Me parece que cobras veneníferas são as que possuem

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Herpetologia (da palavra grega herpéton que significa "aquilo que rasteja" - em
especial, serpentes) é um ramo da zoologia dedicado ao estudo dos répteis e
anfíbios.
As serpentes (Serpentes), também chamadas ofídios (Ophidia), ou
erroneamente cobras, são répteis poiquilotérmicos (ou pecilotérmicos) sem patas,
pertencentes à sub-ordem Ophidia, bastante próximos dos lagartos, com os quais
partilham a ordem Squamata. Há também várias espécies de lagartos sem patas
que se assemelham a cobras, sem estarem relacionados com estas.
As serpente peçonhentas são membros das famílias viperidae e Elapidae,
chamadas erroneamente de venenosas, podem ser encontradas em climas
tropicais e sub-tropicais. O seu tamanho varia entre 18 cm a 6 m. O grupo inclui
cerca de 231 espécies. Quando perturbadas, estas serpentes podem se erguer e
estender seu pescoço, numa mostra característica de ameaça. Entretanto, nem
todas as serpentes referidas como cobras são do mesmo gênero, ou mesmo da
mesma família.
As serpentes Peçonhentas são as cobras que tem a capacidade de inocular
veneno (toxinas na corrente sanguínea). Muitas das espécies são letais aos
humanos. Estas serpentes letais são geralmente agressivas e sua peçonha pode
matar um adulto saudável, se este não for devidamente tratado no período de
algumas horas.
As cobras veneníferas são as que possuem glândula de veneno ou seja, pode
considerar como sinônimo de venenosas, embora nem todas tenha capacidade
de inocular toxinas na rede sanguínea.
As principais grupos de espécies peçonhentas no Brasil são:
- Bothrops (jararacas, pelo menos 22 espécies); Crotalus (cascavéis, pelo menos
6 espécies), Micrurus (corais verdadeiras, 19 espécies) e Lachesis (surucucu,
uma espécie).
Com exceção do gênero Micrurus, os demais grupos de serpentes venenosas
apresentam fosseta loreal (principal característica) e pupila vertical.
Outra maneira de diferenciar as serpentes venenosas, é através da dentição
(basta abrir a boca e verificar):
- Aglifas ou sem dente inoculador de veneno, típico de cobras não venenosas;
- Opistoglifas: com um ou dois pares de dentes maiores (com sulco externo por
onde escorre o veneno) localizados na parte posterior da maxila (ex. cobra verde
de jardim);
- Proteroglifas: com presas anteriores sulcadas e fixas ao maxilar (ex. corais
verdadeiras). Este grupo causa poucos acidentes, devido ao tamanho da boca e
ao tipo de presas, que dificulta a inoculação da peçonha. Em compensação, os
acidentes são letais!
- Solenoglifas: presas anteriores, dotadas de um canal central interno, o que
facilita a inoculação do veneno. É o caso das jararacas, cascavéis e surucucus.
Em 2004 foi realizado um histórico de acidentes com ofídeos nas duas Regionais
da Secretaria Estadual de Saúde em Foz e Toledo. Na época, cada Reginal
registrou entre 3 a 5 acidentes por ano.
No caso de acidentes com jararacas (90 % dos acidentes registrados), o
tratamento é a inoculação de soro antibotrópico ou fração antibotrópica do soro
antiofídico (polivalente), além de hidratação, anti-histamínico e analgésicos. De
acordo com o livro Serpentes, edição de 2001, a probabilidade de morte nos
casos não tratados é de 8%, nos tratados é de 0,7%.
No caso de acidentes com cascavéis (9% dos acidentes registrados), o
tratamento é o soro anti-crotálico ou porção anticrotálica do soro anti-ofídico, além
de hidratação, administração de diurético e antiinflamatório. As chances de morte
em casos não tratados é de 72% e nos tratados é de 12%.
Acidentes com elapídicos, corais verdadeiras (0,7% dos acidentes), o tratamento
é o soro antielepídico, e longa recuperação em hospital. As chances de morte nos
casos não tratados é de 100% e nos tratados é de 15%.
Nos acidentes com surucucus (relativamente poucos), o tratamento é o soro
antielequético (Butantã), além de hidratação, anti-histamínico e analgésicos). As
chances de morte nos casos não tratados é de 100% e nos tratados também
é alta!
90% dos acidentes acorrem nos pés, pernas e braços, o que justifica a
aquisição de EPIs como perneiras e luvas. O uso de calças e calçados já reduz
bastante as chances de acidentes.
O Hospital Costa Cavalcante possui soro antiofídico polivalente, para Botrops e
Crotalus. A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo e o Instituto Butantâ,
possuem manuais de diagnóstico e tratamento de acidentes com ofídeos.
Na região do Parque Nacional do Iguaçu, foram identificadas pelo menos 42
espécies de serpentes, entre venenosas e não venenosas.
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