novaes (1989, p. 3), “[...] na definição de Logística, se
pressupõe que o objetivo final dos sistemas planejados e implementados segundo
esses princípios seja o de se conseguir soluções econômicas, em que a
preocupação com custos”, afirmando que tendo um conjunto de critérios, o quesito
custo tem prioridade no contexto logístico.
No entanto, há uma gama de outros fatores essenciais, a exemplo da
continua presença de insumos que proporcionem as atividades operacionais em
pleno funcionamento.
Entende-se também que a empresa, seja do setor industrial ou não, a
composição de diversos elementos que constituem um organismo complexo,
incluindo em certos momentos a prioridade de certos critérios acima de outros.
Vale lembrar que Chiavenato (1991, p. 35) descreve: “Os materiais
precisam ser adequadamente administrados. As suas quantidades devem ser
planejadas e controladas para que não haja faltas que paralisem a produção, nem
excessos que elevem os custos desnecessariamente”.
O que comprova que existe também momentos de equilíbrio em relação a
importância dos diversos fatores a serem analisados pelo gestor da empresa, assim
como de seus colaboradores internos, a exemplo do responsável pelo setor de
compras, que deve analisar o ponto de isonomia entre comprar ou utilizar os
insumos em estoque.
Fator importante em relação a maneira de como administrar uma
empresa, assim como de gerenciar o setor logístico da cadeia de suprimentos da
indústria, refere-se ao tempo e espaço, haja vista que o mercado é dinâmico,
existindo diversas evoluções nas técnicas e modelos de gestão.
No mundo contemporâneo, tem-se a observação de que “os problemas
que se colocam no domínio da logística transcendem de muito, seja em importância,
seja em complexidade, os limites observados há uma década atrás”. E continuam a
evoluir, dentro da dinâmica empresarial os problemas relacionados ao contexto
17
logístico, agregando sempre novos elementos e crises econômicas, novos
concorrentes, fatores ligados ao abastecimento de materiais, além de outros fatores.
(NOVAES, 1989, p. 5).
A importância do custo e demais fatores ligados ao abastecimento de
materiais, evidenciam a necessidade de manter a comunicação constante entre os
setores, além da constante análise dos procedimentos que ocorrem dentro da
empresa, verificando possíveis desperdícios, visando a futura solução deste
problema.
O desperdício é uma sobrecarga na maioria das atividades humanas,
havendo necessidade de estudar as suas três maiores fontes: trabalho,
materiais e máquinas, todas oneradas pelo consumo de tempo e realização
de movimentos, que são os maiores componentes e fatores principais da
produção. Cada movimento eliminado, por pequeno e aparentemente
desprezível que possa parecer, significa uma redução de tempo e colabora
decisivamente para diminuir os custos. (FARIA, 1982, p. 44).
Os desperdícios na indústria são constatados diante dos processos que
envolvem os produtos a serem fabricados, e podem ser identificados em qualquer
fase da atividade industrial, seja quanto ao tempo para a realização da atividade de
utilizar matérias-primas para transformar em produto acabado, como em outras
ações que diretamente ou indiretamente fazem parte da industrialização.
Constata-se o desperdício também no quesito de perda de materiais ou
parte deles, assim como no aspecto de não conservação adequada dos maquinários
que suportam a linha de produção industrial, embora, a questão logística, se
preocupe especialmente, mas não somente, com o equilíbrio entre máquinas
funcionando em plena capacidade, para atingir a demanda de pedidos dos clientes,
envolvendo os melhores procedimentos e disposição dos funcionários neste
contexto, incluindo o correto manejo dos materiais que são o suprimento a ser
transformado em produto acabado, sem sobras.
A racionalização é o melhor caminho para utilização dos recursos, aplicando
logicamente os elementos funcionais, para diminuir o nível de desperdício
de tempo, energia, material e oportunidade, a fim de se conseguir eficácia,
através da eficiência, aumentando a produtividade.
A simplificação é a técnica organizacional que consiste em analisar o
trabalho para identificar o nível de participação de cada fase ou etapa de um
fluxo ou uma rotina, para a consecução do propósito, objetivando classificálas, para eliminar as desnecessárias e integrar logicamente as
imprescindíveis, constituindo seqüências ou ciclos mais produtivos e menos
dispendiosos, para fazer incidir as energias e os recursos disponíveis nas
partes do conjunto que podem melhor aproveitar os investimentos (FARIA,
1982, p. 74).
18
Neste sentido, tem-se o envolvimento de diversos fatores ligados ao fluxo
de produto, sendo que alguns elementos podem ser identificados como de ordem
subjetiva, entre eles, eficiência e eficácia, somados a questões de lógica,
racionalização, simplificação. Sempre com foco na meta e objetivos da organização,
incluindo o lucro e o ciclo que a partir do funcionamento da empresa, segue
constante, ou seja, preocupação relacionadas com a satisfação dos clientes e
atendimento adequado dos fornecedores.
Drucker (2006, p. 83) ao questionar e seguidamente respondendo acerca
do maior problema enfrentado pelo administrador de empresas no desempenho de
suas funções, ressalta a distinção entre dois elementos que no seu entendimento
são de ordem objetiva e essencial para o gestor das organizações contemporâneas,
nas quais o tempo é desperdício são fatores que fazem a diferença entre o sucesso
ou insucesso empresarial:
Fundamentalmente, a confusão entre eficácia e eficiência reside entre fazer
as coisas certas e fazer as coisas da maneira certa. Nada é mais inútil do
que fazer com eficiência extraordinária algo que não precisaria ser feito de
jeito algum. Contudo, todas as nossas ferramentas, especialmente os
conceitos e dados de contabilidade, concentram-se na eficiência.
Precisamos de (1) um modo de identificar as áreas de eficácia (de possíveis
resultados significativos) e (2) um método para nos concentrarmos nessas
áreas.
Quando se fala que “eficiência é fazer as coisas de maneira correta,
enquanto eficácia significa fazer as coisas certas”, logo se identifica o ensinamento
de Drucker (2006), tendo foco no planejamento adequado para haver um equilíbrio
dentro da empresa, facilitando os movimentos necessários durante a atividade
produtiva, sem realizações que levam ao desperdício de trabalho, materiais ou
maquinários, corroborando com a visão da filosofia do Just-in-time.
Uma das formas encontradas para minorar esses efeitos no custo do
produto é a de coordenar o recebimento de componentes e insumos, na
indústria, no momento de seu uso. Essa sistemática, denominada ‘just-intime’, implica na entrega dos insumos nem antes, nem depois do momento
planejado. (NOVAES, 1989, p. 5).
Embora possa haver um meio termo, usando técnicas administrativas
atuais ou não, visando a solução dos problemas relacionados ao abastecimento da
linha de produção, considerando um planejamento e estratégia que antecedam o
problema, observando a realidade de cada indústria.
Chiavenato (1991, p. 35), confirma a idéia de Drucker (2006), quando
descreve acerca das funções e objetivos a serem alcançados pelo setor de insumos
de uma organização, responsável em dispor de materiais “necessários na
quantidade certa, no local certo e no tempo certo”. Sem espaço para desperdícios
19
de qualquer natureza, assumindo postura eficaz para alcançar resultados
significativos, especialmente aqueles que atinjam a meta do lucro máximo e
satisfaça o cliente, para que ele continue a realizar negócios com a empresa.
Ao perguntar sobre onde estão os resultados, Drucker (2006, p. 112),
afirma que:
A estratégia deve basear-se em informações sobre mercados, clientes e
não-clientes; sobre tecnologia no próprio setor e em outros; sobre as
finanças mundiais; e sobre a economia mundial em transformação. Pois é
onde se situam os resultados. Dentro da organização, existem apenas
centros de custo. O único centro de lucro é o cliente cujo cheque não foi
devolvido pelo banco.
Realmente, havendo a satisfação do cliente, tem-se o lucro, mas não
deve ser esquecido a importância de que os custos assumem dentro da
organização, visto que sem uma análise financeira sobre os valores que envolvem a
mercadoria a ser produzida, deixa de existir um planejamento adequado, que
alcance o índice de lucro esperado pelos diretores da industria.
Compreender todo o processo industrial é essencial para haver uma
estratégia que conduza aos objetivos da organização. Entre eles, destaca-se o ciclo
de compras, já que adquirir os melhores insumos, pelos menores preços,
certamente fará a diferença no atual mercado competitivo, pois tem impacto direto
nas características de qualidade e valor do produto final a ser entregue ao cliente.
2.1.1.2 Ciclo de Compras
As compras que são realizadas pelas empresas, seguem um ciclo com a
finalidade de atender as necessidades da linha de produção, a qual visa atender a
demanda.
A expressão ciclo tem significado de continuidade, ou seja, envolve
procedimentos realizados constantemente, em períodos não sazonais.
No caso especifico das aquisições realizadas pela organização industrial,
as compras nascem através da verificação de necessidades dos clientes, embora
haja atualmente outro sistema que não é determinado diretamente pela demanda.
O ciclo de compras se inicia quando ocorre uma solicitação proveniente de
alguma área interna da organização requerendo matérias-primas, produtos,
equipamentos, peças de reposição, materiais acessórios e outros. Esse
ciclo se encerra quando a área responsável pela aquisição recebe a
notificação de que o item comprado foi entregue dentro das especificações
e que o pagamento já pode ser efetuado. (BERTAGLIA, 2003, p. 159).
20
O principal foco do estudo sobre o ciclo de compras neste estudo, tem
relação com o suprimento de materiais necessários para a linha de produção da
indústria, realizado por meio da previsão de demanda.
Este tipo de ciclo de compras considera muitos aspectos relevantes para a
correta aquisição e aproveitamento dos materiais, minimizando os dispêndios de
ordem temporal e financeira, o que destaca a importância dos estoques.
Então, o ciclo de compras de materiais para suprimento da linha de
produção possui ligação direta com o ciclo dos estoques.
Conforme Ettinger ([19--], p. 39), o ciclo dos estoques tem início quando
há o “recebimento das mercadorias adquiridas, e continua com o armazenamento,
distribuição para os processos de elaboração e uso, e termina normalmente com a
renovação dos materiais gastos”. Significa que a demanda tem influência direta
neste ciclo, visto que a venda das mercadorias é que impulsiona a renovação dos
estoques, envolvendo na outra ponta, pedidos de aquisições de insumos aos
fornecedores.
O
R
G
A
N
I
Z
A
Ç
Ã
O
Receber
solicitação
Selecionar
fornecedor
Solicitar/
programar
entrega
Monitorar
Receber e
analisar
Transferir
material
Efetuar
pagamento
F
O
R
N
E
C
E
D
O
R
Figura 1 – Fluxo característico do processo de suprimentos ou compras.
Fonte: (Bertaglia, 2003, p. 160).
Embora a figura demonstre de forma simplifica a realização do ciclo de
compras, tem-se que serve para oferecer uma visão panorâmica sobre o assunto,
visto que cada etapa deste sistema envolve diferentes processos pormenorizados,
os quais devem ser compreendidos na sua integralidade, o que será apresentado
em momento seguinte.
Neste sentido, cabe a lição de Bertaglia (2003) que fala acerca da
circulação dos estoques, assim como o ciclo de compras, os quais tem
procedimentos distintos entre uma organização empresarial e outra, mesmo sendo
da mesma área de atuação.
Entretanto, nota-se a importância de apresentar textualmente, além da
figura representativa, a concepção geral dos procedimentos a serem seguidos
dentro do ciclo de compras, em que:
21
Os materiais entregues são recebidos, descarregados e comparados com
os pedidos de compra, na quantidade e qualidade. As especificações da
compra, contidas no pedido escrito ou na confirmação do pedido, são
comparadas com as características das mercadorias realmente entregues.
Toma-se nota de toda divergência, a fim de resolve-la com o fornecedor.
Armazenam-se, então, os materiais recebidos; e são anotados nos registros
de estoque. São armazenadas contra o seu deterioramento; e são rotulados
de tal modo que seja fácil localizá-los e identificá-los. Os produtos acabados
que chegam da linha de produção e passam ao depósito (armazém de
estoques), são manejados em forma semelhante. (ETTINGER, [19--], p. 39).
Destaca-se nestes procedimentos, independente das diferentes formas
que se apresente o ciclo de compras, que em todas as organizações deve haver a
integração desta cadeia de suprimentos, a qual pode assumir outros nomes e
formatos, mas tratam sobre o mesmo objetivo, suprir a linha de produção, através do
pedido feito e entrega de insumos realizadas pelo fornecedor.
Segundo Rodrigues (2003, p. 41), atualmente há constante evolução
neste contexto logístico, especialmente no sentido de troca de informações entre
fornecedores e clientes, existindo o permanente “controle dos procedimentos de
produção, transferência e entrega de produtos e serviços a clientes, incorporando
ainda o gerenciamento financeiro do processo. A cada estágio são avaliadas a
performance global obtida”.
O entendimento é que a integração do ciclo de compras, que envolve a
necessidade do cliente, a partir da demanda dos consumidores, pedidos de
compras, recebimento, sistema de reposição, armazenamento, estoque e vendas,
são desenvolvidos dentro de uma gestão complexa, que terá sucesso no momento
que se alcança o equilíbrio entre as forças atuantes neste conjunto de aspectos
inter-relacionados.
2.2 LOGÍSTICA E NECESSIDADE DA AQUISIÇÃO DE SUPRIMENTOS
Dentro do estudo da logística que visa atender as necessidades do
cliente, compreende-se a aplicação da melhor estratégia para aquisição de
suprimentos.
O procedimento logístico tem a preocupação de atender a vários
aspectos, dentro e fora da organização. E por isto que se busca uma estratégia
ideal, conforme as necessidades do cliente, ou seja, da organização em específico.
Um dos aspectos é relacionado a questão financeira da empresa, em que,
tem-se uso cada vez mais de estoques mínimos, visando atingir quando possível a
inexistência de estoques, devido aos benefícios demonstrados por meio da filosofia
do just-in-time.
22
Conforme Bertaglia (2003, p. 165):
Com o intuito de reduzir a movimentação, as organizações têm aplicado
conceitos logísticos importantes como just-in-time e Kaban, nos quais as
entregas são efetuadas diretamente no ponto de uso. Outra prática muito
utilizada é o aviso de entrega em que o fornecedor envia uma notificação de
envio do material com certa antecedência. Essa prática permite a
programação do recebimento, liberando espaço no armazém e planejando a
descarga do caminhão.
Moreira (1996, p. 473) destaca que o sistema do Lote Econômico de
Compra, ou seja, estoque mínimo, em que, observa-se o nível de equilíbrio entre a
demanda e o controle do estoque existente na empresa, assim, “deve
prioritariamente responder a duas questões: quando se deve comprar o item (uma
data) e quanto se deve comprar do item (uma quantidade)”.
Neste caso, a resposta pode ser facilmente respondida utilizando-se a
ferramenta da classificação ABC, a qual através de uma curva, indica quais os
insumos que tem maior rotatividade e importância, em uso na linha de produção e
seu impacto diante do custo financeiro.
O Método ABC é um instrumento para identificar os itens (insumos ou
serviços) mais significativos em um processo produtivo, orientando os
sistemas de gestão quanto aos recursos e atividades que devem ser mais
cuidadosamente controlados em função de sua alta participação percentual
no custo total. (ROCHA, 2004, p. 87).
Então, havendo a aplicação de ferramentas e técnicas de Administração
de Empresas, os lideres da organização, podem gerir com maior confiança,
planejando e realizando as estratégias necessárias, pois tendo em mãos indicadores
de desempenho, deixa-se de lado o aspecto imprevisto para ter uma postura de
prevenção, caminhando em bases sólidas, trilhando o roteiro que conduz ao
sucesso de lucros e continuidade das atividades empresariais.
É certo que no contexto industrial, com suas diferenças e algumas
semelhanças com outras áreas empresariais, visam alcançar essa meta de lucros
por meio da satisfação de seus clientes (consumidores). Entretanto, observa-se a
necessidade de cooperação entre suas atividades a serem desenvolvidas e as
possibilidades dos seus fornecedores suprirem suas expectativas. O que envolve
análise de certos fatores.
Na existência de um ciclo de compras e estoque, com sistema complexo
de atendimento e forças distintas atuando, o Administrador deve conhecer a
realidade da organização, sobre: demanda, organização interna, colaboradores
externos.
23
A classificação ABC ajuda no sentido de conhecer a demanda, assim
como tem impacto na identificação dos custos e importância de cada item que
compõem o produto final, contribuindo com o planejamento logístico adequado as
necessidades de suprimentos.
Além da identificação dos itens mais importantes, e daqueles menos
essenciais, o método ABC contribui para a formulação de procedimentos atinentes a
cadeia de suprimentos, visto que reduz ou deixa de haver estoques elevados, que
elevam os custos de produção, com maior dispêndio de trabalho, tempo e
maquinários. Assim, deixa de existir o desperdício com espaço físico, e o
envolvimento de ações dispensáveis referentes ao recebimento e armazenamento
de insumos.
Taylor (2005) descreve sobre a evolução da logística, conceito que
inicialmente era encontrado na concepção de cadeia de suprimentos, a qual tinha o
foco apenas ligado a questões diretamente ligadas ao transporte. Entretanto, hoje é
assunto que abrange desde a demanda por meio das necessidades dos
consumidores até as ações pertinentes aos fornecedores.
Significa que a Cadeia de Suprimentos engloba as atividades do
transporte e também aquelas ações executadas pelo setor de compras, surgindo a
logística, com sua abrangência maior que a Cadeia de Suprimentos, embora muitos
ainda utilizem essa expressão ao falar da logística.
O que distingue a atual disciplina de gerenciamento da cadeia de
suprimentos (supply chain management – SCM) de suas antecessoras é
que nela há uma preocupação de peso igual com outros dois fluxos: o fluxo
de demanda e o fluxo de caixa ao longo da cadeia. [...] sem esses outros
dois fluxos, os produtos permaneceriam inertes: é a demanda que
impulsiona esse movimento e é o caixa que promove a motivação. A grande
descoberta do gerenciamento da cadeia de suprimentos é que a chave para
gerenciar o fluxo de produtos está justamente na sincronização dos três
fluxos. (TAYLOR, 2005, p. 24-25).
Figueiredo, Fleury e Wanke (2003), reforçam a idéia de que a logística
disciplina todo o processo de movimentação da organização, embora destaque outra
classificação de fluxos, incluindo o fluxo de materiais e o fluxo de informações.
Conjugados e formando elo entre os fornecedores e os clientes da empresa como
essenciais. Entretanto, cabe ressaltar que a demanda, caixa e movimento de
materiais são englobados pelo fluxo de informações.
Em linhas gerais, os PRRs baseiam-se num ponto em comum: reduzir a
dependência da organização do fluxo de produtos com relação as previsões
24
de vendas e aos estoques de segurança. Os PRRs seriam serviços
logísticos alicerçados na cooperação e no compartilhamento de informações
entre empresas, especificamente das informações da demanda do cliente.
Sua lógica remontaria ao paradigma da melhoria de processos e à premissa
do ressuprimento enxuto e perseguiria como ideal a ser atingido a
replicação dos resultados do Sistema Toyota de Produção (STP) no elo
definido entre fornecedor e cliente. (FIGUEIREDO; FLEURY; WANKE, 2003,
p. 38).
Esses programas, juntamente as técnicas e ferramentas de Administração
de Empresas, tem como foco a melhor organização da área de materiais, realizando
análise das necessidades dos clientes, para fortalecer as bases estruturais da
organização diante do mercado competitivo, em que, todas elas são conexas a
logística e a estratégia da empresa.
Tanto a análise sobre a necessidade do cliente, verificando a constante
alteração na demanda, que tem dinâmica ativa e inconstante, abarcando a
prioridade de identificar permanentemente o sistema de reposição de materiais para
suprir a linha de produção, de modo que esta não fique inerte.
Deste modo, Simão e Alliprandini (2004, p. 22) destacam que: “Para obter
a redução de custos a produção deve ser capaz de prontamente se adaptar às
mudanças de demanda. O conceito da situação ideal para o JIT é: produzir os itens
necessários, na quantidade necessária e no tempo necessário”.
O JIT – Just-In-Time não precisa ser aplicado conforme seu modelo
original, mas entendido como filosofia que busca diminuir o impacto negativo dos
estoques a nível alto e desnecessário, que influenciam na diminuição do poder
financeiro da empresa, que deixa de aplicar esses recursos em outras áreas que
dele precisam neste momento, ao invés de estoques de mercadorias que ficam
paradas. Embora, o equilíbrio deve existir, visto que a linha de produção não pode
sofrer com a falta de insumos.
A classificação ABC contribui neste sentido, juntamente com indicadores
de desempenho, pois são ferramentas que apontam para a realidade da empresa,
verificando a demanda, e quais os insumos que possuem maior impacto financeiro,
assim como as matérias-primas que tenham maior rotatividade.
Para haver um sistema de reposição de materiais adequada, a empresa
deve conhecer sua realidade, utilizando as técnicas da Administração de Empresas,
especialmente aquelas que são úteis ao empreendimento, para haver uma gestão
que possa planejar e elaborar estratégias especificas para a continuação das
atividades, assim como realizando melhorias na sua capacidade competitiva.
25
A organização da área de materiais engloba o armazenamento e
movimentação, em que, pressupõe a importância de classificar a importância de
cada material que compõem o produto final a ser fabricado, direcionando o estudo
também no sentido de conhecer a necessidade do cliente.
No contexto da organização da área de materiais, encontra-se a
preocupação com o recebimento e armazenamento dos insumos.
Araújo (1976) afirma que o armazenamento da produção ainda não tem
sido priorizado conforme sua importância devida, visto que muitas empresas
relegam atenção ao armazenamento, buscando melhorar essa atividade interna.
Então, Ettinger ([19--], p. 16), destaca que o armazenamento tem relação
com as compras de insumos, e também com os produtos acabados, além de
envolver outras atividades da organização empresarial, o que impõe a “coordenação
entre o aproveitamento e operações tais como a administração dos estoques,
armazenamento, transporte e os correspondentes controles”.
Para entender melhor o que seja armazenagem, identifica-se o conceito
escrito por Ballou (2007, p. 27), que diz ser ela responsável pela “administração do
espaço necessário para manter estoques. Envolve problemas como localização,
dimensionamento de área, arranjo físico, recuperação do estoque, projeto de docas
e baias de atracação e configuração do armazém”.
Evidente que o principal fator acerca do posicionamento ideal diante da
logística e necessidade estratégica para aquisição de suprimentos, envolve o ponto
de equilíbrio dos estoques, visto que esta atividade é essencial para as empresas,
especialmente as que atuam na área industrial, desenvolvendo técnicas adequadas
a cada tipo de produção, analisando seus produtos a serem entregues aos
consumidores e os insumos a disposição, sempre com atenção voltada para evitar o
desperdício de qualquer natureza.
Ettinger ([19--], p. 33) descreve a respeito, dizendo que para alcançar o
equilíbrio dos estoques, entre as forças atuantes, tem-se que trabalhar com
responsabilidade e dedicação, o que “exige o reconhecimento e a eliminação de
todas as causas de desequilíbrio, entre o volume corrente dos negócios, de um lado,
e a acumulação de matérias-primas em processo e de produtos acabados, do outro
lado”.
As firmas realmente necessitam de espaço físico para estocagem? Se as
demandas pelos produtos da empresa forem conhecidas com exatidão e se
as mercadorias puderem ser fornecidas instantaneamente, teoricamente
não há necessidade para manter espaço físico para o estoque. Entretanto,
26
não costuma ser prático nem econômico operar desta maneira, pois
geralmente a demanda não pode ser prevista precisamente. Para alcançar
perfeita coordenação entre oferta e demanda, a produção deveria ter tempo
de resposta instantâneo e o transporte deveria ser totalmente confiável, com
tempo de entrega nulo. Isto não existe em operações reais. Portanto, as
empresas usam estoques para melhorar a coordenação entre oferta e
demanda e diminuir os custos totais. Segue-se que manter inventário gera a
necessidade do espaço de armazenagem e da movimentação interna dos
materiais. (BALLOU, 2007, p. 152-153).
Importância dos estoques, dando exemplo do atraso de fornecedor de
insumos, deixando parada a linha de produção, e sem estoque de produto acabado,
o consumidor que simboliza a demanda, irá comprar de outra empresa.
Para isso, as ferramentas administrativas, a exemplo da curva ABC e os
indicadores de desempenho, são fundamentais, eles e os inventários proporcionam
ao gestor, a visão perfeita para o planejamento atual e futuro das atividades da
empresa.
Significa que, analisando as necessidades do mercado consumidor, as
possibilidades de atendimento do fornecedor de insumos, assim como o
entendimento dos itens que constituem o produto acabado, identificando os que tem
maior importância na linha de produção e os impactos no fluxo financeiros,
constroem a logística ideal de uma organização.
Por certo que ficar sem produtos armazenados, e sem estoque de
insumos é atitude que vai contra os interesses econômicos da empresa, assim como
ter estoque demasiadamente a nível alto e desnecessário, exercer a gestão
industrial sem estoques é pacifico de suicídio mercadológico, visto que o perigo de
proporcionar inércia na linha de produção, assim como arisca-se a não satisfação
dos clientes, haja vista que a demanda irá procurar outro produto similar no
mercado.
Deste modo é importante para que o espaço de armazenagem seja
adequado aos interesses da organização, assim como conhecer os procedimentos
de movimentação interna dos insumos e produtos.
Quanto à questão da responsabilidade em gerir os estoques, assim como
a movimentação dos insumos e produtos acabados, nota-se que envolvem ações
repetidas, formando um ciclo continuo de produção, tornando essencial a
coordenação deste fluxo, com uso de anotações e documentos que identifiquem os
seus níveis, tanto do estoque, como o destino destes materiais e produtos.
Para Ettinger ([19--], p. 57):
27
Toda vez que um artigo é entregue no depósito, ou é removido dele, o
movimento é anotado nos registros de estoques. Os acréscimos no
estoque, ou as retiradas deste, são relacionados nos cartões de registro de
estoques, de modo que a Direção possa, a qualquer instante, descobrir a
quantidade de cada artigo disponível e a sua localização na empresa.
Esses procedimentos fornecem informações úteis para a gestão de
estoque e suprimentos, assim como para outras áreas administrativas da empresa,
que precisa ter dados sobre a realidade do que esta acontecendo na organização,
em que, deve ser realizado com zelo e responsabilidade, deixando de lado o
controle visual ou verbal, para um estágio de relatórios e estatísticas, com precisão
de dados acerca dos níveis de estoque e qual a movimentação realizada pelos
insumos e produtos.
Ao longo dos últimos 50 anos, firmaram-se algumas premissas e alguns
paradigmas relacionados à logística, muitas vezes induzidos por casos de
sucesso em contextos específicos. Dentre os paradigmas, caberia destacar
o do custo total, com a implicação de minimizar o custo total para
determinado nível de serviço que se deseja prestar ao cliente, e o de
melhoria dos processos, segundo o qual o aumento da eficiência e da
eficácia deveria observar a otimização do fluxo de produtos ao invés da
maximização da utilização dos recursos que apóiam este fluxo. Dentre as
premissas, destacam-se a do ressuprimento enxuto e a da presença local,
ou seja, a proximidade junto ao cliente final. (FIGUEIREDO; FLEURY;
WANKE, 2003, p. 28).
A logística e a estratégia de aquisição de suprimentos evidenciam a
importância de vários fatores, entre eles o ressuprimento enxuto, com a importância
de existir uma maior aproximação com o consumidor, e trabalhos coordenados entre
os setores da empresa, e destes com os fornecedores, envolvendo questões de
regionalização em parte ou no todo deste universo, com a organização de seus
colaboradores, sendo questões de gestão e estratégia, devendo ser analisada diante
de cada caso concreto, compreendendo os aspectos mercadológicos, seja de
competição ou ligados a fatores internos da logística da própria empresa.
2.2.1 Gestão
Por certo que o significado de gerir tem ligação com o termo administrar,
em que, o seu efeito se faz por meio da gestão, a qual é executada através das
funções do Administrador de Empresas.
Araújo (2004) descreve que as funções do gestor podem ser resumidas
em: planejar, organizar, liderar e controlar.
28
Entre os diversos aspectos que o Administrador de Empresas executa a
função de gerir, acerca desta pesquisa, encontra-se a gestão de estoque e
distribuição, ambas agrupadas no gênero da gestão da cadeia de suprimentos.
Para Bertaglia (2003, p. 27), o Administrador de Materiais tem as funções
gerenciais voltadas para o ato de comprar que “é o conceito utilizado na indústria
com a finalidade de obter materiais, componentes, acessórios ou serviços. É o
processo de aquisição que também inclui a seleção dos fornecedores, os contratos
de negociação e as decisões [...]” pertinentes ao setor, sendo necessário haver o
planejamento e organização que visam controlar o ambiente no qual exerce suas
atividades.
Conforme exemplo de Ballou (2007, p. 168), nota-se o desempenho da
função do Administrador de Materiais, envolvendo a gestão do negócio, através de
escolhas a serem tomadas, em que:
A armazenagem pode ser encarada como um custo direto adicional do
canal de suprimento ou de distribuição. Esta despesa pode ser justificada
pelas economias indiretas de custos obtidas. Entretanto, a estocagem pode
ser eliminada ou reduzida drasticamente pelo uso do conceito just-in-time,
que deveria sempre ser explorado como alternativa à armazenagem.
Fica evidenciado que durante as ações do Administrador de Materiais,
sempre terá que fazer escolhas, entre as alternativas que se apresentam, a exemplo
da armazenagem, que esta ligada ao processo de aquisição de suprimentos.
Esta ação evidencia outra aplicação da gestão do Administrador de
Empresas, visto que precisa controlar o que acontece a partir do momento que lança
o pedido de compra, incluindo o planejamento e organização entre os distintos
processos que cercam a gestão de aquisição, visando colaborar com outros setores
do empreendimento, assim como prevenir atrasos no recebimento que prejudiquem
o fluxo de materiais.
Bertaglia (2003, p. 27) afirma que a função de aquisição feita pelo
Administrador de Materiais aos fornecedores é “uma tarefa crucial para a
organização, seja de que tipo for: manufatura, distribuição, varejo ou atacado”, pois
eles precisam ter o conhecimento necessário sobre o empreendimento, assim como
das ferramentas que proporcionam a execução eficaz de suas tarefas cotidianas no
setor de compras, suprindo as necessidades da linha de produção, sem interferir de
maneira negativa no setor financeiro.
Neste sentido, o Administrador de Materiais, realiza a gestão com
liderança no conjunto de ações pertinentes ao setor de compras, fazendo parte da
equipe que forma a organização.
29
Chiavenatto (1991, p. 60), descreve um dos procedimentos realizados pelo
Administrador de Materiais, que comprova a prioridade deste setor ser gerido por
profissional capacitado para assumir as responsabilidades que o cargo exige. Com
destaque a programação de materiais, quando determina a quantidade e o momento
que deve acontecer as aquisições de insumos que abastecem a linha de produção,
havendo necessidade de um planejamento antecipado que identifique as
necessidades de materiais a serem adquiridos, com uso de documentos, entre eles:
Requisição de Materiais e Ordem de Compras, tendo a importância de haver o
almoxarifado para ajudar no planejamento das operações “de suprimento e
abastecimento das diversas seções”.
Segundo
Bertaglia
(2003,
p.
26),
a
estratégia
de
demanda
e
abastecimento devem ocorrer com a integração das seções, em muitos casos,
incluindo a troca de informações com fornecedores, e buscando dados sobre as
necessidades dos clientes, para que possa haver o planejamento adequado, por
parte do Administrador de Materiais, visando atender a cadeia de suprimentos, com
gestão eficaz. O que implica na essencial aplicação do fluxo de informações
coerente e dinâmico, que contribua de forma ampla ao processo de planejamento,
na qual se busca “cobrir toda a cadeia de abastecimento, avaliando perspectivas
estratégicas de demanda e abastecimento. Essa visão determinará de que forma as
decisões tomadas isoladamente podem afetar os diferentes processos ou seus
componentes”.
Embora Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p. 28), tenha afirmado em
outro instante que a cadeia de suprimentos faça parte da atual disciplina da logística,
em outro momento, destacam que:
[...] logística é a parte do gerenciamento de cadeias de suprimentos
responsável pelo planejamento, implementação e controle, de modo
eficiente e eficaz, do fluxo e armazenagem de produtos (bens e serviços) e
informações relacionadas, do ponto de origem até o ponto de consumo,
com vistas ao atendimento das necessidades dos clientes.
Para não haver confusão, cabe dizer que os autores não se contradizem,
visto que para eles, existe a cadeia de suprimentos, a logística, e o gerenciamento
de cadeias de suprimentos, a qual abarca as duas primeiras disciplinas.
30
2.2.2 Satisfação e Qualidade
Observa-se que no contexto do processo de planejamento que visa
atender o gerenciamento de cadeias de suprimentos, o fator satisfação assume a
característica de qualidade em dois conjuntos distintos.
O primeiro deles, refere-se a integralidade na tomada de decisões entre
os diferentes setores da organização, o segundo aspecto é a importância da
satisfação das necessidades dos clientes. Em ambos os casos, o fluxo de
informações é essencial para haver o planejamento, envolvendo outro fator,
conhecer o contexto de possibilidades do atendimento do fornecedor, que possa
atingir esse objetivo de satisfação e qualidade dos serviços, identificados através da
gama de procedimentos realizados desde o recebimento do pedido de aquisição de
insumos até a entrega efetiva dos materiais na empresa, havendo ainda autores que
asseveram a importância desta satisfação percorrer todo o ciclo do produto, até a
consumação final.
O fornecedor é essencial no gerenciamento da cadeia de suprimentos,
devendo ser uma fonte digna “de confiança para o fornecimento de matérias-primas
e de suprimentos. Um bom fornecedor entregará a quantidade prometida no tempo
prometido e no preço combinado”. Neste contexto, outro fator essencial é a
qualidade das mercadorias do fornecedor, que devem satisfazer as necessidades da
organização. (ETTINGER, [19--], p. 7).
Araújo (1976, p. 138) também destaca a importância da qualidade a ser
satisfeita, embora dedique relatar essa característica a ser prontamente realizada
pela organização com seus produtos acabados, em função das exigências do
consumidor final, afirmando que o produto adquirido precisa ser entregue
“exatamente de acordo com as respectivas especificações, a fim de evitar problemas
e aborrecimentos futuros, o que, em geral, sempre surge quando se deixam de lado
pequenos pontos que anteriormente pareciam insignificantes”.
Sabendo que os produtos atraem a atenção do consumidor final, assim
como aos intermediários por dois aspectos, preço e qualidade. Assim, cabe destacar
entre as técnicas e filosofias que visam a qualidade e satisfação por meio de
iniciativas voltadas para a gestão da organização empresarial, o denominado
benchmarking.
Por certo que o Administrador de Materiais precisa estar atendo as
tecnologias atuais, conhecendo as ferramentas e técnicas para desempenhar suas
31
funções na gestão de compras, com toda as espécies de atividades envolvidas,
visando a constante melhoria.
Então, descreve-se o benchmarking, que é “uma das tecnologias de maior
utilidade para a gestão organizacional. Centrada na premissa de que é imperativo
explorar, compreender, analisar e utilizar as soluções de uma organização,
concorrente ou não, frente a determinado problema”. O que denota a importância de
conhecer o mercado e área de atuação, dentro e fora da empresa, com uso desta
tecnologia que visa encontrar a solução de problemas, para atender com qualidade
e satisfação total, incluindo o uso interno, a exemplo da cadeia de suprimentos, por
intermédio da observação e verificação de qual atitude deve ser tomada a fim de
garantir a gestão de processos com resultados excelentes para o empreendimento.
(ARAÚJO, 2007, p. 196).
Para iniciar a identificação de quais ações precisam ser executadas pelo
Administrador de Materiais, ele deve começar gerindo os suprimentos, conhecendo
os elementos que englobam ou interagem com os suprimentos.
2.2.3 Suprimentos
O abastecimento de insumos para a indústria, compreende a eficaz
aquisição dos materiais que compõem a fabricação do produto final, não sendo útil a
mera compra de qualquer item. Assim, pressupõe o planejamento e organização por
parte do Administrador de Materiais, que deve ter os dados acerca da demanda e
dos principais insumos que formam os produtos elaborados pela empresa.
Entretanto, não basta ter os dados e transformá-los em informações, o
gestor de suprimentos, precisa ser capaz de tomar atitudes de adaptação aos
reveses de última hora, devido a dinâmica inconstante dos movimentos
mercadológicos que fogem em certos momentos das estratégias traçadas pelo
administrador, mesmo aqueles que buscam ser eficazes, por vezes acontecem
elementos surpresa.
Com exceção de algum elemento surpresa que possa surgir, a função de
controle acerca da cadeia de suprimentos deve ser realizada pelo gestor, buscando
ao máximo a prevenção de falhas, a exemplo do desperdício com máquinas e
funcionários parados na linha de produção ou insatisfação as necessidades da
demanda.
32
Os departamentos de suprimentos e os funcionários que atuam como
agentes compradores nas modernas empresas, contam, hoje em dia, com
poderosos auxiliares, tais como as normas e as referências técnicas, as
especificações, a padronização etc., que são auxiliares imprescindíveis para
aqueles que fazem aquisições, pois pela descrição exata do desejado se
estabelece um clima de compreensão mútua entre os que compram e os
que vendem alguma coisa. (ARAÚJO, 1976, p. 93).
Essas ferramentas que atendem o setor de compras de materiais,
auxiliando na identificação dos insumos que irão suprir as necessidades da linha de
produção, evoluem constantemente, partindo das padronizações técnicas, aos
atuais softwares de computadores, em que, a principal contribuição é evitar as
perdas, visando a qualidade do produto final.
Entre os exemplos de como a identificação e padronização auxiliam na
diminuição dos custos, evitando o desperdício, tem-se o uso de: “Sinais apropriados
(marcas, rótulos)”, os quais contribuem para o uso correto dos insumos.
(ETTINGER, [19--], p. 51).
Destacando a importância dos programas de computador na questão do
suprimento de insumos para a linha de produção, Rodrigues (2003) fala que
atualmente, cerca de 100% das empresas tem essa máquina como auxiliar no
controle de estoques, através de análise dos seus níveis e as necessidades da
demanda, buscando diminuir o tempo de resposta do suprimento de materiais
aplicados na linha de produção.
Para haver a escolha de qual programa de computador usar, o
responsável pela gestão de materiais, precisa ter informações precisas sobre a
demanda, e posteriormente identificar diante da realidade da organização, qual é a
estratégia de produção em atividade com outros setores da empresa, para
determinar qual o tipo de cadeia de suprimentos a ser realizada.
Segundo Taylor (2005, p. 27), existe dois gêneros de estratégias no
contexto da cadeia de suprimentos, aquele no qual a produção juntamente com o
estoque formado é empurrada aos clientes, com aplicação da previsão de demanda.
E o outro modelo que tem como estratégia a produção encomendada, visto que o
estoque é “puxado por pedidos instantâneos”.
Estas
informações
e
delimitações
são
essenciais
para
que
o
Administrador de Materiais possa realizar suas funções na gestão do suprimento.
A partir do momento que há o consenso acerca de qual estratégia de
produção será utilizado pela organização, tem-se a preocupação com relação aos
estoques, mesmo quando há o modelo puxado, que tem relação com a filosofia do
just-in-time.
33
Em que, sabe-se que a empresa deve ter ao menos estoque suficiente
para possíveis contratempos, para não correr o risco de ver a linha de produção
paralisada.
Assim, observa-se a necessidade de identificar o ponto de reposição do
estoque, para lote econômico, nível mínimo, de segurança, pois cada elementos que
compõem o produto final, ocupa uma classe na classificação ABC, o que determina
sua importância e o nível de estoque acerca deste item a ser controlado.
Ballou (2007) descreve que o ponto de reposição trata sobre o método de
estoque mínimo, com especificações para manter um equilíbrio entre o fluxo
financeiro e a produção constante dos produtos a serem entregues aos clientes.
[...] caso o estoque esteja muito elevado, os custos de sua manutenção
serão excessivos. Caso esteja muito baixo, podem-se perder vendas ou
ocasionar freqüentes paradas na produção. Para vermos como o nível ótimo
de estoque pode ser determinado, consideramos o que acontece no
processo de controle para um único item do depósito ao longo do tempo.
(BALLOU, 2007, p. 219).
O tipo de estoque, justamente com o nível adequado para cada item, tem
conexão com o método ABC, que contribui para evidenciar quais os insumos devem
ter o estoque de segurança e o estoque mínimo.
Por certo que não basta essas informações, para a gestão eficaz, deve
existir a avaliação do serviço ao ciente, controlando o ciclo do pedido realizado, para
realizar o suprimento da cadeia de produção de maneira excelente.
Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p. 178), definem que a qualidade dos
serviços prestados, incluindo o produto em si, pressupõem a necessidade de haver
avaliação do fornecedor,
[...] baseado em um conjunto de dimensões logísticos, tais como:
disponibilidade de produto, tempo de ciclo do pedido, consistência do prazo
de entrega, freqüência de entrega, flexibilidade do sistema de entrega,
sistema de recuperação de falhas, sistema de informação de apoio, apoio
na entrega física e apoio pós-entrega. [...] o ciclo total do pedido é o
resultado de ciclos de atividades que envolvem a gestão da informação e a
gestão do fluxo físico.
O fluxo de materiais, que é executado na logística do suprimento de
componentes que integram o produto final, sendo elementos essenciais para a
continuidade das atividades da empresa, pois são utilizados pela linha de produção,
no caso das indústrias, visando atender a demanda, a qual é formada por
intermediários
e
consumidores
finais, de
acordo
com
o
perfil
de
cada
empreendimento, acontece de maneira exemplar quando há uso correto do fluxo de
informações.
34
Para alcançar a satisfação da demanda, não basta suprir a linha de
produção com qualquer insumo, é impositivo que haja “a quantidade certa de
materiais”, somado a qualidade e custo baixo. Pois os produtos fabricados devem
assumir uma posição de destaque frente às mercadorias dos concorrentes, quando
são apresentadas aos consumidores. (BERTAGLIA, 2003, p. 159).
Para ter os suprimentos necessários para a continuidade das atividades
executadas pela linha de produção, atendendo a demanda, tem-se a prioridade de
manter relações comerciais com os fornecedores que atendam de forma efetiva as
necessidades da cadeia de suprimentos da organização.
2.2.4 Fornecedores
Conforme se verifica até o momento, os fornecedores são essenciais no
conjunto de fatores que contribuem para o sucesso do empreendimento.
As compras de materiais compreendem diversas ações referentes ao ciclo
de compras e fluxo de materiais, em que, o fornecedor atua neste contexto,
exercendo a função de atender as provisões de insumos a ele solicitado,
abastecendo a cadeia de suprimentos.
Araújo (1976) descreve sobre a importância de registrar esses
fornecedores, descrevendo os casos de licitações públicas, mas também há
necessidade de que esses prestadores de serviços tenham um cadastro junto as
empresas que abastecem de insumos. Dando início ao fluxo de informações, as
quais são necessárias ao Administrador de Materiais, o que possibilita o
desempenho adequado das funções gerenciais, planejando, organizando e
controlando os movimentos de materiais e outros aspectos, a exemplo das cotações
de preços dos insumos comercializados.
Múltiplos fornecedores. As firmas geralmente estabelecem uma política de
manter pelo menos dois fornecedores para cada item crítico adquirido. Isto
assegura fluxo contínuo de materiais caso haja uma parada inesperada em
alguma das fontes, assim como mantém certo grau de competição entre
eles. Ela tem como efeito óbvio o incremento do número de pontos de
suprimento e a diminuição do volume fornecido por cada um. Como os
custos logísticos tendem a diminuir com maiores volumes, os benefícios
potenciais de redução do risco e de possíveis descontos de preços devem
compensar os efeitos adversos nos custos logísticos. (BALLOU, 2007, p.
255).
Conforme já comentado, deve haver sempre um equilíbrio na ponderação
do Administrador de Materiais, envolvendo o fluxo de informações internas da
35
empresa, discutindo o assunto com outros setores, entre eles, setor de produção e o
setor financeiro.
Também é importante dizer que a análise do caso concreto, ou seja, a
realidade de cada empresa irá evidenciar qual a melhor estratégia para o
gerenciamento da cadeia de suprimentos, utilizando a logística que se enquadra ao
perfil desta ou daquela organização, assim como estar atento a dinâmica do
mercado, para realizar eventuais alterações.
Diante da realidade de cada organização, tem-se os fornecedores
inevitáveis, que na concepção de Araújo (1976), são identificados principalmente
nas empresas que fabricam produtos, embora também sejam encontrados nas
empresas que importam ou revendem produtos finalizados.
Para que a empresa não fique numa situação de desvantagem frente aos
fornecedores, especialmente aqueles inevitáveis, nota-se a importância da relação
com vistas ao equilíbrio das forças atuantes, em que, muitas organizações procuram
manter alianças e cooperação mutua com aqueles que abastecem sua cadeia de
suprimentos, com uso do fluxo de informações, mantendo contato direto e também
proporcionando estratégias conjuntas.
As organizações modernas estão se conscientizando cada vez mais da
necessidade de manter alianças com fornecedores em vez de manter uma
relação puramente de compra e venda, com tendências de animosidade na
maioria das circunstâncias. Estão também reduzindo a quantidade de
fornecedores, mantendo um relacionamento de longo prazo, com altos
volumes e maior flexibilidade, o que permite que as trocas de informações
sejam efetuadas no âmbito global de planejamento, de modo que se possa
verificar os impactos provenientes de restrições de capacidades e prazos de
entrega. (BERTAGLIA, 2003, p. 28).
Assim como existe empresas de diferentes ramos de atividades, atuando
em áreas distintas da economia, existem fornecedores com características e
variações entre os insumos que fornecem para o abastecimento das indústrias que
produzem este ou aquele produto.
Para que a empresa que adquire insumos através dos fornecedores que
abastecem a cadeia de suprimentos, buscando atender a demanda com qualidade,
satisfazendo as necessidades dos seus clientes, a mesma deve assumir uma
posição coerente com o tipo de colaboradores com quem se relaciona.
Então, a organização deve antes conhecer todo o processo que envolve o
gerenciamento da cadeia de suprimentos, identificando a melhor logística a ser
adotada, entre elas, se para a continuação de suas atividades deve manter um ou
36
quantos fornecedores, realizando posteriormente a seleção e avaliação dos serviços
prestados.
Neste sentido, tem-se a verificação do que é produto, e como acontece a
seleção e avaliação adequada, para que o Administrador de Materiais mantenha
cadastrado os prestadores de serviços que atendam as necessidades da
organização na qual atua.
2.2.4.1 Produto
A conseqüente geração de elementos que sirvam ao consumidor ou
intermediário, depende da produção realizada pela indústria, a qual depende do
fornecedor que a abastece com insumos.
Este ciclo tem no elemento a ser consumido, o que se denomina produto,
mais especificamente produto acabado, também chamado como produto final.
Para Bertaglia (2003, p. 28), a ação de produzir “refere-se ao elemento
cujo processo fundamental é composto por operações que convertem um conjunto
de materiais em um produto acabado ou semi-acabado”. Em que, destaca a
importância no processo realizado de transformação de itens identificados como
insumo, a fim originar produtos que atendam a demanda por meio de estratégia
voltada para a cadeia de suprimentos, havendo a prioridade de que o Administrador
de Materiais compreenda o fluxo destes materiais, e realiza a função de organizar o
equilíbrio entre as forças atuantes.
Por certo que a linha de produção e os estoques fazem parte destas
forças, além da própria demanda e os fornecedores que abastecem a organização
com insumos a serem transformados pela indústria.
Atualmente, além da preocupação com a transformação dos insumos em
produtos acabados ou semi-acabados, mas especialmente no caso das indústrias
que trabalham com o resultado de produtos finalizados direcionados a intermediários
e aos consumidores, tem-se a observação do elemento embalagem, item importante
na elaboração e execução da transformação descrita.
Ao desenvolver o produto, é necessário projetar em detalhes as
embalagens que o acompanharão até a casa do consumidor. O projeto
integrado da embalagem é uma tarefa ampla. Que atende a múltimplos
aspectos, sendo um deles a facilidade de embalamento na área de
montagem. (GURGEL, 2007, p. 12).
37
Diante das adversidades possíveis de serem identificadas durante o
processo do ciclo de compras, ou seja, da cadeia de suprimentos, decorre a
imposição de haver a seleção dos fornecedores, neste primeiro momento,
descrevendo de forma geral os aspectos relacionados a este procedimento, para
então, abordar com mais detalhes os aspectos concernentes à embalagem.
2.2.4.2 Seleção
A ação de escolher os fornecedores, aplica-se a partir do momento que
existe a identificação primária dos possíveis prestadores deste serviço, os quais
precisam atender a necessidade da organização, na sua atividade industrial, ou seja,
a transformação de insumos em produto acabado.
O processo de seleção de um fornecedor não é simples. Naturalmente, a
complexidade aumenta em função das características do item a ser
comprado. A aquisição de um maço de pregos é diferente da aquisição de
um computador ou de uma matéria-prima que servirá como componente de
um produto final. (BERTAGLIA, 2003, p. 161).
Conforme já citado, tem-se a existência de várias técnicas e ferramentas
que contribuem para a gestão empresarial, todas elas, aplicadas pela Administração
de Empresas, sendo úteis também em setores específicos.
No caso da Administração de Materiais, Figueiredo, Fleury e Wanke
(2003, p. 99), destacam a relação do benchmarking com a cadeia de suprimentos,
em que, existe a identificação da importância da “análise de componentes
individuais da cadeia, bem como a análise do desempenho da cadeia como um
todo”.
Entre esses componentes individuais, entende-se a necessidade de
compreender a importância do fornecedor e os serviços prestados através dos
suprimentos que a ele compete entregar, envolvendo na seleção deste serviço, a
verificação de atributos.
Os principais atributos para a seleção de fornecedor, conforme Bertaglia
(2003, p. 161) são: “Desempenho em qualidade, preço e serviço; flexibilidade;
carteira de clientes; Pró-atividade e cooperação; Investimentos; Capacidade
instalada; Localização geográfica; Solidez financeira; Histórico”.
A Questão do desempenho em qualidade, preço e serviço, apresenta-se
como o fator principal entre este conjunto de atributos a serem analisados na
decisão acerca do melhor fornecedor.
38
Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p. 115), em concordância, afirmam que
“na análise da cadeia de valor dos principais fornecedores visando a investimentos
em reduções de custo e aumento da qualidade do produto fornecido”. Não deixando
dúvidas sobre quais os critérios que devem ser verificados pelo Administrador de
Materiais, em decisão conjunta com outros setores da organização, devem
privilegiar os aspectos que envolvam estes três elementos, que envolvem o
fornecedor em contexto global, e também acerca do insumo que irá abastecer a
indústria de transformação.
Conforme Bertaglia (2003, p. 162), no processo de seleção do fornecedor,
existe fatores gerais que determinam qual a melhor escolha, mas estes três
elementos são essenciais no momento que o responsável pelos suprimentos da
organização realiza a decisão, sendo: “preço, qualidade e serviço” oferecidos pelo
fornecedor.
A afirmação de que deve existir opções, para então, haver a seleção dos
fornecedores, procede. Assim, percebe-se a conveniência de analisar o que será
fabricado, quais os componentes a serem utilizados, assim como verificar no
mercado, quem está apto a participar deste processo, colaborando com o
abastecimento dos insumos com qualidade e custos baixo, com a constante
avaliação desta prestação de serviço.
2.2.4.3 Avaliação
A avaliação do fornecedor tem ligação direta com a seleção, visto que
estão num mesmo contexto a ser evidenciado e caracterizado pelo Administrador de
Materiais, envolvendo os mesmos critérios para a sua decisão.
As organizações, agora, necessitam da aprovação de seus clientes a fim de
permanecerem ‘vivas’ no mercado. Ao tratarmos de assuntos como a
reengenharia ou a gestão pela qualidade total, procuramos demonstrar o
caráter atual das tecnologias apenas afirmando que as organizações
enfrentam hoje um grau de competitividade nunca antes imaginado. Todas,
indubitavelmente, desejam sobreviver a este ambiente complexo, confuso e
turbulento, onde o amanhã não guarda garantias de lucratividade, acerto ou
mesmo de sobrevivência. (ARAUJO, 2007, p. 196).
Já descrevemos, mas sempre é interessante relembrar, que para atingir a
meta dos lucros e continuidade das atividades da organização, a mesma tem que
atingir a satisfação dos clientes, identificando seus desejos e como este avalia a
qualidade dos produtos fabricados, incluindo os aspectos do serviço prestado,
39
compreendo o conhecimento sobre o mercado que atua, assim como saber usar o
que a Administração de Empresas oferece aos gestores das empresas, seja na
questão de ferramentas ou filosofias, como a gestão da qualidade total.
Na gestão da qualidade total, tem-se a caracterização dos critérios que
englobam o conjunto de fatores da empresa em suas atividades, estudando os
fluxos de materiais e fluxos de informações, a fim de melhorar os processos da
cadeia de suprimentos.
Assim, destaca-se o modelo esquemático, de forma geral, acerca do
processo de fabricação:
M
A
T
E
R
I
A
I
S
Programar
produção
Produzir e
analisar
qualidade
Transferir
material
Embalar
produto
Armazenar
em local
temporário
P
R
O
D
U
T
O
Liberar para
venda
A
C
A
B
A
D
O
Figura 2 – Processo de fabricação.
Fonte: (Bertaglia, 2003, p. 167).
Com a concorrência existente no mercado, os consumidores aprendem a
avaliar os produtos, o que impõem a necessidade de constantes melhorias nos
sistemas de fabricação, diminuindo custos e aumentado a qualidade.
Neste processo, invoca-se a presença do fornecedor, assumindo papel
fundamental na execução de atividades da organização, pois sem os insumos, com
características idéias para sua transformação, e com o serviço prestado no tempo
certo, a indústria deixa de atender as expectativas da demanda, pois neste caso,
deixa de ser essencial a preocupação com os fluxos internos da empresa, visto que
se trata de um fluxo, e ele tem duas forças atuantes, a demanda com os critérios
adotados pelos clientes (consumidores), e a atuação qualificada dos fornecedores.
A partir da existência destes fatores, e com suas realização, e que se
torna possível a gerência da cadeia de suprimentos, quanto aos fluxos internos,
preocupando-se
com
o
recebimento,
armazenamento,
estocagem
e
seus
movimentos de entrada e saída.
Diante destas evidências, observa-se a maneira como deve ser realizada
a avaliação do serviço ao cliente e ciclo do pedido.
40
Para Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p. 178), o cliente concebe todo o
contexto logístico quando avalia o serviço recebido, em que, existe uma expectativa
por parte da organização, que antecede a obtenção do produto (insumo), a qual
servirá à análise, dentro do conjunto ações que abarcam o pedido feito até sua
entrega, a exemplo da disponibilidade dos insumos, entrega no prazo estipulado e
correções de possíveis falhas.
Para a realização destas ações, por certo que deve haver todo o acordo
entre as partes, que devem ter noção exata de como é o fluxo de materiais na
organização cliente, com a troca de informações.
Ettinger ([19--]) descreve a importância de realizar o estudo sobre a
capacidade do fornecedor, durante a avaliação e seleção destes prestadores de
serviços, inclusive a situação financeira e de produção.
As informações que compõem a percepção do Administrador de Materiais
acerca do universo dos fornecedores, também precisa identificar quais são aqueles
que deixam de atender as exigências da organização, seja antes de sua seleção, e
durante todo o período que persistir esta colaboração, buscando prevenir futuros
transtornos e adversidades para a linha de produção, assim como nas vendas dos
produtos acabados aos consumidores e intermediários.
Os funcionários encarregados do abastecimento tratam de avaliar o
fornecedor nas agências que informam sobre crédito comercial, ou nos
bancos, nos despachantes, entre outros fornecedores e entre os clientes.
Quando estão em jogo grandes compras e o êxito da operação, por parte do
comprador, depende da entrega em tempo e da qualidade dos materiais,
uma investigação a fundo e essencial. Nestes casos, a empresa deve
inteirar-se da capacidade da organização e do equipamento do fornecedor.
(ETTINGER, [19--], p. 18).
Segundo Ballou (2007), a logística no processo de aquisição envolve
quatro fatores essenciais: quantidade de itens a comprar e sua programação,
planejamento da organização das mercadorias e a localização de fornecedores.
Para avaliar, um dos procedimentos é pedir aos interessados em fornecer
os suprimentos, que traga amostras, a fim de que elas sirvam de comparação diante
dos testes aplicados, verificando se tem o padrão de qualidade necessário, além dos
custos esperados, não sendo apenas úteis no momento de seleção, mas durante
todo o período que o fornecedor estiver abastecendo a organização com seus
suprimentos.
Entende que a localização dos fornecedores tem relação direta com as
fontes de suprimento, importante aspecto para execução das atividades da empresa,
envolvendo a seleção e avaliação.
41
Esta seleção depende da avaliação do vendedor perante o comprador e da
política de compras da organização sobre manter mais de um fornecedor.
As questões logísticas aparecem bem no topo dessa avaliação. Um estudo
mostrou que fatores de entrega estavam classificados apenas ligeiramente
atrás da qualidade como item de seleção de fornecedores. (BALLOU, 2007,
p. 252).
A entrega dos suprimentos deve ser considerada como fator essencial
diante dos critérios da avaliação dos fornecedores, ou seja, além do preço e da
qualidade, em que, este critério fica identificado no aspecto serviço prestado.
Da mesma forma que é importante caracterizar a seleção e a avaliação do
fornecedor que atenda as necessidades da organização, tem-se a preocupação em
realizar estudo de todo o processo da cadeia de abastecimento dos suprimentos,
através da concepção do produto em si, ou seja, identificar e conhecer o universo do
insumo que é o objeto que servirá a linha de produção.
42
3 EMBALAGEM
Entre os suprimentos de uma indústria, atualmente, com as questões de
marketing e segurança, tem-se usado cada vez mais as embalagens para envolver o
produto que as fabricas transformam em suas linhas de produção.
Chiavenato (1991) destaca que o produto da indústria apresenta o
resultado final da transformação dos insumos que deram entrada na organização, e
agora, ao serem entregues aos intermediários ou consumidores, o aspecto
determinantes de suas características físicas, tem-se a embalagem, que juntamente
ao preço irão enfatizar a conquista destes clientes da indústria, no primeiro
momento, especialmente a questão da percepção e visualização denotados pela
embalagem que os envolve, e posteriormente a qualidade do produto em si, com a
sua utilização.
Conforme Gurgel (2007, p. 12): “A embalagem interage com muita áreas
da administração de negócios, relacionando-se com as características dos produtos,
economia dos materiais, aspectos legais, automação comercial, política interna e
mercadológica”.
A embalagem segue tendências do mercado, diretamente da demanda,
influenciando nas decisões internas da organização, ou seja, existe uma interação
global entre estas forças e as externas. Assim, suas funções e objetivos percorrem a
satisfação do cliente e os custos a serem suportados pela empresa, mas antes de
aprofundar estas questões inerentes as embalagens, cabe ressaltar a definição
deste material.
3.1 DEFINIÇÃO
O significado que engloba os aspectos da embalagem, diante do cenário
industrial, abarca a concepção acerca da finalização do produto a ser entregue,
envolvendo na definição, explicações que servem também para descrever outras
questões ao seu respeito.
Gurgel (2007, p. 1) afirma que as embalagens são os “invólucros,
recipientes ou qualquer forma de acondicionamento removível, ou não, destinados a
cobrir, empacotar, envasar, proteger, manter os produtos, ou facilitar a sua
comercialização”.
43
Nota-se que nesta definição, há elementos que incidem na finalidade
proposta pela embalagem, trazendo consigo as ações que convergem à função e
objetivo deste item essencial no mundo comercial contemporâneo, a exemplo do
termo proteger, da mesma maneira que a expressão: facilitar a sua comercialização
do produto.
Por certo que a embalagem serve para acondicionar melhor o produto
finalizado pela indústria de transformação, em que, Bertaglia (2003, p. 168) afirma
que esse invólucro é especialmente realizado “para que o produto seja armazenado
ou vendido aos clientes ou consumidores”. Contudo, deixa-se claro que a
embalagem também possui outras finalidades, entre elas, algumas diretamente
ligadas às questões internas, com impacto direto no armazenamento e custos,
envolvendo a estratégia e planejamentos da organização a fim de atingir a meta do
lucro, compreendo as funções do Administrador de Materiais.
A fim de apresentar de forma clara a concepção e propósito da
embalagem, observa-se a lição de Santos (1998, p. 30), ao destacá-la no contexto
de alimentos, ao dizer que é “elemento propulsor da comunicação, exerce influência
sobre o comportamento do consumidor”, através de suas características que
interagem com aqueles que têm contato com a embalagem, trazendo informações,
que influenciam no contexto mercadológico.
Neste sentido, ressalta-se a importância de compreender a classificação
das embalagens.
3.2 TIPOS
Alguns autores enfatizam os tipos de embalagens com distinção, através
de sua forma de classificar o gênero e espécies deste material que serve como
invólucro do produto final da indústria.
As necessidades internas e externas da indústria é que ditam regras de
quais embalagens devem ser utilizadas, a partir das funções que elas
desempenham, o estudo sobre o mercado consumidor, identificam juntamente com
pesquisa acerca do fluxo das mercadorias dentro da organização, a fim de realizar a
engenharia de soluções que atendam as expectativas destes, seja na questão de
informar ou atrair o cliente que irá adquirir o produto, ou nas questões relacionadas a
estocagem e movimentos que os produtos terão que percorrer até chegar ao
consumidor, sendo uma aplicação logística importante.
44
Siqueira (1992) fala sobre as embalagens unitárias e sua importância
frente aos consumidores do produto, e aquelas denominadas de embalagem
industrial que atendem as necessidades de transporte e demais movimentos
realizados com estes produtos, tendo foco aos interesses diretos da empresa.
Deste modo, nota-se primeiramente duas categorias de embalagens,
primárias e secundárias, embora haja autores que classificam em outros gêneros.
Kotler (1998) descreve três tipos ou gêneros principais de embalagens, as
que são voltadas para as necessidades do consumidor, embora também se
identifique neste ponto, interesses da empresa que busca realizar a venda dos seus
produtos. Diz ainda sobre as embalagens secundárias, que são compostas por
unidades de embalagens primárias (que o consumidor recebe), ou seja, embalagens
que servem especialmente aos distribuidores, mas também na facilidade do
transporte e movimentação das cargas de produtos. E por fim, destaca as
embalagens que denomina de logística, que conjugam unidades de embalagens
secundárias, e tem seu principal foco o transporte das mercadorias.
Unitização é o processo de agrupamento de embalagens secundárias em
uma unidade física para manuseio ou transporte de materiais. O conceito de
conteinerização inclui todas as formas de unitização, desde o uso de fita
adesiva para juntar duas embalagem secundárias até o uso de
equipamentos de transporte especializado. Todos os tipos de
conteinerização têm como objetivo básico o aumento da eficiência do
manuseio e do transporte. Cargas unitizadas oferecem vários benefícios
para o manuseio individual de embalagens secundárias. (BOWERSOX;
CLOSS; COOPER, 2002, p. 339).
Conforme Gurgel (2007, p. 5-6), os tipos de embalagens, considerando as
espécies destes gêneros mais abrangentes já indicados, são:
•
•
•
•
•
Embalagens de contenção – Embalagem em contato direto com o
produto e, portanto, que exige compatibilidade entre os componentes do
produto, os materiais da embalagem e a atmosfera existente dentro
dela. Pode também ser de apresentação, recebendo um rótulo ou
impressão.
Embalagem de apresentação – Uniap – Embalagem que envolve a
embalagem de contenção, e com a qual o produto se apresenta ao
consumidor no ponto-de-venda. Deverá receber uma decoração
primorosa e expressiva.
Embalagem de comercialização – Unicom – Embalagem que contém
um múltiplo da embalagem de apresentação, constitui a unidade para a
extração de pedido e, por sua vez, é um submúltiplo da embalagem de
movimentação.
Embalagem de movimentação – Unimov – Múltiplo de embalagem de
comercialização
para
ser
movimentada
racionalmente
por
equipamentos mecânicos.
Embalagem de transporte – Unitrans – Embalagem para agregar
embalagens de comercialização de produtos diferentes, com o objetivo
de compor e entregar um pedido ao cliente de forma racionalizada. A
entrega de produtos diversos para um determinado cliente necessita de
embalagem de transporte de modelos padronizados que possa
acomodar de maneira racional embalagens de comercialização de
produtos diferentes.
45
Bowersox, Closs e Cooper (2002, p. 339), afirmam que os fatores de
melhor identificação, segurança e diminuição das perdas durante a movimentação
dos produtos, assim como a questão da simplificação do fluxo de materiais, são
questões ligadas aos benefícios da embalagem, seja unitizada ou a conteinerização,
as quais “reduzem o custo das atividades logísticas”.
Com certeza que as embalagens proporcionam impacto direto nos custos
da produção, envolvendo as questões mercadológicas, desde o foco relacionado ao
marketing e a logística deste material intensamente utilizado pelas indústrias
contemporâneas.
3.3 CUSTOS
É certo dizer que sem as embalagens, deixa de existir um item da planilha
de custos, porém, a simplificação deste raciocínio conduz a possíveis erros de
custeio, visto que as embalagens podem ser consideradas a partir de uma
classificação mais apurada, com característica de investimento.
Ao enfatizar a questão de que as embalagens são identificadas como
investimento feito pela organização, tem-se a sua presença constante nas linhas de
produção, visando aspectos logísticos.
Conforme a explicação de Bowersox, Closs e Cooper (2002), entre os
tipos e finalidades da embalagem, observa-se a preocupação com aspectos de
marketing (embalagem ao consumidor) e logística (embalagem industrial).
Entretanto, diversos autores destacam a embalagem como custo, entre
eles, Rodrigues (2003) que enfatiza-a como custo incidente aos estoques, sendo útil
avaliar estes materiais com os níveis de estocagem, envolvendo ferramentas
administrativas, que indicam a importância entre os vários componentes da linha de
produção.
A estrutura logística poderá ser definida pela agregação de todos os custos
logísticos industriais associados à área, acrescidos da despesa logística
que é levada em conta no resultado da empresa. Essas despesas
consistem principalmente em despesa de transporte, que varia de acordo
com o volume de receita auferida em cada período. (GURGEL, 2007, p. 2).
Por certo que hoje o transporte dos produtos é realizado através de
embalagens,
indicando
que
elas
são
consideradas
despesas
para
o
empreendimento industrial.
Há destaque a importância da embalagem na movimentação dos
produtos, assim como a diminuição dos “custos de estoques menores, além de
46
menor número de quebras”, o que caracteriza alguma das finalidades destes
materiais, a destacar a proteção projetada ao produto embalado, enfatizando a
importância da embalagem, que envolve além do Administrador de Materiais, os
responsáveis pelas vendas e engenharia, com vistas a considerar suas funções
como invólucro, embora ainda exista o destaque deste item como custo. (BALLOU,
2007, p. 104).
Confirmando essa idéia, tem-se a abordagem feita por Gurgel (2007, p.
3), ao dizer que: “Existem dispêndios logísticos inseridos na fábrica e considerados
como custo da produção pelo rateio dos custos contabilizados nas áreas de serviços
logísticos”.
Assim, considera-se além do valor assumido pela embalagem como custo
ou despesa, que este material assume também a característica de benefício para a
logística, e também no outro aspecto da embalagem, visando o marketing através da
embalagem direcionada ao consumidor, contribuindo para as vendas.
Kotler (1998) descreve a importância das embalagens com relação a sua
intenção frente ao cliente, afirmando que gera valor adicional, o que compensa o
investimento de sua aquisição pela organização que transforma insumos em produto
final ao consumidor, tratando-a como ferramenta indispensável ao marketing.
Com a globalização e a concorrência acirrada dos tempos atuais, tem-se
que verificar todos os meios que possam contribuir na melhor performance da
empresa, atendendo e satisfazendo as expectativas de modo geral, em que, as
embalagens trazem benefícios no sentido logístico e do marketing do negócio.
Moura e Banzato (2003) descrevem que hoje as embalagens nas suas
mais diversas apresentações, convivem em nosso cotidiano, tendo impacto direto no
estudo do marketing, visto que elas vêm influenciando no modo que se consome e
se realiza a escolha dos produtos nas prateleiras de lojas caracterizadas como de
auto-atendimento. Assim, afirmam que há uma interação entre produto em si e a sua
embalagem, em que, as pessoas os identificam como singulares, considerando a
importância de ambos, e não apenas de um sem o outro.
E com relação a logística, Gurgel (2007, p. 16) afirma:
O percentual de perdas de produtos na movimentação e no armazenamento
reduz-se com a adoção de embalagem mais dispendiosa e tecnicamente
sofisticada. A elevação do custo para prover melhor proteção ao produto
terá como compensação a redução do custo das perdas. O percentual de
perdas se estabiliza após um certo nível de elevação dos custos, porque
essa perda residual é decorrência de diferentes causas do desenho da
embalagem.
47
É causa natural que haja um custo calculado a qualquer item que
componha os insumos utilizados na transformação e apresentação do produto final,
porém há também a identificação dos diferentes níveis de importância e benefícios
que cada um deles assume no contexto global da produção, em que, diante da
cadeia logística, a exemplo da classificação ABC que indica quais os insumos
devem ter maior preocupação por parte do Administrador de Materiais com relação
aos níveis de estoque, demonstram-se atinentes ao estudo.
Entre os benefícios que a embalagem traz consigo, diante da questão
logística e do abastecimento, tem-se a consideração da importância do
planejamento a ser realizado, compondo a inversão do custo, ou seja, os benefícios
que o invólucro traz para a organização que o utiliza, visto que a proteção do
produto transformado é uma das reduções identificadas nas planilhas dos
empreendimentos que investem nas embalagens.
É desta forma que se faz útil entender as funções e objetivos das
embalagens, visto seu papel, com destaque a logística, o que determina a
necessidade de verificar posteriormente os aspectos relacionados aos estoques,
com relação a este material que hoje assume tal prioridade dentro da Administração
de Materiais, assim como para toda a organização em razão de diversos motivos,
um deles, de maneira geral, abarcam a satisfação do cliente.
3.4 FUNÇÕES E OBJETIVOS
A bibliografia sobre as funções e objetivos das embalagens são distintas,
embora haja sempre algum elemento que caracterize semelhanças, em que,
identifica-se a logística como sendo esse fator.
Moura e Banzato (2003) destacam as questões de movimentação e
armazenagem dos produtos, como principais aspectos logísticos acerca das funções
e objetivos das embalagens, sendo elas úteis na segurança e proteção do produto,
além de facilitar a movimentação e guarda dos produtos, neste quesito, soma-se
ainda o fator de facilitar a identificação.
Na concepção de Gurgel (2007, p. 12-15) os benefícios dos invólucros,
mesclando os gêneros que tratam do aspecto logístico e de marketing, destacando a
classificação quanto a função das embalagens, sendo:
48
•
•
•
•
•
•
•
Tecnológicas – Proteção mecânica, física e química.
Mercadológica – Exerce uma importante função de comunicação do
conceito mercadológico. Está relacionada com as atividades de vendas,
principalmente no que diz respeito à embalagem de apresentação.
Aspecto logístico – [...].
Aspectos econômicos e funcionais – [...].
Finalidade – A embalagem deve ser analisada quanto às necessidades
específicas de cada produto e adequada à linha de produção.
Proteção – [...] A embalagem de carne deverá ter um absorvente para
eliminar a umidade segregada no deslocamento na cadeia logística,
evitando que alimento fique empastado, prejudicando a sua
comercialização.
Aparência/Conceito – Os cosméticos exigem embalagens sofisticadas
e caras, por representarem status e para despertar o desejo do
consumidor [...].
Há uma integração entre as funções e objetivos de uso das embalagens
nas organizações industriais, em que, as características ou finalidades de cunho
geral, destacados anteriormente sob o aspecto da logística e do marketing, podem
assumir as especificações pormenorizadas, em outras classes de benefícios que
estes materiais trazem para as empresas. Sendo que, entre as vantagens, existem
aquelas que são caracterizadas dentro do aspecto logístico.
Ballou (2007, p. 103-104) descreve os benefícios como objetivos
realizados pelas embalagens ao envolverem os produtos, destacando entre eles, os
seguintes fatores logísticos:
•
•
•
•
•
•
•
Facilitar manuseio e armazenagem.
Promover melhor utilização do equipamento de transporte.
Proteger o produto.
Promover venda do produto.
Alterar a densidade do produto.
Facilitar uso do produto.
Prover valor de reutilização para o consumidor.
Bowersox, Closs e Cooper (2002, p. 344), destacam os atuais contêineres
frigoríficos, como novidade da engenharia no atendimento as estratégias da
organização, com vistas aos planejamentos dos Administradores de Materiais, que
destacam a necessidade de atender os anseios gerais, de custos e qualidade,
características que tem impacto direto no produto final, enfatizando que se trata de
uma:
[...] nova tecnologia que integra as demandas de ambiente e de unitização
de produtos especiais. [...] o que elimina a dependência de caminhões
frigoríficos e torna mais flexível a entrega JIT de produtos perecíveis. [...] Os
paletes refrigerados podem facilitar o fluxo eficiente e efetivo de uma gama
de produtos que dependem de temperatura controlada para estender a vida
de prateleira e a negociabilidade, como [...] alimentos congelados.
49
Uma das vantagens que as embalagens proporcionam ao produto é
quanto ao seu acondicionamento, favorecendo a movimentação das mercadorias
embaladas diante do fluxo que ela percorre, contribuindo para a logística da cadeia
de suprimentos, compreendendo certas facilidades, assim como agilidade.
As constantes novidades que são desenvolvidas dentro do contexto das
embalagens buscam melhorar a interface entre a produção e entrega do produto
finalizado, alguns casos, tentam chegar ao nível ideal do Just-In-Time, diminuindo a
dependência de estoques, não somente de insumos, mas também dos produtos que
estão prontos para ser consumidos.
É certo que alguns produtos têm características especiais, as quais
impõem cuidados para sua conservação até a consumação. Deste modo, muitas
embalagens são elaboradas com esta preocupação, além da atenção ao
acondicionamento e transporte, envolvendo estudos acerca das medidas e pesos
que cada produto e embalagem devem assumir, para haver a ideal solução logística
à empresa.
Os quesitos logísticos e de marketing, envolvem a preocupação com a
melhor aquisição de embalagens, visando a identificação de impacto positivo deste
suprimento, que deve contribuir com a produtividade e escoamento das
mercadorias.
Deste modo, algumas embalagens com envolvimento dos setores:
financeiro, produtivo, vendas e compras, visa atender as expectativas dos acionistas
do empreendimento industrial, trazendo novas tecnologias que minimizem os custos,
melhorem a produtividade, aumentem as vendas e não haja falhas nestes processos
gerenciais da cadeia de suprimentos.
Determinando o fator aquisição da embalagem, busca-se entender com
maior ênfase as considerações feitas até o momento, envolvendo principalmente o
enfoque logístico.
3.5 AQUISIÇÃO
Atender a demanda e consequentemente a linha de produção, converge a
importância de realizar aquisições com os suprimentos dos fornecedores,
selecionando e avaliando os insumos e prestação do serviço entregue, o que
envolve o fluxo de materiais e informações, através das funções do gestor de
compras da organização que faz a aquisição.
50
De acordo com a pesquisa setorial ABRE/FGV, para muitos produtos a
embalagem é o seu símbolo. Cita-se como exemplo, o frasco de perfume, o
extintor de fogo, a caixa de lenços de papel, a caixa de fósforos, entre
tantos outros. Todos lutam por atenção na prateleira do ponto-de-venda.
Aprimoramentos na conveniência de uso, aparência, possibilidade de
reaproveitamento, volume, peso, portabilidade, características de novos
materiais são itens que promovem a modificação da embalagem de forma a
adequá-la ao processamento moderno, reciclagem de lixo e estilo de vida. E
mais, para alguns produtos, design, a forma e a função da embalagem
podem ser quase tão importantes quanto seu conteúdo. Os padrões
gráficos numa embalagem moldam a personalidade dos produtos,
principalmente aqueles de distribuição em massa exibidos nas prateleiras,
os quais freqüentemente enviam mais mensagens do que algumas
exposições publicitárias. Esta é uma razão pela qual é importante dar tanta
atenção à embalagem quanto ao produto. A embalagem faz a propaganda.
(ABRE, 2009 [s.p.]).
Atualmente, o mercado consumidor identifica os vários produtos dispostos
nas lojas através das embalagens, conferindo significados para estes que a
adquirem.
Além da comunicação que a embalagem exerce, realizando uma
propaganda silenciosa através das imagens que são dispostas naquelas que são
denominadas de primárias, com uso de design e cores que atraem a atenção do
consumidor, com aspectos ligados ao marketing da embalagem, há também a
importância logística, que o consumidor verifica ao comprar os produtos.
Entre as questões logísticas que o consumidor observa na embalagem,
tem-se a questão do volume e peso, juntamente com as características que
proporcionam maior segurança ao produto, especialmente quando se trata de
gêneros alimentícios.
Então, cabe ressaltar aspectos do fluxo de materiais, entre eles:
reposição, recebimento e armazenamento destas aquisições e do material já
processado, assim como os fatores ligados ao estoque.
Gurgel (2007, p. 21-22), destaca que o produto precisar hoje utilizar as
embalagens visando atender a legislação que protege o consumidor, além da
preocupação natural que toda organização dirige aos seus clientes, em que, decorre
o encargo do empreendedor em “garantir que um produto de boa qualidade
mantenha as suas características [...] até a casa do consumidor”, passando pelo
armazenamento, transporte, estoque dos distribuidores e durante a exposição do
produto na loja, sendo considerado princípio básico da armazenagem.
Significa que a embalagem serve como proteção ao produto, resultando
em segurança contra perdas e danos ao produto fabricado pela organização, e
também segurança ao cliente que consumirá o produto, ambos os aspectos de
responsabilidade da organização industrial, e a partir da contratação do fornecedor
da embalagem, assumida conjuntamente.
51
Então, a responsabilidade é conferida tanto ao fabricante da embalagem,
quanto ao fabricante do produto embalado, conferindo também a importância da
comunicação que ela oferece.
Assim, retomando a questão das informações acostadas na embalagem,
tem-se a lição de Bowersox, Closs e Cooper (2002, p. 341), destacando a
comunicação como uma das funções essenciais que esse invólucro realiza:
Essa função tem se tornado cada vez mais imprescindível, possibilitando a
identificação de conteúdo, o rastreamento e as instruções de manuseio.
Identificação de conteúdo. O papel mais óbvio da comunicação é a
identificação do conteúdo da embalagem para todos os membros do canal.
Informações comuns incluem o fabricante, o produto, o tipo de contêiner, a
quantidade e o número do Código Universal de Produtos (UPC – Universal
Product Code).
Há dois pontos, um relacionado às embalagens industriais com a
unitização e conteinerização que envolvem informações de ordem interna:
identificação de conteúdo, o rastreamento e as instruções de manuseio, diretamente
ligada ao fluxo dos materiais, desde os deslocamentos realizados dentro da
empresa até os depósitos dos distribuidores, antes de chegar o produto nas
prateleiras.
O segundo ponto é relacionado às informações de interesse do
consumidor final, a exemplo do peso, medida, nutricionais, e outras concernentes ao
conteúdo, estando elas diretamente ligadas às embalagens primárias.
Em todas essas embalagens, primárias e industriais (unitização e
conteinerização), tem-se o uso de códigos, com significados próprios a sua
utilização, sendo úteis aqueles que compreendem a linguagem técnica, no Anexo A
tem o glossário com alguns termos próprios para embalagens.
Entre as informações descritas no código, há dados que ajudam na
identificação do material que compõem a embalagem, assim, sabem-se quais os
produtos que podem ser envoltos por estes ou aqueles invólucros.
As informações que constam nas embalagens, também contribuem para a
possível necessidade de rastrear os produtos, ou seja, é importante para saber sua
localização diante do fluxo de materiais pertinentes a cadeia dos suprimentos.
Algumas embalagens são adquiridas tendo apenas parte das
informações, às vezes tem apenas informações que identificam o material utilizado
na fabricação da embalagem especifica, com atenção aos cuidados, e o que pode
ser acondicionado nelas.
Outras embalagens possuem além das informações acerca do material
utilizado na sua fabricação, informações direcionadas ao consumidor, ou seja, já
vêm com o prospecto do marketing impresso.
52
Mas normalmente, as embalagens não chegam à organização que faz a
aquisição, contendo informações de lote e outras mais, sendo dados inseridos na
própria indústria, visto a questão de individualização de cada grupo de produtos
(lote), a exemplo da comunicação acerca do horário que o produto foi fabricado e
qual unidade industrial realizou o processo de transformação, o que contribui para a
rastreabilidade, sendo função interna, através de etiquetas ou outra forma de
impressão com objetivo de identificar os lotes através de suas embalagens.
Instruções de Manuseio. O papel logístico final das embalagens é oferecer
instruções de manuseio e de possíveis danos para os responsáveis pelo
manuseio dos materiais. A informação deve atentar para considerações
especiais no manuseio de um produto, tal como contêineres de vidro,
restrições de temperatura, orientações para o empilhamento ou possíveis
preocupações com o meio ambiente. [...]. Materiais para embalagem Inúmeros tipos de material são usados para a embalagem logística, que vão
do tradicional papelão aos mais exóticos tipos de plásticos. (BOWERSOX;
CLOSS; COOPER, 2002, p. 341).
Segundo Gurgel (2007, p. 22): “A embalagem deverá fornecer proteção
contra danos mecânicos, físicos, influências climáticas, contaminações do meio
ambiente e perda de características intrínsecas do produto”.
Concorre juntamente com a questão informativa que as embalagens
devem oferecer acerca do produto ao consumidor, a inclusão de material na
fabricação deste invólucro que proporcione a proteção e segurança.
A proteção é relativa a cuidados que a embalagem confere ao produto,
visto que existe um fluxo deste material, com a possibilidade de choques e outras
adversidades que o produto possa sofrer.
Quanto a segurança que a embalagem oferece, converge no sentido da
qualidade do produto preservado, especialmente quando o produto embalado é
alimento, sendo necessário a segurança em vários aspectos, entre eles a saúde do
consumidor, em que, ressalta-se a preocupação com o tipo de material utilizado na
fabricação da embalagem a ser adquirida e aplicada como invólucro do produto
processado pela indústria alimentícia.
Estes aspectos que enfatizam a importância da embalagem, assim como
a respeito da melhor aquisição em relação ao produto fabricado, tem-se a
necessidade de verificar os aspectos relacionados a estocagem.
3.5.1 Estoque e Logística
Ao fazer aquisições de insumos que atendam a linha de produção, e
consequentemente a demanda. O Administrador de Materiais, diante da função do
53
gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, precisa estar atento ao nível de estoque,
além de outros aspectos ligados a logística, e por vezes, também aos fatores do
marketing do negócio, a exemplo da aquisição de embalagens que assumem a
importância da análise destes fatores.
Assim, precisa compreender a importância das embalagens no contexto
da indústria, em que, Gurgel (2007, p. 86), indica além da preservação e distribuição
dos produtos como vantagens do uso do invólucro, afirmando ser também quesito
referente a vida confortável do ser humano contemporâneo, e deste modo, as
empresas investem cada vez mais em atender suas necessidades, especialmente
nas embalagens que acondicionam alimentos, as quais são desenvolvidas para
satisfazer as características e benefícios acerca da sua utilização diária,
solucionando os problemas referentes ao “tempo de distribuição, pela distância entre
a fonte produtora e os locais de consumo”, além da possibilidade de consumo em
épocas diferentes das estações do ano com relação ao que é adequado ao seu
consumo in natura, destacando-se neste gênero, as carnes, com o rol de outras
vantagens específicas, encontradas através de uma pesquisa realizada:
• A contaminação – Melhor proteção contra contaminação do ambiente,
pelo bom embalamento na origem.
• A qualidade – Uniformização da qualidade pelo embalador.
• O conteúdo – Tranqüilidade do usuário quanto aos pesos e medidas que
são garantidos pelo bom fornecedor.
• A regularização – A possibilidade de se utilizarem os estoques
reguladores e de se aliviarem as pressões em situações sazonais,
resultantes da falta de oferta.
• O ajuste – A redução das quantidades oferecidas em cada embalagem,
para se ajustar às necessidades do consumidor individual e evitar um
tempo elevado de consumo depois de se abrir a embalagem.
• As perdas – A diminuição das perdas de produtos nos canais de
distribuição decorrente do melhor e mais adequado acondicionamento
dos produtos.
• O preparo – Evita-se o deslocamento de uma boa parte dos resíduos do
produto que seriam descartados na casa do usuário, obtendo-se um bom
aproveitamento desse excesso para outras aplicações na própria fábrica.
A função deste gestor caracteriza-se pela importância da compra de
materiais que venham suprir as necessidades da produção, mas atualmente, com as
evoluções que as empresas sofrem com a dinâmica mercadológica e outras forças
que influenciam na tomada de decisões da organização, assim como de todo o
sistema administrativo, em que, observa-se a importância de satisfazer os desejos e
demais anseios dos clientes, sejam intermediários ou consumidores.
Por certo que o encarregado das aquisições de embalagens, precisa
conhecer as necessidades do mercado, a exemplo do caso dos invólucros que
servem para acomodar carnes, evitando a contaminação e perdas do produto, assim
54
como analisar este material sob o foto da sua qualidade total, com os devidos
ajustes para o produto final em sua especificidade, pois a carne tem vários cortes e
tipos, o que deve ser levado em conta na questão da dimensão e peso do produto a
ser envolvido na embalagem, para atender as expectativas de consumo, referindose as embalagens primárias, as quais devem ser exatas no momento do projeto e da
execução, até a entrega na casa do cliente final.
É correto dizer que as embalagens também auxiliam significativamente na
questão da distribuição, visto que a logística se ocupa da armazenagem e
estocagem dos produtos transformados, além de alguns insumos que são prioritários
para o pleno funcionamento da linha de produção.
A armazenagem dos estoques deve ser feita ordenadamente. Deve
proporcionar condições físicas que preservem a qualidade dos artigos
estocados. Depositar estoques no armazém é o mesmo que depositar
dinheiro num banco. O seu objetivo é duplo: proteger a matéria e fazer com
que os estoque sejam úteis para o dono, mediante bom serviço e
armazenamento econômico. (ETTINGER, [19--], p. 56-57).
Deste modo, a vantagem das embalagens para a indústria, tem impacto
positivo no objetivo da realização de armazenagem dos estoques.
Bowersox, Closs e Cooper (2002, p. 338) enfatizam que: “A embalagem
dos produtos em configuração padronizadas e as quantidades de pedidos facilitam a
eficiência nas atividades logísticas”.
Então, o Administrador de Materiais com suas outras nomenclaturas que
possa assumir acerca da empresa que atua, vêm desempenhando funções que
indicam a prioridade da integração dos setores da empresa, da mesma forma que é
importante haver uma coordenação das ações entre a organização industrial e seus
fornecedores, analisando o mercado no qual exercem suas atividades, no sentido de
adequar os projetos das embalagens a logística da produção e distribuição.
O agente comprador deverá, outrossim, possuir uma grande capacidade de
adaptação, para obter o necessário êxito em suas aquisições. Nem sempre
o negócio é a clássica forma de compra e venda. Às vezes, trata-se de um
departamento de suprimentos de uma organização industrial. (ARAÚJO,
1976, p. 45).
Bowersox, Closs e Cooper (2002, p. 338), destacam que somado a
preocupação logística, nota-se a importância que a embalagem tem no aspecto das
vendas, assumindo prioridade nos tempos de hoje, a questão do marketing, que
deve ser analisado por certo ângulo, pelo responsável das compras de embalagens,
visto que: “A definição do projeto final da embalagem exige muitos testes, para
garantir que tanto as especificações de marketing como as de logística sejam
alcançadas”.
55
Destacam-se entre os princípios básicos da armazenagem, segundo
informações de Rodrigues (2003, p. 60-61): planejamento, flexibilidade operacional,
simplificação do fluxo, integração, otimização do espaço físico, otimização de
equipamentos e mão-de-obra, verticalização, automação, controle, segurança,
preço.
Procede também a afirmação de que, o gestor da organização industrial
que é responsável pela aquisição de insumos, entre eles, as embalagens, precisa
realizar tarefas de planejamento, organização, liderança e controle, incluindo a
verificação e análise da demanda e dos fornecedores, que são forças atuantes, e
que influenciam na forma de realizar os negócios da empresa a fim de alcançar sua
meta principal, o lucro.
Existem diversas decisões logísticas que dependem fundamentalmente da
análise dos trade-off de custos envolvidos: entrega direta ou entrega via
centro de distribuição, seleção do modal de transporte, produção para
estoque ou produção contra-pedido e determinação do nível de estoque em
função do serviço ao cliente que se deseja oferecer. Existem outros tradeoff de custo na logística e esta não é uma lista exaustiva. (FIGUEIREDO;
FLEURY; WANKE, 2003, p. 32).
Neste contexto, cabe informar o ensinamento de Rodrigues (2003, p. 61),
o qual destaca a importância do preço, mas principalmente a questão da função do
planejamento a ser realizado pelo administrador, assim ressalta que a
[...] a compatibilidade dos preços calculados a partir da estrutura de custos
resultante do planejamento empresarial com o praticado pelas empresas
congêneres no mercado. Se o preço obtido estiver em desacordo com a
média do mercado, obviamente não houve uma correta avaliação do
cenário e o planejamento deverá ser revisto considerando outras variáveis.
(RODRIGUES, 2003, p. 61).
Ainda com relação as funções do Administrador de Materiais, o qual
também deve ser preocupar com o momento que compreende a aquisição das
embalagens, com o aspecto do preço, pois estes materiais também assumem um
impacto na lista de custos totais diante da planilha da produção industrial.
Deste modo, deve considerar no desempenho de suas funções, a
verificação e análise concernente a aquisição mais adequada de embalagens,
incluindo o seu projeto e avaliação conjunta a outros participantes essenciais neste
momento, a fim de atender e beneficiar o contexto geral, especialmente como
adequado dimensionamento e peso do que será armazenado, distribuído, ou seja,
planejando o fluxo de materiais.
56
A utilidade da embalagem reflete como ela causa impacto na produtividade
e na eficiência das atividades logísticas. Todas as operações de logística
são afetadas pela utilidade da embalagem – o carregamento dos
caminhões, a produtividade nas separações nos armazéns, o transporte e a
utilização cúbica no armazenamento. A eficiência no manuseio de materiais
em todos esses casos é bastante influenciada pelo projeto de embalagem,
sua unitização e suas características de comunicação. (BOWERSOX;
CLOSS; COOPER, 2002, p. 338).
É evidente que a embalagem deve refletir na organização os benefícios e
vantagens, devido ao seu custo empregado na projeção, elaboração e aquisição,
com destaque a eficácia que ela proporciona frente ao manuseio de materiais.
Entre as funções atinentes do Administrador de Materiais, encontra-se a
atenção voltada para o universo do fluxo de materiais e fluxo de informações,
composta por questões como: reposição, recebimento, armazenamento, níveis de
estoque
e
ressuprimento, englobando o
uso de
técnicas
e ferramentas
administrativas, a exemplo da Classificação ABC e Indicadores de Desempenho,
que contribuem significativamente para a verificação e análise destes fluxos.
Rodrigues (2003) destaca as funções que englobam armazenagem,
evidenciado no seu rol, os aspectos relacionados a: descarga, conferência,
recebimento, marcação, separação, segregação, endereçamento, armazenagem
propriamente dita, registros e controles, entrega e estatísticas, não sendo exaustivo
a descrição das funções, mas um roteiro simplificado das principais atividades.
Com relação a descarga, conferência e recebimento dos produtos que
são armazenados, Rodrigues (2003, p. 62), explica que a
[...] retirada das mercadorias a serem armazenadas do veículo
transportador, confronto físico dos itens descarregados com as informações
contidas na documentação de transporte (Nota Fiscal, Conhecimento de
Carga, Documento de Trânsito Aduaneiro, Boleta de Embarque, etc.) e
aposição de assinaturas na documentação relativa à transferência de
responsabilidade sobre a mercadoria. Ao constatar-se alguma rasura
documental ou discordância qualitativa e/ou quantitativa, ou ainda a
existência de avarias prévias, tal fato deverá ser registrado na
documentação de recebimento, com a lavratura do respectivo Termo de
Ocorrência e comunicação às partes interessadas.
Observando os procedimentos atinentes a armazenagem, realizadas
dentro da logística, nota-se a presença desta função como um sistema de gestão,
visto a existência e desenvolvimento de procedimentos operacionais já elencados
como funções realizadas pela Administração de Materiais, sendo necessário o
aperfeiçoamento e aplicação de treinamento do pessoal que atende este setor,
envolvendo as questões de fluxo de materiais, a essencialidade de haver um fluxo
de informações que direcionem essas atividades, a serem executadas com eficácia,
explicando ainda, que:
57
Num armazém mecanizado, aproximadamente 65% do pessoal são
aproveitados em alguma parte da separação de pedidos. Os dois métodos
básicos da coleta de pedidos são a separação individual e a separação por
área, também conhecida como separação de lote. Utilizando a separação
individual, um funcionário completa o pedido de um cliente. Esse não é um
sistema amplamente utilizado. Sua aplicação principal ocorre quando uma
grande quantidade de pequenos pedidos é separada para reembalagem ou
embarque consolidado, como no caso da finalização de pedidos de ecomerce, [...] Contribui para a separação dos itens. (BOWERSOX; CLOSS;
COOPER, 2002, p. 332).
Realmente o mercado consumidor vem cada vez mais evoluindo, numa
dinâmica constante de alterações nos movimentos de consumo, a exemplo do ecomerce, assim como outras transformações, e que devem ser assimiladas pelas
indústrias que pretendem continuar com suas atividades.
A que se tomar atenção a esses e outros movimentos mercadológicos,
para que a indústria possa se tornar competitiva e adequada com sua logística,
melhorando sua performance geral e específica, ou seja, analisando os
procedimentos gerais da cadeia de suprimentos e produção, comungado com seus
objetivos específicos, sem esquecer da principal meta das empresas que tem como
finalidade os resultados lucrativos.
Para realizar os trabalhos de forma adequada, além de compreender o
universo mercadológico, verificando e analisando fornecedores e suprimentos, da
mesma forma que os clientes e a demanda respectivamente, tem-se que a
organização industrial, realizar constantes avaliações acerca das questões internas,
acerca de seus fluxos de informações, mercadorias e financeiro, com dados reais e
atualizados.
Compreendendo a importância de ações preventivas nota-se o destaque
nas palavras de Bowersox, Closs e Cooper (2002), quando relatam acerca do
quesito prioritário de manter um controle acerca do inventário dos produtos, e
afirmam que “as mercadorias devem ser empilhadas seguindo os padrões
determinados, para assegurar máxima estabilidade da carga e contagens precisas
de produtos”, incluindo os que estão nos armazéns e noutros momentos da cadeia
de suprimentos e produção, a exemplo dos centros de distribuição.
Os departamentos de suprimentos e os funcionários que atuam como
agentes compradores nas modernas empresas, contam, hoje em dia, com
poderosos auxiliares, tais como as normas e as referências técnicas, as
especificações, a padronização etc., que são auxiliares imprescindíveis para
aqueles que fazem aquisições, pois pela descrição exata do desejado se
estabelece um clima de compreensão mútua entre os que compram e os
que vendem alguma coisa. (ARAÚJO, 1976, p. 93).
58
Estas questões têm ligação com os procedimentos de trabalhos
realizados de forma adequada, envolvendo ação antecipada de planejamento e
organização, e durante os seus processos de elaboração e execução, serem
controlados pelo gestor de materiais, que deve coordenar de forma eficaz o
recebimento e expedição dos produtos, assim como os outros movimentos que os
materiais realizam durante o seu fluxo, abarcando entre as ações de controle, a
realização de inventário, além de evitar os possíveis problemas de alocação dos
produtos, seja nos armazéns ou demais locais a serem dispostos, minimizando
impactos negativos, a exemplo da falta de espaço ou custos excessivos e
desnecessários em relação a estes universo, ocupando-se dos fluxos de
informações para impedir os desperdícios.
Quanto a armazenagem propriamente dita, sabe-se que:
[...] compreende a adequada transferência dos volumes da doca ou outro
ponto de descarga para o local de empilhamento onde serão armazenados,
devidamente protegidos de agentes humanos, físicos, químicos ou
ambientais capazes de comprometer a integridade e estrutura da
embalagem e seu conteúdo. (RODRIGUES, 2003, p. 64).
Além de evitar os desperdícios que resultam em custos desnecessários
para a organização, em relação aos espaços dos depósitos de estocagem, cabe
destacar a importância do correto transporte de movimentação das cargas.
Conforme ensinamento de Bowersox, Closs e Cooper (2002, p. 51), a
importância dada às unidades de transporte durante a movimentação dos materiais,
ou seja, as embalagens de unitização e conteinerização, abarca a facilidade trazida
com o manuseio de materiais, entre um ponto e outro da cadeia de suprimentos e
produção:
Dentro do armazém, o manuseio de materiais é uma atividade importante.
Os produtos devem ser recebidos, movimentado, estocados, classificados e
montados, a fim de satisfazer as exigências do cliente. A mão-de-obra e o
capital diretamente investidos em equipamentos de manuseio de materiais
são elementos significativos do custo logístico total. Quando desempenhado
de forma inferior, o manuseio de materiais pode resultar em danos
substanciais nos produtos. De forma racional, pode-se dizer que quanto
menos o produto é manuseado, menor é o potencial para produtos
danificados, e a eficiência total do local de armazenamento aumenta.
Para que isto não ocorra, ou seja, o desperdício de qualquer natureza,
tem-se que salientar a importância de ações relacionadas ao armazenamento, a
exemplo dos registros e controles, assim como as estatísticas, somadas as questões
de marcação, separação, segregação e endereçamento, as quais fazem parte do
aspecto burocrático, mas necessários para que a entrega dos produtos
armazenados, assim como sua guarda, sejam eficazes.
59
É importante priorizar os aspectos de estocagem e distribuição dos
produtos, compreendendo a essência de elaborar um plano de ação que envolva os
melhores meios de transporte e alocação de mercadorias, entre eles, Rodrigues
(2003, p. 67) destaca a presença de almoxarifado que são “depósitos próprios,
ligados à movimentação interna de uma empresa, destinados à guarda, proteção e
controle dos diferentes insumos consumidos durante o processo de transformação”,
assim como ressalta a importância dos depósitos denominados de armazéns que
são “destinados à estocagem, guarda, proteção e controle de materiais acabados,
destinados a consumo ou transformação futura, ou ainda para possibilitar a
consolidação de lotes a serem despachados, por períodos mais ou menos longos”.
Com relação ao estudo presente, ainda observa-se a especificação de um
tipo especial de armazém, que permite a estocagem de alimentos, protegendo-os
através das características naturais deste produto, como mercadoria que deve estar
congelada para uma maior durabilidade, e poder ser transportada e distribuída,
mantendo-se a qualidade do produto em si, ou seja, exercendo o armazém a
finalidade a que se destina com atenção ao produto que será guarnecido, assim,
estes depósitos são descritos como especiais, com paredes forradas por materiais
isolantes, dispondo de sistema próprio de refrigeração, câmaras frigoríficas
hermeticamente isoladas e túneis para congelamento rápido, com possibilidade de
manter controle sobre as temperaturas. (RODRIGUES, 2003, p. 70).
A importância dos estoques e armazenagem dos produtos envolvem com
destaque os quesitos acerca das formas com que as mercadorias são
movimentadas de um local para outro, além de seu acondicionamento, relacionandose com os fundamentos da gestão de armazenagem.
Bowersox, Closs e Cooper (2002, p. 52) descrevem acerca dos
minissistemas que compõem o processo logístico total, sendo que podem ser
operados os lotes produzidos e movimentados pela cadeia de suprimentos e
produção, através de sistemas e ferramentas manuais ou mecanizados, e estes
podem ainda ser automatizando, facilitando os transportes de carga dos materiais,
com rapidez e tranqüilidade, contribuindo com o manuseio dos produtos, que sofrem
um fluxo constante, embora cada armazém e o conjunto logístico de cada indústria,
possuam características distintas, ressalta-se que estes sistemas devem ser
“efetivamente integrados nas operações logísticas de uma empresa”, tanto o
armazenamento e o manuseio de materiais, o que é realizado através do uso de
embalagens de unitização ou conteirinização.
60
Fator importante neste contexto entre distribuição, movimentação e
alocação dos materiais, tem-se a previsão do tempo de ressuprimento, em que:
Pode ocorrer falta de mercadorias por causa de atrasos na entrega dos
pedidos de ressuprimento e não devido a incrementos inesperados da
demanda. Às vezes, os estoques estão em níveis excessivos por razões
opostas. Da mesma forma que a demanda, os tempos de ressuprimento
não são conhecidos com exatidão para a maioria dos itens de inventário e,
portanto, também devem ser previstos. A previsão do tempo de
ressuprimento (ou tempo de ciclo de pedido) tende a ser menos sofisticado
que a previsão de demanda. Por exemplo, ao invés de usar uma técnica
como a suavização exponencial, pode-se simplesmente montar uma
amostra de tempos passados e calcular o tempo médio e sua variabilidade.
Muitas empresas não mantêm registros atualizados do tempo de reposição
para todos os itens de sua linha de produtos da mesma forma como fazem
com suas vendas. Caso necessite-se de informações sobre esse tempo,
pode-se montar uma experiência e acompanhar alguns pedidos à medida
que eles percorrem o canal de suprimentos. Os tempos resultantes podem
ser usados como estimativas dos tempos de ressuprimento para todos os
outros itens. (BALLOU, 2007, p. 217).
É importante conjugar certas técnicas da Administração de Empresas
para haver a eficácia na gestão dos negócios, assim, observa-se que a previsão do
ressuprimento deve ser conjugada com a classificação ABC, para não haver falta de
suprimentos para a linha de produção, e notando a importância das embalagens em
seus vários aspectos, este deve ser um dos itens verificados neste quesito de
identificação de quanto deve ser realizado o ressuprimento, que envolve além do
fluxo de materiais, a importância das informações e seu fluxo dentro da empresa.
É uma etapa crítica que consiste em avaliar o desempenho dos
fornecedores dos itens classificados como estratégicos. Uma ferramenta de
uso tradicional nesta etapa é a análise de Pareto, que nesse caso estipula
que 20% dos fornecedores são responsáveis por 80% dos desempenhos
abaixo do esperado. São justamente os fornecedores desse grupo os
potenciais candidatos para o plano de desenvolvimento conjunto. (PIRES,
2004, p. 161).
Tabela 1 – Resumo aproximado de como realizar a Classificação ABC.
Classe
A
B
C
Nº de Itens
15%
30%
55%
Valor
70%
20%
10%
Fonte: (Rodrigues, 2003, p. 49).
Conforme
explicações
acerca
da
importância
de
identificar
os
fornecedores críticos, nota-se que um dos critérios se encontra na questão da
análise do estoque, ou seja, caracterizando os vários itens que compõem o estoque,
com aplicação de procedimentos adequados, entre eles, tem-se a apresentação do
uso de amostragem para realizar análise de Pareto, também conhecida como
técnica da Curva ou Classificação ABC.
61
O resultado é imediato. Pela sua importância, os itens arrolados na classe A
da curva ABC merecerão tratamento administrativo mais acurado e até
mesmo a atenção personalizada, pois neles residirá o êxito ou o fracasso da
administração de estoques. Os itens B podem sofrer um tratamento menos
sofisticado, observando-se os Lotes Econômicos de Compras e garantindo
que os controles sigam as normas estabelecidas. Quanto aos itens C, os
procedimentos devem ser bem simples, apenas com registros de entrada e
saída e as reposições rotineiras. (RODRIGUES, 2003, p. 49).
Exatamente no universo das constatações acerca do fluxo de materiais,
com o devido uso das informações, encontra-se as ferramentas de Administração de
Empresas, as quais propiciam a eficácia do negócio empreendido, obtendo a
identificação dos materiais, sejam aqueles alocados ou em transito, sempre na
busca de trazer benefícios e vantagens para a empresa, diminuindo os custos e
desperdícios.
Ettinger ([19--], p. 51), também destaca a importância de haver a
“identificação física dos materiais” estocados, buscando evitar o desperdício,
especificando o caso de usar “sinais apropriados (marcas, rótulos)”, visando a
identificação de quais os itens que merecem maior atenção em relação aos outros
materiais menos importantes na produção.
Exemplo de desperdício que envolve a ausência de informações acerca
da identificação dos materiais, e a execução de atividades coordenadas entre os
vários setores da empresa, assim como dos colaboradores externos e análise da
demanda, tem-se na relação com a questão da quantidade, neste caso específico,
demonstrando a importância das caixas pedidas durante o momento de aquisição de
embalagens, sendo que uma das vantagens destes invólucros é a diminuição do
volume de estoques, os quais devem evitar desperdícios, ou seja:
O objetivo é comprar em quantidades múltiplas, relacionadas à capacidade
de acomodação nos paletes. Por exemplo, se de maneira adequada um
produto for empilhado num padrão de 50 caixa, o comprador deve fazer o
pedido na forma de múltiplos de 50. Se o pedido for de 120 caixas, serão
utilizados dois paletes completos e um terceiro com apenas 20 caixas.
Essas 20 caixas a mais ocuparão o espaço cúbico de um palete projetado
para 50 caixas, utilizando a mesma capacidade de manuseio de materiais
para sua movimentação. (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2002, p. 333).
Mas neste caso, tem-se a questão desta quantidade exata dos múltiplos
oferecerem impacto direto no fator da demanda, o que envolve a importância de
haver estudos sobre os indicadores de desempenho, classificação ABC, e ações
coordenadas entre aqueles que trabalham com as embalagens e estoques na
indústria.
62
Por certo que no contexto dos procedimentos realizados pelas indústrias,
as quais realizam atividades de manufatura, com a transformação de insumos em
produtos acabados ou semi-acabados, mas especialmente no caso dos que já se
encontram finalizados para o consumo, ou seja, conforme explicação de Faria (1982,
p. 204), estes são os centros produtivos: “[...]conhecidos como fábricas, que
modificam, adicionam, ou melhoram as características, aspectos, aplicações,
destinos, utilizações e valores dos elementos, tornando os insumos iniciais mais
adequados aos anseios dos consumidores”, deve haver trabalhos e procedimentos
coordenados, com a gestão eficaz, envolvendo ações de planejamento diante do
universo logístico da cadeia de suprimento e de produção, trazendo resultados
positivos para a organização e empreendimento industrial.
O planejamento da cadeia de suprimentos começa com um modelo
conceitual das atividades que devem ser realizadas, determina o tempo
necessário para o processamento de cada componente e, em seguida,
programa cada processo de forma a concluir a seqüência no momento
correto. Em um nível mais abrangente, o atendimento à demanda é
composto de três processos fundamentais: adquirir os materiais
necessários, fabricar os produtos e distribuí-los aos clientes. (TAYLOR,
2005, p. 213).
Quando se fala em Benchmarking, Just-In-Time, Qualidade Total, entre
outras filosofias da ciência que abarca a Administração de Empresas, existe a
preocupação final com o lucro, visando entender os meios adequados de proceder
para atingi-lo, entre estas filosofias e as técnicas, assim como as ferramentas
administrativas.
Observa-se os termos simplificação e racionalização, que invocam a
indicação de realizar as tarefas sem envolver questões complexas, e principalmente
desnecessárias, evitando desperdícios e gastos, mas envolver investimentos que
possam beneficiar a organização no seu contexto geral.
Essas questões devem ser conduzidas pelas funções de gestão, que
devem minimizar os trade-off que ocorrem, segundo as informações de Figueiredo,
Fleury e Wanke (2003, p. 30), em que, devido ao querer aplicar muitas ações e
envolver uma rede complexa de dados, que nunca são informações úteis, além de
envolver a dedicação em várias frentes, a exemplo de quando se busca produzir o
material e entregar ao consumidor o produto mercadológico impossível. O qual é
caracterizado com qualidade máxima, além de preço baixo e no menor tempo entre
os concorrentes, deixando de atuar de maneira consciente e eficaz.
63
Do contrário, o Administrador de Materiais deve simplificar e racionalizar
suas atitudes, a exemplo do uso de ressuprimento enxuto, e projetos adequados de
embalagem, com avaliação dos fornecedores, e outras ações, mas sempre com
planejamento e visando a possibilidade da execução destas tarefas, especialmente
com os estudos dos indicadores de desempenho, conhecendo as forças que atuam
no universo que a indústria atua, em toda a cadeia de suprimento e produção,
incluindo a comercialização do produto.
A principal atitude gerencial para racionalizar os fluxos de Recebimento e
Entrega é sistematizar, regulamentar, planejar e coordenar a chegada dos
veículos de transporte rodoviários e ferroviários, evitando que cheguem
todos ao mesmo tempo no início do dia, congestionando a áreas do terminal
e, posteriormente, que não mais hajam chegadas de carga até o final do
dia. (RODRIGUES, 2003, p. 118).
As questões pertinentes ao estoque e logística dos produtos embalados,
envolvem aspectos acerca do fluxo que o processo de produção e distribuição das
mercadorias.
Para racionalizar e simplificar as operações relacionada ao estoque e
distribuição logística dos produtos, tem-se que compreender os fluxos de materiais e
fluxos de informações.
3.5.2 Fluxo
Na aquisição de materiais, entre eles, as embalagens, as empresas
buscam atender as necessidades dos consumidores, e durante o fluxo de materiais,
que envolvem os processos de fabricação e estocagem, com a gama de outras
etapas pormenorizadas do conjunto logístico, assim como a natureza do marketing
dos invólucros, somado as questões financeiras. Tendo a identificação de três
vertentes prioritárias a serem realizadas no gerenciamento da cadeia de
suprimentos, com análise dos fluxos de materiais, financeiro e das informações
atinentes a este universo.
Conforme já identificado por Bowersox, Closs e Cooper (2002), às
embalagens contribuem para o fluxo de materiais, financeiro e de informações.
Gurgel (2007, p. 26), explica sobre a importância de prevenir futuros
transtornos diante da cadeia de distribuição, em que “o desenvolvimento do produto
e de sua embalagem deve sempre levar em consideração aspectos de interligação
com a modulação industrial”. Sendo este um exemplo que caracteriza o estudo
destes três fluxos concomitantemente, quando há preocupação com a eficácia do
gerenciamento da cadeia de suprimentos.
64
Com certeza que a prevenção é ato coerente, devendo ser atitude
constante nas funções administrativas, visando atingir o sucesso empresarial, seja
com o planejamento, organização, liderança ou controle, é principalmente quando
são realizadas na mesma tarefa, como no caso específico da análise que irá instituir
a melhor aquisição de embalagem a suprir as estratégias da organização.
Diante do caso concreto, tem-se que Gurgel (2007) identifica importância
de realizar os fluxos pertinentes aos materiais, juntamente com as questões
financeiras e aos aspectos de informação atinentes as embalagens, com a execução
desta tarefa, de forma rápida e com qualidade, sempre buscando as melhores
soluções diante destes três níveis estratégicos da administração dos negócios.
Desta maneira, havendo a realização da função administrativa formada
pela conjugação destes três fluxos, envolvendo integração e coordenação das
atividades de gestão entre os setores internos e colaboradores externos da
empresa, em que, Silva e Fleury (2000) já destacaram esses critérios como
essenciais para o sucesso de uma empresa do setor alimentício que buscou o elo
entre o setor de produção e comercialização de uma determinada organização,
unida aos demais componentes de uma mesma cadeia de suprimentos, que atingiu
suas metas e alcançou o sucesso do empreendimento, especialmente com uso das
tecnologias de produção e comunicação, fortalecendo os processos logísticos desta
empresa, devendo ser seguido suas realizações pelas empresas que vislumbram o
sucesso dos negócios.
Eficácia do conjunto de atividades que compõem o fluxo de materiais,
envolvendo a necessidade de agir com qualidade, exigindo a fundamentação das
ações com base nas informações adequadas e efetivas, concorrendo diretamente
com a importância do fluxo financeiro, haja vista que a meta das empresas com fins
lucrativos é o lucro financeiro.
Deste modo, uma das prioridades no gerenciamento da cadeia de
suprimentos, diante da aquisição de embalagens, surge na identificação dos custos
que estes elementos tem sobre o contexto geral das planilhas de calculo e finanças
da organização. Mas não deve esquecer de administrar este foco, com visão geral
dos fatores relacionados, incluindo os benefícios e vantagens que as embalagens
trazem para a totalidade do processo.
O produto recebe inicialmente uma embalagem de contenção e,
posteriormente, uma embalagem de apresentação, com a qual se apresenta
no ponto-de-venda. Em seguida, as embalagens de apresentação são
agregadas em múltiplos, formando as embalagens de comercialização. As
embalagens de comercialização podem ser agregadas em um múltiplo,
formando a Unimov, que é o produto para a movimentação mais segura e
econômica. (GURGEL, 2007, p. 27).
65
Para Gurgel (2007, p. 28): “Esse sistema permite a modulação dos
equipamentos de movimentação, armazenagem e transporte da indústria, dos
atacadistas e dos distribuidores para uma operação de carga, descarga e
armazenamento muito eficiente”.
Na realidade, a palavra é eficácia, sendo o objetivo singular entre
fornecedores e a indústria que transforma a matéria-prima em produto final.
Tem-se como exemplo, a indústria que trabalha com os cortes de frango,
e precisam realizar a entrega do produto e mantê-lo com a mesma qualidade até o
seu consumo. Assim, destaca-se a importância de se trabalhar com carne em ótimas
condições, abatendo apenas os frangos que tenham qualidade, e mantendo esse
critério durante a manipulação realizada na linha de produção, visando a excelência
do produto final, com aquisição de embalagens que promovam vantagens ao
produto.
Essas
vantagens
devem
ser
observadas
com
indicadores
de
desempenho, avaliando os processos decorrentes da cadeia de suprimentos,
através dos administradores da empresa, seja por intermédio dos gestores setoriais,
assim como é útil realizar pesquisa de satisfação dos clientes, visto que eles
caracterizam a demanda. Deste modo, a prática de abrir espaço aos consumidores,
com canais de comunicação, seja eles de qualquer natureza, servem de meios úteis
ao relacionamento entre clientes e fabricante, contribuindo como orientação
estratégica para a empresa, a qual deve se tornar flexível perante as necessidades e
a dinâmica do mercado, e então
[...] começam a aparecer dificuldades no processo, principalmente no
reconhecimento das fontes de fornecimento que podem oferecer maior
competitividade. Existe uma maior necessidade de obter informações sobre
o desempenho dos fornecedores e de suas qualificações, seja para serviços
simples ou complexos, seja para materiais que comporão produtos já
existentes ou para novos produtos que requerem perfis diferenciados de
fornecedores. (BERTAGLIA, 2003, p. 108).
Este contato evidencia a imagem que a indústria tem com aquele que
atua no extremo da cadeia produtiva, assim, observa-se sugestões de inovações,
além de apontamento acerca de possíveis falhas ou confirmação da satisfação com
o produto adquirido.
Para Gurgel (2007, p. 29), a questão essencial deste procedimento,
evidencia a importância da interação dos integrantes da cadeia logística industrial,
sendo que a embalagem faz parte de um sistema complexo de vantagens,
colaborando com outros sistemas, a exemplo do fluxo de materiais convergentes
das funções administrativas, a qual engloba a “movimentação das matérias-primas,
parte e componentes até a distribuição física interna à fábrica e a externa, conhecida
66
como distribuição urbana”, e devido a essa característica, que evidência o impacto
negativo sobre o produto, ou seja, “o excesso de manuseio a que é submetido em
toda a cadeia de distribuição”, sendo essencial a aplicação de atenuantes neste
processo.
Evitar os excessos de manuseio, assim como outras questões que
influenciam o produto comercializado de maneira negativa, nota-se a prioridade do
envolvimento e participação de todos os integrantes da cadeia de suprimentos, além
da execução eficaz dos fluxos que atingem diretamente esse processo de fabricação
e consumação de mercadorias, a fim de executar o processo da melhor maneira,
com o menor impacto possível, trazendo benefícios ao produto.
Para ser efetivada a aquisição das embalagens, certamente que a
organização precisa manter relações com os fornecedores, buscando atingir suas
estratégias, o que evidência a importância de ações coordenadas.
3.5.3 Fornecimento
Os fornecedores são importantes colaboradores de qualquer organização,
especialmente as industriais, em que, eles suprem-nas com matéria-prima, além de
abastecer com outros materiais, entre eles, as embalagens que são essências para
que o produto possa ser movimentado pelos diversos estágios que segue após a
transformação dos insumos em produto final, que tem como ponto final o
consumidor.
Ballou (2007, p. 99) ao descrever sobre o “conceito da curva ABC, com
sua decorrente classificação de produtos, providência lógica baseada no nível de
vendas para decidir quais produtos devem receber diferentes níveis de tratamento
logístico”, o que influência diretamente na importância do fornecedor.
Por certo que aqueles produtos que são mais consumidos, envolvem
consequentemente a aplicação maior de determinados insumos, destacando a
importância de aquisição deste item que irá suprir a linha de produção, havendo a
prioridade dos elementos que compõem a classe A desta classificação, pois são os
mais utilizados.
Além da possibilidade das embalagens serem identificadas como
elementos logísticos, assumindo a classificação A, participando de forma destacada
na análise deste critério, o qual tem ligação com critérios de estocagem, nota-se que
outros fatores são essências na concepção de serem itens importantes para a
organização, tanto em outros aspectos logísticos, como na visão de marketing.
67
Daí a necessidade dos atrativos visuais da embalagem, a qual acaba
tornando-se uma espécie de ‘vendedor silencioso’. Percebe-se, portanto, a
importância da embalagem no mercado consumidor. A globalização
mercadológica promove uma oferta cada vez maior de produtos, na mesma
proporção da exigência da qualidade. A indústria de embalagens, por sua
vez, não é exceção, ou seja, à medida que aumentam as exigências de
qualidade de produtos, cresce igualmente a necessidade de fazer
embalagens mais adequadas, convenientes e competitivas. (ABRE, 2009
[s.p.]).
Estes
aspectos
concernentes
a
aquisição
de
embalagens,
vêm
transformando as relações entre os fornecedores e compradores deste material, os
quais vêm trabalhando junto com vários de seus clientes, ou seja, as organizações
industriais que transformam as matérias-primas em produto final para serem
distribuídos ou diretamente entregues aos consumidores.
Diante desta perspectiva, Gurgel (2007, p. 197) afirma que:
Os fornecedores de embalagem sempre inventam novos materiais e novas
tecnologias. Devemos aproveitar essa criatividade dos fornecedores para
tornar as nossas embalagens mais excitantes, mais diferenciadas e agregar
mais valor reconhecido pelo consumidor dos nossos produtos.
Conforme já evidenciado, hoje o produto e a embalagem se tornaram
singulares, um único elemento, sendo essencial à realização de um trabalho
conjunto entre o fabricante do produto final e os fornecedores de suprimentos, entre
eles, os responsáveis pelas embalagens utilizadas como invólucro dos produtos.
Ballou (2007, p. 99) afirma que:
Dentre as características mais importantes do produto que influenciam a
estratégia de distribuição estão os atributos do próprio produto. Eles são
peso, volume, valor, perecibilidade, inflamabilidade e substitutibilidade. Nas
suas várias combinações, estes atributos indicam as necessidades para
armazenagem, estoques, transporte, manuseio e processamento do pedido.
Essas combinações são mais bem discutidas se divididas em quatro
categorias: (1) relação peso-volume (densidade), (2) relação valor-peso, (3)
substitutibilidade e (4) características de risco (periculosidade).
Neste contexto, percebe-se como é imprescindível a avaliação da
embalagem, visto que ela deve oferecer qualidade e atender aos diversos aspectos
que compõem a logística, e também o aspecto relacionado ao marketing do negócio.
Então, a avaliação das embalagens deve constituir todo o processo,
desde seu projeto, passando pela entrega deste invólucro à indústria que fabrica o
produto que será distribuído, e verificando sua qualidade até o momento que o
cliente final irá consumir o produto.
Significa que a embalagem percorre juntamente com o produto, certas
etapas da cadeia de suprimentos, devendo assumir uma postura positiva durante o
seu “ciclo de vida”, em que: “Essa avaliação não deverá considerar somente as
68
posições das pessoas que dirigem a empresa, mas, principalmente, a opinião das
que participam do segmento de mercado para o qual a embalagem foi destinada”,
sendo fundamental haver a participação dos consumidores na avaliação das
embalagens. (GURGEL, 2007, p. 325).
Com relação à avaliação da embalagem, consequentemente, há que se
avaliar o fornecedor deste insumo em específico, o qual abastece a indústria de
transformação, deste modo, apresenta-se através do Anexo C um modelo de como
realizar esta tarefa.
3.6 CLIENTES E INDICADORES
Todas essas descrições acerca da importância da Administração de
Materiais, incluindo a preocupação com logística, envolvendo fluxos de materiais e
informações, incluem os objetivos de trazer um produto e prestação de serviço que
assegure a qualidade, especialmente na concepção do cliente.
Segundo Gomes (2005), ações dentro de organização voltadas para
permanência e crescimento no mercado atual, considerando fatores de globalização
e alta competitividade, devem se estruturar com base sólida. Elas devem incluir a
constante manutenção de informações acerca do que acontece na empresa, sempre
buscando prevenir problemas, e quando eles surgem, corrigi-los, sempre seguindo
essa ordem, visto que a prevenção de eventos danosos dentro da organização,
refletem na maior satisfação dos clientes, além de custar menos.
Las Casas (2006, p. 14), explica que o fluxo de informações é essencial
dentro das organizações contemporâneas, exigindo colaboração entre todos os
envolvidos nas atividades da indústria, desde o acompanhamento das ações dos
fornecedores, até os movimentos dos clientes, sem deixar de verificar o que
acontece dentro da empresa, analisando todas as informações, visto que “são a
matéria-prima do trabalho de planejamento para qualquer organização. Nos
ambientes em que as empresas atuam, os concorrentes alteram-se rapidamente e
os ciclos dos produtos estão mais curtos, aumentando a diversificação”.
Sem as informações, especialmente aquelas que visam à eficácia das
atividades na organização, a mesma fica fadada ao insucesso, pois hoje
vivenciamos a era da informação e da comunicação.
Informações fazem parte do que muitos estudiosos denominam de
Indicadores de Desempenho, embora haja distinções entre os pontos de vista dos
69
autores, mas sempre existe a conexão dos conceitos diversos, com a questão da
importância da informação.
Com relação a importância dos indicadores de desempenho, assim como
do fluxo de informações, tem-se a caracterização prioritária da busca constante da
qualidade total, a qual visa o sucesso como resultado final, e neste sentido, destacase a aplicação do conceito de benchmarking.
Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p. 99) evidenciam que:
Embora o foco possa variar, um processo-padrão de benchmarking passa,
necessariamente, pela identificação e priorização dos processos-alvos de
benchmarking, pela seleção dos indicadores de desempenho a serem
comparados em cada processo, pela seleção de empresas leading-edge
nos processos selecionados, pela comparação entre os processos e,
finalmente, pela análise dos fatores que motivam as diferenças
encontradas. A etapa de implementação deve estar suportada pelo
planejamento dos passos necessários à modificação dos processos.
Compondo
de
maneira
resumida,
tem-se
o
procedimento
de
benchmarking, que visa a eficácia dos procedimentos da organização, que pretende
atingir de maneira positiva o mercado competitivo que atualmente vivenciamos,
estabelecendo as seguintes etapas:
Seleção de processos e
indicadores a serem
comparados
Comparação com outras
empresas
Entendimento dos
motivadores das
diferenças
Identificação dos passos
necessários às mudanças
Figura 3 – Processo genérico de benchmarking
Fonte: (Figueiredo; Fleury; Wanke, 2003, p. 99).
Entre os pontos de destaque na constatação dos indicadores de
desempenho, nota-se a busca pela qualidade. Essa característica e índice de
aprovação de um determinado aspecto, deve ser observada a partir da concepção
do cliente final, sendo a qualidade “entendida como a capacidade de promover a
satisfação de uma necessidade, de forma adequada às preferências do consumidor,
o que significa estar adequada ao uso”. (JURAN, c1995, p.103).
70
Certo é que com determinadas informações assimiladas, o administrador
tem como planejar e estruturar ações eficazes, aplicando estratégias voltadas para o
sucesso do empreendimento, e para sua realização e utilização coerente, deve
sempre renovar os dados, através de indicadores, especialmente os relacionados ao
desempenho das áreas fundamentais da organização empresarial, entre eles a
necessidade de satisfazer o cliente, para que o mesmo retorne e a empresa
continue com suas atividades. Contudo, outros indicadores são essenciais, visto que
a empresa tem a meta do lucro, envolvendo diversos aspectos relacionados a
fornecedores, e os fluxos de mercadorias, com os respectivos custos para se manter
a empresa funcionando e com margem que resulte nos lucros.
Certamente que a meta final do lucro, realiza-se através daqueles que
são verdadeiros lideres no conjunto do que é administrar, fazem a diferença entre
empresa de sucesso em relação as de insucesso. Em que, alcançam os maiores
lucros e a continuidade dos negócios.
Os negócios na percepção de Tranjan (2008, p. 14), acontecem através
das pessoas e suas relações. Entre elas, o que acontece durante o elo de
fornecimento até o consumo de mercadorias, por meio da compra e venda. Mais do
que isso, encontra-se neste contexto toda a gama de intenções subjetivas e ações
normalmente não vistas entre alguns destes participantes, a exemplo do
planejamento e fidelidade.
Conforme explicações de Rossi e Slongo (1998), os indicadores de
desempenho, são úteis na medida que se busca a qualidade dos serviços e
produtos oferecidos aos clientes, ou seja, mensurar a satisfação dos clientes com
objetivo de receber benefícios, a exemplo da continuidade das atividades e alcance
dos lucros desejados pela diretoria da empresa.
Mas o administrador, deve antes ter as informações necessárias,
contendo os dados de custos, tempos, desejos, e outros mais que devem ser
conjugados de forma criteriosa e coerente a realidade vivenciada. Quer dizer, a
intenção de satisfazer os clientes, provém do desejo de continuar com as atividades
de maneira lucrativa. Então, não basta simplesmente atender a demanda a qualquer
custo.
O cliente tem que sentir-se satisfeito, para continuar adquirindo produtos
da organização. Para alcançar a satisfação, existe a necessidade de administrar a
empresa com visão ampla, percebendo os pontos fortes e fracos, melhorando e
71
fortalecendo o que já é realizado de maneira correta. E buscando solucionar os
problemas encontrados, entre eles, os desperdícios que majoram os custos e
diminuem a capacidade de concorrência da organização frente a outras empresas, e
correndo risco de não atender as expectativas dos clientes.
Para que o administrador possa compreender a realidade da organização,
o mesmo precisa ter informações sobre os aspectos internos e externos acerca da
empresa. Significa que antes de planejar ou discutir estratégias para atingir a meta
principal, que é o lucro, surge a necessidade de perceber quais os indicadores de
desempenho são úteis para detectar o que funciona ou não de maneira eficaz.
Os
indicadores
de
desempenho
como
instrumento
a
favor
da
administração e gestão do empreendimento, devem ser viáveis a organização que
os utiliza, neste sentido, Rosa et al. (1995, p. 522) afirma que deve ser utilizado
parâmetros a partir de “informações necessárias para que as equipes gerenciais
possam administrar a competitividade do sistema organizacional”.
Indicador de desempenho tem a função de identificar a realidade e
proporcionar uma visão geral da organização, posteriormente se busca a melhoria,
com planejamento estruturado a partir destas informações eficazes a gestão.
Borgatti Neto (2009), afirma que os pontos fundamentais para aplicar os
indicadores de desempenho, acontecem no âmbito dos fluxos de mercadorias e
informações, contemplando principalmente os fatores relacionados aos fornecedores
e clientes da organização, da mesma forma que a atenção aos aspectos
operacionais da empresa. Destacando ainda, que os indicadores de desempenho
devem
ser
constante
ferramenta
utilizada
pelo
administrador,
trazendo
conhecimento necessário para a realização do planejamento e estratégias futuras.
Deming (2003) através de seus estudos, alcançou o entendimento de
técnicas que foram utilizadas especialmente no Japão, país altamente competitivo,
visando sempre a qualidade dos produtos e serviços prestados aos clientes, focando
atenção aos fornecedores e colaboradores internos, afirmando que para haver a
gestão de sucesso, os gerentes devem ter uso de medidas eficazes, as quais
apenas se configuram quando podem ser definidas, entendidas.
Além desta ferramenta, outras já destacadas ou a destacar, são
essenciais para a administração geral, assim como na aplicação dos recursos
logísticos da empresa, através do Administrador de Materiais, tendo a busca pela
qualidade, em que, ressalta-se a filosofia Benchmarking.
72
Conforme a Fundação Nacional da Qualidade (2009), nesta filosofia,
observa-se a importância de aplicar os indicadores de desempenho, visto que um
processo de comparação destes índices de uma para outra organização. Acima
disto, os indicadores de desempenho “servem para medir a eficácia dessas
decisões” realizadas pelos administradores, constituindo-se no “elo entre às
estratégias e o resultado das atividades”. Pois nestes indicadores, tem-se a
observação de algumas ações prioritárias, como os ciclos de compra, prazo de
entrega, relacionados ao fornecimento de insumos e também a preocupação com a
satisfação dos clientes, as quais englobam a gestão de processos fundamentais
para a continuidade do empreendimento.
Fazer benchmarking é abraçar a idéia da gestão de processos específica
como pressuposto fundamental. Todas as vezes que um estudo de
benchmarking surgir, a gestão específica de processos será enfatizada. Por
isso, o processo é uma palavra que aparece em quase todas as definições
que se podem formular a respeito não só da tecnologia em análise, mas de
muitas outras que estamos tratando. (ARAUJO, 2007, p. 197).
Para Kotler (2000, p. 249), benchmarking é “a arte de aprender com as
empresas que apresentam um desempenho superior em algumas áreas”, o qual
juntamente com outras técnicas e ferramentas da Administração de Empresas, tem a
função
de
proporcionar
a
melhoria
contínua
das
ações
realizadas
no
empreendimento.
Por certo que a implantação de indicadores que identifiquem como está
sendo gerenciado o negócio, evidenciando também os aspectos mercadológicos,
assim como a satisfação ou não dos clientes, ou seja, destacando a posição da
demanda em relação a organização, assim como, apresentando a real colaboração
existente entre a organização e seus fornecedores, são essenciais, especialmente
quando realidade de maneira racional e simplificada, sem deixar de lado a eficaz
execução das tarefas da linha de produção da empresa.
73
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Os procedimentos metodológicos tratam acerca da estrutura da pesquisa
e o desenvolvimento do estudo, os quais seguem um roteiro, zelando pelo sistema
cientifico de abordagem, embora exista mais de um tipo de caminho a ser percorrido
até o alcance dos resultados pretendidos.
Demo (1985, p. 19) explica que procedimento é a forma como esses
caminhos são percorridos, com uso de instrumentos científicos que oferecem maior
credibilidade ao estudo, visto que é executado com metodologia, que identifica essa
“preocupação instrumental”. Fazendo parte do que seja a pesquisa, envolvendo a
busca de possíveis soluções a certo problema identificado logo no início dos
procedimentos do estudo.
Completa a idéia sobre pesquisa, as palavras de Barros e Lehfel (2000)
ao destacarem a importância de traçar um roteiro de estudo para que se adquira o
conhecimento necessário a possível solução do problema proposto no início do
trabalho científico, através do empenho do pesquisador.
Os procedimentos metodológicos envolvem vários tipos, abordagens e
métodos da pesquisa, sendo necessário identificar quais deles foram úteis ao
desenvolvimento da presente pesquisa.
4.1 TIPO, ABORDAGEM E MÉTODOS DA PESQUISA
Com relação a este estudo, tem-se a identificação quanto ao tipo de
pesquisa, abordagem e métodos, sendo: tipo exploratória, com abordagem e método
qualitativo e quantitativo, compreendendo a aplicação de pesquisa bibliográfica e
documental.
A pesquisa exploratória, conforme Andrade (2005, p. 124) visa
“proporcionar maiores informações sobre determinado assunto”, a qual busca
alcançar os objetivos da pesquisa, a qual tem ligação com o procedimento e método
de abordagem.
Para Barbetta (2007), as informações precisam ser comprovadas,
havendo o zelo do pesquisador durante a abordagem do assunto, em colher
informações necessárias a provar a confiabilidade dos resultados, envolvendo
procedimentos metodológicos adequados para a devida coleta de dados.
74
Neste sentido, destaca-se a pesquisa qualitativa e quantitativa, ambas
diretamente ligadas aos procedimentos de coleta e tratamento dos dados, a primeira
refere-se ao aspecto exploratório de determinar a complexidade do problema e a
classificação dos processos diante da dinâmica do como é feito os trabalhos de uma
organização, enquanto que a segunda possui características de mensuração dos
dados obtidos e posteriormente analisados perante uso de técnicas estatísticas
acerca do estudo realizado. (DIEHL; TATIM, 2004).
Com relação aos tipos de procedimentos técnicos da pesquisa, acerca da
coleta de dados, Gil (2002) destaca entre eles o uso da pesquisa bibliográfica e
documental.
A pesquisa bibliográfica é um procedimento que visa obter dados
necessários ao estudo através de fontes secundárias, normalmente livros. A
pesquisa documental utiliza as fontes primárias, entre eles, documentos de certa
empresa. (ANDRADE, 2005).
A pesquisa ainda pode ser realizada através do estudo de caso, a qual
Fachin (2001), a descreve como sendo exaustivo acerca de poucos elementos, ou
seja, o foco sobre a realidade de um determinado ambiente, delimitando o raio de
ação do pesquisador, o qual irá realizar o estudo em um lugar específico, uma
situação particular, embora este tipo de pesquisa possa se tornar um estudo de
campo, com uso da observação direta das ações de um grupo ou área, em que,
estes dois tipos de estudo, campo e de caso, são realizados com instrumentos de
coleta de dados, como é o exemplo de entrevistas e aplicação de questionários.
A estrutura deste estudo contempla um roteiro com base teórica e pratica,
pois além de usar o referencial teórico de livros e textos científicos para
contextualizar o assunto abordado, tem-se a utilização do conhecimento adquirido
através do estágio realizado, em que se obtiveram dados relacionados a
documentos da empresa que se caracteriza como amostra da pesquisa.
4.2 PROCEDIMENTOS DA COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS
Os procedimentos técnicos de coleta de dados, bibliográfico e documental
são essenciais para realização da pesquisa, sendo por meio destes alcançado o
conhecimento necessário para haver o tratamento dos dados, passando a existir
informações úteis a solução do problema encontrado no início do estudo.
Sâmara e Barros (2006) afirmam que a coleta de dados precisa ser
organizada através de um sistema que facilite o seu entendimento, para haver o
75
tratamento adequado que consiste no uso de ferramentas cientificas. A partir do uso
de uma padronização e codificação dos dados, e consequentemente a interpretação
que conduz a obtenção de informações coerentes.
No caso específico desta pesquisa, os dados foram coletados através de
livros e textos científicos para o desenvolvimento do referencial teórico, enquanto
que documentos foram coletados para se obter dados relacionados diretamente a
empresa pesquisada. Estes documentos foram adequadamente coletados, visto que
a gerência desta empresa autorizou o uso dos dados e também a utilização dos
mesmos no trabalho, através de fotocópia dos originais.
Ainda quanto a presente pesquisa, tem-se a aplicação de questionário e
uso de entrevista, sendo esta última realizada com informantes que contribuem com
a investigação acerca da realidade do ambiente estudo, com suas explicações sobre
a realidade vivenciada.
Gil (2002) explica que o questionário pode ser realizado com perguntas
abertas ou fechadas com uso da escrita, enquanto que a entrevista é realizada
através de conversa, ou seja, realizada de maneira verbal, em ambos os casos, temse a participação de pessoas que participam do cotidiano do ambiente estudado.
Tendo os dados coletados já sidos verificados, codificados e devidamente
arquivados na memória do computador, o passo seguinte é a realização das
análises. O objetivo principal das análises é permitir, ao pesquisador, o
estabelecimento das conclusões, a partir dos dados coletados. (MATTAR,
2005, p. 195).
Neste sentido, o pesquisador encontra a necessidade de descrever a
caracterização do ambiente de pesquisa, na qual identifica a população e amostra a
partir da qual verifica a realidade da empresa onde se realiza o estágio
supervisionado.
4.3 CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE DE PESQUISA
Razão social: Tramonto Agroindustrial S/A
Nome Fantasia: Tramonto Alimentos
Logomarca:
Atividade: Matadouro de Aves e Coelhos
Endereço: Estrada Geral Nova Roma, s/nº, Zona Industrial, Morro Grande/SC
Telefone/Fax: (48) 3531-0202
E-mail: [email protected]
76
4.3.1 Histórico da Tramonto Agroindustrial S/A
A Tramonto Agroindustrial S.A. foi fundada em dezembro de 2005, e
iniciou as atividades operacionais em Janeiro de 2007, na cidade de Morro Grande,
no Sul de Santa Catarina, com o objetivo de atender a demanda por produtos de alta
qualidade e com mão de obra agregada para o Mercado Japonês e Europeu bem
como parte de sua produção para o Mercado Interno.
A iniciativa desta realização surgiu através da vontade do Ex-Proprietário
de uma empresa do mesmo ramo de atuação em outro município Sr. Geovane de
Godoi. O Sr. Geovane de Godoi procurou pessoas que já estivessem no ramo para
fazer parte de seu novo projeto. Com uma grande experiência em automação em
fábricas de ração, convidou o Sr. Fabio Willian Arns Peruch, Sr. Alvaro Ghedin e o
Sr. Alex estes proprietários da AGPR5 empresa especializada em projetos elétricos
e automação de fábricas de ração e esmagadora de grãos. Sr. Geovane fez o
mesmo quando pensou em equipamentos para o frigorífico, chamou para fazer parte
do corpo deste projeto Sr. Osni Roberto Carol Figo proprietário da empresa Frost
Frio, empresa esta detentora de alta tecnologia na produção de equipamentos para
geração de frio, máquinas de gelo entre outras. E na parte Comercial convidou a
Nexo Comércio Exterior através de seu proprietário Sr. Felipe Macedo a qual já
tinham trabalhado juntos em outra empresa do mesmo ramo para fazer parte de seu
projeto. Com a dedicação de todos os envolvidos mesmo sabendo que o mercado
estava passando por uma grande crise (Gripe Aviária) só assim foi possível à
concretização do projeto inicial bem como a busca de um grande sonho.
Foram investidos milhões de reais no projeto inicial da empresa que está
instalada num terreno de 12 ha e possui 6.500m² de área construída. Entrou em
operação gerando 250 empregos diretos e hoje opera com 820 empregos diretos e
mais uma cadeia de indiretos. O complexo Tramonto Agroindustria é formado por:
abatedouro, fábrica de rações e conjunto de integração constituído por 128 criadores
integrados.
A Tramonto Agroindustria S.A. vem se destacando no segmento de
frangos, possuindo forte presença na linha de cortes de frango, impulsionando a
exportação
que
sobressai
em
diversos
mercados
internacionais
pelo
77
reconhecimento da qualidade de seus produtos. Com a ampliação de seus negócios
e investimentos na qualidade dos produtos, em pouco tempo a marca Tramonto
passou a ser sinônimo de qualidade em carnes de aves "in natura" no mercado
Japonês e Brasileiro.
Apesar do pouco tempo de existência da Tramonto, o desenvolvimento
aconteceu de forma surpreendente, pois conta com diretores que possuem grande
experiência no mercado fator este que reforça a marca e principalmente a qualidade
dos produtos. Qualidade esta que a diferencia e que reflete na grande preocupação
em fazer sempre o melhor, desde a qualidade dos pintinhos até o produto final.
No início de suas atividades o abate era de 3,5 mil aves/dia, após dois
anos estava abatendo 40 mil aves/dia e com projeto de abater 120 mil aves/dia em
poucos anos. Parte da produção (30%) abastece os mercados nacionais bem como
indústria de embutidos dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio
Grande do Sul. A outra parte (70%) da produção de cortes é destinada ao mercado
externo sendo: Japão, Hong-Kong, China, Dubai, Qatar, Bahrain, Iraque, Vietnã e
Comunidade Européia.
4.3.2 Organograma da Tramonto Agroindustrial S/A
Existem três divisões principais dentro da empresa, as quais estão
subordinadas diretamente ao Diretor Presidente, sendo as diretorias respectivas as
áreas: industrial, comercial e administrativa da Tramonto Agroindustrial.
Setor de Compras (Administração de Materiais) é subordinado ao Diretor
Administrativo, desempenhando as seguintes funções:
• Compras
• Recebimento
• Armazenagem
• Controle de estoque
• Reposição do estoque
• Abastecimento das embalagens.
Existem outros setores e subordinações que contextualizam os principais
cargos e funções dentro da Tramonto Agroindustrial S/A, conforme organograma –
Anexo G.
78
Com relação análise do fluxo de informações dentro do setor
administrativo o qual é aberto, sem uso de divisórias, o que facilita a comunicação
entre os colaboradores da organização neste setor, sendo realizado normalmente e
na sua maioria de forma pessoal, embora haja raramente o uso e troca de
informações via mensagens eletrônicas entre os setores internos da administração
(recursos humanos, setor financeiro, setor de compras e setor de vendas).
O uso do telefone para troca de informações é feito normalmente entre os
setores administrativo (subordinado ao Diretor Administrativo), setor operacional e
produtivo (subordinado ao Diretor Industrial) e do pessoal subordinado ao Diretor
Comercial ou da Supervisão Controle de Qualidade de produtos.
Também há um mural no qual é publicado algumas diretrizes e
informações importantes da empresa para seus colaboradores (funcionários).
O setor de contabilidade e gerente de produção mantém contato e troca
de informações de forma freqüente, diariamente. Sendo que a Gerência de
Produção da Tramonto Agroindustrial é responsável pela elaboração da Ficha
Técnica dos Produtos que a empresa produz e comercializa.
O setor administrativo responsável pelos suprimentos (compras) mantém
contato diário e freqüente com o PCP (Programação de Controle de Produção), o
qual é responsável pela elaboração do Mix de Produção da Tramonto Agroindustrial.
O setor de compras também mantém contato em menor grau, com a sala de
embalagens que fica dentro do setor operacional (linha de produção), e faz contatos
com os colaboradores externos (fornecedores).
Há um responsável pelo abastecimento de embalagens para cada linha
de produto da Tramonto Agroindustrial, sendo realizado através do Mix de Produção,
anexo E.
79
5 EXPERIÊNCIA DA PESQUISA
A pesquisa deste estudo é realizada por meio da experiência alcançada
através do contato direto acerca da realidade da empresa Tramonto Agroindustrial, a
qual serviu de base para o estágio do curso de Administração de Empresas.
Entre as observações realizadas, tendo por base o referencial teórico
pesquisado, e com início do estágio que proporcionou o aprendizado prático das
operações cotidianas de uma organização empresarial, em que, teve durante este
estudo realizado na Tramonto Agroindustrial e análise do processo.
Desta maneira, foi constatado diversos aspectos e elementos importantes
para a construção deste conhecimento sobre a logística, especialmente, com
informações referentes a aquisição de embalagens, tendo a descrição e observação
diante da realidade diária dos fluxos e procedimentos que envolvem este insumo.
5.1 FLUXOGRAMA DO MOVIMENTO DE EMBALAGENS
O fluxograma ou fluxo de movimento das embalagens é um evento que
envolve os setores administrativo e produtivo da empresa, sendo realizado através
do Mix de Produção, documento em forma de relatório que demonstra o que será
produzido pela Tramonto Agroindustrial conforme a demanda previamente planejada
e identificada, com base na expectativa de vendas (mercado interno e mercado
externo), definido todos os meses.
Este relatório possui a identificação dos itens produzidos, entre eles: asa,
peito, coxa, coração e outros cortes, tendo uso do método de códigos e a respectiva
quantidade. Contudo, pode ter alterações na programação planejada devido a
imprevistos, os quais são solucionados no momento e conforme cada caso.
Após analisar o Mix de Produção, o responsável pelas compras de
embalagens verifica o nível de estoque, somente depois é identificada à diferença,
ou seja, do que deve ser adquirido de materiais para alcançara as metas de
produção, subtraído do que já existe de material no estoque, o saldo é o resultado
mensurado que indica a necessidade de realizar ou não a Ordem de Compras.
As decisões do Setor de Compras (suprimentos) compreendem a leitura
correta do Mix de Produção, levando em consideração que o nível de estoque
adotado pela empresa Tramonto Agroindustrial S/A é o mínimo. Depois dessa
leitura, tem-se a tomada das decisões acerca do abastecimento de dois locais a ele
subordinados, sendo a sala de embalagens e encaixotamento.
80
No abatedouro funcionam outros setores da linha de produção: abate,
corte, expedição, câmara de estocagem.
Início
Armazenagem
no Deposito
Ordem de
Compras
Análise da
Ordem de
Compra
Mix de
Produção
Estoque
Mínimo
Libera
Recebimento
das Embalagens
Abastecimento
Arquivo
SETOR DE
COMPRAS
Contata
Mix de
Produção
Estoque
Mínimo
Fornecedor
Sala de
Embalagem
Recebe
Caminhão do
Fornecedor ou
Transportador
Contato
com
Fornecedor
Relatando
Problemas
Nota Fiscal 1ª Via
Nota Fiscal 2ª Via
Mix de
Produção
Estoque
Mínimo
Linha de
Produção
Congelamento
Encaixotamento
Ordem de Compra
Câmara
Estocagem
Conferência entre
Nota Fiscal do
fornecedor e
Ordem de Compra
Vendedores
Transportadora
Figura 4 – Fluxograma das embalagens.
Fonte: (Tramonto Agroindustrial S/A, 2009).
Uma das decisões do Setor de Compra é referente a Ordem de Compras,
a qual também leva em consideração a leitura do Mix de Produção e o nível de
estoque mínimo. Haja visto que é responsável pelas compras, controle e logística
(movimentação e transporte) das embalagens e outros materiais.
Consta na ordem de compra realizada através do sistema de computador,
com a descrição do pedido, prazo de entrega, prazo e forma de pagamento e
respectivo número deste documento, o qual é analisada pelo Diretor Presidente da
empresa, para ser aprovada, caso em que é enviada ao fornecedor via mensagem
eletrônica.
81
Posteriormente a chegada do produto, que passar primeiro pela portaria
da Tramonto Agroindustrial, onde há entrega da Nota Fiscal - NF pelo fornecedor ou
transportadora, tendo nesta a menção do número - Ordem de compras.
Ocorre em seguida por meio do responsável pela digitação das NF e
conferência (dos itens) com o que está descrito na Ordem de Compra.
Neste momento, entra no Sistema e confere se esta sendo entregue o
que foi programado pelo Setor de Compras.
Estando correto a NF é lançada no Sistema, e o fornecedor ou
transportadora e liberada para fazer a entrega do produto (embalagens).
Não estando conforme a descrição da NF, o digitador (contabilidade)
entra em contato com o Comprador (Setor de Compras) para resolver a divergência,
entrando em contato com o fornecedor.
O próximo passo é o motorista (Fornecedor ou Transportadora) entregar a
NF para o conferente, para que seja efetuado o recebimento da mercadoria. Então é
realizado a conferência da mercadoria pelo setor de qualidade, hoje feito pelo Setor
de Compras. Onde existe uma pasta com a especificação técnica de cada tipo de
embalagem (conferência: medida, impressão, espessura).
Além da verificação da qualidade realizada pela Tramonto Agroindustrial,
também há um certificado de qualidade atestado pelo próprio fornecedor, que fica
arquivado no Setor de Compras da Tramonto, juntamente com uma das vias de
Notas Fiscais, Anexo F.
A mercadoria estando conforme a especificação é liberada para o
recebimento. Caso contrário, o comprador entra em contato com o fornecedor para
definir o que será feito com a mercadoria: devolução, pedido de análise detalhada
pelo setor de qualidade, que poderá aceitar o produto após nova verificação.
Com a liberação do recebimento da mercadoria, o próximo passo é o
armazenamento no deposito.
Após estar no depósito, a mercadoria armazenada segue quando
necessário para o abastecimento diário das embalagens nos respectivos setores da
sala de embalagens e encaixotamento, em que atualmente a fica constatado que a
Tramonto Agroindustrial S/A não possui o setor de almoxarifado.
A verificação da necessidade de abastecimento destes dois setores é
diária, sendo que a pessoa responsável constata a necessidade de consumo de
cada item a partir do Mix de Produção e o estoque existente, para atendê-los.
O deposito é onde fica armazenado os materiais adquiridos, entre eles, as
embalagens logo após recebê-las dos fornecedores, ficando neste local até que seja
82
constatado pelo responsável do Setor de Compras que deve ser realizado o
abastecimento da sala de embalagens ou encaixotamento.
Para compreender melhor o fluxo de materiais, especificamente de
embalagens na Tramonto Agroindustrial S/A, tem-se a descrição dos principais
eventos que ocorrem no cotidiano, começando pelo recebimento dos frangos, em
que, após eles serem descarregados na plataforma que fica localizada no setor de
produção, os mesmos são colocados na noria superior, para serem abatidos
(depenar, lavar, e demais procedimentos necessários).
Logo após este processo, os frangos ainda na noria são cortados
conforme o setor e Mix de Produção, seguindo pelo processo de embalagem
primária, congelamento e colocados em caixas que são as embalagens secundárias.
Na sala de embalagens existe a atividade realizada por três funcionários,
carimbar e etiquetar embalagens primarias que atendem a linha de produção.
A partir deste momento, as embalagens primárias que saem da linha de
produção, seguem para o congelamento, e posteriormente, partem para o
encaixotamento, havendo novamente a função de carimbar e etiquetar, agora sendo
caixas denominadas embalagens secundárias, em que são identificados os dados
de: número do lote e validade.
Então, o produto que sai do encaixotamento vai para a câmara de
estocagem até o momento de ser entregue ao cliente.
Este movimento de abastecimento das embalagens é diário, conforme a
necessidade da produção, considerando o documento Mix de Produção, menos o
estoque existente de embalagens, que resulta no saldo.
Importante dizer que a Tramonto Agroindustrial ainda não trabalha com
almoxarifado, o que destaca o uso do inventário mensal, visto que tendo
almoxarifado, há menos necessidade deste procedimento, que serve para identificar
quanto sobrou no estoque (saldo de unidades de cada produto), a diferença é o
consumo que a empresa teve daquele produto. Sendo útil também o inventário para
a análise e constatação de possíveis desperdícios, além de realizar a identificação
dos motivos deste acontecimento, a exemplo, acerca da embalagem ter sido
rasgada, carimbada errada ou necessidade de reprocesso.
Reprocesso é quando o produto, por exemplo, foi inicialmente produzido
para atender a um pedido de exportação, e o cliente cancela o pedido. Neste caso, o
produto servirá ao mercado interno (novo processo).
Importante destacar que a empresa Tramonto Agroindustrial trabalha com
Estoque Mínimo.
83
Também é importante salientar que havendo a necessidade de um novo
fornecedor, primeiramente é separada uma amostra de embalagens (lote) para ser
enviado ao possível fornecedor. Neste caso, pede-se ao mesmo que envie
posteriormente um Lote Piloto para ser analisado juntamente com o Setor de
Compras e Setor de Qualidade se a amostra deste fornecedor esta adequada às
exigências da Tramonto Agroindustrial, ou seja, Aprovação como fornecedor
cadastrado desta empresa.
A Tramonto Agroindustrial tem diante das embalagens, a aplicação de
recursos que contribuem para a rastreabilidade do produto, em caso de necessidade
da identificação dos lotes e as movimentações das cargas de produtos acabados,
assim como a possibilidade de seqüestro de produtos quando for preciso.
Procedimento também realizado para que seja verificado problemas, inclusive com o
próprio invólucro quando apresentar risco ao produto de transformação, ou seja, não
afetar o corte de frango.
Exemplo: embalagem que salta tinta, depois que já foi conferido e passou
pela inspeção desta conferência, mas no momento do embalamento do produto,
este problema é detectado, então, é feito o aviso para o setor de compras, o qual
separa o lote inteiro, após este procedimento de depositar nas prateleiras
novamente estas embalagens, as quais ficam armazenadas, entra-se em contato
com o fornecedor para averiguação, ou seja, enviar um técnico para analisar, ou
repor novas embalagens.
5.2 TIPOS DE EMBALAGENS
A Tramonto Agroindustrial S/A, utiliza em sua unidade para produzir
diversos tipos de embalagens, sendo elas:
• Caixas de papelão ondulado;
• Embalagens plásticas;
• Etiquetas adesivas impressas em couche e BOPP;
• Fita de arquear e fita adesiva;
• Pallet de madeira;
• Carimbos automáticos;
• Filme impresso em PVC ultra baixa temperatura;
• Filme sem impressão em PVC ultra baixa temperatura;
• Filme stretch manual.
84
5.3 EMBALAGENS E A LOGISTICA DA TRAMONTO
Embalagens são essenciais para a comercialização de produtos
acabados, especialmente aqueles que têm como destino, o consumidor final, assim
como aqueles que são destinados aos intermediários.
No caso de alimentos, especificamente do produto cortes de frango, temse que a concorrência utiliza do aspecto visual destes produtos, para alcançar
maiores vendas, estimulando os compradores a adquirir maiores volumes dos
produtos fabricados e comercializados pela organização.
A embalagem é elemento fundamental para que o aspecto visual fique
atraente aos olhos dos consumidores finais, assim, havendo interesses destes
compradores,
certamente
há
uma
demanda
maior
também
diante
dos
intermediários.
Deste modo, cabe salientar que este é o movimento final do fluxo dos
produtos, ou seja, a entrega ao intermediário ou consumidor final.
Entretanto, a pesquisa visou constatar como se realiza a logística da
cadeia de suprimentos, a qual tem início a partir do pedido feito ao fornecedor,
embora haja um ciclo, visto que sem a demanda, deixa de existir a linha de
produção, sendo desnecessário haver aquisições frente aos fornecedores.
Conforme as observações realizadas na Tramonto Agroindustrial,
constata-se que o fluxo de produtos é intenso, todos os dias ocorrem a
movimentação dos insumos e colaboradores para desempenhar as tarefas de
produção das mercadorias que são colocadas a disposição dos clientes.
A dinâmica tem como principal instrumento o Mix de Produção,
documento que lista todos os tipos de produtos comercializados pela Tramonto
Agroindustrial.
A análise do item de produção – família de produto – Filé de Peito
Bandeja (Item 11) do Mix de Produção, se deve ao fato de que este é um produto
que engloba grande parte da cadeia logística da empresa, será analisado o impacto
do custo de embalagens neste item.
No custo global da empresa a realidade de custo das embalagens em
geral é que elas participam com 5% do custo total.
Para que a Tramonto Agroindustrial produza o item Filé de Peito Bandeja,
caixa com 12 Kg, ela utiliza insumos e serviços, incluindo os processos do frango
85
vivo realizados pelos integrados em parceria com a empresa até o seu transporte ao
comprador do produto final.
ITEM DE CUSTOS
R$ por Tonelada
1 – Frango vivo
% da Etapa
% do Total
1.196,99
100
48,30
Ração
764,47
63,87
30,85
Pinto de um dia
184,71
15,43
7,46
Remuneração do produtor
163,42
13,66
6,59
Assistência ao produtor
26,81
2,24
1,08
Veterinário
34,43
2,87
1,38
Transporte
23,15
1,93
0,94
1.189,42
100
47,99
Mão-de-obra
467,18
39,28
18,85
Embalagem
219,49
18,45
8,86
54,14
4,56
2,19
Tributos
287,88
24,21
11,62
Energia
27,92
2,34
1,12
Fretes
31,35
2,64
1,27
Manutenção
37,34
3,13
1,50
Outros
64,12
5,39
2,58
3 – Transporte até o comprador
91,84
100
3,71
2 – Frango Congelado (Abate)
Depreciação e juros sobre capital
Total
2.478,25
-
100
Figura 5 – Quadro da Classificação ABC do custo.
Fonte: (Tramonto Agroindustrial S/A, 2009).
A Tramonto Agroindustrial utiliza entre os itens de custos, as embalagens,
essas são responsáveis por 18,45% da etapa total do frango congelado no processo
de abate, e por 8,86% do processo total. Em ambos os procedimentos, utilizaram-se
os custos para o abate em toneladas de corte de frango.
Deste modo, para saber o custo médio das embalagens em relação aos
12 Kg para produzir o item 11 do Mix de Produção, tem-se que a tonelada equivale a
1000 kg.
86
219,49 / 1000 kg de frango = 0,21949
Assim, tem-se que o custo médio para produzir cada kg de frango, custa
R$ 0,21949 para embalar.
Agora, cabe multiplicar este custo do Kg de frango por 12, para ter o
resultado do custo médio da embalagem ocupada para produzir o item Filé de Peito
Bandeja.
0,21949 x 12 Kg de frango = 2,63388
O custo médio da embalagem para produzir o item 11 é de R$ 2,63388,
sendo que, na sua elaboração utiliza-se mais de um tipo de embalagem, cada qual
com custo próprio na composição deste item aplicado na verificação dos custos
totais da produção do corte de frango.
Métrica
Quantidade
Custo
Unitário
(R$/unidade)
Filme impresso
Unidade
1
0,96
0,96
Etiqueta adesiva
couche
Unidade
1
0,019
0,019
Caixa de papelão
ondulado
Unidade
1
0,048
0,048
Saco liso transparente
Unidade
1
0,001
0,001
Etiqueta adesiva
BOPP
Unidade
1
0,022
0,022
Bandeja de isopor
Unidade
1
0,077
0,077
Item
Total
Custo
Total
(R$)
1,127
Figura 6 – Quadro de Custos das embalagens do item 11 do Mix de Produção.
Fonte: (Tramonto Agroindustrial S/A, 2009).
O custo total refere-se a produção de uma unidade de 12 kg do item 11 –
Mix de Produção.
A diferença do custo médio de R$ 2,63 referente às embalagens para
produzir os 12 Kg de frango (corte não específico), em comparação com o custo de
R$ 1,13 das embalagens relacionadas diretamente ao item 11 do Mix é de R$ 1,50
sendo uma média entre os cortes de frango do Mix de Produção da Tramonto
Agroindustrial, visto que há diferentes tipos e quantidades de (itens) de embalagens
para cada item do Mix de produção, além do que, alguns tem custo mais elevado, a
exemplo daqueles que compõem produtos para exportação.
87
Esta ferramenta da área de Administração de Empresas tem sua
utilização consagrada a mais de um século, a qual tem outra denominação em
homenagem ao seu criador, Paretto.
Basicamente, a classificação ocorrendo entre os inversos, ou seja, o
maior número de itens com os menores valores correspondem a uma porcentagem
menor sobre os custos. Enquanto que o menor número de itens com os maiores
valores correspondem a uma porcentagem maior sobre os custos.
Deste modo, tendo por base a tabela acerca dos Itens de custos para
produzir o corte de frango, foi realizada a classificação da Curva ABC, incluindo
elementos fora e dentro dos estoques, para ter uma avaliação de sua importância na
totalidade da organização.
A classificação ABC acerca dos produtos do Mix de Produção da
Tramonto Agroindustrial identifica que na classe A ficam 70,18% do valor total, que
corresponde a R$ 1.739,02. O que engloba quatro itens, de um total de quinze itens
de custos para produzir o corte de frango.
Entre os quatro itens da Classe A, tem-se a identificação das
embalagens, o que torna necessário na seqüência, destacar os aspectos sobre o
fornecimento deste suprimento que abaste a linha de produção.
5.4 AVALIAÇÃO DOS FORNECEDORES
Há classificação em dois tipos principais de fornecedores para a
Tramonto Agroindustrial S/A, futuros e cadastrados.
O futuro fornecedor é aquele que pretende colaborar com as atividades
da empresa, mas ainda não fornece produtos, visto que apenas os já cadastrados a
realizam.
Desde modo, o futuro fornecedor ou a Tramonto faz o contato inicial,
posteriormente é solicitado que este interessado a se tornar colaborador, dirija-se a
Tramonto Agroindustrial para obter as amostras das embalagens, assim, o passo
seguinte é que ele envie por mensagem eletrônica cotação de preço. Havendo preço
adequado, ou seja, conforme análise de mercado com os valores praticado pelos
fornecedores já cadastrados, em que, sendo ele menor ou igual, para ser aprovado.
Logo em seguida a aprovação da cotação de preço, e solicitado um lote
pronto para ser analisado pelo departamento de desenvolvimento e qualidade da
Tramonto. Sendo o lote aprovado, acontece a efetivação do seu cadastro como
fornecedor da empresa. A partir deste momento começa a ser efetuado as compras
88
com este fornecedor. Não sendo aprovado, a empresa é informada que o lote não foi
aprovado, com os respectivos detalhes da análise.
Mesmo os fornecedores estando cadastrados, acontecem à realização
periódica acerca das negociações que envolvem as mercadorias, voltadas para a
redução de custo ou desenvolvimento de novas embalagens, assim como a
constante verificação da qualidade dos lotes entregues, através de amostragem.
Fornecedores
Cadastrados
Cidade / UF
Tipo e Destino da
Embalagem
Entrega Feita
Fornecedor
Empresa
Transportadora
Itajai/SC
Caixas de papelão ondulado
Produtos mercado interno e
exportação
X
Adami S.A. Madeiras
Caçador/SC
Caixas de papelão ondulado
Produtos mercado interno e
exportação
X
Videplast indústria de
embalagens Ltda
Caçador/SC
Embalagens plástica mercado
interno e exportação
X
Plaszom – Zomer Indústria
de plásticos Ltda
Orleans/SC
Embalagens plástica mercado
interno e exportação
X
Quaramirim/SC
Embalagens plástica mercado
interno e exportação
X
Jaraguá do
Sul/SC
Etiquetas adesivas impressas
em couche e BOPP mercado
interno e exportação
X
São Paulo/SP
Fita de arquear e fita adesiva
mercado interno e exportação
X
Kalbin S.A
Aliança Indústria de
plásticos Ltda
Induflex Rótulos e
Etiquetas Ltda
THR Brasil Indústria e
Comércio de Embalagens
Ltda
Madeireira Ouro Verde Ltda
Içara/SC
Pallet de madeira mercado
interno
X
X
X
X
Disk Carimbos Indústria e
Comércio Ltda
Criciúma/SC
Carimbos automáticos
mercado interno e exportação
Interflex do Brasil Ltda
Varginha/MG
Filme impresso em PVC ultra
baixa temperatura mercado
interno e exportação
X
Qualys Embalagens
indústria e Comércio Ltda
Curitiba - PR
Filme sem impressão em PVC
ultra baixa temperatura
exportação
X
GDM Indústria e Comércio
de plásticos Ltda
Orleans/SC
Filme stretch manual mercado
interno
X
Figura 7 – Quadro atual de fornecedores de embalagens para cortes de frango.
Fonte: Tramonto Agroindustrial, 2009.
Continuando a questão de como se realiza as compras, tem-se que no
momento em que se realiza a Ordem de Compra, efetuada pelo sistema de
computador, existe a utilização de uma tabela de preços praticados pelos
fornecedores cadastrados, todas elas com vigência para períodos distintos, levando
em consideração o fornecedor e tipo de embalagens.
89
Às vezes acontece do vendedor da empresa fornecedora ir até a
Tramonto Agroindustrial S/A pessoalmente, para negociar preço e acompanhar o
que, e como esta sendo entregue as embalagens, além de participar no
desenvolvimento de novas embalagens para reduzir custos e solucionar problemas
de qualidade. Em outros momentos, o representante do fornecedor de embalagens
mantém contato através de telefone e por mensagem eletrônica.
Há sempre o processo de encontrar novos fornecedores, para os insumos
necessários que juntos formam o produto final da Tramonto Agroindustrial, entre
eles, a constante busca de fornecedores de embalagens.
A inspeção da qualidade dos produtos (embalagens) acontece através de
práticas realizadas com foco na higienização, exames de contaminação e controle
de pragas e outros critérios, conforme Anexo B.
A higienização é feita com uso freqüente e diário de uniforme pelos
colaboradores internos ou de qualquer pessoa que entre no setor operacional, tendo
a toca, vestimenta, luvas e mascara de pano que tapa a boca e nariz, para evitar a
contaminação do produto. Além deste procedimento, a empresa Tramonto
agroindustrial adere ao requisito de segurança, com uso de EPI (Equipametos de
segurança). Qualquer pessoa que entra no setor operacional passa antes pela
higienização, lavação das botas e das mãos, toda vez que entrar no abatedouro.
Os exames de contaminação acontecem através de amostras do produto,
que são enviadas aos laboratórios competentes. O controle de pragas é realizado na
parte interna e externa da Tramonto Agroindustrial.
A seleção de fornecedores para o produto embalagem, realiza-se com
procedimentos próprios, em que, a Tramonto Agroindustrial utiliza normalmente
poucos fornecedores para cada tipo de embalagem.
Os administradores assim como a diretoria da empresa, a qual atua
recentemente no mercado, quem sabe não observaram ainda que este insumo é
essencial a linha de produção, pois sem ele, alguns transtornos ocorrem, conforme
observação já relatada.
Também a que se dizer sobre o impacto na ausência de avaliação destes
fornecedores, numa dinâmica crescente de vendas, que certamente irá desencadear
uma ruptura nas vendas dos produtos aos clientes da Tramonto Agroindustrial, a
qual ainda não ocorreu, mas já foi constatado os transtornos de recolocação de um
item por outro item do Mix de Produção, com desperdícios, entre eles, os
movimentos desnecessários de maquinários e trabalhadores.
90
Por certo, que continuando desta maneira, há possibilidade de ser
interrompida a linha de produção, com falhas continuas, e que podem chegar a um
nível crítico de ausência do produto em estoque, acarretando a suspensão de
qualquer item do Mix de Produção, consequentemente tendo impacto na entrega do
produto final da Tramonto Agroindustrial aos seus clientes, que buscaram outra
empresa, devido a insatisfação.
Observando que a Tramonto Agroindustrial tem problema com relação ao
recebimento dos pedidos exatamente como solicitado na Ordem de Compras, assim,
foi aplicado um questionário com 11 perguntas fechadas acerca da avaliação dos
fornecedores, entregue a 10 colaboradores que atuam diretamente no fluxo deste
material, incluindo pessoal do Setor de Compras e supervisores da linha de
produção.
Tabela 2 – Tempo que trabalha na empresa Tramonto.
Opções de escolha
Respostas
%
Menos de 1 ano
1
10
De 1 a 2 anos
2
20
De 2 a 3 anos
7
70
Total
10
100
Fonte: Dados da Pesquisa.
Tempo que trabalha na empresa Tramonto
7
7
6
de 1 a 2 anos
5
de 2 a 3 anos
4
3
2
1
menos de 1 ano
2
1
0
Figura 8 – Tempo que trabalha na empresa Tramonto.
Fonte: Dados da Pesquisa.
91
Conforme os dados obtidos pelo questionário aplicado aos colaboradores
internos da Tramonto Agroindustrial, em relação a pergunta sobre o tempo que
trabalha na empresa, obteve o resultado que 70% deles exercem atividades acima
de 2 anos, enquanto que 20% trabalha de 1 a 2 anos, e 10% respondeu que
trabalha a menos de 1 ano.
Significa que as respostas a seguir, referentes a logística da Tramonto
Agroindustrial, foram respondidas por pessoal que atua no setor que interesse na
realização de suas funções, quanto a eficácia dos fornecedores. Sendo que a sua
maioria atua desde o início das atividades da empresa, visto que ela completa agora
três anos de existência.
Tabela 3 – Você já avaliou os fornecedores
Opções de escolha
Respostas
%
Sim
1
10
Às vezes
0
0
Não
9
90
Total
10
100
Fonte: Dados da Pesquisa
Você já avaliou os fornecedores
100%
90%
sim
80%
às vezes
60%
não
40%
20%
10%
0%
0%
Figura 9 – Você já avaliou os fornecedores.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Segundo as respostas dos funcionários da Tramonto, há ausência de
avaliação dos fornecedores, tendo 90% das respostas confirmando este resultado.
92
Entretanto, 10% destes colaboradores, responderam que sim, já houve avaliação
dos fornecedores.
Contudo, não existem documentos de qualquer natureza que mencionem
a avaliação dos fornecedores, o que indica que esta resposta possa ser vinculada a
uma idéia de avaliação indireta acerca dos fornecedores.
Tabela 4 – Avaliação sobre os fornecedores
Opções de escolha
Respostas
%
Ótimo
0
0
Bom
7
70
Regular
3
30
Insatisfatório
0
0
Total
10
100
Fonte: Dados da Pesquisa
Avaliação sobre os fornecedores
70%
70%
60%
ótimo
50%
bom
40%
regular
30%
insatisfatório
30%
20%
10%
0%
0%
0%
Figura 10 – Avaliação sobre os fornecedores.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Na pergunta: ”Mesmo que ainda não tenha avaliado até hoje os
fornecedores, qual sua avaliação sobre os fornecedores de modo geral”, a maioria
das respostas foi assinalada na opção “bom”, tendo 70%.
Em seguida, completando os 100%, tem-se que 30% dos participantes da
pesquisa, avaliaram os fornecedores de modo geral como regular.
93
Tabela 5 – Avaliação sobre os fornecedores de embalagens
Opções de escolha
Respostas
%
Ótimo
0
0
Bom
6
60
Regular
2
20
Insatisfatório
2
20
Total
10
100
Fonte: Dados da Pesquisa
Avaliação sobre os fornecedores de embalagens
60%
60%
50%
ótimo
40%
bom
regular
30%
insatisfatório
20%
20%
10%
20%
0%
0%
Figura 11 – Avaliação sobre os fornecedores de embalagens.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Após responderem acerca da avaliação sobre os fornecedores de modo
geral, tem-se a questão sobre os fornecedores de embalagens, obtendo-se 60% de
respostas indicando a opção bom.
Nota-se que as embalagens, as quais são apresentados como insumos
da Classe A, com relação a classificação ABC, ou seja, elemento importante, devido
a ser desta classe, além de outros aspectos mencionados, a exemplo da importância
que o consumidor assume diante do aspecto externo dos produtos, especialmente a
embalagem, as quais tem avaliação inferior ao questionamento anterior, acerca da
avaliação dos fornecedores em geral, que obteve 70% de avaliação como bom.
Neste momento, percebe-se a importância da avaliação do produto e do
fornecedor, como essencial para a indústria de transformação, para melhorar sua
performance.
94
Completando os 100%, observa-se que 20% dos colaboradores
responderam que os fornecedores de embalagens são avaliados como regulares, e
os outros 20% disseram que avaliam como insatisfatório.
Tabela 6 – Atraso de entrega das embalagens
Opções de escolha
Respostas
%
Sim, às vezes
7
70
Sim, muitas vezes
3
30
Não
0
0
Total
10
100
Fonte: Dados da Pesquisa
Atraso de entrega das embalagens
70%
70%
60%
sim, às vezes
50%
sim, muitas vezes
40%
não
30%
30%
20%
0%
10%
0%
Figura 12 – Atraso de entrega das embalagens.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Para compreender melhor a avaliação acerca dos fornecedores de
embalagens, perguntou-se sobre o atraso de entrega destes insumos, sendo que
70% dos colaboradores responderam que sim, às vezes.
E nesta mesma pergunta, com relação ao atraso de entrega das
embalagens, tem-se 30% dos participantes assinando com a opção, sim, muitas
vezes.
A importância desta questão se reflete na pergunta seguinte, sobre o
comprometimento da produção na Tramonto Agroindustrial quando acontece o
atraso na entrega das embalagens.
95
Tabela 7 – O atraso na entrega das embalagens comprometeu a produção
Opções de escolha
Respostas
%
Sim, às vezes
7
70
Sim, muitas vezes
3
30
Não
0
0
Total
10
100
Fonte: Dados da Pesquisa
O atraso na entrega das embalagens comprometeu a produção
70%
70%
60%
sim, às vezes
50%
sim, muitas vezes
40%
não
30%
30%
20%
10%
0%
0%
Figura 13 – O atraso na entrega das embalagens comprometeu a produção.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Desta maneira, 70% dos colaboradores que participaram da aplicação do
questionário, ou seja, a sua maioria, afirmando que sim, às vezes o atraso na
entrega das embalagens compromete a produção.
Sendo que, os demais participantes, 30% deles, responderam que sim,
muitas vezes o atraso na entrega das embalagens compromete a produção.
Este comprometimento, conforme entrevista direta com os colaboradores
durante o estágio, assim como a própria observação realizada, deixa claro que o
comprometimento é com relação à movimentação desnecessária de funcionário de
uma linha de produtos do Mix de Produção, para outro item.
Pois trata-se de desperdício de tempo, máquinas, trabalho, além de
outros fatores relacionados a este aspecto da falta de embalagens na linha de
produção.
96
Então, cabe ressaltar que é importante haver uma atitude coerente com
este problema, verificando as possíveis opções, e quais seriam mais viáveis, tem-se
através da bibliografia referente ao assunto, as quais destacam pontos diferentes de
opinião sobre quais ações tomar, havendo no questionário três opções oferecidas
aos colaboradores.
Tabela 8 – Qual atitude a ser tomada com relação aos fornecedores que atrasam
Opções de escolha
Respostas
%
Negociação
6
60
Cancelamento do pedido
3
30
Troca por outro
1
10
Total
10
100
Fonte: Dados da Pesquisa
Que atitude deve ser tomada com relação aos fornecedores
que atrasam
60%
60%
50%
negociação
40%
cancelamento do pedido
30%
troca por outro
30%
20%
10%
10%
0%
Figura 14 – Qual atitude a ser tomada com relação aos fornecedores que atrasam.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Na opinião dos colaboradores, nos casos de fornecedores que deixam de
prestar um serviço de qualidade para a Tramonto Agroindustrial, tem-se que 60%
afirmam ser atitude correta a ser tomada, especialmente nos casos de atraso, a
realização de uma negociação, buscando diminuir os atrasos, com a possibilidade
de estabelecer uma “punição”.
Ainda nesta questão, tem-se que 30% das respostas foi marcada com a
opção de cancelar o pedido, como forma de punição direta aqueles fornecedores
que atrasam os pedidos de embalagens.
97
Os demais colaboradores, 10% deles assinalaram a opção que a atitude
deve ser no sentido de trocar o fornecedor que atrasa as entregas por outros
fornecedores, embora a ocorrência dos atrasos possa persistir.
Percebe-se a preocupação e observação deste processo de aquisição e
reposição de suprimento para manter a linha de produção operando de maneira
eficaz, pois, mesmo não havendo um prejuízo frente a demanda, nota-se que dentro
da organização há o desperdício, o que deve ser solucionado com a devida gestão
voltada para a qualidade, a exemplo da aplicação constante de avaliação e seleção
de fornecedores que não faltem ao quesito pontualidade na entrega.
Pois é certo que manter níveis elevados de estoque não são cogitáveis,
visto que irá onerar financeiramente a organização, sendo desnecessário, e logo, um
desperdício não resolve o problema de outro desperdício, mas com certeza que
deve haver a solução, que consta nas melhorias propostas, e assim, destaca-se
outra questão, acerca da punição como sendo ou não uma solução.
Tabela 9 – Punir os fornecedores que atrasam os pedidos é solução
Opções de escolha
Respostas
%
Sim
9
90
Não
1
10
Total
10
100
Fonte: Dados da Pesquisa
Punir os fornecedores que atrasam os pedidos é solução
100%
90%
sim
80%
não
60%
40%
10%
20%
0%
Figura 15 – Punir os fornecedores que atrasam os pedidos é solução.
Fonte: Dados da Pesquisa.
98
Os colaboradores ao serem questionados sobre a punição ser a solução
para os fornecedores que atrasam os pedidos, tem-se que 90% deles responderam
que sim, enquanto que 10% disseram que não é a solução.
Nota-se que os participantes do questionário também observam que há
um certo prejuízo para a organização diante dos atrasos na entrega e suprimento do
insumo embalagem, e agora, cabe verificar o que estes colaboradores internos da
Tramonto percebem acerca da qualidade sobre o mesmo insumo.
Tabela 10 – Avaliação da qualidade das embalagens utilizadas pela Tramonto
Opções de escolha
Respostas
%
Ótimo
3
30
Bom
7
70
Regular
0
0
Insatisfatório
0
0
Total
10
100
Fonte: Dados da Pesquisa.
Qual a avaliação da qualidade das embalagens utilizadas pela
Tramonto
80%
ótimo
70%
60%
bom
regular
40%
insatisfatório
30%
20%
0%
0%
0%
Figura 16 – Avaliação da qualidade das embalagens utilizadas pela Tramonto.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Na pergunta sobre qual a avaliação da qualidade das embalagens
utilizadas pela Tramonto Agroindustrial, obteve-se 70% do pessoal assinalando a
opção bom, 30% responderam que é ótimo. Enquanto que regular e insatisfatório
foram opções não assinaladas.
99
Tabela 11 – Deve ser trocado os atuais fornecedores de embalagens
Opções de escolha
Respostas
%
Sim
1
10
Não
2
20
Alguns
7
70
Total
10
100
Fonte: Dados da Pesquisa
Deve ser trocado os atuais fornecedores de embalagens
70%
70%
60%
sim
50%
não
40%
alguns
30%
20%
20%
10%
10%
0%
Figura 17 – Deve ser trocado os atuais fornecedores de embalagens.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Com relação a questão que pergunta se deve ser trocado os atuais
fornecedores de embalagens, constata-se que 70% assinalaram a opção “alguns
fornecedores”, confirmando que a aplicação do indicador de desempenho acerca da
avaliação de fornecedores é essencial para a Tramonto, visto que somente alguns
fornecedores devem ser trocados.
Significa que apenas alguns fornecedores não oferecem o serviço de
qualidade, seja da embalagem ou prazo de entrega. Sendo que a última opção é
que ficou em evidência.
De outro lado, tem-se que 20% dos colaboradores responderam que não
deve ser trocado os atuais fornecedores de embalagens, o que pode ser traduzido
com a possibilidade de um simples comodismo.
Completando o índice, apresenta-se a opção sim, deve ser trocado os
atuais fornecedores de embalagens com 10% dos colaboradores.
100
Tabela 12 – Precisa ser aumentado o número de fornecedores de embalagens
Opções de escolha
Respostas
%
Sim
6
60
Não
4
40
Total
10
100
Fonte: Dados da Pesquisa
Precisa ser aumentado o número de fornecedores de
embalagens
60%
60%
sim
50%
40%
40%
não
30%
20%
10%
0%
Figura 18 Deve ser aumentado o número de fornecedores de embalagens.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Quanto a pergunta que trata sobre a necessidade de ser aumentado o
número de fornecedores de embalagens, encontra-se na opção sim, 60% das
respostas.
Tendo que 40% das respostas foram assinaladas como não é preciso ser
aumentado o número de fornecedores de embalagens.
Significa que a maioria dos colaboradores indicam a necessidade de
aumentar o número de fornecedores deste insumo, o que colabora com a
identificação da prioridade de aplicar o indicador de desempenho, visto que
acompanhando a questão anterior sobre a importância de se trocar os atuais
fornecedores de embalagens que teve a opção “alguns fornecedores” com 70% das
respostas assinaladas.
Então, a importância do uso de indicadores de desempenho, entre eles a
avaliação dos fornecedores, assim como outros indicadores, ressalta-se como
essenciais para a melhoria das atividades de produção na Tramonto Agroindustrial,
101
visto que sem elementos que ofereçam bases de análise e verificação da realidade
da empresa no seu contexto integral.
Do contrário, apresenta-se a fragilidade da organização diante de falhas
possíveis, algumas imperceptíveis pelos administradores diante do cotidiano
massante das tarefas rotineiras, mas não deve servir de desculpa, e sim observada
com atenção quando detectada, para que se alcance a postura de eficácia ao invés
de eficiência. Dentro de um contexto de planejamento e estratégias com ações próativas.
5.5 PROPOSTAS DE MELHORIAS
Conforme a pesquisa bibliográfica e observação realizada na pesquisa de
campo, verifica-se a necessidade e utilidade de alguns indicadores de desempenho,
as quais são apresentadas como essenciais à Tramonto Agroindustrial.
Importa dizer que a análise das necessidades dos clientes, deve ser
realizada com freqüência, através de entrevistas ou questionários, de forma simples
e objetiva, além de oferecer canal direto de atendimento, a exemplo do Serviço de
Atendimento ao Consumidor. Em que, foi elaborado pesquisa de preço para haver a
elaboração de site e uma linha de 0800 para a Tramonto Agroindustrial oferecer aos
intermediários e consumidores finais, uma comunicação constante, seja para
criticas, sugestões ou elogios, conforme Anexo D. Sempre primando pela qualidade
e respeito ao cliente, assumindo uma postura de comprometimento de entregar
ótimos produtos e no prazo de entrega estabelecido entre as partes.
A necessidade de elaborar a previsão de estoques, observando o
momento ideal para a reposição dos materiais, engloba entre as principais ações do
responsável pelo Setor de Compras, a elaboração da classificação ABC,
identificando os custos de produção, além de verificar neste momento, quais os tipos
de embalagens tem maior rotatividade, visto que são itens essenciais, pertencentes
a Classe A.
Com a elaboração da curva ABC, incluindo a verificação de quais
embalagens e fornecedores estão diretamente ligados a ausência deste insumo na
linha de produção, conforme já observado e descrito nesta pesquisa, devem ser
analisados com os respectivos motivos, e consequentemente a descrição das
providências necessárias a fim de encontrar as soluções cabíveis ao problema
identificado.
102
Neste sentido, cabe dizer que a avaliação específica dos fornecedores de
embalagens, deve ser realizada, o que já foi mencionado aos administradores da
Tramonto Agroindustrial, tendo no Anexo C modelo de avaliação proposto a
empresa.
Além destes aspectos, o conjunto completo do fluxo de materiais,
incluindo a análise das necessidades dos clientes (demanda), assim como a
avaliação dos fornecedores, interagindo através do fluxo de informações para
elaboração da estratégia correta para as ações da Tramonto Agroindustrial, devem
ser identificadas como indicadores de desempenho.
Por certo que a identificação do tempo de reposição entre o pedido feito e
a entrega do material pelo fornecedor, assume fundamental importância na cadeia
de suprimentos, mas conjuga-se com outros aspectos essenciais na logística
empresarial.
Nota-se que os três primeiros indicadores de desempenho tem ligação
integral com o quarto indicador, ou seja, analisar as necessidades dos clientes,
acompanhar o fluxo de materiais, e avaliar os fornecedores, possuem interação com
o fluxo de informações, visto que por intermédio deste fluxo, tem-se o alcance dos
demais indicadores.
Com a aplicação destes indicadores, o administrador de materiais,
consegue suprir as necessidades logísticas da empresa, tornando-a eficaz, e não
mera organização eficiente.
Nota-se que as embalagens são identificadas como pertencentes a
Classe A, ou seja, são importantes insumos na linha de produção, embora, todos os
itens de custo sejam essenciais, mas cabe destacar que os itens da classe A devem
assumir uma postura de maior zelo por parte do administrador.
Fica evidenciado a prioridade da implantação de almoxarifado na
organização, conforme constatado, sua ausência influência diretamente na logística,
assim, foi apresentado a administração da Tramonto Agroindustrial, a sugestão de
criar esse setor.
Embora o responsável pelas compras da empresa, normalmente fique
atento aos níveis de estoque, reconhecendo a importância das embalagens, em
mais de um caso foi observado a demora na entrega dos pedidos, os quais são
realizados com antecedência em relação ao tempo normal de apresentação da
ordem de compra.
103
Estas falhas são constatadas dentro de uma organização que deixa de
aplicar a funcionalidade de indicadores de desempenho, os quais também fazem
parte das sugestões apresentadas aos administradores desta organização.
Quanto as observações verificadas no período de estágio na Tramonto
Agroindustrial, foi identificado o atraso na entrega de embalagens, tendo observado
o desperdício e transtornos na linha de produção, assim, uma das propostas de
melhorias é quanto a avaliação específica dos fornecedores de embalagens.
Estes atrasos acarretam transtornos na linha de produção. Ocasionando
problemas para a satisfação total da demanda, pois pode gerar atraso nas entregas.
A solução atual encontrada quando acontece este tipo de transtorno de
falta de um tipo de embalagem para certo item do Mix de Produção é alterar a
programação. Redirecionando as atividades que eram realizadas, ou deveriam ser
desempenhadas pelos colaboradores na linha de produção.
Assim, deixam de finalizar o produto com a embalagem X para trabalhar
com a embalagem Y, alterando-se o foco de um item por outro da linha de produção.
Atualmente, as vendas da Tramonto Agroindustrial são focadas
especialmente para os cortes do frango, ao invés do frango inteiro.
Neste sentido, a tendência do mercado consumidor é voltada para o
produto na sua totalidade, havendo a valorização do visual exterior do produto que
estes adquirem.
Significa que a embalagem tem importante papel na venda dos produtos,
assim como o que há dentro deste invólucro. Entretanto, o primeiro impacto na
sociedade consumidora contemporânea é certamente a embalagem destes
produtos, deixando-se de lado as compras realizadas pelos consumidores finais, em
seus lares, através de compra a granel ou qualquer tipo de aquisição sem que haja
uma embalagem atraente e que identifique a higiene e conservação do produto
comprado.
Deste modo, o atraso dos fornecedores da Tramonto Agroindustrial na
entrega das embalagens solicitadas pelo setor de compras da empresa, ocasiona
desperdícios em diversos aspectos.
Primeiramente que há uma alteração na linha de produção, com
movimentação não prevista, direcionando estes colaboradores de um item de
produção do Mix, para outro item.
Segundo, tem-se o desperdício de trabalho, diretamente relacionado ao
primeiro desperdício citado.
104
Terceiro, refere-se ao desperdício dos maquinários, pois sofrem uma
movimentação não prevista.
Quarto, ocorrência de alteração na administração, envolvendo entre os
fatores diretos, a reprogramação do Mix de Produção.
E os desperdícios seguem, pois não há neste momento uma descrição
taxativa, mas uma simples demonstração de alguns dos fatores de desperdícios
ocasionados com a falta de embalagens na linha de produção, havendo a correria
dos colaboradores para solucionar da melhor maneira possível, algo que é
imprevisto, mas que durante o estágio na Tramonto Agroindustrial foi constatado
algumas vezes.
Assim, nota-se a necessidade de haver uma avaliação dos fornecedores
e fortalecimento da logística destes produtos utilizados pela Tramonto Agroindustrial.
105
6 CONCLUSÃO
Ao concluir o trabalho de pesquisa, após realização do referencial teórico,
utilizando os procedimentos metodológicos adequados ao presente estudo, e tendo
por finalidade alcançar os objetivos propostos na introdução, a partir da experiência
da pesquisa, em que, o estágio ensejou na oportunidade de executar a observação
sobre a realidade da empresa, o que proporcionou a verificação através de
entrevista e questionário aplicado, a constatação de alguns pontos sobre a questão
das embalagens e o seu fornecimento.
Ficou descrito no desenvolvimento deste trabalho a questão da
necessidade de embalagens para a Tramonto Agroindustrial. A partir da
classificação ABC, que também contribuiu para identificar o fluxo de aquisição de
embalagens
desta
empresa,
assim
como
outros
aspectos
descritos
no
desenvolvimento da pesquisa, evidenciam que o fluxo de aquisições de embalagens
é alto, além de importante em diversas situações, especialmente para a linha de
produção e vendas do produto final, atendendo de maneira satisfatória a demanda.
Quanto às avaliações acerca dos processos atuais de fornecimento,
impacto do custo da embalagem no sistema e a participação do item embalagem
diante de uma família de produtos, que são também objetivos propostos no início
deste trabalho. Constatou-se que são essenciais para a análise do processo de
aquisição de embalagens.
Primeiramente, destaca-se a avaliação sobre os processos atuais de
fornecimento da Tramonto Agroindustrial, a qual não avalia o fornecedor e sua
prestação de serviço na totalidade segundo questionário aplicado, entrevista
realizada, e documento de avaliação geral, em que, as atuais avaliação são
referentes apenas a qualidade da embalagem entregue, sem mensurar o aspecto
prazo de entrega e pontuação destes colaboradores externos, para que haja uma
indicação de nível de satisfação, que aponte para uma posterior classificação e
modo de agir.
Deste modo, conforme a classificação do fornecedor, como apto ou
inapto, em que os primeiros devem continuar suprindo as necessidades da
Tramonto, e os inaptos não devem mais fazer parte da relação de colaboradores,
havendo necessidade de serem cadastrados outros em seus lugares. Em que, temse ainda a observação quanto aquele fornecedor indicado como apto com
106
deficiência que possa ser sanada com ações pró-ativas, buscando corrigir as falhas
existentes.
Em segundo lugar, com relação a avaliação do custo da embalagem no
sistema, nota-se que a classificação ABC novamente contribuiu para alcançar mais
um objetivo da pesquisa, identificando que a embalagem merece atenção quanto ao
nível de estoque e ponto de ressuprimento, através de novos pedidos de aquisição,
visto que se trata de um suprimento que pertence a Classe A.
Deste modo, também foi identificado a avaliação de uma família de
produtos e a participação do item embalagem, que além de pertencer a Classe A,
ficou caracterizado por uma soma de outros motivos, como item a ser priorizado pela
empresa de gênero alimentício, pois é um invólucro que tem por objetivos múltiplos,
proporcionar maior visibilidade ao produto transformado pela indústria alimentícia,
além de influenciar na maior rapidez de movimentação dos produtos a serem
distribuídos, em que, o primeiro deles trata-se da embalagem primária, e o segundo
aspecto tem relação direta com a embalagem secundária. Assim, como serve para
proteger a qualidade do produto, que deve chegar saudável a mesa do consumidor.
As melhorias propostas aos administradores da Tramonto Agroindustrial,
referente ao trabalho realizado, são especialmente relacionadas ao responsável
pelas aquisições de embalagens, que deve iniciar em breve a avaliação específica
dos fornecedores, incluindo o produto e prestação do serviço, assim como,
identificar o ponto ideal de estoque e ressuprimento deste item, além de implantar o
almoxarifado, e utilização de indicadores de desempenho. Mas também, tem a
proposta referente a administração geral, quanto a implantação de um número 0800
e site, criando um canal de comunicação rápido e fácil com a demanda, que serve
como informação, essencial para identificar possíveis falhas nas embalagens, não
detectadas até a distribuição do produto, mas somente no momento do seu uso.
O trabalho teve êxito para o acadêmico, pois respondeu aos principais
objetivos, sendo um conhecimento teórico e prático sobre a realidade e cotidiano de
uma empresa, unindo-se aos conhecimentos já adquiridos em sala de aula.
107
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111
APÊNDICES
112
Apêndice A – Questionário entregue aos colaboradores internos da Tramonto
Este questionário trata de um estudo realizado pelo acadêmico Waldemar
Hoepers do curso de Administração de Empresas, da Universidade do Extremo Sul
Catarinense – UNESC.
O objetivo é analisar os resultados alcançados com este questionário
juntamente com a pesquisa bibliográfica que aborda o tema: Administração de
Materiais e Necessidades Estratégicas para Aquisição de Embalagens para a
Empresa Tramonto Agroindustrial.
Assim, solicito que responda as perguntas.
1) Tempo que trabalha na empresa Tramonto:
( ) menos de 1 ano
( ) de 1 a 2 anos
2) Você já avaliou os fornecedores
( ) sim
( ) às vezes
(
(
) de 2 a 3 anos
) não
3) Mesmo que ainda não tenha avaliado até hoje os fornecedores, qual sua
avaliação sobre os fornecedores de modo geral
( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) insatisfatório
4) Mesmo que ainda não tenha avaliado até hoje os fornecedores, qual sua
avaliação sobre os fornecedores de embalagens
( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) insatisfatório
5) Acontece atraso de entrega das embalagens
( ) sim, às vezes
( ) sim, muitas vezes (
) não
6) O atraso na entrega das embalagens comprometeu a produção
( ) sim, às vezes
( ) sim, muitas vezes ( ) não
7) Qual atitude deve ser tomada com relação aos fornecedores que atrasam
( ) Negociação ( ) Cancelamento do pedido ( ) Troca por outro
8) Punir os fornecedores que atrasam os pedidos é solução
( ) sim
( ) não
9) Qual a avaliação da qualidade das embalagens utilizadas pela Tramonto
( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) insatisfatório
10) Deve ser trocado os atuais fornecedores de embalagens
( ) sim
( ) não ( )Alguns
Porque?
11) Precisa ser aumentado o número de fornecedores de embalagens
( ) sim
( ) não
Porque?
113
Apêndice B – Fotos da Tramonto Agroindustrial e Produtos
Foto Aérea da Tramonto Agroindustrial
Foto da Etiqueta que segue as embalagens da Tramonto Agroindustrial
Mercado Interno – Mercado Externo
114
Foto da embalagem utilizada pela Tramonto Agroindustrial – Mercado Interno
Foto da embalagem utilizada pela Tramonto Agroindustrial – Mercado Externo
115
Foto da embalagem / caixa utilizada pela Tramonto Agroindustrial – Aberta
Foto da embalagem / caixa utilizada pela Tramonto Agroindustrial – Fechada
116
ANEXOS
117
ANEXO A – Glossário da Associação Brasileira de Embalagem
Termos do Setor de Embalagem
Aerossol
Embalagem com gás propelente.
ATM (Atmosfera
Modificada)
Embalagem tipo bolha em que o ar foi retirado por vácuo e um gás neutro injetado no
lugar para dar estabilidade e conservar o produto por mais tempo.
Bag-in-box
Saco plástico com bocal inserido dentro de uma de papelão. Usado principalmente como
embalagens institucional para acondicionar produtos líquidos e pastosos da indústria
alimentícia ou química. Como embalagem primária, o sistema é muito usado para
acondicionar vinhos e sucos. (Ex: embalagem de iogurte para máquinas de lanchonete)
Bisnaga
Embalagem tubular flexível (Ex: creme dental)
Blister
Embalagem composta por uma cartela-suporte que pode ser de cartão ou filme plástico
sobre a qual o produto é fixado por um filme em forma de bolha (Ex: pilhas, comprimidos)
Caixa de embarque Caixa que agrupa as outras embalagens em uma unidade maior para transporte.
Cartão
Lâmina de papel com gramatura e espessura acima do "papel", que é a lâmina mais fina.
Cartelas
Lâminas de cartão ou plástico em que são fixados diretamente os produtos.
Cartuchos
Embalagem estruturada em cartão (Ex: cereais matinais, sabão em pó)
Contêiner
Unidade de carga de transporte.
Display face
O painel visual que a embalagem oferece à vista do consumidor.
Display
Expositor ou suporte para exposição das embalagens no ponto-de-venda.
Easy open
Expositor ou suporte para exposição das embalagens no ponto-de-venda.
Tampa abre-fácil (Ex: lata de molho de tomate com anel para puxar).
EPS
Poliestireno expandido: conhecido como Isopor que é a marca da BASF.
Extrudado /
Coextrudado
Produzido pelo processo de extrusão, ou seja, a resina entra em uma rosca que irá
derretê-la por atrito. A partir daí a “massa” é enviada para um sistema à base de ar
(balão), que a transforma em um filme plástico.
Faca
Conjunto de linhas/contornos contínuos (cortes) e hachurados (dobras) utilizado pela
gráfica para confecção de uma determinada embalagem.
Filme metalizado
Filme que recebeu um tratamento de metalização (por exemplo: saquinhos de batata
frita).
Flexografia
Processo de impressão que utiliza uma chapa fotopolimérica em substituição aos cilindros
metálicos, característicos do processo de rotogravura ou às chapas metálicas
características do processo de offset.
Flip top
Tampa que abre na parte superior, mas fica presa à embalagem (Ex: tampa da caixinha
de cigarros, tampa de shampoo).
Flow pack
Embalagem formada na seladora em processo contínuo. O filme entra na bobina, é
dobrado, selado no meio formando um tubo e recebe o conteúdo e as soldas superior e
inferior em uma operação contínua (por exemplo: embalagens Elma Chips, Barra de
cereais).
Foil
Lâmina fina de metal, alumínio etc. (por exemplo: tampa de iogurte).
Frasco
Recipiente de vidro ou plástico confeccionado com ajuda de fôrmas.
Fundo automático
Sistema que permite o envase e fechamento de cartuchos por máquina encartuchadeira
na linha de produção.
Gôndola
Prateleira de supermercado.
Hang tag
Etiqueta adesiva com orifício que, fixada na embalagem, permite que ela seja pendurada.
Head space
Espaço deixado livre entre o líquido e a tampa no processo de enchimento da
embalagem.
Holografia
Processo de registro de imagens, através de um fenômeno de interferência luminosa, que
permite a reconstrução e visualização dessas imagens em três dimensões.
Hot melt
Tipo de cola aplicada à quente.
Hot stamping
Processo de impressão em que um filme de metal finíssimo é fixado por calor sobre o
substrato - papel ou plástico (muito usado em rótulos finos).
Injeção
Um dos processos de fabricação de embalagens de plástico, pelo qual a resina fundida é
injetada em uma fôrma.
In Mold Label
Sistema que possibilita a aplicação de um filme impresso dentro do molde de injeção
visando a decoração ou rotulagem da peça injetada.
Laminação
Processo pelo qual dois ou mais substratos - plástico, papel ou metal - são grudados um
no outro.
Laminadas
Embalagens obtidas pela colagem de uma ou mais lâminas ou filmes.
118
Layout
Desenho ilustrativo de uma idéia ou projeto.
Logística
Conjunto de atividades de organização e gestão de transporte, distribuição e estocagem
de mercadorias.
Market Share
Percentual de participação de mercado de um produto.
Mass display
O efeito causado pela repetição de várias embalagens colocadas lado a lado.
Masterbatches
Concentrados de pigmentos, corantes ou aditivos que são dispersos em uma resina
denominada resina veículo.
Microencapsulados
Substâncias como óleos ou pós, subdivididos de forma infinitesimal e envoltas por uma
membrana protetora. Elas armazenam em seu interior fragrância, cosméticos, produtos
corrosivos ou de alto custo de obtenção, enzimas, vitaminas e ativos como a maioria dos
óleos hidrofóbicos (repelem líquidos aquosos) e pigmentos insolúveis em água.
Multicamadas
Embalagem feita de materiais combinados.(Ex: alumínio com papel, papel com papelão).
Narrow neck
Gargalo mais estreito.
Neck
Gargalo, pescoço (Ex: cerveja long neck).
Off-set
Processo de impressão com chapa de alumínio e rolo de borracha (mais utilizado em
papel).
Papelão
Estrutura composta de lâminas de papel acopladas. São duas lâminas recheadas com
uma 3ª lâmina em forma de onda que une as duas constituindo uma "parede". Os
principais tipos de são o ondulado e o microondulado.
Peg board
Orifício feito na embalagem para pendurá-la em ganchos ou gôndolas especiais ou
displays.
Material plástico que possui propriedades que evitam a passagem de gases, odores,
Plásticos - barreira umidade. Estas propriedades normalmente são conseguidas com o uso de aditivos ou
pela combinação de mais de uma resina.
Potes
Recipientes de perfil baixo com boca larga de vidro ou plástico (por exemplo: pote de
margarina, de sorvete, de creme cosméticos).
Pump
Tipo de tampa com bomba para liberar o conteúdo.
Reembalagem
Remoção do produto de sua embalagem original, substituída por outra com objetivo de
marketing. Geralmente isso é feito para atender às necessidades de mercado ou
requisitos aduaneiros de outros países no caso de exportação.
Relevo americano
Sistema de aplicação de relevo por meio de uma tinta especial para este fim.
Relevo seco
Sistema de aplicação de um clichê utilizado no corte e vinco da embalagem que
acrescenta relevo aos pontos indicados.
Retort
Processo com avançada tecnologia que se baseia no uso de embalagens hermeticamente
fechadas, que impedem a passagem de luz e ar, e na esterilização por alta temperatura e
pressão, eliminando os microorganismos responsáveis pela deterioração do alimento.
Rotogravura
Sistema de impressão cujo nome deriva das formas cilíndricas e do princípio rotativo de
suas impressoras. Utiliza tintas líquidas a base de solventes voláteis (xileno, álcool ou
thinner que é o mais usado) onde a parte do grafismo fica em baixo relevo. Muito utilizada
em editoria e na indústria de embalagens flexíveis.
Rótulo - manga ou Rótulo tubular que é aplicado à embalagem, vestindo-a (Ex: aqueles utilizados em
garrafas Pet de refrigerantes 2 litros).
sleeve
Sachês
Embalagem em forma de envelope. Pode ser de papel, plástico ou materiais combinados
(por exemplo: adoçantes, sopas em pó, ketchup, etc).
Shrink
Filme plástico termoencolhível que adere por encolhimento embalando o produto.
Skin
Filme plástico que adere como uma pele à embalagem.
Sleeve
Rótulo encolhível que adere à superfície da embalagem contornando-a como uma pele.
Sopro
Sistema de produção utilizado tanto para plástico como para vidro, pelo qual o material
aquecido recebe um jato de ar interno sendo soprado contra as paredes do molde.
Spray
Embalagem com gás propelente ou bomba de pressão que libera o conteúdo.
Squeeze
Embalagem que espirra quando pressionada (por exemplo: desodorantes em plástico,
ketchup, etc).
Stand-up-pouch
Sachê que se mantém em pé graças à sua base aberta (por exemplo: refil para produto
de limpeza, embalagem de batata palha).
Tampa crown
Tampinha metálica de garrafas de cerveja.
Termoformagem
Processo de fabricação em que uma lâmina de plástico é derretida sobre uma fôrma (por
exemplo: potes de iogurte e de margarina).
Termo-plástico
Resina plástica que é sensível ao calor.
Verniz UV
Verniz de impressão ultravioleta que protege a cor do desbotamento e dá mais brilho.
Vidro âmbar
Vidro marrom.
119
Anexo B – Avaliação dos fornecedores realizada pelo setor de qualidade
A prevenção dos perigos à saúde começa com o controle dos materiais recebidos. Um controle inadequado
no recebimento de ingredientes pode resultar na contaminação do produto e/ou no subprocessamento. O grau de
controle exercido sobre este recebimento é proporcional ao risco.
Quando um candidato a fornecedor for se apresentar ao departamento de compras da TRAMONTO, a este é
enviado uma ficha de auto-avaliação (RCQ 040), e somente estará apto a ser fornecedor após entrega da ficha e
avaliação da mesma pela Gerência da Qualidade.
A Gerência da Qualidade da o parecer final ao departamento de compras a respeito do fornecedor.
Avaliação: é realizada pela Gerência da Qualidade.
Inspeção de Recebimento de Embalagens Primárias, Secundárias, Luvas, Aventais, Bandejas e Etiquetas.
Todo material utilizado para embalagem é armazenado em condições higienico-sanitárias, em áreas
destinadas para esse fim. As condições de armazenamento não transmitem ao produto nenhum tipo de substância
indesejável.
Toda embalagem sofre análise antes de ser descarregada. A inspeção de recebimento de embalagem
primária, secundária e etiqueta são realizadas por funcionário do setor de Qualidade. Além da embalagem, é avaliado
as condições higiênicas do caminhão transportador.
Os dados do recebimento são registrados em relatório especifico RCQ 004/00.
•
Embalagem Primária
Para cada lote de embalagem primária recebida, o funcionário coleta uma amostra e verifica os seguintes
itens: acondicionamento, presença de sujidades e insetos, impressão (layout, código de barras, padrão de cores, nº. do
registro de rótulo), dimensões.
O padrão de embalagem é mantido em pasta específica.
•
Luvas e aventais
Para cada lote de luva recebida, o funcionário coleta uma amostra e verifica os seguintes itens:
acondicionamento, presença de sujidades e insetos, coloração e espessura.
O padrão desses materiais é mantido em pasta específica.
•
Bandejas
Para cada lote de bandeja recebida, o funcionário coleta uma amostra e verifica os seguintes itens:
acondicionamento, presença de sujidades e insetos, coloração, peso e espessura.
• Embalagem Secundária
Para cada lote de embalagem secundária recebida, o funcionário coleta 1 amostra e verifica os itens:
acondicionamento, presença de sujidades e insetos, impressão (layout, código de barras, cores e informações), dimensões.
Os itens descritos abaixo são avaliados na produção:
•
Fita adesiva
•
Saco contrátil
Para todas estas avaliações possuímos uma pasta de padrões, que devem ser checadas com o recebimento
das embalagens secundarias.
•
Etiqueta
Para cada lote de etiqueta recebida, o funcionário coleta uma amostra e verifica os seguintes itens:
acondicionamento, presença de sujidades, insetos e impressão (layout, código de barras, cores e informações, nº. do
registro de rótulo, conforme desenvolvimento da arte final).
Armazenamento de embalagens primárias, secundárias e etiquetas.
Depois das embalagens e etiquetas recebidas, essas são armazenadas em salas específicas.
As embalagens primárias, secundárias e etiquetas são armazenadas separadamente sobre estrados ou prateleiras
ficando 10 centímetros afastados da parede.
As embalagens primárias e secundárias são armazenadas em sala especifica dentro do abatedouro. As embalagens
entram nesta sala através de óculo protegido por cortina de PVC e cortina de ar.
As embalagens primárias são mantidas envolvidas por plástico protetor, evitando a contaminação das mesmas.
O ambiente é limpo e organizado. Também é feito controle de roedores no ambiente com uso de armadilha.
120
Distribuição das embalagens para produção
Da sala de embalagem primária é distribuída a produção para serem utilizadas. Só no momento da
distribuição é que a embalagem protetora é retirada, já que a sala de embalagens se trata de uma área separada
fisicamente da produção. Na sala de embalagens as mesmas são carimbadas e distribuídas na produção.
Da sala de embalagens secundárias as caixas são etiquetadas, carimbadas e então distribuídas à produção
por meio de carrinhos transportadores.
Plano de amostragem
Realizar a coleta das amostras em pontos bem distribuídos por todo carregamento, conforme plano de amostragem
definido na Tabela 01.
N.Q.A. (Nível de qualidade aceitável). Definido em 2,5%, 4,0% e 6,5%
A) DEFEITO CRÍTICO-Aquele que impede a utilização ou desempenho de uma função importante da embalagem.
B)
DEFEITO GRAVE-Aquele que não impede a utilização da embalagem, mas implica em prejuízos de desempenho e/ou aparência do produto
C) DEFEITO TOLERÁVEL-Defeitos menores que não prejudicam o desempenho da embalagem, mas continuam imperfeições.
Tabela 01: Plano de amostragem simples - normal
N.Q.A
2,5
Para quantidades
Amostras
Aceitas
Rejeitadas
100 a 500
08
0
1
501 a 3200
13
1
2
3.201 a 35.000
20
1
2
35.001 a 500.000
32
2
3
Acima de 500.001
50
3
4
Tipo de amostragem aleatória
CRÍTICO
Aceitas
1
1
2
3
5
4,0
Rejeitadas
2
2
3
4
6
GRAVE
6,5
Aceitas
Rejeitadas
1
2
2
3
3
4
5
6
7
8
TOLERÁVEL
FONTE: Norma ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) NBR5426/85
Análises microbiológicas
Conforme PV 001 realiza-se análise microbiológica em laboratório terceirizado.
Caso alguma amostra apresente-se em desacordo com os padrões pré-definidos, o lote da referida amostra é
seqüestrado o fornecedor é notificado e a embalagem é devolvida ao fornecedor. Realizar nova coleta na próxima
entrega do fornecedor que foi detectado não conformidade.
Ensaio (atendendo a directiva 2001/471/CE)
Contagem padrão de microorganismos mesófilos aeróbios estritos e facultativos viáveis
Contagem total de enterobactérias
Limite Máximo
1,0x101 UFC/cm²
1,0 x100 UFC/cm²
De acordo com Instrução Normativa nº 49, todo material que é recebido (de acordo com lista contida na IN 49)
é informado através de formulário padrão ao SIF.
Avaliação das ações corretivas
Toda ação corretiva tomada é avaliada pela Qualidade quanto a sua eficácia no processo.
Verificação
Tipo
Verificação
“in loco”
Verificação
documental
Freqüência
Mensal
Verificação
documental
Mensal
Mensal
Como?
Verificação de um
recebimento
Verificação do
relatório RCQ 004.
Verificação dos
laudos
microbiológicos.
Fonte: Tramonto Agroindustrial, 2009.
Ação corretiva
Conforme descrito acima.
Treinamento para o funcionário do Controle de
Qualidade que realiza o recebimento
Caso alguma amostra apresente-se em
desacordo com os padrões pré-definidos, o lote
da referida amostra é seqüestrado o
fornecedor é notificado e a embalagem é
devolvida ao fornecedor. Realizar nova coleta
na próxima entrega do fornecedor que foi
detectado não conformidade.
Quem?
Gerência da
Qualidade
Gerência da
Qualidade
Relatórios
RCQ 115
Gerência da
Qualidade
-
-
121
Anexo C – Modelo de avaliação específica para fornecedores de embalagens.
o
Classificações – O fornecedor será avaliado conforme classificação a seguir:
APTO – Sem deficiência no sistema, ou com deficiência que não afeta a qualidade.
APTO I – Com deficiência de pequena importância no sistema, que deve ser corrigido.
APTO II – Com deficiência importante no sistema, deve ser corrigido com data programada.
INAPTO – Sem condições de fornecer à empresa.
o
Periodicidade – Reavaliações serão feitas periodicamente. Fornecedores classificados como
APTO, a cada 2 anos. Para classificados como APTOS I e II (com deficiências), anualmente.
o
Potencial do fornecedor – Com orientação, o fornecedor só poderá trabalhar com a empresa
se a Nota de Classificação for igual ou superior a APTO II. No caso de embalagem que envolve
muita responsabilidade, a nota mínima de classificação será APTO I.
o
Inspeção do recebimento – Conforme a classificação do fornecedor, adota-se um tipo de
inspeção de recebimento, com avaliação de 2 quesitos distintos de acordo com o Quadro.
Definição de classes de fornecedores e formação do conceito
Inspeção de Recebimento
Avaliação
Classe
Inspeção
85-100%
APTO
A inspeção de recebimento será feita por amostragem ou, eventualmente, ele poderá ser
liberado sem inspeção. Só a documentação para fins de rastreamento será preenchido.
60-84%
APTO I
Na inspeção de recebimento, serão inspecionados todos os lotes. Apresenta deficiência
na inspeção de recebimento por amostragem em todos os lotes. Com relação ao 2º
quesito será chamada atenção por escrito.
40-59%
APTO II
No recebimento, será feita inspeção por amostragem específica em todos os lotes.
Apresenta deficiência de correções com data estabelecida na inspeção de recebimento
com orientação específica para todos os lotes. E quanto ao 2º quesito será advertido com
multa (desconto previsto no contrato).
0-39%
INAPTO
Sem condições de fornecimento.
CADASTRO
Avaliação nº:
Data
Fornecedor:
Endereço:
Tel.:
Endereço eletrônico:
Tipo de embalagem:
Contato:
Cargo:
Área total da fábrica (m²):
Área construída: (m²)
Nº total de funcionários:
Nº funcionários CQ:
/
/
122
1º Quesito – Qualidade da Embalagem
Critérios
1
1.1
1.2
1.3
2
2.1
2.2
2.3
2.4
3
3.1
3.2
3.3
4
4.1
4.2
4.3
4.4
5
5.1
5.2
5.3
5.4
5.5
6
6.1
6.2
6.3
6.4
6.5
6.6
6.7
6.8
7
7.1
7.2
7.3
7.4
8
8.1
8.2
8.3
8.4
9
9.1
9.2
9.3
9.4
10
10.1
10.2
10.3
11
11.1
11.2
11.3
11.4
Controle de qualidade
Existe um setor de controle de qualidade?
A estrutura do controle de qualidade satisfaz as necessidades da empresa (fornecedor)?
Esse controle de qualidade abrange todas as áreas da fabricação?
Procedimentos
As responsabilidades das diversas funções são definidas?
Existem instruções para a execução das diversas atividades?
O fluxograma dos documentos é regulamentado?
Os procedimentos são conhecidos pelos elementos envolvidos?
Testes
Existem normas técnicas correspondentes?
Os métodos são estabelecidos por escrito?
Os testes obedecem a normas e métodos?
Administração dos desenhos
As mudanças de desenho são feitas na integra e imediatamente?
Há notificação por escrito aos setores envolvidos?
Os arquivos são organizados?
O primeiro lote modificado é acompanhado com aviso?
Folhas de instruções
Os roteiros de inspeção abrangem todas as áreas?
Os roteiros cobrem todas as peças?
As instruções são completas?
As instruções estão atualizadas?
As instruções estão em uso nas áreas de trabalho?
Exame da matéria-prima
O exame é feito mediante testes práticos?
Visualmente?
Dimensionalmente?
Composição química?
Ensaios físicos?
Ensaios elementares?
A amostragem é representativa?
O material é identificado convenientemente?
Controle de qualidade – Preparação de máquina e ajuste da ferramenta (início produção)
Verifica os itens afetados?
Executa os testes necessários?
Autoriza o início do trabalho?
As embalagens saídas durante a preparação/ajuste são identificados e separados?
O controle de qualidade durante o processo de fabricação
A freqüência e a amostragem são adequadas?
O responsável tem autoridade para parar o processo?
Verificar todos os itens necessários?
Retira amostra para testes?
Controle de qualidade durante processo de beneficiamento - Amostragem produção
Os agentes e os equipamentos são controlados?
São retiradas amostras para testes?
A freqüência e a amostragem são adequadas?
São verificados todos os itens necessários?
Controle de qualidade do produto acabado
A quantidade verificada é adequada?
São efetuados testes funcionais?
Todos os itens necessários são verificados?
Identificação de peças - produtos não-conformes
As embalagens rejeitadas são identificadas quanto aos defeitos?
Existem recipientes distintos para as embalagens aprovadas e rejeitadas?
As embalagens rejeitadas são colocadas em áreas especiais?
Os lotes liberados são identificados?
Sim
Não
Pontos
123
12
12.1
12.2
12.3
12.4
12.5
13
13.1
13.2
13.3
13.4
14
14.1
14.2
14.3
15
15.1
15.2
15.3
15.4
16
16.1
16.2
16.3
16.4
16.5
17
17.1
17.2
17.3
17.4
17.5
20
18.1
18.2
18.3
18.4
18.5
19
19.1
19.2
20
20.1
20.2
20.3
21
21.1
21.2
21.3
21.4
Auditoria da qualidade do produto acabado - Resultados da verificação
A freqüência é adequada?
Existe uma lista de verificação?
Os itens dessa lista são suficientes?
Os resultados são difundidos?
São tomadas providências?
Controle estatístico da qualidade
Aplica o Controle Estatístico do Processo?
Abrange todos os setores ou itens importantes?
A freqüência é satisfatória?
São tomadas providências corretivas ou preventivas?
Equipamento para controle de qualidade na fabricação
O tipo é indicado?
A quantidade é suficiente?
Está em bom estado de conservação?
Sala de medição
É fechada?
Tem temperatura e umidade controladas?
Os equipamentos cobrem todas as necessidades?
A localização é adequada?
Laboratório - Os ensaios
As instalações são adequadas?
Para análise de ensaios químicos?
Para ensaios físicos?
Para ensaios específicos das embalagens?
Para ensaios de acabamentos?
Aferição do equipamento de controle de qualidade
Existe um responsável por esse setor?
O equipamento/instrumento é identificado?
A freqüência de aferição é estabelecida?
Existem recursos para aferição?
O sistema de aferição abrange todos os equipamentos?
As condições de trabalho do pessoal de controle de qualidade
A iluminação é adequada?
Existem ordem e limpeza?
O espaço é suficiente?
Há mesas/bancadas?
O acesso aos arquivos e equipamentos é fácil?
Retenção dos registros
Há organização nos arquivos?
Os registros com o mínimo de um ano estão no arquivo de acesso imediato?
Códigos para identificação de lotes
As embalagens têm identificação do fabricante?
As embalagens têm código de fabricação?
Os códigos permitem localizar um problema?
Envio e controle das amostras
As dimensões encontradas são marcadas no desenho?
São efetuados ensaios com material e testes especificados?
As amostras são enviadas com documentação?
Quando da reposição de material, são enviadas novas amostras?
Avaliação
21 itens com total de 86 subitens: Sim = 2 pontos; e Não = 1 ponto.
Cada ponto equivale a: 0,58%
Equação: número de pontos multiplicado pela porcentagem equivalente = % da
avaliação da definição de classes de fornecedores e formação do conceito
124
2º Quesito – Entrega da embalagem
Critérios
1
1.1
1.2
1.3
2
2.1
2.2
2.3
3
3.1
3.2
3.3
Sim
Não
Pontos
Período dos últimos 12 meses
Sem atraso ou atraso inferior a 25% do total das entregas ?
Teve 50% de atraso do total das entregas ?
Teve atraso superior a 75% do total das entregas ?
Nível médio de atraso
0 dias?
De 1 dia?
Acima de 1 dia?
Aviso
Comunicado com antecipação ?
Comunicado no dia da entrega ?
Comunicado posterior ao dia da entrega ?
Avaliação
3 itens e 10 subitens
Primeito Item
Primeiro subitem: Sim = 35 pontos; e Não = 10 ponto.
Segundo subitem: Sim = 17 ponto; e Não = 12 ponto.
Terceiro subitem: Sim = 1 ponto; e Não = 3 ponto.
Segundo Item
Primeiro subitem: Sim = 25 pontos; e Não = 4 ponto.
Segundo subitem: Sim = 11 ponto; e Não = 8 ponto.
Terceiro subitem: Sim = 1 ponto; e Não = 2 ponto.
Terceiro Item
Primeiro subitem: Sim = 15 pontos; e Não = 2 ponto.
Segundo subitem: Sim = 5 ponto; e Não = 3 ponto.
Terceiro subitem: Sim = 1 ponto; e Não = 1 ponto.
Cada ponto equivale a: 0,96 %
Equação: número de pontos multiplicado pela porcentagem equivalente = % da
avaliação da definição de classes de fornecedores e formação do conceito
Fonte: Gurgel, 2007.
125
Anexo D – Pesquisa de preço de número 0800 e elaboração de site
a) Pesquisa de preço referente a compra de número 0800 para a Tramonto Agroindustrial
Primeiramente foi constatado que deve ser realizado a reserva de número
através da Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações através de seu portal:
www.anatel.gov.br, e após, contato com a operadora local de telefonia, neste caso
apenas a OI, empresa que assumiu as operações realizadas até 2008 pela
BrasilTelecom.
Desta maneira, foi realizado contato através de mensagem eletrônica e através
do número telefônico de atendimento ao cliente da empresa OI: 103 14, com as
opções 5, e depois 8, em que o atendente passou as seguintes informações no dia
19 de setembro de 2009:
Que o número 0800 mascara outro número, ou seja, o número já utilizado pela
empresa que venha adquirir o serviço, sendo o 0800 um número de não posição
geográfica, realizando o redirecionamento das ligações feitas por pessoas, na
maioria das vezes clientes, os quais não pagam pela ligação, o que identifica o 0800
como ligação gratuita (para quem realiza a ligação), visto que o pagamento fica a
cargo de quem recebe a ligação.
A ativação acontece em média, entre 45 a 60 dias após a liberação da reserva
feita através da Anatel e confirmação a operadora telefônica.
Os valores do serviço prestado, acontece de duas formas, primeiro a
mensalidade fixa no valor de R$ 50,53 (cinqüenta reais com cinqüenta e três
centavos).
E o valor da ligação feita, cobrada por minuto e conforme o tipo de ligação:
R$ 0,20 centavos a ligação local (DDD 48)
R$ 0,29 centavos a ligação interurbana.
R$ 0,34 centavos a ligação internacional.
R$ 0,45 centavos a ligação de celular.
A contratação do serviço inclui a possibilidade de restringir as ligações
recebidas, ou seja, apenas receber ligação de DDD local, como exemplo, assim
como não aceitar ligações de celular, e apenas ligações locais ou interurbanas de
telefones fixos.
O uso em quantidade deste serviço, contempla desconto progressivo.
126
B) Pesquisa de preço referente a compra página eletrônica para a Tramonto Agroindustrial
Após realizado contato com três (3) empresas que atuam na área de
elaboração de site, em que, ambas pediram para que fosse realizado a solicitação
por mensagem eletrônica, descrevendo a necessidade da página eletrônica, ou seja,
descrevendo o que deveria conter.
Foi descrito a importância de haver um breve histórico da empresa, com
espaço para apresentar a linha de produtos da Tramonto Agroindustrial através de
fotos e explicação breve, e principalmente um canal de contato para que os cliente
pudessem entrar em contato, incluindo além do formulário de mensagem, a
possibilidade de atendimento on-line imediato, a exemplo de salas de chat, para
agilizar o atendimento as necessidades dos clientes, facilitando este canal pela rede
de computadores, a nível do que já acontece numa ligação telefônica.
As empresas e valores enviados por mensagem eletrônica, ambas recebidas
no dia 27 de setembro de 2009, são:
Cidade
Contempla todos os
itens solicitados
Prazo de
entrega
Valor
Contato Express*
Araranguá/SC
Sim
45 dias
R$ 2.650,00
Farol Virtual **
Araranguá/SC
Sim
35 dias
R$ 1.800,00
Zaib ***
Araranguá/SC
Sim
30 dias
R$ 3.200,00
Empresa
*
www.contato.net / [email protected]
** www.farolvirtual.com.br / [email protected]
*** www.zaib.com.br / [email protected]
127
Anexo E – Mix de Produção da Tramonto Agroindustrial
Mix de Produção da Tramonto Agroindustrial página 1 de 6.
128
Mix de Produção da Tramonto Agroindustrial página 2 de 6.
129
Mix de Produção da Tramonto Agroindustrial página 3 de 6.
130
Mix de Produção da Tramonto Agroindustrial página 4 de 6.
131
Mix de Produção da Tramonto Agroindustrial página 5 de 6.
132
Mix de Produção da Tramonto Agroindustrial página 6 de 6.
133
Anexo F – Nota Fiscal e Certificado de Qualidade do Fornecedor
Nota Fiscal de Embalagens do Fornecedor Interflex do Brasil
134
Certificado de Qualidade do Fornecedor Interflex do Brasil
135
Anexo G – Organograma da Tramonto Agroindustrial S/A
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