MODALIDADE DE TRABALHO: RELATO DE EXPERIÊNCIA TRABALHANDO TABELA PERIÓDICA DE FORMA LÚDICA Ingrid G. Oppe1, Lucas M. A. Cruz1, Márcio D. Teixeira1, Tatiane B. Silva1, Uilca O. Melo2, Ivoni F. Reis3, Andreia F. Afonso3 1 2 3 Bolsistas, Supervisora, Orientadoras do PIBID-Química (UFJF). Palavras Chave: lúdico, Tabela Periódica INTRODUÇÃO O Ensino de Química segue, em geral, a abordagem tradicional, centralizando-se na memorização de fórmulas, totalmente desvinculado da realidade em que os alunos se encontram, tornando, portanto, a matéria maçante, monótona1 e pouco atrativa. Desta forma, a utilização de atividades lúdicas, ou seja, todas aquelas que são agradáveis de serem praticadas, e não somente os jogos2, e que tornem o ensino mais motivador, é de grande importância, pois tira o estudante de uma atitude passiva em sala de aula e facilita o processo de ensino-aprendizagem3. Assim, o presente trabalho teve como objetivo facilitar, através de atividades lúdicas, o processo de ensino-aprendizagem sobre a tabela periódica (TP), como também ensinar que os nomes dos elementos, representados por símbolos, estão presentes no cotidiano. Além disso, demonstrar que os elementos com propriedades químicas semelhantes ficam numa mesma família. METODOLOGIA O projeto foi desenvolvido em uma escola estadual de Juiz de Fora (MG), em uma turma do 1º ano da Educação de Jovens e Adultos (EJA), e teve como atividades: aplicação de um pré e pós-teste; visitação ao Centro de Ciências (CC) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF); reflexão e avaliação dessa visita; realização do bingo (onde foram confeccionadas cartelas com os símbolos e fichas com nomes ou principais aplicações no cotidiano dos elementos químicos. À medida que as fichas eram sorteadas os discentes deveriam marcar as respostas nas suas cartelas com caneta. A primeira dupla de estudantes que marcasse todas as respostas da cartela de acordo com as perguntas sorteadas ganhava o jogo). RESULTADOS E DISCUSSÕES Na visita ao CC, os alunos da EJA se mostraram bastante entusiasmados e curiosos, participando de forma descontraída das atividades, fazendo perguntas espontâneas para os monitores e dando exemplos de fatos do seu cotidiano ou da sua vivência. Já durante a aplicação do Bingo, a atenção, a satisfação e o prazer dos estudantes foram visivelmente notados, o que possibilitou a oportunidade de troca de experiências e o contato entre diferentes idades e gerações. O jogo e a III SMEQ / UFJF – 18, 19 e 20 de Setembro de 2015 MODALIDADE DE TRABALHO: RELATO DE EXPERIÊNCIA visita ao CC se mostraram tão divertido e contagiante que os participantes sugeriram para o docente dar continuidade a este tipo de trabalho. Portanto, os CC e os jogos permitem o educando aprender e se desenvolver intelectual e socialmente 4,5. Partindo do resultado obtido no pré-teste, percebeu-se que os alunos possuíam grande dificuldade em assimilar os elementos da TP com seus respectivos símbolos (Q1, Q2, Q3), com as aplicações no cotidiano (Q4) e com as propriedades (Q5). Depois da aplicação das atividades lúdicas, o mesmo teste foi reaplicado, notando-se o aumento do desempenho dos mesmos em relação a esse conteúdo (Figura 1), principalmente nas questões 3 em que o aumento de acertos foi de 19% para 50% e na 5 cujo aumento de acertos foi de 0% para 43%. Figura 1- Estimativa de acertos no pré e pós-teste após a utilização das atividades lúdicas 120% 100% 80% 60% 40% 20% 0% Pré-teste Pós-teste Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 CONCLUSÃO A adoção de formas alternativas de ensino como, por exemplo, a aplicação do Bingo e a visita a CC se mostraram eficientes ferramentas pedagógicas para as aulas de Química, conseguindo atender às necessidades dos discentes da EJA, em relação ao conteúdo TP de forma satisfatória e dinâmica. Além disso, os estudantes mostraram-se entusiasmados e motivados durante as atividades propostas, pois a sala de aula foi transformada em um lugar prazeroso e atrativo, proporcionando um ambiente dinâmico e interativo entre os alunos, que sem perceber estavam estudando Química enquanto se divertiam. REFERÊNCIAS 1 . CUNHA, M.B. Jogos de Química: Desenvolvendo habilidades e socializando o grupo. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA, 12, Goiânia (Universidade Federal de Goiás, Goiás), 2004. Anais, 028, 2004. 2 . MACEDO, L.; PEETY, A. L. S.; PASSOS, N. C. Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005. 3 . SANTANA, E. M. de. A influência de atividades lúdicas na aprendizagem de conceitos químicos. Universidade de São Paulo, Instituto de Física- Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências- 2006. 4 . CABRERA, W.B.; SALVI, R. A ludicidade no Ensino Médio: Aspirações de Pesquisa numa perspectiva construtivista. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 5. Atas, 2005. 5. JACOBUCCI, D. F. C. Contribuições dos Espaços não Formais de Educação para a Formação da Cultura Científica. Em extensão, Uberlândia, v.7, 2008. III SMEQ / UFJF – 18, 19 e 20 de Setembro de 2015