TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL- ESTUDO

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TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL- ESTUDO DE CASO
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Cassia Aparecida Piedade Garcia Miyaki , Faculdade da Alta Paulista
2
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Ana Paula dos Santos,
Bruna Michely Lisbôa Bustamante Januário,
4
Everton Rogério Goncalves Silva,
5
Washington Braz de Oliveira.
6
Patrícia Hobold Meurer
RESUMO EXPANDIDO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar um estudo de caso embasado no
referencial teórico da análise do comportamento no V Fórum de Práticas em
Psicologia da Faculdade da Alta Paulista, Tupã – SP.
Em 1981 Skinner apresenta o artigo Seleção por Consequência como modelo de
causalidade, que seria adequado a todo comportamento. O modelo de Seleção por
Consequência de Skinner substitui as explicações baseadas em agentes iniciadores
como uma vontade, desejo, força psíquica e mente e as explicações teleológicas,
que apelam para um propósito ou intenção como causas finais.
A existência de um operante é explicada pela existência de certas variações e pela
seleção dessas variações por consequências comportamentais relevantes. Ocorre
em determinado contexto, chamado estímulo discriminativo e gera um estímulo que
afeta a probabilidade dele ocorrer novamente. O comportamento operante é
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Graduanda em Psicologia, Faculdade da Alta Paulista, [email protected].
Graduanda em Psicologia, Faculdade da Alta Paulista, [email protected].
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Graduanda em Psicologia, Faculdade da Alta Paulista, [email protected].
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Graduando em Psicologia, Faculdade da Alta Paulista, [email protected].
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Graduando em Psicologia, Faculdade da Alta Paulista, [email protected].
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Docente da FAP, Mestre, [email protected].
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modelado a partir do repertório inato. As respostas que geram mais reforço em
média tendem a aumentar de frequência e se estabelecer no repertório, ou seja, em
um contexto semelhante tendem a ser emitidas novamente.
O modelo de seleção por consequência supõe que os comportamentos dos seres
vivos são explicados considerando que os fenômenos têm múltiplas causas que são
sempre históricas e inter-relacionadas, ou seja, descreve o processo de origem e de
mudanças dos padrões comportamentais no tempo e no espaço, na história.
O ambiente tem papel selecionador, as consequências ambientais selecionam
classes, respostas com certas características. O ambiente exerce duas funções em
relação aos comportamentos operantes, sendo o selecionador e o instanciador. O
selecionador ocorre através das consequências importantes e o instanciador através
dos estímulos antecedentes.
O comportamento humano é multideterminado por histórias no nível filogenético,
ontogenético e cultural. No nível filogenético, a seleção natural explicaria a evolução
das características fisiológicas e anatômicas da espécie, na ontogenéticas o
reforçamento operante explica parte da evolução de repertórios comportamentais
específicos de cada indivíduo.
O surgimento do nível ontogenético permitiu a adaptação de indivíduos particulares
em ambientes que sofrem constantes mudanças.
Assim, o clínico analítico comportamental deve analisar junto com o cliente, as
relações entre o que ele fala, pensa ou sente, e as consequências envolvidas nesse
comportamento.
Diante da teoria apresentada podemos articular sobre o caso que vem sendo
estudado desde 2007. O cliente apresenta o diagnóstico de Transtorno Obsessivo
Compulsivo (TOC), ansiedade e depressão. O cliente de 69 anos, recebe prescrição
medicamentosa, fazendo uso de INDERAL e EQUILID. Verbaliza que no decorrer do
atendimento consegue obter habilidades para lidar com as situações apresentadas,
contudo no período de férias sem o acompanhamento terapêutico, as práticas de
alívio para evitar comportamentos inadequados retornam, uma vez que o próprio
paciente os traz como queixa. Foram revistas as habilidades sociais, orientado
exercícios de fixação, bem como exercícios físicos, respiração diafragmática,
orientado também a procurar estabelecer relações interpessoais.
Em relação às patologias apresentadas o cliente tem conhecimento das mesmas e
mantém comportamentos de enfrentamento usando vantagens e desvantagens das
práticas reforçadoras, muitas vezes abstendo-se de emitir os comportamentos
compulsivos, foi orientado a promover habilidades sociais, saindo de casa e
relacionado-se com outras pessoas.
Foi possível observar neste período de atendimento as melhoras obtidas nas
sessões quanto às habilidades para diminuir a ansiedade, bem como a depressão,
demonstrando estabilidade emocional na terapia e nos relacionamentos, trabalhando
os desafios que são despertados no cliente para enfrentar seus medos, contudo, em
relação ao comportamento compulsivo e as dificuldades relacionadas com a
sexualidade , estabeleceram novos padrões diminuindo-as mas não sendo extintas.
Concluímos que o cliente deve ser acompanhado por profissional especialista na
área, bem como ser encaminhado para atendimento psiquiátrico para nova
avaliação quanto aos medicamentos prescritos, visto já o longo período de
atendimento, e que seja proporcionado ao mesmo, atendimento sem a interrupção
terapêutica para que continue obtendo evolução de forma positiva.
Palavras-chave: Clínica, Comportamento, Seleção por Conseqüência.
Referências Bibliográficas
Sampaio, A. S. e Andery, M.A.P.A. Seleção por conseqüências como modelo de
causalidade e a clínica analítico-comportamental. Em: Borges, N.B. e Cassas, F.A. e
cols. (2012). Clínica Analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto
Alegre: Artmed.
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