Unidade 2: História da Filosofia Filosofia – Serviço Social Igor Assaf Mendes Períodos Históricos da Filosofia • Filosofia Grega ou Antiga (Séc. VI a.c. ao VI d.c.) Filosofia Patrística (Séc. I ao VII) Filosofia Medieval (Séc. VII ao XIV) Filosofia da Renascença ( Séc. XIV ao XVI) Filosofia Moderna (Séc. XVII e XVIII) Iluminismo (Séc. XVIII e XIX) Contemporânea Período Patrístico Séc. I d.c. ao séc. VI d.c. Inicia-se com os escritos de São Paulo e o Evangelho de São João Conhecida por patrística em função destas obras e dos padres da Igreja Esforço para conciliar filosofia e religião: converter pagãos Homem e livre-arbítrio: o homem é responsável pelo mal no mundo O grande tema da filosofia patrística é a possibilidade ou impossibilidade de conciliar razão e fé. Havia três posições (1) Fé e razão são irreconciliáveis e a fé é superior à razão: Creio porque é absurdo (2) Fé e razão são conciliáveis, mas a razão é subordinada à fé: Creio para compreender (3) Razão e fé são irreconciliáveis, mas cada uma delas tem seu próprio campo: a razão se refere à vida temporal e a fé ao que se refere à salvação da alma Período Medieval Séc. VIII ao séc. XIV Abrange pensadores europeus, árabes e judeus Época da criação das primeiras universidades e escolas: escolástica Principais influências: Platão e Aristóteles Permanece sobre influência da patrística Separação entre o mundo divino e o profano Método de exposição: disputa argumentos em torno dos clássicos e das escrituras Princípio da autoridade: ideia é considerada verdadeira se for baseada em argumentos de uma autoridade reconhecida Filosofia da Renascença Séc. XIV ao séc. XVI Marcado pela redescoberta de textos desconhecidos de Platão e Aristóteles As principais questões giravam em torno da natureza do ser humano e sua produção Surgimento das ideias de liberdade de crença e pensamento Três grandes linhas de pensamento 1. Aquela proveniente da leitura dos diálogos de Platão, obras neoplatônicas e descoberta de livros sobre hermetismo e magia. A natureza era concebida como um grande ser vivo, dotada de uma alma universal e feita de laços e vínculos entre todas as coisas. 2. Originária dos pensadores florentinos, que valorizava a vida ativa (a política) e defendia a liberdade das cidades italianas contra o Império RomanoGermânico. Defendiam a recuperação da ideia de república e da defesa da liberdade política. 3. Propunha o ideal do homem como artífice de seu próprio destino, tanto por meio dos conhecimentos como por meio da política, das técnicas e das artes. Filosofia Moderna Séc. XVII até meados do séc. XVIII Grande Racionalismo Clássico Tentativa de superar o pessimismo proveniente do ceticismo Três mudanças para restaurar a crença na capacidade humana de conhecer a realidade 1. Surgimento do “sujeito do conhecimento”: qual a capacidade da razão humana conhecer e demonstrar a verdade dos conhecimentos? 2. Objeto do conhecimento: as coisas exteriores dependem da percepção do sujeito. Tudo que pode ser conhecido deve ser representado por uma ideia ou conceito compreensível. 3. A natureza é um sistema ordenado de causas e efeitos necessários. A linguagem que rege esse sistema é a matemática. Como esse sistema pode ser conhecido ele pode ser transformado pelo homem. Filosofia da Iluminação ou Iluminismo Meados do séc. XVIII até começo do Séc. XIX Pela razão o homem pode conquistar a liberdade e a felicidade social e política A razão é capaz de aperfeiçoamento e progresso O aperfeiçoamento da razão se dá pelo progresso das civilizações Diferença entre natureza e civilização: o necessário e a liberdade Interesse pelo progresso e pela transformação a partir do entendimento da relação causa-efeito Destaque para a “descoberta” da história e da economia. Filosofia Contemporânea Meados do séc. XIX em diante Abrange o pensamento até os dias de hoje Difícil destacar períodos Novos temas em função da transformação da sociedade Filosofia Contemporânea História e Progresso: positivismo. Ideia de que o conhecimento leva ao progresso. “Saber para prever e prever para prover”. Ordem e Progresso! Ciências e técnicas: a medida que o conhecimento se acumulava as diferentes áreas foram se “desprendendo” da filosofia originando áreas autônomas com seus objetos específicos e métodos de pesquisa. O otimismo científico foi questionado e a ideia de evolução contínua do saber e da cultura perdeu seu lugar nas ciências humanas ao longo do séc. XX. A razão foi vista como podendo ser instrumental ou crítica Ideais Políticos Revolucionários: em decorrência das ideias de otimismo, surgiram correntes de pensamento ligadas à possibilidade da construção de uma sociedade justa a partir da ciência e da técnica. No entanto a ascensão de governos totalitários e ditatoriais ao longo do séc. XX trouxe questionamentos sobre a dominação exercida em nossas vidas pelas burocracias governamentais. Cultura: a cultura é algo específico da existência humana e é desordenada, não segue uma evolução e não existem estágios bem definidos. Cada cultura inventa sua forma de se relacionar com o mundo não havendo um estágio final para onde todas convergem. Filosofia Contemporânea Fim da Filosofia: com o desenvolvimento das áreas de conhecimento autônomas questionou-se a necessidade efetiva do pensamento filosófico. A filosofia ganha então caráter reflexivo e passa estudar também a linguagem científica, a discutir problemas lógicos e a mostrar os paradoxos e limites do conhecimento científico. Maioridade da razão: o otimismo do séc. XIX também levou os filósofos a pensar que a racionalidade humana havia chegado ao seu ápice, no entanto, Marx e Freud demonstraram que os seres humanos muitas vezes têm atitudes que fogem da compreensão da razão. Abordaram, respectivamente, a Ideologia e o Subconsciente. Infinito e finito: a ideia do pensamento cristã que há algo de infinito na natureza foi também questionado. O homem foi visto como um ser que percebe o mundo a partir da percepção da sua própria finitude. Pós-Modernidade: o pensamento pós-moderno critica as ideias modernas e as recusa. A pretensão a razão do conhecimento é considerada como uma forma de dominação sobre os homens. Considera tanto a filosofia como as ciências subjetivas. Relatividade do conhecimento e da cultura. História da Filosofia Principais temas da Filosofia ao longo de sua História Ontologia ou metafísica: estudo do ser Lógica: estudo do raciocínio válido Epistemologia e teoria do conhecimento: origens e natureza do conhecimento. Ética: estudo da moral Filosofia política: relações humanas na coletividade; poder Filosofia da história: interpretação da história a partir de bases filosóficas Filosofia da arte ou estética: estudo sobre a natureza do belo e fundamentos da arte Filosofia da linguagem: essência e natureza dos fenômenos linguísticos (“Toda rosa é rosa porque ela assim é chamada”) História da filosofia: estudo do pensamento filosófico ao longo da História do homem.