Edital FACEPE N° 20/2014 (APQ) FACEPE – Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco Projeto de Pesquisa: Plantas da Caatinga com potencial bioativo no controle de fitopatógenos radiculares do feijoeiro Recife 2015 Identificação da Proposta: Plantas da Caatinga com potencial bioativo no controle de fitopatógenos radiculares do feijoeiro Proponente: Dr. Antonio Félix da Costa Resumo O feijão, dentre inúmeras culturas exploradas economicamente, destaca-se pela grande importância econômica e social no Brasil, em especial na região Nordeste, sendo uma das principais fontes de proteína vegetal e ferro na alimentação humana. Sabe-se que o feijoeiro é considerado sensível, ao déficit, bem como ao excesso de água no solo, e sua produtividade é afetada por diversos fatores, como as doenças, com destaque para as causadas por fungos do solo, que podem causar prejuízos severos. Os fungos habitantes do solo causam sérias doenças e, dependendo do patógeno, ocasionam lesões nos órgãos de reserva, no caule, nas raízes, no sistema vascular, tombam plântulas ou plantas bem desenvolvidas e, dependendo da intensidade da doença, levam as plantas à morte. Essas doenças propiciam queda de produção e prejuízos financeiros para os produtores. Exemplos de fungos de solo de importância para a cultura do feijão são: Sclerotium rolfsii, Fusarium solani, Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli, Macrophomina phaseolina, Sclerotinia sclerotiorum, etc. O controle de doenças radiculares é muito difícil, pois os patógenos coevoluíram com as plantas por milhões de anos e estão altamente adaptados ao ambiente subterrâneo, em associação com o hospedeiro. Entretanto, a utilização do controle químico é uma realidade e seu uso inadequado pode ocasionar grande impacto no meio ambiente, contaminando lençóis freáticos, causando desequilíbrios nas populações microbianas no solo, acarretando o surgimento de novas raças de patógenos ou a aparição de outros que se mantinham em equilíbrio. A necessidade de métodos mais seguros, eficientes, econômicos e não poluentes tem estimulado a busca por opções de controle de doenças de plantas cultivadas por meio do controle biológico, da indução de resistência em plantas e do uso de produtos alternativos ao controle químico. O Nordeste do Brasil tem 70% de seu território ocupado por uma vegetação xerófila denominada “caatinga.” Plantas endêmicas são potencialmente boas fontes de novos compostos com atividade biológica por serem únicas naquele ambiente e por apresentarem metabolismo diferenciado das demais similares. Trabalhos desenvolvidos com extratos brutos, obtidos a partir de plantas medicinais conhecidas, têm indicado o potencial das mesmas no controle de fitopatógenos, tanto por sua ação fungitóxica direta, inibindo o crescimento micelial, germinação de esporos e a esporulação, quanto pela indução de fitoalexinas, indicando a presença de composto (s) 3 com característica de elicitor (es). O fracionamento dos metabólitos secundários dessas plantas, bem como a determinação da atividade biológica dessas moléculas, com respeito à atividade elicitora ou antimicrobiana poderá contribuir para a aquisição de maiores conhecimentos que reforcem sua possível utilização como um método alternativo de controle de doenças de plantas causadas por patógenos radiculares. Palavras-chave: Compostos bioativos; controle alternativo; Phaseolus vulgaris; Vigna unguiculata Qualificação do principal problema a ser abordado O feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) e o feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.). Walp.) são leguminosas de extrema importância social e econômica, consumidas em grandes quantidades, no Brasil e no mundo, por todas as classes sociais, sendo muitas vezes a principal fonte de proteínas, minerais, vitaminas e fibras (YOKOYAMA, 2002; DEL PINO; E LAJOLO, 2003). Fornecem de 10 a 20% dos nutrientes necessários para um adulto, com teor de proteína de 20 a 25%, chegando até a 30% de proteína (BASSINELLO, 2001), que constitui um valioso complemento dos cereais, principalmente onde a população tem limitado acesso à proteína animal (QUINTANA et al., 2002; SERRANO; GOÑI, 2004). Além da importância do feijão na alimentação da população, toda a cadeia produtiva, incluindo o beneficiamento e a comercialização, gera ocupação e renda, principalmente para a classe de menor poder aquisitivo (GRANGEIRO et al., 2005; FACHINI et al., 2006). De acordo com Aidar (2007), pelo fato dessa leguminosa apresentar um ciclo que varia de 61 a 110 dias, pode ser considerada uma cultura apropriada para compor, desde sistemas agrícolas intensivos irrigados, altamente tecnificados, até aqueles com baixo uso tecnológico, principalmente de subsistência. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), aponta que a produção mundial de feijão tem se concentrado em países que são os maiores produtores e, ao mesmo tempo, também são os maiores consumidores. Os principais produtores mundiais de feijão são o Myanmar (3.900.000,00 t caupi), a Índia (3.630.000,00 t mistura), o Brasil (2.794.854,00 t - 2/3 Phaseolus), os Estados Unidos (1.448.090,00 t), a China (1.460.698,00 t) e o México (1.080.857,00 t) (FAO/Faostat, 2012), ressaltando-se que esta produção diz respeito a feijão, não necessariamente de Phaseolus vulgaris, mas da ampla variedade de espécies vegetais que recebem esta denominação. O feijão é cultivado, praticamente em todo território brasileiro, com um rendimento médio de 910 kg ha-1 (CONAB, 2014). A produção de feijão no país, na safra de 2012/2013, ultrapassou 2,8 milhões de toneladas, em uma área plantada total de 3,1 milhões de hectares, valores referentes à soma das três épocas de plantio (CONAB, 2014). O feijão-caupi apresenta ampla distribuição mundial e encontra-se, principalmente, nas regiões tropicais, cujas características edafoclimáticas assemelhamse às do seu provável centro de origem, a África (FREIRE FILHO et al., 2011). Aproximadamente 14,5 milhões de hectares constituem a área ocupada com feijão-caupi no mundo (MOHAMMED et al., 2010). Segundo Freire Filho et al. (2011), estima-se que, no período de 2005 a 2009, a produção mundial de caupi foi de 5.641.762 toneladas, numa área de 12.218.774 hectares. No Brasil, o feijão-caupi é mais cultivado nas regiões Norte e Nordeste, sendo neste último uma importante fonte geradora de emprego e renda e constitui-se em um dos principais componentes da alimentação humana nos Estados desta região, estando entre as principais culturas de subsistência, em virtude do elevado teor proteico e energético, constituindo-se numa cultura de valor atual e estratégico (FREIRE FILHO et al., 2011). Segundo Neves et al. (2011), o feijoeiro-caupi é uma planta que apresenta tolerância à seca e pode ser cultivada em diferentes condições de clima e solo, podendose inferir que esta é uma cultura fundamental na região Nordeste, por este motivo, constitui-se numa cultura estratégica. Além disso, o caupi também é utilizado como forragem verde, feno, ensilagem, farinha para alimentação animal e adubação verde para proteção do solo (ANDRADE JÚNIOR et al., 2003). Diversos fatores são responsáveis pela baixa produtividade de feijão no Brasil, entre eles: uso de cultivares pouco adaptadas aos diversos sistemas de produção, baixa utilização de sementes certificadas, cultivo em sistemas de consórcio, manejo inadequado da cultura, deficiência hídrica no florescimento ou na fase de enchimento de grãos, pragas e doenças (CARVALHO et al., 2005; WARWICK et al., 2005; FAO, 2008). Um dos principais problemas é a ocorrência de doenças, com destaque para as ocasionadas por fungos do solo, que podem causar prejuízos severos, com perdas de 5 até 100%, com diminuição das qualidades fisiológicas, nutricionais e sanitárias do produto colhido, afetando, também, o preço e, por consequência, sua comercialização (BIAZON, 2003). Os fitopatógenos de solo apresentam estruturas de resistência que facilitam sua sobrevivência por vários anos. Esse grupo de patógenos se caracteriza por causar doença no sistema radicular ou até mesmo na parte aérea das plantas (SARTORATO, 2007). As doenças radiculares, como são conhecidas, estão entre as principais causas de redução na produtividade de culturas de interesse alimentar mundial, entretanto essas doenças têm recebido pouca atenção quando comparadas às doenças foliares, principalmente quando os sintomas são confinados às raízes. Dentre os fungos que ocasionam doenças no feijoeiro e que estão presentes no solo, podem-se destacar: Scleorotium rolfsii Sacc., Fusarium oxysporum Schlecht. f.sp. phaseoli Kendrick & Snyder, Fusarium solani (Mart.) Sacc. f. sp. phaseoli (Burk.) Snyder & Hansen, Rhizoctonia solani Kuhn [Thanatephorus cucumeris (A.B. Frank) Donk], Macrophomina phaseolina (Tassi) Goid., Sclerotinia sclerotiorum (Libert) de Bary, Thielaviopsis basicola (Berk. & Broome), Phymatotrichum omnivorum Duggar, e várias espécies de Phytium (SARTORATO, 2007). As principais doenças do feijoeiro causadas por fungos habitantes do solo são podridão do colo, podridão radicular seca, murcha-de-fusarium, podridão radicular de rizoctonia, murcha da teia micélica (mela), podridão cinzenta do caule, mofo branco e podridão por pitium. A podridão do colo, ocasionada por Sclerotium rolfsii, é importante e ocorre em regiões de clima tropical e subtropical, em condições de temperatura e umidade relativa do ar elevadas, seguidas de período seco. De acordo com Punja (1985), esse fungo também causa tombamento, podridão radicular e murcha em mais de 500 espécies de plantas. O agente causal dessa doença sobrevive no solo na forma de escleródios, por períodos de um a três anos, possui capacidade de competição saprofítica e produz elevado número de escleródios, tornando difícil seu controle (DANTAS et al., 2002). As espécies pertencentes ao gênero Fusarium apresentam grande importância econômica, pois são agentes causadores de doenças em diversas culturas. A podridãoradicular-seca é uma doença ocasionada pelo fungo de solo Fusarium solani. A severidade dessa doença aumenta na presença de nematóides, por estes acarretarem ferimentos que facilitam a entrada do fungo. A doença afeta inicialmente as regiões do hipocótilo e da raiz principal das plântulas, causando lesões longitudinais, afiladas e de coloração avermelhada. Progressivamente, as lesões chegam a cobrir todo o sistema radicular da planta. A raiz principal e a parte mais baixa do caule podem secar; consequentemente, o crescimento torna-se mais lento e há o amarelecimento e a queda das folhas, reduzindo a produção da lavoura (ABREU; BIAVA, 2005). Já o amarelecimento ou murcha-de-fusarium é causada pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli. Este fitopatógeno atua invadindo frequentemente as pontas das raízes, podendo penetrar no hospedeiro por aberturas naturais, como verticelas, ou ferimentos (BIANCHINI et al., 1997). Os sintomas dessa doença manifestam-se por perda de turgescência, amarelecimento, seca e queda progressiva das folhas. A ação desse fungo está relacionada aos sintomas de tombamento de plântulas e podridão de raiz de plantas (LUCON, 2010). De acordo com Vitale et al. (2011), Fusarium lateritium Ness. (Sacc.) tem sido bastante estudado como agente causal de deformação foliar em batata doce, nos Estados Unidos, e da podridão de nozes e azeitona na Itália, sendo um patógeno de planta distribuído globalmente. Este fitopatógeno teve seu primeiro relato de ocorrência de doença no feijoeiro na América do Sul e América Central (LIMA et al., 2013). Sendo importante investigar também este fitopatógeno para avaliar seu efeito no feijoeiro. A podridão radicular de rizoctonia ou rizoctoniose, ocasionada pelo fungo R. solani provoca sérios danos ao feijoeiro podendo ocorrer até três semanas após o plantio, apresentando sintomas como podridão das sementes e raízes, cancros no hipocótilo, e tombamentos de plântulas (RIOS, 1990). Este é um dos patógenos radiculares mais comuns e de maior importância (CARDOSO, 1990) e é considerada uma das doenças mais destrutivas ao feijoeiro no Nordeste brasileiro, sobretudo na fase de germinação e emergência (COELHO, 2001; ATHAYDE SOBRINHO et al., 2005; TENÓRIO, 2011). O controle da rizoctoniose é muito difícil, pois o patógeno apresenta elevada severidade por possuir grande competição saprofítica e capacidade de sobreviver no solo na ausência do hospedeiro (LEACH; GARBER, 1970). De acordo com Bianchini et al. (1997), este fungo causa lesões deprimidas, geralmente com bordos delimitados, de coloração marrom-avermelhada, na parte basal do hipocótilo e raiz principal das plantas jovens. Com o desenvolvimento da doença, as lesões tornam-se mais pronunciadas, formando cancros avermelhados. O fungo pode destruir parcialmente a raiz principal. Infecções severas podem reduzir o desenvolvimento da planta e acarretar sua morte. A infecção durante a emergência produz cancros profundos nas plântulas, que podem sofrer estrangulamento, levando ao “damping-off” de pré e pós-emergência. Plântulas são altamente suscetíveis ao patógeno e plantas adultas são menos afetadas. O fungo pode ainda afetar vagens em contato com o solo, causando lesões aquosas ou manchas marrons, e ocasionando manchas amarelas ou esbranquiçadas nas sementes. A mela ou murcha da teia micélica ocasionada por Thanatephorus cucumeris é uma das doenças mais destrutivas do feijoeiro em climas tropicais úmidos (GÁLVEZ et al., 1989; SCHWARTZ et al., 2005; COSTA-COELHO et al., 2012), podendo destruir lavouras inteiras em poucos dias (CARDOSO, 1997). Existe uma diferenciação de sintomas, relacionada com a identidade dos agentes de infecção. Um tipo de infecção é igualmente produzido pelo micélio e pelo escleródio, enquanto outro é produzido pelos basidiósporos. Quando a infeção ocorre num período mais seco, o micélio ou escleródio provocam, inicialmente, o surgimento de pequenas manchas necróticas (5-10 mm de diâmetro) com o centro marrom e as margens com coloração verde-oliva. Depois as manchas coalescem e geralmente as folhas são destruídas em 2-3 dias. Em condições de umidade mais elevada, surgem pequenas manchas úmidas, tipo escaldadura, de cor verde-acinzentada, com margens de cor castanho-avermelhadas e, a partir destas lesões o patógeno cresce, formando hifas em ambas as faces da folha, de cor castanho-clara, que podem atingir toda a superfície foliar (folhas, caule e vagens) com que ele está em contato, formando uma teia micélica e afetando toda a planta e as plantas vizinhas (DALLA PRIA et al., 1999). A podridão cinzenta do caule é uma doença bastante importante no Nordeste do Brasil, particularmente pelo favorecimento decorrente das elevadas temperaturas e estresse hídrico. É incitada por Macrophomina phaseolina, fungo habitante natural do solo, de grande variabilidade patogênica e alta capacidade de sobrevivência sob condições adversas. Os prejuízos á cultura do feijão são determinados pela diminuição do estande, do desempenho produtivo das plantas e da baixa qualidade da semente produzida quanto ao vigor e sanidade (ATHAYDE SOBRINHO et al., 2000). O mofo branco, ocasionado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, ocorre em grande número de países, principalmente nas regiões de clima temperado e subtropical. O fungo pode afetar toda a parte aérea da planta, causando lesões, inicialmente pequenas e aquosas. Estas lesões rapidamente aumentam de tamanho, tomando todo o órgão afetado e ocasionando podridão mole nos tecidos. Sob condições de umidade, desenvolve-se, sobre as lesões, micélio branco de aspecto cotonoso do fungo. A podridão mole provoca morte de ramos. Nessa fase, observa-se que o micélio branco apresenta engrossamentos, que são os escleródios em formação. Estes são inicialmente brancos e tornam-se negros quando maduros. Vagens afetadas podem conter escleródios e as sementes infectadas são descoloridas ou recobertas pelo micélio branco, podendo ser menores que o normal (BIANCHINI et al., 1997). Apesar de todo o avança tecnológico obtido ao longo dos anos, o controle de doenças radiculares ainda é muito difícil, pois os patógenos co-evoluiram com as plantas por milhões de anos e estão altamente adaptados ao ambiente subterrâneo em associação com o hospedeiro (MICHEREFF et al., 2005). O surgimento de isolados de fitopatógenos resistentes às substâncias químicas utilizadas ocasionam resultados negativos para sociedade como um todo e para o meio ambiente, devido à poluição causada pelos resíduos. Nesse contexto, a agricultura alternativa estimula a busca de novas medidas de controle (SCHWAN-ESTRADA et al., 2005). O Nordeste do Brasil tem 70% de seu território ocupado por uma vegetação xerófila denominada “caatinga.” Plantas endêmicas são potencialmente boas fontes de novos compostos com atividade biológica por serem únicas naquele ambiente e por apresentarem metabolismo diferenciado das demais similares (CARTAXO et al., 2010). As plantas da caatinga com potencial atividade antifúngica que serão utilizadas neste estudo serão: Agave sisalana Perr., Canavalia ensiformis (L.) DC., Datura stramonium L. e Commiphora leptophloeos. A utilização de produtos naturais no controle de doenças de plantas tem se tornado um meio eficiente para a redução do uso indiscriminado de defensivos. A exploração da atividade biológica dos metabólitos secundários dos extratos brutos e dos óleos essenciais de plantas surge como uma forma potencial de controle alternativo de doenças das plantas cultivadas. Vários extratos brutos e óleos essenciais de plantas já foram testados sobre fungos fitopatogênicos em diversos trabalhos (ARAÚJO et al., 2012; PLODPAI et al., 2013; SUKORINI et al., 2013; TAKATSUKA et al., 2003). O fracionamento dos metabólitos secundários dessas plantas, bem como a determinação da atividade biológica dessas moléculas, com respeito à atividade elicitora ou antimicrobiana poderá contribuir para a aquisição de maiores conhecimentos que reforcem sua possível utilização como um método alternativo de controle de doenças de plantas (CASTELLANOS et al., 2001). O principal papel dos metabólitos secundários é a proteção contra pragas e patógenos. Pode se dizer que a ampla variedade de compostos produzidos pelas plantas é o produto de milhares de anos interagindo com os mais diferentes organismos. De modo mais específico, muitas plantas desenvolveram substâncias que são verdadeiros inseticidas ou fungicidas naturais. Trabalhos desenvolvidos com extrato bruto ou óleo essencial de plantas medicinais e aromáticas, obtidos a partir da flora nativa, têm indicado o potencial de controle de fitopatógenos, tanto pela ação fungitóxica direta, inibindo o crescimento micelial e a germinação de esporos, quanto pela indução de fitoalexinas, indicando a presença de composto (s) com característica (s) de elicitor (es) (STANGARLIN et al., 1999; SCHWAN-ESTRADA et al., 2000; CUNICO et al., 2004; BONALDO et al., 2004; BASTOS & ALBUQUERQUE, 2004). Dessa forma, as plantas da caatinga possuem características singulares, sendo assim excelentes alvos para a busca de novas substâncias ativas. Adicionalmente, diante da velocidade do fenômeno de devastação da caatinga, há o risco que muito das propriedades medicinais dessas plantas não sejam reconhecidas, o que torna mais urgente intensificar os investimentos nessa área. Os compostos produzidos pelos vegetais são agrupados em dois grupos: os metabólitos primários, tais como carboidratos, aminoácidos e lipídeos; e os metabólitos secundários que são compostos elaborados a partir da síntese dos metabólitos primários, tais como compostos fenólicos, terpenóides, óleos essenciais e alcalóides entre outros. São esses compostos os responsáveis pelos efeitos medicinais, ou tóxicos, das plantas, e eles apresentam grande importância ecológica, uma vez que podem atuar na atração de polinizadores, ou representar uma defesa química contra estresse ambiental. O conhecimento da química de espécies nativas é um aspecto importante em face da biodiversidade do nosso país. Apesar da reconhecida atividade biológica de metabólitos secundários, o Brasil é deficiente em grupos de pesquisa cujas atividades estão dirigidas ao controle dos processos metabólicos de tais substâncias, dado que menos de 1% das espécies medicinais nos diferentes ecossistemas foram quimicamente estudadas. Nessa área temática, dar-se-á ênfase ao isolamento, caracterização estrutural e modificação química de moléculas extraídas da biodiversidade brasileira para posterior uso na funcionalização de superfícies. É uma ciência complexa, dependendo de áreas do conhecimento, e consequentemente, profissionais especializados em diferentes partes do saber. A equipe executora conta com a participação de profissionais com experiência Botânicos/taxonomistas, Microbiologistas, Bioquímicos e Biologistas moleculares com experiência em área específica relacionada ao projeto. Já existe a cooperação entre algumas instituições: Centro de Ciências Biológicas/Departamento de Bioquímica/Lab. Biologia Molecular Vegetal/UFPE, Laboratório de Genoma do IPA. Neste projeto propõe-se isolar e identificar metabólitos secundários oriundos de plantas endêmicas da caatinga e avaliar o seu potencial antifúngico in vitro e in vivo, em fitopatógenos de solos em feijoeiro. Objetivo Geral Isolar e identificar substâncias bioativas em extratos vegetais extraídos de plantas da Caatinga com potencial de atividade antifúngica in vivo e in vitro, em fitopatógenos do feijoeiro. Objetivos específicos - Investigar o potencial antifúngico de extratos vegetais de plantas da Caatinga; - Identificar compostos bioativos (metabólitos secundários) em extratos vegetais; - Controlar doenças radiculares do feijoeiro por meio de produtos não prejudiciais ao homem e ao meio ambiente; - Difundir novas tecnologias de controle alternativo de doenças aos produtores da região do semiárido nordestino. Metas - Utilizar o potencial oferecido pela biodiversidade brasileira, em especial da Caatinga, para gerar, pelo menos, um novo produto e um novo processo de elevado valor agregado; - Isolar quatro biomoléculas/metabólitos de plantas da caatinga com atividade antifúngica a patógenos radiculares do feijoeiro; - Realizar duas apresentações orais de trabalhos em congressos; - Publicar cinco artigos científicos em revistas indexadas de circulação internacional; - Selecionar uma inovação para transferência tecnológica. Metodologia Planta da caatinga Extrato Bruto (EEP) (etanol 80%) v/v) Avaliação da atividade antifúngica: in vitro (teste de difusão em ágar); in vivo (casa de vegetação e em campo) Fracionamento líquido-líquido Extrato semi-purificado Fração Extrato semi-purificado Clorofórmica (fr-Clo) Fração Hexânica (fr-Hex) Cromatografia em coluna seca Obtenção das Sub-frações Sub-fração (ões) Selecionada (s) Cromatografia em coluna de Avaliação da Sephadex LH-20 atividade antifúngica Sub-fração (ões) Selecionada (s) - Avaliação da atividade antifúngica: difusão em ágar; Cromatografia preparativa - Identificação química: RMN Compostos isolados (bioautografia) Coleta e identificação dos isolados fúngicos As amostras de feijoeiro com sintomas de doença serão levadas para os locais de execução para posterior manipulação. O material vegetal obtido será desinfestado superficialmente com hipoclorito de sódio. Com auxílio de um estilete esterilizado serão retirados pequenos fragmentos de caules e raízes que serão transferidos para placas de Petri contendo meio de cultura BDA (Batata Dextrose Agar) e incubados sob condições de temperatura e luminosidade adequadas (MENEZES; SILVA, 1997). Para a identificação dos fungos serão avaliados os aspectos macroscópicos (tamanho, cor e aspecto da colônia) e microscópicos dos isolados. Os isolados serão inoculados, assepticamente, em placas de Petri contendo BDA e acompanhados por até 96h, para posterior identificação. Locais de coleta e Realização dos Experimentos Fitopatológicos Os trabalhos serão realizados na Estação Experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) na sede do IPA em Recife/PE. Atividades de apoio também serão desenvolvidas no Departamento de Bioquímica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e no Instituto Nacional do Semiárido (INSA). As amostras de feijão serão coletadas nas regiões produtoras no Sertão do Araripe, Sertão do São Francisco, do Agreste Meridional, Sertão do Pajeú. Preparo do extrato etanólico (EEP) Para o preparo do extrato etanólico das plantas seleciondas (EEP) serão pesados 100 gramas de plantas trituradas e transferidos para um frasco de vidro contendo 400 mL de etanol 80% (v/v). A extração será feita a 70ºC, em banho de água termostatizado, por 30 minutos, sob agitação constante. Em seguida, será realizada a filtração em papel de filtro e o Extrato Etanólico (EEP) será transferido para um frasco de vidro com tampa de rosca. O EEP obtido será utilizado no fracionamento. Fracionamento líquido-líquido do extrato etanólico O fracionamento do EEP pela técnica de extração líquido-líquido será feito pela partição em série, em funil de separação, com os solventes hexano e clorofórmio. As frações hexânica (fr-Hex) e clorofórmica (fr-Clo) obtidas serão concentradas a 60ºC, em rotaevaporador, e submetidas às analises físico-químicas e microbiológicas. Fracionamento e purificação da fração clorofórmica Cromatografia em coluna seca A pré-purificação da fração clorofórmica será realizada utilizando-se a cromatografia em coluna seca, por meio de uma coluna de celulose de 20 cm de comprimento e três centímetros de diâmetro interno. A celulose será escolhida por ser flexível, resistente, inerte aos solventes utilizados e transparente à luz natural e ultravioleta. Primeiramente, a coluna será tratada com hexano, para remoção da camada oleosa de proteção. Em seguida, a extremidade inferior será fechada e empacotada, deixando-se o adsorvente cair de uma altura de 20 cm. Logo após será realizada uma pressão com os dedos para aumentar o empacotamento. A amostra será preparada pesando-se 1,0 g da fração clorofórmica concentrada, e após ser redissolvida em 5 mL de clorofórmio, será misturada imediatamente a 2,5 gramas de sílica-gel 60 (MERCK). Na sequência será feita a evaporação do solvente em rotaevaporador a 45ºC, para obtenção de uma mistura da fração clorofórmica e sílica em forma de pó fino. A amostra adsorvida à sílica será colocada no topo da coluna e, em seguida acrescentada a fase móvel, composta de 70% de clorofórmio e 30% de acetato de etila, até que a linha de frente atinja a base da coluna. Após o desenvolvimento, a coluna será avaliada sob luz natural e luz ultravioleta a 366 nm. Nas faixas onde aparecerem os adsorvatos separados, serão feitas delimitações que, em seguida, serão cortadas com 15 uma lâmina afiada. As fatias cortadas serão solubilizadas com metanol. As sub-frações serão então filtradas em papel de filtro e logo após será realizada a cromatografia em camada delgada. As placas serão reveladas com anisaldeído sulfúrico a quente. Purificação da sub-fração bioativa da fração clorofórmica Para a montagem da coluna, com base na metodologia descrita por Alencar (2002) com objetivo de realizar a purificação da sub-fração bioativa da fração clorofórmica será utilizado o gel lipofílico Sephadex LH-20. As sub-frações bioativas obtidas pelo fracionamento em coluna secas serão concentradas em rotaevaporador a 45ºC e, então preparadas soluções pela dissolução de 150 mg em 2 mL de metanol. Em seguida, serão aplicadas no topo da coluna de gel Sephadex LH-20 e após a total penetração da amostra no gel, serão eluídas com metanol. As sub-frações obtidas serão avaliadas por cromatografia em camada delgada, tendo anisaldeído sulfúrico a quente como revelador, e teste de bioautografia para a determinação das sub-frações bioativas destinadas ao isolamento dos compostos por CLAE-preparativa. Isolamento dos compostos com atividade antifúngica As sub-frações bioativas selecionadas previamente pela coluna de Sephadex LH20 serão recromatografadas em um sistema de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) preparativa, utilizando-se uma coluna preparativa Shimadzu PREPODS (H) (250 x 20 mm), para o isolamento dos compostos bioativos. A fase móvel utilizada será 35% do solvente A (água) e 65% do solvente B (metanol). Os picos dos compostos eluídos serão recolhidos em um coletor automático de frações (FRC-10A, Shimadzu Co.), acoplado ao sistema de cromatografia. Análises físico-químicas do EEP, frações, sub-frações e compostos isolados Espectrofotometria na região ultravioleta-visível dos compostos isolados A determinação do espectro de absorção dos compostos isolados será realizada segundo o método descrito por Park et al. (2000), Ikegaki (2001) e Alencar (2002), com algumas modificações. Alíquotas de 25 μL dos compostos isolados serão diluídos em 30 mL de metanol P.A. e os espectros de absorção na região UV-visível serão determinados na faixa de comprimento de onda de 200 a 500 nm em espectrofotômetro UV-Mini 1240 (Shimadzu-Co). Cromatografia em Camada Delgada (CCD) As análises por cromatografia em camada delgada serão realizadas em cromatofolhas de silica gel 60 F254 (Merck Co.). Uma alíquota de 10 μL do EEP, frHex, fr-Clo e sub-frações na concentração de 2 mg/mL serão aplicadas na placa. O tempo de desenvolvimento dos cromatogramas será de aproximadamente 20 minutos, utilizando-se como fase móvel o sistema de solvente composto por acetato de etila: clorofórmio (3:7, v/v). As cromatoplacas serão visualizadas sob luz ultravioleta, no comprimento de onda de 366 nm, antes e após a revelação com anisaldeído sulfúrico, aquecido a 100ºC em estufa, por cinco minutos (OLDONI, 2007). Identificação química dos compostos isolados A identificação química dos compostos isolados será realizada por meio da técnica de Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN). Os espectros de RMN serão registrados em espectrômetro Brucker DPX 500 MHz, operando em 500 MHz para o 1H. Os espectros serão obtidos em CD3OD (álcool metílico deuterado) utilizando TMS (tetrametilsilano) como padrão interno. Os deslocamentos químicos serão obtidos em d (ppm) e as constantes de acoplamento (J) serão dadas em Hz. Atividade antifungica in vitro e in vivo do EEP, frações, sub-frações e compostos isolados. Teste de difusão em ágar do EEP e frações Será utilizado o teste de difusão em ágar, método descrito por Koo et al. (2000) e Duarte et al. (2003), onde os diferentes extratos serão incorporados separadamente em meio batata-dextrose-ágar (BDA) a 45°C (fundente) e vertida em placas de Petri. Discos de micélio dos fungos S. rolfsii, F. solani, F. oxysporum f. sp. phaseoli, M. phaseolina, S. sclerotiorum, com aproximadamente 6 mm de diâmetro, serão retirados de culturas com 15 dias e depositados no centro de uma placa de Petri contendo meio BDA, à qual serão adicionadas, individualmente, diferentes concentrações do extrato, frações e compostos isolados. As avaliações serão realizadas diariamente por meio de medição do diâmetro das colônias (média de duas medidas perpendiculares), até o total crescimento do tratamento-controle. As variáveis analisadas serão taxa de crescimento micelial (TCM) em milímetro, porcentagem da inibição do crescimento micelial, calculado pela fórmula de Abbott (1925): ICM(%) = (T-t)*100/T, onde T é a testemunha; t o tratamento e área abaixo da curva de crescimento micelial (AACCM), utilizando-se a fórmula: AACCM= ((yi + yi+1)/2.dti), onde yi e yi+1 são os valores de crescimento da colônia observados em duas avaliações consecutivas e dti, o intervalo entre as avaliações. Para efeito de análise, os dados originais da ICM serão transformados em arcsen raiz (x + 0,5/100) e submetidos à análise de variância, e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Com as médias dos dados brutos serão obtidas e selecionadas curvas de regressão, tendo as concentrações dos extratos como variáveis independentes. Modelos exponencial, logarítimo, quadrático e polinomial serão testados. Análise estatística Os dados serão submetidos à análise de variância e aos testes de separação de médias de Scott-Knott e Tukey (P=0,05) efetuados com o auxílio do programa SAEG (Sistema de Análise Estatística e Genética, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG) e SANEST (Sistema de Análise Estatística, Instituto Agronômica de Campinas), respectivamente. A análise de regressão será realizada com auxílio do programa STATISTICA’99 for Windows. Principais contribuições científicas/tecnológicas da proposta - Isolar e identificar metabólitos secundários de plantas endêmicas da caatinga, com potencial de atividade antifúngica in vivo e in vitro em fitopatógenos radiculares da cultura do feijão; - Incorporação de tecnologias de ponta em laboratórios do Nordeste; - Promover a cooperação entre centros de pesquisas científicas de diferentes estados do Brasil; - Formação de recursos humanos; - Gerar e difundir novas tecnologias em pesquisas de bioprospecção de compostos secundários de origem vegetal com potencial fungicidas; - Valorizar produtos bioativos de plantas da Caatinga. Orçamento detalhado (Equipamentos/materiais permanentes/passagens/diárias/ e materiais de consumo) - Equipamentos/materiais permanentes e Materiais de consumo Para realização dos experimentos voltados ao preparo de extratos vegetais, desde a extração até o processo de conservação dos mesmos, bem como para manutenção e realização de experimentos fitopatógicos, faz-se necessário aquisição dos equipamentos permanentes e materiais de consumo listados no orçamento, sem os quais seria impossível desenvolver tal pesquisa. - Passagens e diárias As passagens aéreas e/ou terrestres, bem como as diárias solicitadas, visam fortalecer a Equipe com a participação dos integrantes da mesma em eventos nacionais e internacionais relacionados à área de estudo do presente projeto. Discriminação – CAPITAL Unidade Quantidade Valor Unitário Valor Total (R$) (R$) Equipamentos e Material Permanente Estufa automática esterilização e secagem 81L und 01 2.175,60 2.175,60 Estufa digital c/timer c/circulação e renovação de ar forçado 252L und 01 7.384,61 7.384,61 Geladeira 460L, 220V und 01 2.000,00 2.000,00 Freezer Horizontal, 220 V und 01 2.500,00 2.500,00 Balança semi analítica de precisão 3200G. Fonte de alimentação 90V~240V und 02 1.200,00 2.400,00 und 01 1.200,00 1.200,00 Condutivimetro Digital Marca Tecnal, Modelo TEC-4MP, 110/220 V (automática) und 01 1.280,00 1.280,00 Medidor de pH digital de bolso com eletrodo und 01 999,70 999,70 Refratômetro Manual de 0 a 90 Brix três escalas und 01 1.035,00 1.035,00 Agitador de tubos tipo Vórtex 110/220v und 01 820,44 820,44 Destilador de água 5 L/h und 01 2.700,00 2.700,00 Banho Maria Termostático capacidade 22 litros, Resistência de aquecimento construída em aço inox, tubular e blindada; microprocessado, 220 V Total (R$) 24.495,35 Discriminação – Passagens Valor Total (R$) Passagens aérea e/ou terrestre para eventos nacionais relacionados à área de estudo do projeto 3.000,00 Total (R$) 3.000,00 Discriminação – Diárias Diária Nacional Total (R$) Quantidade Valor da Diária (R$) Valor Total (R$) 10 320,00 3.200,00 3.200,00 Discriminação Unidade Quantidade Valor Unitário Valor (R$) Total Material de Consumo Pipeta automática ajustável volume variável (10-100µl) und 01 255,50 255,50 Pipeta automática ajustável volume variável (100-1000µl) und 01 277,50 277,50 Placa de Petri em vidro c/tampa, 90x15mm und 3000 3,10 9.300,00 Becker forma baixa, vidro capacidade 500ml und 10 10,40 104,00 Becker forma baixa, vidro, capacidade 250ml und 20 4,40 88,00 Becker forma baixa, plástico, capacidade 50ml und 20 2,80 56,00 Becker forma baixa, vidro, capacidade 25ml und 20 2,40 48,00 Becker forma baixa, vidro, capacidade 5ml und 20 8,50 170,00 Balão Erlenmeyer Boca Larga, vidro, capacidade 250ml und 30 9,50 285,00 Pipetador de Seguranca 3 Vias (Pipet Filler) und 05 13,55 67,75 Micropipeta monocanal volume fixo 1.000ul (1ml) und 01 58,00 58,00 Micropipeta monocanal volume fixo 10.000ul (10ml) und 01 58,00 58,00 Micropipeta monocanal volume fixo 50ul und 01 58,00 58,00 Micropipeta monocanal volume fixo 500ul und 01 58,00 58,00 Acetato de Etila P.A. 1000ml und 20 21,80 436,00 Álcool Metílico (Metanol) P.A. 1000ml und 60 16,00 960,00 Discriminação Unidade Quantidade Valor Unitário Valor (R$) Total Material de Consumo Funil em PP 50mm und 30 2,00 60,00 Alça Descartável 10ul PCT com 100un Esteril pct 03 14,00 42,00 Álcool 96° 1000ml und 100 5,00 300,00 Estante 90 Furos 13 mm Autoclavavél und 30 10,20 306,00 Seringa Descartável com agulha Bico Luer Lock (rosca) – 3ml und 100 0,39 39,00 Seringa Descartável com agulha Bico Luer Lock (rosca) – 5ml und 100 0,47 47,00 Seringa Descartável com agulha Bico Luer Lock (rosca) – 10ml und 100 0,71 71,00 Acetonitrila 99,5 UV/HPLC 1000ml und 10 94,7 947,00 Hexano P.A. 1000ml und 30 30,00 900,00 Álcool Etílico (Etanol) Absoluto 99,5% 1000ml und 30 6,90 207,00 Ágar Ágar 500g und 30 240,00 7.200,00 Glicose-D (+) Anidra P.A. (Dextrose) und 15 12,00 180,00 4-Metoxibenzaldeido 98% (Anisaldeído) und 01 207,00 207,00 Ácido Sulfúrico P.A. 1000ml und 02 42,11 84,22 Clorofórmio P.A. 1000ml und 10 27,07 270,70 Discriminação Unidade Quantidade Valor Unitário (R$) Valor Total Material de Consumo Coluna para cromatografia - Sephadex LH-20 100g und 05 1.573,95 7869,75 Tetramethylsilane (TMS ou tetrametilsilano) 100ml und 02 390,40 780,80 Sílica Gel 60 PCROM em Col 0,063-0,2mm (70-230 MESH) und 01 557,43 557,43 Filtro para Seringa CH PVDF 15mm 0,45UM C/100pc pct 02 220,00 440,00 Ponteira Descartável Amarela PCT 1000 (2-200microlitros) pct 03 13,00 39,00 Tubo de ensaio 16x150mm sem tampa und 2000 0,27 540,00 Total (R$) ORÇAMENTO TOTAL 33.367,65 Valor Total (R$) Equipamentos e Material Permanente 24.495,35 Passagens 3.000,00 Diárias 3.200,00 Material de Consumo 33.367,65 TOTAL GERAL (R$) 64.063,00 Cronograma de atividades Atividades Coleta amostras de feijoeiro com sintomas de doenças fúngicas Isolamento dos fitopatógenos Manutenção dos isolados fúngicos Preparo do extrato etanólico (EEP) Fracionamento líquido-líquido do extrato etanólico Fracionamento em coluna seca (purificação de frações) Purificação da sub-fração bioativa das frações Atividade Antifúngica in vitro do EEP, frações, sub-frações e compostos isolados Análises das informações Elaboração de relatórios semestrais Elaboração de artigos científicos Ano I 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Atividades Manutenção dos isolados fúngicos Isolamento dos compostos com atividade antifúngica Análises físico-químicas do EEP, frações, sub-frações e compostos isolados Espectrofotometria na região ultravioleta-visível dos compostos isolados Atividade Antifúngica in vitro do EEP, frações, sub-frações e compostos isolados Produção de mudas de feijão Avaliação em casa de vegetação Avaliação em campo Análises das informações Elaboração de artigos científicos Elaboração relatório Final Ano II 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Identificação dos demais participantes do projeto Equipe: Proponente: Nome: Antonio Félix da Costa CPF: 126895804-20 Titulação: Doutor em Fitopatologia Área do conhecimento: Fitovirologia Instituto Agronômico de Pernambuco Av. General San Martin, 1371 Bongi CEP: 50761000 - Recife, PE, Brasil Caixa-postal: 1022 Telefone: +55 (81) 3184-7366 Fax: +55 (81) 3184-7260 Atividade no projeto: Supervisor do Projeto; Colaborador em Fitopatologia; Coleta de material vegetal (feijoeiro) doente em campo; Auxílio nas análises de atividade antimicrobiana in vitro, em casa de vegetação e em campo; Preparo de artigos científicos. Nome: Emmanuelle Rodrigues Araújo CPF: 041.714.744-93 Titulação: Doutora em Fitopatologia – UFRPE Área do conhecimento: Fungos de Solo; Controle Alternativo de doenças de plantas; Controle biológico Instituto Agronômico de Pernambuco Av. General San Martin, 1371 Bongi CEP: 50761000 - Recife, PE, Brasil Telefone: +55 (81) 3184-7366 Atividade no projeto: Pesquisadora responsável pelo desenvolvimento do Projeto, com experiência em execução de experimentos em Laboratório, Casa de Vegetação e Campo na área de Fitopatologia e Fitotecnia; Responsável pela condução de todos os experimentos, avaliações e análises dos resultados. Coleta de material vegetal, preparo dos extratos vegetais, análises cromatográficas, experimentos com fitopatógenos in vitro, casa de vegetação e em campo; Preparo de artigos científicos. Nome: Luciana Gonçalves de Oliveira CPF: 028.219.934-98 Titulação: Doutora em Biologia de Fungos Área do conhecimento: Microbiologia; Taxonomia e sistemática de fungos; Controle biológico de fungos Pós-Doutorado - Instituto Agronômico de Pernambuco Av. General San Martin, 1371 Bongi CEP: 50761000 - Recife, PE, Brasil Telefone: +55 (81) 3184-7366 Atividade no projeto: Coleta de material vegetal (feijoeiro) doente em campo; Auxílio em atividades em casa de vegetação, em campo e em laboratório; Preparo de artigos científicos. Nome: Mariele Porto Carneiro Leão CPF: 037.601.814-30 Titulação: Doutora em Biologia de Fungos Área do conhecimento: Microbiologia; micologia; biologia molecular Pós-Doutorado - Instituto Agronômico de Pernambuco Av. General San Martin, 1371 Bongi CEP: 50761000 - Recife, PE, Brasil Telefone: +55 (81) 3184-7266 Atividade no projeto: Auxílio em atividades em casa de vegetação, em campo e em laboratório; identificação molecular dos fitopatógenos; Preparo de artigos científicos. Nome: Katiane da Rosa Gomes da Silva CPF: 945.273.690-91 Titulação: Doutora em Ciência e Tecnologia de Sementes Área do conhecimento: Análise de sementes; tecnologia de sementes Pós-Doutorado - Instituto Agronômico de Pernambuco Av. General San Martin, 1371 Bongi CEP: 50761000 - Recife, PE, Brasil Telefone: +55 (81) 3184-7366 Atividade no projeto: Coleta de material vegetal (feijoeiro) doente em campo; Auxílio em atividades em casa de vegetação, em campo e em laboratório; Preparo de artigos científicos. Nome: Cláudia Juliana Tabosa Lopes de Crasto CPF: 027.612.514-23 Titulação: Mestre em Biotecnologia de Produtos Bioativos Área do conhecimento: Microbiologia; biotecnologia; biologia molecular Centro de Ciências Biológicas/CCB/ Departamento de Bioquímica Laboratório de Biologia Molecular Rua: Nelson Chaves, s/n, Cidade Universitária CEP: 50670-420 – Recife, PE, Brasil Telefone: +55 (81) 2126-8354 Atividade no projeto: Auxílio em atividades em casa de vegetação, em campo e em laboratório; identificação molecular dos fitopatógenos. Nome: Carlos Henrique Madeiros Castelletti CPF: 021.071.174-46 Titulação: Doutor em Biotecnologia Área do conhecimento: Bioinformática Instituto Agronômico de Pernambuco Av. General San Martin, 1371 Bongi CEP: 50761000 - Recife, PE, Brasil Telefone: +55 (81) 3184-7276 Atividade no projeto: Análise molecular dos fitopatógenos Nome: Amaro de Castro Lira Neto CPF 028.387.214-45 Titulação: Doutor em Ciências Biológicas Área do conhecimento: Citogenética; Genética molecular de plantas; Diversidade e Conservação Biológica Instituto Agronômico de Pernambuco Av. General San Martin, 1371 Bongi CEP: 50761000 - Recife, PE, Brasil Telefone: +55 (81) 3184-7372 Atividade no projeto: Análise molecular dos fitopatógenos Nome: Márcia Vanusa da Silva CPF: 612.771.344-72 Titulação: Doutora em Biologia Molecular Área do conhecimento: Biologia molecular; Bioquímica vegetal Professora Adjunta I Universidade Federal de Pernambuco - UFPE Centro de Ciências Biológicas/CCB/ Departamento de Bioquímica Laboratório de Biologia Molecular Av. Prof. Moraes Rego, 1235, Cidade Universitária CEP: 50670-901 – Recife, PE, Brasil Telefone: +55 (81) 2126-8540 ramal 231 Atividade no projeto: Coleta de material vegetal para preparo dos extratos; Responsável pela Análise cromatográfica dos extratos; Preparo de artigos científicos. Nome: Wolfgang Harand CPF: 015.396.674-21 Titulação: Doutor em Fitoquímica Área do conhecimento: Fitoquímica; Extratos vegetais Instituto Nacional do Semiárido - INSA Grupo Biodiversidade Laboratórios de Fitoquímica Av. Francisco Lopes de Almeida, S/N, Serrotão CEP: 58429-970 - Campina Grande, PB, Brasil Telefone: +55 (83) 3315-6400 Atividade no projeto: Responsável pela Análise cromatográfica dos extratos; Preparo de artigos científicos. Nome: Patrícia Vieira Tiago CPF: 022.879.019-06 Titulação: Doutora em Biologia de Fungos Área do conhecimento: Microbiologia; micologia; diversidade de fungos em agroecossistemas Universidade Federal de Pernambuco - UFPE Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Micologia Av. Professor Nelson Chaves, S/N, Cidade Universitária CEP: 50670-901- Recife, PE, Brasil Telefone: +55 (81) 2126-8483 Atividade no projeto: Auxílio em atividades de controle de fitopatógenos em laboratório; Preparo de artigos científicos. Nome: Rosineide da Silva Lopes CPF: 038.286.764-56 Titulação: Doutora em Ciências Biológicas Área do conhecimento: Micologia; controle biológico Universidade Federal de Pernambuco - UFPE Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Micologia Av. Professor Nelson Chaves, S/N, Cidade Universitária CEP: 50670-901- Recife, PE, Brasil Telefone: +55 (81) 2126-8570 Atividade no projeto: Auxílio em atividades de controle de fitopatógenos em laboratório; Preparo de artigos científicos. Colaboradores e Parcerias já estabelecidas com Centros de Pesquisas - Universidade Federal de Pernambuco – UFPE - Centro de Tecnologias Alternativas do Nordeste – CETENE Disponibilidade Efetiva de Infra-estrutura e de Apoio Técnico para o Desenvolvimento do Projeto O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) é uma instituição de pesquisa agrícola, assistência técnica e extensão rural e de infra-estrutura hídrica, com atuação em todo o Estado de Pernambuco, contando atualmente com um corpo de pesquisadores composto, basicamente, por cerca de 100 técnicos, dos quais mais de 85% são possuidores de cursos de mestrado e doutorado. Em sua sede, na cidade do Recife, encontra-se a maioria dos laboratórios da empresa que prestam serviços à sociedade, dos quais se destacam os Laboratórios de Controle Biológico e de Fitopatologia que darão suporte às pesquisas preconizadas neste projeto, em suas respectivas áreas. O IPA dispõe, também, de uma rede de 12 estações experimentais ao longo de todo o estado, capaz de dá suporte à condução de etapas de campo que venham a ser exigidas para o cumprimento dos objetivos estabelecidos no projeto. Centro de Ciências Biológicas/ Departamento de Bioquímica/UFPE Laboratório de Biologia Molecular Vegetal: dispõem de uma equipe altamente qualificada em genomas funcionais, além de laboratórios devidamente equipados para auxílio em qualquer fase da execução do projeto. Possui uma estrutura laboratorial com um sequenciador automático de DNA ABI 3100, e um nobreak de 3KVA, três computadores Pentium III, um freezer -80C, um refrigerador, um freezer -20C, um termociclador, uma centrífuga refrigerada para microplacas de 96 poços e eppendorf de 2 mL, uma microcentrífuga de bancada, uma capela de exaustão, duas estufas de secagem e esterelização, um termoshaker, um banho-maria, um medidor de pH, uma balança analítica, um espectofotômetro de luz UV, um deionizador, um microondas, um sistema de eletroforese horizontal, um agitador de tubos, um agitador magnético com aquecimento, um gerador automático de voltagem 10KVA, uma máquina de produção de gelo. Espectrofotômetro de varredura, banhos-maria, liofilizadores, estufas de esterilização e secagem, medidores de pH, destiladores e deionizadores de água, purificador de água milli Q, sonda multiparâmetros, bombas peristálticas e coletores de frações, máquina de gelo, centrífugas refrigeradas, câmaras frias, balanças analíticas, microscópio eletrônico, rotoevaporador, HPLC, Termociclador, autoclaves, sistemas para eletroforese vertical e horizontal, fluorímetro, Leitor de microplacas, entre outros. INSA: dispõe de uma infra-estrutura de laboratório de devidamente equipado com: uma extratora automática de solventes, dois evaporadores rotativos digitais, uma estação de vácuo com resistência química, um sistema de cromatografia preparativa de alto desempenho com separação por massa molecular, sete capelas de exaustão, Nobreak Force-line, 1Kva, MICROSCÓPIO TRINOCULAR, Agitador magnético com aquecimento, Agitador magnético sem aquecimento, Agitador de tubos tipo Vortex, Autoclave vertical, Balança eletrônica de precisão, Balança analítica 200g 0,0001, Câmara de fluxo laminar, Câmara climática para germinação e estudo de plantas/fotoperíodo/alter, Estufa com circulação e renovação de ar 600x500x500 mm, Destilador de água em inox tipo pilsen, 5.5L/h. Estimativa de Recursos Financeiros de outras Fontes que serão aportados pelos eventuais Agentes Públicos e Privados Parceiros Não há previsão de aporte de recursos financeiros de outros parceiros. Apenas a colaboração técnica da Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE-UAST), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Centro de Tecnologias Alternativas do Nordeste (CETENE), por meio dos seus pesquisadores mencionados. Referências Bibliográficas ABREU, A. de F. B.; BIAVA, M. Cultivo do feijão da primeira e segunda safras na região sul de Minas Gerais. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2005 (Sistema de Produção). AIDAR, H. Cultivo do feijoeiro comum: Características da cultura. Disponível em: <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Feijao/CultivodoFeijoeiro /index.htm> Acesso em 11 março 2014. ALENCAR, S. M. Estudo fitoquímico da origem botânica da própolis e avaliação da composição química de mel de Apis mellifera africana de diferentes regiões do Brasil. 2002. 120p. Tese (Doutorado em Ciências de Alimentos) - Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2002. 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