19/08/14 Aluno N°: EFEITO DO TREINAMENTO FÍSICO: FISIOLÓGICOS, MORFOLÓGICOS E PSICOSSOCIAIS. Para melhor entendimento dos efeitos da atividade física e do exercício físico sobre o organismo humano, é fundamental o conhecimento dos processos de adaptação (entendida como uma organização orgânica e funcional do organismo), que estão sujeitos a fatores endógenos e exógenos. São fatores endógenos (internos): a idade, o sexo e a condição de treinamento. A infância e adolescência são os períodos de grande capacidade de adaptação, a qual, apesar de diminuir com o avanço da idade, mantém-se até o fim da vida. Com relação ao sexo, a capacidade de adaptação se dá de forma diferenciada; por exemplo, a treinabilidade da musculatura na mulher é menor, devido à menor quantidade de testosterona. Quanto à condição de treinamento, os processos de adaptação ocorrem mais rapidamente quanto menor for o nível de desempenho da pessoa. São fatores exógenos (externos): a qualidade e quantidade da sobrecarga e a alimentação. A correta sequência de estímulos, observando as normas de treinamento (intensidade, duração, frequência, sobrecarga), define a forma e a abrangência do processo de adaptação. A alimentação precisa fornecer os elementos nutricionais necessários para a formação de estruturas diante dos estímulos de carga. Para cada tipo de treinamento físico há adaptações específicas nos diferentes sistemas do corpo. A depender de suas características, o treinamento pode produzir efeitos positivos ou negativos sobre outros sistemas orgânicos: sistema nervoso autônomo (produz relaxamento ou excitabilidade); sistema nervoso central (aumenta a circulação sanguínea no cérebro); sistema visual (melhora o desempenho visual); sistema sensorial sinestésico (melhora a capacidade de desempenho muscular ou leva ao surgimento de lesões); sistema imune (estimula a imunidade em atividades leves e de longa duração ou a prejudica em treinamento muito intenso); e sistema endócrino (libera o hormônio do crescimento e melhora o sistema regulador hormonal). Benefícios da Atividade Física - Quanto à duração dos efeitos fisiológicos Efeitos fisiológicos agudos imediatos - também conhecidos como respostas, são aqueles que acontecem em associação direta a sessão de exercício. os efeitos agudos imediatos, são os que ocorrem nos períodos per e pós-imediato do exercício e podem ser exemplificados pelos aumentos de frequência cardíaca (FC), ventilação pulmonar e sudorese, habitualmente associados ao esforço. Efeitos fisiológicos agudos tardios - são os efeitos fisiológicos observados ao longo das primeiras 48 horas que se seguem a uma sessão de exercícios e podem ser exemplificados como na discreta redução dos níveis tensionais, especialmente, nos hipertensos, no aumento do número de receptores de insulina nas membranas das células musculares favorecendo a captação de glicose, surgimento das dores musculares tardias. Ens. Médio Nota: Prof.: Murilo Jr. aoao Efeitos fisiológicos crônicos também denominados como adaptações, são aqueles que resultam da exposição frequente e regular às sessões de exercícios, representado os aspectos morfofuncionais que diferem um indivíduo fisicamente treinado, de outro sedentário. Dentre os achados mais comuns dos efeitos crônicos dos exercícios físicos estão à hipertrofia muscular e a diminuição da frequência cardíaca de repouso. TIPOS DE ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS: Adaptações Metabólicas: Aumento da capacidade de produção energética das células musculares, especialmente das de contração lenta. Redução da produção de ácido láctico durante a realização de esforços físicos a uma dada intensidade. Aumento dos ácidos graxos livres como substrato energético na realização dos esforços físicos a uma determinada intensidade, permitindo poupar a glicose muscular. Aumento da atividade metabólica geral, tanto durante a realização dos esforços físicos quanto em condições de repouso. Eliminação do excesso de reserva adiposa, além do favorecimento de distribuição de gordura corporal que venha a favorecer a um padrão mais saudável. Adaptações Cardiorrespiratórias: Melhora o rendimento do coração ao produzir as necessidades energéticas do miocárdio mediante a redução da frequência cardíaca e da pressão sanguínea. Aumento da quantidade de sangue ejetado à custa de maior volume sistólico e de diminuição da frequência cardíaca de repouso. Distribuição mais eficiente do fluxo sanguíneo para os tecidos ativos e da maior capacidade desses tecidos em extrair e utilizar o oxigênio. Eleva a taxa total de hemoglobina, o que facilita a capacidade de fornecimento de oxigênio aos tecidos. Favorece o retorno venoso e evita o represamento do sangue nas extremidades do corpo. Redução da frequência respiratória. Adaptações Músculo-ósteo-articulares: Aumenta o número e a densidade dos capilares sanguíneos dos músculos esqueléticos, oferecendo ainda maior incremento em seus diâmetros durante a realização dos esforços físicos. Eleva o conteúdo de mioglobina dos músculos esqueléticos e aumenta a quantidade de oxigênio dentro da célula, o que facilita a difusão do oxigênio para as mitocôndrias. Melhora a estrutura e as funções dos ligamentos, dos tendões e das articulações. Efeitos Psicológicos e Sociais: Melhora a capacidade de trabalho. Melhora a imagem de si próprio. Redução da ansiedade e depressão. Melhora sensação de bem-estar. Melhora apetite e o ritmo de sono.