desenvolvimento de dermocosméticos contendo extrato de

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Trabalho Submetido para Avaliação - 17/09/2012 14:27:19
DESENVOLVIMENTO DE DERMOCOSMÉTICOS CONTENDO EXTRATO DE
GOIABA COM POSTERIOR ANÁLISE DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE
BIBIANA ROCHA ALDRIGUI ([email protected]) / Farmácia/ UNIFRA, Santa Maria-RS
ORIENTADOR: MARTA PALMA ALVES ([email protected]) / Farmácia/ UNIFRA, Santa Maria-RS
SILVANA MARIA MICHELIN BERTAGNOLLI ([email protected]) / Farmácia/ UNIFRA, Santa Maria-RS
Palavras-Chave:
Goiaba; Antioxidante; Estabilidade
O Brasil é um importante produtor de frutas tropicais, e com o passar do tempo, descobriu-se que estas não
possuem somente valor nutritivo, mas também um efeito medicinal e cosmético, estando entre os maiores
agentes terapêuticos (IHA et al, 2008). A goiaba (Psidium guajava) é um exemplo de fruta altamente
perecível que possui importantes princípios ativos, por isso faz-se necessário encontrarmos formas de
aproveitamento para evitarmos a perda do produto. Rica em fibras, polifenóis totais, vitamina C e
carotenoides, a goiaba quando incorporada a produtos dermo cosméticos possui grandes vantagens. A
vitamina C neutraliza os radicais livres, estimula a síntese de colágeno, aumenta a elasticidade da pele,
previne a hiperpigmentação, aumenta o suprimento de nutrientes para a epiderme, auxiliando na
regeneração e reestruturação de camadas da pele. A atividade antioxidante dos compostos polifenólicos tem
sido testada mostrando que a goiaba pode ser um tipo natural de antioxidante (SILVA et al., 2010). E, a
união de compostos fenólicos com ácido ascórbico é capaz de diminuir os riscos de saúde relacionados ao
estresse oxidativo, responsável pelo envelhecimento cutâneo (ZARDO et al., 2009). Existem diversas
possibilidades de incorporação de extratos em produtos de aplicação tópica, principalmente por possuírem
propriedades biológicas ou fisiológicas comprovadas, contudo estes devem ser padronizados quali e
quantitativamente, exigindo diversos estudos sobre a planta (BANOV et al, 2005). Por esta razão, além de
incorporar o extrato em produtos cosméticos, é necessário avaliar a estabilidade do produto. Sendo assim,
este trabalho possui como objetivo a determinação de pH, viscosidade e espalhabilidade de emulsões
produzidas utilizando o extrato de resíduos da goiaba gerados na produção de bebidas fermentadas, além de
quantificar a atividade antioxidante (AA) e polifenóis totais presentes no extrato. Além de incorporar o extrato
de goiaba em formulação de sabonete liquido e condicionador. Para utilização dos resíduos, estes foram
secos em estufa a 40 ºC, triturados e extraídos com Álcool 70%, utilizando aquecimento e agitação contínua.
O teste de viscosidade foi realizado com auxílio de um viscosímetro rotacional Brookfield, modelo RV DV-1+,
em diferentes velocidades. Para determinação da espalhabilidade foi utilizada a metodologia de placas
paralelas, os testes foram realizados em triplicata e determinados pela seguinte fórmula: E(i)= d2x ¶/4, em
que E(i) = espalhabilidade da amostra para um determinado peso i da placa de vidro e d2=média dos
diâmetros encontrados. A atividade antioxidante do extrato hidroalcoólico foi avaliada pela Técnica do -
caroteno/ácido linoléico e método de sequestro de radicais livres (DPPH). A determinação dos polifenóis
totais foi realizada nos extratos hidroalcoólico, hidrocetônico e hidrometanólico, pelo método Folin-Ciocalte.
As amostras foram submetidas a diferentes temperaturas 25 ºC, 3 ºC e 40 ºC ± 2 ºC e avaliadas durante um
período de 60 dias, todos os resultados foram obtidos em triplicata. Quando submetida a temperatura de 25
ºC ± 2 ºC, a formulação não obteve uma diferença significativa (p>0,05) de viscosidade e espalhabilidade ,
até o final da avaliação. Já as amostras armazenadas em temperatura de 3 ± 2 ºC, não obteve-se diferença
significativa de espalhabilidade, porém, apresentaram um aumento significativo (p<0,05) de viscosidade em
relação aos valores iniciais e ao final do tempo de avaliação. Contudo, as amostras armazenadas a 40 ºC ±
2ºC apresentaram uma diminuição significativa de viscosidade e espalhabilidade (p<0,05) em relação aos
valores iniciais e ao término de 60 dias. Nenhum valor de pH da emulsão mostrou diferença significativa. Os
valores de pH do sabonete líquido e do condicionador esta na faixa adequada de utilização. Ao testarmos a
atividade antioxidante do extrato hidroalcoólico,obteve-se 93,75% de AA na técnica do -caroteno/ácido
linoleico e 66,6% de AA no método de sequestro de radicais livres (DPPH). Já os polifenóis totais foram lidos
no extrato hidroalcoólico, hidrocetônico e hidrometanólico, apresentando 1975, 3600 e 235 mg de
equivalentes em ácido gálico/100gr de cada extrato, respectivamente. Os valores de polifenóis totais variam
de acordo com cada fruta e solvente utilizados na extração.
REFERÊNCIAS:
BANOV, D.; BABY, A.R.; DEL BOSCO, L.M.; VELASCO, M.V.R. ; Caracterização do Extrato Seco de Ginkgo
biloba L. em Formulações de Uso Tópico. ; Acta farm. Bonaerense; v. 25; p.219-24; 2006.
IHA, S.M.; MIGLIATO, K.F.; VELLOSA, J.C.R.; SACRAMENTO, L.V.S.; PIETRO, R.C.L.R.; ISAAC, V.L.B.;
BRUNETTI, I.L.; CORRÊA, M.A.; SALGADO, H.R.N.; Estudo fitoquímico de goiaba (Psidium guajava L.) com
potencial antioxidante para o desenvolvimento de formulação fitocosmética. ; Revista Brasileira de
Farmacognosia ; v.18; p. 387-393; 2008.
SILVA, D. S.; MAIA, G. A.; SOUSA, P. M.; FIGUEREDO; COSTA, J. C.; FONSECA, A. V; Estabilidade de
componentes bioativos do suco tropical de goiaba não adoçado obtido pelos processos de enchimento a
quente e asséptico. ; Ciências e Tecnologia de Alimentos; v. 30; P. 237-243; 2010.
ZARDO, D. M; DANTAS, A.; VANZ, R.; WOSIACKI, G.; NOGUEIRAS, A.; Intensidade de pigmentação
vermelha em maças e sua relação com os teores de compostos fenólicos e capacidade antioxidativa; Ciência
e Tecnologia de Alimentos; v. 29; p. 148-154; 2009.
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