Biossegurança nas clínicas de estética e salões de

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Biossegurança nas clínicas de estética e salões de beleza
Maria Lucia De Souza Queiroz 1
[email protected]
Dayana Mejia2
Pós-graduação em Estética e Cosmetologia – Faculdade Sul Americana/ FASAM
Resumo
Na atualidade é crescente a preocupação com processos de assepsia e esterilização inerentes
aos procedimentos estéticos oferecidos em clínicas, centros e salões de beleza, Estes, deverão
estar cientes da existência de uma série de riscos químicos, físico, biológicos e psicossociais
referentes às atividades desta profissão, efetuando as medidas de prevenção conforme
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) que incluem o uso dos
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e (EPCs) o correto gerenciamento do resíduo
gerado pelo estabelecimento bem como a higienização das mãos e uso de materiais
descartáveis. O estudo foi realizado a partir de uma revisão bibliográfica bem como artigos
científicos, manual de biossegurança, livros e recursos da internet relacionados a
biossegurança e práticas em clinicas de estética e salões de beleza.
Palavras-chave: Biossegurança; EPIs; EPCs; Doenças transmissíveis.
Introdução
Na atualidade é crescente a preocupação com processos de assepsia e esterilização inerentes
aos procedimentos estéticos oferecidos em clínicas, centros e salões de beleza tendo em vista
que, na maioria dos atendimentos o cliente desconhece estes processos e os riscos causados
pelas infecções que possivelmente poderá incorrer nas diversas terapêuticas tanto no âmbito
capilar, facial e corporal. Portanto, é de suma importância que seja predominante à conduta
ética por parte dos profissionais com relação ao conhecimento e aplicabilidade das medidas de
biossegurança, voltadas para a prevenção, minimização e eliminação de possíveis riscos por
contaminação de agentes microbianos.
Segundo a Comissão de Biossegurança da Fundação Oswaldo Cruz define “Biossegurança
como um conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização e eliminação de riscos
inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços que possam comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio
ambiente, ou a qualidade dos trabalhados” (TEIXEIRA e VALLE, 1996).
Nesse sentido, compreende-se que as práticas de biossegurança bem como os processos que
antecedem a esterilização estão intimamente ligadas ao trabalho diário do profissional que
desenvolve atividades laborais na área de estética. Estes, deverão estar cientes da existência
de uma série de riscos químicos, físico, biológicos e psicossociais referentes as atividades
desta profissão, efetuando as medidas de prevenção.
As medidas de biossegurança abrangem uma série de cuidados, que incluem limpeza do
estabelecimento, assepsia e esterilização de instrumentais críticos, semicríticos e não
críticos, uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e (EPCs) o correto
gerenciamento do resíduo gerado pelo estabelecimento bem como a higienização das mãos e
uso de materiais descartáveis.
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Pós Graduando em Estética e Cosmetologia
Orientador (a) Fisioterapeuta especialista em metodologia do Ensino Superior e mestre em Bioética e Direito
na Saúde.
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Biossegurança
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes–CIPA relata que biossegurança iniciou-se na
década de 70 com a reunião de Alisomar na Califórnia, o principal objetivo era a discussão
sobre o impacto da engenharia genética na sociedade, mesmo assim, esta reunião tornou-se
marco na história, pois pela primeira vez dar-se ênfase aos aspectos que envolveria a proteção
de pesquisadores e de mais profissionais envolvidos nas áreas de realizações de pesquisa
(GOLDIN, 1997).
Mastroeni (2006) relata que no Brasil a primeira legislação que poderia ser considerada com a
Lei de Biossegurança foi a resolução n° 01 do Conselho Nacional de Saúde, de 13 de junho de
1988 a qual aprovou as Normas de Pesquisa e Saúde. Mas a biossegurança surgiu com a força
que se fazia necessária em 1995, com a Lei no 8.974 e o Decreto n0 1752 que regulamenta esta
Lei. A partir de então, criou-se a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio)
vinculada à Secretaria Executiva do Ministério da Ciência e Tecnologia. A CTNBio propõe o
Código de Ética de Manipulações Genéticas a partir da proposta instala-se as Comissões
Internas de Biossegurança (CIBio) a principal preocupação e a partir da criação destas
Comissões, fosse obrigado a presença da mesma em qualquer instituição de ensino que se
dedica-se a pesquisa do desenvolvimento e a utilização das técnicas de engenharia genéticas,
e as mesmas receberiam o benefício da Certificação e emitir Certificado de Qualidade em
Biossegurança (CQB). Como podemos perceber a Lei n0. 8.974 e limitada a manipulação de
Organismo Geneticamente Modificados (OGMs).
Conforme Portaria n0. 343-GM, de 19 de fevereiro de 2002, o então Ministro da Saúde Jose
Serra, instituiu no âmbito do Ministério da Saúde a Comissão de Biossegurança em Saúde,
que visava reformular as Normas de Biossegurança.
A Lei no 8.974 foi importantíssima para a ciência no país, porem possui falhas. Como a
maioria das Leis em Saúde que precisam ser atualizadas. A tecnologia do DNA recombinante
já era considerada o novo paradigma biológico, sendo incorporada nos diversos segmentos do
setor produtivo como na saúde, na agricultura, na pecuária e no meio ambiente, visando o
desenvolvimento industrial. Com isto, de forma adequar o necessário avanço da ciência as leis
brasileiras no dia 2 de março de 2005, a Câmara dos Deputados, após um exaustivo conflito
com representante de religiões contra as novas diretrizes da Lei. Revolve aprovar o Projeto da
Lei de Biossegurança no 2401-C-2004 e, três semanas depois no dia 24 de Março de 2005 a
Lei foi Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os riscos aqui utilizados derivam da palavra inglesa Hazard, que vem sendo traduzida para o
português como perigo ou fator de risco ou situação de risco. O conceito de risco é
bidimensional, representando a possibilidade de um efeito adverso ou danos e a incerteza da
ocorrência, distribuição no tempo ou magnitude do resultado adverso. Assim, de acordo com
essa definição, situação ou fator de risco é “uma condição ou conjunto de circunstâncias que
tem o potencial de causar um efeito adverso, que pode ser: morte, lesões, doenças ou danos à
saúde, à propriedade ou ao meio ambiente”. Ainda de acordo Trivelato (1998) os fatores de
risco podem ser classificados, segundo sua natureza, em:
 Ambiental:
 Físico: alguma forma de energia: radiação, ruído, vibração, etc.;
 Químico: substâncias químicas, poeiras, etc.;
 Biológico: bactérias, vírus, fungos, etc.;
 Situacional: instalações, ferramentas, equipamentos, materiais, operações, etc.;
 Humano ou Comportamental: decorrentes da ação ou omissão humana.
Conforme relatado no estudo de Johnson e outros, realizado em North York, Canadá, em
agosto de 1996, envolvendo 120 (cento e vinte) estabelecimentos que realizavam serviços de
manicuro e pedicuro na área urbana de Ontário, em 72 (setenta e dois) dos estabelecimentos
envolvidos, 60% (sessenta por cento) representavam risco para transmissão de infecções e
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40% (quarenta por cento) dos profissionais referiam estar imunizados contra a hepatite B. Os
profissionais referiam ainda, reutilizar quase sempre os seus instrumentos de trabalho e era
comum o uso de álcool isopropílico como desinfetante. Não era prática comum a utilização de
luvas durante suas atividades e alegaram não seguir as precauções universais quando ocorriam
acidentes de corte envolvendo a clientes ou a eles mesmos (JOHNSON et al., 2001).
No Brasil, a situação não é diferente. Entrevista realizada com quarenta manicures na Cidade
de Ribeirão Preto, com a finalidade de avaliar seus conhecimentos acerca de aspectos gerais
sobre AIDS e as alterações ocorridas nas suas ações profissionais com o advento desta
síndrome, revelou que os meios de esterilização utilizados por 100% delas não eram eficazes
para a inativação do HIV (GIR; GESSOLO, 1998).
O controle de infecção e a biossegurança consistem em minimizar os acidentes laborais na
redução dos riscos ocupacionais e na prevenção da infecção cruzada, constituindo-se em
temas de grande relevância para a prática do esteticista, despertando nos últimos anos maior
interesse em virtude principalmente do avanço da epidemia AIDS. Os profissionais de saúde
se encontram em um conflito no que diz respeito à preocupação em suprir as necessidades de
seus clientes e, por outro lado, a preocupação em não se contaminar pelos mesmos. Somado a
este dilema existe ainda o risco de infecção pela hepatite B, a mais preocupante das doenças
infectocontagiosas entre os profissionais de saúde. A infecção pelo HBV pode levar ao
desenvolvimento de enfermidades gravíssimas e muitas vezes até a morte (RAMACCIATO,
2007).
Os principais aspectos que devem ser analisados nas formulações de um programa efetivo de
controle de contaminação são: avaliação dos pacientes, proteção pessoal, esterilização do
instrumental, desinfecção de superfícies e equipamentos. Neste sentido, a biossegurança
requer: Treinamento, Conhecimento Científico, Responsabilidade e um Constante
Monitoramento de Atitudes por parte de cada profissional que exerce atividades clínicas
(RAMACCIATO, 2007).
O Ministério do Trabalho e Emprego, para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores,
estabelece normas de biossegurança para os estabelecimentos de saúde, dentre elas destacamse as normas regulamentadora 06 (NR06) e 32 (NR32). Observou-se que, a falta de
conhecimento e adesão dos profissionais de saúde às medidas de biossegurança, tais como
manuseio incorreto de materiais contaminados, transporte inadequado dos mesmos e a
desatenção no descarte de agulhas e lâminas são as principais causas de acidentes nas
instituições de saúde, o que demonstra a necessidade iminente de se programar as normas
regulamentadoras na íntegra (SECRETARIA DE SAUDE, 2001).
As medidas preventivas de acidentes dividem-se em medidas pré-exposição e pós-exposição,
sendo que as precauções padrão são consideradas como uma das principais medidas
preventivas para os acidentes. Assim, os profissionais de saúde necessitam de uma maior
compreensão das normas de biossegurança nas suas práticas, atuando com mais segurança,
implementando ações educativas, prevenindo riscos e promovendo a qualidade de vida
(SECRETARIA DE SAUDE, 2001).
É importante que os serviços de saúde publiquem orientem o correto processamento e destino
do lixo, e sejam capazes de monitorar uma coleta especializada, direcionando a um destino
apropriado. A equipe de saúde produz um determinado tipo de lixo que pode estar infectado,
ser tóxico e constituir uma expressiva fonte de contaminação. No que se refere aos riscos à
saúde pública, torna-se expressivo e essencial muita atenção com todo o processamento do
lixo (ESTRELA, 2009).
A classificação dos riscos nos ambientes de trabalho e definida pela Portaria 3.214/78 do
Ministério do Trabalho e Emprego, em suas Normas Regulamentadoras (NR) de Medicina e
Segurança do Trabalho (BRASIL, 2002). Os riscos ocupacionais são classificados em:
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Grupo A – Engloba os componentes com possível presença de agentes biológicos que, por
suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.
Exemplos: placas e lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas (membros) tecidos e
bolsas transfusionais contendo sangue, dentre outras. Se não houver descaracterização física
das estruturas, os resíduos devem ser acondicionados em saco branco leitoso, substituídos
quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos uma vez a cada 24 horas, e
identificados pelo símbolo de substância infectante (RIBEIRO FILHO, 2000)
Grupo B – Resíduos que contenham substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde
pública ou ao meio ambiente dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade. Exemplo: resíduos e insumos farmacêuticos, resíduos
de saneantes, desinfetantes e resíduos contendo metais pesados e reagentes para laboratório,
dentre outros. Resíduos do Grupo B devem ser identificados por símbolo de risco associado
com discriminação de substância química e frases de risco (ANVISA, 2006).
Grupo C – Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham
radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas
da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) como, por exemplo, serviços de medicina
nuclear, de radioterapia etc. Resíduos deste grupo são representados pelo símbolo
internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulo de fundo
amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO RADIOATIVO (SCHNEIDER,
et al., 2004).
Grupo D – Não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Exemplo: sobras de alimentos e
do seu preparo, resíduos das áreas administrativas etc. Os resíduos do grupo D podem ser
destinados à reciclagem ou à reutilização. Devem ser acondicionados de acordo com as
orientações dos serviços locais de limpeza urbana, em sacos impermeáveis, contidos em
recipientes (SCHNEIDER, et al., 2004).
Grupo E – Materiais perfuro cortantes ou escarificantes, tais como lâminas de barbear,
agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e outros
similares. É identificado pelo símbolo de substância infectante, com rótulo de fundo branco,
desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE,
indicando o risco que apresenta o resíduo. É necessária uma avaliação de todas as atividades
desenvolvidas pelo estabelecimento para identificar os tipos de resíduos gerados, com atenção
a todas as fases de manejo (segregação, acondicionamento, armazenamento, coleta,
transporte, tratamento e disposição final) em decorrência dos riscos que podem oferecer por
apresentarem componentes químicos, biológicos e radioativos. Atenção especial aos resíduos
do Grupo E (materiais perfuro cortantes ou escarificantes) que devem ser acondicionados em
coletores estanques, rígidos e hígidos, resistentes à ruptura, à punctura, ao corte ou à
escarificação. Esta medida visa, principalmente, a saúde ocupacional de quem manipula esse
tipo de resíduo, seja o pessoal ligado à assistência médica ou ao setor de limpeza e
manutenção (ANVISA, 2006).
As principais doenças infectocontagiosas que serão abordadas e que podem representar riscos
para o profissional de estética na realização de limpezas de pele, são: herpes simples, hepatite
B, hepatite C, gripe, resfriado, tuberculose e, até mesmo, a AIDS.
Herpes Simples: Para Baptista (2003) o herpes simples é uma doença infectocontagiosa
ocasionada por um vírus denominado vírus do herpes simples (HSV) e que se divide em dois
tipos: o HSV-I e o HSV-II. Boraks (2001) considera que é uma doença universal, de grande
poder de disseminação e, que apesar de infectar cerca de 90% da população, não se manifesta
clinicamente em mais de 30%. Ainda de acordo com Boraks (2001) o HSV-I é responsável
pelo herpes labial e o HSV-II pelo herpes genital. Porém, o VHS-I é o agente etiológico em
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20% das infecções genitais primárias, e o VHS-II pode ser causa de infecções em outras áreas,
além da região genital.
De acordo com Baumann e Santo (1991) o herpes caracteriza-se pelo aparecimento de
vesículas agrupadas, e que se localizam especialmente nos lábios, e nos genitais, mas que
podem surgir em qualquer outra parte do corpo como: olhos (por meio da auto-inoculação
pelas mãos) face, nariz, e cavidade oral.
Conforme Baptista (2003) a infecção ocorre quando uma pessoa não infectada entra em
contato direto com lesões herpéticas infectadas com o vírus, através da pele ou da mucosa, o
que caracteriza a infecção primária.
"O primeiro contato com o vírus ocorre em geral ainda na infância, sendo que grande parte da
população já está contaminada quando se expõe a pessoas portadoras durante a
vida". (BORAKS, 2001).
Conforme Boraks (2001) considera ainda que, o vírus penetra na célula e se reproduz. A partir
daí, penetra no tecido nervoso, onde permanece em latência. Fatores como estresse
emocional, baixa de resistência, exposição ao sol, frio intenso, podem reativar o vírus que
retorna à superfície do epitélio, provocando as manifestações clínicas. A transmissão pode
ocorrer tanto de pessoas com manifestação clínica evidente, como assintomáticas.
"A sintomatologia da doença caracteriza-se por mal-estar, náuseas, cefaléia, irritabilidade,
aumento da temperatura (febre) e adenopatia cervical18". (BORAKS, 2001).
De acordo com Boraks (2001) o aparecimento da doença é precedido, cerca de um dia antes,
de várias sensações: prurido, queimação ou "formigamento", em geral acompanhados de
eritema. Em seguida surgem vesículas múltiplas, cheias de líquido19 claro ou amarelado, que
se rompem dois a três dias após o seu aparecimento, deixando úlceras. Surge então uma crosta
escura e endurecida, que se destaca 7 a 15 dias, caracterizando o período de involução ou
regeneração da lesão.
Conforme Baumann e Santo (1991) no estágio em que as vesículas se rompem e formam
feridas com secreções, o perigo de transmissão é maior.
"Após a infecção primária o vírus penetra nas células epiteliais, atingindo em seguida o
sistema nervoso periférico, onde permanece em estado latente no interior de gânglios
nervosos, mantendo-se assim, em equilíbrio com o hospedeiro, até que fatores estimulantes
façam com que o vírus se exacerbe, provocando recidiva da lesão" (BORAKS, 2001).
De acordo com Boraks (2001) a infecção recorrente instala-se em uma pessoa previamente
infectada e é caracterizada pela reativação do vírus, com alguns sintomas semelhantes ao da
infecção primária, porém menos severos, que aparecem até dois dias antes das lesões típicas.
As lesões evoluem num prazo de 7 a 15 dias e o vírus fica novamente em período de latência
em um gânglio nervoso. Os períodos de recorrência são variáveis podendo ocorrer em
intervalos de dias, meses ou anos e estão diretamente relacionados a fatores climáticos,
orgânicos (imunitários) e emocionais. Ainda, segundo o autor, as vacinas anti-herpéticas são
duvidosas e ineficazes. Para o profissional de estética, a forma de prevenção mais adequada é
o uso correto dos equipamentos de proteção individual.
Hepatite B: Conforme Veronesi (1976) a hepatite B é uma infecção causada pelo vírus HBV,
que provoca lesões degenerativas ou inflamatórias no fígado. Pode se apresentar em
intensidades variáveis, desde um quadro clínico agudo (de evolução rápida) e benigno, até um
quadro grave e fatal, ou ainda evoluindo para hepatopatias crônicas (que evoluem lentamente
e perduram por muito tempo). Yoshida (1996) aborda que no Brasil os dados indicam a
incidência anual, em torno de 22% de casos agudos de hepatite B atendidos ao longo dos
últimos seis anos, sendo a frequência maior (63%) na faixa de 21 a 40 anos. A esta ocorrência
de casos novos soma-se a população de portadores crônicos que compõem o reservatório de
vírus da população.
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De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (2004) existem mais de 300
milhões de pessoas portadoras do vírus da hepatite B no mundo. Os bancos de sangue do
Estado do Paraná detectam anualmente perto de 30.000 novos doadores infectados pelo vírus
da hepatite B, e destes, 2.000 são portadores do HBV. Em mais dos 60% dos casos em adultos
a infecção pela hepatite B é assintomática, ou seja, a pessoa não sabe que tem a doença.
Para Yoshida (1996) o vírus é transmitido parenteralmente (por via sanguínea) por meio de
exposição da pele lesionada ou mucosa ao sangue ou a outros fluídos orgânicos. Fluídos
orgânicos como: secreções nasais, pus, suor e lágrimas apresentaram HBsAg (antígeno
indicador da infecção) porém o risco de transmissão por meio dos mesmos é extremamente
baixo ou inexistente.
"A concentração mais elevada do vírus é observada no sangue, estando presente também em
exsudatos. Menores concentrações, porém significativas, são encontradas no sêmen, no fluído
vaginal e na saliva de indivíduos com viremia. Portanto, exposição ao sangue e contatos
sexuais são modos mais comuns de transmissão do HBV. O vírus permanece viável em
superfícies secas à temperatura ambiente por um período de sete dias e, possivelmente, até por
períodos mais longos. Mesmo em quantidades ínfimas de sangue ou soro21, um indivíduo
pode se contaminar no caso de inoculação percutânea, contato com superfície ocular ou outras
mucosas e ainda por uma exposição inadvertida, através de cortes e arranhões preexistentes na
pele ou na mucosa" (YOSHIDA, 1996).
Conforme Jorge (2002) o vírus da hepatite B pode estar presente no sangue em concentrações
muito elevadas, podendo ser transmitido por várias vias com quantidades insignificantes de
sangue (0,000025 ml). As formas possíveis de contágio que poderiam ocorrer com o
profissional de estética, durante uma limpeza de pele, seriam através de um acidente com
agulha contaminada, ou através do contato direto da pele ou mucosa do profissional, com
sangue contaminado, exsudatos purulentos ou secreções como, por exemplo, a saliva.
Segundo Yoshida (1996) a maioria dos indivíduos que são infectados pelo vírus da hepatite B
desenvolve uma infecção aguda, podendo ou não apresentar sintomas. O período médio de
incubação é de 120 dias e os sintomas e sinais mais comuns em adultos são: anorexia,
náuseas, vômitos, dor abdominal, hepatomegalia e icterícia.
Ainda conforme a Yoshida (1996) a doença em adultos é resolvida, obtendo-se a cura. O vírus
é eliminado e são produzidos anticorpos específicos (anti-HBs) que conferem imunidade ao
indivíduo. Porém, em portadores assintomáticos, a fase aguda pode evoluir para a fase
crônica, e os indivíduos sem saber, podem transmitir o vírus para outras pessoas.
"A hepatite B apresenta cura espontânea em até 90% dos casos, mas a taxa de cronificação
varia de acordo com a idade da infecção, de 85% em recém-nascidos e entre 6% a 10% em
adultos. Cerca de 50% dos doentes crônicos desenvolvem cirrose hepática ou carcinoma
hepatocelular" (Ministério da Saúde, 2002).
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (2004) considera que após a fase aguda, estado
inicial da doença, 10 a 5% dos doentes, não se curam da infecção e desenvolvem a hepatite
crônica. Desses, 30% podem desenvolver cirrose e câncer de fígado e aproximadamente 70%
permanecem com o vírus, transmitindo a doença para outras pessoas.
Conforme o Ministério da Saúde (BRASIL, 2000) uma das principais medidas de prevenção
para a hepatite B é a vacinação pré-exposição. A vacina é extremamente eficaz, não apresenta
toxicidade e é aplicada em 3 doses, devendo ser indicada para todos os profissionais da saúde.
Yoshida (1996) afirma que de acordo com as medidas de precauções universais, todo o
sangue ou fluído orgânico deve ser considerado potencialmente infectado, e o contato com os
mesmos, deve ser prevenido por meio do uso adequado dos equipamentos de proteção
individual.
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Hepatite C: Atualmente, a infecção pelo vírus da hepatite C é considerada por muitos
especialistas a doença infecciosa crônica mais importante em todo o mundo. (Ministério da
Saúde, Programa Nacional para prevenção e controle das Hepatites virais, 2002).
Assim como a hepatite B, a hepatite C é uma infecção causada por vírus (HCV) que provoca
lesões predominantes no fígado, degenerativas ou inflamatórias. É transmitida principalmente
pelo contato direto de mucosas ou pele lesionada, com sangue ou algumas secreções corporais
de pessoas contaminadas. O contágio também pode ocorrer por meio de acidentes com
agulhas ou quando o profissional é atingido por secreções de uma pessoa contaminada.
De acordo com Varella, após a infecção com o vírus da hepatite C, o doente pode apresentar,
em alguns casos, sintomas como mal-estar, vômitos, náuseas, icterícia e dores musculares,
que caracterizam a fase aguda da doença. Porém esta hepatite é assintomática na maioria dos
casos e o portador só saberá que está doente, anos após ter sido infectado, já estando em fase
crônica e com o risco de desenvolver cirrose e câncer de fígado.
"Entre as pessoas infectadas pelo HCV, apenas 15% a 20% eliminam o vírus do organismo,
enquanto cerca de 80% a 85% evoluem para a infecção crônica, sob diferentes apresentações.
Vários estudos demonstram que 20% dos portadores crônicos de hepatite C evoluem para
cirrose e entre 1% a 5% desenvolvem carcinoma hepatocelular. O tempo de evolução para o
estágio final da doença é de 20 a 30 anos"(Ministério da Saúde, Programa Nacional para
prevenção e controle das Hepatites virais, 2002).
Ainda não foi desenvolvida uma vacina para a hepatite C. A forma mais eficaz de proteção
para o profissional de estética é o uso correto dos equipamentos de proteção individual.
O risco de aquisição de HIV ocupacional também existe, porém é menor que o risco de
aquisição de Hepatite B ou Hepatite C. Até dezembro de 1988, foram notificados ao CDC, 54
casos documentados de transmissão ocupacional do HIV e 134 casos com provável
transmissão ocupacional. No Brasil, não existem dados oficiais em relação à transmissão
ocupacional do HIV (SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAUDE – MINISTERIO DA
SAUDE, 2005)
Conforme Martins (2001) as vias de exposição ao HIV que estão associadas à transmissão
ocupacional incluem: percutânea, mucosa e pele não íntegra. Em relação ao material
biológico potencialmente infectante, além do sangue, incluem-se: fluido com sangue e outros
fluidos corporais (líqüor, sêmen, secreção vaginal, líquido pleural, peritonial, pericardial,
sinovial e fluido amniótico).
O risco estimado de aquisição do HIV pós-acidente com material perfuro-cortante está
quantificado em 0,3% (21 infecções em 6498 exposições) e pós-exposição mucocutânea em
0,03% (uma infecção em 2885 exposições). Entretanto, existem outros fatores envolvidos em
relação ao tipo de acidente, tais como: quantidade de sangue transferida durante o acidente e
estágio da doença do paciente fonte da infecção. Assim como na Hepatite C, ainda não existe
imunização contra o HIV e a única recomendação é a utilização do equipamento de proteção
individual no sentido de evitar a exposição ao vírus (MARTINS, 2001).
As medidas de precauções universais ou medidas padrão, representam conjunto de medidas
de controle de infecção, para serem adotadas universalmente, como forma eficaz de redução
do risco ocupacional e de transmissão de microrganismos nos serviços de saúde (MARTINS,
2001).
Na visão de Lara Caxico e Marlene kempler (revista de direito público). No aspecto social a
empresa deve valorizar o trabalho humano. Assim, estará agindo se respeitar a legislação que
tutela esta relação jurídica. Tais normas representam muitas lutas e conquistas de
trabalhadores, confirmadas por relatos históricos. O resultado econômico das empresas
depende da qualidade de vida dos seus trabalhadores (RAMOS et al., (2000).
Assim considerando o disposto da legislação brasileira, lei n. 11.105/2005, pode-se afirmar
que está em consonância com o conceito de sustentabilidade. Ele estabelece em seu Artigo
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um as diretrizes para a sua interpretação e aplicação, ou seja, é dever das empresas e de todas
que lidam com o desenvolvimento científico-econômico respeitar as normas de segurança,
submetendo-se aos mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a
manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a
pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e descarte de
organismos geneticamente modificados-(OGM) e seus derivados. A finalidade é permitir a
atuação com segurança por meio da proteção do meio ambiente (MASTROENI, 2006).
A interação entre intervenção estatal e a atuação das empresas é fundamental para o
desenvolvimento sustentável. Os avanços tecnológicos com segurança dependem desta
atuação em parceria. Cada empresa deverá cobrar ações deste comprometimento dos demais
agentes econômicas, tais como seus fornecedores. Desta forma, constrói-se uma cadeia, cujo
resultado será a real possibilidade de oportunidade de acesso às tecnologias e a preservação de
qualidade de vida (GARBIN et al., 2005).
Conforme Agricia e Fernanda (2005) atualmente a biossegurança é uma preocupação de todos
os serviços relacionados à saúde (GARBIN et al., 2005) e neles inclui-se a estética, visto que
se trata de uma área de grandes riscos de infecções cruzadas.
Porém, conforme sugere Melo et al., (2006) para que os conceitos de biossegurança sejam
“implementados" e consolidados, é necessária a conscientização por parte dos profissionais,
principalmente sobre a importância da adoção de medidas de controle de infecção como
forma eficaz de redução dos riscos de transmissões de agentes infecciosos.
Sabe-se que a pele é uma das barreiras biológicas mais importantes contra os microrganismos.
Entretanto, conforme afirma Soares (2009) Quando os agentes infecciosos encontram quebra
de integridade epitelial, ou quando inoculados diretamente por meio de instrumentais no
organismo humano, encontram condições favoráveis ao seu desenvolvimento, iniciando um
processo infeccioso (SOARES, 2009).
Vários procedimentos da área da estética podem atuar facilitando a entrada de
microrganismos nos tecidos humanos, dentre eles a drenagem linfática no pós-operatório,
galvanopuntura, maquiagem definitiva, eletrolipólise, eletrólise, podologia, manicure,
pedicura, entre outros. Visando uma padronização de nomenclatura, neste estudo adotou-se o
conceito de instrumentais para todos os materiais utilizados em procedimentos estéticos das
áreas de eletroterapia facial e corporal, podologia, manicure, pedicura, dermopigmentação,
entre outros. Como exemplo destes instrumentais: alicates, espátulas, curetas, pinças, cubas,
eletrodos, toalhas, gaze, algodão, entre outros. Observou-se que a maioria destes
instrumentais pode atuar como vetores infecciosos causando infecção cruzada, ao que justifica
a prática do controle de microrganismos em ambientes de estética e atividades correlatas
(DONATELLI; OPPERMANN; PIRES, 2003; COVISA/SP, 2008).
O controle de microrganismos é conceituado por Pelczar et al., (1997) como sendo um
conjunto de conhecimentos utilizados para controlar, isto é destruir, inibir ou remover os
microrganismos em seu meio. E, conforme Guandalini (1999) para que o controle de infecção
seja eficaz, algumas medidas básicas devem ser seguidas, dentre elas o rigoroso controle de
microrganismos em instrumentais através de esterilização.
O manuseio efetivo dos microrganismos nos laboratórios, no lar, nos hospitais, nas indústrias
e no comercio em geral alerta Pelczar (1997) depende do conhecimento de como controlar
(isto é destruir inibir ou remover) os microrganismos em seu meio. Esta abordagem da
microbiologia é denominada “controle de microrganismo Vários agentes físicos e químicos
podem ser utilizados para manter os microrganismos em níveis aceitáveis. A escolha do
melhor agente depende em parte se você quer destruir ou remover todos os microrganismos
presentes, destruir certos tipos ou simplesmente prevenir a multiplicação daqueles
microrganismos já presentes (PELCZAR, 1997).
9
Não há meio pelo qual possamos determinar a “pulsação” de um microrganismo e declarar
que ele está morto. Nem podemos medir o fim de todas as funções de uma célula microbiana
e constatar que não está mais viva. Por essa razão, normalmente escolhemos como critério de
morte de um microrganismo algo que possamos mensurar facilmente: a capacidade de
reprodução. Uma célula microbiana é considerada viva se ela puder originar uma colônia
visível em um meio com ágar, produzir um crescimento turvo em um meio liquido ou
multiplicar-se em um hospedeiro animal ou vegetal. Se não puder fazer isso, nós declaramos
que está morta (PELCZAR, 2007).
A Temperatura Elevada é um dos métodos de maior eficiência e um dos mais utilizados na
destruição de microrganismos. O calor pode ser aplicado tanto em condições úmidas (vapor
ou água) quanto secas. O método que utiliza temperaturas extremas para matar os
microrganismos é o da incineração (MASTROENI, 2006).
Relacionado ao calor úmido, Pelczar (2007) nos relata que é o método mais eficiente que o
calor seco para destruir microrganismos. Isto porque ele causa desnaturação e coagulação das
proteínas vitais como as enzimas, enquanto o calor seco causa oxidação dos constituintes
orgânicos da célula (isto é, ele queima lentamente as células). A desnaturação de proteínas
celulares ocorre com temperaturas e tempos de exposição menores do que aqueles requeridos
para a oxidação. Por exemplo, os endósporos de Bacillus anthracis são destruídos entre 2 e 15
min. pelo calor úmido a cem graus, mas com calor seco leva mais de 180 min. a cento e
quarenta graus para conseguir o mesmo resultado (PELCZAR, 2006).
Muitos meios de cultura, soluções e materiais contaminados são esterilizados rotineiramente
com este aparelho.
A autoclave parece com a panela de pressão no sentido que ambas utilizam vapor sob pressão,
porem a temperatura e a pressão interna na autoclave pode ser mais bem controladas. A
câmara de parede dupla da autoclave é primeiramente lavada com vapor fluente, para remover
todo ar. É então preenchida com vapor puro e mantida a uma determinada temperatura e
pressão por um período especifico de tempo. É essencial que todo o ar residual inicialmente
presente na câmara seja completamente substituído por vapor d’água. Se o ar estiver presente,
reduzira a temperatura interna da autoclave. É a temperatura, e não a pressão no interior da
câmara, que mata os microrganismos (MASTROENI, 2006).
Vapor D’água. O uso do vapor d’água sob pressão é o método mais prático e seguro de
aplicação do calor úmido. Em um sistema fechado de volume constante, um aumento de
pressão permitirá um aumento de temperatura. Vapor d’água sob pressão fornece
temperaturas maiores do que aqueles possíveis com vapor sem pressão ou água fervente. Há
vantagem também de um aquecimento rápido e maior penetração. O aparelho destinado a
esterilizar com vapor sob pressão é a autoclave. Desenvolvida no século XIX, a autoclave é
um equipamento essencial em todos os laboratórios de microbiologia e ambientes a fim
(MASTROENI, 2006).
Conforme Kelly Christine Schmitt, nos relata que Costa e Costa (2002) comenta que a
biossegurança historicamente originou-se na década de 70, na reunião de Asilomar, na
Califórnia, na qual cientistas iniciaram a discussão sobre os impactos de Engenharia Genética
na Sociedade. A partir daí o termo biossegurança, vem ao longo dos anos, sofrendo alterações
com passar dos anos. A biossegurança pode ser considerada um conjunto de comportamentos,
hábitos, conhecimentos, sentimentos que devem ser passados ao homem, papara que esse
realize sua atividade de forma segura.
Segundo Nogueira (1996) a biossegurança deve ser vista com a realização de práticas
destinada a conhecer e controlar os riscos que o trabalho, em saúde, e também em estética,
podem a portar ao ambiente e a vida, e deve ser um dos principais objetivos em uma empresa.
A preocupação com a biossegurança faz parte de uma tendência mundial, não estando restrita
somente à área de saúde. Está apoiada em uma mudança de paradigma cultural, promovendo
10
novos padrões de comportamento, no que diz respeito à preservação do meio – ambiente e da
própria vida. Problemas relacionados a biossegurança tornam-se problemas relacionados a
própria qualidade do serviço prestado. Uma das ações de biossegurança para proteção da
saúde humana, durante a prestação de serviços é a utilização de EPIs (equipamentos de
proteção individual).
De acordo com Costa (1996) dados históricos sobre o antigo Egito demonstram que os
responsáveis pelo processo de mumificação utilizavam, durante suas atividades, meio de
proteção para as mãos e o rosto, o que poderíamos considerar, hoje como os “ancestrais” dos
Equipamentos de proteção individual (EPIs). O ministro do trabalho e Emprego (MTE) na
Norma Regulamentadora 6 – NR6, da portaria n. 3.214/1978, considera equipamento de
proteção individuas EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, a proteção dos riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
De acordo com as precauções Universais (CDC3, 1987) os profissionais devem evitar contato
direto com matéria orgânica, através do uso de barreiras protetoras como luvas, avental,
máscara, gorros e óculos (Equipamentos de Proteção Individual) os quais irão reduzir as
chances de exposição da pele e mucosas a materiais infectados. Para Oda et al., (1996) a
precaução universal tem por objetivo evitar que trabalhadores da área da saúde, considerando
também os que trabalham na área de estética, entrem em contato com fluídos orgânicos como
sangue, exsudatos e secreções contaminados, por via parenteral, por via membrana mucosa ou
da pele não intacta. As barreiras de proteção reduzem o risco de exposição tanto da pele com
das membranas mucosas do profissional da saúde ao material infectante (ODA et al., 1996).
Segundo Jorge (2002) o uso dos equipamentos de proteção individual, ou quais inclui avental,
gorro, óculos de proteção são de extrema importância, pois impedem que microrganismos
provenientes de clientes por meio de fluídos como sangue, secreções orgânicas ou exsudados,
possam contaminar o profissional. A seguir serão abordados todos os equipamentos de
proteção individual, que devem ser utilizados pelo profissional de estética, durante a
realização de limpeza de pele.
Conforme Guandalini et al., (1997) o uso do gorro evita queda dos cabelos (que representam
um importante uma fonte de infecção, já que podem conter inúmeros microrganismo) na área
do procedimento. “Além disso, o gorro oferece uma barreira mecânica para a possibilidade
de contaminação dos cabelos, através de secreções que possam espirrar”, além de evitar que
microrganismos possam colonizar os cabelos do profissional. É uma medida de segurança e
de higiene, tanto para através de secreções que possam “espirrar”, o profissional quanto para o
cliente, que também deverá utilizá-lo. O profissional deve prender os cabelos, sem deixar
mechas aparente, de forma que o gorro cubra todo cabelo e orelhas. Ao retirar o gorro o
mesmo deve ser puxado pela parte superior centra e descartado no lixo, devendo ser trocado
entre os atendimentos sempre que houver necessidade, devindo o suor e sujidades. Gorros
descartáveis não devem ser guardados, pois representam um meio bastante propicio à
proliferação de bactérias:
Avental: os vários tipos de aventais são usados para fornecer uma barreira de proteção e
reduzir a oportunidade de transmissão de microrganismo. Previnem contaminação das roupas
do profissional, protegendo à pele da exposição a fluídos como sangue exsudatos e secreções
orgânicas.
Conforme Guandalini et al., (1997) os aventas não precisam ter necessariamente a cor branca
a pesar de possibilidade a melhor visualização de sujidades. Silva et al., (2002) considera que
os mesmos devem apresentar mangas longas, para que os punhos possam ser cobertos pelas
luvas, para assim, permanecerem descontaminadas, que irá possibilitar uma melhor proteção
do profissional.
Guandalini et al., (1997) considera que os aventais devem ser trocados sempre que
apresentarem sujidades e contaminação visível, seja por sangue ou por secreções orgânicas.
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Devem ser utilizados somente na área de trabalho e nunca devem ser guardados no mesmo
local, onde são guardados objetos pessoais.
Máscara: conforme Silva et al., (2002) a máscara representa uma importante forma de
proteção das mucosas da boca e do nariz, contra a indigestão ou inalação de microrganismo.
Para Guandalilni et al., (1997) a máscara também representa a mais importante medida de
proteção das vias superiores, contra o microrganismo presente durante a fala, tosse ou espirro,
devem ser sempre utilizadas no atendimento de todos os clientes e são obrigatoriamente
descartáveis. Devem apresentar boas qualidades de filtração e ser seguras durante duas horas
de uso. Durante a realização de uma limpeza de pele, a distância entre o cliente e o
profissional, é bastante pequena. A esteticista está com sua boca muito próxima a do cliente,
existindo a possibilidade de tanto o profissional quanto ao cliente, ao falar, tossir ou espirrar,
lançar gotículas de salivas contaminadas por microrganismos. Outro fator durante e a
extração, principalmente de pústulas onde há O risco do conteúdo destas atingir a face do
profissional. Desta forma, o uso de máscara protege tanto o profissional quanto o cliente. O
profissional deve considerar algumas características ao comprar mascaras, as quais devem: ser
confortáveis; b) ter boa adaptação aos contornos faciais; c) não tocar lábios e a ponta do nariz;
d) não irritara pele; e) não provocar embaçamento dos óculos; f) ter boa capacidade filtração;
g) ser descartável. Obs.: “As máscaras são confeccionadas com diferentes tipos de materiais e
cada um apresenta uma capacidade deferente. As máscaras de tecido (pano) espuma e papel,
embora confortáveis, têm baixa capacidade de filtração dos microrganismos”.
Micik (1992 apud GUANDALINI et al., 1997) realizou um estudo sobre a eficiência das
máscaras de acordo com suas capacidades de filtração. Os materiais utilizados para o estudo e
sua capacidade de filtração foram: fibra de vidro (99%) fibra sintética (99%) algodão ou pano
(18 a 50%) papel (32%) e espuma (14%).
Guandalini et al., (1997) apresenta algumas recomendações para o uso das máscaras, as quais
incluem que o profissional:
a) Deve certificar-se, antes de iniciar o tratamento, de que a máscara, está bem adaptada,
protegendo toda a região logo abaixo dos olhos, protegendo o nariz e a boca;
b) Deve evitar tocar na máscara durante o tratamento;
c) Não deve puxar a máscara para a região do pescoço, pois a mesma é considerada um
material contaminado;
d) Deve trocar a máscara quando esta ficar úmida e possível, no intervalo de cada cliente.
Máscara molhada perde a capacidade de filtração, facilitando a penetração de
microrganismos. Além disso, a máscara deve ser utilizada por no máximo duas horas, que é o
tempo recomendado para uma proteção eficaz;
e) Não deve reutilizar máscara descartáveis;
f) Deve retirar a máscara somente após a retirada das luvas e a lavagem das mãos, devemos
jogá-las no lixo para materiais contaminados.
Óculos de proteção: Os óculos assim com as máscaras, também representam uma barreira de
proteção de transmissão de infecções, mais particularmente, uma proteção para os
profissionais, diante do risco de fluídos contaminados como sangue, exsudatos e secreções,
atingirem diretamente os olhos. De acordo com Guandalini et al., (1999) o óculo de proteção
deve ser usado para evitar que sangue, exsudatos (como pus ou secreções com saliva) atinjam
os olhos do profissional durante o atendimento, visto que a conjuntiva do olho, apresenta
menor barreira de proteção, que a pele). “Apesar dos alhos serem suscetíveis a infecções, a
epidemiologia de doenças transmitidas através é desconhecida. No entanto, a literatura
pesquisada relata um casso de uma enfermeira que desenvolveu hepatite em 101 dias após
uma gota de sangue de um paciente contaminado pelo vírus, ter acidentalmente atingido seus
olhos “(GUANDALINI, 1997).
12
Silva et al., (2002) considera que os óculos adequados devem possuir barreiras laterais, ser
leves e confortáveis e de transparência o mais absoluto possível, devendo ser de material de
fácil limpeza.
Guandalini et al., (1997) afirma que, quando os óculos apresentarem sujidade, devem ser
lavados com sabonetes líquidos germicidas ou soluções antissépticas, enxaguando e
enxaguando com toalha de papel.
Luvas: De acordo com Guandaline et al., (1997) as luvas servem como barreira mecânica para
as mãos, sendo consideradas com o uma “segunda pele”. É uma de proteção, tanto para
profissional quanto para o cliente, sempre que houver a possibilidade de contato com sangues,
secreções, mucosos e tecidos, devendo ser trocadas a cada cliente. Uso de luvas descartáveis
deve ser indispensável, durante os procedimentos de limpeza de pele, em função do possível
contato com sangue, secreções, exsudatos e lesões presentes na pele.
Conforme Guandalini et al., (1997) as luvas utilizadas são de látex, ambidestras, apresentam
três tamanhos: pequeno, médio e grande, e geralmente, são vendidas em caixas com cem
unidades. A desvantagem dessas luvas é a de apresentarem punho curto e má adaptação ás
mãos.
Para Jorge (2002) as mãos devem ser lavadas de forma criteriosa, antes da colocação das
luvas, pois irá diminuir a quantidade de bactérias presentes nas mesmas, prevenindo possíveis
irritações causadas por microrganismos presentes abaixo das luvas.
De acordo com Lima e Ito (1993 apud JORGE, 2002) o uso de Luvas deve respeitar algumas
normas como: a) nunca tentar desinfetar as luvas utilizadas, pois agentes desinfetantes podem
causar deterioração do material; b) nunca atender ao telefone, abrir portas, gavetas, pegar
objetos, etc., de luvas durante o atendimento ao cliente, sem usar sobre luvas.
Guandalini et al., (1997) faz algumas recomendações que devem ser seguidas para o uso de
luvas:
a) Lavar as mãos com água e sabão antes de calçá-las;
b) Colocá-la de forma a cobrir os punhos do avental;
c) Enquanto o profissional estiver de luvas, não deverá manipular objetos como canetas,
fichas de cliente, maçaneta ou quaisquer objetos que esteja fora do seu campo de trabalho, a
não ser com o uso de sobreluvas;
d) As luvas deverão ser retiradas imediatamente, após o término do tratamento do cliente;
e) Deverão ser removidas pelo punho, evitando tocar na sua parte externa;
f) Deverão ser jogadas no lixo para materiais contaminados.
Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2000) as luvas não protegem de perfurações de
agulhas, mas está comprovada que elas podem diminuir a penetração de sangue, em até 50%
de seu volume. É necessário esclarecer os profissionais, que não acreditam na necessidade de
maiores cuidados com a própria saúde, que a não utilização dos equipamentos de proteção
individual, pode favorecer a sua própria contaminação. O objetivo do profissional de estética
é de trabalhar com pessoas saudáveis, porem muitas pessoas aparentemente saudáveis, podem
não saber que possuem alguma doença infectocontagiosa, pelo fator de serem portadores
assintomáticos. Outro fato importante, e que deve ser levado em consideração, é o da possível
omissão, por parte do cliente, da existência de algum tipo de doença contagiosa, durante a
realização da anamnese.
Metodologia
O estudo foi realizado a partir de uma revisão bibliográfica bem como artigos científicos,
manual de biossegurança, livros e recursos da internet relacionados a biossegurança e práticas
em clinicas de estética e salões de beleza.
13
Resultados e Discussão
A ética profissional em relação a cuidados com saúde do cliente vai promover ao profissional
a devida credibilidade da sua clientela independente de classes sócias a que pertencem.
Segundo Janete Mello (2006) nos relata que a biossegurança na estética consiste em ações
preventivas de doenças no ambiente de trabalho.
Conforme Andréia (2009) do artigo ensino de Biossegurança na (Graduação em enfermagem)
relata que é uma área relativamente nova, que impõem desafios tanto para o profissional como
para as empresas que investem neste campo.
Segundo Marco Fabio Mastroeni (2006) fatores marcantes como a divulgação da AIDS em
1981, do contagio acidental de profissionais em 1984, surge uma maior preocupação com a
biossegurança. Em 1987, foram instauradas as Precauções Universais como recomendações
do CDC (Center For Disease Control and Prevention) decorrentes da falta de conhecimento
dos profissionais sobre as medidas de biossegurança que os profissionais deveriam tomar para
a prevenção da transmissão do HIV e do vírus da Hepatite B.
A forma de abordar e estudar a biossegurança, nos últimos anos ganhou novas descobertas,
pois segundo Gryschek et al. (2006) houve mudanças acerca da definição no que diz respeito
a biossegurança, assim é muito provável que profissionais formados anteriormente não
tenham adquirido essas informações mais recentes. É de relevante importância que o
profissional tenha acesso a educação permanente proporcionando-lhes condições para
trabalhar com segurança, bem como, a oportunidade de reflexões, discussões, critica,
atualizações e medidas preventivas corretas. É de suma importância que o tema seja
frequentemente abordado e divulgado para que se confirme sua importância como a
instrumento de proteção a vida em qualquer que seja o âmbito profissional.
Conclusão
Portanto a biossegurança estabelece ações para a proteção da saúde humana e uma delas inclui
a utilização dos equipamentos de proteção individual. Os profissionais de estética, durante a
realização de procedimentos de limpezas de pele ou outros procedimentos deve evitar o
contato direto com a pele do cliente, mucosa e com matéria orgânica (sangue, exsudatos,
secreções) proveniente do mesmo, por meio do uso de barreiras protetoras como luva, avental,
máscara, gorro e óculos. O uso desses equipamentos de proteção individual, reduzem as
chances de exposição do profissional aos possíveis microrganismos, provenientes de clientes
e que podem ser causadores de doenças como: herpes simples, hepatite B, hepatite C, gripe,
resfriado, tuberculose e AIDS. Além do risco de contato com matéria orgânica, a proximidade
entre profissional-cliente, a alta rotatividade no atendimento e o tempo de contato prolongado,
podem contribuir para a transmissão de algumas dessas doenças. O uso inadequado ou
incompleto dos equipamentos de proteção individual por parte dos profissionais, pode não
constituir proteção total contra os microrganismos, já que o contato direto com o cliente pode
oferecer algum risco para a contaminação do profissional. É essencial que os profissionais se
conscientizem para que aconteçam mudanças em relação a sua conduta, levando-os a
adotarem medidas mínimas de segurança no atendimento de todos os clientes, como forma de
preservar a própria saúde e da pessoa que está sendo atendida. Acreditamos que a
conscientização pode ser feita por meio de palestras abertas, demonstrações do uso dos
equipamentos e até por meio da criação de cartazes explicativos.
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