hemodíalise: cuidados de enfermagem a pessoas com fístula

Propaganda
Curso de Enfermagem
Artigo de Revisão
HEMODÍALISE: CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PESSOAS COM FÍSTULA
ARTERIOVENOSA
HEMODIALYSIS: NURSING CARE TO PEOPLE WITH ARTERIOVENOUS FISTULA
Elen de Castro Neves, Geani da Silva dos Santos1, Judith Aparecida Trevisan2
1 Aluno do Curso de Enfermagem
2 Professora Mestre do Curso de Enfermagem
Resumo
Introdução: Hemodiálise e o processo de remoção de substâncias tóxicas e o excesso de líquido acumulado no sangue e tecidos
do corpo na decorrência da falência renal. A doença Renal é atualmente considerada um grave problema de saúde pública, não
só pela alta morbidade como também pela baixa qualidade de vida que esta doença grave traz para esses pacientes. Antes do
início da hemodiálise, é confeccionado uma fístula arteriovenosa (FAV) para se realizar a hemodiálise, é o acesso venoso mais
adequado, pois constitui o acesso de longa permanência que viabiliza a diálise efetiva com menor número de intervenções.
Objetivo. O objetivo foi relatar os cuidados de enfermagem prestados as pessoas com Fistula Arteriovenosa. Materiais e
métodos: Revisão de Literatura de caráter descritivo com levantamento dos principais cuidados de enfermagem e as
complicações relacionadas a FAV. Os artigos foram retirados das bases de dados MEDLINE, LILACS e SCIELO. Utilizando os
descritores: Hemodiálise, Fistula Arteriovenosa, Insuficiência Renal Crônica, Cuidados de Enfermagem. Resultados: Melhor
qualidade do acesso, assistência de qualidade prestada aos pacientes e aquisição de conhecimento. Conclusão: Observou-se
através deste estudo, que, e de suma importância a busca por novos conhecimentos, assim como, a atualização sobre os
cuidados prestados aos pacientes com IRC portadores de FAV. Dessa forma aumentar a qualidade dos serviços prestados, tão
como, obter uma boa orientação sobre os cuidados com essa FAV e seus principais diagnósticos. Palavras-chave: Hemodiálise;
Fístula Arteriovenosa; Insuficiência Renal Crônica; Cuidados de Enfermagem.
Abstract: Introduction: Hemodialysis is the process of removing toxic substances and excess liquid accumulated in the blood
and tissues of the body in result of kidney failure. The renal disease is currently considered a serious public health problem, not
only by the high morbidity as well as by the low quality of life that this serious disease brings to these patients. Before the start of
hemodialysis, is made an arteriovenous fistula (AVF) to perform hemodialysis, It is the most appropriate venous access, it is the
long-term access that enables the effective dialysis with fewer interventions. Objectives. The aim was to report the nursing care
provided people with Arteriovenous Fistula. Materials and Methods: Descriptive literature review a survey of the main nursing
care and complications related to FAV. The items were taken from the MEDLINE, LILACS and SCIELO. Using the descriptors:
Hemodialysis, Arteriovenous Fistula Chronic Renal Failure, and Nursing Care.Results: Best quality of access, quality of care
provided to patients and acquisition of knowledge.Conclusion: It was observed through this study, that, it is very important to
search for new knowledge, as well as the update about the care of patients with CRF patients with AVF.Thus increasing the quality
of services, so as to get good guidance on the care of this FAV and their main diagnoses. Keywords: Hemodialysis; Arteriovenous
Fistula; Chronic renal failure; Nursing care.
Contato: [email protected]
Nos anos de 2002 e 2003, 31.298 pacientes
iniciaram diálises no brasil, obedecendo ao padrão
dos 90.356 pacientes incidentes constantes na
Base Nacional em Terapias Renais Substitutivas.
Consta (90%) iniciou o tratamento renal em
hemodiálise, sendo 34% dos evoluíram para o óbito
e 6% foram transplantados e 4% transitaram para
diálise peritoneal (SZUSTER E CAIAFFA et al,
2012).
Introdução
Segundo KOEPE E ARAUJO (2008),
hemodiálise é um tratamento que tem como
objetivo a remoção de substâncias tóxicas e o
excesso de líquido acumulado no sangue e tecidos
do corpo em decorrência da falência renal. Na
hemodiálise, o sangue, repleto de toxinas e
resíduos nitrogenados, é desviado do paciente para
uma máquina, um dialisador, onde é limpo e, logo
após devolvido ao paciente.
A terapia renal de substituição é a condição
que este paciente apresenta e o leva a sinais de
estresse que afetam negativamente sua vida,
como: diminuição da atividade física, isolamento
social, perda da autonomia, alteração da imagem
corporal, perda do emprego, e com isso se tornando
dependente da Previdência Social, parcial
impossibilidade de realizar passeios e de se
locomover, e ainda sentimentos que variam entre o
medo da morte e medo de viver (MACHADO E
CAR,2003).
A doença renal crônica (DRC) ocorre devido
deterioração permanente e contínua da função
renal, causando descontrole no organismo devido
ao acúmulo de substâncias tóxicas no organismo,
pois não são eliminados através de diurese, para
que ocorra o equilíbrio, se faz necessário o
tratamento dialítico por meio de materiais e
máquinas, onde o sangue é conduzido do paciente
para um dialisador para a retirada de substâncias
toxicas e excesso de líquido (ANJOS E OSELAME,
2013).
A eficácia de uma boa diálise, depende em
sua grande maioria de um acesso vascular de
qualidade e de uma punção realizada de forma
correta, desta forma esses resultados influenciam
na qualidade de vida e de diálise deste paciente. O
emprego de uma técnica correta de punção assim
como o entendimento de um acesso vascular, torna
eficaz o funcionamento deste acesso e demonstra
a habilidade exercida por profissionais da saúde em
relação a fístula arteriovenosa (FAV) (REIS E
MALVASO et al, 2001).
A DRC tem sido nos últimos tempos
considerada um problema de saúde que tem
recebido uma atenção maior pelos profissionais da
área da saúde, por ser considerada uma doença
que não possui cura, e sim meios para que se
possa prolongar a vida desse paciente. São
oferecidas as opções de tratamento como: diálise
peritoneal, a hemodiálise e a outra opção é o
transplante renal, que fará com que este paciente
não necessite mais da máquina para sobreviver,
mas o mesmo deverá ser acompanhado e avaliado
sempre que necessário seguindo orientações
médicas (MATOS E LOPES,2009).
A fístula arteriovenosa é realizada através da
anastomose entre uma veia é uma artéria, tornado
possível o tratamento dialítico, onde se necessita
de um fluxo sanguíneo eficiente para que ocorra a
depuração de ureia e de outros resíduos
metabólicos através da filtração do sangue. Através
da confecção da FAV se é capaz de realizar várias
punções consecutivas, e oferecer um fluxo
sanguíneo adequado para se realizar a
hemodiálise, desta maneira se possui uma vida útil
maior, e menos riscos de complicações e infecções
(DALACOSTA E FIQUEIREDO,2014).
Na fase inicial da doença renal crônica o
paciente
apresenta
algumas
alterações
inespecíficas e fisiológicas, dentre elas: anorexia,
fadiga, edema, hipertensão, emagrecimento,
náuseas, prurido, hematúria e polaciúria, e com o
passar o tempo e o progresso desta patologia, o
sangue deste paciente acumula substâncias
toxicas ao organismo , e que pelo fato do paciente
não conseguir eliminar essas substâncias devido à
doença, este paciente pode evoluir para um quadro
de uremia (COSTA E COUTINHO; et al,2014).
O profissional enfermeiro deve estar
presente durante os turnos de diálise, de forma a
verificar e reconhecer as necessidades de cada
doente renal de forma independente, bem como
buscar orientar o paciente e seus familiares em
relação a doença e suas complicações, fornecendo
orientações sobre o tratamento dialítico. O
profissional de enfermagem e aquele que se
encontra em contato com o paciente de forma
direta, e esse contato deve oferecer uma maior
segurança ao paciente (FRAZÃO E DELGADO et
al,2014).
Segundo PESSOA E LINHARES (2015), a
doença renal crônica estabelece um problema de
saúde pública mundial e progressiva. Em meio aos
tratamentos acessíveis para DRC, a hemodiálise é
o mais aplicado (89,4%), no qual exige uma
modificação no transcorrer da vida do paciente. As
adversidades apresentadas pela terapia, muitas
vezes, interferem na adaptação do doente, sendo
primordial a aplicação de métodos que auxiliem no
segmento de adaptação e aperfeiçoamento da
terapia.
São consideradas como as maiores causas
de morbidade e internação do paciente renal
crônico, as complicações referentes ao acesso
2
venoso, como: infecção e trombose (SOUZA E
OLIVEIRA, et al 2011).
uma melhor qualidade de vida, sendo utilizada tanto
por pacientes em sua fase aguda ou crônica. Os
pacientes que realizam hemodiálise precisam ter um
bom acesso venoso o tratamento que poderá ser
para o resto de suas vidas, devendo acontecer de
através de sessões de 4 horas, três vezes por
semana, ou até realizar o transplante (RIBEIRO E
MIRANDA et al, 2009).
No decorrer da vida acadêmica observou-se
que os cuidados de enfermagem prestados aos
pacientes portadores de fístula arteriovenosa têm
sido ineficazes por parte dos profissionais de
enfermagem. Este estudo é relevante no sentido de
contribuir para a comunidade acadêmica e a
população de portadores de Insuficiência Renal
Crônica em relação a fístula arteriovenosa.
Para que seja realizada a confecção do
acesso, deve se realizar uma Ultrassonografia Color
(US) Doppler para se guiar o local para realizar o
acesso, e desta forma verificar sinais de oclusão,
flebite e estenose, onde poderá também avaliar a
artéria que irá fornecer o fluxo para a FAV. Através
deste exame se reduz as taxas de um acesso mal
sucedido e se aumenta as chances de sucesso. Os
locais de confecção de FAV de primeira escolha são,
nos membros superiores radiocefálica, e em caso de
uma necessidade de um novo acesso, se faz a
opção por veias proximais (NEVES JUNIOR E
PETNYS et al, 2013).
O objetivo foi relatar os cuidados de
enfermagem prestados as pessoas com Fistula
Arteriovenosa.
Materiais e Métodos
O estudo foi dividido nas seguintes etapas:
1) Revisão de literatura: A busca foi realizada
em bases de dados eletrônicas (MEDLINE,
LILACS, SCIELO) que constam nas
referências finais.
2) Foram selecionadas referências que
preencheram os critérios de inclusão do
período de 2001 a 2015. Foram utilizadas
as palavras-chave, em língua portuguesa,
foram considerados: “Hemodiálise” “Fístula
Arteriovenosa”,
“Insuficiência
Renal
Crônica”, “Cuidados de Enfermagem”.
Previamente foram selecionados 40
artigos, e utilizados 23.
3) A Revisão de Literatura foi desenvolvida no
decorrer do 1° semestre de 2016, no
período de 23 de Fevereiro a 30 de Maio,
concluindo o trabalho acadêmico TCC 2, os
quais serão apresentados dentro da
revisão de literatura.
4) O estudo seguiu as normas da ABNT 2006,
e do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa
(NIP),
das
Faculdades
Integradas
ICESP/PROMOVE de Brasília, 2016.
São empregados vários parâmetros para
identificar a maturação da FAV. Ao exame clínico a
apresentação de um conduto perceptível, com bom
frêmito e prontamente puncionável, significa que a
FAV é capaz de proporcionar um fluxo satisfatório
para hemodiálise. E possível à definição da
maturação através da US Doppler, o diâmetro do
conduto superior que 4mm e fluxo superior que 400
ml/minutos (NEVES JUNIOR E MELO et al, 2011).
Complicações que Comprometem o
Acesso Vascular nos Pacientes com
Fístula Arteriovenosa
POLIMANTI E GALEGO et al, (2012) relata
que as principais complicações que podem ocorrer
com a confecção da FAV são: infecção, trombose e,
mais raramente isquemia que, frequentemente são
compensados por vasodilatação distal. Estes
sintomas podem advir devido à maior gravidade de
doença arteriosclerótica na parte da artéria distal à
junção arteriovenosa.
Revisão de Literatura
Segundo CABRAL E TRINDADE et al (2013),
a DRC é uma patologia irreversível e progressiva,
ocasionando o comprometimento da função renal,
devido a doenças crônicas não controladas que
lesionam os rins, assim como fatores ligados ao
estilo de vida, como tabagismo, sedentarismo, uso
excessivo de álcool, alimentação inadequada,
estresse, entre outros fatores. Caso não seja
possível o transplante renal, o paciente terá como
única opção a terapia renal substitutiva como a
hemodiálise ou a diálise peritoneal, onde passará a
depender de uma máquina para a sua sobrevivência
para o resto de sua vida.
Exige-se por parte dos profissionais da saúde,
cuidados que se inicia até mesmo antes da
confecção da FAV, como realizar uma abordagem
onde se esclarece sobre o tratamento dialítico e a
confecção de FAV. O enfermeiro possui um papel
importante no tratamento deste paciente, onde se
deve prestar uma assistência de forma direta e
contínua, possibilitando intervenções educacionais
a fim de se prolongar ao máximo o bom
funcionamento deste acesso. Onde se pode
oferecer ao longo de todo o seu tratamento
informações de autocuidado a este acesso
(MANIVA E FREITAS, 2010).
A hemodiálise é considerada como um
tratamento na qual se permite a sobrevida do
paciente portador de insuficiência renal crônica,
mesmo não ocasionando a cura, mas lhe permitindo
3
Diante o nível de conhecimento dos pacientes
quanto ao autocuidado com seu acesso, foi possível
perceber, que os pacientes relatam, ter o
conhecimento do que se é necessário fazer para
conservar seu acesso como: não dormir sobre a
FAV, não pegar peso, não aferir pressão arterial no
braço da FAV, não administrar medicações, evitar
traumas no membro, tornando assim um acesso
com um bom funcionamento e de longa durabilidade
(REINAS E MATTOS,2011).
Equipe de Enfermagem e a atuação com
o paciente com Fistula Arteriovenosa
A equipe interdisciplinar, em especial o
enfermeiro, possui um papel importante junto a
paciente. A monitorização da FAV a cada sessão de
hemodiálise; a detecção de presença de baixo fluxo
sanguíneo, o aumento da resistência venosa, sinais
de infecção; Orientar quanto a inspeção da fistula
diariamente, a importância da higiene pessoal. Com
isso haverá uma melhoria na qualidade de vida
destes pacientes (TREPICHIO E GUIRARDELLO et
al, 2013).
O manejo do estilo de vida do paciente em
hemodiálise deve bastante vigilante, o controle
dietético envolve a restrição ou o ajuste da ingesta
de proteína, sódio, potássio ou líquidos; ajuste
minucioso dos medicamentos que normalmente são
excretados pelo rim ou que são dialisáveis; vigilância
para a ocorrência de complicações (BRUNNER,
2011).
De acordo com MOREIRA E ARAUJO et al,
(2013) foram observadas algumas ações de
enfermagem desde a entrada do paciente na clínica
como: a higienização da FAV com água e sabão
pelo paciente; a conferência do peso e pressão
arterial; o uso de EPIs pelo enfermeiro; a antissepsia
na região da punção; o exame físico da fístula para
detectar alguma alteração, até o instante em que o
paciente será acoplado ao hemodialísador.
Tabela 1.
Diagnóstico de Enfermagem relacionado ao paciente com Fístula Arteriovenosa,
NANDA, NOC E NIC 2009.
Tabela de diagnósticos conforme NANDA.
Diagnóstico
Resultado
Intolerância à atividade
Intervenção
Energia fisiológica ou psicológica Vontade e energia para manter as
insuficiente para suportar ou atividades da vida diária, a nutrição
completaras atividades diárias e a segurança pessoal.
requeridas ou desejadas.
Controle de energia; assistência
no
autocuidado:
atividades
essenciais
da
vida
diária;
promoção de esperança.
Diagnóstico
Resultado
Perfusão Tissular Renal Ineficaz
Intervenção
Diminuição
na
oxigenação, Equilíbrio
de
água
nos Controle
hídrico;
Controle
resultando na incapacidade de compartimentos intracelular e hidroeletrolítico; Terapia de diálise
nutrir os tecidos no nível capilar.
extracelular do organismo.
peritoneal;
Terapia
por
hemodiálise.
Diagnóstico
Resultado
Intervenção
Recuperação
Cirúrgica
Retardada
Extensão do número de dias de Gravidade da infecção e dos Controle de infecção; Cuidados
pós-operatório necessários para sintomas associados.
com local de incisão.
iniciar e desempenhar atividades
que mantêm a vida, a saúde e o
bem-estar.
Diagnóstico
Resultado
Intervenção
Risco de Infecção
Estar em risco aumentado de ser
invadido
por
organismos
patogênicos
Extensão em que as células e os Cuidados com lesões; Cuidados
tecidos se regeneram após um com local de incisão.
fechamento intencional.
4
Diagnóstico
Resultado
Eliminação Urinaria Prejudicada
Intervenção
Distúrbio na eliminação de urina.
Controle da eliminação de urina;
Armazenamento e eliminação de
urina.
Controle da eliminação urinaria;
Reeducação vesical.
Diagnóstico
Resultado
Intervenção
Uma sensação opressiva e
sustentada de exaustão e de
capacidade
diminuída
para
realizar trabalho físico e mental no
nível habitual.
Ações pessoais de controle da
energia necessária para iniciar e
manter uma atividade
Controle da nutrição; melhora do
sono; Controle do peso; Terapia
com exercícios: equilíbrio.
Diagnóstico
Resultado
Intervenção
Fadiga
Integridade da pele prejudicada
Epiderme
alteradas
e
/
ou
derme
Funcionamento
acesso para
hemodiálise.
do local
realização
de
de
Manutenção de acesso para
diálise; Cuidados com local de
incisão; Imobilização; Proteção
contra infecção; Redução de
sangramento; Supervisão da
pele.
Diagnóstico de Enfermagem relacionado ao paciente em Hemodiálise, BRUNNER 2011.
A doença renal crônica acontece devido o comprometimento da função renal e que leva ao quadro de
uremia e suas complicações, sendo na maioria dos casos assintomáticos (Brunner).
Tabela 2.
Diagnóstico
Intervenção
Volume Líquido Excessivo
Relacionado
mórbido.
Diagnóstico
com
processo Monitorar o débito urinário e a densidade da urina, (balanço hídrico),
pesar o paciente diariamente, restringir a ingestão de sal e água se
houver excesso de liquido extracelular.
Intervenção
Desequilíbrio Nutricional
Menor que as necessidades
Corporais,
relacionado
com
anorexia, náuseas, vômitos, e
restrição dietética.
Diagnóstico
Integridade
Comprometida
Oferecer refeições ricas em carboidratos, realizar o monitoramento de
ureia, creatinina, eletrólitos. Estar ciente de que poderá ser necessário
restringir os alimentos que contêm grandes quantidades de sódio,
potássio e fósforo.
Intervenção
Cutânea
5
Relacionada com o congelamento
urêmico e as mudanças nas
glândulas oleosas e sudoríparas.
Diagnóstico
Manter a pele limpa, aplicar pomadas ou cremes, manter as unhas
cortadas e lixadas, manter os cabelos (pelos) limpos e umedecidos.
Administrar anti-histamínicos para alívio do prurido.
Intervenção
Constipação
Relacionada com a restrição de Encorajar uma dieta rica em fibras, utilizar os emolientes fecais
líquidos e a ingestão de agentes prescritos, evitar laxativos e aumentar a atividade conforme tolerada.
fixadores de fosfato.
Diagnóstico
Intervenção
Risco para Lesão ao deambular
Relacionada
com
possíveis
fraturas e cãibras musculares
devidas a uma deficiência de
cálcio.
Diagnóstico
Monitorar os níveis séricos de cálcio e fosfato; estar alerta para os sinais
de hipocalcemia ou de hipercalcemia.
Observar a marcha, a amplitude de movimentos e a força muscular do
paciente.
Intervenção
Esquema Terapêutico Ineficaz
Relacionado com as restrições Pesar-se todas as manhãs para evitar uma sobrecarga de líquidos;
impostas pela IRC e seu ingerir quantidades limitadas de líquidos somente quando estiver sede;
tratamento.
medir os líquidos permitidos e reservar certa quantidade para produzir
pedras de gelo; a pratica de chupar gelo reduz a sede; ingerir alimentos
antes de tomar líquidos para aliviar o ressecamento da boca.
oferecendo cuidados de enfermagem corretos
evitando a danificação, ou uma possível perda
desse acesso.
Os diagnósticos de enfermagem são de
suma importância, visto que deles que são
implementadas as intervenções de enfermagem
contribuindo para o melhor direcionamento da
assistência de enfermagem, bem como, oferecer ao
paciente uma assistência no controle e prevenção
de complicações, baseando-se na Sistematização
da Assistência de Enfermagem (SAE) em sua rotina
diária (DALLE E LUCENA, 2012).
Agradecimentos:
Agradecemos a Deus por ter nós dado saúde
e força para superar as dificuldades.
A nossa orientadora Judith Trevisan, pelo
suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas
correções e incentivos.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram
parte da nossa formação, o nosso muito obrigado.
Considerações Finais:
Através da elaboração deste trabalho, foi
possível concluir que, a Fistula Arteriovenosa é
considerada pelo paciente o seu meio de
sobrevivência, pois é através desta, que o paciente
consegue realizar as sessões de hemodiálise, e
obter uma melhor qualidade de vida, porém, em
algumas circunstâncias o paciente acaba perdendo
este acesso devido algumas complicações
ocasionadas pelo mau uso do paciente, ou até
mesmo, por falta de conhecimento e qualificação
por parte dos profissionais de enfermagem.
Observa-se a suma importância da busca
por atualização dos conhecimentos, até mesmo
uma maior qualificação da equipe em relação a
IRC, com isso, obter um tratamento diferenciado,
aumentando a atenção em relação à FAV,
6
Referências Bibliográficas:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
ANJOS, Marcela Dalosto; OSELANE, Gleidson Brandão. Cuidados de enfermagem para pacientes
idosos com fistula arteriovenosa em terapia de hemodiálise. V. 14,n.3 (2013).
CABRAL, Luzivania da Costa; et al. A percepção dos pacientes hemodialíticos frente a fistula
arteriovenosa. R. Interd. V.6, n.2, p.15-25, abr.mai.jun.2013.
COSTA, Fabycianne Gonçalves; et al. Insuficiência renal crônica: representações sociais de
pacientes com depressão. Psico-USF, Bragança Paulista, v 19, n.3, p.398, set./dez. 2014.
DALLACOSTA, Fabiana Meneghetti; FIGUEIREDO, Ana Prado Lima; Recirculação no Acesso de
Pacientes em Hemodiálise. Rev.Cientifica CENSUPEG, n.4,2014, p. 115-121.
DALLE, Jessica; LUCENA, Amália de Fátima. Diagnósticos de enfermagem identificados em
pacientes hospitalizados durante sessões de hemodiálise. Acta paul. Enferm. Vol.25 no.4 São Paulo
2012.
FRAZÃO, Cecília Maria Farias de Queiroz; et al. Cuidados de enfermagem ao paciente renal crônico
em hemodiálise. Rev. Rene. 2014 jul-ago; 15(4):701-9.
JOHNSON, M.; BULECHEK, G. et al. Ligações entre NANDA, NOC e NIC: diagnósticos, resultados
e intervenções de enfermagem. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
KOEPE, Giselle Barcellos Oliveira; ARAUJO, Sílvia Teresa Carvalho de; A percepção do cliente em
hemodiálise frente a Fístula Artério Venosa em seu corpo. Acta paul. Enferm. V.21 n.spe São Paulo
2008.
MACHADO, Leise Rodrigues Carrijo; CAR, Marcia Regina. A dialética da vida cotidiana de doentes
com insuficiência renal crônica: entre o inevitável e o casual. Rev. Esc. enferm. USP vol.37 no.3 São
Paulo Sept.2003.
MANIVA, SamiaJardelle Costa de Freitas; FREITAS, Consuelo Helena Aires. O paciente em
hemodiálise: Autocuidado com a fistula arteriovenosa. Rev. Rene. Fortaleza, v.11,n.1,p.152-160,janmar.2010.
MATOS,Érika Ferreira; LOPES, Adriane. Modalidades de hemodiálise ambulatorial: breve revisão.
Acta paul.enferm. vol.22 no.spel São Paulo 2009.
MOREIRA, Alessandra Guimarães Monteiro; et al. Preservação da fistula arteriovenosa: ações
conjuntas entre enfermagem e cliente. Esc. Anna Nery vol.17 no.2 Rio de Janeiro Apr./June 2013 .
NETTINA,Sandra M. BRUNNER.Praticas de enfermagem vol 2. 2011.
NEVES JUNIOR, Milton Alves; et al. Avaliação da perviedade precoce das fístulas arteriovenosas
para hemodiálise. J Vasc. Bras. 2011; 10(2):105-109.
NEVES JUNIOR, Milton Alves; et al. Acesso vascular para hemodiálise: o que há de novo. J Vasc.
Bras.2013 Jul-set ; 12(3):221-225.
PESSOA, Natalia Ramos costa; LINHARES, Francisca Marcia pereira. Pacientes em hemodiálise
com fistula arteriovenosa: conhecimento, atitude e pratica. Esc. Anna Nery. 19(1): 73-79. Jan-Mar
2015.
POLIMANTI, Afonso César; et al. Tratamento da syndrome de roubo de fistula arteriovenosa pela
técnica de revascularização distal e ligadura arterial: relato de três casos. J Vasc. Bras.2012; 11(2):
158-161.
REINAS, Camila Aoki; MATOS, Magda de. O Doente Renal Crônico no Cuidado com a Fistula Arterio
Venosa. 16 Sempe,2011.
REIS, ErciaMissaioKoto; et al. Percentual de recirculação sanguínea em diferentes formas de
inserções de agulhas nas fistulas arterio-venosas, de pacientes sem tratamento hemodialítico. Rev.
Esc. Enferm. USP v.35 n.1 São Paulo mar.2001.
RIBEIRO, Rita de Cassia Helú Mendonça; et al. Necessidades de aprendizagem de profissionais de
enfermagem na assistência aos pacientes com fistula arteriovenosa. Acta paul
Enferm.2009;22(Especial-Nefrologia):515-8.
SOUZA, Regina Araujo de; OLIVEIRA, Eduardo Araujo; SILVA, José Maria Penido; LIMA, Eleonora
Moreira. Avaliação do acesso vascular para hemodiálise em crianças e adolescentes: um estudo de
coorte retrospequitivo de 10 anos. J. Bras. Nefrol; 33(4):422-430, out-nov-dez.2011.
SZUSTER, Daniele Araújo Campos; et al. Sobrevida de pacientes em diálise no SUS no Brasil. Cad.
Saúde Pública, Rio de Janeiro,28(3):4 15-424, mar,2012.
TREPICHIO, Priscilla Branco; et al. Perfil dos pacientes e carga de trabalho de enfermagem na
unidade de nefrologia. Rev. Gaúcha Enferm.2013;34(2):133-139.
7
Download