Sistema urinário preparo da apostila 3

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Sistema urinário
Conceito
As atividades orgânicas resultam na decomposição de proteínas, lipídes e carboidrato,
acompanhada de energia e formação de produtos que devem ser eliminados para o meio
exterior. A urina é um dos veículos de excreção com que conta o organismo.
Assim, o sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela formação da urina,
os rins, e outros, a eles associados , destinados à eliminação da urina :ureteres, bexiga
urinária e uretra.
Constituição
– Rins (2). (125 g)
– Ureteres (2).
– Bexiga (1).
– Uretra (1 )
O sangue chega aos rins a uma velocidade aproximada de 1200ml/min através de
ramificações da artéria aorta abdominal:as artérias renais. Este sangue , por sua vez,
desemboca na veia cava inferior através das veias renais. O fluxo através do rim é
grande, podendo representar até 25% de débito cardíaco, o que facilita a retirada eficaz
das escórias do sangue.
Embora possa haver perda de líquidos e eletrólitos por outras vias e órgãos que
participam do equilíbrio ácido-básico, são os rins que regulam com precisão o ambiente
químico interno do organismo. A função excretora renal é necessária para a manutenção
da vida.
A urina produzida diariamente tem volume de 700 a 1500 ml, contém sódio, potássio,
fósforo, amônia, uréia, creatinina, entres outras substância. O volume de urina aumenta
ou diminui conforme a necessidade de eliminar água, evitando que falte ou se acumule
no organismo. Esta urina é transportada pelos ureteres para a bexiga, onde fica
armazenada até sua eliminação através da uretra .
1 Rins:
São órgãos pares ,localizados na cavidade abdominal, ao nível das ultimas vértebras.
Tem forma de feijão, pesa aproximadamente 125g, esta recoberto por uma cápsula
fibrosa, fina e resistente conhecida como cápsula renal. Anteriormente, os rins são
separados da cavidade abdominal e seu conteúdo por camadas de peritônio.
Posteriormente são protegidos pela parede torácica inferior.
Suas principais funções são:
-Regulação hidroeletrolítica dos líquidos corporais.
-Remoção dos produtos finais do metabolismo e do sangue. (uréia , creatinina ,e outras
)
-Regulação da pressão sanguínea.
2. Morfologia externa:
– Forma: grão de feijão.(125gr)
– Faces: anterior e posterior.
– Margens: lateral e medial (hilo renal – pedículo renal).
– Pólos: superior (glândula supra-renal ou adrenal) e inferior.
– Envoltórios:
– Cápsula renal.
– Fáscia renal (loja renal)..
– Hilo renal: É uma fenda situada na margem (borda) medial do rim onde encontramos
os
elementos do pedículo renal.
– Pedículo renal:
– Artéria renal.
– Veia renal.
– Pelve renal.
. Morfologia interna:
– Seio renal: é a cavidade do rim projetada a partir do hilo renal .
– Parênquima (ou tecido) renal:
– Córtex (colunas renais): camada externa .
– Medula renal (pirâmides e raios medulares ): camada interna.
Cálices: são estruturas em forma de taça, que estão em contato com as pirâmides renais
e
coletam a urina produzida no tecido renal.
.– Cálices maiores.
– Cálices menores.
Pelve renal: é uma estrutura que surge da confluência dos cálices ou é uma dilatação
do ureter.
– Segmentação renal: é a divisão do rim em áreas de acordo com a distribuição arterial
Néfron
O rim é dividido em uma porção externa denominada córtex e uma porção interna
conhecida como medula. Cada rim é composto de, aproximadamente, um milhão de
néfrons , este é considerado a unidade funcional do rim, consiste em um glomérulo e
um túbulo. O glomérulo se estende para formar o túbulo, é que é dividido em três partes:
Um túbulo proximal, a alça de Henle e um túbulo distal . Os túbulos distais coalescem
para formar dutos coletores. Os dutos passam através do córtex renal e medula para
desembocarem na pelve renal. A urina formada no interior desses néfrons passa para
dutos coletores, os túbulos , que se unem para formar a pelve de cada rim . Cada pelve
renal origina um ureter
Como funcionam os rins
O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior
do órgão, originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramificase no interior da cápsula de Bowman do néfron, formando um enovelado de capilares
denominado glomérulo de Malpighi.
O sangue arterial é conduzido sob alta pressão nos capilares do glomérulo. Essa
pressão, que normalmente é de 70 a 80 mmHg, tem intensidade suficiente para que
parte do plasma passe para a cápsula de Bowman, processo denominado filtração.
Essas substâncias extravasadas para a cápsula de Bowman constituem o filtrado
glomerular, que é semelhante, em composição química, ao plasma sanguíneo, com
a diferença de que não possui proteínas, incapazes de atravessar os capilares
glomerulares. O filtrado glomerular passa em seguida para o túbulo contorcido
proximal, cuja parede é formada por células adaptadas ao transporte ativo. Nesse
túbulo, ocorre reabsorção ativa de sódio. A saída desses íons provoca a remoção de
cloro, fazendo com que a concentração do líquido dentro desse tubo fique menor
(hipotônico) do que do plasma dos capilares que o envolvem. Com isso, quando o
líquido percorre o ramo descendente da alça de Henle, há passagem de água por
osmose do líquido tubular (hipotônico) para os capilares sangüíneos (hipertônicos) –
ao que chamamos reabsorção. O ramo descendente percorre regiões do rim com
gradientes crescentes de concentração. Conseqüentemente, ele perde ainda mais
água para os tecidos, de forma que, na curvatura da alça de Henle, a concentração
do líquido tubular é alta. Esse líquido muito concentrado passa então a percorrer o
ramo ascendente da alça de Henle, que é formado por células impermeáveis à água
e que estão adaptadas ao transporte ativo de sais. Nessa região, ocorre remoção
ativa de sódio, ficando o líquido tubular hipotônico. Ao passar pelo túbulo contorcido
distal, que é permeável à água, ocorre reabsorção por osmose para os capilares
sangüíneos. Ao sair do néfron, a urina entra nos dutos coletores, onde ocorre a
reabsorção final de água.
Dessa forma, estima-se que em 24 horas são filtrados cerca de 180 litros de
fluido do plasma; porém são formados apenas 1 a 2 litros de urina por dia, o que
significa que aproximadamente 99% do filtrado glomerular é reabsorvido.
Além desses processos gerais descritos, ocorre, ao longo dos túbulos renais,
reabsorção ativa de aminoácidos e glicose. Desse modo, no final do túbulo distal,
essas substâncias já não são mais encontradas.
Os capilares que reabsorvem as substâncias úteis dos túbulos renais se reúnem
para formar um vaso único, a veia renal, que leva o sangue para fora do rim, em
direção ao coração.
Regulação da função renal
A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da
quantidade de líquidos do corpo. Havendo necessidade de reter água no interior do
corpo, a urina fica mais concentrada, em função da maior reabsorção de água;
havendo excesso de água no corpo, a urina fica menos concentrada, em função da
menor reabsorção de água.
O principal agente regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o hormônio ADH
(antidiurético), produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise. A concentração do
plasma sangüíneo é detectada por receptores osmóticos localizados no hipotálamo.
Havendo aumento na concentração do plasma (pouca água), esses osmorreguladores
estimulam a produção de ADH. Esse hormônio passa para o sangue, indo atuar sobre
os túbulos distais e sobre os túbulos coletores do néfron, tornando as células desses
tubos mais permeáveis à água. Dessa forma, ocorre maior reabsorção de água e a urina
fica mais concentrada. Quando a concentração do plasma é baixa (muita água), há
inibição da produção do ADH e, conseqüentemente, menor absorção de água nos
túbulos distais e coletores, possibilitando a excreção do excesso de água, o que torna a
urina mais diluída
Certas substâncias, como é o caso do álcool, inibem a secreção de ADH,
aumentando a produção de urina.
Além do ADH, há outro hormônio participante do equilíbrio hidro-iônico do organismo: a
aldosterona, produzida nas glândulas supra-renais. Ela aumenta a reabsorção ativa de
sódio nos túbulos renais, possibilitando maior retenção de água no organismo. A
produção de aldosterona é regulada da seguinte maneira: quando a concentração de
sódio dentro do túbulo renal diminui, o rim produz uma proteína chamada renina, que
age sobre uma proteína produzida no fígado e encontrada no sangue denominada
angiotensinogênio (inativo), convertendo-a em angiotensina (ativa). Essa substância
estimula as glândulas supra-renais a produzirem a aldosterona
Ureter
São órgãos tubulares e musculares, que levam a urina do rim para a bexiga ,tem um
trajeto retroperitonial,chegando à bexiga pela face posterior. Possui três porções :
Bexiga
É um órgão oco, situado anterior e imediatamente atrás da sínfise púbica. Atua como
reservatório temporário para a urina . As paredes da bexiga consistem principalmente
em músculo liso, A contração deste músculo é responsável pelo esvaziamento da bexiga.
A forma e tamanho , a situação e as relações da bexiga com órgãos variam com
vacuidade ,plenitude ou intermediárias, e ainda com a idade e o sexo,quando vazia tem
forma de pêra,quando cheia tem forma de bola .Em sua morfologia externa temos:faces
superiores,ínfero-laterais e posterior (fundo);ápice;colo e corpo
Na morfologia interna: trígono vesical :óstios uretrais e óstio interno da uretra e músculo
detrusor.No sexo masculino , o reto coloca-se posteriormente a ela ; no sexo
feminino,entre o reto e a bexiga,situa-se o útero.
Uretra
A uretra origina- se da bexiga e constitui o último segmento das vias urinárias , e esta
difere nos dois sexos, mas em ambos é um tubo mediano que estabelece a comunicação
entre a bexiga urinária e o meio exterior. No homem é uma via comum para a micção e
ejaculação , enquanto na mulher4, serve apenas à excreção da urina.
Composição da urina
Quando os rins estão funcionando normalmente , as quantidades dessas substâncias
excretadas por dia são exatamente iguais às quantidades ingeridas e formadas, de
maneira que, durante determinado período de tempo, não há modificação da composição
corporal total. A urina é composta basicamente de água. Uma pessoa normal ingere
aproximadamente 1 a 2 L de água por dia, e normalmente apenas 400 a 500 ml desse
líquido ingerido são excretado na urina. O restante é perdido pela pele, dos pulmões,
durante a respiração e nas fezes. Os eletrólitos, incluindo o sódio, potássio, cloreto,
bicarbonato e outros íons menos abundantes, são excretados pelos rins.
O terceiro grupo de substâncias que surgem na urina é constituído pelos produtos finais
do metabolismo protéico. O principal produto final é a uréia, com produção e excreção
de 25 g por dia. Outro produtos do metabolismo protéico que devem ser excretados são
a creatinina, fosfatos e sulfatos. O ácido úrico, formado como produto do metabolismo
dos ácidos núcleicos, também é eliminado na urina.
O Catabolismo ou decomposição de proteínas envolve a produção de substâncias ácidas
(ácidos fosfórico e sulfúrico). Como o acúmulo desses ácidos no sangue reduz o pH
(mais ácido) e inibe a função celular, eles devem ser excretados na urina. Uma pessoa
normal excreta aproximadamente 70mEq de ácido por dia, mantendo desta forma o pH
de 4,5,1000 vezes mais ácida que o sangue.
Regulação da excreção de eletrólitos
Sódio
A quantidade de eletrólitos e água que deve ser excretada pelo rim a cada dia varia
muito, dependendo da quantidade ingerida. Os 180 L de filtrado formados pelos
glomérulos a cada dia contém cerca de1100gde cloreto de sódio. Apenas 2 L de água e
6 a 8 g de cloreto de sódio não são reabsorvidos normalmente pelos rins.A água do
filtrado acompanha o sódio reabsorvido para manter o equilíbrio osmótico. A água
remanescente , o cloreto de sódio, outros eletrólitos e escórias são então excretado pela
urina. Assim mais de 99% de água e sódio filtrados no glomérulo são reabsorvidos para
o sangue quando a urina é eliminada. Através da regulação da quantidade de sódio (e,
portanto, de água )reabsorvido, o rim pode regular o volume dos líquidos corporais.
Potássio
Outro eletrólito cuja concentração nos líquidos corporais é regulada pelo rim é o potássio,
o mais abundante íon intracelular. A excreção de potássio pelo rim é aumentada pela
elevação dos níveis de aldosterona ( hormônio sintetizado pela supra renal ), contrário
dos efeitos da mesma sobre a secreção de sódio.
Auto Regulação da Pressão Sanguínea
Referências Bibliográficas:
Kawamoto, Emília Emi –Anatomia e fisiologia -São Paulo –EPU 1988
Brunner & Suddarth –Tratado de Enfermagem Médico- Cirúrgica –oitava edição
D’Angello e Fattini- Anatomia Básica dos Sistemas Orgânicos –São Paulo Ed. Atheneu
2000
Arone, Evanisa Maria –Enfermagem Médico- Cirúrgica aplicada ao sistema renal e
urinário –Ed. SENAC- São Paulo 2005
Brasil, Ministério da Saúde –Profissionalização de auxiliares de enfermagem –Fiocruz
2000
Referências Bibliográficas:
Kawamoto, Emília Emi –Anatomia e fisiologia -São Paulo –EPU 1988
Brunner & Suddarth –Tratado de Enfermagem Médico- Cirúrgica –oitava edição
D’Angello e Fattini- Anatomia Básica dos Sistemas Orgânicos –São Paulo Ed. Atheneu
2000
Arone, Evanisa Maria –Enfermagem Médico- Cirúrgica aplicada ao sistema renal e
urinário –Ed. SENAC- São Paulo 2005
Brasil, Ministério da Saúde –Profissionalização de auxiliares de enfermagem –Fiocruz
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