1 1300 – Condutividade térmica Roteiro elaborado com base na documentação que acompanha o conjunto por: Otavio A.T. Dias & Elias da Silva – PUC-SP Tópicos Relacionados Difusão, gradiente de temperatura, transporte de calor, calor específico, medida do quarto ponto. Princípios e objetivos A condutividade térmica do cobre e do alumínio, é determinada em um gradiente de temperatura constante através do fluxo de calor medido no calorímetro. Determina-se a condutividade térmica do cobre e do alumínio. Equipamentos Grampos do banco -PASShaste de suporte-PASS-,quadrada,l=1000mm Grampo de ângulo reto -PASSBloco de suporte 105x105x57 mm Pasta de condutora de calor, 50 g Aparato condutor de medidas térmicas Aquecedor de Imersão, 300W,220-250VDC/AC Grampo universal Termômetro, -10...+ 50 C Termômetro de laboratório,–10..+100C 127 V 02010.00 02028.55 02040.55 02073.00 03747.00 04518.01 05947.98 37715.00 38033.00 38056.00 220 V 02010.00 02028.55 02040.55 02073.00 03747.00 04518.01 05947.94 37715.00 38033.00 38056.00 1 1 3 1 1 1 1 3 1 1 2 1300 – Condutividade térmica Fig. 1 a : Montagem experimental para condutividade térmica. Nesta montagem, ao invés dos termômetros fornecidos de acordo com a licitação são mostrados termo-pares com a devida aparalhegem. Problemas 1. Determine a capacidade térmica do calorímetro num experimento preliminar com uma mistura qualquer. Meça as diferenças de temperatura da água em um calorímetro á partir de 0ºC devido á ação da temperatura ambiente como uma função do tempo. 2. Para começar, estabeleça um gradiente de temperatura constante numa haste de metal com a ajuda de dois reservatórios de calor (água em ebulição e água gelada). Removendo os pedaços de gelo, meça diferença de temperatura da água gelada como uma função do tempo e determine a condutividade térmica da haste de metal. 3. Determine a condutividade elétrica do cobre e alumínio registrando uma linha característica de corrente voltagem. 3 1300 – Condutividade térmica Montagem e procedimentos 1. Medição da capacidade térmica do calorímetro inferior • • • • • • 2. Pese o calorímetro à temperatura ambiente. Meça e registre a temperatura ambiente e a temperatura da água préaquecida a ser utilizada. Após preencher o calorímetro com água quente, determine a temperatura da mistura no calorímetro. Pese novamente o calorímetro para determinar a massa de água nele contida. Calcule a capacidade térmica do calorímetro. Determine a influência do calor das vizinhanças da solidificação da água (0ºC sem pedaços de gelo) medindo a variação de temperatura num período de 30 minutos. Determinação da condutividade térmica • • • • • • • • • • Execute a montagem experimental de acordo com a Fig. 1. Pese o calorímetro inferior, vazio. Insira a ponta isolada da haste de metal no recipiente do calorímetro superior. Para melhorar a trasferência de calor, cubra a ponta da haste de metal com pasta condutora de calor. Prenda a haste de metal ao suporte de tal maneira que o calorímetro inferior pode ser retirado do lugar. A altura do calorímetro inferior pode ser modificada com a ajuda do bloco de suporte. Ao fazê-lo, cuidados devem ser tomados para assegurar que a ponta não isolada da haste permaneça completamente imersa na água gelada durante o experimento. A sonda de temperatura de superfície deve ser colocada o mais próximo da haste quanto possível. As indentações mais externas da haste (separação 31,5 cm) são usadas para medir a diferença de temperatura na haste. Para melhorar a transferência de calor entre a haste e a sonda de superfície, use a pasta condutora de calor. Usando um aquecedor de imersão, ferva a água do calorímetro superior, e mantenha-a nesta temperatura. Assegure-se de que o calorímetro superior está bem cheio para evitar uma queda de temperatura causada pela necessidade de repreenchimento do mesmo. Mantenha a água do calorímetro inferior em 0ºC com a ajuda de gelo (num saco de gaze). 4 1300 – Condutividade térmica • • • • • A medição pode começar quando um gradiente de temperatura constante for estabelecido entre as sondas superior e inferior, i. e. quando não houver mudanças ocorrendo durante a medida diferencial. No começo da medição, remova o gelo do calorímetro inferior. Meça e registre a mudança na temperatura diferencial a π temperatura da água no calorímetro inferior durante 5 minutos. Pese o calorímetro cheio de água e determine a massa de água. Configurações dispositivo de medida de temperatura 4-2: - no primeiro display do despositivo de medida, a temperatura do calorímetro inferior é mostrada. - no segundo display, a medida diferencial entre as sondas de superfície superior e inferior é mostrada. A condutividade térmica de diferentes metais pode ser determinada a partir das medidas resultantes. Teoria e Análise Se existe uma diferença de temperatura entre locais diferentes de um corpo, ocorre condução de calor. Neste experimento há um gradiente de temperatura unidimensional ao longo da haste. A quantidade de calor dQ trasportada com o tempo dt é uma função da área de seção transversal A e do gradiente de temperatura δT/δx perpendicular à sua superfície. ∂T dQ = −λA ⋅ dt ∂x (1) onde λ é a condutividade térmica da substância. A distribuição de temperatura em um corpo é geralmente uma função do lugar e tempo e está de acordo com a esquação de trasnporte de Boltzmann ∂T λ ∂ 2T = ⋅ ∂t ρ ⋅ c ∂x 2 (2) onde ρ é a densidade e c é a capacidade de calor específico da substância. Após algum tempo, o estado estável ∂T =0 ∂x (3) 5 1300 – Condutividade térmica é alcançado se as duas pontas da haste de metal de comprimento l forem mantidas à temperaturas constantes T1 e T2 , respectivamente, pelos dois reservatórios de calor. Substituindo a equação (3) na equação (2), obtém-se T ( x) = T2 − T1 ⋅ x + T1 l (4). Fig. 3 Diagrama: Transferência de calor nas vizinhanças por tempo. 1. A capacidade de calor do calorímetro é obtida dos resultados do experimento de mistura e da seguinte fórmula: C = cW ⋅ mW ⋅ com ϑW − ϑ M ϑM − ϑR cW = capacidade de calor específico da água; mW = massa de água; ϑW = temperatura da água quente; (1) 6 1300 – Condutividade térmica ϑ M = temperatura da mistura; ϑ R = temperatura ambiente. A medida fornece um valor de aproximadamente 78J/K ± 25%. As grandes variações nos resultados são resultantes da maneira que o experimento foi executado e da configuração do material. A adição de calor das vizinhanças é calculada à partir do aumento da temperatura (T da água gelada no calorímetro), ∆Q = (cW ⋅ mW + C ) ⋅ ∆T (6) com ∆T = T − T0 e T0 = temperatura ambiente no instante t = 0. 2. A energia térmica fornecida ao calorímetro inferior pode ser calculada usando a equação (6). Os valores e a mudança na diferença de temperatura da haste de metal são plotadas como uma funçao do tempo. No diagrama ilustrando a diferença de temperatura, pode-se ver que a temperatura permanece essencialmente constante. Consequentemente, a equação 3 pode ser considerada como tendo sido satisfeita. A fim de calcular a energia térmica transportada pela haste de metal de acordo com a equação 1, a fração de calor do ambiente deve ser subtraída, dQstab dQ ges dQUmg = − , dt dt dt (7) 7 1300 – Condutividade térmica Fig.4 a : ∆T como função do tempo para o alumínio dQ/dt para o calor ambiente pode ser calculado pela inclinação do gráfico na Fig. 3. dQ/dt para o conjunto inteiro pode ser calculado a partir do gráfico de Q sobre t nas Figs. 4 e 5. Com os valores do comprimento da haste ( ∆x = 31,5 cm), a área (A = 4,91.10-4 m2) e a temperatura média na haste de metal, o número de condução de calor pode ser calculado através da equação (1). Os seguintes resultam dos valores médios: λ Al = 254 W/km λ Cu = 447 W/km sendo os valores de literatura, Fig.5 a : ∆T λ Al = 220 W/km λ Cu = 384 W/km. em função do tempo para o cobre 8 1300 – Condutividade térmica Fig.4 b : Q em função do tempo para o alumínio Fig.5 b : Q em função do tempo para o cobre.