ECOLOGIA Prof. ELOIR MISSIO ALIMENTOS, SOLO E O MANEJO DE PRAGAS ALIMENTOS SOLO E O MANEJO DE PRAGAS ODUM, Eugene P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988. CHRISTOFOLETTI, Antonio. Modelagem de Sistemas Ambientas. São Paulo: Edgar Blucher, 1999. ODUM, Eugene P. 7. Ed. Fundamentos da Ecologia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004. MILLER Jr., G. TYLER. Ciência Ambiental. São Paulo, Cenage Learning. 2012. REIS, Lineu Belico dos; FADIGAS, Eliane A. Amaral; CARVALHO, Cláudio Elias. Energia, Recursos Naturais e a Prática do Desenvolvimento Sustentável. Barueri, SP. Manole. 2005. ALIMENTOS SOLO E O MANEJO DE PRAGAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. Como os alimentos são produzidos? Como a revolução verde e os métodos tradicionais são utilizados para cultivar safras? Como os solos estão sendo degradados e erodidos e o que pode ser feito para reduzir estas perdas? Quanto aumentou a produção de alimentos, quão séria é a malnutrição e quais são os efeitos ambientais da produção alimentícia? Como podemos aumentar a produção de safras, carnes, peixes e mariscos? Como as políticas governamentais afetam a produção de alimentos? Como podemos projetar e adotar sistemas agrícolas orgânicos sustentáveis? Resuma as principais vantagens e limitações ecológicas e econômicas de cada uma das seguintes propostas para o aumento da provisão mundial de alimentos e da redução da fome nos próximos 30 anos: a) cultivar mais terras pela eliminação de florestas tropicais e irrigação de solos áridos; b) Pescar mais peixes em mar aberto; c) produzir mais peixes e mariscos por meio da aquicultura; d) aumentar a produção por área de terra cultivada. Liste cinco formas em que seu estilo de vida contribui direta ou indiretamente para a erosão do solo. O que poderia acontece para a agricultura que utiliza muita energia nos Estados Unidos e em outros países industrializados se o preço do petróleo aumentasse drasticamente no mundo. Quais são as três ações mais importantes que você tomaria para reduzir a fome (a) no país onde você vive e (b) no mundo? Os governos devem, aos poucos, introduzir gradualmente quebras em impostos e subsídios para encorajar os agricultores a mudar para uma agricultura sustentável? Explique sua resposta. De acordo com o físico Albert Einstein, “ nada beneficiará a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência na Terra como a evolução para uma dieta vegetariana”. Você está disposto a comer menos carne ou nenhuma carne? Explique. Explique como o uso disseminado de pesticidas pode (a) aumentar os danos causados por uma praga em particular e (b) criar novas pragas. Parabéns! Você está no comando do mundo liste três principais aspectos (a) da política agrícola (b) da política para reduzir a erosão do solo, (c) da política para manejo de pragas. FEIJÕES ALADOS E INSETOS Você comeria um prato de feijões alados e insetos? FEIJÕES ALADOS E INSETOS Você comeria um prato de feijões alados e insetos? Base da dieta mundial trigo, arroz e milho pobres em proteína Com dinheiro suplementa-se com feijões, carnes bovina, suína, frango e peixes Abordagem convencional sobre produção de alimentos apresenta dois problemas: Pobres não tem dinheiro Agricultura moderna provoca impacto ambiental nocivo muito maior que qualquer outra atividade humana. Cultivo de plantas menos conhecidas: Feijão alado – contém tanta proteína quanto a soja e apresenta vagens, folhas, gavinhas e sementes comestíveis PRODUÇÃO DE ALIMENTOS O sucesso da produção de alimentos Dependemos de três sistemas: Safras – produzem grãos – 77% dos alimentos Pastagens – carnes, grande parte bovina – 16% dos alimentos Viveiros de peixes – 7% dos alimentos A produção global de alimentos cresceu muito desde 1950 Avanços tecnológicos levaram a: Uso de tratores e equipamentos agrícolas Barcos de pesca e motores de alta tecnologia em larga escala Fertilizantes químicos inorgânicos Irrigação Pesticidas Variedades de trigo, milho e arroz Viveiros densamente povoados e cercados para criar bois, porcos e frangos Viveiros de aquicultura e gaiolas nos oceanos para criar peixes e mariscos PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Enfrentamos desafios importantes ao aumentar a produção de alimentos sem causar sérios danos ambientais Para alimentar 8,9 bilhões de pessoas até 2050 será necessário produzir mais. Uso da engenharia genética Degradação ambiental, poluição, falta d’água, a pastagem, a sobre pesca e a perda de serviços ecológicos podem limitar a produção de alimentos Pobreza: Uma em cada cinco pessoas não tem terra para produzir ou dinheiro para comprar os alimentos, independente da disponibilidade PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Plantas e animais que alimentam o mundo – os três gigantes 14 plantas das 30 mil espécies que possuem partes comestíveis e oito animais terrestres fornecem cerca de 90% dos alimentos. Trigo arroz e milho mais da metade das calorias que as pessoas consomem Aumento da renda: Aumenta consumo de carne Aumenta consumo de grãos pelos animais PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Produção alimentícia industrial e tradicional Agricultura industrializada ou de alto insumo – países desenvolvidos Agricultura de plantio (banana, café, soja, cana de açúcar, cacau, legumes e verduras) países em desenvolvimento Agricultura de subsistência tradicional (trabalho humano e de animais de carga) Agricultura tradicional intensa – envolve mais mão de obra e força animal e uso de água. Comercialização de excedentes Fig 10.3 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Aumento da produção pela revolução verde A revolução verde envolve três etapas: Desenvolver e plantar monoculturas de variedades cruzadas, seletiva ou geneticamente modificadas, de alta produção de safras importantes como arroz, trigo e milho. Gerar grandes produções pela utilização ampliada de fertilizantes, pesticidas e água Aumentar o número de safras cultivadas por ano em uma mesma área PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Agricultura de alto insumo utiliza 8% da produção de petróleo do mundo Os EUA utilizam a agricultura industrial, produzem aproximadamente 17% dos grãos do mundo e consomem 17% de toda energia comercial utilizada nos EUA Agricultura tradicional em países em desenvolvimento produzem 20% dos alimentos e utilizam aproximadamente ¾ da terra mundial cultivável. Cultivam diversas safras no mesmo terreno Diminui as chances de perder a maioria ou toda a produção por DEGRADAÇÃO E EROSÃO DO SOLO Causas da erosão Basicamente todos os alimentos vem da terra. A degradação da terra ocorre quando: Processos naturais ou induzidos pelo homem diminuem a capacidade da terra de suportar a agricultura, pecuária ou as espécies selvagens. Erosão do solo é o movimento dos componentes do solo de um lugar para outro Agentes Água da chuva Vento homem DEGRADAÇÃO E EROSÃO DO SOLO Atividades humanas tornam o solo mais vulnerável Plantações Alagamentos Construções Pastagem excessiva Veículos off-road Queimadas deliberadas A erosão tem dois grandes efeitos nocivos Perda da fertilidade do solo Assoreamento em águas superficiais DEGRADAÇÃO E EROSÃO DO SOLO Erosão do solo global O solo arável está erodindo com mais rapidez do que se forma em aproximadamente 38% das áreas cultiváveis do mundo. DEGRADAÇÃO E EROSÃO DO SOLO Desertificação Alterações naturais do clima Atividades humanas que degradam o solo Moderado: redução de 10 a 25% na produtividade Severo: redução de 25 a 50% na produtividade Muito severo: redução de 50% ou mais na produtividade Somente em casos muito extremos a desertificação leva ao que chamamos de desertos. Fig 10.10 Desde 1990, a cada ano 6 milhões de hectares foram degradados e tornaramse menos férteis por causa da desertificação. Fig 10.11 DEGRADAÇÃO E EROSÃO DO SOLO DEGRADAÇÃO E EROSÃO DO SOLO DEGRADAÇÃO E EROSÃO DO SOLO Salinização e alagamento do solo Um quinto das terras cultivadas e que são irrigadas no mundo produzem 40% dos alimentos DEGRADAÇÃO E EROSÃO DO SOLO AGRICULTURA SUSTENTÁVEL PELA CONSERVAÇÃO DO SOLO Lavoura de conservação Conservação do solo: envolve meios de reduzir a erosão e aumentar a fertilidade do solo, principalmente pela manutenção da vegetação de cobertura. Lavoura de conservação Lavoura mínima – revolve a subsuperfície sem revolver a superfície Lavoura sem aragem: equipamentos de plantio injetam sementes e fertilizantes em finas fendas formadas no solo. As ervas daninhas são eliminadas com herbicidas – no Brasil isso se chama plantio direto Outros métodos para reduzir erosão: Construção de terraços (na cultura do arroz irrigado alguns agricultores sistematizam o solo para cultivo do arroz pré-germinado) Lavoura de curvas de nível Colheita em faixas Aléias ou agrossilvicultura Quebra ventos ou abrigos Fig 15 AGRICULTURA SUSTENTÁVEL PELA CONSERVAÇÃO DO SOLO AGRICULTURA SUSTENTÁVEL PELA CONSERVAÇÃO DO SOLO Fertilizantes orgânicos e inorgânicos A melhor forma de manter a fertilidade do solo é conservando-o Fertilizante: qualquer produto que forneça nutrientes Fertilizantes: orgânicos são produzidos com materiais de plantas e animais inorgânicos são produzidos com vários minerais (rochas) Fertilizantes orgânicos: Adubo animal Adubo verde Composto Rotação de culturas (leguminosas, com nódulos) Fertilizantes inorgânicos São compostos inorgânicos que contém basicamente nitrogênio fósforo e potássio PRODUÇÃO DE ALIMENTOS NUTRIÇÃO E EFEITOS AMBIENTAIS Produção global de grãos Depois de aumentar significativamente desde 1950, a produção global de grãos tem se mantido estável desde 1985 e a produção de grãos per capita vem diminuindo desde 1978. Produzimos alimentos em quantidade suficiente? Os alimentos não são distribuídos igualmente Diferenças no solo No clima Poderes políticos e econômicos Renda média por pessoa A raiz do problema da fome é e continuará sendo a pobreza Fig. 10.16 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS NUTRIÇÃO E EFEITOS AMBIENTAIS PRODUÇÃO DE ALIMENTOS, NUTRIÇÃO E EFEITOS AMBIENTAIS Fome crônica e mal nutrição Algumas pessoas não podem cultivar ou comprar alimentos suficientes para atender as necessidades básicas Outras não ingerem proteínas suficientes e outros nutrientes essenciais Falta de vitaminas e minerais Uma em cada três pessoas apresenta deficiência de uma ou mais vitaminas e minerais, principalmente vitamina A, ferro e iodo. causa cegueira e morte prematura Ferro – anemia – transporte de oxigênio Iodo – regula o funcionamento da tireoide que controla a taxa de metabolismo do corpo PRODUÇÃO DE ALIMENTOS, NUTRIÇÃO E EFEITOS AMBIENTAIS Redução da fome e da mal nutrição Imunizar crianças contra doenças infantis Incentivar aleitamento materno (Aids) Prevenir a desidratação Prevenir a cegueira ao fornecer vitamina A duas vezes ao ano ao custo de US$ 0,75 por criança ou alimentos ricos em vitamina A Oferecer serviços de planejamento familiar Aumentar a educação das mulheres Ingestão de muitos alimentos pouco saudáveis Nutrição deficiente ou excessiva: Baixa expectativa de vida Maior suscetibilidade a doenças e enfermidades Baixa produtividade Qualidade de vida insatisfatória PRODUÇÃO DE ALIMENTOS, NUTRIÇÃO E EFEITOS AMBIENTAIS AUMENTANDO A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Cruzamento tradicional e engenharia genética Para aumentar a produção podemos: Misturar os genes de tipos similares de organismos Pela engenharia genética misturar genes de organismos diferentes AUMENTANDO A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Problemas com a expansão da revolução verde Falta de recursos como a água, solo fértil e os fatores ambientais podem limitar nossa capacidade de continuar aumentando as safras Aumentar a irrigação – uma solução limitada A quantidade de terra irrigada por pessoa tem diminuído desde 1978 e vai continuar diminuindo A população cresce mais rápido que a agricultura irrigada Esgotamento de suprimento de água subterrâneos Uso ineficiente de água da irrigação Acúmulo de sal no solo - salinização AUMENTANDO A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Cultivar mais terra – outra solução limitada A expansão significativa de terras de cultivo é improvável pois a maioria das áreas ainda disponíveis são terras marginais eliminação de florestas tropicais e irrigação de solos áridos Produzindo mais carne A carne e seus derivados são importantes fontes de proteína, mas esse tipo de produção causa muitos efeitos ambientais nocivos. 43% da carne bovina, metade da carne suína e 75% da produção de aves ocorre em fazendas densamente povoadas. Aumento da pressão sobre provisão mundial de alimentos Não consomem grama Consomem grãos de safras Consomem 1/3 dos peixes do mundo Concentram resíduos AUMENTANDO A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Consequências ambientais da produção de carne Mais da metade das áreas agrícolas do mundo são utilizadas para cultivar grãos que alimentam o gado, principalmente milho, sorgo e soja. O gado e os peixes criados para alimentação consomem 37% da produção mundial de grãos (70% da produção de grãos dos EUA) A produção de carne utiliza metade da água retirada de rios e aquíferos Irrigação Limpeza de instalações O gado expele 16% do metano liberado na atmosfera (metano é 25 vezes pior que o CO2) Perda de nitrogênio por volatilização a partir dos dejetos Produção de resíduos (nos EUA, o gado produz 20 vezes mais resíduos que os humanos Risco de contaminação do lençol freático Odores Sobrepastejo fig 10.19 Erosão do solo Perda de biodiversidade Degradação de mata ciliar Degradação da bacia hidrográfica AUMENTANDO A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS AUMENTANDO A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Produzindo carne forma sustentável de É possível reduzir os impactos ambientais da produção de carne se tivermos a disposição mais peixe e frango e menos carne bovina e suína. AUMENTANDO A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Pesca de peixes e mariscos Depois de aumentos espetaculares a pesca estabilizou-se ao redor do mundo O terceiro maior sistema produtor de alimentos do mundo consiste de pesqueiros 55% da pesca comercial de peixes e mariscos vem do oceano, o restante vem aquicultura em que os peixes são criados em fazendas aquáticas. Muitas espécies de valor comercial estão sendo pescadas em excesso métodos eficazes que “limpam” o mar dos peixes e mariscos. Fig 10.21 Fig. 10.22 AUMENTANDO A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS AUMENTANDO A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS AUMENTANDO A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Efeitos da sobrepesca e degradação do habitat em cultivos de peixes. A sobrepesca esta consumindo tantos peixes que sobra um estoque de reprodutores muito pequeno para manter uma quantidade suficiente da espécie. A sobrepesca prolongada leva a extinção comercial, ou seja, a população diminui a tal ponto que passa a não ser mais lucrativo pescá-la. Os barcos de pesca mudam para outra espécie ou uma nova região. De acordo com a FAO, ¾ de 200 espécies marinhas de valor comercial no mundo sofreram sobrepesca ou foram pescadas até suas produções máximas sustentáveis. Dados de populações de 128 estoques de peixes esgotados indicam que 125 podem ser recuperados se houver um controle cuidadoso. AUMENTANDO A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Aquicultura – criadouros aquáticos. PROTEGENDO OS RECURSOS ALIMENTÍCIOS: MANEJO DE PRAGAS Controle natural de pragas Pragas: qualquer espécie que dispute conosco alimentos, invada gramados e jardins destrua madeira em residências, espalhe doenças, invada ecossistemas ou seja simplesmente um incômodo. Em ecossistemas naturais e em agroecossistemas de policultura, os inimigos naturais controlam as populações de aproximadamente 98% das espécies de pragas potenciais como parte dos serviços ecológicos gratuitos da terra. A monocultura e os pesticidas prejudicam muitos desses sistemas naturais de controle de população. PROTEGENDO OS RECURSOS ALIMENTÍCIOS: MANEJO DE PRAGAS Pesticidas Incluem: Inseticidas: eliminadores de insetos Herbicidas: eliminadores de ervas daninhas Fungicidas: eliminadores de fungos Rodenticidas: eliminadores de roedores Biocida seria o nome mais adequado a estas substâncias pois matam outros organismos além de seus alvos Há cerca de 225 milhões de anos as plantas produzem substâncias químicas para repelir, enganar ou envenenar herbívoros Os herbívoros superam várias defesas de plantas pela seleção natural Novas defesas de plantas são favorecidas pela seleção natural nesse ciclo constante de troca. PROTEGENDO OS RECURSOS ALIMENTÍCIOS: MANEJO DE PRAGAS Desde 1950 o uso de pesticidas aumentou 50 vezes A maioria dos pesticidas de hoje utiliza uma quantidade de tóxicos dez vezes maior que a utilizada nos anos de 1950. ¼ dos pesticidas nos EUA são dedicados a uso doméstico, jardins, parques áreas de atividades esportivas, piscinas e campos de golfe. O gramado comum nos EUA é pulverizado com 10 vezes mais pesticida que as plantações do país. A cada ano mais de 250 mil pessoas nos EUA adoecem por causa do uso de pesticidas domésticos. PROTEGENDO OS RECURSOS ALIMENTÍCIOS: MANEJO DE PRAGAS Vantagens dos pesticidas sintéticos modernos Salvam milhares de vidas humanas Doenças transmissíveis por insetos Malária – mosquito Peste bubônica - pulgas de ratos Tifo – pulgas e piolhos corporais Aumentam a provisão de alimentos FAO – 55% da provisão de alimentos que poderia servir a humanos é perdida para as pragas – 2/3 antes da colheita e 1/3 depois. Elevam os lucros dos agricultores Trabalham rápido e melhor que as alternativas Quando utilizados adequadamente, seus riscos à saúde são muito baixos se comparados a seus benefícios Pesticidas mais recentes são muito mais seguros do que muitos dos antigos – botânicos e microbotânicos. Diversos novos pesticidas são utilizados a taxas muito baixas por área unitária em comparação a produtos antigos. PROTEGENDO OS RECURSOS ALIMENTÍCIOS: MANEJO DE PRAGAS O pesticida ideal Mataria somente a praga desejada Não causaria resistência genética no organismo desejado. Desapareceria ou seria decomposta em substâncias químicas inofensivas depois de realizar a tarefa Seria mais eficaz em termos de custo do que não fazer nada Nenhuma substância química pesticida sintética atende a todos ou mesmo a grande parte destes critérios PROTEGENDO OS RECURSOS ALIMENTÍCIOS: MANEJO DE PRAGAS Desvantagens dos pesticidas sintéticos modernos Aceleram o desenvolvimento de resistência genética a pesticidas em organismos de pragas. Alguns inseticidas matam predadores e parasita naturais que podem ajudar a controlar as populações de espécies de pragas. Os pesticidas não permanecem no local Vão parar no ar, água da superfície, água subterrânea, nos sedimentos, nos alimentos e em outros organismos que não são o alvo, incluindo os seres humanos e animais selvagens. Alguns pesticidas prejudicam a vida selvagem Nos EUA: Eliminam 20% das colônias de abelhas Prejudicam outros 15% Matam mais de 67 milhões de pássaros Matam 6 a 14 milhões de peixes Perda de US$ 200 milhões por polinização deficiente Alguns inseticidas ameaçam a saúde humana Anualmente envenenam 3 milhões de trabalhadores rurais Causam 20 a 40 mil mortes por ano (dado subestimado) câncer, mutações genéticas, anomalias congênitas, distúrbios no sistema nervoso e efeitos no sistema imunológico e endócrino PROTEGENDO OS RECURSOS ALIMENTÍCIOS: MANEJO DE PRAGAS Outras formas de controlar pragas Rotação de culturas Ajuste nos períodos de plantio Uso da policultura Espécies de culturas resistentes a doenças Uso de controle biológico pela importação de predadores Uso de atrativos sexuais (foromônios) uso de hormônios que interrompem o ciclo de vida normal do inseto. Pulverização com água quente. PROTEGENDO OS RECURSOS ALIMENTÍCIOS: MANEJO DE PRAGAS Manejo integrado de pragas - MIP Inclui métodos de cultivo biológicos e químicos aplicados na sequência adequada e no tempo correto. O objetivo não é erradicar a população de pragas, mas reduzir os danos das safras a um nível tolerável do ponto de vista econômico. Os campos são monitorados com cuidado Quando os níveis economicamente nocivos são atingidos, primeiro os agricultores utilizam métodos biológicos e controle de cultivo. Pequenas quantidades de inseticidas somente são aplicados como último recurso. Substâncias químicas diferentes são utilizadas para diminuir a velocidade de desenvolvimento de resistência genética. Exige conhecimento de um especialista Os métodos utilizados em uma área talvez não se apliquem em outra Custos iniciais podem ser maiores, embora os custos em longo prazo são menores PROTEGENDO OS RECURSOS ALIMENTÍCIOS: MANEJO DE PRAGAS Indonésia baniu 57 dos 66 pesticidas utilizados em plantações de arroz Reduziu os subsídios para pesticidas Lançou um programa de educação nacional para ajudar os agricultores a mudar para o MIP. Entre 87 e 92 O uso de pesticidas reduziu 65%. A produção de arroz aumentou 15% Resultados semelhantes foram obtidos na Suécia e na Dinamarca Nos EUA o uso do MIP é protelado por subsídios do governo para pesticidas convencionais e pela oposição dos fabricantes SOLUÇÕES: AGRICULTURA SUSTENTÁVEL Agricultura orgânica sustentável