Wilma F. Pouzas Cardoso FEM 308 – GERÊNCIA DE RISCOS - AMFE TÉCNICAS DE ANÁLISE . Determinação dos efeitos que tais falhas terão em outros componentes do sistema; . Determinação dos componentes cujas falhas teriam efeito crítico na operação do sistema (Falhas de Efeito Crítico); . Cálculo de probabilidades de falhas de montagens, subsistemas e sistemas, a partir das probabilidades individuais de falha de seus componentes; . Determinação de como podem ser reduzidas as probabilidades de falhas de componentes, montagens e subsistemas, através do uso de componentes com confiabilidade alta, redundâncias no projeto, ou ambos. . Análises Iniciais: APR – Análise Preliminar de Risco . Análise Operacional: TIC – Técnica de Incidentes Críticos . Análise Detalhada: AMFE – Análise de Modos de Falha e Efeitos . Análise Quantitativa: AAF – Análise de Árvore de Falhas APR – Análise Preliminar de Risco Estudo realizado durante a fase de concepção ou desenvolvimento de um novo sistema, com o fim de se determinar os riscos que poderão estar presentes na fase operacional do mesmo. Sistema É um arranjo ordenado de componentes que estão inter-relacionados e que atuam e interatuam com outros sistemas, para cumprir uma missão, num determinado ambiente. TIC – Técnica de Incidentes Críticos Método para identificar erros e condições inseguras, que contribuem para os acidentes com lesão, tanto reais como potenciais, através de uma amostra aleatória estratificada de observadores participantes, selecionados dentro de uma população. Procedimentos utilizados na montagem da “AMFE”: a) Divide-se o sistema em subsistemas que podem ser efetivamente controlados.; b) Traçam-se diagramas de blocos funcionais do sistema e de cada subsistema, a fim de se determinar seus inter-relacionamentos e de seus componentes; c) Prepara-se uma listagem completa dos componentes de cada subsistema, registrando-se, ao mesmo tempo, a função específica de cada um deles; d) Determina-se através da análise de projetos e diagramas, os modos de falha que poderiam ocorrer e afetar cada componente. Deverão ser consideradas aqui quatro modos de falha: . Falha prematura; , Falha em operar num tempo prescrito; AMFE - Análise de Modos de Falha e Efeitos - Análise Detalhada Estudo que nos permite analisar COMO podem FALHAR os componentes de um equipamento ou sistema, ESTIMAR as taxas de falha, DETERMINAR os efeitos que poderão advir e consequentemente ESTABELECER as mudanças que deverão ser feitas para aumentar a probabilidade de que o sistema ou equipamento funcione de maneira satisfatória. Análise de Modos de Falha e Efeitos (AMFE) Os principais objetivos de uma AMFE são: . Revisão sistemática dos modos de falha de um componente, para garantir danos mínimos ao sistema; 1 Wilma F. Pouzas Cardoso . Falha em cessar de operar num tempo prescrito; . Falha durante a operação. e) Indicam-se os efeitos de cada falha específica sobre outros componentes do subsistema e, também, como cada falha específica afeta o desempenho total do subsistema em relação à missão do mesmo; f) Estima-se a gravidade de cada falha específica, de acordo com as seguintes categorias ou classes de risco: I. Desprezível: a falha não irá resultar numa degradação maior do sistema, nem irá produzir danos funcionais ou lesões, ou contribuir com um risco ao sistema; II. Marginal (ou Limítrofe): a falha irá degradar o sistema numa certa extensão, porém, sem envolver danos maiores ou lesões, podendo ser compensada ou controlada adequadamente; III. Crítica: a falha irá degradar o sistema causando lesões, danos substanciais, ou irá resultar num risco inaceitável, necessitando ações corretivas imediatas; IV. Catastrófica: a falha irá produzir severa degradação do sistema, resultando em sua perda total, lesões ou morte. g) Indicam-se os métodos de detecção de cada falha específica, e as possíveis ações de compensação e reparos que deverão ser adotadas, para eliminar ou controlar cada falha específica e seus efeitos. “Os efeitos das falhas humanas sobre o sistema, na maioria das vezes, não são considerados nesta análise.” “Para se conduzir uma AMFE é necessário conhecer e compreender perfeitamente a missão do sistema, as restrições de operação e os limites que representam sucesso e falha.” Análise de Modos de Falha e Efeitos Sistema: Ferro Elétrico Automático 2 Wilma F. Pouzas Cardoso Sistema: Ferro elétrico automático Componentes: 1. Sensor comutador; 2. Resistência; 3. Fiação (e tomada). . Não há ocorrência. Possíveis efeitos no sistema: . Ferro esfria. Categoria de Risco: II Marginal ou Limítrofe Modos de Falha: Sensor comutador . Falha em desligar se a temperatura sobe demais. Métodos de detecção: . Roupa difícil de passar; . Observar o ferro. Possíveis efeitos em outros componentes: . Resistência continua ligada. Ações de Compensação e Reparos: . Substituir a resistência elétrica. Possíveis efeitos no sistema: . Ferro muito quente, pode queimar a roupa. Modos de Falha: Fiação e Tomada . Interrupção no fio, de origem mecânica ou elétrica (abre o circuito). Categoria de Risco: III Crítica Métodos de detecção: . Observar a roupa; . Ruído de dilatação. Possíveis efeitos em outros componentes: . Resistência esfria. Ações de Compensação e Reparos: . Controlar, manualmente, na tomada; . Substituir o conjunto. Possíveis efeitos no sistema: . Ferro esfria. Categoria de Risco: II Marginal ou Limítrofe Modos de Falha: Sensor comutador . Falha em ligar se a temperatura cai demais. Possíveis efeitos em outros componentes: . Resistência continua desligada. Métodos de detecção: . Roupa difícil de passar; . Observar o ferro. Possíveis efeitos no sistema: . Ferro esfria. . Operação ineficiente. Ações de Compensação e Reparos: . Desligar a energia elétrica; . Reparar ou substituir. Categoria de Risco: II Marginal ou Limítrofe Modos de Falha: Fiação e Tomada . Perda de isolamento (curto-circuito). Métodos de detecção: . Roupa difícil de passar; . Observar o ferro. Possíveis efeitos em outros componentes: . Resistência esfria. Possíveis efeitos no sistema: . Fogo na fiação; . Ferro esfria. Ações de Compensação e Reparos: . Colocar o conjunto em “by-pass” e controlar na tomada; . Substituir o conjunto. Categoria de Risco: IV Catastrófica Modos de Falha: Resistência . Queima (abre o circuito). Métodos de detecção: . Fenômeno áudio-visual típico; . Queda de energia elétrica (disjuntor ou fusível). Possíveis efeitos em outros componentes: 3 Wilma F. Pouzas Cardoso . Reparar ou substituir; . Religar o disjuntor ou substituir o fusível. Ações de Compensação e Reparos: . Desligar da tomada (ou a chave geral) imediatamente; 4