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Estados
vão
privatizar
distribuidoras de gás natural
BNDES coordenará programa. Sete estados já sinalizaram
interesse
Depois de avançar no setor de saneamento, a venda de
distribuidoras estaduais de gás natural é o novo alvo do
programa de desestatização do BNDES. O banco já tem
sinalização de sete estados interessados em vender integral ou
parcialmente suas participações nas empresas, entre eles o de
Pernambuco, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. O objetivo é
elevar a capacidade de investimentos das companhias, para
expandir a malha de dutos e atingir novos clientes, além de
levantar recursos para os estados num momento em que
atravessam grave crise fiscal. A previsão é fazer os leilões
no terceiro trimestre de 2018.
Hoje, com exceção de duas distribuidoras no Rio (Ceg e CegRio) e duas em São Paulo (Comgás e Gas Natural Fenosa), as
demais 22 distribuidoras no país têm controle estatal. Na
maior parte delas, os governos estaduais detém 51% das ações
com direito a voto. O restante ou está nas mãos da Gaspetro
(sociedade entre Petrobras e a japonesa Mitsui) ou está
dividido entre ela e sócios minoritários privados. A própria
Mitsui, além da participação via Gaspetro, está presente
diretamente em algumas distribuidoras.
Para especialistas, a entrada de novos investidores privados
nas distribuidoras pode ajudar a massificar o consumo de gás
natural no Brasil, ainda muito reduzido, com vantagens para os
consumidores. O gás natural canalizado é realidade em apenas
440 dos 5.570 municípios brasileiros, segundo dados da
Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás
Canalizado (Abegás). E está presente em apenas três milhões de
residências, de um universo de 68 milhões de domicílios no
país. Aonde ele não chega é preciso recorrer ao GLP (gás de
botijão) ou a lenha, por exemplo, para esquentar comida.
SEIS ESTADOS NÃO TÊM REDE DE DISTRIBUIÇÃO
— O gás natural é mais seguro e mais prático que o GLP. Você
não precisa comprar ou se preocupar em armazenar o botijão.
Basta ligar o fogão. Além disso, ele é mais uma opção de fonte
de energia para a indústria ou para o comércio, menos poluente
que o petróleo. Na nossa matriz energética, o gás responde por
apenas 10%, contra uma média mundial de 25% — afirma Edmar de
Almeida, do Grupo de Economia de Energia da UFRJ.
A possível privatização das distribuidoras de gás ocorre num
cenário em que a Petrobras vem batendo em retirada do setor.
Em 2016, a estatal vendeu 90% de sua malha de gasodutos no
Sudeste para a canadense Brookfield e busca investidores para
a malha no Nordeste. No ano anterior, acertara a venda de 49%
da Gaspetro para a Mitsui. Paralelamente, o governo federal
quer promover uma reforma do setor e atrair mais investidores
privados para a área de exploração e produção de gás, dominado
pela Petrobras. As ações com este fim estão reunidas no
programa “Gás para Crescer”.
— O governo vem trabalhando para que, em 2030, a atual
produção de gás mais que duplique. Hoje, nosso mercado de gás
é do tamanho da Argentina, um país com população bem menor que
a brasileira. Acreditamos que o número de estados produtores
pode passar dos atuais oito para 16 — disse o secretário de
Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio
Félix.
O BNDES vai assessorar a contratação de estudos técnicos para
avaliar as distribuidoras estaduais e apontar o melhor modelo
de participação da iniciativa privada nas empresas, além de
auxiliar na formatação dos leilões. Semana passada, os
governadores de Pernambuco, Paulo Câmara, e do Espírito Santo,
Paulo Hartung, estiveram na sede do banco, no Rio, para
discutir o assunto.
— Somou-se a estratégia do MME à demanda dos governos
estaduais, cuja decisão tem dois vetores: o potencial
benefício fiscal com a alienação (venda) do ativo e, tão ou
mais importante, a possibilidade de promover o desenvolvimento
a partir da expansão do acesso ao gás — afirmou Rodolfo
Torres, responsável pelo programa de desestatização do BNDES.
Em Pernambuco, por exemplo, um dos objetivos com a venda da
fatia estatal na Copergás é viabilizar o investimento na
ampliação da malha de gasodutos, levando o gás encanado ao
pólo de gesso de Araripe, no oeste do estado, que responde por
95% da produção de gesso nacional. Outra meta é levar o gás
natural às áreas onde a caatinga é usada clandestinamente para
fazer lenha. Hoje, a rede da distribuidora atende 28
municípios, concentrados na Zona da Mata. O governo pretende
ainda usar a venda de sua participação na companhia para se
capitalizar e investir em outros setores.
— Temos que captar recursos para fazer frente aos desafios de
investimento. Tivemos a maior seca dos últimos tempos e
precisamos ampliar adutoras. Isso acontece num momento em que
houve frustração de receita, com a paralisação de obras na
Refinaria de Abreu e Lima. O projeto da refinaria previa duas
linhas de produção mas apenas uma foi concluída, reduzindo
nossa expectativa de arrecadação — disse o secretário de
Planejamento e Gestão de Pernambuco, Márcio Stefanni,
adiantando que o governo pretende vender integralmente sua
fatia na Copergás.
A constituição de 1988 assegurou aos estados a competência de
explorar, diretamente ou mediante concessão, a distribuição de
gás natural. Como cabe aos governos estaduais definir o modelo
e as metas de atendimento, salienta Joísa Dutra, diretora do
Centro de Regulação e Infraestrutura da FGV, muitos estados
não traçam objetivos agressivos. O resultado é que seis deles
— GO, MA, MT, PA, PI e AP —, além do Distrito Federal, não têm
um quilômetro sequer de malha para distribuir o gás.
— Estamos diante de uma oportunidade única para abrir o setor
e superar essas dificuldades. O cenário é propício, com o
reposicionamento da Petrobras, a estratégia em âmbito federal
de atrair capital privado para o segmento e o BNDES disposto a
fazer a modelagem — frisou Joísa.
Além de ampliar a capacidade de investimento das empresas, a
venda de seu controle à iniciativa privada abre espaço para
melhorar a regulação do setor, na opinião de Almeida. Ele
avalia que, hoje, há conflito de interesse porque ora o estado
regula em nome dos consumidores, ora em causa própria, já que
é majoritário nas companhias. Para o economista, a abertura na
distribuição também ajuda a atrair competidores para a área de
produção. Atualmente, há cerca de 30 produtores de gás no
país, mas todos vendem o insumo para a Petrobras porque não
conseguem competir com ela no fornecimento às distribuidoras.
Segundo Torres, do BNDES, já há discussões com potencias
interessados nas participações dos estados. Um dos grupos é a
espanhola Gas Natural Fenosa, que controla a Ceg e a Ceg-Rio.
A companhia diz “estar avaliando todas as propostas do mercado
de distribuição de gás no Brasil”. Diz ainda acreditar que “a
concessão dessas distribuidoras a operadores privados com know
how e capacidade de investimento poderá contribuir para a
aceleração da universalização do uso do gás”.
PETROBRAS E MITSUI: DIREITO DE PREFERÊNCIA
A venda do controle das companhias, porém, não será simples,
pois os atuais sócios — Gaspetro e Mitsui — têm direito de
preferência sobre a venda. Uma primeira reunião entre BNDES e
Petrobras para discutir o assunto foi feita em janeiro.
Segundo fontes, a Mitsui teria interesse em ampliar sua fatia
das empresas, seja via Gaspetro, seja diretamente. Procurada,
a companhia japonesa não se manifestou. A Petrobras tampouco
fez comentários. Na avaliação de um ex-executivo da estatal, a
saída da petrolífera do segmento seria “um tiro no pé”, pois
ela ficaria “refém” de quem controlar as distribuidoras. Nos
anos 90, a Petrobras ingressou nas empresas estaduais
justamente para assegurar demanda para seu gás.
Há ainda o caso do Espírito Santo, onde a Petrobras detém 100%
da distribuidora local, via BR Distribuidora. O contrato entre
governo e BR foi firmado em 1993, sem licitação e com prazo de
50 anos, o que foi considerado irregular pela Justiça ano
passado. O governo tem até 2018 para regularizar a situação. O
secretário do Desenvolvimento capixaba, José Eduardo Azevedo,
explica que há dois modelos em estudo: criar uma empresa
tripartite — estado, sócio privado e BR — ou uma sociedade
entre estado e BR, com objetivo de vender a fatia estatal
futuramente. As negociações com a BR estão em andamento. Caso
não evoluam, o contrato será rescindido e será feita nova
concessão. Procurada, a BR não retornou a ligação.
Fonte: ORMNews.
“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar
até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético.
Copiou? Informe a fonte.”
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E-
Smartphone
com
bateria
recarregável em 5 minutos
pode chegar ao mercado em
2018
Smartphones com baterias que podem ser carregadas por completo
em apenas cinco minutos podem estar disponíveis para os
consumidores no ano que vem. A novidade foi apresentada pela
primeira vez em 2015, quando a start-up de Israel StoreDot fez
uma demonstração seu “FlashBattery” no CES Tech Show, uma
feira comercial do mercado de tecnologia, em Las Vegas.
O CEO da empresa, Doron Myersdorf, contou à BBC que a bateria
deverá entrar em produção de grande escala no início de 2018.
O prazo é visto com ceticismo por analistas do setor, mas o
executivo diz que já está em curso um projeto-piloto em duas
fabricantes asiáticas de baterias.
As primeiras versões da bateria eram mais grossas do que a
maioria das usadas em smartphones. Myersdorf, no entanto,
afirma que as versões atuais atenderão às exigências
mercadológicas. Ele não quis revelar quais fabricantes de
smartphones usarão a tecnologia.”Nós vamos carregar um
smartphone em cinco minutos”, garante.
Segundo o executivo, a bateria produzida por sua empresa
contém materiais que permitem reações “não tradicionais” e uma
transferência inusitadamente rápida de íons de um ânodo para
um cátodo – o processo elétrico que carrega uma bateria. O
design envolve nanomateriais, que são estruturas minúsculas e
compostos orgânicos não nomeados.
Ceticismo
O analista de tecnologias Ben Wood, da consultoria CCS
Insight, ainda não está convencido de que seja possível
realizar o lançamento do produto no prazo estipulado. Mas
admite que, se a bateria funcionar como prometido,
representará um grande avanço para a indústria de
tecnologia.”Arriscar com tecnologia de bateria é algo que pode
te trair”, disse ele à BBC. “A experiência me ensinou a sempre
permanecer cético.”
Ele apontou, por exemplo, que qualquer design que gere muito
aquecimento pode impactar a performance da bateria.No entanto,
explica que quem conseguir “resolver” o “problema da bateria”
dos smartphones pode ter um efeito transformador nos
eletrônicos de consumo.
Fonte: Notícias ao minuto.
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Satélite brasileiro chega à
posição definitiva até sábado
“A saúde do satélite está perfeita”, disse o presidente da
Telebras, Antonio Loss
O satélite brasileiro lançado ao espaço na semana passada deve
chegar à sua posição final no próximo sábado (13). O
equipamento está na terceira volta ao redor da Terra, e terá
que dar mais quatro voltas para chegar ao local correto, onde
ficará nos próximos 18 anos. As informações são da Agência
Brasil.
“A saúde do satélite está perfeita”, disse o presidente da
Telebras, Antonio Loss. Segundo Loss, até agora todas as
etapas,após o lançamento, foram concluídas com sucesso, como a
abertura dos painéis solares que garantirão a energia ao
satélite e o envio dos primeiros sinais de telemetria.
Quando o satélite chegar a seu destino, serão iniciados os
primeiros testes de transmissão, que duram 45 dias. A previsão
é que no dia 1º de julho a Telebras comece a fazer os
primeiros testes para medir a potência do satélite para a
transmissão de dados em todas as regiões do país.
“Este é um satélite que vai levar transmissão de dados, que é
uma demanda crescente. Em um país continental como o nosso, a
única forma de chegar em algumas regiões remotas é com um
satélite artificial.”
Parte da capacidade do satélite será alugada para empresas
privadas para oferta de banda larga, especialmente em regiões
remotas. Segundo Loss, a Telebras vai ficar com a capacidade
necessária para oferecer serviços nos setores de saúde e
educação, e comercializar outra parte para gerar concorrência
na oferta de internet. “Cada região do Brasil vai ser
estimulada com a concorrência de, no mínimo quatro
competidores simultaneamente”, afirmou.
Fonte: Noticias ao minuto.
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WhatsApp:
novo
golpe
E-
no
aplicativo envolve o futebol
Está sendo aplicado no WhatsApp mais um golpe, que tem como
principal foco o futebol. Através de uma mensagem enviada no
aplicativo, o usuário é convidado a participar de uma promoção
para personalizar o fundo do seu WhatsApp com o tema do seu
time favorito.
Alerta da empresa de segurança digital, PSafe, diz que este
sistema leva para um programa pago de SMS. Este por sua vez,
solicita aos usuários que compartilhem a possibilidade de ter
o seu time no fundo das conversas com amigos ou grupos no
WhatsApp, para após preencherem os seus dados personalizando
assim o aplicativo. Estes dados ficam coletados no app e podem
ser usados por terceiros.
Segundo a PSafe, até o momento o golpe já foi aplicado com 400
mil torcedores do Flamengo, com 382 mil torcedores do
Palmeiras e 358 mil do Corinthians. Com estes, um total de 15
clubes de diferentes estados brasileiros já foram pegos pelo
golpe.
Por
oficinadanet.com.br
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Telescópio capta imagem de
estrela
que
ofuscou
uma
galáxia inteira
O telescópio espacial Hubble tirou fotos de uma galáxia
superbrilhante NGC 7250 que é quase invisível para nós por
causa da potente emissão radiação de uma estrela – a TYC
3203-450-1.
NGC 7250 é uma das galáxias mais ativas do Universo e está
afastada da Terra 45 milhões de anos-luz, mas a existência da
estrela TYC 3203-450-1, que está “obstruindo” sua luz, cria
obstáculos para determinar a distância até esta galáxia e
outros objetos. O site do Hubble comunicou que o telescópio
conseguiu fotografar esta galáxia ofuscada por uma estrela.
Nós apenas conseguimos ver o céu “plano”, por isso a posição
real das estrelas e a distância entre elas não são claras. Os
cientistas têm que buscar sempre novos métodos para calcular a
distância entre os objetos no espaço.
A maioria dos métodos funciona numa pequena amplitude de
distâncias e tipos de objetos. Por exemplo, o método de
paralaxe estelar, em que é considerado o deslocamento das
estrelas em relação a objetos mais afastados à medida que a
Terra gira em torno do Sol, funciona apenas para as estrelas
mais próximas, afastadas até 2-10 mil anos-luz da Terra.
Os cientistas tentam combinar vários métodos num sistema de
escalas de distâncias cósmicas e procuram constantemente meios
para melhorar sua precisão. Agora, o principal aparelho para
realizar esta tarefa, além do telescópio espacial Hubble, é a
sonda europeia GAIA que já calculou as posições de quase um
bilhão de astros na Via Láctea. (Sputnik)
Fonte: Notícias ao minuto.
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Extensão para Chrome permite
achar e participar de grupos
do WhatsApp
Ferramenta organiza no navegador um menu de links com convites
para grupos de diversos temas
A extensão Grupos para WhatsApp permite que usuários do Chrome
encontrem e participem de grupos pelo WhatsApp Web. A
ferramenta organiza no navegador um menu de links com convites
para grupos de diversos temas. Ao seguir esses links, o
usuário encontra uma foto de capa, a descrição do grupo e o
número de participantes. Dessa maneira, é possível saber quais
desses chats estão ativos para então acessar as conversas. A
dica é ideal para pessoas que gostam de grupos e desejam
conhecer novos temas em debate no WhatsApp.
Passo 1. Acesse o link da extensão Grupos para WhatsApp e
clique no botão “Usar no Chrome”;
Passo 2. Para baixar e instalar a extensão, clique em
“Adicionar extensão”;
Passo 3. Com o WhatsApp aberto, clique no ícone vermelho do
Grupos para WhatsApp;
asso 4. Use o botão de seta no canto superior da janela do app
para ver os temas disponíveis;
Passo 5. Clique sobre um dos temas para encontrar grupos;
Passo 6. Note que você pode ver o nome do grupo, a quantidade
de membros e a idade mínima indicada para participantes. Para
prosseguir, clique em “Entrar”;
Passo 7. Abaixo da foto do vídeo, clique em “Entrar”;
Passo 8. Para participar do grupo, clique no botão “Entrar”.
Nesse momento o grupo aparecerá na lista de chats do WhatsApp
Web e você poderá interagir enviando mensagens.
Fonte: ORM.
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NASA
descobre
‘rios’
metálicos na atmosfera de
Marte
Segundo cientistas, há aproximadamente quatro bilhões de anos,
Marte era muito parecido com a Terra
Os novos dados, recebidos pela sonda da NASA, MAVEN, mostram
que a atmosfera do Planeta Vermelho contém não só hidrogênio,
ácido carboneto e azoto, mas também fitas de íons metálicos
que foram trazidos para Marte por micrometeoritos, informa a
agência norte-americana.
Segundo planetólogos, no passado longínquo, há aproximadamente
quatro bilhões de anos, Marte era muito parecido com a Terra.
O planeta possuía atmosfera densa, oceanos aquáticos e clima
bastante suave — características que o fariam uma ótima opção
para nascimento da vida. Mas há dois bilhões de anos, Marte se
tornou um deserto inanimado: sua atmosfera desapareceu no
espaço, reservas de água se evaporizaram ou se congelaram,
sendo cobertas por areias do Planeta Vermelho.
Por que isso aconteceu? Segundo cientistas, a razão seria que,
ao contrário da Terra e Júpiter, Marte não possui seu próprio
campo magnético ou que ele desapareceu nas primeiras centenas
de milhões de anos da sua vida. Assim, as parcelas de vento
solar literalmente “consumiram” e tiraram 99% das reservas de
ar do planeta.
Em 2013, a NASA enviou para Marte a sonda MAVEN no intuito de
revelar o enigma da atmosfera desaparecida, tentando entender
as razões possíveis deste cataclismo. A partir do momento em
que a sonda aterrissou no planeta marciano, os astrônomos
começaram a registrar traços estranhos de metais e pó nas
camadas altas da atmosfera. Detalhes inesperados para os
cientistas.
Segundo o professor do Centro de Voos Espaciais de Goddard
(Goddard Space Flight Center, GSFC, sigla em inglês), Joseph
Grebowsky, no início a equipe estava considerando que a cauda
do cometa Siding Spring teria abastecido o planeta com os
materiais em questão, pois Marte mergulhou nele em outubro de
2014.
Depois da análise dos dados recebidos pela MAVEN, a equipe
científica da NASA chegou à conclusão de que micrometeoritos
marcianos, que caiem com frequência na atmosfera do planeta e
se oxidam se posteriormente, são as fontes de metais na
atmosfera do Planeta Vermelho. Pois algumas parcelas de metais
permanecem em sua ionosfera há um período bastante longo.
Os cientistas da NASA supõem que processos semelhantes devam
ocorrer nas atmosferas de outros planetas do sistema Solar. E,
segundo eles, é necessário levar em consideração este fator no
momento da construção dos aparelhos espaciais, pois camadas
metálicas semelhantes podem dificultar o estabelecimento de
conexão com a Terra, bem como a instalação de sondas na órbita
dos mesmos
Fonte: Notícias ao minuto.
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Cientistas
revelam
que
exoplaneta parecido com a
Terra tem atmosfera
Surge assim a possibilidade de haver muitos outros mundos
potencialmente habitáveis no universo
Segundo comunica o site space.com, esta é a primeira vez que é
descoberta a existência de atmosfera em um planeta de tamanho
semelhante ao da Terra.
“Enquanto ainda não foi encontrada vida em outros planetas,
este é um passo importante. Com a descoberta do GJ 1132b, é a
primeira vez que registramos um planeta semelhante à Terra que
possui atmosfera”, acrescentou John Southworth, pesquisador da
Universidade de Keele, na Grã-Bretanha.
Os astrônomos capturaram imagens da estrela por meio do
telescópio do Observatório Europeu do Sul (OES em inglês) no
Chile. Os pesquisadores do Instituto da Astronomia de Max
Plank mediram o tamanho do Sistema Solar, conseguindo
estabelecer o raio do planeta, comunica o space.com.
Enquanto a atmosfera da Terra é constituída por nitrogênio com
grande percentagem de oxigênio, os pesquisadores concluíram
que a atmosfera do GJ 1132b é provavelmente mais rica em vapor
de água ou metano.
A descoberta é particularmente entusiasmante porque estrelas
anãs como esta representam o tipo mais comum de estrelas na
galáxia, mas o seu elevado nível de atividade, como erupções e
fluxos de elementos, impede que se formem atmosferas nos
planetas próximos.
Se planetas como o GJ 1132b podem preservar a sua atmosfera,
surge a possibilidade de haver muitos outros mundos
potencialmente habitáveis no universo.
A atmosfera do GJ 1132b se tornará agora o principal objetivo
de estudo com os telescópios Hubble, Very Large Telescope e
James Webb Space Telescope.
O exoplaneta GJ 1132b gira em torno da estrela anã GJ 1132,
está situado a 39 anos-luz da Terra e tem um tamanho
semelhante ao do nosso planeta
Fonte: Notícias ao minuto.
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Vacina de zika desenvolvida
em parceria entre EUA e
Brasil é eficaz em roedor
Esta é a primeira candidata bem-sucedida à vacina de zika
feita com vírus vivo atenuado. Pesquisa é resultado de
parceria entre instituições americanas e Instituto Evandro
Chagas.
Uma candidata a vacina de zika feita com vírus vivo atenuado
foi eficaz em proteger camundongos contra a infecção associada
recentemente ao nascimento de bebês com microcefalia. Os
resultados, publicados na revista especializada “Nature
Medicine” nesta segunda-feira (10), indicam que a vacina é
promissora e testes em humanos podem começar ainda este ano.
O produto foi desenvolvido em uma parceria que envolve o
Instituto Evandro Chagas do Pará, órgão ligado ao Ministério
da Saúde, a Universidade do Texas e os Institutos Nacionais de
Saúde dos Estados Unidos (NIH).
Na vacina de vírus vivo atenuado, altera-se o vírus sem matálo para que ele continue sendo capaz de gerar uma resposta do
sistema imunológico, porém sem levar à doença. É o que ocorre
na vacina de febre amarela, por exemplo. No caso desta
candidata a vacina de zika, os pesquisadores retiraram parte
do material genético do vírus, uma região que não codifica
proteínas, mas é muito importante para a replicação do vírus.
“Subtraímos 10 nucleotídeos dessa região, o que foi suficiente
para atenuar o vírus. O candidato vacinal ficou com 10
nucleotídeos a menos do que o vírus selvagem”, explica o
médico virologista Pedro Fernando da Costa Vasconcelos,
diretor do Instituto Evandro Chagas.
Como foram os testes?
Os camundongos testados no estudo eram deficientes em uma
proteína chamada interferon, que atua na proteção do organismo
contra infecções virais. Eles eram, portanto, especialmente
suscetíveis à infecção do vírus da zika.
Em um dos testes realizados, os animais foram divididos em
dois grupos: um dos grupos recebeu o vírus selvagem da zika e
o outro recebeu o vírus vivo atenuado que constitui o
candidato vacinal. Os animais do primeiro grupo apresentaram
alta carga viral e cerca de metade morreu. Já no segundo grupo
nenhum animal morreu.
Depois de 30 dias, os animais vacinados foram expostos ao
vírus selvagem e não apresentaram viremia, ou seja, a presença
do vírus no sangue. Isso indica que a vacina cumpriu sua
missão de imunizar os animais.
Os testes também demonstraram que mosquitos Aedes aegypti que
se alimentaram de sangue infectado com o vírus vivo atenuado
da vacina não desenvolveram a infecção e mesmo a inoculação
direta do vírus vacinal no mosquito não foi capaz de infectálo.
Vantagens e desvantagens
Já existem outras candidatas a vacina de zika em fases mais
avançadas de pesquisa, como a vacina de DNA do Instituto
Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), parte do
NIH, que está na segunda fase de testes em humanos.
Porém, segundo Vasconcelos, a vantagem da vacina de vírus vivo
atenuado é o fato de ela ser eficaz com apenas uma dose,
enquanto outras necessitam de até três doses para completarem
a imunização. “Vacinas que têm mais de uma dose são difíceis
por causa da falta de adesão. É o que ocorre com a vacinação
contra HPV em adolescentes, por exemplo. Por isso neste caso
se optou pelo vírus vivo atenuado”, diz o diretor.
A desvantagem da vacina é que ela não poderá ser usada em
gestantes. O púbico-alvo deve incluir mulheres em idade fértil
e crianças entre 8 e 10 anos, segundo Vasconcelos
Próximos passos
Atualmente, a vacina está sendo testada em macacos e os
experimentos devem ser concluídos até o início de maio. Os
testes estão sendo feitos simultaneamente no Instituto Evandro
Chagas, no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos BioManguinhos, no Rio de Janeiro e em um laboratório do NIH, nos
Estados Unidos. “A gente espera que os resultados sejam
similares aos observados em camundongos”, diz Vasconcelos.
Os macacos estão recebendo tanto a vacina feita vom o vírus
que teve os 10 nucleotídeos removidos de seu material genético
quanto um segundo candidato vacinal que, além de ter os 10
nucleotídeos removidos, ainda tem uma mutação em uma proteína
chamada NS1, importante para a patogenia do vírus.
Fonte: Bem Estar.
“Informação publicada é informação pública.
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Veneno de aranha pode gerar
remédio para disfunção erétil
A biotecnologia desenvolvida já foi licenciada pela empresa
Biozeus, que dará sequência ao projeto
A picada da aranha armadeira pode provocar, nos homens, o
priapismo. Trata-se de uma ereção involuntária e dolorosa que,
se não for tratada, pode levar à necrose do pênis em alguns
casos. No laboratório, porém, cientistas da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação Ezequiel Dias
(Funed) mostraram que o veneno desse aracnídeo pode ser
manipulado em favor da saúde e levar a um novo medicamento
para disfunção erétil, com algumas vantagens em relação aos já
existentes no mercado. A biotecnologia desenvolvida já foi
licenciada pela empresa Biozeus, que dará sequência ao
projeto.
De origem sul-americana, a aranha armadeira é bem distribuída
no sudeste brasileiro, tanto em áreas rurais como em áreas
urbanas. Conhecida cientificamente como Phoneutria
nigriventer, ela é também chamada popularmente de aranha-debananeira por ser constantemente encontrada em cachos de
bananas. Seu veneno é extremamente potente e pode provocar a
morte de pequenos mamíferos. A picada em humanos não é
incomum.
Segundo dados preliminares do Ministério de Saúde, o país
registrou no ano passado 171.576 acidentes com animais
peçonhentos. A maioria dos casos estão relacionados com
escorpiões. Foram 90.026 registros. Os episódios com aranhas
vêm em segundo lugar e envolvem 28.799 notificações, das quais
14% se relacionavam com a aranha armadeira. A maioria dos
acidentes ocorre quando a espécie se esconde entre entulhos ou
busca abrigo nas residências, misturando-se às roupas e aos
sapatos.
A pesquisa da UFMG e da Funed teve início há mais de dez anos,
quando a molécula responsável pelo priapismo – a toxina
PnTx(2-6) – foi isolada do restante das substâncias do veneno.
Os primeiros estudos buscaram mostrar o processo pelo qual
essa molécula levava à ereção. A toxina mostrou atividade nos
canais para sódio, que são altamente distribuídos pelo
organismo e presentes, por exemplo, no sistema nervoso e nos
músculos do coração.
“Nós começamos a estudar qual a parte da toxina atuava nesses
canais, para que pudéssemos removê-la. Ao final, dos 48
resíduos de aminoácido que compõem a toxina, nós selecionamos
um grupo de 19 aminoácidos e eliminamos o resto. E a partir
desse estudo, pudemos sintetizar o peptídeo PnPP 19. Aí, já
não era mais a molécula do veneno. Era outra molécula
produzida em laboratório”, explica a pesquisadora Maria Elena
de Lima Perez Garcia, do departamento de química e neurologia
da UFMG.
O peptídeo PnPP 19 foi testado em ratos, onde foi verificada a
ereção sem os efeitos indesejados. “Para nossa surpresa, ele
não mostrou toxicidade nenhuma nos animais. E também não foi
imunogênico, isto é, o organismo não produziu anticorpos
contra a substância. Observamos que não houve nenhuma outra
alteração no tecido do pênis além da ereção. E também não
houve ação nos canais para sódio no restante do organismo”,
relata Maria Elena.
Medicamentos
Os testes com a nova molécula vêm sendo conduzidos pela
pesquisadora Carolina Nunes Silva, que desenvolve seu
doutorado em cima da pesquisa. Ela acredita que um medicamento
com base no peptídeo, por ter um mecanismo diferente, poderia
atender pacientes com contraindicação aos que hoje estão em
circulação, como o Viagra ou o Cialis.
“O grande problema do Viagra é que ele não pode ser usado por
pessoas que tem problemas cardiovasculares. E, pelo que vimos,
um medicamento a partir do peptídeo não teria esse problema.
Nós fizemos testes isolados nos corações dos ratos e também em
canais pra sódio expressos exclusivamente no miocárdio e não
foi observada nenhuma ação”, diz a pesquisadora. Ela avalia
ainda que é possível imaginar medicamentos que combinem as
duas drogas. “O efeito aditivo pode atender a pacientes que
não sejam tão responsivos ao Viagra”, acrescenta.
Resultados mais recentes mostraram que o peptídeo estimulou a
ereção em ratos com diabetes ou hipertensão, enfermidades que
podem provocar a disfunção erétil. A molécula também não
provocou alteração na pressão arterial dos roedores. Essa é
uma boa notícia para muitas pessoas diabéticas e hipertensas
com contraindicação ao Viagra ou ao Cialis, pois são
medicamentos que podem amplificar a vasodilatação e levar a
quedas acentuadas e perigosas da pressão arterial.
Um medicamento a partir do peptídeo PnPP 19 possivelmente não
geraria esse efeito indesejado. “Os avanços da pesquisa nos
animam. Quando começamos os estudos, era mais pela curiosidade
em entender a farmacologia do veneno. Pela toxicidade da
substância, não imaginava que íamos chegar a um medicamento e
hoje estamos caminhando nessa direção. Confesso que foi
praticamente um golpe de sorte, porque quando passamos a
trabalhar com os 19 aminoácidos, a molécula deixou de ser
tóxica e, ao mesmo tempo, continuou ativando a ereção sem
nenhum efeito secundário. Tem uma dose de conhecimento, mas
também uma dose de sorte”, diz Maria Elena.
Patente
A UFMG detém a patente da biotecnologia que desenvolveu o
peptídeo PnPP 19. Em dezembro de 2016, foi feita a
transferência de tecnologia para a Biozeus, que passou a ter
os direitos de exploração da molécula. A empresa, que existe
desde 2012, promove a articulação entre as instituições
científicas e as indústrias farmacêuticas.
“Nós mapeamos estudos com potencial para gerar fármacos que
atendam a uma necessidade médica global. E fazemos os ensaios
que podem comprovar a viabilidade do produto. A indústria hoje
busca minimizar riscos. Então, ela evita realizar as primeiras
fases dos testes, que envolvem uma aposta financeira alta.
Atualmente, ela prefere licenciar projetos mais desenvolvidos.
Aí, entra a nossa empresa”, explica Perla Borges, analista de
projetos da Biozeus.
Alguns testes mais complexos e mais caros estão sendo
realizados no exterior. Se as etapas ocorrerem dentro do
esperado, o produto pode chegar ao mercado em 2023. Os ensaios
pré-clínicos com animais levariam mais dois anos. Os testes
clínicos com humanos demandariam aproximadamente quatro anos,
parte deles desenvolvidos pela Biozeus e outra pela indústria
que vier a se interessar pelo remédio.
A Biozeus está estudando a melhor formulação. Uma das
possibilidades é o desenvolvimento de um medicamento para
aplicação tópica, como pomada, gel, creme ou adesivo. Testes
preliminares na UFMG mostraram que a aplicação do peptídeo na
pele dos ratos provocou ereção. Um remédio com essas
características, além de reduzir bastante os riscos de efeitos
adversos, pode obter uma tramitação mais rápida nos órgãos de
saúde.
Fonte: ORMnews.
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