Quem é Solange Cordeiro?

Propaganda
REINVENTARSE: Criando e Transformando,
Reciclando Hábitos e Atitudes.
Todo começo é difícil, inclusive a escolha certeira
das palavras para que expressem aqui o porquê de
um ideológico projeto: criar novos hábitos,
transformar atitudes, reciclar se e reciclar,
reinventar se e criar por convicção, por acreditar,
por enculturação, por e para continuação.
Quero elucidar a implicância contextual que a
palavra “ideologia” tem para este projeto, já que
para nós brasileiros, culturalmente a palavra
carrega um grande significado doutrinário, com
uma concepção crítica num cenário político de
relações de dominação, que conceitualmente para
este trabalho é todo o contrário.
- Quem é Solange Cordeiro?
Podem me chamar de Sol, antes de tudo sou uma
cidadã participativa que de vez e sempre tenho
crises da “Síndrome de Jesus Cristo”, e penso que
vou salvar o mundo (risos)!
Estudei Psicologia, pois queria ir trabalhar em
presídios, mas meus pais entraram em pânico.
Desisti dos presídios e voltei os estudos de
Psicologia para a Educação. Estudei Sociologia,
Filosofia, Pedagogia. Fiz Especialização e trabalhei
em Educação Especial durante alguns anos da
minha vida, o que foi muito gratificante! Fui para
Europa e fiz pós em Educação Sociocultural, e com
já a formação que tinha em um plano holístico
humanista minha formação por enquanto é a de
Educadora Biopsicosociocultural com
Especialização em Psicopedagogia Clínica
Institucional.
Resumindo:
Si planificamos para um ano
devemos cultivar cereais.
Si planificamos para décadas
devemos cultivar árvores.
A palavra “ideologia” aqui deverá ser interpretada
como ideal a seguir, como opção consciente de
certos comportamentos de (co)relações com o
outro, com o meio, e com o todo em abordagem
holística desde um trabalho de Educação
Biopsicosociocultural, ou seja, ter a consciência de
que o comportamento pode ser individual, porém
consciente de que este comportamento individual
tem consequências de efeito dominó sobre outras
pessoas e sobre o meio.
Despertar essa consciência em uma sociedade
como a nossa, com tantos contras1 é um trabalho
árduo, utópico2, processual, mas não impossível.
Nossa sociedade atua com uma lógica inoperante,
em virtude da qual, uma produção desenfreada
supõe o esgotamento antecipado dos recursos
naturais que são imprescindíveis para o simples e
complexo fato de existirmos. Não existe a mínima
consciência necessária que mobilize de verdade a
sociedade - nosso Tietê se faz de exemplo e
1
Cultura ocidental, não tem a mesma concepção de coletivo como têm as culturas
Si planificamos para toda vida
devemos preparar, educar e cultivar o homem.
orientais, sociedade consumista, sequelas socioculturais de governos ditatoriais, com
raízes coloniais de exploração escravocrata, latifundiária em organização social não
consciente de atuação de seus papeis políticos sociais, corrupção, etc.
Kwantsu, s. III a.d.C.
2 “…consideramos la utopía no como un sueño irrealizable, sino como un camino a
seguir.” ( Organización y desarrollo de la comunidad - Marco Marchioni)
infelizmente se faz de testemunha a céu aberto3 sem contar com a acumulação de resíduos que
estão na mesma base dos graves problemas meio
ambientais.
A sociedade de consumidores desvaloriza a
durabilidade comparando o “velho” com o
“antiquado”, inútil, condenado ao lixo; a apoteose
do novo (o de hoje), e a denotação do velho (o de
ontem).
“Compro, logo existo”.
(Vida de Consumo – Bauman, Z.).
Para a autora, a projeção de práxis deste projeto é
cada vez mais convicta a cada dia que “vive” os
resultados dos mecanismos de organização
socioculturais que foram pré-estabelecidos sem
consulta prévia, para este nosso pedaço de chão
chamado Brasil.
Si encararmos realmente a nossa realidade, vemos
o quanto é necessário e viável uma SÉRIA
intervenção “em parcelas comunitárias”, com a
atuação consciente de seus protagonistas, cada
qual com seu papel a desempenhar4 em este
processo de (re)organização social (administrações
públicas, a população, 3º setor, universidades, setor
privado).
aspirações habitacionais, de educação, segurança,
cultural, transporte, saneamento, meio ambiente,
etc. Neste processo, desmontar a enganosa ideia de
“ponto de partida” para a ideia de “ponto de
chegada”, as etapas não são apenas custosas e
demoradas, mas um abrangente “PROCESSO
EDUCATIVO” para todos se faz necessário, pois “os
administradores sabem governar para a
comunidade, mas não com ela”. Os profissionais
acadêmicos, técnicos estão muito envolvidos em
seus laboratórios, escritórios e atendem a muitos
casos individuais ou familiares, mas não sabem
trabalhar com o coletivo e enfrentar se a demandas
e situações comunitárias, a não ser em momentos
pontuais, quase sempre negativos5. A população
está acostumada a delegar aos anteriores, mas não
a participar coletivamente. Quando o faz, a maioria
da vezes, não há envolvimento de caráter
consciente participativo reivindicatório, podendo
ser reacionária, violenta, ainda manipulada no
espaço político partidário antidemocrático,
influenciada por interesses de grupo(s) específico(s)
ou mesmo uma participação de passarela6,
emergente de moda.
Por desconhecer seu processo de enculturação e
aculturação que hoje é o povo brasileiro,
simplesmente conhecerem sua própria história e
suas possibilidades.
O problema é que pelo nosso próprio processo
histórico de organização sociocultural, não há uma
consciência do antes, do agora, e do depois, das
possibilidades. O brasil não conhece o Brasil!
Marco Marchioni elucida muito bem o quanto
custa, o quanto é difícil para todos os protagonistas
sociais assumirem devidamente seus papeis para a
correta implicação nos processos de
desenvolvimento políticos sociais, sejam de
3 "Tietê, Presente e Futuro" de Carlos Tramontina
5 Ainda atuamos “correndo atrás do prejuízo”, ou seja, não existe uma visão social,
uma postura preventiva de atuação.
4 “Organización y desarrollo de la comunidad” elucida muito bem o quanto custa , o
6 Agora é moda ser ecológico, mas será que realmente a população tem consciência
quanto é difícil para todos os protagonistas socias assumirem devidamente seus
de ser ou não ecológico ao desempenhar seu papel de cidadão?
papeis para a correta implicação nos processos de desenvolvimento políticos sociais,
sejam de aspirações habitacionais, de educação, segurança, cultural, transporte,
saneamento, etc., desmontar a ideia de “ponto de partida”
Solange Cordeiro, Educadora Biopsicosociocultural, Pós Graduada em Zaragoza, Espanha, com Especialização em
Psicopedagogia Clínica Institucional - Formação de Bases em Psicologia Humanista com Especializações Voltadas a Políticas
Sociais e práxis na experiência e avaliação da realidade social das comunidades, desenvolvendo, executando e avaliando
projetos (“prevenção e cura”) para a promoção da educação sociocultural. Máster Universitat de Barcelona em prevenção
da Violência de Gênero em centros educativos com jovens adolescentes. Mestra em Educação Especial Inclusiva.
Presidente da Associaçã EBAC (Empresaris Brasilers Associats de Catalunya), estabelecida em Barcelona, Co-fundadora do
Projeto GaiaEcologica.com (www.gaiaecologica.com) “Educação, Vivencia, Pratica e Consciência, Criando e Transformando
- RECICLANDO HÁBITOS Y ATITUDES” - “El arte basura".
(Oito anos de experiência na Europa (Costa Mediterrânea), entidades públicas, universidades, palestras e debates, fóruns,
onde de forma direta y indiretamente colaborou para o processo da cidadania ativa, ou seja, a participação organizada da
comunidade frente às obsolescências planificadas do sistema. Implantou vários projetos para trabalhar Educação meio
ambiental em abrangência comunitária em cidades da província de Barcelona.
Membro do Instituto Marco Marchioni e seguidora de Redes Científicas em Barcelona.
Solange Cordeiro Mor
Junho/2011
Download