16 de dezembro de 2015 Introdução Enfim, o último trecho do Sermão do Monte! Espero que você no decorrer desses meses passados, quando caminhamos pelos capítulos 5 a 7 do Evangelho de Mateus, não tenha se encontrado de maneira saturada, enfadonha, desgastada! Afinal, ainda que muitos princípios do ensino de Jesus sejam repetitivos e a sua essência seja sempre a mesma, nos deparamos com a verdade, com aquilo que faz toda a diferença na vida de uma pessoa, que é fazer parte do Reino dos Céus, o Reino de Deus. Ao contrário da pompa de intelectualismo que vivemos em nossos dias, remetendo épocas remotas como a Grécia Antiga, por exemplo, o ensino de Jesus, em sua simplicidade (não confundir com simplismo e mediocridade), é carregado de autoridade de Deus. Tudo o que aprendemos nesses capítulos está revestido do poder de Deus, pois é a verdade libertadora e transformadora do homem. É por esse motivo que os ouvintes palestinos de Jesus se admiraram tanto com o seu ensino (vv. 28,29) e, por esse mesmo motivo, que nós, hoje, devemos nos apegar a ele. Todavia, nos resta o último trecho para apreciarmos. Na semana passada fomos expostos à necessidade de tomarmos uma decisão crucial e sobre o risco de vivermos numa ilusão mortal. Essa semana Jesus continua a nos alertar a respeito desse risco, só que enfatizando os fundamentos da nossa vida. Por isso, a fim de compreendermos o trecho de Mateus 7.24-29, precisamos responder a seguinte pergunta central: o que os dois homens e as duas casas da ilustração de Jesus nos ensina a respeito do juízo de Deus? 1. Jesus nos alerta que algumas circunstâncias, em especial o juízo de Deus, revelarão quem são as pessoas prudentes e quem são as insensatas. Textos para leitura: • "Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda.". (Mateus 7:24-27) • “Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos. Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência. Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu, mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer.” (Tiago 1:23-25) Quem é o homem prudente e o insensato? O homem prudente e o insensato são constantemente colocados em contraste no livro de Provérbios, onde a sabedoria – que é o temor do Senhor – está relacionada à vida do prudente, e a tolice – que é o orgulho do coração – está relacionada à vida do insensato. O prudente é sábio, pois procura observar os caminhos traçados por Deus, enquanto o insensato é tolo, pois – ainda que deseje os benefícios dados por Deus – procura andar segundo os seus próprios conceitos e desejos. Às vezes, o homem insensato não é tão facilmente identificado por nós, pois ele, assim como o prudente, gosta de ouvir as coisas de Deus, acredita sinceramente no ensino de Deus, deseja fervorosamente as bênçãos de Deus, anda junto com o povo de Deus, enfim, é uma pessoa que parece ser temente a Deus. Todavia, ao contrário do homem prudente, o insensato não zela em observar a vontade de Deus em sua vida. O insensato nem sempre é aquele que menospreza deliberadamente a vida com Deus, podendo, muitas vezes, ser aquele que ouve e aprecia a Palavra de Deus, mas não a coloca em prática. Tiago comenta que esse tipo de gente se assemelha ao homem que olhou a sua face no espelho e logo após sair, se esquece de como ela é, pois está tão focado em outras coisas, que não se lembra da verdade, que é a Palavra de Deus. Essas pessoas enganam-se a si mesmas, enfim, estão iludidas. O que precisa ficar claro nesse trecho do ensino de Jesus é que querer entrar pela porta estreita e andar pelo caminho estreito da maneira que se anda no caminho largo, é impossível. É ilusão querermos as bênçãos do Reino sem sujeitar-nos voluntariamente e com corações gratos às exigências do Rei. Já o homem prudente é aquele que, não só deseja desfrutar das bênçãos do Reino, como também, anseia por agradar o Senhor do Reino. Por isso, o prudente procura observar a Palavra de Deus em sua vida, está em constante aprendizado com Deus, pois deseja cada vez mais viver segundo a vontade do Senhor. Esse homem é prudente, pois reconhece que está diante do Senhor da história, do único Deus, o Todo-Poderoso, Onipotente, Santo, Justo, do Deus que abomina o pecado e pode lançar o pecador na perdição eterna, e por isso, deve temer a esse Deus. Esse homem é prudente, pois com sua vida expressa sua confiança e dependência de Deus, reconhecendo que a verdadeira felicidade está em conhecer ao Senhor e prosseguir em conhecê-Lo (cf. Oséias 6:3). Qual é a relação entre as casas construídas na rocha e na areia com as nossas vidas? A casa da ilustração de Jesus representa as convicções que o ser humano constrói no decorrer de sua vida. Precisamos nos lembrar de que Jesus usou a ilustração dos dois homens e suas respectivas casas imediatamente depois de ter concluído seu primeiro alerta a respeito do juízo de Deus. Esse juízo, do qual Jesus nos alerta, deve trazer temor aos nossos corações, pois ele confrontará muitas pessoas iludidas; pessoas que dirão: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? ’, mas que ouvirão do Senhor: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal! ’. Essa frustração mortal, indizível é o que faz do alerta de Jesus algo tão crucial e relevante para as nossas vidas e que nos chama a atenção para quais convicções temos alimentado em nossos corações e onde temos firmado-as. Aparentemente, a casa do prudente e a do insensato são semelhantes. Só que Jesus nos revela um detalhe que faz toda a diferença: o lugar onde cada uma das casas foi construída, onde os seus alicerces foram postos, enfim, onde as convicções da vida têm sido fundamentadas. Apesar dos alicerces de uma construção não serem visíveis e, na maioria das vezes não serem esteticamente apreciáveis, eles se constituem como a parte mais importante nobre da engenharia, pois se eles não forem bem feitos e colocados num lugar seguro, todo o restante da estrutura do prédio fatalmente estará comprometido. Muitas pessoas têm colocado suas expectativas, seus projetos, seus maiores anseios de vida em terrenos inseguros, como a areia. A areia na ilustração de Jesus nos remete às coisas passageiras da vida, geralmente relacionadas às vaidades descritas por Salomão em Eclesiastes, como o status das ciências e do conhecimento, a estabilidade financeira- profissional, o bem-estar familiar, o vigor físico, os prazeres dessa existência, entre outras. Quando a vida está firmada nessas coisas, quão efêmera se torna a felicidade e a segurança! Já poucas pessoas, ao invés de viverem segundo as vaidades, escolheram viver na fé no Filho de Deus, que é o fundamento, a rocha, a pedra angular: Jesus Cristo. Ainda que para o mundo seja loucura (cf. 1Coríntios 1.18), Jesus Cristo é a pedra angular, a rocha prometida por Deus aos homens. Essa pedra é a verdadeira estabilidade para o homem. “Por isso diz o Soberano Senhor: "Eis que ponho em Sião uma pedra, uma pedra já experimentada, uma preciosa pedra angular para alicerce seguro; aquele que confia, jamais será abalado.” (Isaías 28:16). A rocha que o homem prudente escolheu firmar sua casa, sua vida, é a verdade, que revela que todos os homens são pecadores, não havendo um justo sequer (cf. Romanos 3.10,23; Salmo 51.5), mas que pela graça de Deus, em Jesus Cristo, aquele que crer será salvo (cf. Efésios 2.8; João 3.16), passando a uma nova vida em justiça (2Coríntios 5.17; Gálatas 2.20; Romanos 8.1-4; Filipenses 2.12), e contemplará a redenção completa prometida pelo Senhor aos seus filhos (cf. 1Coríntios 15.5458; Mateus 25.34). Precisamos, portanto, avaliar o que temos planejado, quais têm sido os nossos maiores anseios e onde temos depositado nossa esperança: na areia ou na rocha. O que são “a chuva, os rios e os ventos”? A vida terrena, independente de sermos crentes ou não, apresenta provações, circunstâncias que certamente desafiarão nossa estabilidade. Os servos de Deus, assim como os incrédulos, são pessoas que inevitavelmente passarão por momentos desafiadores; momentos estes, que exigirão uma solidez de sua fé, podendo ser uma enfermidade, uma crise na família, o falecimento de alguém muito querido, uma crise financeira seríssima, uma perseguição religiosa, enfim, situações difíceis. São justamente nesses momentos que os alicerces firmados na areia não valem de nada e levam a construção, que é a nossa vida, ir ao chão. São justamente nas crises que a falta de um fundamento sólido, que é a fé na Palavra de Deus, faz falta para o homem. Todavia, a circunstância crucial, definitiva, mais relevante e reveladora do fundamento posto na areia é o juízo de Deus. Diante do julgamento justo e santo de Deus, as boas intenções, a moralidade, a religiosidade, enfim, a vida posta em sentimentos e não em obediência será destruída. A maior crise que o homem pode ter é a condenação eterna. Essa crise será irreversível e revelará a imensa queda do pecado na vida do homem. Essa é a circunstância mais preocupante que Jesus alerta seus ouvintes a estarem preparados para não sucumbirem. Aqueles que não tiverem suas casas espirituais revestidas da graça salvadora de Jesus Cristo certamente não resistirão ao juízo de Deus e cairão em profunda condenação. Meu compromisso com a Verdade: Preciso: 1. Refletir a respeito da minha condição diante do julgamento final de Deus. 2. Pensar seriamente sobre quais tem sido as minhas convicções e onde tenho firmado-as. 3. Manter-me fiel e perseverante na aplicação da Palavra de Deus em minha vida. Oração: Deus, em nome de Jesus Cristo, peço ao Senhor que eu tenha uma vida fundamentada na verdade. Desejo obedecer a sua vontade! Amém. Lembrar-se de orar por: Saúde física e espiritual da Família Pastoral. Mais líderes em nossa igreja. Fortalecimento da Escola Bíblica. Expansão dos Pequenos Grupos. Crescimento da nossa Igreja. Nossos Missionários. Salvação em nosso evangelismo pessoal. Programações dos Cultos de Final de Ano. Idosos da nossa igreja. Saúde (Sebastiana, Nancy, Ivone, Anelita, Ana Lúcia, Carmen, Carlão, Davi e Lula). Cirurgias das nossas irmãs Nancy e Anelita. Fortalecimento do irmão Marquinhos (mãe) e da irmã Karina (tio) no luto. Recuperação dos irmãos Josias e Harry.