Dispnéia

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Dispnéia
Tipos:
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Taquipneia: > 20 ipm
Bradipneia: < 8 ipm
Hiperpnéia: aumento da amplitude do movimento respiratório
Hipopnéia: diminuição da amplitude do movimento respiratório
Apnéia: ausência de movimento respiratório
Ortopnéia: piora qdo deita e melhora qdo senta
Platipneia: piora em posição ortostática
Trepopneia: piora em determinado decúbito lateral
Dispnéia paroxística noturna: acorda com falta de ar
Resp agônica: movimentos respiratórios espaçados sem ventilação eficaz
Classificação MRC(medical research council)
Grau
0
1
2
3
4
Esforço fisico
Dispnéia em esforços extremos como corre e subir escadas íngremes
Dispnéia ao andar rapido ou subidas leves
Dispnéia ao andar normalmente
Dispnéia ao andar menos de 100m
Dispnéia para atividades habituais como tomar banho e trocar de roupa
Padrões:
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Cheyne-Stokes: ciclo taquipneia-eupneia-apneia
Kussmaul: alternância seqüencial de apneias ins e expiratórias
Biot: movimentos resp imprevisíveis
Cantani: hiperventilação regular com movimento respiratório profundos
Fisiopatologia
Causas:
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Aumento da demanda: Esforço, Altitude, Anemia, Septicemia, Tireotoxicose
Insuficiencia ventilatoria: doença neuromuscular degenerativa, AVC, TCE, fadiga
Aumento da resistência da via aérea: DPOC, asma, bronquiectasia, ICC
Redução da complacência pulmonar: fibrose pulmonar, ICC
Alt das pressões parciais de O2 e CO2: TEP, ICC, fibrose pulmonar, SARA
Psicogênica: transtorno do pânico, ansiedade
Diagnóstico:
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Tto:
Anamnese e exame físico
Sinais de insuf resp aguda: musc acessória, fala entrecortada, sudorese, incapacidade
de deitar, agitação ou alt de consciência
Parada resp iminente: rebaixa nível de consciência, incapacidade de manter esforço
resp, cianose
Rx tórax + ECG  sempre
Oximetria de pulso, HMG e gasometria arterial
Ofertar O2 – mascara ou invasivo
Descobrir a causa e resolve-la:
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Asma:
o dispnéia + opressão torácica + sibilos (principalmente expiratórios), pode ter
tosse seca. Geralmente a crise é desencadeada por infecção viral (rinovirus,
influenza, vírus respiratório sincicial - gripe: coriza e dor de garganta)
o ex compl: espibrometria ou peak flow
o classificações:
Asma Extrínseca
Início dos Sintomas
Sintomas
Condições
Associadas
Atópica
Geralmente na
infância
Variável com o
ambiente e
estação do ano
Rinite alérgica,
dermatite
atópica
Não-Atópica
Asma Intrínseca ou
não-alérgica
Adulto
Após 25 anos
Associado ao
trabalho
Flutuações,
cronicidade
Nenhuma
Pólipo nasal,
bronquite,
sinusite
História Familiar
de Doença Atópica
Forte
Menor
Negativa
Testes Cutâneos
Vários positivos,
relacionados a
história
Negativos ou
uma reação
somente
Geralmente
negativo
IgE Total
Alta
Geralmente
normal
Normal
Eosinofilia
Alta durante a
exposição ao
alérgeno
Prognóstico
Bom,
especialmente
evitando-se o
alérgeno
desencadeante
Esporadicamente
alta durante a
exposição ao
alérgeno
Bom,
especialmente
evitando-se o
alérgeno
desencadeante
Alta
Remissões
Incomuns
PFE: pico de fluxo expiratório (peak flow)
INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO NA UTI:
• PaCO2 > 40 mmHg
• PO2 < 60 mmHg
• Saturação O2 < 90 mmHg em FiO2 > 60 %
• Piora dos parâmetros clínicos: dificuldade em falar, uso intenso da musculatura acessória,
exaustão, cianose e inconsciência
• Pico de fluxo < 30% do basal
• Acidose metabólica
• Pulso Paradoxal > 18 mmHg (adolescente) e >10 mmHg (criança)
• Pneumotórax/ Pneumomediastino
• Alteração do ECG
o
tto:
Medicamento/ via de adm
Dosagem
Beta 2-agonista (ação curta: terbutalina, fenoterol, salbutamol/ ação longa: salmeterol,
formoterol)
1 Nebulizador de jato
2,5 mg a 5 mg (10 a 20 gotas/dose)
SF 3-5 ml e O2 6L/min, com máscara
Spray Dosimetrado
400 a 500g, até 800μg/dose até 15/15 minutos
ou 1 jato/minuto + espaçador de grande
Comprimido
1 cp (2mg) 6/6 horas
Endovenoso
Ataque: 250 mcg em 10 minutos
(1 ampola = 500mcg/ml)
Manutenção: 3 a 20 mcg/min (Ajustar de acordo
com a resposta e FC)
Solução 10 ampolas em 500 ml de S.F.- (10
mcg/ml)
2 Anti-colinérgico: Brometo de Ipratrópio
250 - 500 mcg/dose (20 a 40 gotas)
3 Corticóides Sistêmicos:
Hidrocortisona EV
Dose de Ataque: 200 -300 mg /dose
Não passar de 800mg/dia
Dose de Manutenção: 100-200 mg 6/6 h
Metilprednisolona EV
Dose de Ataque: 40 mg/dose
Não passar de 160mg/dia
Dose de Manutenção 40 mg 6/6 h
Prednisona VO
Dose de Ataque:1 -2 mg/Kg de peso
Não passar de 80mg/dia
Dose de Manutenção: 40 a 60 mg/dia
Xantina: Aminofilina (amp. 240mg/ml)
Dose de Ataque: 5-6mg, se não usou nas últimas
Ef col: palpitação e vômitos
24h (50% desta nos demais).
Adm na manutenção, não é droga de
Dose de Manutenção depende da depuração:
escolha pra asma aguda
Normal – 0,6 mg/Kg/hora
Aumentada- 0,9 mg/Kg/hora
Reduzida- 0,3 mg/Kg/hora
Adrenalina (1:1000) SC ou IM
0,01 ml/kg/dose, de 20/20 min, até 3 doses
(máx. 0,3 ml/dose)
1234-
Realizar 1 20/20min na 1ª hora. Para pcte grave pode iniciar nebulização 1 + 2
Reavaliar e observar ef colaterais (taquicardia, arritmias, tremor, hipocalemia)
Boa resposta: estável por 1h, ex físico nl, s/ dispnéia, PFE >60% e Sat O2 >90%  alta
Resposta incompleta: historia de alto risco, sintomas leves a moderados, PFE <60% e
SatO2 <90%  repetir nebulização 1 + 2 de 1-2h, 3, monitorizar, considerar VNI  boa
resposta  alta
sem melhora em 6-12h  internação
5- Sem resposta: historia de alto risco, sintomas graves ou piora, PFE <30%, PaCO2 >45 e
PO2 <60  internação
6- Internação: nebulização 1 +2 1-2x/h, 3, exames, considerar IOT
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DPOC:
o tosse crônica produtiva +dispnéia ao esforço progressiva + FR. Pode ter sibilos
e roncos, hiperressonância e tórax em barril
o FR: tabagismo (principal), fatores ambientais (pós de carvão, sílica, pós
orgânicos, irritantes e sensibilizantes das vias aéreas; fumaça de lenha
queimada), deficiência de alfa1-antitripsina
o Clinica: tosse, expectoração, dispnéia, chiado, emagrecimento,
hiperinsuflação, murmúrio vesicular diminuído, sinais de Cor Pulmonale
(edema mmii, hepatomegalia dolorosa, sopro de insuf tricúspide), sinal de
Kussnaul (ingurgitamento jugular a inspiração), cianose e pletora,
baqueteamento digital
o Tipo A (Tipo PP - pink puffer - soprador rosado - enfisema): falta de ar cada vez
maior durante os últimos três ou quatro anos; tosse ausente ou produtiva de
pouca expectoração branca; paciente astênico, com evidência de recente
perda de peso; tórax hiper expandido; sons respiratórios quietos e ausência de
ruídos adventícios; a radiografia confirma a hiperinflação com diafragmas
baixos, achatados, mediastino estreito e transparência retroesternal
aumentada. Além disso, a radiografia mostra atenuação e estreitamento dos
vasos pulmonares periféricos
o Tipo B (Tipo BB - blue bloater - cianótico pletórico - bronquite crônica): tosse
crônica com expectoração por vários anos (inicialmente apenas nos meses de
inverno e mais recentemente durante a maior parte do ano); exacerbações
agudas com expectoração purulenta tornam-se mais comuns; falta de ar com
o esforço piorou gradualmente; tolerância ao exercício limitando-se
progressivamente; fumantes de cigarro de muitos anos de duração; ao exame
o paciente tem uma compleição atarracada com aparência pletórica e alguma
cianose; ausculta de estertores e roncos esparsos; pode haver sinais de
retenção líquida com pressão venosa jugular elevada e edema de tornozelos;
radiografia de tórax com algum aumento cardíaco, campos pulmonares
congestionados e marcas aumentadas atribuíveis à infecção antiga; linhas
paralelas ("trilhos de bonde") podem ser vistas, provavelmente causadas pelas
paredes espessadas dos brônquios inflamados.
o ex compl: pode ter policitemia em HMG, acidose resp na gaso
o rx: hiperinsuflado (retificação dos arcos costais, aumento dos espaços
intercostais), hipertransparencia, inversão das cúpulas diafragmáticas, coração
em gota, aumento Antero-posterior.
o
o
o
ECG: hipertensão pulmonar – sobrecarga de VD
Pode ter hiponatremia e hipocalemia
Caracterização da exacerbação infecciosa – critérios de Anthonisen
 aumento da dispnéia
 aumento do volume da secreção
 aumento da purulência do escarro
 Tipo I (grave) – os 3 critérios presentes
 Tipo II (moderado) – 2 critérios presentes
 Tipo III (leve) – apenas 1 critério presente
o tto:
A. pcte instável: sonolento ou confuso, iminência de PCR, grave insuf resp  IOT ( baixo
volume corrente, FR 6-12, curto tempo inspiratorio, PEEP 80%
B. pcte estável: Rx e exames +
1. nebulização com Berotec de 20/20min na 1ª h, adicionando Atrovent se não
melhora
2. corticóide: prednisona 60mg/dia (por 7-14 dias) ou metilprednisolona 40-60mg
6/6h por 3 dias (depois passa para VO)
3. O2: 1-3L/min se SatO2<90% + gaso após 30min
VMI: dá PEEP sem ter q IOT – para insuf resp, grave acidose e hipercapnia e FR>25
4. Avaliar ATB (visa moraxella, pneumococo, hemifilos)
a. Baixo risco: amoxacilina ou macrolideo
b. Exacerbação + FR ou comorbidades: amox+clavulanato
c. Pcte com IOT: quinolona (pseudomonas)
5. Resposta rápida e melhora  alta
6. Pouca melhora  se instável  A.
estável  VNI + 2 +ATB
Tto ambulatorial:
Estagio
I – leve
II – moderada
III – grave
IV – mto grave
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Caracteristicas
- VEF1/CVF < 70 %
- VEF1 > 80 % do previsto
- Com ou sem sintomas
- VEF1/CVF < 70%
- 50% < VEF1< 80% do previsto
- Com ou sem sintomas
- VEF1/CVF < 70%
- 30% < VEF1< 50% do previsto
- Com ou sem sintomas
- VEF1/CVF < 70%
- VEF1 < 30% do previsto ou
presença de insuficiência
respiratória ou falência
cardíaca direita
Tto
- Broncodilatador de curta duração, quando
necessário
- Tratamento regular com um ou mais
broncodilatores
- Reabilitação
- Tratamento regular com um ou mais
broncodilatores
- Reabilitação
- Corticóide inalado resposta ao BD na
função pulmonar ou em caso de
exacerbações repetidas
- Tratamento regular com um ou mais
broncodilatores
- Corticóide inalado se ocorrer resposta
significativa da função pulmonar ou em
caso de exacerbações repetidas
- Tratamento das complicações
- Reabilitação
- Oxigenoterapia domiciliar em caso de
insuficiência respiratória
- Considerar tratamento cirúrgico
IC: ver aula de ICC
Doença pulmonar intersticial
Dispnéia psicogênica: sensação de sufocamento, parestesias, sensação de bolus
TEP: ver aula de TEP
Edema agudo de pulmão
o Síndrome determinada por acumulo anormal de fluidos no compartimento
extravascular pulmonar
Clínica
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Hipoxemia: ansiedade, agitação, pulso fino, sudorese, taquicardia
Aumento do trabalho respiratório: taquidispneia, ortopneia, tosse seca (secreção
rósea e espumosa das vias aereas)
Diminuição da complacência pulmonar: estertor, ronco, sibilo
Alteração da relação ventilação-perfusão
Causa cardíaca
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Pressão hidrostática capilar devido aumento da pressão diastólica do VE:
o Disfunção diastólica: crise hipertensiva, taquiarritmias, cardiopatias
hipertróficas ou restritivas
o Disfunção sistólica: IAM, IC descomp, endocardite, miocardite, ruptura de
cordoalha
Causas não-cardíacas
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Permeabilidade vascular pulmonar alterada: endotoxemia, infecção pulmonar,
afogamento, aspiração, anafilaxia, sind do desconforto resp agudo
Pressão oncótica plasmática diminuída: cirrose, hipoalbuminemia
Excesso de pressão intrapleural negativa: reexpansão de pneumotórax
Miscelania: edema pulmonar de altitude, embolia pulmonar, edema pulmonar
neurogênico pos TCE
Exames complementares:
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Rx tórax: asa de borboleta
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ECG
Eco
Gaso arterial
Lab: troponina, CKMB (repetir 6-8h), U, Cr, Na, K
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MOV
o O2: 5-10L/min mascara
Morfina: 2mg de 1-2 min, reduz ansiedade e vasodil
Furosemida: 1mg/kg EV ou metade da dose diária + isordil (nitrato – se PAD>90) 5mg
SL – Repete 2-3 vezes se não tiver melhora
Se não melhora: nitroprussiato (0,1-5mcg/ kg/min) ou nitroglicerina (5-10mcg/min) 
- se pcte não usa beta bloq: dobuta (2-20mcg/kg/min)
- se pcte usa beta bloq: levosimedana, milrinona
Se evoluir para choque:
o Noradrenalina (0,5-30mcg/ min) ou dopamina (5-15mcg/kg/min) 
estabilizando PA  furosemida
o IOT
Cd:
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