QFL 2453 – FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL - 2013 ROTEIROS PARA AS EXPERIÊNCIAS Experimento 1: Tensão superficial e determinação da concentração micelar crítica (c.m.c.) Parte 1. Procedimento Experimental: OBS: cada grupo realizará a medida da tensão superficial da água, de solução NaCl 100 mmol/L e de uma amostra de pinga. Soluções aquosas de SDS 10, 8, 6, 4, 2, 1, 0.5 e 0.25 mmolL-1 na presença e ausência de NaCl 100 mmol/L serão distribuídas entre os grupos. Realizar três medidas para cada solução. 1 – Limpeza do anel: Não tocar no anel. Antes de iniciar as medidas, limpar o anel, mergulhando-o em etanol. Entre uma medida e outra, limpá-lo mergulhando-o em água. 2 – Tensiômetro de DuNouy: Nivelar o tensiômetro. Colocar o anel no braço do aparelho. A cuba onde serão realizadas as medidas deverá ser preenchida aproximadamente com o mesmo volume em cada experimento (metade de sua capacidade). Coloque a cuba sobre a plataforma do aparelho e ajuste sua altura até que o anel encoste-se ao líquido, verifique se o tensiômetro está no zero de sua escala e continue ajustando a altura da plataforma até que o braço esteja posicionado horizontalmente, dentro da marcação do aparelho. Comece a medida tensionando lentamente o braço e descendo a plataforma ao mesmo tempo, garantindo que o braço se mantenha na posição horizontal, até que o anel se desprenda do líquido, neste ponto tem-se a tensão superficial do líquido. 3- Fator de correção (F): devido às irregularidades na geometria do anel e na falta da calibração do tensiômetro, cada grupo usará um fator de correção para as medidas de tensão superficial, obtido pela relação: F = γ(H2O-Literatura)/ γ(H2O-Medido) (1) Tabela 1: Medidas de tensão superficial de água destilada, pinga e soluções de S DS. Amostras M1 M2 M3 Temperatura H2O SDS 10,0mmolL-1 SDS 8,0mmolL-1 SDS 6,0mmolL-1 SDS 4,0mmolL-1 SDS 2,0mmolL-1 SDS 1,0mmolL-1 SDS 0,5mmolL-1 SDS 0,25mmolL-1 Pinga Tabela 2: Medidas de tensão superficial em função da concentração de SDS na presença de NaCl 100 mmol/L. Amostras M1 M2 M3 Temperatura NaCl 20 mmolL-1 SDS 10,0mmolL-1 SDS 8,0mmolL-1 SDS 6,0mmolL-1 SDS 4,0mmolL-1 SDS 2,0mmolL-1 SDS 1,0mmolL-1 SDS 0,5mmolL-1 SDS 0,25mmolL-1 Orientação para esta parte do relatório 1) Construir dois gráficos: γ X [SDS]e γ X ln[SDS]. Estimar a concentração micelar crítica do SDS. Comparar com o valor da literatura e discutir o significado físico-químico desta região de concentração. Explicar o efeito do SDS na tensão superficial da água, explicar, também, o que foi observado na medida da tensão superficial da pinga. Calcular a concentração superficial de excesso (, expressa em mol/m²) na interface líquido-ar na região da cmc e a área ocupada por cada molécula na ausência e presença de NaCl 100 mmol/L . Estime a área (A = 1/) ocupada pela cabeça polar de uma molécula de SDS na interface líquido-ar a partir dos tamanhos e ângulos e de ligação tabelados e faça uma crítica sobre o valor encontrado para a área ocupada por molécula do tensoativo considerando a sua natureza química. Г = - (RT)-1 (δ γ/δ lnc) (2) onde c é a concentração do surfactante. 2) Compare e discuta os valores de γ obtidos para água, pinga e SDS 10 mmol/L. Referências: - F. Daniels et al. Experimental Physical Chemistry, 7th ed. McGraw Hill Book Co, N.Y., 1970. - P. W. Atkins. Physical Chemistry, 5th ed. Oxford University Press, 1994. Chen, Z., et al., Anal. Chim. Acta, 403, 2000, pp. 173-178. Duncan J. Shaw. Introdução à Química dos Colóides e de Superfícies, 1975, (Ed. Edgar Blücher Ltda e EDUSP). Parte 2. Medidas de Condutividade Em soluções aquosas diluídas de tensoativos - abaixo da concentração micelar crítica (cmc) - a adição de tensoativo faz com que a condutividade específica da solução aumente linearmente com o aumento da concentração. Ao ser atingida a cmc, as moléculas de tensoativo agregam-se, formando micelas. Estes macro-íons apresentam mobilidade (e, portanto, condutividade específica) menor do que as das moléculas de tensoativo livres. Os contra-íons do tensoativo também se associam às micelas formadas, contribuindo menos para a condutividade. Desse modo, a condutividade específica da solução acima da cmc, com a adição de tensoativo aumenta linearmente com o aumento da concentração numa taxa menor do que abaixo da cmc. A curva obtida em um gráfico de medidas de condutividade específica em função da concentração para um tensoativo apresenta, portanto, uma mudança "abrupta" em sua inclinação na região da c.m.c. Os dados de condutividade específica, em função da concentração, também permitem a obtenção dos valores de grau de dissociação do contra-íon (mic). A razão entre os coeficientes angulares das retas, nos gráficos de condutividade específica em função da concentração, após e antes da cmc, fornece uma estimativa do valor de mic [1]: mic S2 S1 (3) sendo: S2 e S1 = coeficientes angulares das retas após e antes da cmc, respectivamente. Neste tratamento, a contribuição da micela à condutividade total da solução é considerada como sendo muito baixa em relação à dos monômeros do tensoativo, o que ocasiona uma superestimativa do grau de dissociação. Metodologia O experimento pode ser feito através da titulação de água com uma solução de tensoativo (concentração conhecida) e concomitante leitura da condutividade após cada adição ou através das soluções de tensoativo em diferentes concentrações. A condutância cresce linearmente com a concentração até o valor da cmc, onde a micelas começam a se formar. A partir desse momento, o crescimento linear da condutância tem coeficiente angular menor. Na região em que ocorre essa mudança de inclinação da reta é a cmc do tensoativo. Determinar os valores de condutividade e plotar o gráfico de κ [μS cm-1] versus 103 x C(SDS) [mol L-1]. A partir do gráfico, determinar a cmc, αmic e posteriormente calcular ΔG0mic. Comparar os valores obtidos com dados de literatura. Lembrando que a cmc corresponde ao equilíbrio dinâmico entre monômeros livres e auto-associados, a variação da energia livre de Gibbs de micelização no estado padrão (ΔG0mic) está relacionada com a cmc [2]: ΔG0mic= RT ln cmc (4) Tabela 3. Condutividade específica em função da concentração de SDS. Unidades! Amostras M1 M2 M3 Temperatura -1 SDS 20,0mmolL SDS 16,0mmolL-1 SDS 12,0mmolL-1 SDS 10,0mmolL-1 SDS 8,0mmolL-1 SDS 6,0mmolL-1 SDS 4,0mmolL-1 SDS 2,0mmolL-1 SDS 1,0mmolL-1 SDS 0,5mmolL-1 Água destilada Para discussão 1. Compare os valores de: cmccond, mic e ΔG0mic para o SDS com dados de literatura. 2. Compare o valor encontrado de cmccond com cmctens determinados para SDS, quais são as principais fontes de erro em cada método? 3. Faça uma análise crítica das técnicas estudadas. Referências bibliográficas 1. Frahm, J., Diekmann, S., Haase, A. Ber. Bunsen-Ges. 1980, 84, 566. 2. Evans, H. J. Chem. Soc. 1956, 579. 3. Galgano, P. D., El Seoud, O. A., J. Colloid Interface Sci., 2010, 345, 1. 4. Rosen, M.J. Surfactants and Interfacial Phenomena, 2ª ed., Hoboken: Wiley-Interscience, 2004. Experimento 2: Emulsões Cada grupo deverá receber: -10 tubos de ensaio -2 provetas de 10 mL -2 tubos falcon de 50 mL -1 espátula -1 pipeta de Pasteur Material comum aos grupos: - óleo de cozinha - água destilada - solução aquosa de Tween 20 (2 % em massa) - Span 40 - Detergente doméstico (SDS) - Solução aquosa de azul de metileno - Sílica finamente dividida - vórtex Procedimento: Preparar emulsão A/O misturando 1 mL de água em 25 mL de óleo no tubo falcon de 50 mL e agitar por um minuto no vórtex. Dividir a emulsão em volumes ~ iguais nos 5 tubos de ensaio. Ao 1º tubo adicionar algumas gotas de azul de metileno, agitar e observar. Ao 2º tubo adicionar pequeno volume de solução de Tween 20, agitar e observar. Ao 3º tubo adicionar uma ponta de espátula de Span 40, agitar, levar na estufa a 70o C por 5 minutos, agitar novamente e observar. Ao 4º tubo adicionar uma ou duas gotas de detergente doméstico, agitar e observar. Ao 5º tubo adicionar uma ponta de espátula de sílica, agitar e observar. Compare os 5 tubos e interprete os resultados. Calcule os valores de HLB do Tween 20, Span 40 e SDS. Preparar emulsão O/A misturando 1 mL de óleo em 25 mL de água no tubo falcon de 50 mL e agitar por um minuto no vórtex. Repetir o procedimento utilizado para a emulsão A/O. Compare os 5 tubos e interprete os resultados. Calcule os valores de HLB do Tween 20, Span 40 e SDS. Para discussão -Qual o papel do azul de metileno? -Apresente as estruturas químicas dos dois tensoativos e calcule os valores de HLB para os dois, segundo o método de Griffin -Descreva as suas observações visuais quanto ao uso dos tensoativos e sílica (“Pickering emulsion”) para cada tipo de emulsão. EXPERIÊNCIA 3: DETERMINAÇÃO DE UMA CONSTANTE DE EQUILÍBRIO DE COMPLEXAÇÃO Referência: - Experiências sobre equilíbrio químico, GEEQuim, IQ-USP, 1985. Experiência 4: Cinética Química – A reação relógio iodeto/iodo Objetivo: Determinação da lei de velocidade e energia de ativação de uma reação química. Materiais: Cronômetro, banho de aquecimento (um para cada temperatura), erlenmeyer 250 mL (um para cada ensaio) e béquer 50 ml, termômetro, medidor de pH, soluções de 0.050 M KI, 0.050 M de Na2S2O3, tampão (pH 4.7), 0.30 M ácido acético, 0.80 M de H2O2 e solução de amido. Procedimento experimental: OBS: Neste experimento cada dupla será responsável por fazer o experimento em uma determinada temperatura, gerando dados que serão analisados em conjunto. 1. As quatro duplas devem se organizar e preparar 1L da solução de KI 0.050 M e 100 mL da solução de Na2S2O3 0.050 M a partir de seus sais. 2. Cada dupla deve, para sua temperatura de trabalho escolhida (30, 45, 55 e 65º C), preparar 6 erlenmeyers, os numerando de 1 a 6 e adicionando os reagentes especificados na tabela 1. 3. Determine o pH das soluções de cada um dos frascos e registre na tabela de resultados. Lembre-se de lavar o eletrodo entre uma medida e outra para evitar contaminações. 4. Os frascos devem ser colocados no banho por 15 min ou até a temperatura entrar em equilíbrio, o que será monitorado pelo termômetro. Certifique-se de que a temperatura entre os frascos se encontra no intervalo de ±0.5º C e as registre na tabela de resultados. 5. Em um béquer separado, meça a quantidade indicada de peróxido de hidrogênio para o primeiro ensaio e, de uma só vez, adicione esta solução ao frasco correspondente, acionando o cronômetro imediatamente. 6. Registre o tempo necessário, em segundos, para a mudança de coloração e anote na tabela de resultados. 7. Repita os passos 5 e 6 para cada um dos ensaios. Faça a medida de um frasco de cada vez, já que as reações são rápidas e é necessário atenção para não perder o tempo de virada e ter que repetir o ensaio. Tabela 1: Volumes iniciais dos reagentes. volume Exp de H2 O (mL) volume de KI 0.050 M (mL) volume de Na2 S 2 O3 0.050 M (mL) volume de amido (mL) volume de tampão pH 4.7 (mL) volume ácido ou base (mL) *volume de H2 O2 0.80 M adicionado ao bequer (mL) 1 125 25,0 5,0 5,0 30,0 0 10,0 2 100 50,0 5,0 5,0 30,0 0 10,0 3 4 5 6 115 100 100 100 25,0 25,0 25,0 25,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 30,0 30,0 30,0 30,0 0 25 HOAc 25 HCl 25 NaOH 20,0 10,0 10,0 10,0 *ADICIONE H2O2 SOMENTE QUANDO FOR MEDIR O TEMPO DE REAÇÃO. Análise dos dados: 1. Utilize uma planilha para realizar todos os cálculos de forma dinâmica. Essa planilha será necessária para estimar as incertezas e analisar as etapas críticas do experimento. 2. Calcule a concentração de todos os reagentes imediatamente após a adição da solução de peróxido de hidrogênio (volume final de 200 mL). Obtenha a concentração de H+ a partir do valor de pH registrado. 3. Obtenha a velocidade da reação dada por: 4. Determine a ordem da reação global e em relação a cada um dos reagentes, se baseando nas mudanças de concentração entre ensaios, considerando a lei cinética da reação como . Para tanto considere que, , (eq. 2) onde os índices 1 e 2 representam dois ensaios distintos. Os valores devem ser calculados com três algarismos significativos e somente depois arredondados para o valor inteiro mais próximo. 5. Utilizando os valores de velocidade, concentração e ordem de reação obtidos, calcule o valor da constante de velocidade k para todos os ensaios e obtenha a média dos valores para cada temperatura. Se possível faço os cálculos no próprio laboratório, já que essa etapa pode indicar se houve erros nas determinações. 6. De posse dos valores médios de k obtidos para cada temperatura, faça um gráfico de lnk por 1/T e obtenha o valor de energia de ativação (Ea) e do fator préexponencial de Arrhenius (A) para a reação estudada. Orientação para o relatório: 1. Apresente os resultados obtidos por todas as duplas em uma única tabela, contendo, para cada um dos ensaios, todas as informações da tabela 1, o pH, temperatura e tempos de reação medidos, assim como as concentrações, velocidades e constantes de velocidade calculadas. 2. Apresente o gráfico de lnk por 1/T e os parâmetros Ea e A. Compare o valor de Ea com a energia térmica disponível. O que representa o fator A obtido? 3. Escreva todas as equações químicas envolvidas no experimento. 4. Comparando a lei cinética obtida com a equação química, o que podemos afirmar sobre o mecanismo da reação. 5. Mostre como obter as eq. 1 e 2 apresentadas. 6. Qual é o papel do amido na reação? E quanto ao ácido. Relacione com a ordem de reação encontrada. O que o experimento que utiliza NaOH tenta ilustrar? 7. Explique por que sempre a mesma quantidade de tiossulfato de sódio foi utilizada. 8. Utilize a planilha para discutir a importância da determinação acurada do tempo nas grandezas calculadas. Por exemplo: Qual a importância de uma variação de cinco segundos nas grandezas determinadas. Todos os ensaios seriam afetados da mesma forma, independentemente das concentrações de reagentes e da temperatura? 9. Proponha uma modificação para aprimorar o experimento. Referências: 1. http://ocw.mit.edu/courses/chemistry/5-302-introduction-to-experimental-chemistry-january-iap2005/labs/ acessado em 22/02/2012. (experimento similar) 2. D. A. McQuarrie e J. D. Simon; “Physical Chemistry, a molecular approach”,1 ed, 1997 University Science Books, Sausalito, California, cap. 28-29. 3. R. F. Teófilo, P. C. Braathen e M. M. M. Rubinger; “Reação Relógio Iodeto/Iodo com Material Alternativo de Baixo Custo e Fácil Aquisição”, Química Nova na escola, 16, 2002, 36-40. (trata da reação relógio, disponível em http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc16/). Experiência 5: Diagrama de fases ternário Objetivo: Determinação do diagrama de fases ternário para poli(etileno glicol) (PEG), citrato e água a temperatura ambiente. Materiais: Poli(etileno glicol) (PEG) MM 400g/mol Água destilada Citrato de sódio Bureta Erlenmeyer Procedimento experimental: Ler e anotar a temperatura do laboratório a cada 20 minutos. Preparar 6 misturas da seguinte forma. ENCHER A BURETA COM 20 ML DE PEG MISTURA 1 Massa do erlenmeyer vazio = g Massa do erlenmeyer + 9,00 g de água + 4,50 g de citrato Titular a solução do erlenmeyer até que a mistura atinja o ponto de névoa ou até que fique turva. Massa do erlenmeyer contendo o sistema ternário = g Calcular as concentrações finais de água, citrato e PEG em % de massa no ponto de névoa. MISTURA 2 Massa do erlenmeyer vazio = g Massa do erlenmeyer + 9,00 g de água + 3,50 g de citrato Titular a solução do erlenmeyer até que a mistura atinja o ponto de névoa ou até que fique turva. Massa do erlenmeyer contendo o sistema ternário = g Calcular as concentrações finais de água, citrato e PEG em % de massa no ponto de névoa. MISTURA 3 Massa do erlenmeyer vazio = g Massa do erlenmeyer + 9,00 g de água + 2,25 g de citrato Titular a solução do erlenmeyer até que a mistura atinja o ponto de névoa ou até que fique turva. Massa do erlenmeyer contendo o sistema ternário = g Calcular as concentrações finais de água, citrato e PEG em % de massa no ponto de névoa. MISTURA 4 Massa do erlenmeyer vazio = g Massa do erlenmeyer + 8,60 g de água + 2,00 g de citrato Titular a solução do erlenmeyer até que a mistura atinja o ponto de névoa ou até que fique turva. Massa do erlenmeyer contendo o sistema ternário = g Calcular as concentrações finais de água, citrato e PEG em % de massa no ponto de névoa. MISTURA 5 Massa do erlenmeyer vazio = g Massa do erlenmeyer + 9,30 g de água + 3,00 g de citrato Titular a solução do erlenmeyer até que a mistura atinja o ponto de névoa ou até que fique turva. Massa do erlenmeyer contendo o sistema ternário = g Calcular as concentrações finais de água, citrato e PEG em % de massa no ponto de névoa. MISTURA 6 Massa do erlenmeyer vazio = g Massa do erlenmeyer + 9,00 g de água + 3,00 g de citrato Titular a solução do erlenmeyer até que a mistura atinja o ponto de névoa ou até que fique turva. Massa do erlenmeyer contendo o sistema ternário = g Plotar os pontos de névoa no diagrama ternário. NÃO JOGAR NA PIA O QUE RESTAR DE PEG NA BURETA ! H2O 0.0 0.2 1.0 0.8 0.4 0.6 0.6 0.4 0.8 0.2 1.0 0.0 PEG 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 CITRATO Experimento 6: Propriedades físico-químicas de misturas binárias de líquidos (refratometria e densidade) Procedimento Experimental: 1. Estarão a sua disposição cinco soluções das seguintes concentrações, em (v/v), de etanol / água: (% de etanol) 15%, 30%, 45%, 60% e 80%. Sobre a bancada haverá as seguintes substâncias: tolueno, ciclohexano, acetona, etanol e da amostra comercial (pinga). Cuidado para não trocar ou contaminar as pipetas. 2. Meça no refratômetro de Abbé o índice de refração das soluções de etanol/água, bem como da água e etanol puros. Entre cada troca de solução, limpe muito bem o prisma do refratômetro*, tomando sempre o cuidado de não provocar riscos nos prismas. Muito cuidado para não misturar as pipetas, cada solução deverá ter a sua própria. 3. Meça as densidades das soluções de etanol/água, bem como da água e etanol puros no densímetro DMA 40 (Anton Paar). Entre cada troca de solução, limpe muito bem o capilar do densímetro. Muito cuidado para não misturar as pipetas, cada solução deverá ter a sua própria. Seguir instruções coladas na bancada. 4. Meça o índice de refração e as densidades das substâncias coletadas na capela. *Cuidados na limpeza do prisma do refratômetro: Após a leitura do índice de refração das substâncias, passe suavemente sobre o prisma, algodão ou papel higiênico umedecidos primeiramente com água e depois com álcool, e antes de outra medida, aguarde alguns instantes a evaporação do solvente. Tabelas: sol. (% etanol) 0% 15% 30 % 45% 60% 80% 100% n (g/cm³) amostra tolueno ciclohexano acetona etanol água PINGA n (g/cm³) ORIENTAÇÕES PARA O RELATÓRIO - Faça uma tabela dos índices de refração para as diferentes substâncias puras medidas. - Calcule as refratividades molares (Rm) e as polarizabilidades () para as substâncias puras, através das equações abaixo, e interprete os valores obtidos, relacionando-os com as características estruturais da molécula em questão. - Compare os valores de n e obtidos experimentalmente com os encontrados em literatura. - Com o auxílio do Handbook of Chemistry and Physics, estime os valores de R m a partir da estrutura química da molécula para cada uma das substâncias puras, compare com os valores de Rm determinados a partir dos dados experimentais de n e experimentalmente e discuta suas observações. - Para as misturas água/etanol, faça um gráfico do índice de refração (n ) em função da concentração de etanol, e encontre o melhor ajuste, ou seja, trace uma curva e obtenha sua equação matemática que melhor descreva o comportamento dos dados experimentais. Discuta o comportamento, levando em consideração as características termodinâmicas do sistema em questão. - Determine a concentração do etanol na amostra comercial (pinga) e compare com o valor nominal. Comente também a praticidade e abrangência da determinação do teor de etanol em amostras comerciais, utilizando esta técnica. - Para as misturas água/etanol, faça um gráfico da densidade ( ) em função da concentração de etanol, e encontre o melhor ajuste, ou seja, trace uma curva e obtenha sua equação matemática que melhor descreva o comportamento dos dados experimentais. Equações úteis para medidas de índice de refração: = polarizabilidade da espécie NA = constante de Avogadro Rm M (n 2 1) (n 2 2) M = massa molar da espécie = densidade da substância n = índice de refração. 3Rm 4 N A Equações úteis para medidas de densidade: T2 4 2V 4 2m c c onde T é período de oscilação do tubo em “U”, V é o volume do tubo em “U”a ser preenchido com uma amostra de densidade , m é a massa do tubo em “U”vazio e c é a constante de elasticidade da mola ligada ao tubo em “U”. 1 4 2V A c e B 4 2m c onde os índices 1 e 2 correspondem a água e ar, respectivamente BIBLIOGRAFIA 1. D. P. Shoemaker et al. Experiments in Physical Chemistry, 5th ed. McGraw Hill Book Co, N.Y., 1989. 2. F. Daniels et al. Experimental Physical Chemistry, 7th ed. McGraw Hill Book Co, N.Y., 1970. 3. N. Bauer, K. Fajans, Z. Lewin. Technique of Organic Chemistry, vol 1. A. Weissberger Ed., Interscience Publishers, Inc. N.Y., 1960. 4. P. W. Atkins. Physical Chemistry, 6th ed. Oxford University Press, 1998. 5. CRC Handbook of Chemistry and Physics, 76th ed. CRC Press. Experimento 7: Gradiente de densidade e picnometria Objetivo: determinar a densidade de polímeros através de dois métodos diferentes. Parte A) Gradiente de densidade Procedimento Experimental: Partindo de soluções aquosas de sacarose 60, 50, 35, 25, 20, 12 e 5%, montar um gradiente de densidade com as soluções preparadas numa proveta de 50mL. A coluna deverá ser montada em ordem decrescente de concentração como mostrado na Figura 1: 5% 12% 20% 25% 35% 50% 60% As soluções devem ser adicionadas lenta e cuidadosamente com o auxílio de uma pipeta de Pasteur. A proveta deve estar levemente inclinada durante a adição das soluções. Cada camada deverá ocupar 5mL da proveta. Durante e após a preparação cuidado com o manuseio da coluna para evitar a mistura das camadas. Coloque as amostras de Figura 1 polímero disponíveis na coluna, observe e anote em que faixa de concentração estas param. Parte B) Picnometria Pesar o picnômetro vazio e seco. Encher o picnômetro com água destilada e pesar. Calcular o volume do picnômetro, utilizando a densidade da água na temperatura de trabalho. Massa do picnômetro =________________ g Massa de água = _____________________g Densidade da água na t.a. =_______________________ g/mL Volume do picnômetro = __________________________mL REPETIR O PROCEDIMENTO ACIMA PARA CADA UMA DAS AMOSTRAS DE POLÍMERO DISPONÍVEIS . Massa do picnômetro + água = ________________g Massa do polímero 1 = ________________g Massa do picnômetro + água + polímero 1 = ________________g Densidade do polímero 1 na t.a. = ___________________ g/mL Massa do picnômetro + água = ________________g Massa do polímero 2 = ________________g Massa do picnômetro + água + polímero 2 = ________________g Densidade do polímero 2 na t.a. = ___________________g/mL Massa do picnômetro + água = ________________g Massa do polímero 3 = ________________g Massa do picnômetro + água + polímero 3 = ________________g Densidade do polímero 3 na t.a. = ___________________g/mL Consulte o Handbok of Chemistry and Physics para relacionar as concentrações das soluções de sacarose com as densidades. Estime a densidade de cada polímero usado e compare com o valor obtido pela picnometria e com o valor nominal. Discutir eventuais diferenças. Quais as vantagens e desvantagens de cada um dos 2 métodos? Referências: - Handbook of Chemistry and Physics, 62th ed. ,1981, CRC Press. - Química Nova na Escola, 17, maio de 2003. - Quim. Nova, Vol. 28, No. 1, 65-72, 2005 - Reciclagem do Plástico, A. M. Piva e H. Wiebeck, Artliber, 2004.