23 denominam cervicais; a primeira se chama atlas e a segunda áxis. Osteologia O sistema ósseo também protege os órgãos internos (cérebro, pulmões, coração) dos traumatismos do exterior. O esqueleto é composto por ossos, ligamentos e tendões. O esqueleto humano é formado por 203 ou 204 ossos e se divide em cabeça, tronco e membros. Na face os ossos são: maxilares, zigomáticos, nasais, e a mandíbula, único osso móvel da cabeça que serve para a mastigação. Em continuação do crânio está a coluna vertebral, que é formada por vértebras. As vértebras são uma série de anéis colocados de maneira que o orifício central de cada uma corresponda com o do superior e o do inferior, de tal maneira que no centro da coluna vertebral existe uma espécie de conduto, pelo qual passa a medula espinal, órgão nervoso de fundamental importância. O Esqueleto A função mais importante do esqueleto é sustentar a totalidade do corpo e dar-lhe forma. Torna possível a locomoção ao fornecer ao organismo material duro e consistente, que sustenta os tecidos brandos contra a força da gravidade e onde estão inseridos os músculos, que lhe permitem erguer-se do chão e mover-se sobre sua superfície. A articulação que se interpõe entre uma vértebra e a vértebra seguinte permite a mobilidade de toda a coluna vertebral, garantindo a esta a máxima resistência aos traumas. Entre uma vértebra e outra existem os discos cartilaginosos que servem para aumentar a elasticidade do conjunto e atenuar os efeitos de eventuais lições. As vértebras são 33 e não são todas iguais; as inferiores têm maior tamanho porque devem ser mais resistentes para realizar um trabalho maior. As primeiras 7 (sete) vértebras se Em continuação das cervicais estão 12 vértebras dorsais que continuam através das costelas e se unem ao esterno, fechando a caixa torácica mediante as cartilagens costais, protegendo os órgãos contidos no tórax: coração, pulmões, brônquios, esôfago e grandes vasos. A coluna vertebral continua com as 5 vértebras lombares. A estas, seguem-se outras 5 vértebras soldadas entre si, que formam o osso sacro e, por último, as 4 ou 5 rudimentares, quase sempre soldadas entre si, que tomam o nome de cóccix ou osso caudal. Os ossos dos membros superiores começam com o ombro formado pela cintura escapular, de forma triangular, plana, e pela clavícula situada em frente da anterior, que é longa e curvada. A articulação do ombro é bastante móvel, o que permite mover o braço em todas as direções; esta articulação junto com a do quadril é uma das mais importantes no corpo humano. O osso do braço é o úmero, longo e robusto; o antebraço é formado pelos ossos: rádio e ulna (cúbito). O rádio termina no cotovelo com a articulação e a ulna (cúbito). Com os dois ossos do antebraço, se articula na sua parte inferior a mão, que é formada por uma série de 13 ossos pequenos; 8 são chamados ossos do carpo (são os que formam o punho); 5 denominados metacarpos e que correspondem à superfície dorso-palmar da mão. Os dedos da mão estão formados pela primeira, segunda e terceira falanges (o polegar tem só dois). Os membros inferiores estão unidos ao osso sacro por meio de um sistema de ossos que são denominados cintura pélvica ou pélvis, que é formada pela fusão de três ossos: íleo, ísquio e púbis. Com a pélvis se articula o fêmur, osso do quadril que é o mais longo e mais robusto de todo o corpo. Na sua parte inferior o fêmur se une à tíbia e à fíbula (perônio), que são os dois ossos da perna. Esta união tem lugar na articulação do joelho, do qual forma parte a patela (rótula) e os meniscos (dois discos cartilaginosos cuja ruptura é muito freqüente em alguns esportistas). Interpostos entre os côndilos femorais, a tíbia e a fíbula (perônio). Por último, aos ossos da perna se articulam com os do pé: o calcâneo, o astrágalo, os ossos metatarsos, os dos influência a direção e a potência dos músculos. Estrutura dos Óssos Os ossos são formados essencialmente pelo tecido ósseo (tecido conjuntivo duro, com 1,87% de fosfato e cálcio) do qual o aspecto é compacto ou esponjoso: no osso compacto o tecido ósseo é constituído de delgadas lâminas ósseas que se sobrepõem umas às outras, unindo-se intimamente em torno de um centro; no osso esponjoso, essas delgadas lâminas se dispõem de modo a formar pequenas cavidades. Os ossos longos estão presentes nos membros (osso do braço: úmero; osso da coxa: fêmur). Os ossos curtos são aqueles nos quais nenhuma das três dimensões prevalece. Geralmente, os ossos curtos são formados por tecido esponjoso, revestido o mais das vezes superficialmente por uma camada de tecido compacto. Exemplos de ossos curtos são os ossos do carpo e do tarso. Os ossos chatos são aqueles em que predominam duas dimensões; têm, portanto, o aspecto de uma lâmina. São formados por tecido compacto no meio do qual, todavia, encontra-se uma camada de tecido esponjoso. Exemplos 24 de ossos chatos são os ossos da abóbada craniana. A forma aparente de um osso pode, por vezes, levar a engano: o osso parece pertencer a certo tipo, quando se considera a forma, mas a sua estrutura é a de um tipo diverso. Por exemplo, as costelas têm a forma alongada e pareceriam, assim, ossos longos; são, porém, esponjosos internamente e compactos na periferia, como todos os ossos chatos. Certos ossos estão atravessados na periferia por furos: são os furos de transmissão, que servem de passagem a órgãos importantes como vasos e nervos. Há três espécies de ossos: os ossos longos, os ossos curtos e os ossos chatos. O seu nome nos diz qual a sua característica. A medula do osso desempenha uma função importantíssima: fabrica os glóbulos do sangue, sejam os vermelhos ou brancos. As epífises são formadas por tecido ósseo esponjoso, que, na superfície, é revestido por uma camada de tecido ósseo compacto. dedos que têm três falanges, exceto o primeiro que tem duas. Os ossos constituem a parte passiva do aparelho locomotor: o seu movimento é devido à contração e ao relaxamento dos músculos que neles se inserem. Sobre a forma dos ossos têm No osso esponjoso, a medula enche as cavidades formadas pelo interpenetrar-se das trabéculas. Até a idade adulta, a diáfise e as epífises são separadas entre si, ou, melhor, estão unidas somente por um tecido cartilaginoso; é esta a cartilagem de conjugação ou diafisiária que permite o desenvolvimento do osso em comprimento, e permanece até que o indivíduo complete o seu desenvolvimento esquelético. Depois, constitui a chamada comissura diafisiária. Images from Purves et al., Life: The Science of Biology, 4th Edition, by Sinauer Associates and WH Freeman que contém um capilar sanguíneo e fibras nervosas. Quando o osso morre, as células desaparecem e fica somente a substância fundamental. Mesmo no vivo as células estreladas diminuem de volume e em número com o progredir da idade. A substância fundamental é muito dura porque é constituída de sais de cálcio, que estão impregnando uma substância orgânica: a osseína. Esta é uma substância protéica, e constitui, em peso, a terça parte de um osso seco. O osso velho se desfaz facilmente, não sendo mais mantido num todo pela osseína. Os sais de cálcio são constituídos por fosfato de cálcio (87%) e carbonato de cálcio (10%). São os sais de cálcio que conferem ao osso sua dureza. Images from Purves et al., Life: The Science of Biology, 4th Edition, by Sinauer Associates and WH Freeman Todos os ossos têm furos que penetram no seu interior, os furos nutritivos, pelos quais penetram os vasos que devem nutri-lo. função de nutrir o osso e de fazê-lo crescer em espessura (enquanto o osso cresce em comprimento por meio das cartilagens de conjugação). Sem o periósteo o osso não pode viver: destacando-o, o osso morre. Estão revestidos por uma membrana fibrosa: o periósteo, que tem a Estrutura Microscópica dos Óssos Observando-se ao microscópio uma delgada lâmina de osso, veremos que este é formado de numerosas células estreladas, os osteócitos, que estão unidos entre si por prolongamentos e que se acham imersos em uma substância, chamada substância fundamental. No osso compacto, estas células estão dispostas em círculos concêntricos em torno de um canal, o canal de Havers, Formação dos Óssos 25 Os ossos se formam, no embrião, de um esboço constituído por tecido cartilaginoso e por tecido membranoso que representam o osso primário e secundário. Com o tempo, tais esboços começam a se ossificar e o processo de ossificação inicia-se em pontos particulares, os centros de ossificação. Desses centros o processo se estende. Por ocasião do nascimento, os ossos estão quase inteiramente no estado cartilaginoso. A ossificação se processa durante toda a infância e adolescência e só está completa depois do 24º ano de idade (então todo o esqueleto tornou-se ósseo). Nos ossos longos forma-se um centro de ossificação na diáfise e um em cada epífise; desses três pontos o tecido ósseo começa a estender-se até que o tecido proveniente de um centro se funde com aquele que provém dos outros centros. Nos ossos chatos, o centro de ossificação é na parte mediana e daqui o processo se irradia para a periferia. A completa transformação da cartilagem em osso só tem lugar na idade adulta; até os 20 ou 25 anos, fica sempre entre a diáfise e as epífises uma linha de cartilagem que faz crescer o osso em comprimento. Os ossos se formam no embrião de um esboço constituído por tecido cartilaginoso e por tecido membranoso que representam o osso primário e secundário. Com o tempo, tais esboços começam a se ossificar e o processo de ossificação inicia-se em pontos particulares, os centros de ossificação. Desses centros o processo se estende. 26 abóbada. Frontal, Occipital e Parietais não fecham completamente a abóbada; os espaços deixados são ocupados pelas expansões dos ossos da base do crânio; isto acontece dos lados da cabeça, em correspondência com as têmporas, onde se encaixa a escama do osso temporal, e, mais adiante, em correspondência com a cavidade orbitária, onde se encaixa a asa do esfenóide. O osso Frontal acha-se anteriormente e contribui para formar a cavidade orbitária. Tem a forma de uma concha. A ossificação se processa de modo diverso conforme o esboço originário é de natureza cartilaginosa ou membranosa. Nos ossos de origem cartilaginosa, o processo se inicia na membrana que reveste a cartilagem e que se chama pericôndrio. O pericôndrio se transforma pouco a pouco em periósteo, no qual se distinguem células particulares, os osteoblastos, que estão encarregadas de produzir o osso. Esqueleto da Cabeça Os ossos da cabeça são vinte e dois, dos quais oito estreitamente ligados entre si, encaixados uns com outros (fixos), formam o crânio ou calota cranial que protege o cérebro. Estes são: um frontal, dois parietais (na parte superior- lateral), dois temporais, e o occipital (nuca); o esfenóide (a base do crânio), e o etmóide (entre este último e o frontal). Na face os ossos são: maxilares, zigomáticos, nasais e a mandíbula, que serve para a mastigação, e é o único osso móvel da cabeça. Ossos do Crânio Podemos distinguir os ossos que constituem a abóbada e os ossos que constituem a base do crânio. Os ossos da abóbada formam o invólucro externo do crânio e dão à cabeça a sua rotundidade. São representados pelo osso Frontal, pelo osso Occipital, pelos dois ossos Parietais. Posteriormente se encontra o occipital que apresenta um grande buraco (buraco occipital) por onde passa a medula espinhal. Também o occipital é um osso curvo e concorre para formar a abóbada craniana na sua porção posterior; aqui ele apresenta uma protuberância (protuberância occipital externa) e três linhas transversais que se podem sentir facilmente tocando essa região, as quais servem para a inserção dos músculos occipitais. O osso occipital, embaixo, de um lado e outro do buraco occipital, apresenta duas saliências, os côndilos, que se articulam com a primeira vértebra (Atlas) e permitem os movimentos da cabeça. Entre o osso Frontal, adiante, e o osso Occipital, posteriormente, há os ossos Parietais. Têm a forma de uma lâmina encurvada muito ligeiramente; encontram-se de um lado e de outro da Deste modo, o crânio fica inteiramente fechado. Os ossos da abóbada craniana, como de todo o crânio e em parte da face, se unem uns aos outros mediante articulações imóveis que se chamam suturas. Os dois parietais se unem entre si justamente no meio da abóbada craniana e a sutura se chama sutura sagital. A sutura que une os dois parietais com o osso occipital se chama lambdóide, porque os ossos, unindo-se, formam uma figura semelhante à letra grega lambda. Adiante, ao contrário, a sutura que une o osso frontal com os parietais tem a forma de um arco de circunferência e se chama sutura coronária. No homem adulto, os ossos estão solidamente unidos entre si e as suturas são linhas apenas perceptíveis. Por ocasião do nascimento, ao contrario, não só os ossos estão nitidamente isolados uns dos outros, mas algumas regiões do crânio apresentam ainda o tecido membranoso originário. Isto tem lugar no encontro das diversas suturas entre si, isto é, nos ângulos dos ossos. Tais pontos constituem as fontanelas (popularmente, moleiras). Destas, as mais importantes são: 27 - a fontanela frontal, dita também bregmática, que se acha no encontro da sutura coronária com a sagital; - a fontanela occipital, que se acha onde se encontram a sutura sagital e a lambdóide; - a fontanela esfenoidal ou ptérica que se acha dos lados do crânio, no ponto em que a escama do temporal se une com o parietal, com o frontal e com a grande asa do esfenóide. Ossos da Base Enquanto a abóbada recobre a massa cerebral superiormente e dos lados, a base serve para sustentá-la. É constituída essencialmente por dois ossos: o esfenóide e o temporal. Concorrem para formar a base, não obstante, também o frontal e o occipital. O frontal, na sua base, dobra-se para dentro, e, constituindo o teto da cavidade orbitária, dá lugar, por sua vez, ao pavimento do crânio. A mesma coisa faz o occipital posteriormente; dobra-se para baixo, após ter formado o buraco occipital, e fecha a base posteriormente. O esfenóide e o temporal estão compreendidos entre estas duas dobras. O esfenóide constitui a parte preponderante da base do crânio e participa também do esqueleto do nariz. É formado por um corpo central e por prolongamentos laterais, dois de cada lado, que são as pequenas e as grandes asas. O corpo do esfenóide, na sua parte superior, apresenta uma depressão 28 colocado posteriormente, e da escama, uma lâmina óssea vertical, que forma com o corpo um ângulo e fecha a abóbada craniana ao nível da têmpora, acima da orelha. Na espessura do corpo está contido o aparelho da audição (ouvido médio e interno). Da face lateral, externa, da escama, parte um apêndice, dito apófise zigomática, formando aquele relevo ósseo que se nota nos lados do rosto, adiante da orelha, em particular, é evidente, nos indivíduos muito magros. Posteriormente, também, se distingue uma protuberância, a apófise mastóide, que internamente contém numerosas pequenas cavidades (células) em comunicação com o ouvido médio. Temos assim considerado os ossos da abóbada e da base. Os ossos da abóbada concorrem para formar também a base (frontal e occipital) e vice-versa (o esfenóide e o temporal, além de constituírem a base, contribuem também para fechar o crânio exteriormente). chamada sela túrcica, na qual está contida a hipófise. Da sela túrcica parte a rampa que liga o esfenóide com o occipital. Aos lados da sela túrcica há dois pequenos orifícios que servem para a passagem dos nervos ópticos. As grandes asas se unem, anteriormente com o frontal e lateralmente com o temporal e concorrem para formar com o temporal o teto da cavidade orbitária. Apresentam vários orifícios por onde passam nervos. A parte anterior do corpo do esfenóide participa da constituição das fossas nasais e entra em relação com um pequeno osso, o etmóide. O esfenóide, na sua face inferior, apresenta um esporão, o rostro, que se articula com o septo nasal e concorre para separar uma fossa nasal da outra. O temporal contribui para formar tanto a base como a abóbada. É, na verdade, um osso de forma complexa, constituído de um corpo, em forma de pirâmide, que concorre para fechar a base do crânio entre o esfenóide, colocado anteriormente, e o occipital, A separação entre a abóbada e a base do crânio é, portanto, puramente teórica, e segue uma linha imaginária que liga a protuberância occipital externa com aquela ligeira eminência que existe no osso frontal, acima da raiz do nariz, e que se chama glabela. Esta linha divide a abóbada, superior, da base, inferior. Resumindo, a abóbada é formada pela escama do frontal, pelos parietais, pela escama do temporal e aquela do occipital, e pela grande asa do esfenóide. A superfície externa da abóbada do crânio está recoberta, anteriormente, pelo músculo frontal e, posteriormente, pelo músculo occipital, e estes dois músculos estão unidos mediante a aponeurose epicraniana, membrana de tecido conjuntivo. Músculos e membrana formam um todo único, acima do qual há o couro cabeludo com os cabelos. Observemos agora a superfície interna da abóbada, aquela que fica voltada para o cérebro. Ela não é lisa como a externa, mas anfractuosa. Os vasos das meninges aí deixam a sua impressão, bem como as circunvoluções cerebrais e os grandes vasos. A base craniana é formada pela expansão interna do osso frontal; pelo etmóide (que pertence aos ossos da face, pequeno osso que está na parte superior do nariz, entre as duas cavidades orbitárias); pelo esfenóide e pelo corpo do temporal; por fim, pela parte maciça do occipital. A superfície interna da base do crânio, no seu complexo, é muito irregular, por causa das impressões deixadas pela massa cerebral e pelos numerosos orifícios que aí se acham (dão passagem aos nervos, artérias e veias). A base segue fielmente a massa cerebral e se modela por ela, acompanhando todas as suas sinuosidades. Podemos nela distinguir três fossas: anterior, média e posterior. A fossa anterior está colocada bem mais alta do que as duas outras e recebe os lobos anteriores do cérebro. A fossa média pode dividir-se em duas partes, uma à direita e outra à esquerda, e recebe os lobos temporais do cérebro. Adiante, a fossa média comunica com as cavidades orbitárias, mediante uma fenda (fenda orbitária), pela qual passam os nervos motores do olho com as artérias. A fossa média apresenta orifícios para a passagem da carótida interna (orifício dilacerado), do nervo maxilar superior (orifício redondo), do nervo maxilar inferior (orifício oval), da artéria meníngea média (orifício espinhoso). A fossa posterior, a mais larga de todas, é formada pelos temporais e pelo occipital. O centro é ocupado pelo buraco occipital pelo qual passa a medula espinhal; de um lado e de outro deste se acham os furos jugulares que dão passagem à veia jugular interna e a alguns nervos encefálicos. Na parte posterior da fossa estão contidos os lobos occipitais do encéfalo e o cerebelo. Para cima, emite uma outra apófise que se articula com o osso frontal. Ossos da Face O etmóide apresenta no seu interior numerosas cavidades (células) que se comunicam entre si, das quais o conjunto constitui o seio do etmóide, um dos seios paranasais. Além disso, está atravessado por terminações nervosas do nervo olfativo, que, do cérebro, chega às fossas nasais: a tarefa desse nervo é de recolher as sensações olfativas, isto é, de sentir os odores. Os ossos da face constituem, no seu complexo, três cavidades principais: a cavidade da órbita, a cavidade das fossas nasais, a cavidade da boca. Cavidade Orbitária É formada, no seu contorno externo, pelo osso frontal, em cima, e pelo osso zigomático embaixo e lateralmente. O osso zigomático é um típico osso da face; apresenta uma intumescência que constitui, de um lado e de outro, os zigomas ou maçãs do rosto (donde outro nome do osso - osso malar). É continuado atrás por uma apófise que se une a uma apófise análoga do temporal. Adiante, o zigomático se une ao osso maxilar superior e ao nasal. O resto da órbita é formado pela grande asa do esfenóide e por dois pequenos ossos: o osso lacrimal, do lado do nariz, e pelo osso palatino, que colabora com o zigomático e o osso maxilar superior para constituir o pavimento da órbita. O etmóide é um osso que pertence tanto à órbita como às fossas nasais. Está situado apenas para trás do osso frontal, em correspondência com o nariz. É um pequeno osso de forma cúbica: comas suas faces laterais constitui a parte nasal da órbita; com a sua face inferior contribui para formar o teto das fossas nasais; com a sua face superior faz saliência na base do crânio (fossa craniana anterior). Cavidade Nasal Está situada entre as duas cavidades orbitárias e a cavidade da boca, abaixo da fossa craniana anterior. Abre-se adiante pela abertura piriforme (se observarmos a abertura do nariz no esqueleto veremos que ela tem, caracteristicamente, a forma de uma pêra). Esta abertura é limitada pelos dois maxilares superiores e pelos dois ossos nasais. Atrás, as fossas se abrem na faringe pelas coanas. A cavidade nasal está dividida em duas partes, a fossa nasal direita e a fossa nasal esquerda, pelo septo nasal, constituído por uma lâmina que desce inferiormente do etmóide, e por um pequeno osso também em forma de lâmina, o vômer. Nas duas fossas nasais podemos distinguir uma base e duas paredes. A base é constituída pelo palato (uma lâmina que deriva do osso maxilar superior), o qual representa, ao mesmo tempo, o teto da cavidade bucal e o pavimento das fossas nasais. O teto das fossas nasais é constituído primeiramente pelos ossos nasais e pelo frontal; depois pelo etmóide e por uma parte do esfenóide. Das paredes, uma é representada pelo septo nasal, a outra, a parede lateral, é constituída, em parte, pelo osso maxilar superior, em parte pelo etmóide. Esta parede é tornada anfractuosa pela presença de protuberâncias laminares, os cornetos (superior, médio e inferior), que se destacam do etmóide (os dois primeiros) e do maxilar (o último). Os cornetos se enrolam sobre si mesmos como fazendo um cartucho e delimitam três espaços ou meatos. Temos assim o meato superior, o meato médio e o meato inferior. Entre as fossas nasais e as órbitas existe uma comunicação: o canal naso-lacrimal. Graças a esta comunicação, as lágrimas podem passar dos olhos para as fossas nasais, sem transbordar para fora. Nas fossas nasais se encontram cavidades paranasais; são cavidades escavadas no osso frontal (seio 29 frontal), no osso maxilar superior (seio maxilar), no esfenóide (seio esfenoidal) e no etmóide (células etmoidais). Cavidade Bucal A cavidade da boca é formada essencialmente por dois ossos: o maxilar superior e o maxilar inferior ou mandíbula. O maxilar superior é formado por dois ossos que se unem, um ao outro, na linha mediana, e, com o tempo, da sutura fica só o vestígio. Somente em casos excepcionais os dois ossos não se soldam. Os ossos maxilares superiores, anteriormente, se articulam com os ossos zigomáticos, enquanto, com uma apófise dirigida para cima (apófise frontal) se unem com os ossos nasais e constituem uma boa parte da abóbada do nariz. Na parte interna do osso maxilar se destaca uma lâmina óssea que avança, para dentro, no sentido horizontal; é a apófise palatina, que, unindo-se com aquela do outro lado, constitui a abóbada da boca, isto é, o palato, e, ao mesmo tempo, o pavimento das fossas nasais. O bordo inferior do osso maxilar superior constitui a arcada dentária superior e apresenta escavações, ou alvéolos, que recebem as raízes dos dentes superiores. O maxilar inferior é o único osso móvel da cabeça. Apresenta um corpo e dois prolongamentos ascendentes, um de cada lado, os ramos, que partem da extremidade do corpo. O corpo do maxilar inferior tem a forma de uma ferradura de cavalo aberta para trás e a sua borda superior constitui a arcada dentária inferior. Os ramos S do 30 maxilar inferior destacam-se do corpo formando com este um ângulo mais ou menos obtuso e terminam por um côndilo que se articula com a fosseta articular do temporal e permite os movimentos da mastigação. específicos como otalgia (dor no ouvido) e odontalgia (dor no dente). Poucas queixas são mais comuns que a cefaléia e a dor facial. Estes termos são usados para descrever sensações dolorosas difusas na cabeça, enquanto as dores localizadas recebem nomes É constituída por 33 ou 34 ossos, ditos vértebras. Toda vértebra é formada por um corpo em forma de disco, de espessura variável conforme a região. Do corpo partem as lâminas vertebrais que A Coluna Vertebral convergem para dentro, e, reunindo-se, formam um anel. Da superposição desses anéis resulta um canal no qual está contida a medula espinhal. Os anéis apresentam, dos lados e posteriormente, apêndices ósseos, chamados apófises; as laterais se chamam apófises transversais; a posterior se chama apófise espinhal. As apófises dão inserção a músculos e ligamentos. Toda vértebra se articula com a vértebra que está acima e 31 fim de permitir os movimentos da cabeça. O atlas não tem corpo e recebe, no seu anel, uma apófise do áxis, o dente do áxis. A sétima vértebra cervical se chama proeminente porque se destaca de modo sensível e determina, principalmente nos indivíduos magros, uma saliência visível. Curvaturas Normais da Coluna Vertebral Vértebras Torácicas As curvaturas torácica e sacral são côncavas anteriormente, enquanto as curvaturas cervical e lombar são côncavas posteriormente. São 12, têm um corpo reforçado e se articulam com as respectivas costelas. Vértebras Lombares São 5 e têm um corpo maior do que as precedentes. Vértebras Sacras São 5 e têm um tamanho decrescente. No feto e na criança até cerca de 8 anos são independentes umas das outras, enquanto no adulto se soldam entre si; da sua reunião se forma um único osso, que é chamado osso sacro. com aquela que está abaixo mediante apófises articulares. Todas as vértebras têm particularidades próprias, de acordo com o lugar que ocupam na coluna vertebral. As vértebras se classificam em cervicais, torácicas ou dorsais, lombares, sacras e coccigianas. Vértebras Cervicais São sete. A sua apófise transversa tem a característica de ser escavada por um orifício (orifício transversal) pelo qual passam os vasos vertebrais. A primeira vértebra cervical se chama atlas; articula-se, em cima, com o crânio, e, embaixo, com a segunda vértebra cervical chamada áxis. Estas duas vértebras são muito diversas de todas as outras porque têm o Vértebras Coccigianas São 4 ou 5 e têm um tamanho bem reduzido. Na coluna vertebral articulada e em várias imagens usadas clinicamente, por exemplo, IRM (imagem de ressonância magnética), quatro curvaturas são normalmente visíveis no adulto. As curvaturas torácica e sacral são denominadas curvaturas primárias porque se desenvolvem durante o período fetal. As curvaturas cervical e lombar começam a aparecer nas regiões cervical e lombar antes do nascimento, mas só são mais evidentes após o nascimento, sendo denominadas curvaturas secundárias. A curvatura cervical é acentuada quando um lactente começa a manter sua cabeça ereta, e a curvatura lombar torna-se evidente quando a criança começa a andar. A curvatura cervical pode desaparecer através da flexão do pescoço. A curvatura torácica, permanente, é formada pelos 12 corpos vertebrais torácicos articulados. A curvatura lombar, geralmente mais acentuada em mulheres, termina no ângulo lombo-sacral. A curvatura sacral também é permanente e difere em homens e mulheres. O sacro geralmente é menos curvo em mulheres, o que aumenta o tamanho da abertura inferior da pelve ou saída da pelve. O centro de gravidade do corpo está localizado logo na frente do promontório sacral. 32 A coluna vertebral, vista pela frente, parece direita, exceto uma pequena curvatura aberta para a esquerda, presente em quase todos os indivíduos. Essa curvatura faz com que o ombro esquerdo seja ligeiramente mais alto do que o direito. O fenômeno não é facilmente explicável. Foi atribuída a culpa à maior atividade dos músculos da parte direita, mas a mesma curvatura existe nos canhotos. Segundo outros é a posição assumida pela maior parte dos indivíduos nos bancos da escola. Curvaturas Anormais da Coluna As curvas da coluna vertebral podem ser acentuadas por motivos patológicos. Quando são acentuadas as curvas abertas para trás, tem-se a lordose; quando, ao contrário, são exageradas as curvas abertas para a frente tem-se a cifose. Quando a coluna vertebral apresenta uma curvatura para a direita ou para a esquerda, tem-se a escoliose. principalmente porque são as partes de maior mobilidade da coluna vertebral. Nem todas as pessoas têm 33 vértebras, mas o número de vértebras cervicais é constante. Até mesmo a girafa só possui sete vértebras cervicais. Entretanto, ocorrem variações no número de vértebras torácicas lombares e sacrais em aproximadamente 5% das pessoas normais sob outros aspectos. O dorso ou face posterior do tronco é a parte principal do corpo à qual estão fixadas a cabeça, pescoço e membros. Consiste de pele, fáscia superficial contendo tecido adiposo, fáscia profunda, músculos, vértebras, discos intervertebrais, costelas (na região torácica), vasos e nervos. A dor lombar é uma queixa comum. As diferenças no número podem ser uma alteração numa região, sem alteração em outras regiões, ou uma alteração numa região à custa de outra (Bergman et al, 1988). Embora variações numéricas das vértebras possam ser clinicamente importantes, a maioria delas é detectada em dessecações, necropsias ou em radiografias de pessoas sem história de problemas no dorso. Para compreender a base anatômica dos problemas do dorso que causam dor incapacitante, é necessário conhecer a estrutura e função desta região. Os locais comuns de dores são as regiões cervical (pescoço) e lombar, O feixe de filamentos radiculares no espaço subaracnóideo abaixo da medula espinhal é denominado cauda eqüina. Está situada distalmente à vértebra L2 no canal vertebral do adulto. A extremidade inferior da medula espinhal afila-se abruptamente no cone medular. A partir de sua extremidade inferior, um filamento fibroso delgado, denominado filamento terminal, desce entre as raízes nervosas que constituem a cauda eqüina. Deixa a extremidade inferior do saco dural e atravessa o hiato sacral. Aqui funde-se com a extremidade superior do ligamento anococcígeo e termina com ele através da inserção no dorso do osso coccígeo. O filamento terminal não possui significado funcional. É o remanescente vestigial da medula espinhal que estava situada na cauda do embrião (Moore, 1988). Sua extremidade proximal consiste em vestígios de tecido neural, tecido conjuntivo, pia-máter e tecido da neuroglia. Vascularização da Medula Espinhal Os vasos que suprem a medula espinhal são derivados de ramos das artérias vertebrais, cervicais profundas, intercostais e lombares. É suprida por três artérias longitudinais, uma artéria espinhal anterior e duas artérias espinhais posteriores. Essa vascularização é reforçada por sangue de vasos segmentares denominados artérias radiculares. Artérias Espinhais. A artéria espinhal anterior é formada pela união de dois pequenos ramos das artérias vertebrais. Percorre a extensão da medula espinhal na fissura mediana anterior e supre os dois terços anteriores da medula espinhal. O calibre dessa artéria varia de acordo com sua proximidade de uma artéria radicular magna. Geralmente é menor na região de T4 a T8 da medula. primeiras sete costelas. O bordo superior apresenta uma fosseta, muito evidente nos indivíduos magros: a fosseta jugular. As artérias espinhais posteriores originam-se como pequenos ramos das artérias vertebrais ou das artérias cerebelares inferiores posteriores. Freqüentemente apresentam anastomoses entre si e com a artéria espinhal anterior. Costelas Esqueleto do Tórax O tórax é formado por ossos que, no seu conjunto, constituem a caixa torácica. Para formar a caixa torácica concorrem: posteriormente as vértebras torácicas ou dorsais; adiante um osso ímpar, o esterno; enfim, entre o esterno e as vértebras, encontram-se as costelas. Esterno É um osso mediano, chato, que se parece de modo geral com uma adaga romana. Nele distinguem-se três partes: uma superior, dita manúbrio; uma intermediária, dita corpo; e uma inferior, pequena, chamada apófise xifóide ou apêndice xifóide. O manúbrio forma com o resto do osso um ângulo (dito ângulo de Luys) que se torna muito acentuado e evidente quando o desenvolvimento do tórax é deficiente ou no caso de pessoa de constituição delicada. Nos bordos do manúbrio e do corpo há as incisuras nas quais se inserem a clavícula e as As costelas são em número de doze pares e ligam o esterno à coluna vertebral onde se inserem nas vértebras dorsais (essas também em número de doze); têm uma forma curva, com um arco, e a sua direção não é horizontal; partindo da vértebra torácica, a costela se dirige para baixo. A sua extremidade anterior (esternal) é mais baixa do que aquela posterior (vertebral). As articulações das costelas com as vértebras torácicas são duas: há uma articulação com o corpo e outra com a apófise transversa. A extremidade anterior das costelas se insere no esterno com a interposição de um segmento cartilaginoso ou cartilagem costal. Os primeiros sete pares de costelas se chamam costelas verdadeiras; nelas, a cartilagem costal se insere diretamente no esterno. A oitava, a nona e a décima costela não terminam, diferentemente, no esterno, mas no bordo inferior da costela que se acha acima. A undécima e a duodécima costela não estão ligadas ao esterno, mas ficam livres e por isso são chamadas costelas flutuantes. Em todo o bordo inferior das costelas caminham os vasos e os nervos intercostais. Entre uma costela e outra, isto é, nos espaços intercostais, há músculos. A primeira costela tem uma forma particular. 33 Na verdade, enquanto as outras têm uma face externa e uma interna, a primeira costela está achatada de alto para baixo e apresenta, portanto, uma face superior e uma face inferior. A caixa torácica tem a forma de um tronco de cone, com a base menor voltada para cima. A superfície externa da caixa torácica apresenta, posteriormente, uma saliência que corre de alto a baixo e é devida à série das apófises espinhosas vertebrais. Do lado correm duas goteiras vertebrais, nas quais se contêm os músculos que servem para mover a coluna vertebral. A caixa torácica está aberta em cima, para o pescoço, a fim de dar passagem ao esôfago, à traquéia e a grandes vasos; embaixo é, ao contrário, fechada por um músculo em forma de cúpula: o diafragma. O interior da caixa torácica constitui a cavidade torácica, ocupada, lateralmente, pelos pulmões, e, ao centro, pelo coração, com a aorta, que, depois de ter descrito um arco, desce para o abdome, atravessando o diafragma, A cavidade torácica é percorrida, anteriormente, pela traquéia, que se divide nos dois brônquios, os quais se dirigem aos respectivos pulmões. Posteriormente, a cavidade é percorrida pelo esôfago que penetra, também ele, no abdome depois de atravessar o diafragma. Na cavidade torácica, enfim, estão contidas, em parte, as duas veias cavas e o ducto torácico. A forma da caixa torácica se modifica com a idade e as condições fisiológicas do indivíduo, e é diversa de acordo com o sexo. No homem tem uma 34 forma cônica, enquanto na mulher é arredondada na sua parte mediana, recordando a forma de um tonel. A diferença depende do diverso tipo de respiração: a mulher, na verdade, respira pelo tórax, enquanto no homem a respiração é abdominal. Também essa diversidade tem a sua razão e a sua utilidade: na mulher a respiração abdominal seria muito prejudicada por ocasião da gravidez. Os movimentos da caixa torácica durante a respiração são os seguintes: na inspiração, quando o tórax se dilata, as costelas se elevam e se alargam (mais na mulher que no homem). Na expiração, quando o tórax se restringe, as costelas se abaixam e se reúnem. Deste modo os três diâmetros da caixa torácica aumentam e diminuem alternadamente, de modo que os pulmões, que seguem passivamente os movimentos da caixa torácica, em um primeiro momento se dilatam, enchendo-se de ar, mas logo em seguida se contraem, deixando sair parte do ar neles encerrado. superior desenvolve determinadas atividades de trabalho, enquanto o membro inferior tem de sustentar o peso do corpo. Os membros estão unidos ao corpo mediante um sistema ósseo que toma o nome de cintura ou de cinta. A cintura superior se chama cintura torácica ou escapular; a inferior se chama cintura pélvica. A primeira sustenta o úmero e com ele todo o braço; a segunda dá apoio ao fêmur e a toda a perna. Esqueleto dos Membros O esqueleto dos membros superiores e o dos inferiores apresentam características análogas. Em ambos podemos distinguir três segmentos: o primeiro formado por um osso único; o segundo, por dois ossos, e o terceiro por uma série de pequenos ossos; vêm depois os ossos das falanges. O membro superior é dotado de maior amplitude de movimentos; de outro lado, os ossos do membro inferior são mais fortes. Isto é evidente levando em consideração as funções: o membro Membro Superior Clavícula Omoplata A cintura torácica é formada de dois ossos: a clavícula e o omoplata ou escápula. Este complexo está unido ao tórax somente mediante a articulação que a clavícula tem com o esterno. O omoplata, por sua vez, está unida somente com a clavícula e uma vez que o osso do braço (úmero) se une à omoplata, e somente a esta, entende-se como a espádua e o braço sejam dotados de movimentos muito amplos. A face superior deste osso é lisa e suas extremidades diferem: a medial, que se articula com o esterno é globosa, enquanto que a lateral é achatada, e se articula com o Omoplata (ou Escápula). Os dois terços mediais mostram convexidade anterior, pois a clavícula deve adaptar-se à curvatura anterior da cavidade torácica. É um osso chato, cujo tecido esponjoso quase desapareceu, de modo que as duas lâminas de tecido compacto estão praticamente em contacto. Tem a forma de um triângulo e encontra-se na parte posterior do tórax, contra as sete primeiras costelas. Da face posterior da omoplata destaca-se uma apófise de seção triangular, a espinha da omoplata, que termina com uma saliência: o acrômio. A espinha divide a face posterior da 35 côncava para articular-se com o úmero. A parte inferior da cabeça do rádio é menos espessa que a superior, dando mais estabilidade à juntura. Juntamente com a ulna, gira nos movimentos de supinação e pronação. omoplata em duas fossas: uma superior (fossa supra-espinhal) e outra inferior (fossa infra-espinhal) que são ocupadas por músculos que têm o mesmo nome. Ulna A extremidade proximal da Ulna assemelha-se a uma chave inglesa. Suas partes principais são mais bem examinadas pela sua face lateral, onde se identifica o olécrano em continuação ao processo coronóide, que se projeta para frente (formam a incisura troclear, que se amolda à tróclea do úmero). A extremidade distal apresenta a cabeça da ulna e o processo estilóide. O bordo superior da omoplata continua lateralmente por uma saliência óssea, dita apófise coracóide, que se articula com a clavícula. Dos três ângulos, o lateral se alarga para formar a cavidade glenóidea, na qual se move o úmero. à diáfise por um estrangulamento dito colo cirúrgico (neste nível são muito freqüentes as fraturas). Úmero O úmero é o osso do braço. Articula-se, superiormente, com a omoplata, e, inferiormente, com os ossos do antebraço (rádio e cúbito). Sendo um típico osso longo, o úmero apresenta uma diáfise e duas epífises. A epífise superior, chamada cabeça do úmero, está reunida Mão A descrição feita a seguir é um apanhado do esqueleto da mão como um todo e pressupõe que o estudante a acompanhe, que ele tenha a sua disposição um esqueleto articulado deste segmento ou, pelo menos uma figura clara. Os ossos da mão podem ser divididos em três partes: A cabeça do úmero tem a forma de um hemisfério e se destaca do complexo da epífise por um outro estrangulamento: o colo anatômico. Nesta epífise se pode notar o sulco em que passa o tendão do músculo bíceps, e dois tubérculos para as inserções musculares. A epífise inferior do úmero apresenta duas saliências: uma lateral chamada côndilo, que se articula com o rádio, e uma interna, que se chama tróclea, e se articula com o cúbito. O corpo do úmero apresenta uma goteira, dita de torsão, que o percorre de alto a baixo e de trás para diante, representando que o osso foi torcido de 180°. a. oito ossos dispostos em duas fileiras, proximal e distal que constituem o carpo; b. o esqueleto da mão propriamente dito, que constitui o metacarpo; Rádio A extremidade proximal do rádio está constituída por um disco espesso, a cabeça do rádio, cuja face superior é c. o esqueleto dos dedos, representado pelas falanges. Os oito ossos do carpo são: escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme (na primeira fileira); trapézio, trapezóide, grande osso e unciforme (na fileira distal). Os ossos do metacarpo são numerados de I a V, a partir do lado radial e são representados por uma base, um corpo e uma cabeça, que se articula com a falange proximal. Cada dedo apresenta três falanges, proximal, média e distal, com exceção do polegar, no qual falta a falange média. Também são constituídas de base, corpo e cabeça. Membro Inferior Assim como no membro superior, os membros inferiores estão ligados ao resto do corpo pelas chamadas cinturas. No caso do membro inferior, temos a cintura pélvica. Se é possível descrever analogias morfológicas nos membros superior e inferior, deve-se destacar as suas diferenças funcionais, ocasionadas principalmente pela postura ereta adquirida pelo homem. Assim, se a principal função do membro superior é orientar a mão no espaço, permitindo-lhe os movimentos delicados e especializados que é capaz de executar, as principais funções do membro inferior são a locomoção e a sustentação do peso. É costume descrever, com o membro inferior, as regiões de transição, como a região glútea (das nádegas), além dos segmentos que o compõe: coxa, perna e pé. Por razões didáticas, inclui-se o osso do quadril. Os ossos do quadril unem-se anteriormente na sínfise púbica e posteriormente articulam-se com a parte superior do osso sacro. O fêmur é o osso da coxa, articulando-se superiormente com o osso do quadril e inferiormente com a tíbia. Esta e a fíbula constituem o esqueleto da perna. A tíbia une-se ao esqueleto do pé. Osso do Quadril É um osso plano e suas funções incluem as de movimento (participa das articulações com o sacro e o fêmur), e de sustentação (transmite aos membros inferiores o peso de todos os segmentos do corpo situados acima dele). Em razão destas múltiplas funções o osso do quadril tem uma estrutura complexa, e sua formação envolve três ossos isolados: o ílio, o ísquio e o púbis. Essas três peças ósseas se unem na região onde mais se faz sentir o peso suportado pelo osso do quadril, isto é, o centro do acetábulo, fossa articular que recebe a cabeça do fêmur. Até a puberdade, esses ósseos se ligam cartilaginosamente, depois se fundem e constituem peça única. De interesse, existe a crista ilíaca, facilmente palpável no vivente e a sínfise púbica. 36 Articulados entre si, através da sínfise púbica anteriormente e do sacro, posteriormente, os ossos do quadril constituem a pelve óssea. O estreito superior da pelve divide a pelve em duas partes, uma superior, a pelve maior (ou falsa) e outra inferior, a pelve menor (ou verdadeira). A pelve maior abriga órgãos abdominais, enquanto a pelve menor abriga órgãos do sistema genital e partes terminais do aparelho digestivo. Fêmur O maior osso do esqueleto é classificado como um osso longo, apresentando, portanto, duas epífises, proximal e distal, e um corpo, ou diáfise. A cabeça do fêmur se encaixa no acetábulo do osso do quadril e se liga ao fêmur pelo colo do fêmur (este, na verdade, é um prolongamento do corpo do osso). A epífise distal se expande em duas massas volumosas, os côndilos medial e lateral do fêmur. Os côndilos se unem anteriormente e constituem a fossa patelar (que recebe a patela). Tibia A tíbia é medial e mais robusta que a fíbula, articulando-se com o fêmur pela extremidade proximal. Distalmente, tanto a tíbia quanto a fíbula articulam-se com o tálus, embora a tíbia seja a responsável direta pela transmissão do peso àquele osso. 37 Fíbula É um osso longo, muito menos volumoso que a tíbia com a qual se articula proximal e distalmente. O corpo é bastante delgado e está unido à extremidade proximal por uma zona estreita, o colo, de limites imprecisos. A extremidade distal tem forma triangular e é subcutânea, facilmente palpável no nível do tornozelo (maléolo lateral). Patela (Rótula) È classificada como um osso sesamóide, por estar inclusa no tendão de inserção do músculo quadriceps da coxa 38 Pé O esqueleto do pé, como o da mão, constitui-se de ossos irregulares articulados entre si, o tarso, com o qual se articulam cinco ossos longos, em conjunto denominados metatarso; com os ossos do metatarso, por sua vez, articulam-se as falanges dos dedos. Como no caso da mão, devem ser estudados tendo-se à mão um esqueleto ou uma figura detalhada. Os ossos que constituem o tarso são o tálus, o calcâneo, o navicular, o cubóide e os três cuneiformes (medial, lateral, intermédio). Os ossos do metatarso são numerados de I a V, se articulando com as falanges. Apresentam uma base (extremidade proximal), um corpo e uma cabeça (extremidade distal). O metatarsiano I é o mais volumoso dos cinco, o que denuncia de imediato sua participação direta como suporte do peso do corpo. Quanto às falanges, o halux apresenta apenas duas, o que também pode ocorrer, ocasionalmente, no V dedo. Fontes de textos e figuras: 1. Online Biology Book © The Online Biology Book is hosted by Estrella Mountain Community College, in sunny Avondale, Arizona. Text ©1992, 1994, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, M.J. Farabee, all rights reserved. Use for educational purposes is encouraged. 2. O Corpo Humano © 2000 jPauloN.RochaJr Corporation, All rights reserved (www.corpohumano.hpg.ig.com.br) 3. NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.