osteologia

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denominam cervicais; a primeira se
chama atlas e a segunda áxis.
Osteologia
O sistema ósseo também
protege os órgãos internos (cérebro,
pulmões, coração) dos traumatismos do
exterior.
O esqueleto é composto por
ossos, ligamentos e tendões. O esqueleto
humano é formado por 203 ou 204 ossos
e se divide em cabeça, tronco e
membros.
Na face os ossos são: maxilares,
zigomáticos, nasais, e a mandíbula, único
osso móvel da cabeça que serve para a
mastigação. Em continuação do crânio
está a coluna vertebral, que é formada
por vértebras. As vértebras são uma série
de anéis colocados de maneira que o
orifício central de cada uma corresponda
com o do superior e o do inferior, de tal
maneira que no centro da coluna
vertebral existe uma espécie de conduto,
pelo qual passa a medula espinal, órgão
nervoso de fundamental importância.
O Esqueleto
A função mais importante do
esqueleto é sustentar a totalidade do
corpo e dar-lhe forma.
Torna possível a locomoção ao
fornecer ao organismo material duro e
consistente, que sustenta os tecidos
brandos contra a força da gravidade e
onde estão inseridos os músculos, que lhe
permitem erguer-se do chão e mover-se
sobre sua superfície.
A articulação que se interpõe
entre uma vértebra e a vértebra seguinte
permite a mobilidade de toda a coluna
vertebral, garantindo a esta a máxima
resistência aos traumas. Entre uma
vértebra e outra existem os discos
cartilaginosos que servem para aumentar
a elasticidade do conjunto e atenuar os
efeitos de eventuais lições.
As vértebras são 33 e não são
todas iguais; as inferiores têm maior
tamanho porque devem ser mais
resistentes para realizar um trabalho
maior. As primeiras 7 (sete) vértebras se
Em continuação das cervicais
estão 12 vértebras dorsais que continuam
através das costelas e se unem ao
esterno, fechando a caixa torácica
mediante as cartilagens costais,
protegendo os órgãos contidos no tórax:
coração, pulmões, brônquios, esôfago e
grandes vasos.
A coluna vertebral continua com
as 5 vértebras lombares. A estas,
seguem-se outras 5 vértebras soldadas
entre si, que formam o osso sacro e, por
último, as 4 ou 5 rudimentares, quase
sempre soldadas entre si, que tomam o
nome de cóccix ou osso caudal.
Os ossos dos membros
superiores começam com o ombro
formado pela cintura escapular, de forma
triangular, plana, e pela clavícula situada
em frente da anterior, que é longa e
curvada.
A articulação do ombro é
bastante móvel, o que permite mover o
braço em todas as direções; esta
articulação junto com a do quadril é uma
das mais importantes no corpo humano.
O osso do braço é o úmero, longo e
robusto; o antebraço é formado pelos
ossos: rádio e ulna (cúbito). O rádio
termina no cotovelo com a articulação e a
ulna (cúbito).
Com os dois ossos do antebraço,
se articula na sua parte inferior a mão,
que é formada por uma série de 13 ossos
pequenos; 8 são chamados ossos do
carpo (são os que formam o punho); 5
denominados metacarpos e que
correspondem à superfície dorso-palmar
da mão.
Os dedos da mão estão formados
pela primeira, segunda e terceira falanges
(o polegar tem só dois).
Os membros inferiores estão
unidos ao osso sacro por meio de um
sistema de ossos que são denominados
cintura pélvica ou pélvis, que é formada
pela fusão de três ossos: íleo, ísquio e
púbis.
Com a pélvis se articula o fêmur,
osso do quadril que é o mais longo e mais
robusto de todo o corpo. Na sua parte
inferior o fêmur se une à tíbia e à fíbula
(perônio), que são os dois ossos da
perna.
Esta união tem lugar na
articulação do joelho, do qual forma parte
a patela (rótula) e os meniscos (dois
discos cartilaginosos cuja ruptura é muito
freqüente em alguns esportistas).
Interpostos entre os côndilos femorais, a
tíbia e a fíbula (perônio).
Por último, aos ossos da perna se
articulam com os do pé: o calcâneo, o
astrágalo, os ossos metatarsos, os dos
influência a direção e a potência dos
músculos.
Estrutura dos Óssos
Os ossos são formados
essencialmente pelo tecido ósseo (tecido
conjuntivo duro, com 1,87% de fosfato e
cálcio) do qual o aspecto é compacto ou
esponjoso: no osso compacto o tecido
ósseo é constituído de delgadas lâminas
ósseas que se sobrepõem umas às
outras, unindo-se intimamente em torno
de um centro; no osso esponjoso, essas
delgadas lâminas se dispõem de modo a
formar pequenas cavidades.
Os ossos longos estão presentes
nos membros (osso do braço: úmero;
osso da coxa: fêmur). Os ossos curtos
são aqueles nos quais nenhuma das três
dimensões prevalece. Geralmente, os
ossos curtos são formados por tecido
esponjoso, revestido o mais das vezes
superficialmente por uma camada de
tecido compacto. Exemplos de ossos
curtos são os ossos do carpo e do tarso.
Os ossos chatos são aqueles em
que predominam duas dimensões; têm,
portanto, o aspecto de uma lâmina. São
formados por tecido compacto no meio
do qual, todavia, encontra-se uma
camada de tecido esponjoso. Exemplos
24
de ossos chatos são os ossos da abóbada
craniana.
A forma aparente de um osso
pode, por vezes, levar a engano: o osso
parece pertencer a certo tipo, quando se
considera a forma, mas a sua estrutura é
a de um tipo diverso. Por exemplo, as
costelas têm a forma alongada e
pareceriam, assim, ossos longos; são,
porém, esponjosos internamente e
compactos na periferia, como todos os
ossos chatos.
Certos ossos estão atravessados
na periferia por furos: são os furos de
transmissão, que servem de passagem a
órgãos importantes como vasos e nervos.
Há três espécies de ossos: os
ossos longos, os ossos curtos e os ossos
chatos. O seu nome nos diz qual a sua
característica.
A medula do osso desempenha
uma função importantíssima: fabrica os
glóbulos do sangue, sejam os vermelhos
ou brancos. As epífises são formadas por
tecido ósseo esponjoso, que, na
superfície, é revestido por uma camada
de tecido ósseo compacto.
dedos que têm três falanges, exceto o
primeiro que tem duas.
Os ossos constituem a parte
passiva do aparelho locomotor: o seu
movimento é devido à contração e ao
relaxamento dos músculos que neles se
inserem. Sobre a forma dos ossos têm
No osso esponjoso, a medula
enche as cavidades formadas pelo
interpenetrar-se das trabéculas. Até a
idade adulta, a diáfise e as epífises são
separadas entre si, ou, melhor, estão
unidas somente por um tecido
cartilaginoso; é esta a cartilagem de
conjugação ou diafisiária que permite o
desenvolvimento do osso em
comprimento, e permanece até que o
indivíduo complete o seu desenvolvimento
esquelético. Depois, constitui a chamada
comissura diafisiária.
Images from Purves et al., Life: The Science of Biology, 4th Edition, by Sinauer Associates and WH Freeman
que contém um capilar sanguíneo e fibras
nervosas.
Quando o osso morre, as células
desaparecem e fica somente a substância
fundamental. Mesmo no vivo as células
estreladas diminuem de volume e em
número com o progredir da idade.
A substância fundamental é
muito dura porque é constituída de sais
de cálcio, que estão impregnando uma
substância orgânica: a osseína. Esta é
uma substância protéica, e constitui, em
peso, a terça parte de um osso seco. O
osso velho se desfaz facilmente, não
sendo mais mantido num todo pela
osseína. Os sais de cálcio são constituídos
por fosfato de cálcio (87%) e carbonato
de cálcio (10%). São os sais de cálcio
que conferem ao osso sua dureza.
Images from Purves et al., Life: The Science of Biology, 4th Edition, by Sinauer Associates and WH Freeman
Todos os ossos têm furos que penetram
no seu interior, os furos nutritivos, pelos
quais penetram os vasos que devem
nutri-lo.
função de nutrir o osso e de fazê-lo
crescer em espessura (enquanto o osso
cresce em comprimento por meio das
cartilagens de conjugação). Sem o
periósteo o osso não pode viver:
destacando-o, o osso morre.
Estão revestidos por uma
membrana fibrosa: o periósteo, que tem a
Estrutura Microscópica dos Óssos
Observando-se ao microscópio
uma delgada lâmina de osso, veremos
que este é formado de numerosas células
estreladas, os osteócitos, que estão
unidos entre si por prolongamentos e que
se acham imersos em uma substância,
chamada substância fundamental.
No osso compacto, estas células
estão dispostas em círculos concêntricos
em torno de um canal, o canal de Havers,
Formação dos Óssos
25
Os ossos se formam, no embrião,
de um esboço constituído por tecido
cartilaginoso e por tecido membranoso
que representam o osso primário e
secundário. Com o tempo, tais esboços
começam a se ossificar e o processo de
ossificação inicia-se em pontos
particulares, os centros de ossificação.
Desses centros o processo se estende.
Por ocasião do nascimento, os
ossos estão quase inteiramente no estado
cartilaginoso. A ossificação se processa
durante toda a infância e adolescência e
só está completa depois do 24º ano de
idade (então todo o esqueleto tornou-se
ósseo). Nos ossos longos forma-se um
centro de ossificação na diáfise e um em
cada epífise; desses três pontos o tecido
ósseo começa a estender-se até que o
tecido proveniente de um centro se funde
com aquele que provém dos outros
centros. Nos ossos chatos, o centro de
ossificação é na parte mediana e daqui o
processo se irradia para a periferia.
A completa transformação da
cartilagem em osso só tem lugar na idade
adulta; até os 20 ou 25 anos, fica sempre
entre a diáfise e as epífises uma linha de
cartilagem que faz crescer o osso em
comprimento.
Os ossos se formam no embrião
de um esboço constituído por tecido
cartilaginoso e por tecido membranoso
que representam o osso primário e
secundário. Com o tempo, tais esboços
começam a se ossificar e o processo de
ossificação inicia-se em pontos
particulares, os centros de ossificação.
Desses centros o processo se estende.
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abóbada. Frontal, Occipital e Parietais não
fecham completamente a abóbada; os
espaços deixados são ocupados pelas
expansões dos ossos da base do crânio;
isto acontece dos lados da cabeça, em
correspondência com as têmporas, onde
se encaixa a escama do osso temporal, e,
mais adiante, em correspondência com a
cavidade orbitária, onde se encaixa a asa
do esfenóide.
O osso Frontal acha-se
anteriormente e contribui para formar a
cavidade orbitária. Tem a forma de uma
concha.
A ossificação se processa de
modo diverso conforme o esboço
originário é de natureza cartilaginosa ou
membranosa. Nos ossos de origem
cartilaginosa, o processo se inicia na
membrana que reveste a cartilagem e que
se chama pericôndrio. O pericôndrio se
transforma pouco a pouco em periósteo,
no qual se distinguem células
particulares, os osteoblastos, que estão
encarregadas de produzir o osso.
Esqueleto da Cabeça
Os ossos da cabeça são vinte e
dois, dos quais oito estreitamente ligados
entre si, encaixados uns com outros
(fixos), formam o crânio ou calota cranial
que protege o cérebro. Estes são: um
frontal, dois parietais (na parte superior-
lateral), dois temporais, e o occipital
(nuca); o esfenóide (a base do crânio), e
o etmóide (entre este último e o frontal).
Na face os ossos são: maxilares,
zigomáticos, nasais e a mandíbula, que
serve para a mastigação, e é o único osso
móvel da cabeça.
Ossos do Crânio
Podemos distinguir os ossos que
constituem a abóbada e os ossos que
constituem a base do crânio. Os ossos da
abóbada formam o invólucro externo do
crânio e dão à cabeça a sua rotundidade.
São representados pelo osso Frontal, pelo
osso Occipital, pelos dois ossos Parietais.
Posteriormente se encontra o
occipital que apresenta um grande buraco
(buraco occipital) por onde passa a
medula espinhal.
Também o occipital é um osso
curvo e concorre para formar a abóbada
craniana na sua porção posterior; aqui ele
apresenta uma protuberância
(protuberância occipital externa) e três
linhas transversais que se podem sentir
facilmente tocando essa região, as quais
servem para a inserção dos músculos
occipitais.
O osso occipital, embaixo, de um
lado e outro do buraco occipital,
apresenta duas saliências, os côndilos,
que se articulam com a primeira vértebra
(Atlas) e permitem os movimentos da
cabeça. Entre o osso Frontal, adiante, e o
osso Occipital, posteriormente, há os
ossos Parietais. Têm a forma de uma
lâmina encurvada muito ligeiramente;
encontram-se de um lado e de outro da
Deste modo, o crânio fica
inteiramente fechado. Os ossos da
abóbada craniana, como de todo o crânio
e em parte da face, se unem uns aos
outros mediante articulações imóveis que
se chamam suturas. Os dois parietais se
unem entre si justamente no meio da
abóbada craniana e a sutura se chama
sutura sagital. A sutura que une os dois
parietais com o osso occipital se chama
lambdóide, porque os ossos, unindo-se,
formam uma figura semelhante à letra
grega lambda.
Adiante, ao contrário, a sutura
que une o osso frontal com os parietais
tem a forma de um arco de circunferência
e se chama sutura coronária. No homem
adulto, os ossos estão solidamente unidos
entre si e as suturas são linhas apenas
perceptíveis.
Por ocasião do nascimento, ao
contrario, não só os ossos estão
nitidamente isolados uns dos outros, mas
algumas regiões do crânio apresentam
ainda o tecido membranoso originário.
Isto tem lugar no encontro das
diversas suturas entre si, isto é, nos
ângulos dos ossos. Tais pontos
constituem as fontanelas (popularmente,
moleiras). Destas, as mais importantes
são:
27
- a fontanela frontal, dita também
bregmática, que se acha no encontro da
sutura coronária com a sagital;
- a fontanela occipital, que se acha onde
se encontram a sutura sagital e a
lambdóide;
- a fontanela esfenoidal ou ptérica que se
acha dos lados do crânio, no ponto em
que a escama do temporal se une com o
parietal, com o frontal e com a grande
asa do esfenóide.
Ossos da Base
Enquanto a abóbada recobre a
massa cerebral superiormente e dos
lados, a base serve para sustentá-la. É
constituída essencialmente por dois
ossos: o esfenóide e o temporal.
Concorrem para formar a base, não
obstante, também o frontal e o occipital.
O frontal, na sua base, dobra-se para
dentro, e, constituindo o teto da cavidade
orbitária, dá lugar, por sua vez, ao
pavimento do crânio.
A mesma coisa faz o occipital
posteriormente; dobra-se para baixo,
após ter formado o buraco occipital, e
fecha a base posteriormente. O esfenóide
e o temporal estão compreendidos entre
estas duas dobras.
O esfenóide constitui a parte
preponderante da base do crânio e
participa também do esqueleto do nariz.
É formado por um corpo central e por
prolongamentos laterais, dois de cada
lado, que são as pequenas e as grandes
asas. O corpo do esfenóide, na sua parte
superior, apresenta uma depressão
28
colocado posteriormente, e da escama,
uma lâmina óssea vertical, que forma
com o corpo um ângulo e fecha a
abóbada craniana ao nível da têmpora,
acima da orelha.
Na espessura do corpo está
contido o aparelho da audição (ouvido
médio e interno).
Da face lateral, externa, da
escama, parte um apêndice, dito apófise
zigomática, formando aquele relevo
ósseo que se nota nos lados do rosto,
adiante da orelha, em particular, é
evidente, nos indivíduos muito magros.
Posteriormente, também, se distingue
uma protuberância, a apófise mastóide,
que internamente contém numerosas
pequenas cavidades (células) em
comunicação com o ouvido médio.
Temos assim considerado os
ossos da abóbada e da base. Os ossos
da abóbada concorrem para formar
também a base (frontal e occipital) e
vice-versa (o esfenóide e o temporal,
além de constituírem a base, contribuem
também para fechar o crânio
exteriormente).
chamada sela túrcica, na qual está
contida a hipófise. Da sela túrcica parte a
rampa que liga o esfenóide com o
occipital. Aos lados da sela túrcica há dois
pequenos orifícios que servem para a
passagem dos nervos ópticos. As grandes
asas se unem, anteriormente com o
frontal e lateralmente com o temporal e
concorrem para formar com o temporal o
teto da cavidade orbitária. Apresentam
vários orifícios por onde passam nervos.
A parte anterior do corpo do
esfenóide participa da constituição das
fossas nasais e entra em relação com um
pequeno osso, o etmóide. O esfenóide,
na sua face inferior, apresenta um
esporão, o rostro, que se articula com o
septo nasal e concorre para separar uma
fossa nasal da outra.
O temporal contribui para formar
tanto a base como a abóbada. É, na
verdade, um osso de forma complexa,
constituído de um corpo, em forma de
pirâmide, que concorre para fechar a
base do crânio entre o esfenóide,
colocado anteriormente, e o occipital,
A separação entre a abóbada e a
base do crânio é, portanto, puramente
teórica, e segue uma linha imaginária que
liga a protuberância occipital externa com
aquela ligeira eminência que existe no
osso frontal, acima da raiz do nariz, e que
se chama glabela. Esta linha divide a
abóbada, superior, da base, inferior.
Resumindo, a abóbada é formada
pela escama do frontal, pelos parietais,
pela escama do temporal e aquela do
occipital, e pela grande asa do esfenóide.
A superfície externa da abóbada
do crânio está recoberta, anteriormente,
pelo músculo frontal e, posteriormente,
pelo músculo occipital, e estes dois
músculos estão unidos mediante a
aponeurose epicraniana, membrana de
tecido conjuntivo. Músculos e membrana
formam um todo único, acima do qual há
o couro cabeludo com os cabelos.
Observemos agora a superfície
interna da abóbada, aquela que fica
voltada para o cérebro. Ela não é lisa
como a externa, mas anfractuosa. Os
vasos das meninges aí deixam a sua
impressão, bem como as circunvoluções
cerebrais e os grandes vasos.
A base craniana é formada pela
expansão interna do osso frontal; pelo
etmóide (que pertence aos ossos da face,
pequeno osso que está na parte superior
do nariz, entre as duas cavidades
orbitárias); pelo esfenóide e pelo corpo
do temporal; por fim, pela parte maciça
do occipital.
A superfície interna da base do
crânio, no seu complexo, é muito
irregular, por causa das impressões
deixadas pela massa cerebral e pelos
numerosos orifícios que aí se acham (dão
passagem aos nervos, artérias e veias). A
base segue fielmente a massa cerebral e
se modela por ela, acompanhando todas
as suas sinuosidades.
Podemos nela distinguir três
fossas: anterior, média e posterior. A
fossa anterior está colocada bem mais
alta do que as duas outras e recebe os
lobos anteriores do cérebro. A fossa
média pode dividir-se em duas partes,
uma à direita e outra à esquerda, e
recebe os lobos temporais do cérebro.
Adiante, a fossa média comunica com as
cavidades orbitárias, mediante uma fenda
(fenda orbitária), pela qual passam os
nervos motores do olho com as artérias.
A fossa média apresenta orifícios para a
passagem da carótida interna (orifício
dilacerado), do nervo maxilar superior
(orifício redondo), do nervo maxilar
inferior (orifício oval), da artéria
meníngea média (orifício espinhoso). A
fossa posterior, a mais larga de todas, é
formada pelos temporais e pelo occipital.
O centro é ocupado pelo buraco occipital
pelo qual passa a medula espinhal; de um
lado e de outro deste se acham os furos
jugulares que dão passagem à veia
jugular interna e a alguns nervos
encefálicos. Na parte posterior da fossa
estão contidos os lobos occipitais do
encéfalo e o cerebelo.
Para cima, emite uma outra apófise que
se articula com o osso frontal.
Ossos da Face
O etmóide apresenta no seu
interior numerosas cavidades (células)
que se comunicam entre si, das quais o
conjunto constitui o seio do etmóide, um
dos seios paranasais. Além disso, está
atravessado por terminações nervosas do
nervo olfativo, que, do cérebro, chega às
fossas nasais: a tarefa desse nervo é de
recolher as sensações olfativas, isto é, de
sentir os odores.
Os ossos da face constituem, no
seu complexo, três cavidades principais: a
cavidade da órbita, a cavidade das fossas
nasais, a cavidade da boca.
Cavidade Orbitária
É formada, no seu contorno
externo, pelo osso frontal, em cima, e
pelo osso zigomático embaixo e
lateralmente. O osso zigomático é um
típico osso da face; apresenta uma
intumescência que constitui, de um lado e
de outro, os zigomas ou maçãs do rosto
(donde outro nome do osso - osso
malar). É continuado atrás por uma
apófise que se une a uma apófise análoga
do temporal. Adiante, o zigomático se
une ao osso maxilar superior e ao nasal.
O resto da órbita é formado pela
grande asa do esfenóide e por dois
pequenos ossos: o osso lacrimal, do lado
do nariz, e pelo osso palatino, que
colabora com o zigomático e o osso
maxilar superior para constituir o
pavimento da órbita.
O etmóide é um osso que
pertence tanto à órbita como às fossas
nasais. Está situado apenas para trás do
osso frontal, em correspondência com o
nariz. É um pequeno osso de forma
cúbica: comas suas faces laterais constitui
a parte nasal da órbita; com a sua face
inferior contribui para formar o teto das
fossas nasais; com a sua face superior faz
saliência na base do crânio (fossa
craniana anterior).
Cavidade Nasal
Está situada entre as duas
cavidades orbitárias e a cavidade da
boca, abaixo da fossa craniana anterior.
Abre-se adiante pela abertura piriforme
(se observarmos a abertura do nariz no
esqueleto veremos que ela tem,
caracteristicamente, a forma de uma
pêra). Esta abertura é limitada pelos dois
maxilares superiores e pelos dois ossos
nasais. Atrás, as fossas se abrem na
faringe pelas coanas. A cavidade nasal
está dividida em duas partes, a fossa
nasal direita e a fossa nasal esquerda,
pelo septo nasal, constituído por uma
lâmina que desce inferiormente do
etmóide, e por um pequeno osso também
em forma de lâmina, o vômer.
Nas duas fossas nasais podemos
distinguir uma base e duas paredes. A
base é constituída pelo palato (uma
lâmina que deriva do osso maxilar
superior), o qual representa, ao mesmo
tempo, o teto da cavidade bucal e o
pavimento das fossas nasais. O teto das
fossas nasais é constituído primeiramente
pelos ossos nasais e pelo frontal; depois
pelo etmóide e por uma parte do
esfenóide.
Das paredes, uma é representada
pelo septo nasal, a outra, a parede
lateral, é constituída, em parte, pelo osso
maxilar superior, em parte pelo etmóide.
Esta parede é tornada anfractuosa pela
presença de protuberâncias laminares, os
cornetos (superior, médio e inferior), que
se destacam do etmóide (os dois
primeiros) e do maxilar (o último). Os
cornetos se enrolam sobre si mesmos
como fazendo um cartucho e delimitam
três espaços ou meatos. Temos assim o
meato superior, o meato médio e o meato
inferior.
Entre as fossas nasais e as
órbitas existe uma comunicação: o canal
naso-lacrimal. Graças a esta
comunicação, as lágrimas podem passar
dos olhos para as fossas nasais, sem
transbordar para fora. Nas fossas nasais
se encontram cavidades paranasais; são
cavidades escavadas no osso frontal (seio
29
frontal), no osso maxilar superior (seio
maxilar), no esfenóide (seio esfenoidal) e
no etmóide (células etmoidais).
Cavidade Bucal
A cavidade da boca é formada
essencialmente por dois ossos: o maxilar
superior e o maxilar inferior ou
mandíbula. O maxilar superior é formado
por dois ossos que se unem, um ao outro,
na linha mediana, e, com o tempo, da
sutura fica só o vestígio. Somente em
casos excepcionais os dois ossos não se
soldam.
Os ossos maxilares superiores,
anteriormente, se articulam com os ossos
zigomáticos, enquanto, com uma apófise
dirigida para cima (apófise frontal) se
unem com os ossos nasais e constituem
uma boa parte da abóbada do nariz. Na
parte interna do osso maxilar se destaca
uma lâmina óssea que avança, para
dentro, no sentido horizontal; é a apófise
palatina, que, unindo-se com aquela do
outro lado, constitui a abóbada da boca,
isto é, o palato, e, ao mesmo tempo, o
pavimento das fossas nasais. O bordo
inferior do osso maxilar superior constitui
a arcada dentária superior e apresenta
escavações, ou alvéolos, que recebem as
raízes dos dentes superiores.
O maxilar inferior é o único osso
móvel da cabeça. Apresenta um corpo e
dois prolongamentos ascendentes, um de
cada lado, os ramos, que partem da
extremidade do corpo.
O corpo do maxilar inferior tem a
forma de uma ferradura de cavalo aberta
para trás e a sua borda superior constitui
a arcada dentária inferior. Os ramos S do
30
maxilar inferior destacam-se do corpo
formando com este um ângulo mais ou
menos obtuso e terminam por um côndilo
que se articula com a fosseta articular do
temporal e permite os movimentos da
mastigação.
específicos como otalgia (dor no ouvido)
e odontalgia (dor no dente).
Poucas queixas são mais comuns
que a cefaléia e a dor facial. Estes termos
são usados para descrever sensações
dolorosas difusas na cabeça, enquanto as
dores localizadas recebem nomes
É constituída por 33 ou 34 ossos,
ditos vértebras. Toda vértebra é formada
por um corpo em forma de disco, de
espessura variável conforme a região. Do
corpo partem as lâminas vertebrais que
A Coluna Vertebral
convergem para dentro, e, reunindo-se,
formam um anel. Da superposição desses
anéis resulta um canal no qual está
contida a medula espinhal. Os anéis
apresentam, dos lados e posteriormente,
apêndices ósseos, chamados apófises; as
laterais se chamam apófises transversais;
a posterior se chama apófise espinhal.
As apófises dão inserção a
músculos e ligamentos. Toda vértebra se
articula com a vértebra que está acima e
31
fim de permitir os movimentos da cabeça.
O atlas não tem corpo e recebe, no seu
anel, uma apófise do áxis, o dente do
áxis. A sétima vértebra cervical se chama
proeminente porque se destaca de modo
sensível e determina, principalmente nos
indivíduos magros, uma saliência visível.
Curvaturas Normais da Coluna
Vertebral
Vértebras Torácicas
As curvaturas torácica e sacral
são côncavas anteriormente, enquanto as
curvaturas cervical e lombar são côncavas
posteriormente.
São 12, têm um corpo reforçado
e se articulam com as respectivas
costelas.
Vértebras Lombares
São 5 e têm um corpo maior do
que as precedentes.
Vértebras Sacras
São 5 e têm um tamanho
decrescente. No feto e na criança até
cerca de 8 anos são independentes umas
das outras, enquanto no adulto se soldam
entre si; da sua reunião se forma um
único osso, que é chamado osso sacro.
com aquela que está abaixo mediante
apófises articulares. Todas as vértebras
têm particularidades próprias, de acordo
com o lugar que ocupam na coluna
vertebral. As vértebras se classificam em
cervicais, torácicas ou dorsais, lombares,
sacras e coccigianas.
Vértebras Cervicais
São sete. A sua apófise
transversa tem a característica de ser
escavada por um orifício (orifício
transversal) pelo qual passam os vasos
vertebrais. A primeira vértebra cervical se
chama atlas; articula-se, em cima, com o
crânio, e, embaixo, com a segunda
vértebra cervical chamada áxis.
Estas duas vértebras são muito
diversas de todas as outras porque têm o
Vértebras Coccigianas
São 4 ou 5 e têm um tamanho
bem reduzido.
Na coluna vertebral articulada e
em várias imagens usadas clinicamente,
por exemplo, IRM (imagem de
ressonância magnética), quatro
curvaturas são normalmente visíveis no
adulto.
As curvaturas torácica e sacral
são denominadas curvaturas primárias
porque se desenvolvem durante o período
fetal.
As curvaturas cervical e lombar
começam a aparecer nas regiões cervical
e lombar antes do nascimento, mas só
são mais evidentes após o nascimento,
sendo denominadas curvaturas
secundárias. A curvatura cervical é
acentuada quando um lactente começa a
manter sua cabeça ereta, e a curvatura
lombar torna-se evidente quando a
criança começa a andar. A curvatura
cervical pode desaparecer através da
flexão do pescoço. A curvatura torácica,
permanente, é formada pelos 12 corpos
vertebrais torácicos articulados. A
curvatura lombar, geralmente mais
acentuada em mulheres, termina no
ângulo lombo-sacral.
A curvatura sacral também é
permanente e difere em homens e
mulheres. O sacro geralmente é menos
curvo em mulheres, o que aumenta o
tamanho da abertura inferior da pelve ou
saída da pelve. O centro de gravidade do
corpo está localizado logo na frente do
promontório sacral.
32
A coluna vertebral, vista pela
frente, parece direita, exceto uma
pequena curvatura aberta para a
esquerda, presente em quase todos os
indivíduos. Essa curvatura faz com que o
ombro esquerdo seja ligeiramente mais
alto do que o direito. O fenômeno não é
facilmente explicável. Foi atribuída a
culpa à maior atividade dos músculos da
parte direita, mas a mesma curvatura
existe nos canhotos. Segundo outros é a
posição assumida pela maior parte dos
indivíduos nos bancos da escola.
Curvaturas Anormais da Coluna
As curvas da coluna vertebral
podem ser acentuadas por motivos
patológicos. Quando são acentuadas as
curvas abertas para trás, tem-se a
lordose; quando, ao contrário, são
exageradas as curvas abertas para a
frente tem-se a cifose. Quando a coluna
vertebral apresenta uma curvatura para a
direita ou para a esquerda, tem-se a
escoliose.
principalmente porque são as partes de
maior mobilidade da coluna vertebral.
Nem todas as pessoas têm 33
vértebras, mas o número de vértebras
cervicais é constante. Até mesmo a girafa
só possui sete vértebras cervicais.
Entretanto, ocorrem variações no número
de vértebras torácicas lombares e sacrais
em aproximadamente 5% das pessoas
normais sob outros aspectos.
O dorso ou face posterior do
tronco é a parte principal do corpo à qual
estão fixadas a cabeça, pescoço e
membros. Consiste de pele, fáscia
superficial contendo tecido adiposo, fáscia
profunda, músculos, vértebras, discos
intervertebrais, costelas (na região
torácica), vasos e nervos. A dor lombar é
uma queixa comum.
As diferenças no número podem
ser uma alteração numa região, sem
alteração em outras regiões, ou uma
alteração numa região à custa de outra
(Bergman et al, 1988). Embora variações
numéricas das vértebras possam ser
clinicamente importantes, a maioria delas
é detectada em dessecações, necropsias
ou em radiografias de pessoas sem
história de problemas no dorso.
Para compreender a base
anatômica dos problemas do dorso que
causam dor incapacitante, é necessário
conhecer a estrutura e função desta
região. Os locais comuns de dores são as
regiões cervical (pescoço) e lombar,
O feixe de filamentos radiculares
no espaço subaracnóideo abaixo da
medula espinhal é denominado cauda
eqüina. Está situada distalmente à
vértebra L2 no canal vertebral do adulto.
A extremidade inferior da medula
espinhal afila-se abruptamente no cone
medular. A partir de sua extremidade
inferior, um filamento fibroso delgado,
denominado filamento terminal, desce
entre as raízes nervosas que constituem a
cauda eqüina. Deixa a extremidade
inferior do saco dural e atravessa o hiato
sacral. Aqui funde-se com a extremidade
superior do ligamento anococcígeo e
termina com ele através da inserção no
dorso do osso coccígeo.
O filamento terminal não possui
significado funcional. É o remanescente
vestigial da medula espinhal que estava
situada na cauda do embrião (Moore,
1988). Sua extremidade proximal consiste
em vestígios de tecido neural, tecido
conjuntivo, pia-máter e tecido da
neuroglia.
Vascularização da Medula Espinhal
Os vasos que suprem a medula
espinhal são derivados de ramos das
artérias vertebrais, cervicais profundas,
intercostais e lombares. É suprida por três
artérias longitudinais, uma artéria
espinhal anterior e duas artérias espinhais
posteriores. Essa vascularização é
reforçada por sangue de vasos
segmentares denominados artérias
radiculares.
Artérias Espinhais.
A artéria espinhal anterior é
formada pela união de dois pequenos
ramos das artérias vertebrais. Percorre a
extensão da medula espinhal na fissura
mediana anterior e supre os dois terços
anteriores da medula espinhal. O calibre
dessa artéria varia de acordo com sua
proximidade de uma artéria radicular
magna. Geralmente é menor na região de
T4 a T8 da medula.
primeiras sete costelas. O bordo superior
apresenta uma fosseta, muito evidente
nos indivíduos magros: a fosseta jugular.
As artérias espinhais posteriores
originam-se como pequenos ramos das
artérias vertebrais ou das artérias
cerebelares inferiores posteriores.
Freqüentemente apresentam
anastomoses entre si e com a artéria
espinhal anterior.
Costelas
Esqueleto do Tórax
O tórax é formado por ossos que,
no seu conjunto, constituem a caixa
torácica. Para formar a caixa torácica
concorrem: posteriormente as vértebras
torácicas ou dorsais; adiante um osso
ímpar, o esterno; enfim, entre o esterno e
as vértebras, encontram-se as costelas.
Esterno
É um osso mediano, chato, que
se parece de modo geral com uma adaga
romana. Nele distinguem-se três partes:
uma superior, dita manúbrio; uma
intermediária, dita corpo; e uma inferior,
pequena, chamada apófise xifóide ou
apêndice xifóide.
O manúbrio forma com o resto
do osso um ângulo (dito ângulo de Luys)
que se torna muito acentuado e evidente
quando o desenvolvimento do tórax é
deficiente ou no caso de pessoa de
constituição delicada. Nos bordos do
manúbrio e do corpo há as incisuras nas
quais se inserem a clavícula e as
As costelas são em número de
doze pares e ligam o esterno à coluna
vertebral onde se inserem nas vértebras
dorsais (essas também em número de
doze); têm uma forma curva, com um
arco, e a sua direção não é horizontal;
partindo da vértebra torácica, a costela se
dirige para baixo. A sua extremidade
anterior (esternal) é mais baixa do que
aquela posterior (vertebral). As
articulações das costelas com as
vértebras torácicas são duas: há uma
articulação com o corpo e outra com a
apófise transversa. A extremidade
anterior das costelas se insere no esterno
com a interposição de um segmento
cartilaginoso ou cartilagem costal.
Os primeiros sete pares de
costelas se chamam costelas verdadeiras;
nelas, a cartilagem costal se insere
diretamente no esterno. A oitava, a nona
e a décima costela não terminam,
diferentemente, no esterno, mas no
bordo inferior da costela que se acha
acima. A undécima e a duodécima costela
não estão ligadas ao esterno, mas ficam
livres e por isso são chamadas costelas
flutuantes.
Em todo o bordo inferior das
costelas caminham os vasos e os nervos
intercostais. Entre uma costela e outra,
isto é, nos espaços intercostais, há
músculos. A primeira costela tem uma
forma particular.
33
Na verdade, enquanto as outras
têm uma face externa e uma interna, a
primeira costela está achatada de alto
para baixo e apresenta, portanto, uma
face superior e uma face inferior.
A caixa torácica tem a forma de
um tronco de cone, com a base menor
voltada para cima. A superfície externa da
caixa torácica apresenta, posteriormente,
uma saliência que corre de alto a baixo e
é devida à série das apófises espinhosas
vertebrais. Do lado correm duas goteiras
vertebrais, nas quais se contêm os
músculos que servem para mover a
coluna vertebral.
A caixa torácica está aberta em
cima, para o pescoço, a fim de dar
passagem ao esôfago, à traquéia e a
grandes vasos; embaixo é, ao contrário,
fechada por um músculo em forma de
cúpula: o diafragma.
O interior da caixa torácica
constitui a cavidade torácica, ocupada,
lateralmente, pelos pulmões, e, ao
centro, pelo coração, com a aorta, que,
depois de ter descrito um arco, desce
para o abdome, atravessando o
diafragma, A cavidade torácica é
percorrida, anteriormente, pela traquéia,
que se divide nos dois brônquios, os quais
se dirigem aos respectivos pulmões.
Posteriormente, a cavidade é
percorrida pelo esôfago que penetra,
também ele, no abdome depois de
atravessar o diafragma. Na cavidade
torácica, enfim, estão contidas, em parte,
as duas veias cavas e o ducto torácico.
A forma da caixa torácica se
modifica com a idade e as condições
fisiológicas do indivíduo, e é diversa de
acordo com o sexo. No homem tem uma
34
forma cônica, enquanto na mulher é
arredondada na sua parte mediana,
recordando a forma de um tonel. A
diferença depende do diverso tipo de
respiração: a mulher, na verdade, respira
pelo tórax, enquanto no homem a
respiração é abdominal. Também essa
diversidade tem a sua razão e a sua
utilidade: na mulher a respiração
abdominal seria muito prejudicada por
ocasião da gravidez.
Os movimentos da caixa torácica
durante a respiração são os seguintes: na
inspiração, quando o tórax se dilata, as
costelas se elevam e se alargam (mais na
mulher que no homem). Na expiração,
quando o tórax se restringe, as costelas
se abaixam e se reúnem. Deste modo os
três diâmetros da caixa torácica
aumentam e diminuem alternadamente,
de modo que os pulmões, que seguem
passivamente os movimentos da caixa
torácica, em um primeiro momento se
dilatam, enchendo-se de ar, mas logo em
seguida se contraem, deixando sair parte
do ar neles encerrado.
superior desenvolve determinadas
atividades de trabalho, enquanto o
membro inferior tem de sustentar o peso
do corpo.
Os membros estão unidos ao
corpo mediante um sistema ósseo que
toma o nome de cintura ou de cinta. A
cintura superior se chama cintura torácica
ou escapular; a inferior se chama cintura
pélvica. A primeira sustenta o úmero e
com ele todo o braço; a segunda dá apoio
ao fêmur e a toda a perna.
Esqueleto dos Membros
O esqueleto dos membros
superiores e o dos inferiores apresentam
características análogas. Em ambos
podemos distinguir três segmentos: o
primeiro formado por um osso único; o
segundo, por dois ossos, e o terceiro por
uma série de pequenos ossos; vêm depois
os ossos das falanges.
O membro superior é dotado de
maior amplitude de movimentos; de outro
lado, os ossos do membro inferior são
mais fortes. Isto é evidente levando em
consideração as funções: o membro
Membro Superior
Clavícula
Omoplata
A cintura torácica é formada de
dois ossos: a clavícula e o omoplata ou
escápula. Este complexo está unido ao
tórax somente mediante a articulação que
a clavícula tem com o esterno. O
omoplata, por sua vez, está unida
somente com a clavícula e uma vez que o
osso do braço (úmero) se une à
omoplata, e somente a esta, entende-se
como a espádua e o braço sejam dotados
de movimentos muito amplos.
A face superior deste osso é lisa
e suas extremidades diferem: a medial,
que se articula com o esterno é globosa,
enquanto que a lateral é achatada, e se
articula com o Omoplata (ou Escápula).
Os dois terços mediais mostram
convexidade anterior, pois a clavícula
deve adaptar-se à curvatura anterior da
cavidade torácica.
É um osso chato, cujo tecido
esponjoso quase desapareceu, de modo
que as duas lâminas de tecido compacto
estão praticamente em contacto. Tem a
forma de um triângulo e encontra-se na
parte posterior do tórax, contra as sete
primeiras costelas.
Da face posterior da omoplata
destaca-se uma apófise de seção
triangular, a espinha da omoplata, que
termina com uma saliência: o acrômio. A
espinha divide a face posterior da
35
côncava para articular-se com o úmero. A
parte inferior da cabeça do rádio é
menos espessa que a superior, dando
mais estabilidade à juntura. Juntamente
com a ulna, gira nos movimentos de
supinação e pronação.
omoplata em duas fossas: uma superior
(fossa supra-espinhal) e outra inferior
(fossa infra-espinhal) que são ocupadas
por músculos que têm o mesmo nome.
Ulna
A extremidade proximal da Ulna
assemelha-se a uma chave inglesa. Suas
partes principais são mais bem
examinadas pela sua face lateral, onde se
identifica o olécrano em continuação ao
processo coronóide, que se projeta para
frente (formam a incisura troclear, que se
amolda à tróclea do úmero). A
extremidade distal apresenta a cabeça da
ulna e o processo estilóide.
O bordo superior da omoplata
continua lateralmente por uma saliência
óssea, dita apófise coracóide, que se
articula com a clavícula. Dos três ângulos,
o lateral se alarga para formar a cavidade
glenóidea, na qual se move o úmero.
à diáfise por um estrangulamento dito
colo cirúrgico (neste nível são muito
freqüentes as fraturas).
Úmero
O úmero é o osso do braço.
Articula-se, superiormente, com a
omoplata, e, inferiormente, com os ossos
do antebraço (rádio e cúbito). Sendo um
típico osso longo, o úmero apresenta uma
diáfise e duas epífises. A epífise superior,
chamada cabeça do úmero, está reunida
Mão
A descrição feita a seguir é um
apanhado do esqueleto da mão como um
todo e pressupõe que o estudante a
acompanhe, que ele tenha a sua
disposição um esqueleto articulado deste
segmento ou, pelo menos uma figura
clara. Os ossos da mão podem ser
divididos em três partes:
A cabeça do úmero tem a forma
de um hemisfério e se destaca do
complexo da epífise por um outro
estrangulamento: o colo anatômico.
Nesta epífise se pode notar o sulco em
que passa o tendão do músculo bíceps, e
dois tubérculos para as inserções
musculares. A epífise inferior do úmero
apresenta duas saliências: uma lateral
chamada côndilo, que se articula com o
rádio, e uma interna, que se chama
tróclea, e se articula com o cúbito.
O corpo do úmero apresenta uma
goteira, dita de torsão, que o percorre de
alto a baixo e de trás para diante,
representando que o osso foi torcido de
180°.
a. oito ossos dispostos em duas fileiras,
proximal e distal que constituem o carpo;
b. o esqueleto da mão propriamente dito,
que constitui o metacarpo;
Rádio
A extremidade proximal do rádio
está constituída por um disco espesso, a
cabeça do rádio, cuja face superior é
c. o esqueleto dos dedos, representado
pelas falanges.
Os oito ossos do carpo são:
escafóide, semilunar, piramidal e
pisiforme (na primeira fileira); trapézio,
trapezóide, grande osso e unciforme (na
fileira distal).
Os ossos do metacarpo são
numerados de I a V, a partir do lado
radial e são representados por uma base,
um corpo e uma cabeça, que se articula
com a falange proximal.
Cada dedo apresenta três
falanges, proximal, média e distal, com
exceção do polegar, no qual falta a
falange média. Também são constituídas
de base, corpo e cabeça.
Membro Inferior
Assim como no membro superior,
os membros inferiores estão ligados ao
resto do corpo pelas chamadas cinturas.
No caso do membro inferior, temos a
cintura pélvica. Se é possível descrever
analogias morfológicas nos membros
superior e inferior, deve-se destacar as
suas diferenças funcionais, ocasionadas
principalmente pela postura ereta
adquirida pelo homem.
Assim, se a principal função do
membro superior é orientar a mão no
espaço, permitindo-lhe os movimentos
delicados e especializados que é capaz de
executar, as principais funções do
membro inferior são a locomoção e a
sustentação do peso.
É costume descrever, com o
membro inferior, as regiões de transição,
como a região glútea (das nádegas), além
dos segmentos que o compõe: coxa,
perna e pé. Por razões didáticas, inclui-se
o osso do quadril.
Os ossos do quadril unem-se
anteriormente na sínfise púbica e
posteriormente articulam-se com a parte
superior do osso sacro. O fêmur é o osso
da coxa, articulando-se superiormente
com o osso do quadril e inferiormente
com a tíbia. Esta e a fíbula constituem o
esqueleto da perna. A tíbia une-se ao
esqueleto do pé.
Osso do Quadril
É um osso plano e suas funções
incluem as de movimento (participa das
articulações com o sacro e o fêmur), e de
sustentação (transmite aos membros
inferiores o peso de todos os segmentos
do corpo situados acima dele). Em razão
destas múltiplas funções o osso do
quadril tem uma estrutura complexa, e
sua formação envolve três ossos isolados:
o ílio, o ísquio e o púbis.
Essas três peças ósseas se unem
na região onde mais se faz sentir o peso
suportado pelo osso do quadril, isto é, o
centro do acetábulo, fossa articular que
recebe a cabeça do fêmur. Até a
puberdade, esses ósseos se ligam
cartilaginosamente, depois se fundem e
constituem peça única. De interesse,
existe a crista ilíaca, facilmente palpável
no vivente e a sínfise púbica.
36
Articulados entre si, através da
sínfise púbica anteriormente e do sacro,
posteriormente, os ossos do quadril
constituem a pelve óssea. O estreito
superior da pelve divide a pelve em duas
partes, uma superior, a pelve maior (ou
falsa) e outra inferior, a pelve menor (ou
verdadeira). A pelve maior abriga órgãos
abdominais, enquanto a pelve menor
abriga órgãos do sistema genital e partes
terminais do aparelho digestivo.
Fêmur
O maior osso do esqueleto é
classificado como um osso longo,
apresentando, portanto, duas epífises,
proximal e distal, e um corpo, ou diáfise.
A cabeça do fêmur se encaixa no
acetábulo do osso do quadril e se liga ao
fêmur pelo colo do fêmur (este, na
verdade, é um prolongamento do corpo
do osso).
A epífise distal se expande em
duas massas volumosas, os côndilos
medial e lateral do fêmur. Os côndilos se
unem anteriormente e constituem a fossa
patelar (que recebe a patela).
Tibia
A tíbia é medial e mais robusta
que a fíbula, articulando-se com o fêmur
pela extremidade proximal. Distalmente,
tanto a tíbia quanto a fíbula articulam-se
com o tálus, embora a tíbia seja a
responsável direta pela transmissão do
peso àquele osso.
37
Fíbula
É um osso longo, muito menos
volumoso que a tíbia com a qual se
articula proximal e distalmente. O corpo é
bastante delgado e está unido à
extremidade proximal por uma zona
estreita, o colo, de limites imprecisos. A
extremidade distal tem forma triangular e
é subcutânea, facilmente palpável no
nível do tornozelo (maléolo lateral).
Patela (Rótula)
È classificada como um osso
sesamóide, por estar inclusa no tendão de
inserção do músculo quadriceps da coxa
38
Pé
O esqueleto do pé, como o da
mão, constitui-se de ossos irregulares
articulados entre si, o tarso, com o qual
se articulam cinco ossos longos, em
conjunto denominados metatarso; com
os ossos do metatarso, por sua vez,
articulam-se as falanges dos dedos.
Como no caso da mão, devem ser
estudados tendo-se à mão um esqueleto
ou uma figura detalhada. Os ossos que
constituem o tarso são o tálus, o
calcâneo, o navicular, o cubóide e os
três cuneiformes (medial, lateral,
intermédio). Os ossos do metatarso são
numerados de I a V, se articulando com
as falanges. Apresentam uma base
(extremidade proximal), um corpo e uma
cabeça (extremidade distal). O
metatarsiano I é o mais volumoso dos
cinco, o que denuncia de imediato sua
participação direta como suporte do
peso do corpo. Quanto às falanges, o
halux apresenta apenas duas, o que
também pode ocorrer, ocasionalmente,
no V dedo.
Fontes de textos e figuras:
1. Online Biology Book
© The Online Biology Book is hosted by Estrella Mountain
Community College, in sunny Avondale, Arizona. Text ©1992,
1994, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, M.J. Farabee, all
rights reserved. Use for educational purposes is encouraged.
2. O Corpo Humano
© 2000 jPauloN.RochaJr Corporation, All rights reserved
(www.corpohumano.hpg.ig.com.br)
3. NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana.
2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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