1 ® HAIFA BONUS NPK NA CULTURA DA SOJA. Fabiano Andrei Bender da Cruz. Pesquisador/Consultor Fundação Bahia, Engo. Agro. Dr. CREA 1406202312/MG. Aline Fabris. Estagiária, Acadêmica do Curso de Agronomia, convênio FAAHF/Fundação Bahia. Edimilson Marques Lima. Assistente de Pesquisa, Técnico em Agropecuária, Fundação Bahia. 1. OBJETIVO Avaliar o efeito da aplicação foliar de Haifa Bonus NPK sobre as características morfológicas e a produtividade da cultura da soja. 2. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado no Centro de Pesquisa e Tecnologia do Oeste Baiano, Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães, Bahia, cujas coordenadas geográficas são 12º05’26’’ S e 45º42’42’’ W, com altitude de 760 m e precipitação pluvial no período entre novembro de 2014 e abril de 2015 de 788 mm (Figura 1). No solo classificado como LATOSSOLO AMARELO Distrófico (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA-EMBRAPA, 2013), amostras retiradas na profundidade de 0 a 0,2 m foram submetidas às análises químicas e granulométricas de acordo com metodologias descritas em Raij et al. (2001) e Camargo et al. (1986), respectivamente, e os resultados estão apresentados na Tabela 1. A área é caracterizada por sistema de cultivo mínimo, cultivada com algodão (Safra 13/14), milho na entressafra (14/14) e soja (14/15), localizada no Pivô 1. PP = 788,5 mm Colheita Aplicação em R3 Aplicação em R5.1 Aplicação em Vn Figura 1. Precipitação pluviométrica, temperatura mínima e máxima no período entre a semeadura e a colheita da soja (CPTO/Fundação Bahia, 2015). D.Sc. Fabiano A. Bender da Cruz (2015). 2 ® HAIFA BONUS NPK NA CULTURA DA SOJA. Tabela 1. Caracterização química e física do solo na profundidade de 0 a 0,2 m (Luís Eduardo Magalhães, Bahia. 2014). MO g dm-3 pH P mg dm-3 5,8 V m ------ % -----65 0 Ca Mg K Al H+Al SB CTCe CTC --------------------------------------- mmolc dm-3 -------------------------------------------- 35 25 7 0,23 0 18 S B Cu Fe Mn Zn ------------------------------- mg dm-3 -------------------------------5 0,4 0,8 104 7,6 3,8 34,3 34,3 52,3 Argila Silte Areia -------------- g kg-1 --------------238 80 682 MO: K2Cr2O7; pH: CaCl2; P, Ca, Mg, K, Cu, Fe, Mn e Zn: Mehlich 1; Al: KCl; H+Al: SMP; S: Ca(H2PO4)2; B: água quente. ® Sementes de soja da variedade MSOY 9144 RR , tratadas com Fluazinam + Thiophanate methyl -1 ® -1 ® -1 (Certeza - 2,0 mL kg stes), Fipronil (Belure - 2,0 mL kg stes) e Inoculante (Masterfix L - 2,0 mL kg 9 stes ou 1.10 células kg stes), foram semeadas mecanicamente em 24/11/14 (emergência em 29/11/14), -1 com adubação de 400 kg ha de Phosmix 270 M1 Galvani 02-25-00 (7% S, 0,08% B, 0,05% Cu, 0,2% Mn -1 e 0,15% Zn) no sulco de semeadura e aplicação superficial de 200 kg ha de 00-00-60 aos 26 DAE. O experimento, delineado em blocos ao acaso com cinco repetições, consistiu de quatro tratamentos (Tabela 2), sendo cada parcela experimental composta por sete linhas de semeadura espaçadas em 0,5 m com oito metros de comprimento. Por ocasião da colheita (11/04/15), a população de plantas, altura de plantas, altura de inserção da 1ª vagem, a massa de mil grãos e a produtividade de soja (umidade corrigida para 13%) foram avaliados, sendo os dados submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). ® Tabela 2. Descrição dos tratamentos utilizados na cultura da soja (Luís Eduardo Magalhães, Bahia. 2014). Tratamento Haifa Bonus NPK® Haifa Bonus NPK® Haifa Bonus NPK® Vn 40 g L (6,0 kg ha-1) -1 - Estádio fenológico (aplicação) R3 Controle 40 g L-1 (6,0 kg ha-1) 40 g L-1 (6,0 kg ha-1) 40 g L-1 (6,0 kg ha-1) R5.1 - 40 g L-1 (6,0 kg ha-1) Haifa Bonus NPK (13% N, 2% P2O5, 41% K2O). Taxa de aplicação (volume de “calda”): 150 L ha-1. ® Figura 2. Aplicação de Haifa Bonus NPK por ocasião do estádio fenológico Vn (CPTO/Fundação Bahia, 2015). D.Sc. Fabiano A. Bender da Cruz (2015). 3 ® HAIFA BONUS NPK NA CULTURA DA SOJA. ® Figura 3. Aplicação de Haifa Bonus NPK por ocasião do estádio fenológico R5.1 (CPTO/Fundação Bahia, 2015). 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 3 estão apresentados os parâmetros população final de plantas, altura de inserção da primeira vagem e altura de plantas, em função de diferentes épocas e doses de aplicação de Haifa Bonus ® -1 -1 NPK . A população média obtida foi de 200.417 plantas ha , ou seja, 10,02 plantas m . As alturas de inserção da primeira vagem e de plantas não foram influenciadas pelos tratamentos, apresentando valores médios, respectivamente, de 0,14 m e 1,05 m (Tabela 3). Tabela 3. População de plantas, altura de inserção da 1ª vagem e altura de plantas em função de doses e ® épocas de aplicação de Haifa Bonus NPK (Luís Eduardo Magalhães, Bahia. 2015). Aplicação (Estádios fenológicos) Vn 40 g L-1 - 𝑋̅ CV (%) F1 DMS R3 Controle 40 g L-1 40 g L-1 40 g L-1 - R5.1 - 40 g L-1 - População final de plantas (plantas ha-1) Altura de inserção da 1ª vagem (m) Altura de Plantas (m) 196.667 200.417 206.250 198.333 200.417 9,10 0,210 ns 40.281 0,13 0,14 0,15 0,13 0,14 9,05 1,853 ns 0,03 1,05 1,04 1,10 0,99 1,05 5,15 2,899 ns 0,12 Teste F: e significativo a 5% e 1% de probabilidade, respectivamente, e ns não significativo. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey à 5% de probabilidade. 𝑋̅: média geral. CV: coeficiente de variação. DMS: diferença mínima significativa. 1 D.Sc. Fabiano A. Bender da Cruz (2015). 4 ® HAIFA BONUS NPK NA CULTURA DA SOJA. ® Para massa de mil grãos também não se verificou efeito da aplicação de Haifa Bonus NPK , tanto para dose como para época, sendo obtido valor médio de 126,41 g (Tabela 4). -1 -1 A produtividade média de soja obtida foi de 3559 kg ha (59,3 sc ha ), sendo esta -1 significativamente influenciada pelos tratamentos (p<0,05). A aplicação única de 40 g L de Haifa Bonus ® -1 NPK (6,0 kg ha ) durante o estádio fenológico R3 se mostrou eficaz, refletindo em incrementos da -1 ® ordem de 965 kg ha grãos (Tabela 4). A utilização de Haifa Bonus NPK foi economicamente viável, pois -1 -1 -1 aumentou a receita em 1.009,00 R$ ha , com um custo de 19,14 R$ ha , e um retorno de 989,90 R$ ha . -1 ® -1 A aplicação em dose superior, ou seja, 80 g L de Haifa Bonus NPK (12,0 kg ha ), porém distribuída em dois momentos, pré-florescimento (Vn) e início da formação de vagens (R3) ou início da formação de vagens (R3) e início da formação de grãos (R5.1) não apresentou ganhos significativos quando ® comparado ao manejo controle (ausência de aplicação de Haifa Bonus NPK . Tabela 4. Massa de mil grãos e produtividade de soja em função de doses e épocas de aplicação de ® Haifa Bonus NPK (Luís Eduardo Magalhães, Bahia. 2015). Aplicação (Estádios fenológicos) Vn R3 40 g L-1 - Controle 40 g L-1 40 g L-1 40 g L-1 - Massa de mil grãos (g) Produtividade de grãos (kg ha-1) Produtividade de grãos (Sc ha-1) 127,2 127,9 127,7 122,9 126,41 4,29 0,763 ns 11,97 3078 b 4043 a 3380 ab 3734 ab 3559 10,26 5,276 806,5 51,3 b 67,4 a 56,3 ab 62,2 ab 59,3 10,26 5,276 13,44 R5.1 - 40 g L-1 ̅ 𝑋 CV (%) F DMS 1 Teste F: e significativo a 5% e 1% de probabilidade, respectivamente, e ns não significativo. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey à 5% de probabilidade. 𝑋̅: média geral. CV: coeficiente de variação. DMS: diferença mínima significativa. 4. CONCLUSÃO As características morfológicas e o peso de sementes não foram influenciados pela aplicação de ® ® Haifa Bonus NPK , todavia, aplicação única de Haifa Bonus NPK se mostrou eficiente no aumento da produtividade de soja, sendo economicamente viável. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMARGO, O.A. et al. Métodos de análise química, mineralógica e física de solos. Campinas: IAC, 1986. 77p. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - CENTRO NACIONAL DE PESQUISAS DE SOLOS. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília: Embrapa Produção de Informação, 2013. 353p. RAIJ, B. van. et al. Análise química para avaliação da fertilidade de solos tropicais. Campinas: Instituto Agronômico, 2001. 285p. D.Sc. Fabiano A. Bender da Cruz (2015). 5 ® HAIFA BONUS NPK NA CULTURA DA SOJA. __________________________________________________ Nilson Gonçalves Vicente Gerente Geral Fundação BA ___________________________________________________ Dr. Fabiano Andrei Bender da Cruz Responsável Técnico D.Sc. Fabiano A. Bender da Cruz (2015).