Poesia e música no Sarau Literário Celso Borges e Beto Ehongue apresentam o recital Sarau Cerol, hoje, às 19h, no Sarau Literário O projeto Sarau Literário do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho (Praia Grande) recebe hoje, às 19h, o poeta Celso Borges, que apresentará o recital Sarau Cerol, com poemas de seus três livros-CDs inéditos. Com acompanhamento do DJ Beto Ehongue, a apresentação terá a participação especial do compositor Alê Muniz e do percussionista Luiz Cláudio. O projeto acontece uma vez por mês e esta será a primeira edição deste ano. Borges é autor de nove livros de poesia, entre eles a trilogia A posição da Poesia é Oposição, que reúne os livros-CDs XXI, Música e Belle Époque. Ele fará uma integração entre poesia e música, experiência que já realizou em outras oportunidades. “Com este casamento entre música e poesia, eu declamo de forma diferente e o público ouve de forma diferente também”, explicou. Ao lado do DJ Beto Ehongue, com quem apresentou ano passado o espetáculo poético-musical A Palavra Voando, o artista levará ao palco 15 textos retirados desses livros, sendo quatro inéditos, entre eles uma homenagem aos 400 anos de fundação da cidade de São Luís, além do poema-título de seu novo livro, O futuro tem o coração antigo, a ser lançado no se- gundo semestre deste ano. “Dois poemas são uma reflexão sobre São Luís. É uma espécie de homenagem crítica à cidade que completará 400 anos”, antecipou o poeta, que atualmente é editor da revista Pitomba e ainda roteirista de uma série de documentários sobre intelectuais da Academia Maranhense de Letras (AML), via Museu do Audiovisual. Celso Borges é maranhense e, além de poeta, é jornalista e letrista. Ele viveu por 20 anos em São Paulo e retornou a São Luís em 2009. É parceiro de Chico César e Zeca Baleiro, entre outros artistas. O poeta tem oito livros de poesia publicados: Cantanto (1981); No instante da cidade (1983); Pelo avesso (1985); Persona non grata (1990); Nenhuma das respostas anteriores (1996); XXI (2000); Música (2006) e Belle Époque (2010). Pesquisa - No fim dos anos Divulgação O vocalista Alex Turner do Arctic Monkeys encerrou o Lolapalloza BR consagrado pelo público Banda Arctic Monkeys fecha Lolapalloza com consagração Alex Turner mostra que é o melhor frontman do rock de sua geração; segunda noite do Lollapalooza teve 60 mil pessoas Cauê Muraro Do G1, em São Paulo SÃO PAULO - Quando surgiu há seis anos, com o single I Bet You Look Good on the Dancefloor, Alex Turner, recém-saído da adolescência, foi apontado como um dos mais promissores compositores daquela geração. Na noite de domingo (8), no show de sua banda, o Arctic Monkeys, no Lollapalooza BR, ele mostrou que é também o melhor frontman - à diferença de que, a esta altura, o termo "promissor" não se aplica. Ao contrário do Foo Fighters, grupo que encerrou o primeiro dia do festival e era a atração mais desejada pelo público, o Arctic Monkeys, que fechou o palco principal do festival, causa mais comoção pela música propriamente dita do que pela história, caso da banda de Dave Grohl. Para se ter uma ideia da intensidade da apresentação do Monkeys, em meia hora a banda já havia apresentado dez músicas. O que pede atenção neste show é que o registro não é desta ou daquela música, mas do conjunto da obra. Impressionante, para uma banda sem hits presentes nas estações de rádio - ao menos nas daqui. Estão representados o punk, o rock usualmente chamado de alternativo, o garage rock, stoner rock... Ao todo, foram 21 músicas, começando com Don't sit down 'cause I've moved your chair, do último álbum, e intercalando outras novidades ainda e as mais antigas, até chegar a Fluorescent adolescent e 505, do segundo disco, no bis. Consagração - Logo após o primeiro número mostrado pelo quarteto britânico, que ao vivo ganha reforço de um tecladista, veio uma sequência de cinco canções que mostraram estar no senso de dinâmica um dos pontos fortes da banda britânica. Teddy Picker, Crying Lightning, The Hellcat Spangled Shalalala, Library Pictures e Brianstorm ofereceram uma amostra, mesmo para os não familiarizados com o Arctic Mon- 5 Alternativo O Estado do Maranhão - São Luís, 10 de abril de 2012 - terça-feira keys, de que ali está um grupo com noção clara da por vezes banalizada estratégia "claro-escuro": passagens mais contidas - até onde isso é possível, aqui - alternando-se com refrãos fortes. Cantar junto com o vocalista não é tarefa simples, mas a audiência se empenhava. Ocorre que Alex Turner dispara, não raro, uma quantidade considerável de palavras a cada verso, o que torna ainda mais digno de nota o fato de ele, ao mesmo tempo, se encarregar das guitarras mais marcantes do Monkeys. Não se trata de um virtuose, seja do instrumento ou da voz, mas de alguém com controle ideal sobre seus melhores atributos. O Arctic Monkeys saiu do palco Cidade Jardim do Lollapalooza BR às 22h48. Não será reputação da banda que fará este show permanecer na lembrança. Ou o tempo que tardaram a regressar desde a visita anterior, anos atrás. Esta apresentação sobreviverá, precisamente, pelo que Alex Turner deu a ver ao longo de pouco menos de duas horas e duas dezenas de músicas. 1990, ele iniciou pesquisa sobre poesia e música, com referências que vão da música popular brasileira às experiências sonoras de vanguarda. O resultado está nos livros-CDs XXI, Música e Belle Époque, com a participação de mais de 50 poetas e compositores brasileiros. Celso Borges tem poemas publicados nas revistas de arte e cultura Coyote e Oroboro e já ministrou oficinas de poesia em São Luís, Imperatriz (MA) e Palmas (TO). Em maio de 2009, Celso dividiu o palco com Zeca Baleiro no projeto Parcerias: A voz da Poesia, promovido pela biblioteca Alceu Amoroso Lima, em São Paulo. Em um papo descontraído, os dois artistas contaram a história de algumas de suas mais de 20 parcerias e de como começaram a compor juntos, nos anos 80, em São Luís. Atualmente, apresenta na Rádio Uol o programa Biotônico ao lado de Ze- Divulgação Beto Ehongue e Celso Borges farão experimentação que envolve música e poesia ca Baleiro e do DJ Otávio Rodrigues e edita a revista Pitomba com os escritores Bruno Azevedo e Reuben da Cunha Rocha. Beto Ehongue atua profissionalmente há 11 anos na cena cultural de São Luís com apresentações também no Sul do Brasil. Junto com a Banda Negokaapor, ele circula pelos festivais alternativos do país na divulgação do primeiro CD do grupo, vencedor em várias categorias no Prêmio Universidade FM/2006 (São Luís), inclusive o de melhor disco POP. O artista compôs trilhas para filmes, como Reversode Francisco Colombo, Encosto de Junior Balby e Bicho de Pé(vencedor de melhor trilha sonora de vídeo no Guarnicê de Cinema/2008), também de Junior Balby, além de fazer a direção e produção musical de outros artistas. O mais recente trabalho de Ehongue é com o grupo Canelas Preta, formado por João Si- mas (violão e guitarra), Hugo Benigno e Iuri Lira (percussão), Nataniel Fofo (bateria), JohnBass (baixo) e Jessé T. (teclados/samplers). Tem arranjos que mesclam samplers, beats e percussão. A base do violão acústico dá novo formato à sonoridade da música de Beto, com referências que vão de Caetano Veloso a Mano Chao. As músicas das bandas Canelas Preta e NegoKaapor estão disponíveis no Myspace. Serviço • O quê Sarau Cerol com Celso Borges e Beto Ehongue • Quando Hoje, às 19h • Onde Centro de Criatividade Odylo Costa, filho