ANTONIO FRANCISCO CARDOZO PROGRAMAÇÃO DA PORTA PARALELA E MICRO MICROCONTROLADORES PARA INSTRUMENTAÇÃO DOS DOS LABORATÓRIOS DIDÁTICOS DE FÍSICA JI-PARANÁ,RO JI PARANÁ,RO OUTUBRO 2010 ANTONIO FRANCISCO CARDOZO PROGRAMAÇÃO DA PORTA PARALELA E MICROCONTROLADORESPARA INSTRUMENTAÇÃO DOS LABORATÓRIOS DIDÁTICOS DE FÍSICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Física de Ji-Paraná, Universidade Federal de Rondônia, Campus de Ji-Paraná, como parte dos quesitos para a obtenção do Título de Especialista em Ensino de Física, sob orientação do Professor Dr. Robinson Viana Figueroa Cadillo e coorientação do Professor Dr. Edgar Martinez Marmolejo, JI-PARANÁ,RO OUTUBRO DE 2010 Cardozo, Antonio Francisco C268p Programação da porta paralela e micro-controladores para instrumentação dos laboratórios didáticos de física / Antonio Francisco 2010 Cardozo ; orientador, Robinson Viana Figueroa Cadillo. -- Ji-Paraná, 2010 53 f. : 30cm Trabalho de conclusão do curso de Pós-graduação em Ensino de Física. Universidade Federal de Rondônia, 2010 Referências bibliográficas 1. Física Estudo e ensino. 2. Física e informática. 3. Física Prática de ensino. 4. Física Ensino-aprendizagem. 5. Física Programação (Informática). I. Cadillo, Robinson Viana Figueroa. Federal de Rondônia. III. Titulo CDU 53 : 004 Bibliotecária: Marlene da Silva Modesto Deguchi CRB 11/ 601 II. Universidade i ii DEDICATÓRIA Dedico: A Deus, a minha família, especialmente a minha mãe, as minhas filhas, pela compreensão necessária, aos meus amigos professores de Física da UNIR-JP pelo apoio. iii AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a saúde e perseverança para concluir o curso de especialização. Ao professor Dr. Robinson Viana Figueroa Cadillo que me orientou neste trabalho, estando sempre à disposição quando solicitado. A todos os meus amigos e professores do departamento de física de Ji-Paraná, pelo apoio na realização deste trabalho. E aos colegas de turma, pela ajuda e pela companhia durante o curso. iv RESUMO Observa-se que o grande avanço científico e tecnológico alcançado nas ultimas décadas se deve a capacidade de processar os dados e adquirir com grande rapidez os resultados esperados. O computador hoje faz parte da vida de todos nós e isso justifica a necessidade de fazer da tecnologia a nossa aliada como recurso educacional. Desde esse contexto, este trabalho tem por objetivo: 1- mostrar as possibilidades do uso do computador nos laboratórios didáticos como instrumento de aquisição e processamento e de dados e também como um instrumento de medida de grandezas físicas através da porta paralela. 2- Mostrar a utilidade dos micro-controladores que pedem ser facilmente programados e utilizados tanto de pesquisa como no controle dos instrumentos do laboratório. Com a finalidade de atingir esses objetivos, foi usado como instrumento: a) Software desenvolvido em Visual Basic para a leitura e processamento dos dados recebidos. b) Um circuito eletrônico para transformar o sinal analógico em digital. Sensores de luz para a coleta de informação externa para análise no computador. c) Um pêndulo simples para o estudo do Movimento Harmônico simples. Neste trabalho foi analisado a amplitude e período oscilação de um pêndulo simples. Resultados obtidos neste trabalho sugerem diferentes aplicações do circuito no estudo de outros temas da física como movimento circular, queda livre, dinâmica, etc. Palavras chaves: Porta Paralela, micro-controladores, programação v ABSTRACT It is observed that the great scientific and technological progress achieved in recent decades is due to ability to process data very quickly and get the expected results. The computer is now part of life for everyone and this justifies the need to make technology our ally as an educational resource. From that context, this paper aims: 1 - show the possibilities of using computers in the undergraduate laboratory as an instrument of acquisition and processing and data and also as an instrument to measure physical quantities through the parallel port. 2 Show the usefulness of micro-controllers that require easily be programmed and used in both research and control of laboratory instruments. In order to achieve these objectives, was used as a tool: a) Software developed in Visual Basic for reading and processing of data received. b) An electronic circuit to convert the analog signal to digital. Light sensors to gather external information for computer analysis. c) A simple pendulum for the study of simple harmonic motion. This work analyzed the oscillation amplitude and period of a simple pendulum. Present results suggest different circuit applications in studying other subjects like physics circular motion, free fall, dynamics, etc. Key - words: Parallel, microcontrollers, programming vi LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS BIOS Basic Input/Output System CI Circuito Integrado CPU Central Processing Unit Digito Binário Bit Binary Digit DLL Dinamic Linking Library DMA direct memory access ECP Extended Capabilites Port EPP Enhanced Parallel Port I/O Input Output LDR Light Dependent Resistor LED Linght Emiting Diode LTP Line Print Terminal PCB Printed Circuit Board PROM (Programmable Read Only Memory RAM Random Access Memory SSI Small Scale Integration SSP Standard Parallel Part Vcc Common Collector Voltage TTL Transistor-Transistor Logic - Uma família de circuitos digitais DTL Diode transistor logic DB25 Conector de 25 pinos da Porta Paralela acesso directo à memória vii LISTA DE TABELAS Tabela 1. Pinos da Porta 888..................................................................................... 25 Tabela 2 Valores dos pontos da reta de carga.......................................................... 33 Tabela 3 Valores da tensão VB e da corrente IC do transistor................................. 34 Tabela 4 Valores dos 10 termos da série .................................................................. 41 Tabela 5 Erro cometido no cálculo do período de um pêndulo simples com =15°.. 42 viii LISTA DE FIGURAS Figura 1 Micro controlador SN7400N 15 Figura 2.(a) PORTA NOT 16 Figura 2.(b) Circuito NOT 16 Figura 3 Porta AND 16 Figura 4.(a) Porta OR 17 Figura 4.(b) Circuito OR 17 Figura 5 Circuito TLL 7400. 18 Figura 6 Configuração dos pinos do Conector DB25. 21 Figura 7.(a) Conector DB25 fêmea 21 Figura 7.(b) Cabo da Impressora 21 Figura 8 Período de rotação num movimento circular. 29 Figura 9 Experimento para medir o período de rotação do motor 29 Figura 10.(a) Elaboração da placa, (b) Placa principal 32 Figura 11 Diagrama do circuito 33 Figura 12 Funcionamento do transistor como chave aberta e fechada 34 Figura 13 Reta de Carga do Transistor. Os valores obtidos experimentalmente 36 Figura 14. (a) pinos e (b) diagrama do circuito integrado SN74F244NP 37 Figura 15 Diagrama do projeto 39 Figura 16 Janela principal do Software 40 Figura 17 Pêndulo Simples 41 Figura 18 Gráfico do período de oscilação versus amplitude 43 Figura 19 Gráfico do Período oscilação em função de diferentes número de termos da Série. 44 Figura 20 Gráfico dos Períodos com três funções de 0 a . 45 Figura 21 Gráfico dos Períodos com três funções de amplitude em Figura 22 Esquema da Montagem experimental para obtenção dos dados. 46 Figura 23 Valores encontrados experimentalmente para o Período 46 rad + 45 ix SUMÁRIO Capitulo 1: Introdução 11 Capitulo 2 Micro-controladores 12 2.1 Portas Lógicas 13 2.2 Portas Lógicas Básicas 15 2.3 Outros Circuitos As versões dos Circuitos TLL 16 Capitulo 3 Sistema de comunicação com a porta paralela 18 3.1 A porta paralela 19 3.2 Configuração dos conectores Conector DB25 20 3.3 Registradores da porta paralela 21 3.4 Comunicação com a Porta 22 3.5 Modo EPP e SPP 24 3.6 Interfaces de entrada e saída 25 3.7Aplicação da porta paralela para a física experimental 26 Capitulo 4: Desenvolvimento da Interface para analise dos dados 27 4.1 Ferramentas utilizadas nesta monografia 29 4.2 Elaboração da placa do circuito, procedimento 30 4.3 Placa Principal 31 4.3.1 Circuito 32 4.3.2 Transistor 32 4.3.3 Sensor LDR 35 4.3.4 Integrado SN74F244NP 36 4.4 aplicações da interfase em atividades experimentais de ensino de física. 38 4.4.1 Montagem do pendulo 39 4.4.2 O Solftware 39 4.4.3 O período do Pendulo Simples 40 4.4.4 Valores encontrados experimentalmente para o Péríodo 45 Capitulo 5: conclusões e recomendações 46 x Blibiografia 47 APÊNDICES 48 Apêndice A - Publicação das Variáveis e Declaração da DLL 48 Apêndice B - Software para Captura de Dados 50 Apêndice C - Função para conversão Binário Decimal 51 Apêndice D - Função para Cálculo da Gravidade Terrestre 52 Apêndice E - Função para plotar o Gráfico 53 Apêndice F -Função Principal para Leitura e Captura dos dados 54 Apêndice G -Programa para calcular os termos da série 57 11 1. INTRODUÇÃO O principal objetivo deste trabalho e justificar a importância, a necessidade e exemplificar o uso do computador como instrumento de captura processamento e análise de dados através da porta paralela que é a forma mais simples para a implementação de programação e montagem de interfaces as outras portas também podem ser usadas necessitando para isso instrumentos mais sofisticados necessária a comunicação serial. A porta paralela é adequada porque transmite dados de forma bidirecional sem necessidade de um protocolo de envio e recebimento de dados, sendo necessária apenas a sua configuração para esse fim. O computador é um importante instrumento de laboratório e pode ser usado como instrumento de medida em experiências que envolvam medidas de tempo, temperatura, luminosidade entre outros e também na aquisição e processamento de dados em grandes quantidades em tempo real. O laboratório sempre foi para a Física um importante instrumento de demonstração, ensino, pesquisa e sua modernização implica a adequação dos equipamentos para que possam ser modificados e compreendidos e assim melhor aproveitados de acordo com o planejamento feito pelos professores. Parte da tarefa, muitas vezes tediosa, de coleta de dados também em um laboratório didático, pode e deve ser transferida para as máquinas, como ocorre no sistema produtivo. Isto possibilita que professores e alunos tenha mais tempo no processo ensino aprendizagem para discussão dos aspectos físicos relevantes, como modelos físicos e matemáticos, das grandezas físicas relevantes e suas relações. Podese, ainda, tratar de problemas mais reais e atuais, que de outro modo não seriam tratado. O computador é útil, e muitas vezes imprescindível, para a previsão de resultados - via modelagem computacional - e para medir - via aquisição automática de dados. Modelagem computacional é um dos pilares fundamentais do desenvolvimento científico atual. A física como ciência experimental deve fazer uso da modelagem computacional tanto na pesquisa como no ensino inserindo nos laboratórios os recursos computacionais. Atualmente, a Física computacional possui atuação muito mais abrangente que a tradicional. O conhecimento em Ciência e Engenharia da Computação são utilizados 12 como ferramentas para os avanços tanto em Física teórica como experimental, ao mesmo tempo em que conceitos da Física são aplicados à Teoria da computação. Neste trabalho descrevemos as possibilidades do uso da porta paralela do computador com a finalidade de processar dados externos coletados através de cabos, usando sensores. O uso de sensores está presente em muitos circuitos como Sistema de alarme para carros, sistema de segurança residencial, controle remoto para abertura e fechamento de portões, no laboratório pode ser usado para medir as grandezas físicas como temperatura voltagem luminosidade tempo e como aquisição de dados. Eles podem ser utilizados na coleta de informação para uma grande variedade de experiências em tempo real e enviados para processamento via porta paralela, isso possibilita aos professores ou pesquisador automatizar a coleta dos dados do mundo físico e processá-los no computador através de programas desenvolvidos para esse fim, ou através dos Microcontroladores [1]. 2. MICRO-CONTROLADORES Os micro-controladores são chips inteligentes, constituídos por um processador, pinos de entradas/saídas e memória. Através da programação dos micro-controladores, podemos controlar suas saídas, tendo como referencia as entradas através de um programa interno. O que diferencia os diversos tipos de micro-controladores é a quantidade de memória interna, velocidade de processamento, quantidade de pinos de entrada/saída (I/O), alimentação, periféricos, arquitetura e instruções. Um micro controlador pode efetuar várias funções que necessitariam um grande número de outros componentes. Assim aprender a programar micro-controladores significa aprender a resumir circuitos em um único componente . Para suprir exigências de projetos, existe uma ampla gama controladores disponíveis no mercado, diferenciando pelo número de linhas de entrada/saída e pelos recursos de periféricos dos dispositivos [2]. 13 MICRO-CONTROLADORES PIC O pic pode ser visto externamente como um circuito integrado TTL ou CMOS normal, mas internamente dispõe de todos os dispositivos típicos de um sistema microprocessado, ou seja: Uma CPU (Unidade de Processamento Central) e sua finalidade é interpretar as instruções de programa; Uma memória PROM (Programmable Read Only Memory ou Memória Programável Somente para Leitura) na qual ira memorizar de maneira permanente as instruções do programa; Uma memória RAM (Random Access Memory ou Memória de Acesso Aleatório) utilizada para memorizar as variáveis utilizadas pelo programa; Uma serie de LINHAS de I/O (entrada e saída) para controlar dispositivos externos ou receber pulsos de sensores, chaves, etc.[3], uma serie de dispositivos auxiliares ao funcionamento como gerador de clock, etc. A presença de todos estes dispositivos em um espaço extremamente pequeno, da ao projetista ampla gama de trabalho e enorme vantagem em usar um sistema micro-processado, onde em pouco tempo e com poucos componentes externos podemos fazer o que seria oneroso fazer com circuitos tradicionais [4]. 2.1 PORTAS LÓGICAS Em 1854, o matemático inglês George Boole (1815 1864) representou um sistema matemático de análise lógica conhecido como álgebra de Boole. Em 1938 o engenheiro americano Claude Elwood Shannon utilizou as teorias da álgebra de Boole para a solução de problemas de circuitos de telefonia em reles, praticamente introduzindo na área tecnológica a eletrônica digital. Esse ramo da eletrônica emprega em seus sistemas um pequeno grupo de circuitos básicos padronizados conhecidos como portas lógicas. Todo circuito lógico executa uma expressão booleana, e por mais complexo que seja, é formado pela interligação das portas lógicas básicas. O computador, é formado por circuitos eletrônicos que armazenam sinais binários. Circuitos digitais são formados por pequenos elementos capazes de manipular 14 grandezas binárias, portas lógicas, são elementos de hardware que recebe um ou mais sinais de entrada e produz um sinal de saída, cujo valor é dependente do tipo de regra lógica estabelecida para a construção do referido circuito. A CPU contém Memória Principal, Dispositivos E/S e outros dispositivos são fabricados através da adequada combinação de milhões de portas lógicas. A importância dessas portas lógicas está no fato de representarem os elementos básicos de construção da maioria dos circuitos digitais práticos. Quando se deseja construir um circuito lógico (ou digital) relativamente simples, usa-se uma placa de circuito impresso com soquetes sobre os quais se insere um circuito integrado (CI) digital. A maioria dos CI's já é padronizada, e os mais comuns pertencem à série denominada 7400. Os mais simples utilizam a tecnologia de Integração em Pequena Escala (SSI - Small Scale Integration). CARACTERÍSTICAS DAS PORTAS LÓGICAS 1. As estradas não estão limitadas a 2. Podem ter quantas entradas forem necessárias. 2. A saída é sempre única. 3. Os circuitos podem ser construídos pela combinação das portas lógicas. 4. Qualquer expressão booleana pode ser representada pela combinação de portas lógicas. 5. Um mesmo circuito pode ser construído a partir de combinações de portas diferentes. Figura 1. Micro-controladores SN7400N e sua respectiva configuração de pinagens. 15 2.2 PORTAS LÓGICAS BÁSICAS PORTA NOT (NÃO) A porta NOT inverte o sinal de entrada (executa a NEGAÇÃO do sinal de entrada), ou seja, se o sinal de entrada for 0 ela produz uma saída 1, se a entrada for 1 ela produz uma saída 0. Circuito NOT Chave A aberta (0) (a) S= 1 Chave A fechada (1) S= 0 (b) Figura 2. (a) PORTA NOT, (b) Circuito NOT PORTA AND (E) A porta AND combina dois ou mais sinais de entrada de forma equivalente a um circuito em série, para produzir um único sinal de saída, ela produz uma saída um (1), se todos os sinais de entrada forem iguais a um (1); caso qualquer um dos sinais de entrada forem iguais a zero (0), a porta AND produzirá um sinal de saída igual a zero. Figura 3. Porta AND 16 PORTA OR (OU) A porta OR combina dois ou mais sinais de entrada de forma equivalente a um circuito em paralelo, para produzir um único sinal de saída, ou seja, ela produz uma saída 1, se qualquer um dos sinais de entrada for igual a 1; a porta OR produzirá um sinal de saída igual a zero apenas se todos os sinais de entrada forem 0. (a) (b) Circuito OR CH A aberta (0) CH B aberta (0), CH A aberta (0) CH B fechada (1), CH A fechada (1), CH B aberta(0), CH A fechada (1), CH B fechada (1), S =0 S =1 S=1 S =1 Figura 4. (a) Porta OR, (b) Circuito OR. 2.3 OUTROS CIRCUITOS AS VERSÕES DOS CIRCUITOS TLL A família TTL é derivada da família DTL, sendo o resultado de uma série de inovações tecnológicas. Uma delas é a utilização nos seus circuitos internos de transistores bipolares de vários emissores também conhecidos como multiemissores. Trata-se de uma família pioneira, tradicional e muito utilizada ao longo dos anos, devido principalmente ao seu fácil manuseio e à colocação no mercado de uma série de circuitos integrados padronizados. Além dos blocos comuns (Standard), a família TLL possui outras versões de circuitos com a finalidade de atender a solicitações de ordem prática nos parâmetros relativos à velocidade, consumo e potência. A família TTL colocou no mercado uma série de circuitos integrados padronizados com configurações e pinagens disponíveis nos manuais dos fabricantes. São circuitos integrados de 14 pinos ou mais conforme a complexidade do circuito agregado, com encapsulamento denominados DIP (Dual-InLinePackage), cuja identificação da disposição dos terminais se faz através da vista 17 superior, em sentido ant-horário a partir do ponto de referencia colocado no pino 1 próximo do chafro existente no bloco, para exemplificar figura 5 apresenta a pinagem do circuito integrado 7400 com 2 entradas sendo esta válida também para o 5400 de uso militar e ainda para as versões 74L00, 74H00, 74S00, 74A00, 74LS00,74ALS00 de uso comercial. Figura 5. Circuito TLL 7400. 18 3. SISTEMA DE COMUNICAÇÃO COM A PORTA PARALELA Uma das grandes vantagens do computador é poder interagir com o meio externo, seja enviando um comando, ou coletando dados. Em pesquisas de física experimental o computador pode ser uma ferramenta de aquisição e tratamento de dados. Essa aquisição pode ser feita de várias maneiras, pois o computador oferece uma grande quantidade de dispositivos para a entrada e saída de informações. Nos laboratórios modernos são usadas interfaces específicas para cada tipo de trabalho, estas interfaces são ligadas de maneira a coletar ou enviar dados de equipamentos com grande precisão e velocidade. Os sistemas operacionais da Microsoft nas versões XP, NT e 2000, implementam uma política de segurança que impede o usuário de trabalhar diretamente com a porta paralela, sendo necessário liberar o acesso para que projetos eletrônicos funcionem devidamente. A configuração da porta pode ser feita mais facilmente usando programas para fazer este trabalho neste trabalho foi usado o Userport, desenvolvido por Tomas Franzon, que pode ser baixado no endereço www.eletronica.org/arquivos/userport.zip. Passos para configuração da porta paralela: 1. Baixar o arquivo UserPort.zip ; 2. Descompacte o arquivo em um diretório (pasta); 3. Copie o arquivo UserPort.sys para o diretório: c:/windows/system32/drivers ou c:/winnt/system32/drivers para o Windows NT; 4. Execute o programa UserPort.exe; 5. Mude os endereços para 0x378-0x37A, clicando em "ADD". 6. Remova os outros endereços com o botão "Remove". 7. Clique em "Start". 19 3.1 A PORTA PARALELA A porta paralela é uma interface de comunicação entre o computador e um periférico, o qual permite enviar e receber dados. Esta transmissão de dados e sinais de controle é feita através de impulsos elétricos transportados por condutores ( fios ) elétricos. Os dados são transferidos codificados em bytes, através de oito condutores paralelos, cada um transportando um bit. Usando oito condutores para transportar cada byte. Através da porta paralela permite-se enviar dados no modo unidirecional e no modo bidirecional, ou seja, envia e recebe dados pelos mesmos condutores. As interfaces capazes de executar este tipo de tarefa são conhecidas como interfaces de entradas e saídas (E/S), ou Input/Output (I/O) a qual se descreve qualquer troca de dados entre dois dispositivos. Um "dispositivo de E/S" é um periférico qualquer que permite esta troca de dados. A vantagem das conexões paralelas é que com oito vias para transportar dados simultaneamente, os bytes são transportados inteiros e não há necessidade de circuitos complexos para reconstituí-los quando são recebidos. As informações podem fluir rapidamente do computador para a impressora ou qualquer outro dispositivo. Embora na maioria das vezes a porta paralela seja usada para conexão com a impressora, ela também pode ser usada para receber dados de dispositivos externos, viabilizando sua utilização para diferentes tipos de aplicações, como, por exemplo, controle de motor de passo, interligação entre computadores, aquisição de dados, etc. A comunicação entre o software e a placa do circuito é feita pelo cabo DB25 O interessante de uma conexão via cabo paralelo é a facilidade de execução isso porque ela é padrão em qualquer PC. Em ambientes industriais ela utilizada também para a comunicação dos mais diversos tipos de equipamentos micro processado devido exatamente ao seu baixo custo de implantação. Por padrão, o endereço em hexadecimal 378h é o utilizado para a LPT1, isso não significa que esse endereço seja estático. Ele pode ser mudado a qualquer momento, desde que se tenha noção do que se esteja fazendo, pois, qualquer procedimento errado poderá gerar conflitos e o periférico ficar inoperante. 20 3.2 CONFIGURAÇÕES DOS CONECTORES Figura 6. Configuração dos pinos do Conector DB25. (a) (b) Figura 7. (a) Conector DB25 fêmea, (b) Cabo da Impressora. A conexão de qualquer equipamento à porta paralela é feita através do Conector DB25. Esse conector é universal e contém 25 pinos. É através desse conector que se estabelece a comunicação da porta paralela com interfaces conectadas a ela. No Conector DB25, cada pino recebe um nome, que está relacionado ao Registrador que o controla. 1- Os pinos 2 a 9, denominados, da esquerda para a direita, de D0, D1, D2, D3, D4, D5, D6 e D7 são controlados pelo Registrador de Dados (saída de dados), e a letra D indica isso. O número que vem após a letra corresponde à posição do pino dentro do Byte. 2- Os pinos 10, 11, 12, 13 e 15, denominados S6 End, S4 Select Out, S3 Ack, S7 Busy, S5 Paper Error, são controlados pelo Registrador de Status (entrada de 21 dados), e a letra S indica isso. O número que vem após a letra corresponde à posição do pino dentro do Byte. 3- Os pinos 1, 14, 16 e 17, denominados C0 C3 Strob, C1 Auto Feed, C2 Init e Select In, são controlados pelo Registrador de Controle da Porta Paralela (controla a impressora, pode ser usado como outras 4 saídas), e a letra C indica isso. O número que vem após a letra corresponde à posição do pino dentro do Byte. 4- Os pinos (18 a 25) são terra (Ground). Existem pinos na Porta Paralela que trabalham com lógica invertida, isso quer dizer que quando queremos ativar esses pinos temos que enviar um sinal lógico 0 e quando desejamos desativar, devemos mandar um sinal lógico 1 . 3.3 REGISTRADORES DA PORTA PARALELA A Porta Paralela possui três Registradores: 1- Registrador de Dados (Data Lines) usado para enviar dados através da Porta Paralela, parta 888. 2- Registradores de Entrada (Status Lines) através desse registrador podemos receber dados do mundo externo, porta 889. 3- Registrador de Controle (Control Lines) a princípio tem a função de controlar a impressora, mas pode ser usado para enviar dados para o mundo externo,porta 890. Cada Registrador tem um endereço único, que não interfere nos demais. São eles: Registrador de Dados: 888 ou 378h (em Hexadecimal), Registrador de Status: 889 ou 379h (em Hexadecimal) e Registrador de Controle: 890 ou 37Ah (em Hexadecimal) 22 3.4 COMUNICAÇÃO COM A PORTA Na comunicação em paralelo, grupos de bits são transferidos simultaneamente (em geral, byte a byte) através de diversas linhas condutoras dos sinais. Desta forma, como vários bits são transmitidos simultaneamente a cada ciclo, a taxa de transferência de dados é alta. Aporta paralela tem 8 pinos para envio de dados (D0 a D7), 4 pinos para controle (C0 a C3) e 5 pinos para entradas (S3 a S7), os restantes (18 a 25) são GND. Alguns dos pinos têm um traço por cima do nome. Isto significa que esses pinos são invertidos, ou seja, num pino normal como por exemplo o C2 se enviarmos o sinal 1 para esse pino, o seu valor é alterado para 1 o que quer dizer que está ativado, se enviarmos o sinal 0, o pino é desativado. No caso do pino 3 como é invertido acontece o contrário, se enviar o sinal 1, ele é desativado e se enviarmos o sinal 0 o pino é ativado. Apesar de se dar o nome de Pinos de Dados aos pinos D0 a D7 e Pinos e Controlo aos C0 a C3, ambos servem para enviar dados. O computador dá o nome de LPT1, LPT2, etc., porta paralela. A LPT1 tem um endereço para que possamos comunicar com ela. O endereço da LPT1 para envio de dados através dos pinos D0 a D7 em hexadecimal é &H378 e em decimal é 888. Para receber dados são &H379 em hexadecimal e 889 em decimal. A porta paralela possui 8 pinos de envio de dados e 5 de entradas, cada pino desses equivale a 1-bit o que quer dizer que podemos enviar 8 bits e receber 5 bits ao mesmo tempo. Em binário um número começa-se a ler da direita para a esquerda, por isso se tivermos o número 00000001 em binário e o enviarmos para a porta paralela para ativar os pinos de dados, será o pino D0 a ser ativado. Se enviarmos 00000000, teremos todos os pinos desativados, se enviarmos 11111111 teremos todos os pinos ativados. A comunicação é feita através de uma DLL para podermos comunicar com a porta paralela. c:\windows\system32 . 23 DECLARAÇÃO DA DLL Private Declare Function Inp Lib inpout32.dll _ Alias Inp32 (ByVal PortAddress As Integer) As Integer Private Declare Sub Out Lib inpout32.dll _ Alias Out32 (ByVal PortAddress As Integer ByVal Value As Integer) Depois de termos declarado a DLL temos 2 comandos, Inp e Out. Inp serve para receber dados da porta paralela, Out serve para enviar dados para a porta paralela. Exemplo do comando para recebermos dados: dim varInput as integer; varInput = Inp(889), o valor das entradas fica armazenado na variável varInput. Inp é o comando e 889 é o endereço da LPT1 para as entradas. Para saber quais as saídas, pinos de dados (D0 a D7) que temos ativadas e desativadas devemos trocar o endereço para o endereço das saídas: dim varOutput as integer varOutput = Inp(888) Instrução Out envio de dados. Para enviar dados através da porta paralela utiliza-se o comando Out seguido do endereço da porta Out 888 onde 888 é o endereço dos pinos de dados da LPT1. Por exemplo se quiser ativar todos os pinos de dados da porta paralela: Out 888, 255, Para desativar todos: Out 888, 0 os valores enviados a porta devem estar em decimais para ativar e desativar os pinos da porta paralela. Isto acontece porque esta DLL trabalha com números decimais. Portanto se quisermos ativar o pino D0, teremos de dar á DLL o valor 1 e não 00000001 e se for o pino D1 enviamos o valor 2 e não 00000010 e se for o pino D2 enviamos o valor 4 e não 00000100 . Pino D0 D1 Valor Binário 00000001 00000010 Valor Decimal 1 2 24 D2 00000100 4 D3 00001000 8 D4 00010000 16 D5 00100000 32 D6 01000000 64 D7 10000000 128 Tabela 1. Pinos da Porta 888 Com o método Out Endereço, Valor conseguimos enviar dados através da porta paralela, por exemplo: Out 888, 1 , o pino D0 é ativado Out 888, 2 , o pino D1 é ativado e o pino D0 é desativado. Se for preciso que o pino D0 continue, devemos buscar o valor que já esta na porta paralela, ou seja, os pinos que já estão ativados, neste caso é o pino D0 que nos retornaria o valor 1 e em seguida somarmos o valor do pino ou dos pinos que queremos ligar, neste caso o valor 2 e seria enviado o valor 3 que ativaria o pino D0 e o pino D1. As entradas da porta paralela são ativadas através de sinal negativo, ou seja, quando são ligadas ao GND são ativadas. Como as entradas são sensíveis é melhor utilizar-se uma proteção para que não queimemos a motherboard. 3.5 MODOS SPP, EPP E ECP O modo que tem um a melhor taxa d e transferência é o ECP. Esse modo de operação é um avanço sobre o modo EPP, aumentando significativamente a taxa de transferência da porta paralela. O modo utilizado para implementação do projeto foi o ECP. O modo EPP, tem velocidade semelhante ao ECP, porém com menos recursos. Geralmente, configuramos a porta paralela com ECP, pois este traz várias vantagens 25 sobre os outros modos, como o uso de um canal de DMA, que diminui a taxa de ocupação do processador durante as transferências de dados. EPP (Enhanced Parallel Port), é um modo bidirecional que utiliza 8 vias para enviar e receber os dados. São enviados ou recebidos 8 bits (1 byte) de cada vez. Para controlar a direção dos dados, é necessário manipularmos o Bit 5 (C5) do byte do REGISTRADOR DE CONTROLE. De imediato, ao ativarmos o modo EPP para leitura, alterando o bit5 do Registrador de Controle para 1 (um), todos os bits do Registrador de Dados estarão no nível lógico alto 1 (um), portanto, para enviarmos dados através desse registrador devemos mandar sinais aos pinos (D0...D7) no nível lógico baixo 0 (zero). Nesse caso, a porta trabalhará com lógica invertida. ECP (Extended Capabilites Port) esse modo de operação é um avanço sobre o modo . EPP, aumentando significativamente a taxa de transmissão da porta, tem dois endereços distintos, um par a escrever e outro par a ler dados. Podemos observar o endereço do dispositivo de entrada e saída configurado através da BIOS (Basic Input/Output System) do PC ou no gerenciador de dispositivos do Windows [5]. A partir do PENTIUM 100mhz, o hardware de controle da Porta Paralela está onbord (já incluso na própria placa mãe). As portas paralelas, encontradas nas placas mãe modernas, podem trabalhar em diferentes modos de operação. É possível configurar qual será usado no setup, onde geralmente estão disponíveis as opções: Normal, Bidirecional, ECP e EPP. Os modos Normais e Bidirecionais são bem mais lentos. A diferença entre eles é que o modo Bidirecional permite comunicação bidirecional. O modo ECP é mais rápido, sendo usado por impressoras um pouco mais modernas, além de ser compatível com a maioria dos Scanners, Zip Drives e outros dispositivos que utilizam a porta paralela. 3.6 INTERFACES DE ENTRADA E SAÍDA Interface de entrada consiste de uma placa de circuito eletrônico que recebe o sinal dos sensores um fotodiodo ou LDR, que possui resistência variável com incidência 26 da luz e uma fonte de luz que pode ser uma lâmpada ou um laser. Quando o feixe de luz incide sobre o fotodiodo o circuito envia um sinal de +5V para uma das entradas da porta paralela. Se o feixe é interrompido o circuito envia um sinal de 0V. Estes sinais formam um pulso lógico interpretado pelo programa como 0 e 1. Podemos com essa lógica montar várias experiências para receber dados como medidas de tempo, velocidade, ângulos, etc. 3.7 APLICAÇÕES DA PORTA PARALELA PARA A FÍSICA EXPERIMENTAL. A possibilidade de aquisição automática de dados usando o computador em experiências de laboratórios é uma proposta importante para a aprendizagem e pode ser praticado em diversas áreas da Física principalmente em Mecânica, Termologia, Eletromagnetismo e Ondulatória. A implementação de tais sistemas em escolas de ensino médio e mesmo em muitas universidades, entretanto, não tem ocorrido. Em parte isto se deve inexistência de laboratórios equipados e pela falta de pessoal capacitado para implementação dessa tecnologia. A utilização do computador e da porta paralela em interfases eletrônicas necessita de três elementos básicos: 1) Sensores, como microfone, LDR, termistores, foto-transmissor, entre outros. Estes sensores têm como característica comum o fato de que varia sua resistência como conseqüência da variação de alguma grandeza física (intensidade sonora, intensidade luminosa, temperatura). 2) Interface que transforma o sinal analógico em digital. Nos sistemas comerciais costuma ser uma caixa-preta. Mais recentemente a própria placa de som do microcomputador tem sido utilizada como interface analógico/digital. Outras possibilidades incluem a porta paralela e o mouse. 3) Software que lê e registra os dados. Estes softwares podem gerar, como preferimos, simplesmente um arquivo de dados, com os valores da resistência em função do tempo, cabendo ao estudante interpretar os dados em uma planilha eletrônica. Nos sistemas comerciais os softwares usualmente apresentam várias alternativas para 27 apresentação dos dados, como tabelas, gráficos e inclusive a possibilidade de cálculos estatísticos. Também entendemos que o computador deve ser utilizado como instrumento de medida quando se investiga fenômenos que requeiram tamanha freqüência de medidas que a coleta manual é impossível, para se obter maior precisão nas medidas. Em qualquer destes casos uma das vantagens da aquisição automática, é que os dados já ficam organizados na forma digitalizada, agilizando o processo de tratamento estatístico e confecção de gráficos. 4. DESENVOLVIMENTO DA INTERFACE PARA ANALISE DOS DADOS Neste trabalho a proposta e construir um circuito capaz de capturar e processar os dados produzidos por sensores pela porta paralela. Um programa de computador desenvolvido na linguagem Visual Basic será responsável pelo processamento dos pulsos recebidos dos sensores e efetuar os cálculos, plotar gráficos e armazenar os dados para futuras análises. O software também é o responsável pela comunicação com a porta através das instruções Inp(PortAddress) e Out(PortAddress). Todo o processo de interação entre o software com o dispositivo exterior ocorre em tempo real via porta paralela. A leitura dos dados é feita através do endereço 0x379h; pinos: 10, 11, 12, 13 e 15 do DB25. O acesso é feito pelo programa no endereço decimal Inp(889). O endereço 0x379h contém 01111000, o bit mais significativo desse byte é 0 (zero). Para fazer um software que reconheça o estado de cada bit, é necessário sabermos como ele se encontram atualmente. Para verificar se o bit 3 ou bit 7, receberam um sinal da porta, estes deverão alternar seus estados de 1 (um) para 0 (zero). O objetivo é montar um circuito fotoelétrico muito simples com poucos componentes eletrônicos, contendo como elementos principais: um software, um circuito eletrônico e sensores. O propósito é enviar sinais elétricos de 0V ou +5V ao computador, o qual será convertido pela interface em sinal lógico 0 e 1. Neste projeto foi um LDR como receptor o LDR é um dispositivo eletrônico que tem a propriedade de 28 aumentar sua resistência quando com a interrupção da luz incidente sobre ele. A placa de circuito desenvolvida no projeto tem a função de transformar essa variação de resistência em sinal digital e enviar a porta paralela que será lida pelo software. A freqüência de leitura da porta 889 pelo software é de 10-3 (0,0016) s responsável em capturar e processar os dados recebidos. A aplicação da interface descrita neste trabalho é de propósito geral e tem inúmeras possibilidades de utilização nos laboratórios didáticos. A figura 8 e 9, mostra a coleta de dados de um motor de corrente contínua CC pela interface desenvolvida neste trabalho. Os dados foram coletados fazendo circular um disco com uma fenda colocada no caminho da luz entre o laser e o LDR. Foi usado um potenciômetro com a finalidade de variar a velocidade do motor, através da variação da tensão fornecida a ele, o pico no gráfico corresponde à diminuição da velocidade de rotação do motor. Figura 8. Período de rotação num movimento circular. Figura 9. Experimento para medir o período de rotação do motor. 29 4.1 FERRAMENTAS UTILIZADAS NESTA MONOGRAFIA 1 Placa de circuito fenolite (8 x10) cm; 1 Conector tipo RJ11 4 X 4 fêmea; 1 Folha de papel fotográfico tamanho A4; 1 frasco de álcool 500 ml; Palha de aço; Percloreto de ferro; 1 circuito integrado modelo 74HC244; 3 resistores de 0,38 KW; 2 resistores de 9,8 KW; 1 transistor BC 548; 1 Fonte de alimentação 6,3V CC; 2 Conector tipo RJ11 4x4 macho; 1 Estrutura com suporte universal para o pêndulo; 1 led vermelho 4,5 V; 2 led amarelo 4,5 V; 1 Sensor LDR; 1 Capacitor Eletrolítico; 30 4.2 ELABORAÇÃO DA PLACA DO CIRCUITO, PROCEDIMENTO. MATERIAIS NECESSÁRIOS uma impressora laser; folhas de papel a4 tipo "photopaper ferro passar roupa. o percloreto de ferro. O primeiro passo é ter o desenho do circuito impresso, isso pode ser feito através de um software de desenho de placas. O segundo passo é obtenção da placa de fenolite de 15cm x 10cm.A foto abaixo mostra um pedaço desta placa em cima de uma folha de glossy paper. Imprimir o desenho do circuito impresso no glossy paper, usando uma impressora laser. Levando em conta a inversão necessária no desenho.Observar também para a resolução do desenho, quanto maior a resolução, melhor. Após a impressão o papel pode ser cortado. Fazer a impressão no centro da folha, a placa cobreada deve ser bem limpa com Álcool para remover todo o óxido cúprico e gordura. Impressão do circuito na placa, a face impressa deve estar voltada para a placa, e fixada com fita isolante. Aplicar o ferro com o termostato na posição 5 sobre o papel, a placa absorve boa parte do calor. O toner da impressão mais o glossy do papel são transferidos para a placa. O tempo necessário para o contato com o ferro e de aproximadamente 3 minutos. Após ser esfriada a placa, o papel que encobre a placa pode ser removido. A placa, agora, está praticamente pronta para ser corroída. Para fazer a correção, usar uma caneta para retroprojetor O próximo passo é colocá-la num recipiente de plástico ou vidro e fazer a corrosão com o percloreto de ferro em água corrente, o produto não é um ácido, mas pode manchar profundamente a pele. Encha o recipiente de forma a cobrir completamente a placa. A corrosão demorará de 15 a 30 minutos, dependendo da temperatura do ambiente, temperatura do percloreto, se há agitação no recipiente, etc. 31 Este método é quase tão bom quando mandar fazer a placa em escala industrial, onde é utilizada geralmente uma tinta fotossensível para formar o desenho antes da corrosão. Um rocesso bastante caro [6]. Neste trabalho,foi usado o procedimento padrão para confecção da placa e o programa utilizado no desenho foi o Express PCB Versão 7.0.2 4.3 PLACA PRINCIPAL Figura 10. (a) Elaboração da placa, (b) Placa principal 32 4.3.1 diagrama do circuito eletrônico Figura 11. Diagrama do circuito O circuito foi desenvolvido para usar uma fonte de tensão de 6,3 volts e 0,5mA. Ele tem a função de Converter o sinal analógico do sensor em digital para ser captado pela porta paralela. Cálculo da corrente máxima e mínima na base do transistor IBmin VBB RB 6,3 98000 0,068mA IBmax 6,3 100 63mA 4.3.2 transistor As situações de corte e saturação de um transistor são impostas pela polarização, ou seja, são obtidas em função do correto dimensionamento de Rc e Rb, e pela variação do ponto de trabalho em função da tensão aplicada entre base e emissor do transistor. O transistor comportar-se-á como chave aberta quando aplicamos um potencial 0 ou negativo na entrada E. Neste caso, operará na situação de corte, pois estaremos aplicando corrente 0 á sua base, sendo a tensão na saída do circuito igual ao potencial da fonte (+Vcc). 33 Analogamente, o transistor comportar-se-á como chave fechada quando aplicamos um potencial positivo nesta mesma entrada. Nesse caso, operará na saturação e a tensão entre coletor e emissor cairá para 0,3V no máximo, resultando assim em uma baixa tensão (VS = 0,3V), sendo considerada como nível 0. A figura 12 ilustra as situações de corte (a) e de saturação (b) do transistor NPN. Figura 12. Funcionamento do transistor como chave aberta e fechada O transistor usado no circuito foi o BC328, a figura15 mostra a operação do transistor, os dados foram obtidos experimentalmente, mostrando que o transistor funciona com uma tensão de joelho de 0,7V IB. A tensão de core do transistor é de 1,5V. Observa-se que uma para uma voltagem na base menor que 0,7V o transistor não conduz corrente IC ambiente é de 0 portanto está em corte. O valor da tensão da base IB com a luz 0,12V. A determinação da reta de carga é feita com o auxílio de dois pontos, o ponto de saturação e o ponto de corte. Quando a corrente na base é grande intensa a tensão VCE reduz-se aproximadamente a zero, este ponto indica a máxima corrente do coletor possível no circuito. O ponto de corte diz respeito ao máximo valor possível de tensão VCE, nestes casos pode conceber-se o transistor como um circuito aberto entre coletor e emissor.. As curvas características de saída do transistor relacionam as variáveis IC e VCE pela Equação VCE=VCC-ICRC (1). Se a tensão da base for menos 0,3V, o transistor se comporta como uma chave aberta portanto está em corte, tensão máxima e corrente = 0. O segundo ponto da reta de carga é: (VCE=VCC-0, IC=0). 34 Se a tensão da base for maior que 0,7V o transistor está funcionando como uma chave fechada, se a corrente IC aumentar muito ele estará saturado, e a tensão VCE cai para 0, neste caso temos IC máxima,vce =0. Este valor determina o primeiro ponto da reta de carga. Pela equação (1) temos: 0=VCC-RCIC. O primeiro ponto será definido por IC ) VCC . Assim a reta de carga tem os seguintes valores [7]: RC IB CORTE IB ATIVO 0,7V 0,7 V I B 1,5V IB 1,5V VCE VCE IC ) VCE VCC 0 VCC RC I C 0 SATURADO 0 VCC IC RC I C VCC RC Tabela 2 Valores dos pontos da reta de carga. O ponto de corte diz respeito ao máximo valor possível de tensão VCE, nestes casos pode conceber-se o transistor como um circuito aberto entre coletor e emissor. IC 0 VCE ( CORTE ) Vb (V) Ic (mA) 0,2 0,000 0,3 0,065 0,4 0,130 0,5 0,500 VCC 35 0,6 0,800 0,7 1,500 0,8 4,000 0,9 10,000 1,0 17,000 Tabela 3 Valores da tensão VB e da corrente IC do transistor. VCC / RC (mA) 15 IC 10 5 0 0,2 0,4 0,6 0,8 VCC = VCE 1,0 (V) Figura 13 Reta de Carga do Transistor. Os valores obtidos experimentalmente 4.3.3 Sensor LDR LDR, é um resistor que muda a resistência com a variação da intensidade da luz incidente. A variação de resistência do escuro para o claro é tipicamente de alguns mega ohms para algumas centenas de ohms, essa variação não é linear. A grande vantagem do 36 LDR em relação aos outros componentes fotossensíveis reside no fato de não ser polarizado, podendo ser usado em corrente alternada. A desvantagem é o tempo de resposta muito grande, dependendo da intensidade média de luz sobre o LDR, o que limita sua faixa de funcionamento a algumas centenas de Hertz. A variação da resistência do LDR medido experimentalmente foi de 13k do escuro para o claro. Como o LDR está ligado em paralelo com o resistor da base de 9,8k isto significa que a base tem uma resistência máxima dada pelo resistor da base R1 e uma resistência mínima dada pelo LDR. Na presença da luz, o valor da tensão da base é máxima e seu valor é 4,26V dependendo da intensidade da luz, o sinal de saída é 0V. Malhada entrada E - Vab Vbc Vcd 0 Na ausenciade luz no LDR os valoresexperimentais são : Com a insidenciada luz no LDR os valores são : Vab 0,58V Vbc 0,58V Vcd 5,16V Vab 2,7V Vbc 0,58V Vcd 3,1V Na primeira situação, o transistor está em corte Vab na região ativa Vab 0,58 0,58 5,16 6,32V 2,7 0,58 3,1 6,32V 6,38V 0,58V e na segunda situação esta 2,7V . Isso mostra que o transistor está em corte na ausência da luz e ativo, com a incidência da luz no LDR. Com a interrupção da luz o LDR, a tensão da base baixa para valores próximos a 0V, isso faz o transistor ficar em corte e um sinal de 5,0V do CI e enviado a porta que interpreta o valor como 0V. Quando a luz incide no LDR, a tensão na base do transistor de 2,7V neste caso há queda na tensão de saída para valores próximos de 0V e o valor recebido do CI pela porta é 1. 4.3.4 integrado SN74F244NP (a) (b) Figura 14. (a) pinos e (b) diagrama do circuito integrado SN74F244NP. 37 Descrição: CI BUFFER não inversora, DIP-20 Tampão Tipo: não inverte Faixa da Tensão de: 4.75V para 5.25V Case Logic Estilo: DIP N º de Pinos: 20 Temperatura de operação: 0 ° C a +70 ° C Processo Leaded compatível: O 'F244 é organizado como dois buffers de 4 bits / linha condutores com saída separada permitir (OE) entradas. Quando OE é baixo, o dispositivo transmite dados a partir da entrada A para a saída Y. Quando OE é alto, as saídas estão em estado de alta impedância. O SN54F244 caracteriza-se por operação na faixa de temperatura militar de -55 ° C a 125 ° C. O SN74F244 se caracteriza por operação Neste círculo a função do integrado e manter o valor da saída fixo 0V ou 5V isto porque o valor da entrada varia de acordo com a luminosidade da luz incidente no LDR. Ocasionando uma variação na tensão do transistor para valores de entrada maiores de 2 V o integrado mantém uma saída de 5V para valores menores de 2V, o integrado mantém uma saída de 0V funcionando como porta lógica e o sinal analógico e convertido para sinal digital. 38 4.4 APLICAÇÕES DA INTERFASE EM ATIVIDADES EXPERIMENTAIS NO ENSINO DE FÍSICA: PÊNDULO SIMPLES Figura 15. Diagrama do projeto Existem várias aplicações dos sensores para a obtenção de dados pelo computador tais como: contador de objetos ou pessoas, utilizando uma interface com foto-transistor, Leitura de ângulos com a utilização de potenciômetros, medidas de temperatura, medida de tensão elétrica ou corrente elétrica, através de conversor analógico digital, medidas de velocidade e tempo com sensores de luz ou fototransmissor e acionamento automático de dispositivo através de reles, empregados como elemento de disparo em acionamento de experimentos em física experimental. O objetivo da aplicação é determinar o período de um Pêndulo simples usando a interface desenvolvida. Neste trabalho foi desenvolvido um programa em Visual Basic cujo objetivo é processar os dados recebidos em tempo real. O sensor usado foi um LDR à luz ao ser interrompida por um pela passagem do pêndulo faz com que ele envie um sinal para a placa principal este sinal muda a tensão na base do transistor que tem a função de chaveamento, o transistor se encontra em corte ao receber uma tensão maior pela passagem da corrente no LDR, entra a região ativa enviando um valor entre 2,0 a 5,0 volts para o integrado que uma porta lógica o integrado terá a função de converter o sinal analógico do transistor em digital 0 ou 1 sendo (0 a 2) V = 0 (2 a 5) V =1. A função do software desenvolvido é fazer a leitura da porta paralela, processar os dados recebidos das oscilações do Pêndulo, calcular o período e fazer o gráfico de (P x T) pulsos x período. A leitura da porta 889 pelo programa é feita com uma freqüência de 39 103 Hz ou suja o tempo entre as leituras é de 0,0016s, isto significa que a margem de erro é menor que 10-3s 4.4.1 Montagem do Pêndulo O Pêndulo foi montado usando um suporte universal de metal de 0,5m de altura. Em sua parte foi acoplado o sensor de luz. O pulso produzido pelo LDR enviado para a placa a é amplificar e transformado em num sinal digital, este sinal é captado pela porta paralela 889 (S3 a S7) e GND através do conector DB25. O Software faz então a leitura continua da porta 889 com uma freqüência de 1k Hz ou seja 1000 leituras /s, o tempo de cada leitura é de aproximadamente 0,0016s. 4.4.2 o software Figura 16. Janela principal do Software O software foi desenvolvido exclusivamente para este trabalho ele usa uma função de conversão binário /decimal, a DLL para o acesso a porta, três variáveis atribuídas ao tempo (t2,t1,dt) e o objeto timer para a contagem do tempo. Para cada leitura feita pela instrução Inp(port 889) o valor dt=(t2-t1) é calculado. A velocidade de atualização desses dados e de 103 s 40 4.4.3 O período do pêndulo simples O pêndulo simples é um corpo ideal que consiste de uma massa puntiforme suspensa por um leve fio inextensível. Quando afastado de sua posição de equilíbrio e largado, o pêndulo oscila em um plano vertical, sob a ação da gravidade. O movimento é periódico e oscilatório. Desde que as forças amortecedoras não reduzem a amplitude de oscilação, o período permanece muito aproximadamente inalterado. Em um relógio de pêndulo a energia é fornecida automaticamente por um mecanismo de escapamento que compensa perdas devido ao atrito. O Pêndulo simples proporciona também o método conveniente para medir o valor da aceleração da gravidade g. Figura 17. Pêndulo Simples As forças que atuam em um pêndulo são: a força peso mg, e a tração do fio T. O sistema de referência no Pêndulo é tal que um dos eixos é tangente a trajetória1 circular percorrida pela massa m e o outro tem a direção do fio, e do raio do circulo. Decompondo mg segundo esses eixos, o módulo da componente radial será mg cos( ) e da componente tangencial será mg sen( ) . A resultante das forças radiais origina as força centrípeta necessária para manter massa na trajetória circular. A componente tangencial de mg constitui a força restauradora que atua em m e faz o corpo tender a voltar à posição de equilíbrio. A força necessária será portanto 41 F mg sen( ) (1) . Esta força não é proporcional ao deslocamento angular e sim a sen( ) . O movimento resultante, portanto, não será harmônico simples. No entanto for pequeno, lim se o ângulo sen 1 , sen( ) será aproximadamente 0 em radianos). 2 C 2 2 r S S S r se S x, x L O deslocamento ao longo do arco é x l* e para pequenos ângulos, o movimento será praticamente retilíneo. Portanto, supondo sen( ) F mg mg x l mg x l (medido pode se escrever: (2) . Se os deslocamentos forem pequenos, a força restauradora será proporcional ao deslocamento e terá o sentido oposto, o que constitui a característica fundamental do movimento harmônico simples. A constante mg / l desempenha o função da constante k na equação F kx (3) . O período de um pêndulo simples, quando a amplitude for pequena, é: T 2 m k m mg / l 2 ou 2 l g (4). Observa-se que o período é independente da massa da partícula suspensa. Quando a amplitude de oscilação não é pequena, pode ser demonstrado que a equação geral do período é dada por: O ângulo m T 2 l 1 g 1 sen 2 m 22 2 1 32 * sen 4 m 22 42 2 ... (5) é o deslocamento angular máximo e os termos seguintes tornam-se cada vez menores o período pode então ser calculado com o grau de precisão necessário, tomando-se um número suficiente de termos da série. Quando m =15°, correspondente ao deslocamento angular total de 30°, o período verdadeiro difere do que é previsto pela equação (4) em menos de 0,5%. Lembrando que 1°= 0,01745 Rad e 360°= 6,282 Rad [8]. 42 1,290 T0 = 2 * PI * Sqr(L / G) T5=T0 * (T1 + T2 + T3 + T4 + T5) 1,285 Período T (s) 1,280 1,275 1,270 1,265 1,260 1,255 1,250 0 5 10 15 20 25 30 35 Amplitude A (em graus) Figura 18. Gráfico do período de oscilação versus amplitude. A equação (5) pode ser deduzia para a forma: (6) Onde k= sen A 2 e T0 é o período das pequenas oscilações dado por (4). A fórmula (6) mostra que o período do pêndulo depende da amplitude A. O primeiro termo da série representa a aproximação de pequenas amplitudes obtida anteriormente. Os demais termos são correções a esta aproximação [9]. Considerando m =15°, k=0,32514392, valores dos dez termos da série (6) são: T0 1,256 s T1 0,170909 s T2 0,065722 s T3 0,031201 s T4 0,016331 s L=0,4m eT 2 0 ,4 10 1,25600000 s. Os 43 T5 0,009043 s T6 0,005195 s T7 0,003062 s T8 0,00184 s T9 0,001122 s T10 0,000692 s Tabela 4 Valores dos 10 termos da série T T0 ( 1 t1 t 2 t 3 t 4 t 5 t 6 t 7 t8 t 9 t10 ) 1,639227s 1,7 Período T (s) 1,6 1,5 1,4 1,3 1,2 2 4 6 8 10 Termos da série Figura 19. Gráfico do Período de oscilação em função de diferentes números de termos da Série. 44 Período do pêndulo (s) 2,00 T0 = 2 * PI * Sqr(L / G) T1 = 3 termos T2 = 5 termos 1,75 1,50 1,25 0,00 1,57 3,14 rad Figura 20. Gráfico dos Períodos com três funções de 0 a . Período T0 T3 T5 T (s) 2,0 1,5 0,00 6,28 12,56 18,84 Amplitude em 25,12 31,40 rad Figura 21. Gráfico dos Períodos com três funções de amplitude em rad + Através dos cálculos observa-se que o erro cometido no cálculo do período de um pêndulo simples, quando se usa um ângulo = 15° graus e menor que 5 milésimos de segundo como mostra a Tabela 5. Rad Grau Amplitude (cm) Erro (T3-T0) 0,27 15,4781019679452 8,00194341086913 0,00574 Tabela 5 Erro cometido no cálculo do período de um pêndulo simples com =15°. 45 4.4.4 Valores encontrados experimentalmente para o período Figura 22. Esquema da Montagem experimental para obtenção dos dados. Período T em (s) 2 1 0 20 40 60 80 100 Sequência dos pulsos em (ms) Figura 23. Valores encontrados experimentalmente para o Período O pêndulo usado no calculo experimental tinha comprimento L usando a Equação (4) para o calculo do período temos: T 2 conferindo com o resultado experimental mostrado no gráfico. m k 2 * 3,14 0,4m portanto 0 ,3 9 ,8 1,2687 s 46 5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Ao longo dos anos os laboratórios didáticos das escolas brasileiras sofreram um retrocesso. Enquanto as tecnologias que permeiam a nossa sociedade evoluem em ritmo galopante, muito laboratório didático não dispõe de microcomputadores e, quando existem, pouco uso é feito em modelagem e aquisição de dados. A primeira avaliação das condições de oferta dos cursos de graduação de Física (MEC, 2000) mostrou que apenas 3% dos cursos de Licenciatura em Física tinham laboratórios e equipamentos em boas condições.e pouco tem sido feito para equipar os laboratórios existentes. Isso é preocupante porque indica que o professor de Física que tem ingressado no mercado de trabalho não está sendo bem preparado para explorar os laboratórios de Física [10]. O trabalho apresentado teve por finalidade contribuir para uma maior valorização dos laboratórios didáticos como instrumento de aprendizagem e como incentivo tanto ao uso dessa tecnologia como no desenvolvimento dessa inovação no meio acadêmico. Com vista a esse desenvolvimento é necessário: Introdução do curso de eletrônica básica nos projeto pedagógicos de licenciatura para dar suporte em termos de conhecimento básico e tecnológico aos futuros professores de física. E importante também alem do uso do computador como instrumento didático, a criação de oficinas para montagem e reparos de instrumentação para os laboratórios didáticos experimentais de física, essas oficinas alem de servir para a manutenção dos laboratórios servem principalmente como ambiente de aprendizagem e inovação. 47 BIBLIOGRAFIA [1] CAVALCANTE, M. A.; TAVOLARO, C.R.C. Projete você mesmo - experimentos assistidos por computador: Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 22, n. 3, p. 421-425, 2000. [2] Anais do XXXIV COBENGE. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, Setembro de 2006. [3] Revista Brasileira de Ensino de Física São Paulo, v. 24, n. 2, p. 77-86, 2002. [4] Anais do XXXIV COBENGE. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, Setembro de 2006. [5] A Porta Paralela ROGERCOM - Antonio Rogério Messias - Arquivo capturado em 12 de maio de 2010.em: http://www.rogercom.com/pparalela/introducao.htm [6] Fazendo suas placas de circuito impresso Arquivo capturado em em 20 de junho de 2010 no endereço http://www.geocities.com/jf_moreira/pcb.html [7] Porta Paralela (TORRES, 2001) . R. FARN, Natal, v.2, n.l, p. 103 - 114, jul./dez . 2002 [8] BOYLESTAD, Robert L. & NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos. LTC Livros Técnicos e Científicos Editora. ISBN 85-7054-076-0. Sexta Edição. Capítulos: 1, 2, 3, 4, 5,6, 7, 8, 9, 12, 19 e 20. [9] R. Resnick e D. Halliday, Física 2, 3ª edição, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, São Paulo1983. [10] CAPUANO, Francisco Gabriel, Elementos de Eletrônica Digital, 40ª edição. Ed. Érica Ltda . São Paulo 2008. 48 APÊNDICES APÊNDICE A PUBLICAÇÃO DAS VARIÁVEIS E DECLARAÇÃO DA DLL Variáveis e constantes são os elementos básicos que um programa manipula. Uma variável é um espaço reservado na memória do computador para armazenar um tipo de dado determinado. Elas devem receber nomes para poderem ser referenciadas e modificadas quando necessário. Muitas linguagens de programação exigem que os programas contenham declarações que especifiquem de que tipo são as variáveis que ele utilizará e as vezes um valor inicial. Tipos podem ser por exemplo: inteiros, reais, caracteres, etc. As expressões combinam variáveis e constantes para calcular novos valores. Public ab3 As Double Public bb3 As Double Public vi As Double Public valorporta As Integer Public npulso As Integer Public ii As Integer Public inter As Integer Public VCP As Integer Public fdt As Single Public iii As Single Public exi As Single Public exf As Single Public eyi As Single Public eyf As Single 49 Public ppg As Single Public Dx As Single Public periodo As Double Dim ic As Double Dim pi As Double Dim x0, y0, xg, a, dw, ym Dim bkcolor Dim fcolor Dim mover As Boolean Public Declare Function Inp Lib "inpout32.dll" Alias "Inp32" (ByVal PortAddress As Integer) As Integer Public Declare Sub Out Lib "inpout32.dll" Alias "Out32" (ByVal PortAddress As Integer, ByVal Value As Integer) Public Declare Function InValue Lib "inpout32.dll" _ Alias "Inp32" (ByVal PortAddress As Integer) As Integer Public Declare Sub GetSystemTime Lib "kernel32" (lpSystemTime As SYSTEMTIME) Public Declare Function SetSystemTime Lib "kernel32" (lpSystemTime As SYSTEMTIME) As Long Public Type SYSTEMTIME wYear As Integer wMonth As Integer wDayOfWeek As Integer wDay As Integer wHour As Integer 50 wMinute As Integer wSecond As Integer wMilliseconds As Integer End Type APÊNDICE B - SOFTWARE PARA CAPTURA DE DADOS 51 APÊNDICE C - FUNÇÃO PARA CONVERSÃO BINÁRIO DECIMAL Private Function Status3(PortAddress As Integer) As String Dim i As Integer Dim NumDeBits As Integer Dim inVal As Integer Dim OutVal As String If PortAddress = 888 Then NumDeBits = 8 ElseIf PortAddress = 889 Then NumDeBits = 5 Else NumDeBits = 8 End If ReDim PortBits(NumDeBits) As Integer inVal = Inp(PortAddress) valorporta = inVal Form3.BES(0) = inVal For i = 1 To NumDeBits PortBits(i) = inVal Mod 2 inVal = Fix(inVal / 2) Form3.BES(i) = PortBits(i) Next i For i = NumDeBits To 1 Step -1 52 OutVal = Trim(OutVal) & PortBits(i) Next i Status = OutVal End Function APÊNDICE D - FUNÇÃO PARA CÁLCULO DA GRAVIDADE TERRESTRE Sub CG_Change(Index As Integer) Dim v1 As Single Dim v2 As Single Dim v3 As Single Dim v4 As Single Dim v5 As Single Dim v6 As Single Dim v7 As Single Dim v8 As Single Dim v9 As Single Dim v10 As Single Dim gt As Single v1 = Form3.CG(1) v2 = Form3.CG(2) v3 = Form3.CG(3) v4 = Form3.CG(4) 53 v5 = Form3.CG(5) v6 = Form3.CG(6) v7 = Form3.CG(7) v8 = Form3.CG(8) v9 = Form3.CG(9) v10 = Form3.CG(10) periodo = (v1 + v2 + v3 + v4 + v5 + v6 + v7 + v8 + v9 + v10) / 10 gt = (4 * (3.14) ^ 2 * 0.31) / (periodo ^ 2) Form3.Gravidade = gt End Sub APÊNDICE E - FUNÇÃO PARA PLOTAR O GRÁFICO Sub Command8_Click() For p = 0 To exf Step 1 ' Picture1.Line (p, 0.5)-(p, -eyf), RGB(200, 100, 2) Next p 'horizontal For p = 0 To exf Step 0.5 Picture1.Line (-1, -p)-(exf, -p), RGB(200, 100, 2) Next p For p = 0 To exf Step 0.1 54 Picture1.Line (-0.25, -p)-(0.5, -p), RGB(200, 100, 2) Next p Picture1.Line (-exi, 0)-(exf, 0) Picture1.Line (0, eyi)-(0, -eyf) End Sub APÊNDICE F - FUNÇÃO PRINCIPAL PARA LEITURA E CAPTURA DOS DADOS Sub Timer1_Timer() Dim VP As Integer: Dim vt As Single Dim speed As Double Dim vi As Single Dim fre As Double Dim VD As Integer Dim vm As Single Dim mv0 As Single Dim mv1 As Single Dim mv2 As Single Dim mv3 As Single Dim mv4 As Single Dim mv5 As Single 55 Dim mv6 As Single Dim mv7 As Single Dim mv8 As Single Dim mvm As Single Dim ino As Integer Dim GMTime As SYSTEMTIME Dim TheTime As String Dim a As Double, b As Double Dim mt As Date Dim X As Integer Dim alternar As Integer VP = Form3.Text3 Static k1 As Integer Static iii As Single GetSystemTime GMTime bb3 = GMTime.wSecond + 0.001 * GMTime.wMilliseconds Text1.Text = bb3 Static y1 As Integer Static vs As Integer Dim p As String p = Form3.Combo2 Status3 (p) mv0 = Form3.BES(0) mvm = mv0 56 vi = mvm vt = valorporta ' mv = (bb3 - ab3) If vt <> VCP Then 'COMPARAÇÃO DA PORTA mv = (bb3 - ab3) If alternar <> vt And mv > 0.04 Then 'If Abs(mv) > 0 And mv < bb3 Then k1 = k1 + 1 vs = vs + 1 ii = ii + 1 If vs > 10 Then vs = 1 iii = iii + 0.1 'Abs(mv) Form3.ProgressBar1.Value = iii Form3.F1Book1.TextRC(ii, 1) = k1 'seq Form3.F1Book1.TextRC(ii, 2) = ii 'pulso Form3.F1Book1.TextRC(ii, 3) = Format(2 * mv, "#0.00000") Form3.F1Book1.TextRC(ii, 4) = vi 'valor Form3.F1Book1.TextRC(ii, 5) = Format(periodo, "#0.00000") Form3.CG(vs) = Format(mv, "#0.00000") Picture1.PSet (iii, -periodo) Form3.tempo = mv For w = 1 To 10 Form3.CG(w).BackColor = &HFF00& Next w 57 Form3.CG(vs).BackColor = &HFF& End If ab3 = bb3 vt = 0 Form3.Text2 = bb3 If iii > exf Then iii = 0.1 ii = 1 Form3.Picture1.Cls Form3.Form_Activate End If End If If k1 >= exf Then k1 = 0 npulso = k1 'End If ppg = iii 'Form3.CMD3_Click alternar = vt End Sub APÊNDICE G - PROGRAMA PARA CALCULAR OS TERMOS DA SÉRIE PI = 3.14: L = 0.4: G = 10: For X = 0 To 3.14 Step 0.01 58 i = i + 1: A = X: K = Sin(A / 2) P0 = 2 * PI * Sqr(L / G) T1 = 1 + (1 / 2) ^ 2 * K ^ 2 T2 = ((1 * 3) / (2 * 4)) ^ 2 * K ^ 4 T3 = ((1 * 3 * 5) / (2 * 4 * 6)) ^ 2 * K ^ 6 T4 = ((1 * 3 * 5 * 7) / (2 * 4 * 6 * 8)) ^ 2 * K ^ 8 T5 = ((1 * 3 * 5 * 7 * 9) / (2 * 4 * 6 * 8 * 10)) ^ 2 * K ^ 10 T6 = ((1 * 3 * 5 * 7 * 9 * 11) / (2 * 4 * 6 * 8 * 10 * 12)) ^ 2 * K ^ 12 T7 = ((1 * 3 * 5 * 7 * 9 * 11 * 13) / (2 * 4 * 6 * 8 * 10 * 12 * 14)) ^ 2 * K ^ 14 T8 = ((1 * 3 * 5 * 7 * 9 * 11 * 13 * 15) / (2 * 4 * 6 * 8 * 10 * 12 * 14 * 16)) ^ 2 * K ^ 16 T9 = ((1 * 3 * 5 * 7 * 9 * 11 * 13 * 15 * 17) / (2 * 4 * 6 * 8 * 10 * 12 * 14 * 16 * 18)) ^ 2 * K ^ 18 T10 = ((1 * 3 * 5 * 7 * 9 * 11 * 13 * 15 * 17 * 19) / (2 * 4 * 6 * 8 * 10 * 12 * 14 * 16 * 18 * 20)) ^ 2 * K ^ 20 P1 =P0 * (1+TR1 + TR2 + TR3) P2 = P0 * (1+TR1 + TR2 + TR3 + TR4 + TR5) If T1 < 100 Then Form6.Picture1.PSet (X, -P0) Form6.Picture1.PSet (X, -P1) Form6.Picture1.PSet (X, -P2) End if