Diagnóstico Psicopedagógico - patymdasilva

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O que é o Diagnóstico Psicopedagógico?
O diagnóstico psicopedagógico é, sem dúvida o ponto de partida para uma tentativa de compreensão das dificuldades
de aprendizagem.
A tarefa diagnóstica, tanto em nível institucional quanto clínico, é, indispensável ao psicopedagogo, pois o auxiliará
na tomada de decisões. Constitui, na verdade, um processo, um contínuo sempre revisável, pois a investigação das
causas das dificuldades prossegue durante todo o trabalho de intervenção.
A realização do diagnóstico varia entre os profissionais,
dependendo da postura teórica da cada um.
Para a realização do diagnóstico psicopedagógico o profissional, de um modo geral, desenvolve as seguintes
atividades:
- anamnese( reconstrução da história de vida da criança);
- análise do material escolar desde a pré- escola;
- contato com a escola( direto ou através de questionário);
- observação do desempenho em situação de aprendizagem;
- aplicação de testes psicopedagógicos específicos;
- solicitação de exames complementares( psicológicos, neurológicos, oftalmológico, audiométrico, etc.) dependendo
do caso.
O conhecimento da etiologia é fundamental, não somente para determinação de prioridades de tratamento e para
a escolha de metodologias específicas, mas, especialmente, para o planejamento de soluções preventivas e/ou de
caráter social mais amplo.( Kiguel,1990). By Lully.
fonte:http://aprendizagemafetiva.blogspot.com.br/2012/10/o-diagnostico-psicopedagogico.html
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Diagnóstico Psicopedagógico Clínico
Michele May¹
O diagnóstico psicopedagógico busca identificar as causas do sintoma da nãoaprendizagem e seu significado; reconstruir a história pessoal do sujeito, identificando possíveis
fraturas do desenvolvimento; identifica a modalidade de aprendizagem do sujeito nos níveis
epistêmico e do desejo; realiza o diagnóstico operatório e representações conceituais através do
jogo e da representação simbólica.
O diagnóstico contempla as seguintes fases: motivo da consulta (enquadre com a família);
enquadre com o paciente e sessão lúdica; hora do jogo; história vital; visita à escola para entrevista
com a professora; provas projetivas de Jorge Visca, provas operatórias de Jean Piaget, avaliação
corporal, jogo; avaliação da lecto-escrita e avaliação matemática (intercalando as sessões e
fazendo uso de diferentes instrumentos); devolução para o paciente; devolução para a família;
devolução para a escola. Lembro que não existe uma sequência fixa para os passos do diagnóstico,
tudo vai depender do vínculo e das necessidades do paciente. Entretanto, é importante lembrar que
deve-se analisar os dados coletados e considerá-los sempre contextualizados, nunca de maneira
isolada.
Após a conclusão do diagnóstico psicopedagógico, é criado o plano de intervenção, que é
a organização da ação e de um espaço que favoreça a reconstrução dos aspectos cognitivos do
sujeito e de seu vínculo com a aprendizagem, através da brincadeira, do jogo, do desenho e da
busca prazerosa pelo aprender.
REFERÊNCIAS E SUGESTÕES:
FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da
criança e sua família. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1991.
__________________. Os idiomas do aprendente: análise das modalidades ensinantes com
famílias, escolas e meios de comunicação. Porto Alegre, RS: Artmed, 2001.
PAÍN, Sara. A Funçao da ignorância. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1991.
_________. Subjetividade e objetividade: relações entre desejo e conhecimento. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2009
WADSWORTH, Barry J. Inteligência e afetividade da criança na teoria de
Piaget: fundamentos do construtivismo. 5. ed., rev. São Paulo, SP: Pioneira, 2000.
PRIMEIRA SESSÃO DIAGNÓSTICA
Author: Ana Michelle (http://psicopedagogiaeducacao.blogspot.com.br/2009/09/primeira-sessao-diagnostica.html)
Autora: Ana Michelle da R.C. Moura
O primeiro encontro sempre gera ansiedade em ambas as partes,
terapeuta e paciente (família). A definição da forma da primeira entrevista vai depender do primeiro contato com a
queixa que geralmente é feita por telefone.
A primeira entrevista deves ser feita com os pais caso o paciente:
« Já teve ou tem tratamento com outros profissionais como psicólogo, neurologista, fonoaudiólogo, psiquiatra, etc.
« Quando há duvida sobre diagnóstico anterior;
« Quando há discordância entre pais e escolas;
« Quando pais separados estão em atrito;
« Desvio muito grande entre idade cronológica e idade escolar;
Entrevista Familiar Exploratória Situacional – EFES é uma entrevista realizada com a criança e a família pode ser
realizada primeiramente objetivando compreender:
« A queixa nas dimensões familiares;
« As relações e expectativas familiares com relação à aprendizagem e terapeuta;
« A aceitação e engajamento da família no diagnóstico;
« Realização do contrato;
« Esclarecer o que é um diagnóstico psicopedagógico;
« Criação de um clima de segurança.
É muito importante o registro fiel dessa entrevista, pois ao longo do processo diagnóstico fatos omitidos ou
esquecidos podem ser acrescentados posteriormente o que modificara também a construção de hipóteses que
variam ao longo do processo diagnóstico. Os dados colhidos na EFES devem ser comparados com os materiais
colhidos durante o diagnóstico.
A presença doa pais na primeira entrevista juntamente com a criança somado a um ambiente atrativo (lúdico)
facilitará o retorno da criança ao terapeuta contribuindo para que ela fique a sós com o mesmo.
É importante que a primeira entrevista com adolescente eja junto com os pais pois isso permitirá que o mesmo
exponha sua dificuldade em nível de igualdade com os pais e terapeuta. A presença do terapeuta possibilita
autonomia ao adolescente. Em alguns casos não se torna necessário dar continuidade ao diagnóstico, pois nessa
entrevista pais e adolescente entram em consenso para a solução da queixa.
A EFES e desnecessária em alguns casos quando o paciente que procura o atendimento é um adolescente ou
adulto. Com adolescentes, após a conversa inicial o terapeuta deve lançar desafios se ele não se dispuser a
conversar espontaneamente, mas se o paciente é colaborador deixa em aberto algumas atividades com a utilização
de jogos, sem forçar a sua participação. Nunca se deve propor problemas matemáticos o tarefas escolares, pois o
que levou o paciente procurar a terapia foi uma dificuldade escolar e ele não vai querer deixar evidente o seu “ponto
fraco”.
Outro tipo de entrevista que pode ser utilizada na primeira sessão diagnóstica é a Entrevista Centrada na
Aprendizagem – EOCA. As propostas da EOCA variam de acordo com a idade e escolaridade do paciente. Os
materiais utilizados para criança são: folhas de papel tipo oficio, papel paltado, folhas coloridas, lápis preto novo sem
ponta, apontador, borracha, régua, caneta esferográfica, tesoura, cola, pedaços de papel lustroso, livros, revistas.
Deve-se deixar a criança produzir livremente durante essa sessão. É necessário observar três aspectos: a temática,
a dinâmica e o produto feito pelo paciente, e partindo dessas observações constrói-se o primeiro sistema de
hipóteses para continuar o diagnostico.
Para o adolescente a cessão é semelhante a da situação anterior, basta somente adequar às atividades ao nível de
desenvolvimento cognitivo formal.
Além da EFES e EOCA existem outras opções para a realização da primeira sessão diagnóstica podemos citar:
« Entrevistas de motivo de consulta
« Entrevista de anamnese
« Entrevista Familiar DIFAJ (Alicia Fernandez)
O importante é obter informações que auxiliem na compreensão do paciente cógnita, afetivo-social, e
pedagogicamente. Para a construção de hipóteses que nortearão a seqüência diagnostica e as instrumentos a
serem usados.
REFERÊCIA:
WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clínica – Uma visão diagnóstica dos problemas de
aprendizagem escolar. 13 ed. Ver. E aml: RJ Lamparina.2003.
A HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA
Author: Ana MichelleI (http://psicopedagogiaeducacao.blogspot.com.br/2009/09/hora-do-jogo-diagnostica.html)
A hora do jogo diagnóstica é um instrumento utilizado no processo psicodiagnóstico que objetiva conhecer a realidade
do paciente quando este é uma criança. Pois a atividade lúdica é para a criança um meio de comunicação semelhante
à
expressão
verbal
nos
adultos.
Existe uma diferença entre a hora do jogo diagnóstica e a hora do jogo terapêutica. A diagnóstica tem começo,
desenvolvimento e fim em si mesmo, objetivando conhecer o problema e suas possíveis causas. A terapêutica é
contínua
e
existem
modificações
estruturais
advindas
da
intervenção
do
terapeuta.
A hora do jogo diagnóstica é precedida das entrevistas realizadas com os pais e no primeiro contato com a criança e
preciso
dar
instruções
da
sessão
de
forma
clara.
Cada hora do jogo diagnóstica é uma experiência nova que deve ser realizado em um ambiente espaçoso, que
possibilite uma boa movimentação, deve ter pouca mobília e de preferência com piso e paredes laváveis. Deve ser
permitida a brincadeira com água e materiais diversos. Esses materias podem estar em cima de uma mesa e parte
dentro de uma caixa aberta, não devem estar organizados em agrupamentos de classes. Os brinquedos não devem
ser escolhidos aleatoriamente, mas em função das respostas específicas que provocam. Outro ponto importante é a
quantidade
que
não
deve
ser
exagerada.
Os materiais devem ser de qualidade para evitar estragos. Deve se evitar também os que possam colocar em risco a
integridade
física
do
psicólogo
e
paciente.
Quando a criança entra no consultório deve ser instruída de forma clara a respeito dos papeis, do tempo, do material
que
pode
ser
usado
e
sobre
os
objetivos
esperados.
O psicólogo deve desempenhar um papel passivo. Caso a criança solicite a sua participação ele deve desempenhar
um papel complementar. É importante o estabelecimento de limites caso o paciente fuja as instruções dadas ou se
coloque
em
perigo.
O psicopedagogo deve proporcionar condições para que a criança brinque da forma mais espontânea possível. O
objetivo
é
observar,
compreendendo
e
cooperando
com
a
criança.
Para a análise da hora do jogo diagnóstica não existe uma padronização, mas pautas oferecidas com critérios
sistematizados e coerentes que orientam a análise. Devem-se considerar os indicadores mais importantes para o
diagnóstico e prognóstico, por exemplo:
1.
Escolha de brinquedos e de brincadeiras: O tipo de brinquedo escolhido, o tipo de jogo, se tem começo,
meio e fim, se é organizado e coerente e se corresponde ao estágio de desenvolvimento cognitivo em que a
criança se encontra.
2.
Modalidade das brincadeiras: cada sujeito organiza a sua maneira de brincar de acordo com a modalidade
que o seu ego escolhe para essa manifestação simbólica. Destaca-se entre as modalidades de brincadeiras a
plasticidade, rigidez e estereotipia e perseverança.
3.
Personificação: é a capacidade que a criança tem de assumir e atribuir papeis de forma dramática. Essa
capacidade deve ser analisada levando em consideração a forma de personificação própria a cada estágio de
desenvolvimento cognitivo, lembrando que a passagem de um período para o outro não se realiza de forma linear
nem brusca, mas com sucessivas progressões e regressões.
4.
Motricidade: observa-se a adequação motora da criança na etapa de evolução que atravessa focando nos
indicadores de deslocamento geográfico, possibilidade de encaixe, preensão e manejo, alternância de membros,
lateralidade, movimentos voluntários e involuntários, movimentos bizarros, ritmo de movimento, hipersinesia,
hipocinesia e ductibilidade.
5.
Criatividade: Observar a capacidade de unir ou relacionar elementos em um novo e diferente.
6.
Tolerância à frustração. Como a criança reage em tolerar ou se frustrar em determinados momentos.
7.
Capacidade simbólica: podemos avaliar a riqueza expressiva, a capacidade intelectual e a qualidade do
conflito.
8.
Adequação a realidade: devemos observar como a criança age em ter que se desprender da mãe. Se age
de acordo com sua idade, como compreende e aceita as instruções. Deve-se observar a aceitação ou não do
enquadramento espaço-temporal e a possibilidade de se colocar em seu papel e aceitar o papel do outro.
O brincar da criança psicótica A criança necessita de adequação a realidade por falta de discernimento da realidade
como se apresenta. Escolhe os brinquedos e brincadeiras com base em sua estrutura psicótica. No psicótico,
significante e significado são a mesma coisa, sua brincadeiras são estereotipadas ou rígidas. Possui movimentos
bizarros e desrelacionadas ao contexto. Não existe capacidade de imaginação, mas fantasias. Os seus personagens
são
cruéis
e
com
grande
carga
de
onipotência
e
sua
tolerância
à
frustração
é
mínima.
O brincar da criança neurótica A criança neurótica tem uma adequação parcial à realidade e escolhe seus
brinquedos e brincadeiras pela sua área de conflito. A capacidade de criatividade é diminuída dependendo do seu
grau de síntese egoítica, brinca com personagens mais próximos a realidade, mas com rigidez na atribuição de papeis
sua modalidade de brincadeira se alterna em função das defesas do ego predominantes. Sua motricidade é variável.
O brincar da criança normal A criança normal tem uma boa capacidade de se adaptar a realidade e escolhe suas
brincadeiras de acordo com as funções e interesses de sua idade, expressa suas fantasias através de uma atividade
simbólica com maior riqueza. Possui uma motricidade adequada ao seu desenvolvimento cognitivo. A criança dá livre
curso à fantasia, atribuindo e assumindo diferentes papeis na situação de vínculo com o psicólogo aumentando assim
a
capacidade
de
comunicação.
Referência:
SIQUEIRA, de Ocampo Maria Luísa (orgs) “Processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas”. 9ª Ed. São
Paulo. Martins Fontes. 1999(Psicologia e Pedagogia)
ROTEIRO para avaliação e diagnóstico
psicopedagógico
1) Entrevista inicial ( Sara Paim- Motivo da Consulta – slides) – SAMPAIO
– CHAMAT) - Slides
2) Hora do jogo – Sara Paim (slides), CHAMAT – Alícia Fernandes
3) Sessão EOCA com o sujeito ( Entrevista Centrada na Aprendizagem) –
modalidade diferenciada da hora do jogo – slides SAMPAIO - CHAMAT
4) Provas Projetivas ( ver slides e ver nos livros JORGE
VISCA, SAMPAIO E CHAMAT)
4.1 Pareja Educativa
4.2 Par Educativo Familiar
4.3 Desenho da família
4.4 Desenho da figura humana
4.5 Desenho Livre
4.6 O “Eu ideal e real”
4.7 Situação agradável e desagradável
5) Provas Operatórias ( Piaget) - SAMPAIO
5.1Pequenos conjuntos discretos de elementos
5.2 Superfície
5.3 Líquido
5.4 Matéria
5.5 Peso
...
Arquivo da conta:
patymdasilva
Outros arquivos desta pasta:
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
Melancolia e depressão na psicanálise - Orlando Coser.pdf (250 KB)
 Melancolia de Freud a Lacan, a dor do existir.pdf (45 KB)
 Melancolia e Narcsimo.pdf (126 KB)
Caballo, V. (----). Manual de Avaliação e Treinamento das Habilidades Sociais.pdf
(17930 KB)
 cartilha_divorcio_pais (1) (1).pdf (9765 KB)
Outros arquivos desta conta:
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