Boletim SBI: agosto 2016 - Sociedade Brasileira de Infectologia

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BOLETIM SBI
AGOSTO / 2016
PALAVRA DO
PRESIDENTE
POR SERGIO CIMERMAN,
PRESIDENTE DA
SOCIEDADE BRASILEIRA
DE INFECTOLOGIA
J
ulho foi um mês vitorioso para a SBI. Nosso
“Julho Amarelo” pela prevenção, diagnóstico e tratamento contra as Hepatites Virais
foi um sucesso. Dez cidades brasileiras aderiram
à campanha e realizaram ações locais, com destaque para as testagens.
Somente em Belém, por exemplo, três mil pessoas participaram da ação do “Julho Amarelo”; em
Brasília, 1.300 pessoas fizeram os testes de Hepatite B e C. Mas nada disso teria sido possível
se não fosse o esforço das nossas federadas, que
não mediram dedicação para se aliar a outras entidades, a universidades e ONGs para tornar as
ações possíveis.
As Hepatites estão vitimando nossa população
de forma silenciosa. Nós, infectologistas, tocados
pelo drama de quem tem o diagnóstico tardio,
não podemos nos omitir. Nosso papel é alertar,
orientar, diagnosticar e tratar.
Impossível não ficar feliz ao perceber o engajamento
das equipes, o comprometimento, a seriedade com
que esta campanha foi idealizada e colocada em prática. É uma honra saber que nossa SBI está em boas
mãos com infectologistas tão envolvidos em levar
prevenção e conhecimento adequado aos brasileiros.
Neste mês, tivemos o nosso Congresso Paulista
de Infectologia (veja a reportagem completa no
boletim de setembro). Hora de agregar, compartilhar e seguirmos inspirando nossa paixão pela
infectologia.
Estamos trabalhando por você. Obrigado por nos
apoiar!
SBI REALIZA AÇÕES DO ‘JULHO AMARELO’
EM VÁRIAS CIDADES DO PAÍS
N
o mês do combate às Hepatites Virais, o “Julho
Amarelo”, a Sociedade Brasileira de Infectologia
(SBI), ofereceu à população ações com testes rápidos para as Hepatites B e C, além de orientações e
atividades em diversas cidades brasileiras como Vitória
(ES), São Paulo (SP), Brasília (DF), Goiânia (GO), Uberaba (MG), Belém (PA), Fortaleza (CE), Manaus (AM),
Recife (PE), Santos (SP) e outras localidades, por meio
de parcerias com órgãos de saúde, secretarias, hospitais e universidades.
Segundo a coordenadora do comitê científico de Hepatites Virais da SBI, Maria Cássia Mendes Correa –
que fez a condução nacional das atividades do “Julho
Amarelo” em parceria com o diretor de Comunicação
da SBI, José David Urbaez – o empenho da SBI na ação
foi voltado a fazer com que as pessoas conhecessem o
risco real, que se preocupassem e buscassem o teste
para as hepatites virais. “Se for negativo, que reforcem
a prevenção. Mas se o resultado for positivo, queremos
que busquem o tratamento médico, pois temos 90%
de cura com os medicamentos oferecidos pela saúde
pública”, afirma Mendes Correa.
O Brasil, de acordo com estimativa do Ministério da
Saúde, pode ter pelo menos 1,7 milhão de pessoas infectadas pelo vírus da Hepatite C e 756 mil com Hepatite B, sem diagnóstico.
Na avaliação de Correa, o sucesso da ação da SBI está
na parceria com as federadas nos Estados, secretarias
estaduais de saúde, a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), universidades e ONGs que lutam pela
causa das Hepatites Virais. “Agregamos a nossa marca
a um evento que é mundial e de suma importância na
saúde pública. As parcerias foram fundamentais para
o sucesso das nossas ações”, relata a coordenadora do
“AGREGAMOS A NOSSA
MARCA A UM EVENTO QUE
É MUNDIAL E DE SUMA
IMPORTÂNCIA NA SAÚDE
PÚBLICA. AS PARCERIAS
FORAM FUNDAMENTAIS
PARA O SUCESSO DAS
NOSSAS AÇÕES.”
(MARIA CÁSSIA MENDES CORREA, COORDENADORA
DO COMITÊ DE HEPATITES VIRAIS DA SBI)
Comitê. “Para 2017, o objetivo é iniciarmos o quanto antes o planejamento para as atividades do ‘Julho
Amarelo’.”
HEPATITE É ASSUNTO DE
INFECTOLOGISTA
Para Urbaez, o envolvimento da SBI no “Julho Amarelo”
em diversos estados coloca o tema das Hepatites Virais
na ordem do dia dos infectologistas que se envolveram
nas atividades em todo o país. “O infectologista deve
ter a visão de que o problema das Hepatites Virais lhe
pertence e que podemos desenvolver um trabalho de
saúde pública relacionado às Hepatites Virais e HIV”,
disse. “Quem trabalha com as Hepatites Virais são os
infectologistas. Nós os envolvemos nas ações realizadas
no país e incentivamos a todos os colegas infectologistas a se inteirarem sobre o manejo da doença”, acrescentou Urbaez.
Em Brasília, segundo ele, foram realizadas atividades
em cinco dias em datas diferentes nos quais foram feitos mais de 1.300 testes para hepatites B e C. “Foi um
trabalho intenso, mas valeu o empenho. O Ministério
da Saúde reconheceu o protagonismo da SBI frente
às Hepatites Virais e alcançamos milhares de pessoas
com o alerta sobre a doença, cumprimos o nosso objetivo”, afirma Urbaez.
ACIMA DA EXPECTATIVA
A infectologista Maria Socorro Correa também relata o
sucesso, em Belém, da ação por meio de uma parceria da SBI com a Sociedade Brasileira de Hepatologia
(SBH) e a TV Liberal (afiliada da Rede Globo local). A
atividade do “Julho Amarelo” em território paraense
foi realizada no domingo 31 de julho e reuniu cerca de
três mil pessoas no Portal da Amazônia. “Foi acima das
expectativas a participação da população que vestiu a
camisa da prevenção às Hepatites Virais e fez os teste.
Atingimos justamente a faixa etária acima de 40 anos
que era o nosso objetivo.” Segundo ela, a demanda foi
tão grande que alguns testes tiveram que ser agendados para depois do evento.
A ação ofereceu ainda música, dança e caminhada em
um belo domingo de sol. “Nossa parceria foi muito boa
e já vamos iniciar o planejamento para o ‘Julho Amarelo’ de 2017.”
Parabéns a todos os infectologistas e parceiros pelo sucesso das ações! Veja as principais atividades desenvolvidas no país:
Em VITÓRIA, as ações do julho amarelo foram realizadas nos dias 14 e 28 de julho. Parceria SBI,
Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo,
ONG Pró-Vida (ES).
Em SÃO PAULO, o “Fique Sabendo Hepatites” aconteceu no dia 25 de julho. Parceria da SBI e do Programa
Estadual de Hepatites Virais e Programa Estadual de
DST-HIV/Aids (CRT) da Secretaria de Estado da Saúde
de São Paulo.
Em GOIÂNIA, as ações ocorreram nos dias 14 e 28 de
julho. Parceria da SBI com a Secretaria de Saúde do
Estado de Goiás.
Em BRASÍLIA (DF), a ação foi realizada nos dias 15,
27, 28, 29 e 30 de julho e por meio de uma parceria
entre a SBI, SI-DF, Secretaria de Saúde do DF e a ONG
Candangos da Esperança.
Em UBERABA (MG), a ação foi realizada no dia 14 de
julho. Parceria da SBI e da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).
Em RECIFE (PE), a ação ocorreu nos dias 28 e 29 de
julho. A parceria lá, ocorreu entre a SBI e o Hospital
das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE).
Em RIO BRANCO (AC), a ação aconteceu no dia 28 de
julho. Houve parceria da SBI e da Secretaria Estadual
de Saúde (Acre).
Em MANAUS (AM), a ação ocorreu de 11 a 27 de julho.
A parceria da SBI foi com a Coordenação Estadual de
DST, Aids e Hepatites Virais (Governo do Amazonas),
Fundação de Medicina Tropical do Heitor Vieira Dourado, Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ) e Fundação Alfredo da Matta.
Em FORTALEZA (CE), nos dias 15, 23 e 28 de julho.
O trabalho foi o resultado de uma parceria da SBI com
a SIC, SBH, Secretaria de Estado da Saúde do Ceará,
Hospital São José, Hospital Universitário Walter Candido e Hospital Geral de Fortaleza.
Em SANTOS (SP) a ação ocorreu nos dias 14, 15 e 29
de julho. Houve apoio da SBI à Coordenadoria de Controle de Doenças Infectocontagiosas da Secretaria Municipal de Saúde de Santos e à ONG Grupo Esperança.
Em Belém (PA), a ação, no dia 31 de julho, foi uma
parceria entre a SBI, SBH e TV Liberal.
ESPECIALISTA
APONTA POSSÍVEL
MIGRAÇÃO DO
VÍRUS ZIKA NO
PAÍS
É
preciso manter o alerta com relação ao Vírus
Zika no país. A recomendação é válida para todas as pessoas, e pede atenção especial para
casais em idade reprodutiva que planejam ter filhos.
Segundo o Coordenador do Comitê de Arboviroses
da SBI, Antonio Bandeira, apesar de o número de
casos ter diminuído nos grandes centros em relação
ao ano de 2015, a doença tem se interiorizado.
“Ainda é momento de se manter alerta com relação
à epidemia de Zika no Brasil, pois observamos que
a epidemia tem mudado de endereço. É o caso do
interior da Bahia e de outros estados do Nordeste,
por exemplo, onde temos registros de surtos de Zika
em muitos municípios,” afirma.
Para o especialista, não há como determinar com precisão para onde os casos de Zika podem migrar. Portanto, é preciso reforçar a proteção de todos com o uso
regular de repelentes recomendados no Brasil.
Os repelentes sugeridos no país são aqueles à base
de Icaridina acima de 20%, à base de DEET (também acima de 20%) e o IR3535, este especialmente
para as crianças. Devem ser observadas as orientações do fabricante com relação à reaplicação dos
repelentes ao longo do dia. Além do combate permanente para eliminar os focos do Aedes Aegypti no
meio ambiente.
CASAL PROTEGIDO
Por causa do risco da ocorrência de microcefalia em
bebês, a proteção deve ser reforçada para o casal.
Tanto as mulheres grávidas, quanto seus maridos
devem manter constante vigilância com relação aos
cuidados para evitar o Vírus Zika e, portanto, suas
complicações.
“AINDA É MOMENTO DE SE MANTER ALERTA
COM RELAÇÃO À EPIDEMIA DE ZIKA NO
BRASIL, POIS OBSERVAMOS QUE A EPIDEMIA
TEM MUDADO DE ENDEREÇO. É O CASO DO
INTERIOR DA BAHIA E DE OUTROS ESTADOS
DO NORDESTE, POR EXEMPLO, ONDE TEMOS
REGISTROS DE SURTOS DE ZIKA EM MUITOS
MUNICÍPIOS.”
(ANTONIO CARLOS BANDEIRA,
COORDENADOR DO COMITÊ CIENTÍFICO DE
ARBOVIROSES DA SBI)
Bandeira alerta que, durante a gravidez, o parceiro
também deve fazer uso regular de repelentes, pois
há riscos de contaminação do Vírus Zika por via
sexual. Ele sugere que os médicos orientem seus
pacientes, lembrando que o momento de engravidar
é uma decisão pessoal da mulher ou do casal, mas
que a recomendação é de que se analise como anda
a proliferação da doença na região onde o casal vive
e se há registros de surto de Zika ou não.
VACINA
Bandeira afirma que é importante o trabalho intenso
pelo desenvolvimento de vacinas contra o Vírus Zika, a
exemplo do que está sendo feito nos Estados Unidos. O
país anunciou que deve começar a testar uma vacina,
em breve, em humanos. “Estamos acompanhando os
resultados das pesquisas sobre o desenvolvimento de
vacinas em várias partes do mundo”, afirmou Bandeira. Ele deve ir a Miami em setembro para uma reunião
sobre a vacina norte-americana.
SBI E OUTRAS
ENTIDADES MÉDICAS
SE UNEM E CRIAM
SITE ‘GRAVIDEZ EM
TEMPOS DE ZIKA’ “O ACESSO À
A
decisão de engravidar é um momento importante para as mulheres e seus parceiros. É um
momento em que estar informado é fundamental, ainda mais no momento em que o Brasil passa pelo
problema do Vírus Zika que pode causar síndrome
congênita nos bebês. Foi pensando nisto que médicos
especialistas de diversas entidades médicas decidiram
criar o site “Gravidez em tempo de zika” que traz textos de fácil compreensão para esclarecer as dúvidas de
mulheres que desejam engravidar neste momento.
É como se fosse um bate-papo entre médico e paciente com o objetivo de levar informação de qualidade sobre o Vírus Zika com bases científicas e em linguagem
acessível à população. Na página há textos, dicas, vídeos, artigos e depoimentos de casais que optaram por ter
um filho neste momento. Visite o portal: www.gravidezemtemposdezika.com.br
“Buscamos difundir o conhecimento existente até o
momento sobre o Zika e esclarecer boatos infundados
que geram ainda mais estresse e ansiedade”, afirma a
infectologista Melissa Falcão, membro do Comitê Científico de Arboviroses da SBI e representante da entidade no portal.
Na avaliação de Falcão, a associação da infecção pelo
vírus Zika com complicações fetais entre gestantes
infectadas trouxe uma série de questionamentos
para as mulheres em idade fértil, o que aumentou a
busca por informações na internet, que infelizmente
também trazem dados que não são verdadeiros, os
chamados boatos. “São várias perguntas que brotam a cada nova reportagem que passa no jornal ou
a cada notícia lida”, afirma.
“Cabe ao profissional de saúde fornecer as informações necessárias para o planejamento da gravidez após
possível exposição ao Zika, para os períodos de espe-
INFORMAÇÃO AJUDA A
REDUZIR A SENSAÇÃO
DE INSEGURANÇA E
INCERTEZAS PRESENTES
DURANTE TODA A
GRAVIDEZ EM TEMPOS
DE ZIKA”.
(MELISSA FALCÃO, INFECTOLOGISTA MEMBRO DO
COMITÊ CIENTÍFICO DE ARBOVIROSES DA SBI E
REPRESENTANTE DA ENTIDADE NO PORTAL)
ra para a concepção, para o risco potencial de contrair
Zika durante a gravidez, sobre as vias de transmissão
e também sobre as maneiras efetivas de prevenção”,
explica Falcão, que enfatiza que a decisão sobre o planejamento de engravidar é pessoal e sempre deve ser
tomada pelo casal.
“SEIS SUGESTÕES
ÀS PACIENTES QUE
QUEREM ENGRAVIDAR”
De acordo com Falcão, o texto “Seis sugestões às
pacientes que querem engravidar” tem o objetivo
de responder aos questionamentos frequentes com
uma linguagem fácil de ser entendida. Enfatiza o
Aedes como transmissor de Zika, Dengue e Chikungunya, a possibilidade de infecção assintomática na
maioria dos casos, maneiras de transmissão (com
ênfase na sexual) e o fato da infecção na gestação
não estar necessariamente ligada à má-formação,
sendo maior o risco no período inicial da gravidez.
“O acesso à informação ajuda a reduzir a sensação
de insegurança e incertezas presentes durante toda
a gravidez em tempos de Zika.”
PERGUNTAS
NO CONSULTÓRIO
Segundo a ginecologista e especialista em reprodução
assistida, Hitomi Miura Nakagawa, idealizadora do site
“Gravidez em tempos de zika”, a ideia surgiu diante das
BRASIL É CONSIDERADO
ÁREA LIVRE DE SARAMPO,
MAS NÃO DEVE ‘BAIXAR
A GUARDA’ COM A
VACINAÇÃO
“É MUITO IMPORTANTE MANTER A CARTEIRA DE
VACINAÇÃO DOS BRASILEIROS EM DIA, INDEPENDENTE
DA IDADE. O OBJETIVO DA POLÍTICA DE VACINAÇÃO
É ERRADICAR AS DOENÇAS QUE PODEM SER
PREVENIDAS POR MEIO DA IMUNIZAÇÃO, COMO
OCORREU COM O SARAMPO E OUTRAS DOENÇAS
ERRADICADAS COMO A POLIOMIELITE E VARÍOLA.”
(J. SAMUEL KIERSZENBAUM,
COORDENADOR DO COMITÊ DE INFECTOLOGIA
PEDIÁTRICA E VICE-PRESIDENTE DA SBI)
O
sarampo está eliminado no Brasil, segundo
o Comitê Internacional de Avaliação e Documentação da Eliminação do Sarampo. O
país não registra nenhum caso há um ano (desde
julho de 2015), o que fez com que fosse declarada
a interrupção da circulação da doença em território
nacional.
Na avaliação do coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica e vice-presidente da Sociedade
Brasileira de Infectologia J.Samuel Kierszenbaum,
as campanhas de vacinação contra o sarampo no
inúmeras dúvidas das pacientes no consultório diante
do noticiário que relata a associação entre o vírus Zika
e a microcefalia.
O site foi criado para atingir o maior número de pessoas com informações corretas e confiáveis sobre o Vírus
Zika e a gravidez, sejam pacientes ou colegas médicos.
“Criamos o site para realizar o projeto com foco não somente em eventos científicos para os profissionais, mas
também ensinando a população a se proteger e preservar os seus desejos reprodutivos”, explica Nakagawa.
“Gravidez em tempos de Zika” é uma parceria da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA),
Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade
Brasileira de Urologia (SBU), Sociedade Brasileira de
Reprodução Humana (SBRH) e Federação Brasileira
das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Brasil foram de fundamental importância para que não
existam mais casos da doença no território nacional.
Mesmo com o fato de o sarampo ter sido considerado
eliminado do país, Kierszenbaum afirma que os infectologistas devem avaliar a situação com cautela,
pois ainda podem ocorrer casos não autóctones. Nestes casos, é preciso fazer o bloqueio da doença pelo
sistema vacinal.
A vacina contra o sarampo deve continuar a ser aplicada no país, pois a doença não está erradicada no
resto do mundo e viajantes podem trazê-la para cá.
Um caso da doença seria exceção, mas se a população não estiver vacinada poderia ocorrer epidemia
(surtos da mesma doença em vários locais) ou endemia (repetição de casos num mesmo local).
“É muito importante manter a carteira de vacinação
dos brasileiros em dia, independente da idade. O objetivo da política de vacinação é erradicar as doenças que
podem ser prevenidas por meio da imunização, como
ocorreu com o sarampo e outras doenças erradicadas
como a poliomielite e varíola”, afirmou Kierszenbaum.
VACINA DA DENGUE
CHEGA AO PAÍS E
SBI RECOMENDA A
IMUNIZAÇÃO
“A SBI COMPARTILHA DESSA INDICAÇÃO, DEVENDO SER AVALIADA
EM CADA REGIÃO A NECESSIDADE DE INCORPORAÇÃO COMO
ESTRATÉGIA DE SAÚDE. INDEPENDENTE DE ESTRATÉGIAS PÚBLICAS,
A POSSIBILIDADE DE IMUNIZAÇÃO INDIVIDUAL DEVE SER OFERTADA,
COM INFORMAÇÕES CORRETAS PARA QUE AS PESSOAS POSSAM
OPTAR POR REALIZÁ-LA EM CLÍNICAS PRIVADAS.”
(COORDENADORA DO COMITÊ DE IMUNIZAÇÕES DA SBI,
LESSANDRA MICHELIN)
A
que foram confirmados 511 casos da doença na sua
forma grave, 5.570 casos com sinais de alarme e 318
óbitos.
A infectologista explica que estudos clínicos mostraram
que na população de 9 a 16 anos, a vacina é capaz de
proteger 66% dos indivíduos contra a dengue. Quem já
teve a doença tem uma proteção de 82% e quem nunca
adquiriu a doença tem 52% de proteção garantida. “O
impacto dependerá do número de pessoas vacinadas,
mas, sem dúvida, a vacina é uma arma importante no
controle da doença no país.”
A especialista destaca que as medidas de controle do
vetor são necessárias, mas a vacina é uma importante arma no controle dessa doença. “A OMS recomenda
essa vacina para áreas de alta endemicidade da doença,
podendo ser uma estratégia de saúde pública ou como
proteção individual. A SBI compartilha dessa indicação,
devendo ser avaliada em cada região a necessidade de
incorporação como estratégia de saúde. Independente
de estratégias públicas, a possibilidade de imunização
individual deve ser ofertada, com informações corretas
para que as pessoas possam optar por realizá-la em clínicas privadas.”
vacina contra a Dengue é a primeira vacina
aprovada no combate à doença no mundo.
Segundo a coordenadora do Comitê de Imunizações da SBI, Lessandra Michelin, o Brasil participou de seus estudos de segurança e eficácia.
A vacina, produzida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, está disponível no Brasil na rede privada e deve ser
tomada em três doses, com intervalos de 6 meses.
“A SBI recomenda a vacina devido à sua importância,
pois a Dengue é um grave problema de saúde pública”,
diz Michelin. O número de casos de dengue notificados
anualmente à OMS aumentou muito entre os anos de
1996 e 2005, chegando a 2,2 milhões em 2010 e a 3,2
milhões em 2015.
No primeiro semestre de 2016, foram registrados
1.345.286 casos prováveis de dengue no Brasil, sendo
VACINA BRASILEIRA
O Instituto Butantan desenvolve a vacina brasileira
contra a Dengue. A coordenadora do Comitê de Imunizações da SBI explica que o estudo está na fase 3
em vários centros no Brasil “Nessa última etapa, será
avaliada a eficácia comparada com placebo. Esta vacina brasileira vai proteger contra os quatro sorotipos da
dengue com uma única dose e tem a estimativa de ser
aprovada em 2018.”
COMISSÃO VAI
SUGERIR A
REESTRUTURAÇÃO
DO PROGRAMA DE
RESIDÊNCIA MÉDICA
EM INFECTOLOGIA
N
o dia 5 de julho, a comissão de Ensino e Residência Médica da SBI se reuniu em São
Paulo. O principal destaque da reunião, segundo a coordenadora da comissão, a infectologista
Tania Marcial, foi a discussão sobre a necessidade
de reestruturação do Programa de Residência Médica em Infectologia e sobre o conteúdo da disciplina
na grade curricular do curso de Medicina.
“A especialidade de infectologia evoluiu muito nos últimos anos. Temos diferenças regionais no país quanto
à prevalência de doenças infecciosas. Temos também
diferenças institucionais, com algumas entidades com
maior vocação para algumas áreas. É impossível em três
anos de residência, o médico sair do programa completamente formado em todas as áreas”, explica Marcial.
Segundo a coordenadora, a Residência é fundamental
para o treinamento prático e teórico do médico. “É o
momento crucial para ele aprender a aprender, ou seja,
devem ser fornecidas todas as ferramentas para o seu
aperfeiçoamento e a busca de conhecimento ao longo
de sua vida profissional.”
“A ESPECIALIDADE DE INFECTOLOGIA EVOLUIU
MUITO NOS ÚLTIMOS ANOS. TEMOS DIFERENÇAS
REGIONAIS NO PAÍS QUANTO À PREVALÊNCIA DE
DOENÇAS INFECCIOSAS. TEMOS TAMBÉM DIFERENÇAS
INSTITUCIONAIS, COM ALGUMAS ENTIDADES
COM MAIOR VOCAÇÃO PARA ALGUMAS ÁREAS. É
IMPOSSÍVEL EM TRÊS ANOS DE RESIDÊNCIA, O MÉDICO
SAIR DO PROGRAMA COMPLETAMENTE FORMADO EM
TODAS AS ÁREAS.”
(TANIA MARCIAL, COORDENADORA DA COMISSÃO DE
ENSINO E RESIDÊNCIA MÉDICA DA SBI)
Na reunião também foram discutidas a implantação
de novas áreas de atuação para a especialidade como
Medicina de Viagem, Infecção em Imunossuprimidos,
Imunização e a inclusão da área de atuação de Medicina Paliativa.
Um dos destaques é a carga horária a ser desenvolvida
de acordo com cada instituição e que pode ter mais ênfase em determinados conteúdos.
A comissão está elaborando um programa que será enviado à Comissão Mista de Especialidades, formada por
representantes do Conselho Federal de Medicina, da
Associação Médica Brasileira e da Comissão Nacional
de Residência Médica. De acordo com Marcial, a previsão de entrega do documento é para o dia 29 de agosto.
“No documento, colocaremos as justificativas para mudanças do programa, criação das áreas de atuação e
inclusão de áreas de atuação de medicina paliativa.
Apesar do prazo corrido esperamos colocar o programa
no site da SBI para que as instituições possam opinar
sobre as mudanças sugeridas.”
COMITÊ PLANEJA GUIA
E SUGESTÕES PARA O
PLANO NACIONAL DE
RESISTÊNCIA
“HOJE EM DIA, OS ANTIMICROBIANOS SÃO DE FÁCIL ACESSO, MAS NEM SEMPRE
QUEM PRESCREVE ESTÁ FAMILIARIZADO COM A QUESTÃO DA RESISTÊNCIA. ISSO NOS CAUSA UMA
CERTA ANGÚSTIA PORQUE O INFECTOLOGISTA SÓ É CHAMADO, MUITAS VEZES, QUANDO VÁRIOS ANTIMICROBIANOS JÁ
FORAM UTILIZADOS, DIMINUINDO A CHANCE DE RECUPERAR AS BACTÉRIAS RESPONSÁVEIS PELA INFECÇÃO
E A CHANCE DE RESPOSTA AO TRATAMENTO.”
(MÉDICA INFECTOLOGISTA ANA CRISTINA GALES,
COORDENADORA DO COMITÊ DE RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DA SBI)
P
reocupado com a onda de casos de “superbactérias” que acomete o mundo, o Comitê de Resistência Antimicrobiana da SBI pretende elaborar
um guia de definição de como caracterizar bactérias
multirresistentes em nosso meio, para que, desta maneira, todos os médicos (independente da especialidade) possam utilizar a mesma linguagem/definição.
Segundo a coordenadora do comitê, a médica infectologista Ana Cristina Gales, este será apenas o
primeiro passo de um trabalho abrangente para a
conscientização a respeito do tema que envolverá
desde profissionais da área da saúde até a população geral. De acordo com ela, o comitê também
pretende levar uma série de sugestões ao Ministério da Saúde para a criação do Plano Nacional de
Resistência. Uma delas deverá ser a de que haja
projetos de maior interação entre as sociedades
médicas sobre este assunto.
Na opinião da infectologista, em geral não há nenhum problema com o fato de que médicos de outras especialidades possam prescrever antimicrobianos, desde que haja, efetivamente, uma forte
suspeita de doença bacteriana.
Gales ressalta, no entanto, que em alguns casos
específicos, como pacientes em estado grave, com
infecção hospitalar ou com resistência aos tra-
tamentos, o ideal é que os demais especialistas
busquem o suporte de um infectologista. “É muito difícil todo mundo estar atualizado em todas
as áreas o tempo todo. Hoje em dia, os antimicrobianos são de fácil acesso, mas nem sempre
quem prescreve está familiarizado com a questão
da resistência. Isso nos causa uma certa angústia porque o infectologista só é chamado, muitas
vezes, quando vários antimicrobianos já foram
utilizados, diminuindo a chance de recuperar as
bactérias responsáveis pela infecção e a chance de
resposta ao tratamento”, afirmou Gales.
USO DE ANTIMICROBIANOS
NA MEDICINA VETERINÁRIA
Para a coordenadora, é importante entender que todas as políticas neste sentido devem ir ao encontro
da redução do uso de antimicrobianos que favoreçam a seleção de bactérias resistentes (pressão seletiva). Lembrando que a pressão seletiva é a própria
seleção natural que pode direcionar a evolução de
determinadas características para a adaptação a
este ambiente.
O Comitê pretende discutir ainda com as outras sociedades científicas, o uso de antimicrobianos junto
às criações de animais de produção. Ela lembra que
no caso da piscicultura, por exemplo, as substâncias ficam presentes nos animais que serão consumidos pelos humanos, mas também na água e até
no solo.
“A questão é complexa, envolve animais de produção e meio ambiente, por exemplo. Não adiantará
nada se apenas controlarmos o uso dos antimicrobianos pelos nossos pacientes, nossas ações têm de
ser amplas. Tentar ter o controle do uso dos antimicrobianos não é fácil, mas podemos atingir este
objetivo através do diálogo”, disse.
Ela lembra ainda que para a população em geral, é
sempre valido que o infectologista promova orientação para que não haja pressão sobre os médicos
para a prescrição desnecessária de antimicrobianos, como no caso de uma doença causada por
vírus, por exemplo. Esclarecimentos sobre a importância de se reduzir o uso de desinfetantes e
antissépticos no dia a dia e na limpeza domiciliar
também são válidos.
OS 35 ANOS DA
EPIDEMIA DE AIDS
ENTREVISTA COM
VALDEZ MADRUGA
R
ecentemente, a epidemia de aids completou 35
anos. Para o coordenador do Comitê Científico
de HIV/aids da SBI, Valdez Madruga, muitas
evoluções aconteceram de lá pra cá, embora tenhamos perdido 35 milhões de pessoas para a doença.
Atualmente, se por um lado, os tratamentos modernos garantiram a sobrevivência da grande massa de
soropositivos, por outro, a aids não deixou de preocupar e a epidemia segue crescendo. Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids
(Unaids) de cerca de 43 mil novos casos em 2010, o
Brasil passou para 44 mil em 2015. Os desafios são
muitos, especialmente porque os jovens não viram
“a cara feia” da aids, segundo Madruga. Hoje se estima que, em todo o mundo, uma a cada três novas
pessoas infectadas tenha de 15 a 24 anos.
O QUE O INFECTOLOGISTA PODE RECOMENDAR AOS
MÉDICOS DE OUTRAS ESPECIALIDADES?
• Orientar a coleta de exames microbiológicos na
tentativa de isolar a bactéria responsável pela
infecção;
• Evitar a prescrição de antimicrobianos quando não
houver uma forte suspeita de doença bacteriana;
• Documentar no prontuário a razão e o tempo pelo
qual o antimicrobiano foi prescrito;
• Prescrever tratamentos com menor duração
possível. Estudos apontam que os tratamentos
mais curtos e direcionados são efetivos do
ponto de vista clínico e podem selecionar menos
bactérias resistentes;
• Prescrever profilaxia cirúrgica com
antimicrobianos, se possível sempre, em dose
única.
Boletim SBI: Os primeiros casos de aids no
mundo completaram 35 anos em 2016. É possível
elencarmos as principais vitórias dos nossos pacientes desde então?
Valdez Madruga: Podemos destacar alguns avanços
importantes. A identificação do agente causador da
doença: o vírus da imunodeficiência humana (HIV)
em 1983 por Luc Montagnier e Robert Gallo. Depois,
em 1985, foi desenvolvido o primeiro exame de sangue para a confirmação da infecção e, em 1986, foi
desenvolvido o AZT, que foi o primeiro medicamento
para tratar a Infecção pelo HIV. Mais tarde, em 1995,
foi aprovado o uso do Saquinavir, primeiro Inibidor
da protease do HIV. Um ano depois, em 1996, acreditava-se que a inflação pelo HIV seria curável com a
combinação de três antirretrovirais, o que ficou popularmente conhecido como coquetel e na comunidade
científica como HAART (Highly active antiretroviral
therapy – Terapia Antirretroviral Altamente Ativa).
B.SBI: No que ainda precisamos evoluir quando falamos de prevenção, diagnóstico e tratamento?
V.M: Precisamos falar de HIV, sobre práticas sexuais de
maior e menor risco, estratégias de prevenção. Conscientizar as populações mais afetadas em nosso meio,
os homens que fazem sexo com homens, de que o HIV
é uma doença crônica, de tratamento continuo e que
ainda não tem cura. Ter acesso a outras estratégias de
prevenção, como, por exemplo, a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) que, na prática, é usar antirretroviral para
evitar a contaminação. O regime de escolha para PrEP
é a combinação de tenofovir com emtricitabina em um
único comprimido, cujo nome comercial é Truvada®.
B.SBI: Em relação ao preconceito, já avançamos o
suficiente ou ainda estamos muito aquém na hora
de lidar com um amigo ou familiar soropositivo?
V.M: Quanto ao preconceito, já evoluímos bastante,
mas ainda precisamos melhorar muito. Sabemos de
vários casos de pessoas que foram demitidas por causa
da infecção pelo HIV, pessoas que sofreram preconceito
no ambiente de trabalho e no lar ou na escola. Adolescentes ou adultos jovens que foram expulsos de casa
por serem gays e portadores de HIV. Sem contar os inú-
meros casos que tiveram seus relacionamentos afetivos
terminados porque o parceiro(a) descobriu a infecção
do outro. Temos também alguns casos registrados de
suicídio em pessoas que foram vítimas de preconceito.
Podemos dizer que o preconceito mata.
B.SBI: Em relação ao Brasil, especificamente, a publicação “Mito vs Realidade: sobre a resposta brasileira à epidemia de HIV e aids em 2016”, da ABIA
(Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids), fez
duras críticas ao tratamento oferecido, acusando-o
de obsoleto. Qual a sua opinião sobre essa crítica?
V.M: O Brasil tem um programa excelente que dá
acesso ao tratamento e exames necessários para
o segmento das pessoas que vivem com HIV. Mas a
incorporação de novas tecnologias e novos medicamentos demora muito a ocorrer. Até temos acesso aos
melhores medicamentos, mas somente para uso na
terceira linha de tratamento, quando as pessoas já
usaram e não tiveram resposta com outras medicações. Os Estados Unidos da América e a maioria dos
países da Europa já utilizam Inibidores de Integrase
no início do tratamento. Os Inibidores de Integrase
são medicamentos mais novos, mais seguros, com
menos efeitos colaterais de curto e longo prazo e com
eficácia igual ou superior aos medicamentos das outras classes (Inibidores da transcriptase reversa não
nucleosideos - efavirenz e aos Inibidores).
B.SBI: Existem gerações de jovens adultos (transmissão vertical) e de idosos que sobreviveram à
epidemia e hoje conseguem ter uma vida praticamente normal. Tornou-se difícil falar em prevenção nos tempos em que a doença já não é mais tão
assustadora?
V.M: Sim. A geração mais nova não viu a “cara feia” da
aids, a dos pacientes extremamente consumidos pela
doença. Então, esta geração acha que AIDS é uma
doença crônica igual a hipertensão arterial e diabetes e adere muito pouco às práticas de sexo seguro.
Precisamos enfatizar que até o momento não temos
cura para a AIDS e não conseguimos prever quando
teremos. Devemos insistir para a importância da prevenção e pela disponibilização de novas estratégias de
prevenção como a PrEP, que é muito bem-vinda.
SBI NAS MÍDIAS SOCIAIS:
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AGENDA
CONGRESSOS
SBI 2016
Tome nota dos nossos Congressos Regionais 2016.
Participem! É hora de trocarmos experiências.
10º Congresso Paulista de Infectologia
Santos (São Paulo)
24 a 27 de agosto
VI Congresso Norte-Nordeste de Infectologia
São Luís (Maranhão)
8 a 10 de setembro
1º Congresso Sulbrasileiro de Infectologia
Curitiba (Paraná)
29 de setembro a 1º de outubro
PALAVRA DO LEITOR
Em relação ao artigo “SBI posiciona-se favoravelmente
à realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro”,
publicado na página 4 da edição de julho/16 do Boletim
SBI, recebemos do infectologista José Luís da Silveira
Baldy, de Londrina (PR), a seguinte observação: “Não
há como limitar o “contágio” da infecção pelo vírus Zika
(como está escrito no Boletim); a infecção pelo vírus
Zika não é “contagiosa”, pois a transmissão não se
dá por contato direto, mas somente por intermédio da
picada de Aedes aegypti”.
Agradecemos ao colega pelo contato e esclarecemos
que, apesar da importância da transmissão vetorial
pelo Aedes aegypti do vírus Zika, com a necessidade
EVENTOS COM
APOIO DA SBI
Confira os eventos apoiados pela Sociedade
Brasileira de Infectologia! Mais informações em
nosso site: www.infectologia.org.br.
Curso on-line: Intepretação do antibiograma
na pratica clinica diária
27/07 a 14/09/2016
http://ATBgrama.evimed.net
Prevenção Combinada para a Infecção pelo
HIV: o que temos além do preservativo
03/09
Brasília (DF)
Simpósio Teórico-Prático Antibioticoterapia
das Sociedade Mineira de Infectologia
16 e 17 de setembro
Belo Horizonte (MG)
11º Encontro Nacional sobre Aids
Pediátrico/ 9º Simpósio Internacional sobre
aids Pediátrico
30/09 a 01/10/2016
São Paulo (SP)
de investimentos no controle vetorial desse vetor, há
outros modos de transmissão desse patógeno que
incluem a via sexual, a via transplacentária, além da
possibilidade de transmissão por uso de sangue e
hemoderivados contaminados.
Se você também tem comentários ou sugestões, mande
um e-mail para [email protected].
ERRAMOS
OMS é a sigla da Organização Mundial da Saúde,
diferente do publicado na edição de julho/16 do
Boletim SBI.
AGOSTO MARCOU COMBATE
ÀS HEPATITES VIRAIS
O “JULHO
AMARELO” DA SBI
ESTEVE PRESENTE
EM DEZ CIDADES
BRASILEIRAS E
FOI UM SUCESSO
GRAÇAS AO
EMPENHO DOS
INFECTOLOGISTAS
NAS FEDERADAS
DE PONTA A
PONTA NO PAÍS.
CLIQUE AQUI E VISITE O ÁLBUM COMPLETO NO FACEBOOK
EXPEDIENTE:
Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)
Rua Domingos de Morais, 1061 - Vila Mariana
CEP 04009-002
(11) 5572-8958 / (11) 5575-5647
Presidente: Sergio Cimerman
Vice-presidente: J. Samuel Kierszenbaum
1º Secretária: Maria Cassia Jacintho Mendes Correa
2º Secretário: Luciano Zubaran Goldani
1º Tesoureiro: Marcos Antonio Cyrillo
2º Tesoureiro: Kleber Giovanni Luz
Coordenador Científico: Clóvis Arns da Cunha
Coordenadora de Informática: Maria do Perpétuo Socorro
Costa Correa
Coordenador de Comunicação: José David Urbaéz Brito
Assessor da Presidência: Leonardo Weissmann
Secretária: Givalda Guanás
Produção do Boletim SBI: Axis Comunicação
Jornalista responsável: Adriana Matiuzo Mtb 4.136
Contato: [email protected]
Reportagem, redação, revisão e fotografia:
Adriana Matiuzo
Alexandra Penhalver (Mtb 29.956)
Editor de Arte e Diagramação: Gilberto Leite
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