139 MODERNIZAÇÃO INDUSTRIAL EM FEIRA DE SANTANA: UMA ANÁLISE A DA IMPANTAÇÃO DO CENTRO INDUSTRIAL DO SUBAÉ-CIS 1 Nacelice Barbosa Freitas* RESUMO — O texto trata da explicação do processo de modernização industrial em Feira de Santana a partir da década de 1970, período da implantação do Centro Industrial do Subaé (CIS). A importância do estudo torna-se evidente, no contexto atual, quando analisado o desempenho do município na região, sua projeção na mesma, e o seu papel em nível nacional. A metodologia baseia-se na pesquisa bibliográfica, além de levantamento de dados estatísticos que tornasse possível a análise crítica sobre a questão pesquisada. Conclui-se que o processo de modernização industrial e a industrialização em Feira de Santana vinculamse ao projeto nacional de industrialização desenvolvido pelo Estado, no contexto dos anos setenta. PALAVRAS-CHAVE: Feira de Santana. Modernização industrial. Industrialização. INTRODUÇÃO Este artigo propõe analisar o processo de modernização industrial em Feira de Santana, a partir da década de 70. A importância do estudo torna-se evidente, no contexto atual, 1 Este texto é parte da Dissertação defendida no Mestrado em Arquitetura e Urbanismo - UFBA, em 1997, sob a orientação do Prof. Dr. Sylvio Carlos Bandeira de Mello e Silva. *Profa. Assistente (DCHF/UEFS). Mestre em Arquitetura e Urbanismo. E-mail: [email protected] Universidade Estadual de Feira de Santana – Dep. de Ciências Humanas e Filosofia. Tel./Fax (75) 3224-8097 - Av. Transnordestina, S/N - Novo Horizonte - Feira de Santana/BA – CEP 44036-900. E-mail: [email protected] Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 140 quando analisado o desempenho do município na região e sua projeção na mesma. Feira de Santana se estruturou como centro de convergência regional, pela capacidade de concentração de uma maior quantidade de bens e serviços na região, tendo por base as atividades comerciais e industriais. A existência de um centro industrial coloca esse município na posição de comando na sua Microrregião Geográfica – esta situação apoiada inicialmente na pecuária é, atualmente, influenciada pelos setores secundário e terciário. Ao longo dos anos e, especialmente no início do século passado, percebia-se claramente a expansão de suas relações intra e inter-regionais, diante do incremento do seu dinamismo socioeconômico. O intercâmbio das atividades econômicas incentivou o crescimento local/regional e esse crescimento deveu-se, dentre outros elementos, aos incentivos da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), que visava corrigir os desequilíbrios entre o Nordeste e o Sudeste-Sul, especialmente na década de 70. A pretensão era a transformação, no que se refere à aceleração do intercâmbio inter-regional, através da descentralização do setor produtivo, principalmente o industrial, implicando em desenvolvimento da produção interna e integração da economia nacional. Em 1970, é implantado o Centro Industrial do Subaé (CIS) em Feira de Santana cujos principais atrativos para sua implantação foram os incentivos fiscais do programa Fundo de Investimentos do Nordeste (FINOR), a isenção de impostos e o excedente de mão-de-obra, estruturando um espaço de concentração industrial. O processo de industrialização, tanto na Bahia, quanto em Feira de Santana naquele momento, reflete a política nacional que tem por base o ideário cepalino: tirar a América Latina do atraso econômico através da industrialização. Esta também é a justificativa para a implantação dos centros industriais baianos, que têm como consequência a interiorização da atividade industrial, concretizando as demandas dos municípios e das elites locais. Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 141 Além da discussão sobre a modernização industrial - entendida aqui como o processo decorrente de implantação das indústrias modernas - e a implantação centros e distritos industriais, tomam-se também como base para o desenvolvimento da discussão a Teoria de Localização Industrial e a Teoria dos Pólos de Crescimento. O artigo está organizado da seguinte forma: inicialmente, discute-se o processo de modernização industrial implantado pelo Estado, para, em seguida, elaborar uma caracterização da área de estudo e especificar modernização na mesma. Posteriormente, busca-se esclarecer os aspectos da industrialização baiana, a partir de explicações acerca de como o processo é consolidado em Feira de Santana e, finalmente, expõem-se as considerações finais. A MODERNIZAÇÃO INDUSTRIAL E O CONTEXTO NACIONAL Do século XVI até início do século XIX, o Brasil situa-se na posição de colônia e absorve um colonialismo e mercantilismo que orientavam a economia para o comércio exterior, ou seja, para a exportação da produção que fosse mais rentável em determinados momentos históricos. Sendo assim, apresenta um sistema econômico de base agrário-exportadora, centrada na monocultura. No momento em que a Europa promovia a sua Revolução Industrial (Séculos XVIII e XIX), o Brasil mantinha na estrutura econômica do Império as heranças coloniais, quando a produção das áreas de economia primário-exportadora dava como retorno apenas as condições necessárias para continuidade do processo de importação das manufaturas que necessitavam. Além desses fatores, que funcionavam como desfavoráveis ao desenvolvimento de industrialização, o Brasil não contava por esta época com energia abundante, fator fundamental da moderna maquino-fatura, além de possuir um fraco mercado consumidor e mão-de-obra com baixo nível de qualificação. A Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 142 hegemonia política nas mãos dos grandes proprietários rurais, com interesses contrários ao processo aqui discutido, também se constitui um elemento de entrave. No final do século XIX, porém, vários elementos funcionaram como propiciadores para um incremento industrial a exemplo da abolição e imigração, que criaram um mercado consumidor com capacidade de absorver uma limitada produção industrial. O fraco desenvolvimento industrial brasileiro resulta, portanto, da própria estrutura econômica do país, tanto na colônia quanto no império, porque além da falta de um mercado interno significativo, da falta de braços livres e energia abundante, superpunha-se a ausência de um protecionismo que oferecesse condições para a indústria brasileira concorrer com a estrangeira, pois a economia baseava-se na produção agrícola para o mercado externo, sendo, consequentemente, dependente deste. A indústria nesse período é, ainda, arcaica, incipiente, sem capacidade para atender a demanda interna e diminuir as importações. A sociedade, dirigida política e economicamente pelas oligarquias rurais, não tem impulsionado, nem sustentado a industrialização que surgira esporadicamente no país, como reflexo da expansão econômica. Luz (1975) afirma que o desenvolvimento dos meios de comunicação e os progressos técnicos da indústria européia ameaçam, já na segunda metade do século XIX, o arcaísmo industrial brasileiro em um período de crise econômica. Fatores históricos como I Guerra Mundial, a crise econômica de 1929 e a revolução de 30 fornecem elementos para a ruptura com o passado colonial e a arrancada para o processo de industrialização (BRUM, 1983). Neste período, ocorre a ascensão da burguesia ao poder, passando-se para uma nova fase da economia do país, quando se torna vitoriosa a ideologia do nacional-desenvolvimentismo, cuja proposta era o desenvolvimento autônomo sob base industrial. Este momento é marcado pelas ações do governo Vargas, que permite uma redefinição da acumulação - agora em bases industriais - sem, portanto, romper com as formas arcaicas de produção (o latifúndio), que reiteram o novo patamar do processo. Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 143 A II Guerra Mundial e as dificuldades impostas pelas relações socioespaciais internacionais favorecem o processo de substituição de importações; além disso, a intensificação do comércio interno e as melhorias nas comunicações são fundamentais para a mudança na dinâmica territorial nesse período. A ampliação da infraestrutura decorre do crescimento industrial, a exemplo da energia, do transporte etc., demonstrando, dessa forma, as transformações ocorridas no espaço. Mas a concentração dessa atividade no Sudeste do país resulta também da concentração populacional, da renda, e da riqueza (BRUM, 1983). A segunda metade da década de 50 - governo de Juscelino Kubitscheck (1956-1961) - é marcada pelo modelo econômico caracterizado pela desnacionalização da economia e abertura à penetração do capital estrangeiro que vai dirigir o processo de industrialização no país. O modelo desenvolvimentista propõe modernização, mas esta vem associada à dependência econômica do capital monopolista em expansão, sob a ótica do liberalismo econômico, tendo por base os excedentes de capital norte americano e europeu. As multinacionais implantadas no Brasil vêm garantir um mercado que lhes pertencia anteriormente: a transferência é só espacial. O programa de Metas do Governo Kubitscheck tem por objetivo modernizar o país, retirando-o do atraso histórico em que se encontra, isto é, avançar “cinqüenta anos em cinco” (BRUM, 1983; BECKER; EGLER, 1994). O Brasil apresenta nesta fase rápido crescimento econômico, sendo a indústria o carro-chefe da economia, mas o limitado mercado consumidor, as altas taxas de inflação e desemprego, esgotam as possibilidades de expansão industrial e o país mais uma vez está mergulhado em erros anteriormente cometidos: fragilidade econômica decorrente do fato de um só setor funcionar como impulsionador: a crise é inevitável. A industrialização desenvolvida mediante a substituição de importação apresentou problemas devido à incapacidade de atender as demandas internas, a necessidade de tecnologia importada, e a baixa concentração espacial das indústrias. Nesse contexto, a crise econômica atinge o ápice em 1962 e Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 144 perdura até 1967 (MAMIGONIAN, 1995; BECKER; EGLER, 1994; BRUM, 1983). A partir de 1964, o Brasil tem um governo que inicialmente não apresenta um projeto claro para a modernização industrial, como fizeram os governos anteriores; o que se busca no primeiro momento é “assegurar a consolidação da nova ordem” (BRUM, 1983, p.94). A penetração das multinacionais é crescente passando a atuar nos setores mais dinâmicos da economia, privilegiando-se o de bens de capital (máquinas e equipamentos), ao mesmo tempo em que estimula a agricultura de exportação em detrimento da produção para a subsistência. É evidente a crise econômica, política e social que assola o país desde 1962 e perdura até 1967. O modelo econômico adotado pelos governos pós-64 tem como meta a expansão capitalista e vai promover o chamado “milagre econômico” ou “milagre brasileiro”. Milagre econômico é um termo usado para designar o rápido crescimento da economia do Brasil no período entre 1968 e 1972 (HABERT, 1994). Segundo Becker e Egler (1994), a modernização acelerada nesse período combina dois fatores que, como consequência, provocaram a apropriação do território. A utilização e apropriação de tecnologia moderna se constituem elemento básico para a consolidação do Estado-Nacional, isto é, acelera-se o processo de industrialização como forma de garantir o crescimento econômico nacional e a unidade territorial. O tipo de modernização implantado nos anos 60, no Brasil, explica o papel do Estado, quando se utiliza do “vetor científico – tecnológico” para garantir a apropriação do território e da modernização enquanto projeto geopolítico (BECKER e EGLER, 1994, p. 125). Até esse momento, o Brasil desenvolve a industrialização através da substituição de importações e tem como suporte o capital estrangeiro e a penetração crescente das multinacionais. O “milagre”, porém, representa a superação da crise, resultado, dentre outros fatores, da dependência do capital externo, estabelecendo um período de constante acumulação e expansão capitalista com o apoio irrestrito do Estado. Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 145 O Brasil do “milagre” caracteriza-se por ser uma área econômica segura e rentável para as multinacionais, isto é, para ampliação e reprodução do capital monopolista: é a fase da expansão da indústria de ponta, automobilística, química, farmacêutica, eletroeletrônica, máquinas, equipamentos, etc. Nesse contexto, presencia-se o crescimento do mercado interno, a implementação da indústria de construção civil e de serviços de infraestrutura como, energia, transporte e comunicação. O Banco Nacional de Habitação (BNB) amplia os financiamentos no setor imobiliário, contribuindo, dessa forma, largamente para a urbanização (HABERT, 1994). O “milagre”, porém, atinge todos os setores econômicos mediante a concentração crescente de renda. Habert (1994, p.12) afirma que como consequência tem-se “uma das maiores concentrações de renda do mundo (em 1980, os mais ricos, apenas 1% da população, concentravam uma parcela de renda quase igual ao total da renda de 50% da população – os mais pobres)”. Por outro lado, em 1970, no auge do processo, 67% da população era subnutrida, e o país apresentava uma taxa de mortalidade infantil de 114%, além de ser um dos campeões mundiais em acidentes de trabalho. O produto Interno Bruto (PIB) cresce, portanto, em 1971, 11,3%; em 1972, 10,4%; e em 1973 chega a crescer 11,4%, mas tal crescimento revela as contradições do sistema capitalista, assim como as disparidades econômicas internas. A indústria de bens de consumo duráveis comanda o “milagre econômico”, com destaque a automobilística, sendo o petróleo o elemento de vital importância (BRUM, 1983; HABERT,1994). Além disso, a crise do petróleo na década de 70 tem reflexos sobre a industrialização brasileira devido às necessidades importações desta fonte de energia. Parte-se para uma nova opção, ou seja, um outro padrão industrial centrado na diversificação industrial, através do estímulo da produção de alguns bens intermediários. A estrutura econômica volta-se para a produção de bens de capital e de insumos básicos promovendo, como o apoio governamental, a sua expansão assim como a concentração de capital (BRUM, 1983). Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 146 Pode-se dizer que modernização industrial brasileira tem por base o processo de substituição de importações, apoiado no modelo tripé (capital privado nacional, capital estrangeiro e capital estatal), sendo o Estado o planejador, o coordenador econômico que, mesmo responsável por vários setores da economia e com ampla capacidade de organização, não tem condições de evitar o processo de acumulação de capital no sul do país, principalmente em São Paulo. Mas é nesse momento que o governo, com a proposta de correção das desigualdades econômicas regionais e detentor de excedentes de capital, implanta centros e distritos industriais em outras regiões: em Feira de Santana foi implantado o Centro Industrial do Subaé – CIS. O ESTADO E A MODERNIZAÇÃO INDUSTRIAL É patente o papel do Estado no processo de modernização industrial como mentor e executor de planos econômicos, principalmente após 64, imprimindo, então, uma dinâmica territorial específica ao nível regional e nacional. As forças políticas do pós-64 pretendem, nesse instante, ampliar o poder do Estado, além de viabilizar a saída da estagnação econômica que corrói a nação, desde os primeiros anos da década. Pode-se afirmar que, desde a década de 30, o Estado, sempre representando os setores hegemônicos, pretende, sob a ideologia do nacionalismo, desenvolver o país, tendo como lastro para este processo a industrialização moderna. Nessa perspectiva, cabe destacar o período JK e Eurico Gaspar Dutra por suas notórias ligações com os interesses financeiros internacionais, refletidos no modelo associado dependente (BRUM, 1983). A atuação dinâmica retirou todo entrave para a expansão dos lucros, subvencionando o capital nacional e estrangeiro: distribuiu créditos abundantes, além dos incentivos e isenções fiscais. Para estimular o crescimento da grande indústria, ampliou e modernizou a infra-estrutura, além de patrocinar grandes projetos. Nos setores de siderurgia, petróleo, petroquímico e Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 147 mineração, foi crescente o papel do Estado na ampliação do capital (BRUM, 1983; IANNI, 1991; HABERT, 1994). A participação do Estado na economia representava garantias financeiras para as indústrias, especialmente as multinacionais. Este se constituía em “avalista em termos econômicos e políticos”, era proprietário e empresário das atividades de transportes, produção e refino de petróleo, controlava a maior parcela do setor siderúrgico, energia elétrica, redefinindo o papel do Estado como pressuposto geral da acumulação capitalista (IANNI, 1991, p.186). O planejamento era considerado por parte do Estado uma “técnica neutra”, que poderia ser aplicada “em qualquer regime econômico” e em qualquer fase do processo de desenvolvimento (IANNI, 1991, p.156). Desde o início do século XX, o mesmo é visto como forma de buscar os meios e as idéias para melhorar as condições de vida, visando a resolução dos problemas inerentes a sociedade capitalista. Este, portanto, traz embutida a intenção idealista de transformar o espaço prevendo o seu bom funcionamento. A industrialização brasileira e também do Nordeste é apoiada pelo Estado, via planejamento econômico, como forma de tentar transformar o Brasil em um país de Primeiro Mundo. Este se transforma em Estado Produtor totalmente inserido no modo de produção capitalista, criando empresas a exemplo da Petrobrás (1953) e da COSIPA (1953), investindo nos setores de siderurgia, energia elétrica, mineração, ferro, etc., consolidando a sua participação no processo de modernização industrial, ao concretizar o processo de industrialização. A MODERNIZAÇÃO INDUSTRIAL NA BAHIA A Bahia, contexto desse processo no que se refere à industrialização, obteve influências diretas do processo de colonização. Ao inserir-se na estrutura agro-exportadora, teve a base econômica altamente dependente das exigências externas e produziu sempre o que era interessante ao seu mais importante mercado consumidor – Portugal – e não diretamente para as necessidades locais. Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 148 Ao longo do século XIX, quando a Europa avança para a segunda Revolução Industrial, o Estado tem modernizado o setor açucareiro e, segundo Silva; Silva e Leão (1989, p.124) as primeiras inovações tecnológicas introduzidas no ambiente das ‘plantations’ de açúcar, foram levadas a efeito pelos próprios empresários no início do século XIX. Neste particular, a Bahia é considerado um Estado pioneiro no cenário nacional. De acordo com os autores, a indústria têxtil foi um dos ramos mais importantes na segunda metade do século XIX, quando se situa aqui o maior centro do país neste ramo, que absorvia grande quantidade de mão-de-obra liberada pelos engenhos coloniais e pela lavoura de fumo. Essa estrutura industrial, portanto, não opera as transformações necessárias, e nas décadas entre 40 e 50 do século XIX não é dotada de capacidade para concorrer com o Centro-Sul do país, cujo setor industrial era dinamizado pelo capital cafeeiro. A proposta nacional-desenvolvimentista com base na CEPAL, a criação da SUDENE, o apoio governamental, assim como a posição geográfica da Bahia, no Nordeste e em relação ao Centro-Sul, além de possuir um novo porto importante – o de Aratu – favorece a implantação de centros industriais. O Centro Industrial de Aratu (CIS) e o Pólo Petroquímico de Camaçari (COPEC) resultam da política de desenvolvimento para o Nordeste que, na década de 60, estrutura a modernização industrial sob o apoio da SUDENE, na tentativa de uma maior integração do Estado ao conjunto da economia nacional. A recente industrialização proporcionou mudanças estruturais na economia baiana, passando o eixo dinâmico, antes centrado na agricultura, para o setor secundário, dotando o Estado da capacidade de produzir bens intermediários, com o mercado Sudeste do país na condição de principal. Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 149 FEIRA DE SANTANA NO CONTEXTO REGIONAL E A MODERNIZAÇÃO INDUSTRIAL Feira de Santana tem origem relativamente recente, se comparada à história da Bahia, pois foi emancipa politicamente em 1873. O município localiza-se a leste do Estado, entre a zona da mata e o sertão, numa área de transição denominada agreste baiano. Quase sua totalidade (96% da área) está inserida no polígono das secas, excluindo-se somente o distrito de Humildes. O município tem uma população maior do que a de sete capitais brasileiras, contando, em 1991, com 405.848 habitantes, e em 1996, 450.487 habitantes, e as estimativas para 2006 indicava 535.284 habitantes (Tabela 1). Tabela 1 – População de Feira de Santana e de algumas capitais brasileira – 1991 , 1996 e 2000 MUNICÍPIO Feira de Santana Aracaju* Cuiabá * Porto Velho Vitória Florianópolis Rio Banco Macapá Boa Vista Palmas POPULAÇÃO 1991 POPULAÇÃO 1996 405 848 402 341 402 813 286 400 258 777 255 390 197 376 179 777 144 249 24 334 450 487 428 194 433 355 294 334 265 874 271 281 228 990 220 962 165 518 86 116 POPULAÇÃO 2000 480.949 498 619 483.346 380 988 317 085 342.315 314 127 458 008 242 179 208 166 Fonte: IBGE – Censo Demográfico, Brasil e Bahia- 1991, 1996 e 2000. * Municípios com população maior que a de Feira de Santana em 2000. Ao longo dos anos e, especialmente, neste século, Feira de Santana faz sentir claramente a expansão de suas relações inter e intrarregionais, diante do incremento do seu dinamismo socioeconômico e com base na realidade espacial e sociocultural, diz-se que, inicialmente voltada para os limites Microrregionais, pode, atualmente, ser considerada a sua importância em nível nacional (SILVA; SILVA e LEÃO 1985). O intercâmbio das Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 150 atividades econômicas incentiva o crescimento local e este com vinculação ao restante do país. A Microrregião Geográfica de Feira de Santana faz parte da Mesorregião Centro Norte Baiano e é composta de 23 municípios, mas Feira de Santana exerce um papel fundamental no que diz respeito à centralização e concentração das atividades econômicas (FIGURA 1). Em 2005, as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontavam para quase um milhão de habitantes que residiam numa área correspondente a 12.646, 80 Km 2 . Figura 1 – Microrregião Geográfica de Feira de Santana. Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2000. É evidente a influência de Feira de Santana na sua Microrregião Geográfica e por ser um centro coletor e distribuidor de bens e serviços, o município, além de mais dinâmico economicamen- Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 151 te, é o mais populoso e sobressai diante de todos os outros no que se refere à representatividade econômica, política, cultural, etc., do Estado. Poppino (1968, p.12) afirma que “desde os tempos coloniais tornou-se conhecida como um entreposto comercial de vida própria” e “em 1950 era conhecida em todo o Nordeste do Brasil”, devido ao importante mercado de produtos agrícolas e pecuários. A facilidade dos meios de transporte e comunicação para época possibilita a comercialização do gado, dando vida econômica e dinamismo ao município. A formação territorial está vinculada à expansão da pecuária e consolida-se a partir do final do século XVIII, quando a feira de gado mais importante da Bahia era a de Capuame, localizada ao norte do Recôncavo. As pastagens dessa região, no entanto, foram substituídas pelos canaviais, e esta área perde a sua expressão, abrindo espaço para outras, como a de Nazaré e a de Feira de Santana. Sendo assim, esta última transforma-se de aldeia sem importância para principal feira de gado do Estado, já em 1828 (FREITAS, 1998). A urbanização resulta também da expansão das áreas de pastagens e redução da população rural, assim como da expansão do comércio, que apresenta o terciário superior e terciário inferior, bastante diversificado, em decorrência da ampliação tecnológica local, além da influência marcante da industrialização, especialmente a partir dos anos 70. A modernização industrial tem como marco a implantação do Centro Industrial do Subaé (CIS), em 1970, localizado no Bairro do Tomba (CIS – Tomba), e nas margens da BR 324 (CIS – Br 324). Essas áreas situam-se na parte sul-sudeste da cidade e ocupam uma posição privilegiada em decorrência do município ser considerado o maior entroncamento rodoviário de todo o Norte-Nordeste. O CIS caracteriza-se por ser voltado para a produção de bens finais e intermediários e por apresentar um setor diversificado. Teve como principais atrativos para a sua consolidação os incentivos fiscais do Fundo de Investimentos do Nordeste (FINOR), quando o governo do Estado pretendia inserir a Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 152 Bahia na relação dos Estados mais industrializados dessa região. A MODERNIZAÇÃO INDUSTRIAL EM FEIRA DE SANTANA A organização espacial de Feira de Santana está diretamente ligada à história da pecuária e ao comércio do gado na Bahia. Os primeiros povoadores eram criadores de gado, quando a fazenda Sant’ana dos Olhos D’Água era pouso obrigatório de antigos tropeiros que levavam o gado em direção a Salvador, além de comercializar, no local, uma parte do rebanho. As vantagens locacionais intermediárias entre o Recôncavo e o Sertão baiano fazem com que a cidade funcione como entreposto comercial e atravesse uma rápida expansão do comércio que, com o advento do rodoviarismo, favorece o contato com outras regiões (POPPINO, 1968; SILVA, SILVA, LEÃO, 1985). A produção de manufaturados de caráter industrial se constitui uma atividade de importância secundária, e até meados do século passado o município ainda não tem este setor fortalecido. Segundo Silva, Silva, Leão (1985, p. 311): O setor industrial, que se foi afirmando a partir da segunda metade do século XIX, foi uma atividade bem relacionada com o setor agrícola, ou seja, a produção industrial consistia basicamente na transformação das matérias agrícolas regionais para consumo regional ou para exportação. A indústria surge, assim, como decorrência da expansão do setor primário regional, cujos produtos eram comercializados por Feira de Santana. Os capitais são essencialmente da região. Estas indústrias localizavam-se de forma dispersa na malha urbana da cidade, mas em 1970 é implantado na cidade o Centro Industrial do Subaé (CIS), que teve como principais atrativos para sua implantação os incentivos fiscais do Programa FINOR, a isenção do imposto de renda e o excedente de Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 153 mão-de-obra, caracterizando potencialmente um espaço de concentração industrial. Atualmente Feira de Santana situa-se como o mais importante centro industrial do interior do Estado. A modernização industrial, tanto na Bahia quanto em Feira de Santana, reflete a política nacional que tem por base o ideário cepalino: tirar a América latina do atraso econômico através da industrialização. Esta também é a justificativa para a estruturação dos centros industriais baianos resultantes da interiorização do processo, demandado pelos municípios e as elites locais. A TEORIA DE LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL, A TEORIA DOS PÓLOS DE CRESCIMENTO E A IMPLANTAÇÃO DO CIS As Teorias de Localização das atividades Econômicas objetivam explicar os princípios que para os teóricos são considerados determinantes, pois explicam a distribuição destas atividades e estruturam padrões de organização espacial. Na visão de Silva (1976, p.1), o espaço geográfico, dentro de uma perspectiva geográfico-econômica, é o resultado das decisões locacionais dos agentes econômicos e das interações daí decorrentes e isto com base, principalmente, em fatores puramente econômicos, geográficos e sócio-políticos. A localização geográfica do CIS obedece basicamente a duas teorias: a Teoria de Localização Industrial de Alfred Weber (1909) e a Teoria dos Pólos de Crescimento de François Perroux (1955). Segundo Silva (1976, p.4), Weber procurou demonstrar, com base também em um modelo, que, supondo a existência de custos uniformes de produção sobre um espaço considerado, a localização das indústrias seria efetuada no ponto onde os custos de transportes seriam minimizados. Os custos de transporte, por Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 154 sua vez, seriam uma função de dois fatores: o peso dos materiais localizados e do produto envolvido, relacionado com a distância a ser percorrida, o que permite estabelecer um índice de custo, t/Km. O modelo Weberiano será, então, o da procura do melhor local de produção minimizando o total de t/ Km no processo de relações input-output de uma empresa industrial. Weber propõe, então, a melhor localização industrial. Já Perroux expõe uma Teoria dos Pólos de Crescimento. Para Silva (1976, p.6), Perroux propõe basicamente um modelo de crescimento econômico setorial desequilibrado e que só posteriormente foi considerado em suas repercussões espaciais. O crescimento do setor industrial, particularmente de certas indústrias inovadoras e propulsoras chamadas “indústrias motrizes”, apresentando as mais elevadas taxas de crescimento do sistema econômico. Estas indústrias exercem “efeitos de arraste” sobre outros conjuntos nos espaços econômicos geográficos. Assim, o setor dinâmico atrai novas indústrias fornecedoras e compradoras de insumos, formando um complexo industrial caracterizado por um elevado grau de concentração industrial e populacional e ainda pela elevada interdependência existente entre as indústrias. Este complexo não teria somente repercussões no setor terciário. O setor primário seria chamado a fornecer insumos e alimentos em quantidade e qualidade suficientes e o setor terciário seria incumbido da direção das relações intersetoriais, dos avanços tecnológicos e dos serviços gerais à população. O crescimento econômico ou o desenvolvimento econômico poderiam então ser iniciados. Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 155 Com base netas afirmações, pode-se dizer que, apesar de a localização do CIS estar logicamente mais centrada na Teoria dos Pólos de Crescimento de Perroux, sofre também influências da Teoria de Localização Industrial de Weber, na perspectiva da redução dos custos de transporte. Feira de Santana, porém, não tem seu crescimento econômico apenas dependente do setor industrial e nem a política de transportes colocada em prática oferece benefícios ao todo populacional, mas sim àqueles que reproduzem a acumulação do capital. Estas teorias foram amplamente difundidas no mundo subdesenvolvido, mas refletem as práticas, a realidade do mundo desenvolvido. O espaço é visto de forma linear, obedecendo a uma lógica cartesiana, mas não podemos explicar o econômico linearmente: o capital não é homogêneo e resulta em contradições sócio-econômicas. A localização do CIS também rompe com a história anterior da industrialização feirense à medida que não a considera, uma vez que ela é posta de lado, pois a dispersão das indústrias na malha urbana é constatada como um elemento de entrave para o desenvolvimento. Não podemos negar, porém, as contribuições dos teóricos da localização das atividades industriais, nem a importância destes para a compreensão da melhor localização das atividades econômicas. É preciso, contudo, afirmar que a modernização industrial em Feira de Santana não seguiu à risca as proposições teóricas, já que desde o início não foi projetado um setor industrial que pudesse ser considerado como uma indústria motriz, na linguagem de Perroux, que induzisse ao crescimento integrado espacialmente, na perspectiva de Weber. A IMPLANTAÇÃO DO CENTRO INDUSTRIAL DO SUBAÉ (CIS) E A MODERNIZAÇÃO INDUSTRIAL Em 1970, é implantado o Centro Industrial do Subaé; criado através da Lei Municipal n. 690 em 14 de dezembro de 1970. Localizado no bairro do Tomba, estende-se até a BR-324 e ocupa uma posição privilegiada devido ao fato de Feira de Santana ser considerada uma ponte entre o Norte-Nordeste do país. Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 156 Sobre esse centro industrial, a princípio de iniciativa local, é importante destacar que atualmente é uma Autarquia do Governo Estadual. Em 1996, contava com 39 empresas na área do Tomba, 28 na área da BR-324 e no Pólo São Gonçalo em funcionamento, e atualmente possui um total de 120 indústrias de pequeno e médio porte. Caracteriza-se por ser voltado para a fabricação de bens finais e intermediários e por apresentar um setor diversificado, sendo estes os ramos mais representativos: metalurgia, alimentício, bebidas, madeira, minerais não metálicos, químico, borracha etc. Sua vocação setorial pode ser considerada indefinida ao passo que se observa que, em cada um destes ramos, há pelo menos uma empresa em atividade. Tais empresas, no que se refere ao número de empregos gerados e ao volume de produção, classificam-se como de médio e pequeno porte. O CIS teve como principais atrativos para sua implantação os incentivos fiscais do Programa FINOR, a isenção de impostos de renda e o excedente de mão-de-obra. O Governo do Estado, diante da recessão econômica da década de 60, pretendia inserir a Bahia na relação dos Estados industrializados do país, orientando-se pela política de desconcentração industrial adotada pelo governo federal. Sendo assim, a modernização industrial com base no Programa de Ação Governamental para a Bahia (1983-87) será responsável pelo crescimento econômico de Feira de Santana. A proposta básica é o desenvolvimento industrial, incorporando o interior no processo ao nível nacional. Deve ser lembrado que o conceito de desenvolvimento é entendido sob a ótica dos países que fizeram a Revolução Industrial, o que não ocorre no Brasil, pelo contrário, apóia-se num projeto com a intervenção do Estado que, necessitando da ampliação de capital volta-se para os interesses industriais externos, tendo como base as multinacionais. De acordo com o Plano Diretor do CIS (PD do CIS-85), várias são as vantagens locacionais para a implantação do mesmo em Feira de Santana, as quais podem ser destacadas as características de entroncamento rodoviário; a preexistência de pequenos estabelecimentos industriais; o apoio da SUDENE; Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 157 a criação do Centro de Desenvolvimento Industrial (CEDIN) e o apoio governamental. A localização do CIS tem como fator prioritário o fato de Feira de Santana estar numa posição que se torna passagem rodoviária obrigatória entre o Norte-Nordeste e o Centro-Sul do país, quando já antes da década de 70, passavam por ela importantes eixos rodoviários de articulação inter-regional e nacional, a exemplo da BR-324, BR-101, BR-116. A duplicação da BR-324, que liga Feira de Santana a Salvador, facilita o acesso às outras BR e coloca o CIS em uma posição privilegiada devido à proximidade com os portos de Aratu e Salvador, Aeroporto Internacional Luis Eduardo Magalhães, assim como do CIA e COPEC. CONSIDERAÇÕES FINAIS A análise sobre a modernização industrial de Feira de Santana permite afirmar que o fato industrial não pode ser negligenciado, pois desde o advento da Revolução Industrial observa-se a capacidade que a indústria tem de provocar transformações no espaço. Em Feira de Santana, a industrialização foi importante fator de crescimento desde o final do século passado, contribuindo, evidentemente para o processo de modernização industrial nacional/local. O processo de industrialização de Feira de Santana tem suas características marcadas pelas condições histórico-estruturais, isto é, o comércio é tradicionalmente a principal atividade econômica e as atividades industriais existentes desde o século XIX não conseguem se sobrepor às atividades comerciais. A implantação do CIS, entretanto, mediante incentivos governamentais, tem como proposta básica o desenvolvimento industrial, e este está atrelado ao processo de modernização, que é realizada em nível nacional, resultante e resultado de uma política de descentralização industrial. As vantagens locacionais da cidade formaram o primeiro fenômeno a ser considerado para a localização do CIS, que, obedecendo às Teorias de Localização, contribuem para a estruturação de um centro industrial de médio porte. Este, por Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 158 sua vez, colabora fundamentalmente para projetá-la em nível regional e nacional. O papel do Estado como impulsionador da industrialização local, portanto, não pode ser esquecido, pois através dos incentivos governamentais e do apoio da SUDENE implantouse o CIS. Além disso, é com o auxílio do Estado que toda infraestrutura básica para o funcionamento desse centro foi garantida. Pode-se concluir que a modernização industrial de Feira de Santana está diretamente vinculada ao processo ocorrido nacionalmente quando, através da implantação de um centro industrial de médio porte, contribuiu para consolidar a política nacional, situando o município entre os municípios mais importantes de todo Norte-Nordeste do país. INDUSTRIAL MODERNIZATION IN FEIRA DE SANTANA: AN ANALYSIS ON THE DEVELOPMENT OF SUBAÉ INDUSTRIAL CENTER -SIC ABSTRACT — The article deals with the process of industrial modernization in Feira de Santana from the 1970s, the period of deployment of the Subaé Industrial Center (SIC). The importance of the study becomes evident in the current context when analyzing the performance of the municipality in the region and its projection in it, and its national role. The methodology is based on the literature survey as well as statistical data that make it possible to critically analyze the problem raised by the research. We conclude that the process of industrial modernization and industrialization in Feira de Santana are tied to the national project of industrialization, developed by the state in the context of the seventies. KEY WORDS: Feira de Santana. Industrial modernization. Industrialization. Sitientibus, Feira de Santana, n. 41, p.139-160, jul./dez. 2009 159 REFERÊNCIAS BECKER, Bertha K.; EGLER, Claudio A. Brasil uma nova potência regional na economia-mundo. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994. BRUM, A. Desenvolvimento econômico brasileiro. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1983. CASTRO, I. E. de. 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