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Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/UFSC TEORIAS PARA O FIM DO MUNDO Lucas Matheus de Oliveira Scóz¹; Mateus Henz¹; Cleiton Hoss¹; Afrânio Austregesilo Thiel 1 ; Osmarilda de Borba² RESUMO Foram estudadas neste trabalho as supostas teorias para o fim do mundo. São apresentadas propostas como: fim do Sol, quando poderá ocorrer e como será nosso fim diante desta catástrofe qual seria a temperatura do Sol e como se pode saber disso; o fim da camada de ozônio, o que é a camada de ozônio, onde ela está e do que é formada; uma possível era glacial, o sol poderia se afastar a provocar grandes mudanças na temperatura, quais as chances de sobrevivermos; ações vulcânicas, hoje em dia isto poderia acontecer? E qual seria o tamanho de uma erupção para poluir toda a nossa atmosfera; guerras nucleares, isto já é realidade, quanto pesa um míssel e qual seu poder de destruição; transmissão de vírus e uma gigantesca epidemia, isto ainda faz parte da ficção ou já está ocorrendo, será que o h0omem é capaz de construir um super­vírus e eliminar toda a vida na terra; entre outras abordagens. Todas as hipóteses são comprovadas cientificamente. Usando noções de Matemática, Física, Geografia e Outras Ciências tentamos demonstrar tais teorias. O trabalho apresentará Estatísticas (Gráficos), Probabilidades, Cálculos incluindo desde área, aceleração, temperatura e posição. Palavras­chave: Fim do mundo ­ Riscos ­ Causas ­ Chances 1 INTRODUÇÃO Ao longo de sua história, o mundo passou por eventos dramáticos, que causaram a morte da maior parte das espécies sobre o planeta. Até hoje, não estamos livres de alguns desastres. O Sol, por exemplo, deve morrer em 5 bilhões de anos, levando a Terra consigo. Em um prazo mais curto, podemos ser atingidos por um asteróide, causando uma extinção em massa semelhante à que eliminou os dinossauros, há 65 milhões de anos. Mas não são só os desastres naturais que nos ameaçam. Segundo o astrônomo britânico Martin Rees, que lançou neste ano um livro sobre as especulações do final dos tempos, a ação humana no planeta reduziu nossas chances de sobrevivência. As armas nucleares, a destruição do meio ambiente e o uso desenfreado da tecnologia criaram um futuro sombrio à humanidade: nossa chance de chegar ao fim deste século, alerta o astrônomo, é de apenas 50%. Descubra o que realmente pode acontecer com a Terra e o que ainda é parte da ficção. O trabalho também consta com resoluções matemáticas, perguntas e respostas baseado no conteúdo Teorias para o fim do mundo. ¹ Alunos do curso Técnico em Informática, Colégio Agrícola de Camboriú, Universidade Federal de Santa Catarina. [email protected]; [email protected]; [email protected]. ² Professores orientadores, curso Técnico em Informática, Colégio Agrícola de Camboriú, Universidade Federal de Santa Catarina. [email protected].
2 2 TEORIAS PARA O FIM DO MUNDO 2.1 RAIOS GAMAS Explosões cósmicas de grande intensidade poderiam "fritar" a Terra com radiação. No ano de 1054, os chineses acompanharam, com perplexidade, o aparecimento de um brilho intenso nos céus, que permaneceu visível por três semanas à luz do dia e por quase dois anos à noite. Tratava­se de um dos eventos mais violentos do cosmos: a explosão de uma estrela com massa maior que a do Sol, num fenômeno conhecido como supernova. A supernova em questão ocorreu a uma distância de 6.000 anos­luz da Terra, liberando quantidades enormes de energia. Hoje pode­se observar uma nuvem de gás no local do evento, conhecida como nebulosa do Caranguejo. Para ameaçar a Terra, os cientistas estimam que uma explosão como essa precisaria ocorrer a uma distância máxima de 26 anos­luz do planeta. Felizmente, não existe nesse raio nenhuma estrela de massa suficiente para tamanho desastre. 2.1.1 O que são Tipo de radiação eletromagnética que possui o comprimento de onda mais curto e, consequentemente, a mais alta freqüência em todo o espaço eletromagnético. Isto também implica que os raios gama possuem a mais alta energia entre todas as formas de radiação eletromagnética. Chamamos de raios gama qualquer fóton que tem energia maior do que, aproximadamente, 100 kV (quilovolts). Os raios gama são muito penetrantes. Na Astrofísica os raios gama fazem parte do domínio da chamada Astrofísica de Altas Energias. 2.1.2 Como ocorre Os astrônomos alertam para os riscos trazidos por dois eventos cósmicos que chegam a ser até 100 vezes mais intensos que uma supernova e que poderiam ocorrer a distâncias maiores, de até milhares de anos­luz (ano luz é a distância que a luz percorre durante um ano com a velocidade de 300.000 km/segundo). Um deles é chamado de hipernova, a explosão de uma estrela cinco a dez vezes mais densa que o Sol. O outro diz respeito ao choque entre dois corpos muito densos, como buracos negros e estrelas de nêutrons (com as massas entre 10 e 30 vezes a do Sol). Em ambos os casos, podem ser liberadas grandes quantidades de raios gama, a forma mais energética da radiação eletromagnética conhecida. Nessas grandes explosões, a energia tende a ser emitida em dois feixes opostos. "Se eles forem perpendiculares ao plano da galáxia, não há problema", diz Amâncio Friaça, do Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (IAG­USP). "Caso contrário, tudo o que estiver em sua rota sofrerá um grande impacto." Para a Terra, as perspectivas não seriam as melhores. Os raios gama, com uma energia até 1 milhão de vezes maior que a dos raios­X, poderiam afetar todas as formas de vida do planeta e destruir a camada de ozônio, deixando a Terra vulnerável aos raios ultravioleta do Sol.
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 3 Uma vez a cada 20 ou 30 milhões de anos, há a possibilidade de uma liberação de raios gama na proximidade do Sol. 2.1.3 Riscos O efeito, devastador, só ocorreria a cada centena de milhões de anos. 2.2 CAMADA DE OZÔNIO A camada de ozônio que recobre a Terra não é ameaçada somente por eventos cósmicos (como os do texto anterior). A ação humana foi, sem dúvida nenhuma, muito mais nociva à proteção do planeta do que qualquer outro fenômeno existente na natureza. Na atmosfera, o ozônio é um gás que ocupa principalmente uma faixa entre 15 e 30 km de altitude, em uma região conhecida como estratosfera. Ele absorve uma porção da radiação ultravioleta que vem do Sol e é nociva aos seres vivos, chamada ultravioleta­B (UVB). 2.2.1 O que é Todo mundo sabe que acima de nossas cabeças existe uma grande quantidade de gases, a que damos o nome de atmosfera. Suas principais funções são: a. Presença do oxigênio. b. Sem o invólucro gasoso todo o calor irradiado pelo Sol se dissiparia no espaço exterior. c. Graças a sua composição, a atmosfera filtra as radiações ionizantes, em uma região chamada de ionosfera, as ondas ultravioletas, na região da estratosfera, que contém Ozônio (20 a 35Km de altura). d. Desintegra meteoritos pelo atrito. e. Por efeito de convecção é mantido o equilíbrio térmico na superfície terrestre. f. É a pressão atmosférica que mantém nosso sangue no interior do corpo em perfeito equilíbrio com a pressão interna. Camada de ozônio, UVA, UVB, UVC. A atmosfera da Terra é formada por diversas camadas de diferentes densidades de gases, sendo os gases mais abundantes o Nitrogênio (78%), Oxigênio (21%) , Argônio (0,9%) e o Gás Carbônico (0,03%). O gás mais importante para nós sem dúvida é o oxigênio, fundamental para os nossos processos bioquímicos que nos mantém vivos. Porém existem organismos na face da Terra que não precisam de oxigênio para sobreviver. São os chamados seres Anaeróbicos, que utilizam agentes oxidantes como o sulfato e o nitrato para obter energia. Lembrando, a camada de ozônio é formado por O3.
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 4 2.2.2 O que ocorre Essa camada permanecia intocada pelo homem até que, em 1928, pesquisadores da General Motors inventaram um gás que combinava cloro, flúor e carbono. Chamado CFC, ele logo ganhou aplicações na indústria de refrigeradores e sprays e se disseminou pelo mundo. Foi só entre as décadas de 70 e 80 que os pesquisadores descobriram que todo o gás emitido desde então havia se espalhado pela atmosfera e estava destruindo a camada de ozônio. A descoberta, em 1985, de um enorme buraco sobre a Antártida fez a comunidade internacional se mexer. Em 1988, no Protocolo de Montreal, o CFC foi finalmente banido. Atualmente, o buraco continua a crescer, mas o futuro já não é tão sombrio. "Ganhamos uma enorme batalha", diz Volker Kirchhoff, chefe do laboratório de ozônio do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Mas a guerra ainda não está vencida. "O CFC foi substituído por substâncias que também afetam a camada de ozônio. O que fizemos foi dar mais um prazo à humanidade", diz o pesquisador. 2.2.3 Riscos A emissão de gases nocivos diminuiu desde a década de 90. 2.3 ASTERÓIDES Colisão de corpos celestes poderia causar nova extinção em massa. Há cerca de 65 milhões de anos, a vida na Terra passou por uma mudança brusca. Um asteróide de 10 km de diâmetro se chocou com o planeta, atingindo a região da península de Yucatán, no México. O efeito foi devastador. O ar ao seu redor atingiu temperaturas maiores que na superfície do Sol, causando um clarão jamais visto. A colisão liberou uma energia 10 mil vezes maior do que todas as armas nucleares juntas e formou uma cratera de 200 km de diâmetro. Rochas foram vaporizadas e a Terra foi sacudida por terremotos e ondas gigantes. No total, 40% das espécies na Terra foram extintas; entre elas estavam os dinossauros. Ao que tudo indica, outras extinções também foram causadas por impactos de cometas ou asteróides. 2.3.1 Calculando o risco Segundo especialistas do Portal do Astrônomo, quando se descobre um asteróide, o que se faz de imediato é observar o objeto durante um certo intervalo de tempo, de forma a obter um conjunto de pontos de sua órbita para determinar sua trajetória. O que acontece normalmente é que os pontos obtidos não são suficientes, estando pouco espaçados no tempo e ocasionando erros associados às medidas. Esses fatores tornam os primeiros cálculos muito imprecisos. O que os astrônomos fazem, então, é obter todas as trajetórias possíveis, com os dados que possuem no momento, que definem um "tubo de órbitas" possíveis para o objeto, o qual pode
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 5 cruzar com a órbita terrestre ou não. Quando o número de pontos da trajetória obtidos em um intervalo de tempo razoável (geralmente vários meses) é elevado, são efetuados novos cálculos que diminuem o número de órbitas, portanto, o "tubo de órbitas" possíveis torna­se muito menor, permitindo aos astrônomos preverem com um maior grau de precisão a possibilidade de risco de colisão com o planeta. Como a melhor forma de prevenção é saber o quanto antes da existência de novos asteróides, cientistas de todo o mundo estão sempre pesquisando novos experimentos. Um dos estudos feito está criando uma grande expectativa, é a missão espacial Gaia, estudada por François Mignard, do observatório Côte d'Azur, na França, que será capaz de ver claramente o asteróide. Seu lançamento está previsto para 2010. Até lá, basta ficarmos na torcida para que os asteróides nunca saiam das telas dos cinemas. 2.3.2 O que poderia ocorrer Os cometas são formados principalmente por poeira e gases congelados, como amônia e metano, e têm trajetórias que muitas vezes ultrapassam as órbitas de Netuno ou Plutão. Já os asteróides são corpos rochosos. A maioria está a uma distância segura da Terra, entre as órbitas de Marte e Júpiter. No entanto, existem corpos, chamados de OPTs (Objetos Próximos da Terra), que podem cruzar o caminho do planeta. O impacto desses corpos é o evento cósmico que mais ameaça a Terra. As crateras formadas ao longo da História são a prova disto. Atualmente, já foram descobertas mais de 150 delas na superfície terrestre. Preocupados com essa ameaça, Robert MacMillan e Tom Gehrels, da Universidade do Arizona, nos EUA, criaram na década de 80 o projeto Spacewatch, com o objetivo de catalogar todos os asteróides que poderiam trazer alguma ameaça ao planeta. Outras iniciativas do governo americano também seguem na mesma linha. O problema é que alguns asteróides só são detectados depois de passar pela órbita terrestre. Se algum corpo com rota de colisão fosse detectado a tempo, a catástrofe poderia ser evitada? A idéia de destruir o asteróide com armas nucleares está ultrapassada. O ideal seria pousar uma sonda na superfície e empurrar o corpo para fora da trajetória. A tecnologia, no entanto, ainda precisa avançar muito para que possa ser aplicada. 2.3.3 Riscos Um choque de grandes proporções pode ocorrer a cada 10 milhões de anos.
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 6 2.4 VULCANISMO De todas as hipóteses sobre o fim dos tempos, essa é uma das mais realistas. Em 1815, a erupção do vulcão Tambora, na Indonésia, expeliu gases tóxicos, lava e cerca de 100 quilômetros cúbicos de cinzas na estratosfera, matando 88 mil pessoas, direta ou indiretamente. A fuligem espalhou­se pela atmosfera do globo e causou um efeito inesperado: no verão do mesmo ano, habitantes na Inglaterra chegaram a ver o pôr­do­sol mais vermelho que o costume, devido à fuligem espalhada no ar. E 1816 foi considerado um ano sem verão por habitantes da Europa e da América do Norte, com temperaturas médias cerca de 1ºC menores que no ano anterior. Outra enorme erupção, ou uma série delas, poderia causar o mesmo efeito novamente. 2.4.1 O que são De acordo com Leinz (1963), o termo vulcanismo aborda todos os processos e eventos que permitam, e provoquem, a elevação de material magmático do interior da terra à superfície. Os magmas são definidos como substâncias naturais, constituídas por diferentes proporções de líquidos, cristais e gases, cuja natureza depende de suas propriedades químicas, físicas e do ambiente geológico envolvido. Atualmente, classificam­se como magmas primários quando estes representam o líquido inicial obtido imediatamente à fusão, e parentais, quando representam o líquido primário já modificado. Historicamente, os processos responsáveis pelo vulcanismo foram atribuídos a diferentes causas; Platão (427­347 a.C) suspeitava da existência de uma corrente de fogo no interior da terra como fonte causadora dos vulcões. Poseidônio (século II a.C.) acreditava que o ar comprimido em cavernas subterrâneas seria a causa do fenômeno, e durante a Idade Média, relacionava­se o fogo eterno do inferno com as profundezas da crosta terrestre. No início do século XIX ficou definitivamente estabelecido que os vulcões são formados quer pelo acúmulo externo de material, quer pelo levantamento das camadas pré­existentes. Os vulcões são responsáveis pela liberação de magmas acima da superfície terrestre e funcionam como válvula de escape para magmas e gases existentes nas camadas inferiores da litosfera. Magmas primários provêm de câmaras magmáticas posicionadas a profundidades da fonte que normalmente oscilam entre os 50 a 100 km, onde ocorrem concentrações de calor e fusões, condições estas que levam ao aumento da pressão necessária à subida do magma através de condutos, que por sua vez levam à formação dos vulcões. 2.4.2 Como ocorreria Segundo alguns pesquisadores, uma reação em cadeia de erupções gigantescas poderia jogar na atmosfera milhões de toneladas de fuligem e gases tóxicos. Esse material impediria a passagem dos raios solares, trazendo conseqüências fatais à vida na Terra: a temperatura cairia drasticamente, as plantas
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 7 não teriam mais energia para o metabolismo e os animais, conseqüentemente, ficariam sem alimento. Isso pode ter ocorrido há cerca de 60 milhões de anos, na região conhecida como Deccan Traps, localizada no sul da Índia. Uma bola de fogo expeliu enormes quantidades de gases tóxicos no ar. Outro mega vulcanismo poderia ocorrer novamente se a crosta terrestre se enfraquecesse em algum ponto."A hipótese de que o evento da Índia tivesse extinguido os dinossauros chegou a ser defendida até o fim da década de 80, mas deu lugar à teoria de um impacto de asteróide. 2.4.3 Riscos Muito baixo, indicam os pesquisadores. 2.5 CRISE NO CLIMA Aquecimento global e alterações no meio ambiente ameaçam a humanidade neste século. Imagine que, daqui a 50 ou 100 anos, as temperaturas médias da Terra subam entre 5 ºC e 7 ºC. Esse é um dos piores cenários para os efeitos do aquecimento global. Segundo os pesquisadores, ainda não dá para dizer se as temperaturas já estão subindo no planeta e de quanto será esse aumento no futuro. As estimativas variam de 1,4 ºC a 5,8 ºC, com previsões mais catastróficas de 7 ºC a 10 ºC. 2.5.1 O que irá acontecer O aquecimento causará uma expansão nas massas de água do globo, e as cidades litorâneas serão submersas. Grande parte das geleiras nos pólos derreterá, e a mistura de sua água doce com os oceanos irá alterar o ritmo das correntes marítimas, afetando localmente o clima. Em alguns pontos do planeta, os desertos avançarão; em outros, ficarão mais freqüentes os temporais e furacões. Doenças como a dengue e a malária devem se alastrar, chegando a latitudes cada vez mais elevadas. Mas uma coisa é certa: se nada for feito para reduzir a emissão dos gases que aumentam o efeito estufa (como o dióxido de carbono), o planeta deve sofrer alterações climáticas até o fim deste século. É muito difícil fazer com que os principais países poluentes (como os EUA) mudem sua política. Além disso, o aumento da população, a provável escassez de combustíveis fósseis e a redução dos estoques de água potável podem gerar conflitos e ainda mais danos à natureza. A degradação do ambiente trará conseqüências futuras. Para alguns, a humanidade tem apenas 50% de chance de sobreviver a esse século, devido a riscos que ela mesma criou nas últimas décadas. "Mesmo que essas mudanças ambientais não nos matem, elas tornarão o mundo um lugar muito mais difícil para se viver."
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 8 2.5.2 Riscos Em 50 a 100 anos, o calor pode alterar o equilíbrio da Terra. 2.6 GUERRA NUCLEAR Com o término das hostilidades entre EUA e URSS no fim da Guerra Fria, esperava­se que o mundo estivesse livre de um desastre nuclear. O risco de uma guerra de grande escala, no entanto, deu lugar a dois novos tipos de ameaça: os ataques nucleares de grupos terroristas, que poderiam causar destruições localizadas, e os conflitos regionais entre países detentores de um pequeno arsenal de bombas atômicas. Esse é o caso, por exemplo, da Índia e do Paquistão. Ambos os países, que possuem armamentos nucleares, travam há décadas uma disputa por uma região conhecida como Caxemira. "Se um governo fundamentalista chegar ao poder no Paquistão, por exemplo, a região poderia ficar ainda mais instável", afirma Mark Burgess, analista do Centro para Informação de Defesa (CDI), um instituto norte­ americano que realiza estudos sobre o problema de armamentos ao redor do mundo. 2.6.1 A bomba nuclear A bomba é uma aplicação bélica da fissão nuclear que utiliza a imensa quantidade de energia liberada numa reação de fissão em cadeia. Divide­se uma massa crítica de material físsil (Urânio 235 ou Plutônio 239) em diversas massas subcríticas. Cercam­se essas massas subcríticas com cargas de TNT, Trinitrotolueno. No centro das massas subcríticas coloca­se uma fonte de nêutrons. Ao se detonar a bomba, as cargas de TNT explodem simultaneamente forçando as massas subcríticas a se juntarem em massa crítica, que penetra na fonte de nêutrons dando origem a reação de fissão em cadeia, com uma enorme liberação de radiações e energia. I ­ Radiação nuclear inicial (Em 0,000.001 s, o gás da fissão forma um ponto brilhante, a radiação mata a 15 km de distância do centro da explosão nuclear, quem foi contaminado.) Segundo um estudo feito pela Organização Mundial da Saúde, em 1983, uma guerra nuclear em plena escala mataria um bilhão de pessoas de imediato. No exato ponto da explosão (o ponto diretamente sob a bomba que explode), ou nas proximidades dele, o calor intenso da bola de fogo vaporiza os humanos. Mais longe (até uns 18 km), as pessoas sofrem queimaduras de segundo e terceiro graus na pele exposta. A roupa pega fogo. Tapetes e móveis se incendeiam. Sob determinadas condições cria­se uma tempestade de fogo superaquecida, que engolfa as pessoas. II ­ Pulso eletromagnético (Em 0,001 s, forma­se uma bola de 150 m de diâmetro, ocorre o pulso magnético, que pode provocar colapso energético num país inteiro, danificando até 200 km de extensão e interrupções nas transmissões de sinais.)
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 9 Uma explosão nuclear gera imenso clarão de luz que cega ou aturde pessoas situadas até mesmo muito distante do local da explosão — até uns 21 km durante o dia, e 85 km à noite, no caso da explosão de um megaton. III ­ Pulso térmico (Em 2 s, um sol de 4,5 km de diâmetro, queima tudo num raio de 5 km, matando ou cegando quem não estiver protegido — até uns 21 km durante o dia, e 85 km à noite.) Um segundo bilhão morre em decorrência da explosão, dos incêndios, e da radiação. Recentes estudos são ainda mais pessimistas. IV ­ Onda de choque (Em 5 s, a onda de choque destrói tudo num raio de 7 km.) A explosão nuclear gera ventos com a força dum furacão. Perto do ponto da explosão da bomba, a destruição é total. Mais longe, as pessoas nos prédios são esmagadas pelos tetos e paredes que desabam; outras são feridas ou mortas pelos destroços. Ainda outras são sufocadas pela densa poeira. A excessiva pressão dos vendavais provoca o rompimento do tímpano ou hemorragia pulmonar. V ­ Poeira radioativa (Cada bomba contamina 2.500 km 2 matando 50% da população.) Emite­se intensa chuva de nêutrons e de raios gama. A exposição moderada a eles provoca a doença caracterizada por náusea vômitos e fadiga. Os danos causados aos glóbulos sangüíneos reduz a resistência à infecção e retarda a cura dos ferimentos. Alta exposição à radiação provoca convulsões, tremor e letargia (sono profundo). A morte acontece dentro de uma a 48 horas. Os sobreviventes vítimas da radiação tornam­se suscetíveis ao câncer. Há maior probabilidade de que transmitam defeitos hereditários à sua prole, inclusive menor fertilidade, abortos espontâneos, malformações congênitas em bebês ou natimortos, e debilidades constitucionais não­específicas. 2.6.2 O que poderia ocorrer As chances de uma guerra generalizada caíram, mas o risco de uma bomba nuclear ser acionada é muito maior do que antes. Desde o ataque terrorista aos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001, analistas militares estudam as possibilidades de um ataque terrorista com armas nucleares. Alguns grupos poderiam obter ogivas ou tentar outras formas de ataque, como jogar um avião em uma usina nuclear. Além disso, a forma como o governo Bush tem lidado com essa questão pode tornar o mundo ainda mais perigoso. Os EUA têm uma força enorme para a guerra convencional e podem impor sua vontade a qualquer país. Assim, outras nações começam a perceber que a única forma de não serem controladas pelos EUA é ter o seu próprio arsenal nuclear. Isso já pode estar ocorrendo na Coréia do Norte e no Irã, e provavelmente outros farão o mesmo. 2.6.3 Riscos Conflitos regionais ou ataques terroristas podem acionar uma bomba.
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 10 2.7 EPIDEMIAS Ao invadir o ambiente, o homem pode encontrar novas doenças. No início deste ano, a humanidade deparou­se com um vírus até então desconhecido. Surgido no sul da China, o novo tipo de coronavírus, causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), infectou cerca de 7.500 pessoas, em países como Canadá, Alemanha e Vietnã, causando mais de 900 mortes em poucos meses. Esse não foi o primeiro surgimento de um vírus letal nas últimas décadas, nem será o último. Conforme o ser humano invade novos nichos ecológicos, aumentam os riscos de que ele se encontre com outros agentes infecciosos. Com certeza vão surgir vírus novos nas próximas décadas, porque o homem está alterando o ambiente. O Sudeste Asiático tem se mostrado um celeiro para novos vírus. Isso ocorre pela alta aglomeração populacional e pelo contato constante das pessoas com animais, como porcos, galinhas e patos. 2.7.1 Tipos de epidemias De acordo com sua progressão no tempo, as epidemias podem ser classificadas em maciças e progressivas. Nas epidemias maciças, os casos aparecem num curto período de tempo, a epidemia surge, aumenta de intensidade e declina, sugerindo a existência de um veículo comum de transmissão e uma exposição simultânea. Como exemplo temos a epidemia de cólera ocorrida em uma cidade do Estado de Alagoas no ano de 1992. Nas epidemias progressivas, ou propagadas, a progressão é mais lenta, sugerindo uma exposição simultânea ao agente etiológico (agente da doença), em geral uma transmissão pessoa a pessoa. Como exemplo desse tipo de epidemia, temos a epidemia de doença meningocócica na Região da Grande São Paulo, que se iniciou em 1987 2.7.2 Como os vírus podem nos fazer mal Os vírus podem sofrer uma mutação em animais e, assim, passar ao homem. O aparecimento desses organismos, hoje em dia, traz um risco adicional: a rapidez com que se espalham pelo mundo. A Sars mostrou o lado ruim da globalização, em que uma doença pode se disseminar rapidamente. Por outro lado, a própria globalização tem ajudado a combatê­los, ao permitir que a informação sobre como prevenir a doença também se espalhe com rapidez. Hoje é difícil que um novo vírus cause o mesmo número de mortes que outras epidemias, como a peste negra e a gripe Efonthola (matou cerca de 22 milhões de pessoas na Ásia). A medicina pode criar rapidamente uma vacina ou outras formas de contenção da doença. O problema é se ela ocorrer em grandes centros populacionais de países pobres. Aí, nunca se sabe os danos que uma epidemia poderia causar.
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 11 2.7.3 Riscos É difícil que um novo vírus cause milhões de mortes pelo mundo. 2.8 VÍRUS ARTIFICIAIS Em agosto de 2002, um experimento inusitado apareceu em uma das revistas mais importantes do meio acadêmico, a "Science". Eckart Wimmer, pesquisador da Universidade Estadual de Nova York, nos EUA, anunciou, em conjunto com seus colaboradores, a criação do vírus da poliomielite a partir de pedaços de DNA e de "instruções de montagem" disponíveis na internet. "Isso mostra que, num futuro próximo, muitas pessoas terão conhecimento suficiente para produzir vírus geneticamente modificados", alerta Martin Rees, presidente do laboratório genético na Califórnia. Quanto maior o poder da ciência, mais estragos uma única pessoa pode causar. 2.8.1 Recriar um vírus Teoricamente, é possível sintetizar o material genético de vírus pequenos, mas seria muito difícil deixá­los infecciosos, devido à complexidade envolvida na sua replicação. "Outros vírus com um genoma maior, como o da varíola, são impossíveis de ser recriados." “Em nosso estudo, não criamos um vírus. Nós apenas recriamos ou regeneramos um organismo", afirma Cello, colaborador de Wimmer. "A complexidade de sua estrutura e de sua replicação faz com que seja impossível criar um novo vírus do nada." O infectologista Stefan Ujvari concorda. "Também não dá para pegar um vírus, modificá­lo e torná­lo mais infeccioso ou imbatível", comenta. "Ainda estamos muito longe disso." Também chama a atenção para outros problemas o avanço desenfreado da tecnologia pode provocar. A criação de robôs com milionésimos de milímetros, capazes de se auto­replicar, poderiam causar catástrofes ambientais num futuro distante. “Uma praga causada por essas nanomáquinas não viola, em princípio, nenhuma lei da física. Mas também não representa nenhum sério risco em médio prazo", diz Martin Rees. 2.8.2 Riscos Por enquanto, ainda fazem parte da ficção científica.
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 12 2.9 FIM DO SOL O fim do universo, segundo os cosmologistas, deverá acontecer daqui a várias dezenas de bilhões de anos. Se o universo for plano ou aberto, ele irá se expandindo indefinidamente e o seu fim será escuro e frio. Se o universo for fechado, a sua expansão chegará a um máximo e em seguida começará a se contrair; o seu fim será luminoso e quente. Será possível à inteligência agir sobre o universo, alterando o seu "destino"? Muito antes disso (5 bilhões de anos), está previsto o fim do Sistema Solar. O seu fim virá com o fim do combustível (hidrogênio) que alimenta o Sol. Antes mesmo do fim de nosso sistema planetário, quando o hidrogênio da caldeira solar estiver acabando, o Sol passará por várias transformações radicais que inviabilizarão qualquer possibilidade de vida em nosso planeta. Como agiremos nessa situação? Migraremos para outro sistema planetário? Retardaremos indefinidamente o fim do Sol, importando hidrogênio de outras estrelas e/ou nebulosas? A humanidade pode sobreviver a todas as catástrofes descritas anteriormente, mas a Terra não será um lugar habitável por toda a eternidade. Em cerca de 5 bilhões de anos, o Sol dará os seus últimos sinais de vida antes de se extinguir. A estrela que nos aquece é composta de 91,2% de hidrogênio e 8,7% de hélio. Os demais 0,1% incluem outros elementos, como o oxigênio, o nitrogênio e o carbono. Sua energia é produzida em um processo chamado fusão nuclear, em que parte da massa é transformada em energia, percebida aqui na Terra como os raios de luz visível, ultravioleta e assim por diante. 2.9.1 Composição do sol Os cientistas estudam a composição do Sol a partir da luz dele, decompondo­ a em espectros variados de cores. A luz emitida pelo Sol pode ser decomposta nas cores do arco­íris, com a ajuda de um prisma, ou, mais recentemente, com a utilização do espectroscópio, aparelho especializado para isso. Aparecem linhas pretas onde os átomos absorvem a cor. Cada cor representa um elemento químico. Descobriu­se que ele era composto principalmente de Hélio e Hidrogênio, os elementos mais abundantes do Universo. 2.9.2 Como tudo vai acontecer Na fusão nuclear, o hidrogênio, abundante na estrela, funde­se em hélio, liberando energia. Até agora, o Sol já converteu 5% de sua massa total em hélio. Conforme isso ocorre, a luminosidade do corpo aumenta. Em 1,1 bilhão de anos, por exemplo, seu brilho será 10% maior. Para a Terra, começarão os problemas, com um efeito estufa de grandes proporções e temperaturas cada vez maiores. Em 3,4 bilhões de anos, a luminosidade será 40% mais intensa. E, em 5 bilhões de anos, o hidrogênio terá sido completamente consumido. Esse, dizem os cientistas, será o fim do Sol. Ao longo de 100 milhões de anos, a estrela deverá se expandir, adquirindo uma cor avermelhada. No processo, a Terra pode ser engolida pelo novo Sol, transformado agora em uma "gigante vermelha".
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 13 Uma série de contrações em seu núcleo fará a estrela colapsar sobre si mesma. Suas regiões mais distantes se transformarão em uma nebulosa e, onde antes estava seu núcleo, surgirá uma estrela anã branca. É uma morte bem menos violenta do que a de estrelas com oito ou dez massas solares. Essas explodem totalmente, como supernovas. Ainda há muito tempo para que isso ocorra. Mesmo daqui a 1 bilhão de anos, com um aquecimento mais acentuado do planeta, é impossível dizer onde estará a civilização humana, ou se esse será o fim de qualquer tipo de organismo na superfície terrestre. 2.9.3 Riscos Ocorrerá, com certeza, Em 5 bilhões de anos. 2.10 ERA GLACIAL Acredita­se que em 5 Milhões de anos uma parte significativa da superfície da terra estará coberta por geleiras, ou seja, estaremos passando por mais uma Era do Gelo ou Era Glacial. O ciclo de uma Era Glacial dura cerca de 100.000 anos. Durante este tempo 90.000 anos correspondem a um período frio, enquanto que os 10.000 seguintes correspondem a um período quente, conhecido como interglacial. Os gelos da Europa do norte dentro de 5 milhões de anos, a temperatura global baixou drasticamente empurrando o gelo do casco polar sobre o norte da Europa. Com temperaturas de ­60º C e ventos gelados de ­115º C, a antiga Europa se encontra coberta por uma camada de gelo de 3,2 Km de profundidade. A Escandinávia e grande parte do norte de Europa tornaram­se uma geleira, caracterizada de invernos longos e verões muito curtos. As plantas desaparecem por causa do frio e perda de água, dando origem a uma extinção de grandes proporções. Na bacia do Mediterrâneo, as placas tectônicas empurraram a África em direção a Europa fechando o Estreito de Gibraltar, que ligava o oceano Atlântico com o mar Mediterrâneo. A descida do nível da água unida à falta de umidade do ar, faz com que o Mediterrâneo comece a se evaporar, dando origem a formação de um dos maiores e mais quente deserto da terra. Uma salina imensa de mais de 1.500 metros sob o nível do mar, com temperaturas de 54º C e um regime de chuvas quase inexistentes. Este grande deserto de sal foi transformado num habitat muito difícil, onde a água e o alimento são escassos e só alguns animais muito especializados podem viver. Dentro deste deserto europeu, existem restos do que uma vez foram as ilhas exuberantes do Mediterrâneo. Transformado no único refúgio desta zona de deserto, muitos animais vivem no oásis de pedra que oferece pastos e raízes para sua alimentação. O deserto norte­americano num futuro de 5 milhões de anos, a parte norte da América do Norte é encontrada coberta por uma camada de gelo onde sopram ventos fortes.
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 14 A campina Amazônica num futuro de 5 milhões de anos as florestas tropicais do Amazonas desaparecerão, tornando­se savanas e campinas. A campina amazônica é uma terra que escapou do gelo e se estende entre o Equador e os pólos, numa área que cobre mais de 1 milhão de milhas quadradas. É seca e quente, com temperaturas que chegam aos 38ºC e pastos de uma altura de 1,80 metros. 2.10.1 Como ocorreria Grandes vulcanismos, impactos de asteróides e mesmo uma guerra nuclear são eventos que poderiam preencher a atmosfera do planeta com fuligem e gases tóxicos, criando uma barreira à entrada dos raios solares e, assim, baixando as temperaturas na superfície. No entanto, outros fenômenos poderiam causar um efeito de resfriamento ainda mais radical, que iniciaria na Terra uma nova era glacial. Ela poderia ocorrer por uma mistura de fatores. A órbita do planeta poderia sofrer uma pequena alteração de trajetória, passando por períodos em que ficasse mais distante do Sol. Se a estrela, por sua vez, tivesse uma queda de apenas 1% na produção de energia, os efeitos no planeta também seriam sentidos. "Estima­se que, no passado, tenha ocorrido uma queda da atividade solar, que provocou quedas na temperatura ao redor do planeta", conta Ronaldo Mourão. As eras glaciais, no entanto, tendem também a ser associadas a menores quantidades de dióxido de carbono na atmosfera. "Isso é o oposto do que temos constatado nos dias de hoje", diz o físico americano Paul Halpern, referindo­se ao agravamento do efeito estufa nas últimas décadas. "Não parece que teremos outra era glacial em pouco tempo. No entanto, não está descartada a hipótese de que ela ocorra, talvez daqui a milhares de anos", especula. 2.10.2 Fim da humanidade Mesmo que a Terra ficasse coberta de gelo, os cientistas indicam que a humanidade poderia sobreviver, reduzida em número. Para Ronaldo Mourão, a vida se tornaria mais difícil, mas a tecnologia humana possibilitaria a sobrevivência a uma era glacial, mesmo que ela fosse rigorosa. 2.10.3 Riscos Não ameaça a Terra, pelo menos nos próximos milhares de anos.
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 15 3 APLICAÇÃO DA MATEMÁTICA Aqui se encontram alguns exercícios que envolvem matemática, aplicado em cima deste trabalho Teorias para o fim do mundo. 1) Um meteoro de 1 km² entrou na órbita da terra. Sua força é de 20.000.000.000 Newtons, com uma aceleração de 10 m/s². Com esses dados calcule a densidade da rocha, na qual o meteoro é formado, em g/cm². Força = massa . aceleração 20.000.000.000 N = m.10m/s² m = 20.000.000.000 10 m = 2.000.000.000 kg Massa = densidade . volume 1 km² = 1 . 10 6 m² 2.000.000.000 kg = d . 1.000.000 m² d = 2.000.000.000 1.000.000 d = 2000 kg/m² 2000 kg/m² = 2000 g/cm² 1000 Ou seja, A rocha que forma o meteoro tem uma densidade de aproximadamente 2 g/cm². 2) Imagine que a terra poderá sofrer grandes efeitos climáticos. A temperatura do ar é de aproximadamente 27º Celsius, e sua pressão é de 1 atm. Cientistas calcularam que a temperatura média da terra dentro da alguns anos devido a poluição, efeito estufa, desmatamento e o efeito dos raios solares, será de aproximadamente 30º Celsius. Quanto será a nova pressão na terra. Pressão1 | = | Pressão2 __ Temperatura1 Temperatura 2 A temperatura deve ser calculada em temperatura Kelvin.
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 16 Sendo assim: 27º Celsius = 27 + 273 = 300K 30º Celsius = 30 + 273 = 303K Continuando: 1 atm = X atm 300 303 Multiplicamos: 1 . 303 = 300 . x 303 = 300x X = 303 300 X = 1,01 atm A nova pressão será de 1,01 atm. 3) Sobre o risco de uma guerra nuclear. Uma terceira guerra mundial. Estatísticas calculam que haja cerca de aproximadamente 25 mil armas nucleares espalhadas pelo mundo. Veja a tabela abaixo e faça um gráfico a respeito dos países com armas nucleares. País Estados Unidos China Rússia Paquistão Índia Israel Reino unido França Outros Quantidade de armas 10.656 400 10.000 48 60 200 185 350 + de 3.100 Pegaremos à quantidade de cada país e tiraremos sua porcentagem. Sendo 25.000 = 100%:
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 17 Exemplo. Estados Unidos 25000 100% 10656 x 25.000 . x = 10.656 . 100 25.000x = 1.065.600 X = 1.065.600 25000 X = 42,624 % Agora fazemos com todos os outros países: China 25000 100% 25000x = 40000 x = 1,6% 400 x x = 40000 25000 Rússia 25000 100% 25000x = 1.000.000 x = 40% 10000 x x = 1.000.000 25000 Paquistão 25000 100% 25000x = 4800 x = 0.192% 48 x x = 4800 25000 Índia 25000 100% 25000x = 6000 x = 0,24 % 60 x x = 6000 25000 Israel 25000 100% 25000x = 20000 x = 0,8 % 200 x x = 20000 25000 Reino Unido 25000 100% 25000x = 18500 x = 0,74 % 185 x x = 18500 25000 França 25000 100% 25000x = 35000 x = 1,4 % 350 x x = 35000 25000 Outros 25000 100% 25000x = 310000 x = 12,4 % 3100 x x = 310000 25000
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 18 Após isto devemos saber quanto vale cada porcentagem em uma gráfico de setor. Aquele dado pelos graus. Exemplo. Estados Unidos 360º 100% x 42,624% 100x = 15344,64 X = 15344,64 100 Faço com o restante: China 360º 100% x 1,6% X = 153,44º 100x = 576 x = 5,76º x = 576 100 Rússia 360º 100% x 40% 100x = 14400 x = 144º x = 14400 100 Paquistão 360º 100% x 0,192% 100x = 69,12 x = 69,12 100 x = 0,7º Índia 360º 100% x 0,24% 100x = 86,4 x = 0,87º x = 86,4 100 Israel 360º 100% x 0,8% 100x = 288 x = 2,9º x = 288 100 Reino Unido 360º 100% x 0,74% 100x = 266,4 x = 2,7º x = 266,4 100 França 360º 100% x 1,4% 100x = 504 x = 5º x = 504 100 Outros 360º 100% x 12,4% 100x = 4464 x = 44,6º x = 4464 100
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 19 Visão do gráfico 1372p
está vindo em direção da terra, sabendo­ 3 se que este corpo possui uma forma esférica, determine o raio deste asteróide: 4) Um asteróide com um volume de Utilizando a fórmula à V=
4 3 pR 3 Substituindo na fórmula e cortando os termos comuns à 1372p 4 = pR 3 3 3 Resolvendo a equação à 1372 = 4 R 3 1372 4 R 3 = R 3 = 343 R = 3 343
R = 7 cm Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 20 5) O número de contaminados na primeira semana de uma forte epidemia que log x + log 5 y = 1 atacou o Sul do Brasil é dado pelo seguinte sistema ò 5 , onde x é o x - y = 4 número de pessoas contaminadas no Rio Grande do Sul e y é o número de pessoas contaminadas em Santa Catarina. Determine o número de pessoas contaminadas em cada estado: C.E .( x > 0 ; y > 0 ) log 5x + log 5 y = 1 ò x - y = 4 Através do método da substituição, utilizando primeiramente a equação1 à log 5x + log 5 y = 1 Aplicando­se a definição de logaritmo à log 5x . y = 1 x . y = 5 x =
5 y Substituindo na equação 2 à x - y = 4
5 y - y = 4 Resolvendo a equação à 5 - y = 4 y 5 = 4 y + y 5 y = 5 5 5 y = 1 y =
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 21 Substituindo novamente na equação1 à x = 5
y 5 1 x = 5 x =
R.: 5 pessoas foram infectadas no Rio Grande do Sul e 1 pessoa foi infectada em Santa Catarina 6) x e y são respectivamente o número de bombas nucleares fabricadas por Saddam Hussein e por Bin Laden. Sabendo­se que a sucessão (x, y, 9) é uma P.A. crescente e a sucessão (x, y, 12) é uma P.G. crescente. Determine o número de bombas fabricadas por cada terrorista. (x, y, 9) é uma P.A. à a 2 - a 1 = a 3 - a 2 y - x = 9 - y 2 y = x + 9 (x, y, 12) é uma P.G. à a 2 a 3 =
a 1 a 2 y 12 =
x y y 2 = 12 x x =
y 2 12 Montando um sistema à
2 y = x + 9 ò y 2
= 12 x Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 22 Utilizando o método da substituição e isolando x na equação 2 à y 2 = 12 x x =
y 2 12 Substituindo agora na equação 1 à 2 y = x + 9 2 y =
y 2
12 + 9 y 2 2 y - 9 =
12 ( 2 y - 9 ) 12 = y 2 24 y - 108 = y 2 y 2 - 24 y + 108 = 0 Resolvendo a equação por Báskara à D = b 2 - 4 ac D = ( -24 ) 2 - ( 4 . 1 . 108 ) D = 576 - 432 D = 144 y = - b -+ D
2a - ( -24 ) +- 144 y =
2 . 1 +
24 12 y = 2 24 - 12 12 =
= 6 2 2 24 + 12 36 y 2 =
=
= 18 ( Nãoconvém ) 2 2 y1 =
Voltando para a equação 2 à x = y 2
12 6 2 x =
12 36 x =
12 x = 3 S = (3; 6) R.: Saddan Hussein fabricou 3 bombas e Bin Laden fabricou 6 bombas.
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 23 4 CONCLUSÃO A Terra pode ser atingida por asteróides e cometas. Pode também ser destruída por raios cósmicos, desastres ambientais e bombas atômicas. Em alguns casos, o mundo acabará em chamas, com bolas de fogo e erupções. Em outros, terminará em gelo. Cada vez mais, encontramos novos meios e possibilidades de acabar com a vida na terra. Os acontecimentos passados como os asteróides e grandes erupções são provas de que realmente o mundo pode vir a sucumbir. Mas não só o passado nos assusta. O crescimento acelerado da tecnologia surge com uma nova teoria de fim de mundo. Logo o homem criará uma máquina capaz de se auto­replicar e com inteligência artificial, podendo dominar o mundo. Mas por enquanto não passa de idéias de filmes. Porém, devemos lembrar também, que esse avanço da tecnologia poderá nos salvar de muitas catástrofes. Nos protegendo da era glacial, impedindo os raios gamas e talvez afastando meteoros da órbita terrestre. As especulações dos cientistas se parecem muito com algumas previsões religiosas do passado, como o Apocalipse. Prever como será o fim do mundo tem sido um fascínio da humanidade. É algo que já deixou a religião, entranhou­se pela cultura popular e está presente na ciência. Visões sombrias e o medo do fim são, ainda, parte de nosso mundo tecnológico, de nossa era científica. O que vemos é uma tradução de antigas crenças em uma linguagem moderna. Há, no entanto, uma diferença entre o passado e os dias de hoje. Agora, não precisamos de Deus para decretar o nosso fim: nós mesmos podemos fazê­lo, já que guardamos o segredo de nossa destruição coletiva na construção de mísseis nucleares.
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 24 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA FERRONI, Marcelo. 10 Versões para o fim do mundo. Galileu. Editora Globo. São Paulo, p.49. Novembro 2003. GLEISER, Marcelo. O fim da terra e do céu. Companhias das Letras. São Paulo. 2001. HALPEM, Paul. Caminhando para o Apocalipse. Editora Perseus. Cambridge. 1998. NEVES, Daniel. Centro para Informações de Defesa. 2003. Disponível em: <http:// www.cdi.org/mundo/armamento/problemas#naera_moderna> Acesso em: 09/03/2006. REES, Martin. Nossa hora final. Editora Atual. São Paulo. 2003. UJVARI, Stefan C. A história das epidemias. Editora Senac. Rio de Janeiro. 2003.
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 25 ANEXOS Camadas da atmosfera da Terra. figura retirada do site: http://www.mesologia.hpg.ig.com.br/fluxo _energia.htm
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 26 ”Em setembro de 1981, o buraco no ozônio era ainda bem pequeno (repare a cor azul­claro sobre a Antártica). Doze anos depois, em 1993, a situação era nitidamente mais grave. Apesar das restrições ao uso de clorofluorcarbonos em todo o mundo, em setembro de 2000 o buraco atingiu seu maior tamanho. A mancha azul­escura e azul­clara é o buraco na camada de ozônio, equivalente a mais de três vezes a área do Brasil. Os pontos azuis­escuros, marcados com as setas, representam as áreas em que a concentração de ozônio está bem abaixo de 150 Dobson, nível de altíssimo perigo para os seres vivos. O problema é tão sério que o filtro solar da Terra ganhou uma data especial: 16 de setembro é Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozônio.”
Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI Camboriú, 16 e 17 de Outubro de 2006 ­ Colégio Agrícola de Camboriú/ UFSC 27 MAPA CONCEITUAL
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