Boletim Informativo Doação de sangue

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-HCV a presença do anticorpo contra o vírus HCV.
A positividade do teste anti-HCV pela metodologia
ELISA ou Quimioluminescência, sendo um teste de
triagem, significa suspeita da contaminação pelo
Vírus da Hepatite C, porém só pode ser confirma-
do com Western Blot ou PCR (Biologia molecular).
Portanto, todos os casos soropositivos e indeterminados para HCV são também encaminhados
para o Ambulatório de Hepatites do SUS.
Boletim Informativo
FELIZ
NATAL!
Significado dos testes sorológicos para o diagnóstico de Hepatite B
Nome do Teste
HBsAg
Anti-HBc (IgM ou IgG)
Anti-HBs
Significado
Positivo na maioria dos casos de infecção aguda ou crônica
Positivo nas infecções agudas ou crônicas
Não é um anticorpo protetor
IgM anti-HBc indica replicação viral
Indica imunidade contra a doença. Este exame não é realizado como
rotina hemoterápica.
Rotinas do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar
Todos os doadores soropositivos, confirmados com segunda amostra para HBsAg, anti-HBc IgG, anti-HCV, HIV, HTLVI-II, Teste de Sífilis
(VDRL ou ELISA), e Doença de Chagas, são notificados no SINAN (Sistema de Agravos de Notificação). Nos casos em que os doadores não
comparecem em trinta (30) dias após a convocação por carta, também acontece a notificação. Essa rotina é executada pelas equipes de
Enfermagem do Serviço de Hemoterapia e do
Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar.
Com relação às atividades realizadas pelo
SH que são direcionadas para as Hepatites B e
C destacam-se a entrevista epidemiológica efetuada com os doadores inaptos e encaminhamento de amostras para confirmação, quando
necessário para a 6ª Coordenadoria Regional
de Saúde, via Núcleo de Vigilância Hospitalar.
A equipe realiza ainda relatórios mensais que
são encaminhados para a Vigilância Epidemiológica Municipal, a qual implementa busca ativa
dos casos necessários.
Ambulatório de Hepatites do SUS/HSVP
O programa de Residência Médica em Gastroenterologia do Hospital São Vicente de Paulo,
credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica do Ministério da Educação e
Cultura (MEC), iniciou suas atividades em 2000.
A estrutura disponibiliza atendimento especializado em nível ambulatorial, coordenado pela
médica gastroenterologista e hepatologista,
Dra. Lísia Hoppe. O serviço atende as principais
patologias relacionadas à especialidade, sendo
uma das prioridades do atendimento a atenção
às hepatites virais.
Desde o início das atividades do Serviço de
Hemoterapia, busca-se a excelência no atendimento e, para isso, foi firmada a parceria com
o serviço de Residência Médica em Gastroenterologia.
Uma vez identificada a positividade para
anti-HBc, anti-HCV e HBsAg os pacientes são
encaminhados ao ambulatório, com o agendamento da consulta efetuado em, no máximo,
quinze dias. Neste atendimento, os pacientes
recebem orientações para esclarecer o significado dos exames alterados, recomenda-se a
investigação dos familiares, são solicitados exames confirmatórios e, no caso de confirmação
de hepatite crônica B ou C, os pacientes iniciam
o atendimento especializado.
Passo Fundo – Rio Grande do Sul
Ano I - Nº 03 Dezembro - 2012
Doação de sangue: ato solidário e responsável
O Boletim do Serviço de Hemoterapia (SH) do
Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), em sua terceira edição, tem como objetivo divulgar informações relevantes sobre as Hepatites B e C e suas
correlações no contexto da medicina
transfusional, além de abordar todo
o processo realizado nos casos suspeitos de soropositividade, de forma
multidisciplinar.
Inúmeras atividades são realizadas
com o objetivo de garantir qualidade
ao atendimento de nossos doadores de sangue e a segurança transfusional dos pacientes internados
no
Hospital São Vicente de Paulo.
Destacamos as rotinas direcionadas
para o aconselhamento de doadores
inaptos com suspeita de Hepatites
B e C, onde a equipe do Serviço de
Hemoterapia em parceria com o Ambulatório de
Hepatites do SUS e a equipe do Núcleo de Vigilância
Epidemiológica Hospitalar não medem
esforços para executá-las.
A despeito de toda a tecnologia disponível, a
doação de sangue ainda está alicerçada na captação de doadores conscientes e de baixo risco.
Oferecer os esclarecimentos necessários à compreensão do cidadão sobre a sua responsabilidade para com o outro representa o primeiro elemen-
to estratégico para oferta de produtos sanguíneos
de qualidade à população. Desta forma, é fundamental ressaltar que o Serviço de Hemoterapia
não pode ser lembrado como local de referência
para realização de exames. A triagem
sorológica tem como objetivo evitar
a utilização de unidades de sangue
possivelmente contaminadas, e não
fazer diagnósticos laboratoriais.
Vale salientar a importância epidemiológica do aconselhamento dos
doadores inaptos sorologicamente,
uma vez que é possível, através da
informação ao doador, evitar a transmissão de patologias para o receptor,
seus parceiros sexuais e familiares.
Assim, os casos encaminhados aos
especialistas em hepatites, poderão
receber adequado tratamento.
Em nome de toda a equipe do Serviço de Hemoterapia do HSVP gostaríamos de agradecer a
todos que durante o ano de 2012 realizaram doações de sangue nesta instituição. Também convidamos a todos para visitar nosso serviço. É sempre bom lembrar que as campanhas de doação
de sangue devem ser permanentes, pois só desta
forma, poderemos garantir a suplementação contínua de transfusões necessárias neste hospital.
Boas Festas!
Dra.Cristiane Rodrigues de Araújo
Responsável Técnica do SHHSVP
Aproveite suas férias e faça sua doação!
HORÁRIO DE ATENDIMENTO - Serviço de Hemoterapia
Segunda a sexta-feira
(doadores em geral e agendamento de grupos) 8h às 12h e 13h às 17h
Sábados
(para grupos agendados) 8h às 12h
Informações: 54 3316-4087
Aconselhamento de Doadores de Sangue
Inaptos com suspeita de Hepatite
O Serviço de Hemoterapia desde sua inauguração em março de 2011, trabalha em parceria
com diversos setores e serviços da instituição.
Entre estas atividades destacam-se o aconselhamento de doadores de sangue com suspeita de Hepatites B e C, onde contamos com o
apoio e dedicação das equipes do Ambulatório
do SUS e do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar.
Deve-se entender o aconselhamento de doadores inaptos clínicos ou sorológicos como
uma necessidade primordial de seu atendimento. O aconselhamento inicia-se, de fato, nas
etapas de captação e, posteriormente, na cons-
cientização, quando os doadores são informados sobre todos os procedimentos a que serão
submetidos para que possam efetuar a doação,
conforme quadro abaixo:
Informações importantes na conscientização
do candidato à doação de sangue
O candidato deve falar a verdade e não omitir informações
na entrevista clínica.
A rejeição na triagem clínica visa a segurança dos candidatos à doação e aos futuros receptores de sangue.
O candidato à doação não deve doar com o intuito de
fazer exames laboratoriais.
A obrigatoriedade da realização dos testes sorológicos e a
ocorrência de falso-reagentes e suas causas.
A importância do retorno em caso de convocação
sorológica.
Janela Imunológica
A janela imunológica corresponde ao período entre o contato com o agente infeccioso e
a produção de anticorpos pelo organismo em
quantidade suficiente para serem detectados
nos testes laboratoriais existentes. As situações
de risco para a janela imunológica são avaliadas na triagem clínica. Já o objetivo da triagem
sorológica é evitar a utilização de unidades de
sangue possivelmente contaminadas, e não fazer diagnósticos laboratoriais.
Janela Imunológica para Hepatites B e C
HBV (HBsAg)
34 - 38 dias
Metodologia Quimioluminescência
HCV (anti-HCV)
Rotinas para condução de casos suspeitos de Hepatites B e C
Triagem Sorológica
62 - 68 dias
Metodologia Quimioluminescência
4,47
4,5
3,82
Boletim Serviço de Hemoterapia
Hospital São Vicente de Paulo
Rua 15 de Novembro – 6º andar
Cep: 99010.080 – Passo Fundo/RS
Tel.: (54) 3316-4087 – www.hsvp.com.br
e-mail: [email protected]
Presidente: Décio Ramos de Lima
Administrador: Ilário Jandir De David
Diretor Médico: Rudah Jorge
Vice Diretor Médico: Júlio Stobbe
Este informativo é uma publicação do Serviço de
Hemoterapia e Assessoria de Comunicação Social
do HSVP.
Direção do Serviço de Hemoterapia:
Médicos: Antônio Alexandre Clemente de Araújo,
Cristiane da Silva Rodrigues de Araújo, Simone
Medeiros Beder Reis e Gerente Administrativa:
Tânia Rodrigues
Fotolito e Impressão: Maraugraf
Periodicidade: Semestral
Tiragem: 3.500 exemplares
Hepatites B e C
As Hepatites B e C são doenças infecciosas
virais causadas pelos vírus VHB e VHC, respectivamente, representando um grave problema
de saúde pública. O vírus da Hepatite B é considerado endêmico, principalmente, em muitas
regiões do Rio Grande do Sul, como no norte do
estado. A hepatite viral é, na maioria das vezes,
silenciosa, com quadro clínico inespecífico ou
oligossintomático na fase aguda, podendo ou
não evoluir para hepatite crônica. As principais
complicações da fase crônica são a cirrose hepática e o hepatocarcinoma, que apresentam
altas taxas de morbimortalidade, levando diariamente doentes para as listas de transplante
hepático no Brasil. Por se comportarem de forma silenciosa, boa parte das pessoas infectadas não sabem que são portadoras do vírus,
sendo infelizmente, diagnosticados durante as
triagens sorológicas realizadas em todos os
serviços de hemoterapia.
3,67
3,44
4
3,5
Expediente
com conjuntos diagnósticos próprios para esta
finalidade, diferenciando-se de laboratórios clínicos voltados para o diagnóstico.
O Serviço de Hemoterapia do HSVP possui
laboratório próprio para triagem sorológica, que
é coordenado por um médico hemoterapeuta,
tem a supervisão de um
farmacêutico bioquímico e
dois auxiliares de Banco de
Sangue. Realiza diariamente os exames sorológicos
dos doadores de forma
automatizada, através dos
equipamentos Evolis (metodologia Elisa) e dois Vitros ECI (metodologia quimioluminescência).
De janeiro a novembro de 2012 foram testados 14.089 doadores de sangue no Serviço de
Hemoterapia. No gráfico a seguir demonstram-se os índices de inaptidão sorológica dos doadores em relação aos marcadores das Hepatites B e C:
Durante a doação de sangue, dois tubos de
sangue são coletados, um é encaminhado para
o setor de imuno-hematologia e o outro para a
realização de exames sorológicos.
A portaria 1.353 de 14.06.2011 (que regulamenta os Procedimentos
Hemoterápicos), nos seus
artigos 65 e 66, determina
que todo Serviço de Hemoterapia deve realizar testes
para infecções transmissíveis pelo sangue, a fim de
reduzir riscos de transmissão de doenças. Portanto,
é obrigatória a realização
de exames laboratoriais de
alta sensibilidade a cada doação, para detecção das seguintes infecções transmissíveis pelo
sangue: sífilis, doença de Chagas, hepatite B,
hepatite C, HIV e HTLV I/II. Os exames deverão
ser realizados em laboratórios específicos para
triagem laboratorial de doadores de sangue,
3,67
3,6
2,86
2,77
3,62
3
2,83
3
HBSAG
ANTIHBC
HCV
2,5
2
1,5
1
0,5
0,07
0,37
0,72
0,16
0,26 0,33 0,25 0,33
0,47 0,47
0,26
0,44
0,4 0,32 0,34
0,26 0,26 0,14 0,29
0,62
0,31 0,31
0
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Aconselhamento de doadores inaptos
O anticorpo anti-HBc normalmente só é pesquisado em Serviços de Hemoterapia e, quando este
é reagente isoladamente, o mais provável é que se
trate de infecção prévia, já curada, mas que é importante procurar assistência médica externa para
fazer o antiHBc fracionado e o anti-HBs.
Diante destas informações, em todos os casos
suspeitos de Hepatite B, seja com resultado reagente ou indeterminado, o Serviço de Hemoterapia
envia carta registrada de convocação do doador
para comparecer ao serviço, a fim de transmitir as
primeiras orientações e de realizar coleta de nova
amostra para realização de novos exames.
Em todos os casos, os hemoterapeutas do
SHHSVP prestam o primeiro atendimento e a
equipe de Enfermagem realiza as coletas. Após
sete dias, novamente os doadores são atendidos
pela equipe médica e recebem seus resultados.
Quando apresentam os testes HBsAg associado
ao anti-HBc reagentes ou anti-HBc reagente, isoladamente, são encaminhados ao Ambulatório de
Hepatites do SUS, localizado no HSVP.
No caso de suspeita de Hepatite C, segue o
mesmo protocolo, tendo como significado do anti-
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