A/C Revista Interação em Psicologia Quanto aos pareceres recebidos referentes ao artigo Avaliação de Interesses Profissionais: um estudo correlacional, foram analisados cuidadosamente e, dentro do possível foram atendidos. As sugestões aceitas ou não serão agora justificadas: 1. Em primeiro lugar, chamo a atenção do autor para a preparação cuidadosa do texto conforme as normas da revista (alguns comentários são feitos no próprio corpo do trabalho). (n. dos A.: as sugestões foram acatadas, e estão destacadas no texto). 2. A introdução precisa ser revista tendo em vista o foco do estudo. Por exemplo, são descritas várias pesquisas que relacionaram traços de personalidade com o modelo RIASEC, e também dificuldades de escolha profissional, mas não fica claro por que essas descrições são feitas. Ou seja, essas pesquisas não são problematizadas de forma a que o leitor entenda claramente a sua relação com o objetivo do estudo. Se o autor pretendia apenas mostrar que pesquisas sobre interesses profissionais e personalidade vêm sendo realizadas, a fim de apresentar um panorama geral desses estudos, muitos detalhes podem ser suprimidos. (n. dos A.: avaliamos pertinentes essas afirmações do avaliador, e os estudos que realmente tinham o intuito de demonstrar a produção na área de OP, foram reduzidos ems seus detalhes). 3. A especificação do objetivo da pesquisa, ao final da introdução, está frágil. O texto não conduz o leitor a compreender o porquê desse objetivo específico. (n. dos A.: no objetivo, foi incluído o objetivo de se obter valdiade de construto para a EAP). 4. Na parte dos resultados, está um pouco confusa a descrição das médias obtidas no modelo RIASEC. Qual o objetivo de descrever as médias obtidas com o SDS se o interesse principal, ao que tudo indica, está focado nas correlações do SDS com os itens da EAP? A validade do SDS já foi verificada em outros estudos, tanto que ele é usado como referência para interpretar as correlações com a EAP. Sugiro não apresentar nem discutir os dados do SDS no trabalho, para manter o foco. Até mesmo a apresentação e discussão das diferenças observadas entre os cursos na média total da EAP merece uma avaliação mais cuidadosa quanto à sua relevância, especialmente se considerarmos a explicação apresentada no próprio texto (os alunos de psicologia eram mais novatos que os dos outros cursos) e a ausência de significância estatística para essas diferenças (o que faz com que não se possa dizer muita coisa sobre o resultado). (n. dos A.: concordamos com o avaliador no que toca à discussão das médias dos instrumentos, entretanto, julgamos pertinente a manutenção das estatísticas descritivas dos instrumentos. Assim, nos detivemos apenas na apresentação das médias, sem discuti-lás aprofundadamente.) 5. Já em relação aos resultados correlacionais, penso que poderiam ser incorporados ao próprio texto, eliminando-se as tabelas (essa seria uma alternativa, aponto outra mais abaixo). Claro que, neste caso, os valores das correlações precisariam ser exibidos no texto. De antemão poderia ser destacado que seriam comentadas apenas as correlações estatisticamente significativas (p<0,05). Já a numeração dos itens me parece desnecessária, pois para o leitor apreciar a pertinência da discussão importa o conteúdo do item, e não o seu número. Note que, nas tabelas, há vários itens com correlações não significativas cujo conteúdo é desconhecido, constituindo-se em uma informação irrelevante para o leitor (de que adianta saber que o item 29, por exemplo, teve uma correlação de 0,02 com o tipo I se não se sabe como é o item?). (n. dos A.: considerando que o uso de tabelas é útil e facilita a leitura dos dados, cremos que a opção da incorporação dos dados no texto, empobreceria o manuscrito. Entretanto, devido ao grande número de itens, as soluções apresentadas pelo avaliador, embora bastante interessantes, seriam inviáveis pelo tamanho que as mesmas tomariam. Ainda que fossem divididas, cremos que dificultariam a leitura e a apresentação. Infelizmente, os itens não podem ser colocados integralmente, já que o instrumento será comercilaizado em breve.) 6. Sugeriria também uma discussão teórica sobre o número de atividades que se correlacionaram com cada tipo. Se o conjunto de itens criado é representativo do universo de atividades profissionais, por que há mais correlações com um tipo do que com outro? Há atividades que se correlacionam com diversos tipos? Se sim, por que ocorreria isso? Que implicações isso tem ou poderia ter para a teoria de Holland? Penso ainda que é preciso considerar que as atividades/itens escolhidos referem-se a profissões de nível superior, o que é um recorte específico do universo de atividades profissionais existentes. (n. dos A.: ao nosso ver, a discussão dos resultados se deu mais em função da proximidade descritiva dos itens-tipos, e a quantidade dos itens correlacionados com cada tipo seria uma informação secundária, não justificando uma ampliação da discussão nesse sentido). 7. O manuscrito apresenta os índices de correlação entre dois instrumentos. Um deles mundialmente conhecido (SDS) e outro em fase de desenvolvimento (EAP). Sem dúvida trata-se de um manuscrito importante, pois apresenta informações de interesse relevante para o desenvolvimento da área. Entretanto, a fundamentação apresentada não é suficiente. O(s) autor(es) deveria(m) apresentar diretamente o conceito de interesses profissionais de Holland e mais informações referentes ao seu instrumento. (n. dos A.: preferimos manter os parágrafos iniciais sobre a área e as teorias sobre interesses para uma melhor contextualização do leitor, para posteriormente abordarmos a teoria de Holland, especificamente. 8. É muito difícil justificar, epistemologicamente, as idéias de Bohoslavsky e Holland. Neste contexto, a retirada de Bohoslavsky deveria ser realizada. A reorganizaçãoo do texto em função desta retirada deve ser observada. (n. dos A.: concordamos com o avaliador, e efetuamos a retirada de Bohoslasvsky e a reorganização do texto.) 9. Mais informações com respeito a versão brasileira do SDS também devem ser apresentadas. Ao presumir-se que o EAP está em devenvolvimento, também devem ser apresentadas informações que justifiquem a pertinencia pontual deste estudo, quer-se dizer, apresentar subsídios ao leitor no sentido de informar o que já foi feito até aqui, demonstrando a importância deste estudo para o desenvolvimento deste promissor instrumento. (n. dos A.: visto a concordância com as asserções do avaliador, foram incluídos no texto as citações dos trabalhos de mansão [2005], e Noronha, Sisto e Santos [no prelo]). 10. Quanto à pontuação, o manuscrito apresenta muitos erros. Destaca-se problemas de uso de vírgulas. Deve-se ter uma atenção especial na próxima versão do manuscrito. Uma revisão gramatical também é sugerida (n. dos A.: revisão de pontuação e gramatical foi feita). 11. Quanto à metodologia, o n parece ser conveniente, mas o fato de ser mais de 81% dos casos sujeitos do sexo feminino, deveria ser destacado na discussão dos resultados. Implicações da natureza da amostra e dos cursos escolhidos deveriam ser discutidas. Pois parece que as mulheres, em geral, respondem mais positivamente aos estímulos (atividades) artísticos que os homens (que por sua vez respondem mais positivamente aos estímulos (atividades) realistas. Isso tem sido largamente apresentado na literatura da área). n. dos A.: essas implicações, principalmente no que toca à composição da amostra quanto aos cursos estudados, foram discutidas ao longo apresentação dos resultados.) 12. Ainda, uma precisão maior quanto aos sujeitos deveria ser apresentada (tipo de instituções onde foram coletadas as informações, nível sócio-econômico, etc.). (n. dos A.: essas informações foram detalhadas no método). 13. Quanto à escolha da correlação (Pearson), O(s) autor(es) deveria(m) repensar melhor. O pré-requisito da independência dos dados está afetado, portanto, não parece ser a melhor solução estatística. Embora em alguns estudos tem-se apresentado que o construto interesses profissionais parece ter uma natureza de distribuição normal, a dependência dos dado exclui a possibilidade do uso de instrumentais paramétricos de análise. Sendo assim, uma solução não-paramétrica seria a mais adequada. Mas, mudando a natureza da análise, deve-se notar que a interpretação dos resultados deve priorizar os “ranks” e não os valores paramétricos. (n. dos A.: avaliamos que a mundança no método estatístico para análise dos dados descaracterizaria o trabalho. Além disso, vários trabalhos com metodologia semelhantes foram encontrados na literatura nacional e estrangeira, que justificam o uso de tal procedimento. Nesse sentido, concordamos mais com as asserções do avaliador A.