UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MINAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO GEOLOGIA DA FOLHA SF-23-X-A-VI-1 (CONSELHEIRO LAFAIETE, MINAS GERAIS): ORTOFOTOCARTA 42-17-11, ESCALA 1:25.000 Geysson de Almeida Lages MONOGRAFIA nº 406 Ouro Preto, Outubro de 2006 i GEOLOGIA DA FOLHA SF-23-X-A-VI-1 (CONSELHEIRO LAFAIETE, MINAS GERAIS): ORTOFOTOCARTA 42-17-11, ESCALA 1:25.000 ii FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Reitor João Luiz Martins Vice-Reitor Antenor Rodrigues Barbosa Júnior Pró-Reitor de Graduação Marcone Jamilson Freitas Souza ESCOLA DE MINAS Diretor José Geraldo Arantes de Azevedo Brito Vice-Diretor Marco Túlio Ribeiro Evangelista DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA Chefe Paulo César Souza iii MONOGRAFIA DO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Nº 406 GEOLOGIA DA FOLHA SF-23-X-A-VI-1 (CONSELHEIRO LAFAIETE, MINAS GERAIS): ORTOFOTOCARTA 42-17-11, ESCALA 1:25.000 Geysson de Almeida Lages Orientador Luís Antônio Rosa Seixas Co-orientador Hubert Mathias Peter Roeser Monografia do Trabalho Final de Graduação apresentado ao Departamento de Geologia da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto como requisito parcial à obtenção do Título de Engenheiro Geólogo. OURO PRETO 2006 v Universidade Federal de Ouro Preto – http://www.ufop.br Escola de Minas - http://www.em.ufop.br Departamento de Geologia - http://www.degeo.ufop.br/ Campus Morro do Cruzeiro s/n - Bauxita 35.400-000 Ouro Preto, Minas Gerais Tel. (31) 3559-1600, Fax: (31) 3559-1606 Os direitos de tradução e reprodução reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser gravada, armazenada em sistemas eletrônicos, fotocopiada ou reproduzida por meios mecânicos ou eletrônicos ou utilizada sem a observância das normas de direito autoral. Catalogação elaborada pela Biblioteca Prof. Luciano Jacques de Moraes do Sistema de Bibliotecas e Informação - SISBIN - Universidade Federal de Ouro Preto C955a Lages, Geysson de Almeida. Geologia da Folha SF-23-X-A-VI-1 (Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais): Ortofotocarta 42-17-11, Escala 1:25.000 / Geysson de Almeida Lages – Ouro Preto: UFOP: 2006. xix, 75p.: il. color. (Monografia nº 406) Monografia do Trabalho Final de Graduação – Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de Minas. Departamento de Geologia. 1. Mapeamento geológico. 2 Minério de Manganês. 3. Conselheiro Lafaiete. 4. Suíte Alto Maranhão. 5. Greenstone Belt Rio das Velhas. I. Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de Minas. Departamento de Geologia. II. Título CDU: 550.4:504 http://www.sisbin.ufop.br vi O homem vem do pó; o pó vem das rochas; algumas rochas vem do pó; Então somos todos filhos das rochas. Aos meus pais e as rochas que me ensinam e divertem. vii Agradecimentos Agradeço aos meus pais, irmãos e amigos próximos; Ao Professor Luís Antônio Rosa Seixas pelo grande exemplo e coordenação neste trabalho; Ao Professor Hubert Mathias Peter Roeser pela co-orientação neste trabalho, a todos os alunos e professores envolvidos no TG-2006/1; Ao Degeo/Ufop e seus laboratórios LAMIN, LGqA, MicroLAB; A todos professores e funcionários do Degeo/Ufop e a FG, NUPETRO, Cead; A FAPEMIG, Degeo, Ufop pelo fomento à pesquisa; Especialmente a Ouro Preto e suas rochas que durante toda a jornada fora fonte de conhecimentos e diversão nas inúmeras escaladas e caminhadas; Ao professor Mauro Schettino. viii ix Sumário AGRADECIMENTOS .............................................................................................................. ix SUMÁRIO ................................................................................................................................. xi LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................xiii LISTA DE TABELAS.............................................................................................................. xv RESUMO ................................................................................................................................xvii ABSTRACT ............................................................................................................................. xix CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1 1.1. Introdução ............................................................................................................................. 1 1.2. Objetivos ............................................................................................................................... 1 1.3. Localização e Vias de Acesso ............................................................................................... 2 1.4. Metodologia .......................................................................................................................... 4 CAPÍTULO 2. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS ...................................................................... 7 2.1. Clima ..................................................................................................................................... 7 2.2. Vegetação .............................................................................................................................. 7 2.3. Drenagem .............................................................................................................................. 7 2.4. Uso e Ocupação do Solo ..................................................................................................... 10 2.5. Evolução da Paisagem ......................................................................................................... 10 CAPÍTULO 3. GEOLOGIA REGIONAL ............................................................................. 13 3.1. Contexto Geotectônico ........................................................................................................ 13 3.2. Trabalhos Anteriores ........................................................................................................... 15 3.3. Litoestratigrafia ................................................................................................................... 16 3.3.1. Embasamento ......................................................................................................... 18 3.3.2. Seqüências Vulcano-Sedimentares ......................................................................... 18 3.3.3. Formação Santo Amaro .......................................................................................... 18 3.3.4. Granitogênese Paleoproterozóica ........................................................................... 19 3.4. Recursos Naturais ................................................................................................................ 19 CAPÍTULO 4. GEOLOGIA LOCAL ..................................................................................... 21 4.1. Introdução ........................................................................................................................... 21 4.2. Rochas Supracrustais ........................................................................................................... 24 4.2.1. Metabasitos ............................................................................................................ 24 4.2.2. Metassedimentos .................................................................................................... 26 4.3. Rochas Plutônicas Félsicas .................................................................................................. 28 x 4.4. Mina Pequeri ....................................................................................................................... 37 4.5. Diques Básicos .................................................................................................................... 42 4.6. Metamorfismo ..................................................................................................................... 43 CAPÍTULO 5. GEOLOGIA ESTRUTURAL ........................................................................ 45 5.1. Introdução ........................................................................................................................... 45 5.2. Arcabouço Tectônico da Área 11 ........................................................................................ 45 5.3. Análise Estrutural Descritiva ............................................................................................... 46 5.3.1. Estrutura Planares e Lineares ................................................................................. 46 5.3.1.1. Acamamento Sedimentar .......................................................................... 46 5.3.1.2. Xistosidade ................................................................................................ 47 5.3.1.3. Lineações .................................................................................................. 49 5.3.2. Dobras .................................................................................................................... 50 5.3.3. Zonas de Cisalhamento .......................................................................................... 52 5.3.4. Fraturas .................................................................................................................. 53 CAPÍTULO 6. GEOLOGIA ECONÔMICA ......................................................................... 55 6.1. Introdução ........................................................................................................................... 55 6.2. Grafita ................................................................................................................................. 55 6.3. Ouro .................................................................................................................................... 56 6.4. Minério de Manganês .......................................................................................................... 57 CAPÍTULO 7. INTEGRAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS ................................. 59 7.1. Introdução ........................................................................................................................... 59 7.2. Evolução Geológica da Área ............................................................................................... 59 7.2.1. Rochas Supracrustais.............................................................................................. 59 7.2.2. Rochas Plutônicas Félsicas ..................................................................................... 64 7.2.3. Diques Básicos ....................................................................................................... 66 7.3. Evolução Estrutural da Área ................................................................................................ 68 CAPÍTULO 8. CONCLUSÕES .............................................................................................. 71 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................... 73 ANEXOS ................................................................................................................................... 77 xi Lista de Ilustrações Figuras 1.1- Localização da área e vias de acesso ..................................................................................... 3 2.1- Domínios geomorfológicos, Lineamentos e Hipsometria da ortofoto 42-17-11 .................... 9 2.2- Diagrama de Rosetas dos Segmentos de lineamentos da ortofoto 42-17-11........................ 10 2.3- Morfologia típica de unidade granítica com cicatrizes de ravinamento. .............................. 11 3.1- Mapa geológico simplificado do Cráton São Francisco e seus limites ................................ 14 3.2- Principais unidades litológicas pertencentes à Folha Conselheiro Lafaiete ......................... 17 4.1- Mapa de pontos; Análises e Contatos preliminares sobre Mapa radiométrico .................... 23 4.2- A) Anfibolito maciço; B) Saprólito de anfibolito com grumos de massa granitóide ........... 24 4.3- A) Fenoblasto de Actnolita idioblástica maclada; B) Agregado de plagioclásio ................. 25 4.4- A) Intercalação entre xistos grafitosos e cherts; B) Xisto manganografitoso e quartzito em dobras subhorizontais, isoclinais e milonitizado; C) Saprólito de minério manganesífero; D) Detalhe das granadas vistas no saprólito de xisto.................................... 27 4.5- A/B) Afloramentos relacionados ao Plúton Jacuí; C) Plagioclásio com núcleo cálcico saussuritizado; D) Cristal automórfico de alanita metamíctica com coroa de epidoto; E) Fenocristal de titanita euédrica maclada; F) Mineral acessório Zircão em biotita .. ............... 29 4.6- A) Granitóide do Plúton Retiro com fratura preenchida por epidoto; B) Dique centimétrico pegmatóide de caráter trondhjemítico em granitóide; C) Diagrama QAP de classificação de granitóides.. ................................................................................................. 30 4.7- A) Enclave microfoliado máfico; B) Enclave microdiorítico com formato “pisciforme”; C/D) Enclaves microdioríticos lenticulares.. ......................................................................... 32 4.8- A) Fotomicrografia em elétron retroespalhado no enclave microdiorítico e gráficos representativos dos minerais: Calcopirita, plagioclásio, apatita e hornblenda; B) Detalhe análise ao MEV de alanita hipdiomorfa com corona de epidoto; Pequeno cristal de Ilmenita.. ............................................................................................................................... 33 4.9- Diagramas de classificação de rochas ígneas; A) SiO2-Na2O+K2O; B) A/CNK x A/NK; C) R1xR2; D) TiO2-Zr.. ........................................................................................................ 36 4.10- Panorâmica da Mina Pequeri com respectivas litologias representativas. ......................... 38 4.11- A) aureola de alteração entre Gondito e Hbl-Bt-tonalito; B) Textura equigranular do quartzo no hornfelsito, com minerais prismáticos exibindo orientação; C) Gondito apresentando textura granolepidoblástica definida entre quartzo e biotita+opacos e porfiroblasto de granada com foliação interna concordante com a xistosidade; D) Sobrecrescimento de clorita de cores cinza-anomâlo no gondito.. ........................................ 40 4.12- A) Fotomicrografia do queluzito, com predominância de rodocrosita, e silicatos tefroíta e rodonita, e sulfeto alabandita; B) Gráficos dos seguintes minerais: Olivina-Tefroíta, Carbonato Rodocrosita, Piroxênóide Rodonita e Sulfeto Allabandita.. ................................. 41 5.1- Imagem LandSat delineando o Lineamento Congonhas e esboço da área 11.. .................... 46 xii 5.2- Estereograma sinóptico de S0 para as rochas supracrustais da área 11 . .............................. 47 5.3- Projeções de Igual-área dos Pólos de Xistosidade: A) Estereograma sinóptico de Sn para as rochas supracrustais; B) Estereograma sinóptico de Sn para as rochas graníticas. ........... .48 5.4- A) Diagrama sinótipo da projeção de igual-área das lineações minerais e estiramento agrupadas em (Lm); B) Xisto sericítico apresentando foliação Sn= 45/50 e Lm= 15/50 no ponto 96 ............................................................................................................................... .49 5.5- A/B) Cálculo e de eixo da dobra através de estereograma e fotografia da dobra isoclinal horizontal inclinada com vergência para oeste em quartzo-milonito; C) Dobra Kink band normal com vergência para SW em xisto manganesífero; D) Zona de charneira de dobra em metachert apresentando eixo com rumo NW-SE e caimento para NW; E) Dobra isoclinal vertical em gondito geradas no sentido NW-SE; F) Possível dobra em caixa em gondito ................................................................................................................................. .51 5.6- A) Plano em quartzo-milonito apresentando ressaltos escalonados com bloco se deslocando sentido NW; B) Estrias de atrito sub-horizontais no mesmo plano anterior; C) Fotomicrografia em com uso de lâmina auxiliar exibindo orientação de eixos-c em agregados de quartzo, e microestruturas como contatos interlobados a serrilhados, subgrãos e início de recristalização dinâmica com formação de filetes de novos grãos; D) Queluzito apresentando ressaltos e estrias de atrito indicando cinemática sinistral de bloco dentro da Mina Pequeri. ....................................................................................................... .53 5.7- Diagrama de Roseta contendo dados referentes ao estudo de fraturas na área 11 ............... .54 6.1- Pesquisa executada no sistema SIGMINE sobre os requerimentos constantes na área. ...... .55 6.2- A) Mapa Radiométrico Fator F da área 11; B) Plano de Falha cloritizado e indicadores cinemáticos de movimento normal na pedreira Bombaça. ................................................... .58 7.1- Gráficos geoquímicos para rochas metamáficas: A) Diagrama Álcalis x Sílica de classificação de rochas vulcânicas e limite entre série alcalina e subalcalina; B) Diagrama Triangular AFM para rochas metamáficas.. ......................................................................... .60 7.2- Diagrama Ti (ppm) vs. Zr (ppm) para anfibolitos e, para comparação, um dique básico da área 21, intrusivo em tonalito.. ........................................................................................ .61 7.3- Gráficos de elementos incompatíveis para anfibolitos e diques básicos: A) Ba x MgO; B) K2O x MgO (%); C) Zr x MgO... .................................................................................... .67 7.4- Repetições de camadas sugerindo dobramento fase D1 com eixo verticalizado . ... ............ .69 Tabelas: 4.1- Quadro geoquímico dos granitóides da área 11 e circunvizinhas ........................................ 35 4.2- Síntese geoquímica do tonalito e hornfelsito da Mina Pequeri ............................................ 39 7.1- Dados geoquímicos de anfibolitos pertencentes ao Projeto TG-2006/1 .............................. 60 7.2- Quadro Geoquímico do enclave microgranular máfico em granitóides............................... 65 xiii xiv Resumo A presente monografia refere-se ao trabalho de mapeamento geológico-estrutural, em escala 1:25000, realizado no Distrito Manganesífero de Conselheiro Lafaiete (MG), localizado a oeste deste município. A área mapeada da folha Conselheiro Lafaiete (1:50000) corresponde à ortofoto 42-17-11, cuja porção Leste é tratada com maior detalhe neste trabalho (sub-área Leste).O trabalho foi realizado em três fases: a fase Preliminar durante a qual foi feita uma revisão bibliográfica, bem como estudos de fotos aéreas e ortofotos e elaboração de um mapa preliminar; seguida da fase de trabalho de campo e desenvolvimento e a fase de finalização durante a qual os dados foram tratados, interpretados e discutidos e a monografia finalizada. A área em estudo situa-se no contexto geotectônico do Cráton São Francisco Meridional. Esta região possui uma complexa história tectonometamórfica e faz parte do embasamento da porção sul do Cráton São Francisco. Na sub-área 11 Leste foram cartografadas as seguintes unidades litodêmicas: (i) Rochas Supracrustais, englobando metabasitos e metassedimentos; (ii) Rochas Plutônicas Félsicas; e (iii) Diques Básicos. Em adição é apresentado um tópico especial descritivo sobre a Mina de Manganês Pequeri. Nas rochas supracrustais, anfibolitos máficos de derivação basáltica toleítica a cálcio-alcalina de ambiente de margem de placa provavelmente na forma de derrames e sills, intercalam-se com xistos contendo grafita e manganês, cherts, gonditos e queluzitos (Grupo Nova Lima e ou/ Grupo Barbacena). As rochas plutônicas félsicas possuem composição mineralógica tonalítica a granodiorítica à base de plagioclásio, quartzo, biotita e hornblenda, e mineralogia acessória constituída de alanita, zircão, apatita e titanita. É comum a presença de enclaves magmáticos microdioríticos, com variadas estruturas de mistura de magmas. Sua assinatura geoquímica permite classificá-los como tonalitos/granodioritos de uma suíte plutônica TTG de alto-alumínio (Suíte Alto Maranhão). Esta suíte possui dados isotópicos que indicam sua geração como magma juvenil durante a orogênese paleoproterozóica Transamazôniana. Na Mina Pequeri, o metamorfismo de contato entre os carbonatos de manganês e a intrusão do Tonalito Pequeri criou um escarnito representado pela formação de rodonita e olivina tefroíta. As estruturas na região recebem a influência do Lineamento Congonhas, importante estrutura regional de orientação geral NW-SE. Os diques básicos doleríticos contém assinatura de elementos traços compatíveis com magmas basálticos de intraplaca continental. Manganês, grafita e ouro representam os potenciais bens minerais da área. xv xvi Abstract This monograph presents the results of a 1:25000 scale litho-structural geological mapping carried out in the Manganese District of Conselheiro Lafaiete (MG), located in the west of this city. It deals the data concerning the ortophoto 42-17-11 of 1:50000 Conselheiro Lafaiete geographic sheet.. The oriental portion of the mentioned ortophoto is investigated in detail in this contribution. The work was developed in three phases: the preliminary phase during which a bibliographical revision was made, as well as studies of aerial photos and ortophotos and the elaboration of a preliminary map; after the field work and the development and the conclusion phase where the data had been treated, interpreted and argued and the monograph was concluded. The studied area is situated in the geotectonic context of the Southern Cráton São Francisco. This region has a complex tectonometamorphic history and composes the basement of the southern portion of the Cráton São Francisco. In the eastern part of area 11 three lithodemic units were distinguished: (i) : Supracrustals rocks comprising metabasalts and sedimentary rocks; Intrusive Felsic plutonic rocks; and basic dikes. In addition, a descriptive special topic about the Pequeri Manganese Mine is presented. In the supracrustal rocks, mafic amphibolites of probably tholeitic to calc-alkaline basalts flows and sills occurs intercalated with schists and phyllites, withgraphite and manganese, cherts, gondites and queluzites, all belonging to Nova Lima Group or Barbacena Group. The felsic plutonic rocks are composed by plagioclase, quartz, biotite and amphibole, with intersticial k-feldspar, and accessory allanite, zircon, apatite and titanite. It is more or less common the occurence of magmatic microdioritic enclaves and other structures of magma mingling. The geochemistry of the felsic plutonic rocks allows classifies them as tonalites/granodiorites of high-aluminum TTG plutonic suite (Alto Maranhão Suite). Isotopic Sm/Nd model ages indicates their genesis as juvenile Paleoproterozoic magmas generated during Transamazonian orogenesis. In the Pequeri Mine, the contact aureola between tonalite intrusion and manganesiferous rocks creates a skarn represented by rodonite and tephroit olivine. The structures in the region receive the influence of the the Congonhas Lineament. . The doleritic dikes contain trace elements compatible with continental intraplate magmatism. Manganese, graphite and gold represent some economic perspective. xvii CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO 1.1 - APRESENTAÇÃO Este trabalho consiste na monografia do final do curso de graduação de Engenharia Geológica da Universidade Federal de Ouro Preto, de modo a possibilitar a integração do conhecimento técnico adquirido ao longo deste, num projeto aplicado de mapeamento geológico de semi-detalhe, enfocando problemas geológicos relacionados a uma determinada área. No decorrer deste projeto diversos aspectos foram contemplados: treinamento em metodologia científica; aptidão para estudos sistemáticos e formação de profissionais com visão científica dos problemas geológicos. 1.2 - OBJETIVOS Como principal objetivo destacou-se o mapeamento na escala de 1:25.000 de uma área localizada próxima aos municípios de Conselheiro Lafaiete e Congonhas, MG, na parte meridional do Quadrilátero Ferrífero, como parte de um projeto maior onde toda a extensão do Quadrilátero Ferrífero e seus arredores serão conhecidos nesta escala de detalhe. Em específico, buscou-se o entendimento do contexto petrológico e estrutural das associações de rochas plutônicas félsicas relacionadas ao Batólito Alto Maranhão; rochas metaígneas e metassedimentares associadas ao Supergrupo Rio das Velhas, onde enquadram-se as rochas manganesíferas do tipo gonditos e/ou queluzitos; rochas metassedimentares clásticas da Formação Santo Amaro; rochas metaígneas ultramáficas intrusivas; e diques máficos. Lançados estes problemas, buscou-se a partir de estudos e interpretação, um melhor entendimento da evolução geológica e estrutural da área, baseando-se na caracterização estratigráfica e estrutural, na cartografia das estruturas geológicas, na realização de estudos petrográficos, petrológicos e microestruturais, estudos geoquímicos e ensaios físicos e na tentativa de determinação da sucessão de eventos geológicos. 1.3 - LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO 1 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 A Folha Conselheiro Lafaiete enquadra-se geograficamente, na porção centro-sul do Estado de Minas Gerais, entre os paralelos 20°30’00” e 20°45’00” e os meridianos 44°07’30” e 43°45’00”. Abrange as cidades de Conselheiro Lafaiete, São Brás do Suaçui, Jeceaba e Congonhas. A cada dupla de alunos couberam subáreas demarcadas pelos limites de uma ortofotocarta CEMIG na escala 1:10000 com cerca de 30 Km² de área. O conteúdo deste trabalho refere-se à ortofotocarta CEMIG 4217-11 compreendida entre as latitudes 20°35’00’’ e 20°37’30’’ e longitudes 43°52’30’’ e 43°48’45’’. As principais vias de acesso à região mapeada são a BR–040 e a BR-356. A partir de Ouro Preto, segue-se pela BR–356, sentido Itabirito, até o entroncamento com a BR–040, onde, a partir daí, o acesso é feito pela BR–040 sentido Conselheiro Lafaiete, podendo também seguir para Ouro Branco via estrada real seguindo até Conselheiro Lafaiete. Partindo de Belo Horizonte, o acesso é feito pela BR–040, sentido Sul, até os bairros Santa Tereza e Santa Cruz nas imediações do município de Conselheiro Lafaiete, e a partir daí atinge-se a área via estradas secundárias. Há também acesso à parte Norte da área mapeada pela BR-383 até Alto Maranhão onde também se utiliza uma estrada secundária. Na figura 1.1 visualiza-se os principais acessos à área. 2 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 BR 43°45'0"W 04 0 Sabará 0 O Barão de Cocais Santa Bárbara Raposos Nova Lima Localização do Projeto MGT 262 Ibirité o Ri n Co içã ce o 9 MG 12 MG 04 Caeté MG 437 BR 381 Contagem 20°0'0"S 43°30'0"W MG 436 44°0'0"W 20°0'0"S Catas Altas Rio Acima MG 326 Itabirito ra bi Ita G 5 82 040 BR LM Moeda 20°15'0"S o Ri 20°15'0"S MG 440 BR 356 442 MG Belo Vale Mariana MG 262 MG 03 0 Ouro Preto Rio Gualaxo do Sul Congonhas ad o 20°30'0"S um Br Ri o 443 MG BR 4 Conselheiro Lafaiete Rodovias Queluzito Rios 82 hão Rio Maran BR 383 44°0'0"W Municípios São Brás do Suaçuí Entre-Rios de Minas Rio camapuã Legenda Jeceaba 155 MG 20°45'0"S 20°30'0"S Ouro Branco Rio Paraopeba Área TG 2006/1 Ortofoto 42-17-11 Itaverava MGT 482 a ng ira LM oP i G 83 R 3 20°45'0"S 0 2.5005.000 10.000 15.000 20.000 25.000 Metros 43°45'0"W 43°30'0"W Figura 1.1 – Figura de localização da área. Modificado de IGA (2002);IGAM (2003). 3 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° XXX, 108p. 2006 1.4 – METODOLOGIA O Trabalho Final de Graduação foi realizado ao longo de 02 semestres subdivididos em três partes segundo a norma que rege tal disciplina. São elas: Parte preparatória, Trabalho de Campo e parte de Desenvolvimento e Conclusão. Parte Preparatória – Realizada entre 16/01/2006 até 28/05/2006. Compreendeu a fase de compilação de dados bibliográficos com a leitura da bibliografia sugerida, análise de dados de mapas geofísicos, incluindo mapas magnetométricos com destaque para os temas ASA, Primeira derivada; e radiométricos de contagem total, U, Th, K; imagens de sensoriamento remoto e fotointerpretação utilizando as fotografias aéreas E: 1:30000 – Vôo 29 Esteio Projeto 03/86, Faixa 2015C com as fotos 365 a 370. Além destes instrumentos de análise preliminar, utilizou-se a ortofotocarta digital 42-17-11 da CEMIG pertencente à Folha Conselheiro Lafaiete 1:50000 do IBGE. Tomou-se por base topográfica a Folha Congonhas escala 1:25.000 do IGA. Com isto, elaborou-se o mapa base e a redação dos capítulos iniciais da monografia. Duas excursões de campo foram realizadas neste período, respectivamente nos dias 11/02/2006 e 25/03/2006. Esta etapa do trabalho foi acompanhada pelo coordenador da disciplina e 2 alunos mestrandos na segunda excursão. Fora coletados diversas amostras iniciando um trabalho de reconhecimento petrográfico, petrológico e geoquímico. Houve duas aulas de introdução ao software ESRI-ArcGIS no laboratório de Processamento digital de Imagens ministrado pelo professor Dr. André Danderfer Filho. Definiu-se a nomenclatura dos pontos nesse estágio visando normatizar a coleta sistemática de dados para uso futuro. A sigla é composta pelo conjunto de nove caracteres agrupados como no exemplo: CL-HH-11-010 onde os dois primeiros caracteres referem-se às iniciais da folha topográfica 1:50.000 onde se realizou o trabalho (Folha Conselheiro Lafaiete), os subseqüentes a quadricula na ortofoto, depois o número da ortofoto na articulação e por último a identificação do ponto na ortofoto. Trabalho de Campo – Ocorrido entre 27/5/06 até 11/6/06. Compreendeu a fase de campo propriamente dita, com a execução do mapeamento das ortofotocartas pelas duplas. A sede do projeto foi em Conselheiro Lafaiete. Esta fase envolveu a obtenção de dados de geologia de campo, geologia estrutural, petrografia, e coleta de amostras para estudos em laboratório. A dupla marcou 151 pontos de observação no campo onde não se computou pontos de controle de caminhamento. Os mapas geológicos base preliminares foram aqueles produzidos, respectivamente pela GEOSOL em 1983, disponível em Grossi Sad et al., 1983 – Geologia do Distrito Manganesífero de Conselheiro Lafaiete, MG. Boletim da Sociedade Brasileira de Geologia, Núcleo de Minas Gerais. Anais do II Simpósio de Geologia de Minas Gerais, 3, 259-270 –; e Pires, 1977 – Geologia do Distrito Manganesífero de Conselheiro Lafaiete. Tese de Mestrado, UFRJ, 344p. Esta etapa de campo contou com o 4 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 acompanhamento dos professores Dra. Caroline Janette Souza Gomes, Dr. Newton Souza Gomes, Dr. Hubert Mathias Peter Roeser e com o orientador Dr. Luís Antônio Rosa Seixas. Desenvolvimento e conclusão – Realizada entre 12/06/06 e 21/10/06. Compreendeu a fase final do trabalho, com a confecção final do mapa geológico apresentado na escala 1:25000, estudos de laboratório, análise de dados estruturais, geoquímicos, ensaios físicos, retorno ao campo no dia 29/08/2006, onde foram visitados 02 pontos de interesse da dupla junto com o professor coordenador e, fundamentalmente, a redação de uma monografia de final de curso integrando todo entendimento acerca da região. As monografias foram individuais, e envolveu a co-orientação do professor Hubert Roeser. A aprovação é feita mediante a apresentação e defesa da monografia diante de banca examinadora composta de três membros. Como linhas gerais, cada monografia deve compreender os seguintes capítulos: 1. Introdução, 2. Aspectos Fisiográficos, 3. Geologia Regional, 4. Geologia Local, 5. Geologia Estrutural 6. Geologia Econômica, 7. Integração e Discussão dos Resultados , 8. Conclusões. 9. Referências. Como Anexos fazem parte: Mapa Geológico escala 1:25.000, Fichas de descrição petrográfica ao microscópio petrográfico, Planilha de pontos de mapeamento com coordenadas UTM e indicação de rochas, Catálogo de amostras macroscópicas coletadas em campo, Ficha de afloramentos com dados estruturais, e ainda outros anexos eventualmente trabalhados como dados geoquímicos, geofísicos, difração de raios X por pó total, microscopia eletrônica. Foi adicionado aos anexos devido a sua extensão, metodologia referente a digestão de amostras utilizadas para a análise geoquímica pelo método ICP-OES que consistiu no método de digestão total – Savillex. As análises geoquímicas e as análises ao MEV utilizadas nesta monografia foram executadas com o auxílio financeiro dos Projetos FAPEMIG CRA 440/02 e FAPEMIG CRA 242/03 coordenados pelo Prof. Dr. Luís Antônio Rosa Seixas. 5 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 CAPÍTULO 2 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS 2.1- CLIMA Predomina na região o clima mesotérmico brando segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE (2002), sendo o mesmo considerado por Pires (1977) como clima tropical de altitude. As temperaturas máximas e mínimas anuais observadas são de aproximadamente 24,9 °C e 14,9 °C ocorrendo respectivamente nos meses do verão e inverno. A temperatura média anual é de cerca de 20 °C INDI (2006). De acordo com o IBGE (2002) o índice pluviométrico médio anual para a região próxima a cidade de Conselheiro Lafaiete é de 1474,9 mm e Pires (1977) ressalta que os períodos chuvosos se desenvolvem entre outubro a março e a estiagem vai de abril a setembro. 2.2 – VEGETAÇÃO Na região, a vegetação é representada pelo tipo floresta latifoliada tropical (Pires, 1977) e encontra-se preservada esparsamente principalmente compondo a mata de reserva de propriedades rurais. Dentro das representantes deste tipo de vegetação pode se destacar remanescentes como jacarandás (Dalbergia sp.), cedros (Cedrela sp.), jequitibás (Cariniana sp.), ipês (Tabebuia sp.), aroeiras (Astronium sp.) e gameleiras com sapopemas descritas por Pires (1977) e algumas espécies de candeias. As matas ciliares são observadas de forma preservada no curso do Rio Pequeri que drena a área. Atualmente grande parte da área se presta a pastagens. 2.3 – DRENAGEM A área do Projeto pertence à bacia hidrográfica do Rio São Francisco, próximo a divisa com a Bacia do Rio Doce (IGAM, 2003). A principal rede hidrográfica, segundo Guild (1957), corresponde à bacia do Rio Paraopeba, importante afluente do Alto Rio São Francisco. O Rio Paraopeba está presente na parte central do projeto, próximo à cidade de Jeceaba e São Brás do Suaçuí, com orientação principal NS e fluxo para N. Na área da ortofotocarta mapeada corre o Rio Pequeri como um dos afluentes do rio Paraopeba. 6 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Com base no padrão de drenagens foram separados dois domínios hidrográficos na ortofoto 42-17-11 (Figura 2.1). O Domínio A, ocupando área aproximada de 60%, e o domínio B, correspondendo ao restante da área. São separados por um divisor de águas. Tratam-se de duas bacias hidrográficas de hierarquia fluvial endorréicas, onde a bacia pertencente ao domínio A alimenta o Rio Paraopeba, que tem o Rio Pequeri como seu afluente neste domínio, e a Bacia B alimentando o Ribeirão Bananeiras. O domínio A, que agrega o Rio Pequeri e sua bacia de captação, apresenta padrão de drenagem retangular de média densidade, sinuosidade mista, angularidade baixa e assimetria fraca. É provável que seja controlado por um padrão de fraturamento NW-SE. Localmente, o Rio Pequeri constitui-se num fluxo de direção principal NW, perene, subseqüente, devido ao falhamento observável pela inflexão ortogonal de seu leito na parte oeste da ortofoto. Tanto este como os outros fluxos são considerados influentes, recebendo contínua contribuição do subsolo na sua recarga. Tal fato é observado na formação de um lago na cava da Mina Pequeri junto à margem direita do rio homônimo, restabelecendo o nível freático num plano superior ao do canal. Este rio se encaixa em diferentes substratos com formação de alguns terraços aluviais de difícil transposição durante a fase de campo. O domínio B, observado na área leste, possui padrão dendrítico, densidade média, sinuosidade média, tropia bidirecional e assimetria fraca. Estes córregos prenunciam uma condicionante morfológica com predomínio das feições do tipo mar de morro. 7 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Hipsometria e Domínios geomorfológicos 620000.000000 623000.000000 7723000.000000 7723000 .000000 O B Legenda: Drenagens Lineamentos Hipsometria Elevation 1040 - 1060 1020 - 1040 1000 - 1020 980 - 1000 960 - 980 940 - 960 A 920 - 940 900 - 920 7720000.000000 7720000 .000000 880 - 900 620000.000000 500 250 0 500 623000.000000 1.000 Meters Composição modelada apartir de: LandSat S1841W; IBGE(2002);Folha Lafaiete 1_25000. DATUM: SAD_69 23 S Figura 2.1 - Domínios geomorfológicos A e B separados pelo traço vermelho, Lineamentos e Hipsometria da ortofoto 42-17-11. 8 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° XXX, 108p. 2006 Foi realizado um estudo quantitativo de segmentos de lineamentos (um segmento = 300 m) obtidos a partir da análise da composição de satélite SW1841 E: 1:50000 e representados na Figura 2.1. O resultado é apresentado no diagrama de rosetas da Fig. 2.2 predominando a direção NW-SE, onde na ortofoto mapeada esta direção principal coincide com o Lineamento Congonhas (Seixas 1988). N 20 Apparent Strike 25 max planes / arc at outer circle 15 10 Trend / Plunge of Face Normal = 0, 90 (directed away from viewer) 5 W 20 15 10 5 5 10 15 20 E No Bias Correction 5 10 15 100 Planes Plotted Within 45 and 90 Degrees of Viewing Face 20 S Figura 2.2 – Diagrama de Rosetas dos Segmentos de lineamentos da ortofoto 42-17-11. N=100. Cada círculo igual a 10 medidas; direção aparente máxima: N30W. 2.4 – USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Prevalece o setor agropecuário como principal agente de uso e ocupação do solo. São pequenas propriedades rurais que desenvolvem principalmente rebanho bovino para corte e leite. Em menor escala ou para subsistência encontram-se as criações de galináceos e suínos. Quanto ao cultivo agrícola predominam as plantações de milho, cana e batata-inglesa e outras em menor porte como banana, mandioca. 2.5 - EVOLUÇÃO DA PAISAGEM A geomorfologia da região de Conselheiro Lafaiete/Congonhas possui relevo caracteristicamente montanhoso e ondulado típico de escudos Précambrianos granito-gnáissicos, com seu aspecto tipo mar de morro. Esses relevos são fruto de intensa dinâmica externa, cuja cota na área do projeto varia de 850 a 1450 m (a sudoeste com a Serra da Caxeta). No restante da área predominam planaltos elevados que se apresentam mais desenvolvidos na margem esquerda do Rio Paraopeba, suavizando em direção a Jeceaba com altitude próxima de 900 m. Na região de Lafaiete estes planaltos situam-se na cota de 900 m. Na ortofoto 42-17-11 as cotas máxima e mínima registradas são, 9 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 respectivamente, 1068 m e 900 m , concentrando a maior parte da área mapeada entre as cotas 916 e 970 m. É importante mencionar que a nível distrital (Folha Conselheiro Lafaiete), as feições geomorfológicas constituem importante controle nas jazidas de óxidos de manganês, onde estatisticamente distribuem-se principalmente entre as cotas 980 a 1020 m (Grossi Sad et al. 1983). Na Figura 2.3 pode-se vislumbrar a morfologia típica das unidades graníticas da região com formação de ravinamento desenvolvidos nestas. Figura 2.3 – Morfologia típica de unidade granítica com cicatrizes de ravinamento (setas). 10 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 CAPÍTULO 3 GEOLOGIA REGIONAL 3.1 - CONTEXTO GEOTECTÔNICO A área pesquisada pelo projeto de mapeamento desta monografia enquadra-se na parte meridional do Cráton São Francisco (Almeida, 1977) e a sudoeste do Quadrilátero Ferrífero (Almeida 1977), na extremidade limítrofe com a Província Mantiqueira, constituído por extensa área de embasamento arqueano retrabalhado intrudido por plútons granitóides paleoproterozóicos e corpos máficos que fazem parte de uma entidade geológica de maior ordem denominada Plataforma Sulamericana consolidada durante o Pré-cambriano. Essa região sofre influência principalmente da Faixa Alto Rio Grande e do evento nomeado Cinturão Mineiro (Teixeira et al. 1996 in Alkmim, 2004, e está situada a sul do Lineamento Congonhas (Seixas 1988), onde ocorrem diferentes litologias, com graus de metamorfismo diversos e perturbações tectônicas similares (Pires 1977). Silva et al. (2002) define o cráton como uma entidade geotectônica com origem que remonta ao Mesoarqueano, e delimitada pelos orógenos de idade Neoproterozóica pertencentes ao Ciclo Brasilianos que o contornam. Esses limites do cráton são traçados com base nas variações da deformação e envolvimento do embasamento paleoproterozóico e arqueano na orogênese brasiliana. Segundo estes autores, na parte meridional do cráton houve dois orógenos sobrepostos sendo o Cinturão Mineiro do Paleoproterozóico e o Cinturão Araçuaí do Neoproterozóico. Alguns autores (Pires 1977, Grossi Sad et al. 1983, Noce 1995, Silva et al.2002) consideram que parte da área em estudo constituiu um arco magmático em margem continental ativa, com retrabalhamento da crosta arqueana e rejuvenescimento no brasiliano. 11 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 3.1 - Mapa geológico simplificado do Cráton São Francisco segundo Schobbenhaus e Bellizzia, (2003), com modificações. Limites do cráton segundo Almeida (1977). A história evolutiva do Cráton São Francisco – e sua contraparte no Congo, na África Ocidental, é apresentada a seguir com base no trabalho de (Delgado, 2003; Alkmim, 2004). O Cráton São Francisco-Congo resulta da amalgamação de placas litosféricas no final do Neoproterozóico através de uma série de colisões diacrônicas. As porções mais antigas do cráton tiveram origem a partir da colisão de núcleos continentais diferenciados desde 3,4 Ga, formando uma grande massa continental arqueana, aglutinada e consolidada durante o Evento Rio das Velhas/Jequié (~2,7 – 2,8 Ga). Por volta de 2,5 Ga se desenvolve a margem passiva Minas que fragmenta a massa continental antes aglutinada, individualizando o continente Paramirim. Durante o evento Transamazônico (2,2 Ga a 1,9 Ga), inicio do período Orosiriano, o continente Paramirim é levado à colisão com outro continente, o do Gabão, com participação de arcos magmáticos. O Plutonismo, a deformação e 12 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 metamorfismo desta fase originam o denominado Cinturão Mineiro, o qual entra em colapso por volta de 2,06 Ga. O clímax da orogênse e da formação dos arcos ocorre em 2,1 Ga. No período de 1,7 Ga ocorre uma etapa tafrogênica, na época Estateriana, onde se desenvolve uma série de riftes ensiálicos no supercontinente, ao longo dos quais, foram depositados sedimentos continentais intercalados com lavas ácidas e capeados por sedimentos marinhos. A 950 Ma, no período Toniano, a placa São Francisco – Congo individualiza-se devido ao desenvolvimento da tafrogênese Macaúbas, onde os riftes estaterianos são reativados e alguns ramos evoluem para margens passivas. Após sua individualização, o continente São Francisco – Congo, devido à orogênese Brasiliana, é envolvido em uma série de colisões com conseqüente formação do Gondwana, no final do Neoproterozóico. Nesse período, as margens passivas e ativas são convertidas nos cinturões orogênicos, atualmente conhecidos como Cinturões Orogênicos Brasilianos, que definem os limites do Cráton. A ruptura e conseqüente separação do Cráton São Francisco – Congo ocorre no Eocretáceo a partir da formação do rifte Recôncavo – Tucano – Jatobá durante o evento Sul – Atlantiano. Esse evento é o responsável pela abertura do Oceano Atlântico, e conseqüente formação das margens leste brasileira e oeste africana. 3.2 – TRABALHOS ANTERIORES A região começou a ser pormenorizada por Barbosa (1949) que definiu de um modo geral a estratigrafia e estruturas locais da folha Conselheiro Lafaiete. Precedeu a ele, trabalhos como o de Derby, 1908; Bastos & Brichsen (in Pires, 1977) que definiram o embasamento na região como arqueano. Freyberg (in Guild, 1957) mapeou as proximidades da Folha Conselheiro Lafaiete na década de 20. Barbosa (1949) propôs a organização das rochas estratigraficamente, desmembrando a Série Minas, criando a Série Mantiqueira composta por gnaisses polideformados e a Série Barbacena contendo micaxistos, cloritas xistos, anfibólio xistos e talco xistos, sendo a última depositada em discordância sobre a Série Mantiqueira. Mais tarde, no convênio DNPM-USGS, Guild (1957) mapeou na escala 1/25.000 o quarto superior da Folha Conselheiro Lafaiete. Neste trabalho este autor definiu nas rochas da região, uma série de “greenchists sequence” redefinido por Dorr (1969) como parte da Série Rio das Velhas. 13 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Pires (1977) considerou as rochas granito-gnaissicas do embasamento como pertencente ao Complexo Mantiqueira segregando o restante das unidades em tonalíticas/granodioríticas e migmatíticas. Também define as rochas máficas da Série Rio das Velhas como sendo parte de um greenstone belt e inclui os quartzitos da Formação Santo Amaro na folha. Grossi Sad et al. (1983) denominou o migmatito proposto por Pires (1977) como Bananeiras e os tonalitos e granodioritos como parte do Batólito Alto Maranhão. Seixas (1988) estudando uma faixa próxima a cidade de Congonhas reconhece os granitóides leucocráticos como Granitóide Congonhas, Batólito Alto Maranhão e as unidades máficas ferríferas, máfica-félsicas, ultramáficas, anfibolíticas manganesíferas e metasedimentares fazendo parte do Supergrupo Rio das Velhas. 3.3 – LITOESTRATIGRAFIA A região em estudo é constituída por associação de rochas arqueanas, que englobam o embasamento granito-gnaíssico e a seqüência vulcano-sedimentar greenstone belt do Supergrupo Rio das Velhas, rochas paleoproterozóicas representadas pelo Supergrupo Minas onde Ebert (1955 in Grossi Sad, 1983) possivelmente se encaixa a Formação Santo Amaro, rochas intrusivas representadas pela granitogênese plutônica paleoproterozóica materializada sob as formas do Batólito Alto Maranhão, Plúton Congonhas e correlatos (Fig. 3.2). 14 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 3.2 - Figura de localização das principais unidades litológicas pertencentes à Folha Conselheiro Lafaiete. 15 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 3.3.1 Embasamento Pires (1977) denomina o Grupo Mantiqueira como sendo o embasamento gnáissicomigmatítico de idade arqueana na região composto principalmente por migmatitos, nebulitos, anatexitos e diatexitos cortados por gerações de diques graníticos. Grossi Sad et al (1983) também considera os gnaisses e migmatitos ocorrentes a oeste da Serra da Moeda onde, segundo ele, são rochas com variada estrutura, sublenticulares a bandadas, com bandamento paralelo à foliação e localmente injetados por rochas de composição granítica. 3.3.2 Seqüências Vulcano-Sedimentares Na região de Conselheiro Lafaiete, essa seqüência vulcano-sedimentar é designada por Barbosa (1954) de Série Barbacena, e posteriormente subdividida nas Formações Barbacena e Lafaiete (Ebert, 1956; in Endo, 1997) sendo a Formação Lafaiete extinta mais tarde. Guild (1957) define essa seqüência como “Greenschist Sequence” e Dorr (1969) correlaciona a seqüência vulcano-sedimentar com o Grupo Nova Lima, onde salienta as jazidas de manganês situadas fora do Quadrilátero Ferrífero. O Grupo Nova Lima segundo Dorr (1969) pertence à Série Rio das Velhas que àquela época possuía o Grupo Maquiné sotoposto. Mais tarde Schorscher (1978 in Endo, 1997 ) definiu a base da Série como Grupo Quebra Ossos onde o termo Supergrupo Rio das Velhas substitui a palavra Série.Esta unidade engloba komatiítos, metabasaltos, formações ferríferas bandadas, metachert, filitos e xistos carbonosos, clorita-xisto, sericita-xisto, quartzo-xisto, metarenito impuro, rochas máficas e ultramáficas, metagrauvacas e dolomitos e ainda talco-xistos, formações manganesíferas como gonditos, queluzitos na forma de óxidos e filitos. Dorr (1969) menciona que o Grupo Nova Lima contém o equivalente metamórfico das principais rochas sedimentares exceto evaporitos e combustíveis fósseis e que a ocorrência disseminada de talco-xisto e talco-filito são prováveis metamorfitos de ultramáficas intrusivas. Nas adjacências de Conselheiro Lafaiete, Grossi Sad et al. (1983) descreve tais intrusões ultramáficas sem correlação bem esclarecida, mas acredita-se que podem ser plugs, diques. 3.3.3 Formação Santo Amaro A Formação Santo Amaro ocorre na serra homônima na parte Sul do projeto de mapeamento. Foi enquadrada na Série Minas por Ebert (1955, in Pires 1977), porém esta correlação não é consensual. Grossi Sad et al. (1983) a correlacionam com o Grupo Maquine. É constituída de leitos de quartzito ao norte de Desterro de Minas (Pires, 1977) e na Serra de Boa Vista (Grossi Sad, 1983). 3.3.4 Granitogênese Paleoproterozóica 16 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 O Batólito Alto Maranhão foi definido por Grossi Sad et al. (1983) para designar um amplo segmento do terreno ao Sul do Quadrilátero Ferrífero constituído de rochas plutônicas félsicas de composição quartzo-diorítica a granodiorítica. Guild (1957) e Pires (1977) também estudaram esses corpos plutônicos, assim como estudos mais recentes realizados por Noce (1995), Seixas (1988, 2000) entre outros. Na sua localidade tipo, no Alto Maranhão, cerca de 2 km ao Norte da área mapeada nesta monografia, Noce (1995) definiu através de datação U-Pb em zircão a idade de 2130+2 Ma. Em sua tese de doutoramento, Seixas (2000) classifica-se estas rochas como pertencentes a uma Suíte TTG. Este autor, caracterizou típicos fenômenos de mistura de magmas, com magmas dioríticos cálcioalcalinos, originados, provavelmente, a partir de fusão de rochas mantélicas metassomatizadas. Evidenciam-se ainda nesses estudos os processos de fracionamento magmático e reinjeção de magma na câmara dentre outros fenômenos. A deformação de parte do batólito teria ocorrido durante o resfriamento sub-solidus do magma tonalítico, e seria portanto sintectônico à intrusão e injeção de líquidos residuais evoluídos nos estágios finais como diques trondhjemíticos. Outro corpo plutônico que foi mapeado como pertencente ao Batólito Alto Maranhão, é o do Plúton Congonhas que, segundo Seixas (2000), pode ser interpretado como sendo resultado de um pulso magmático de composição granodiorítica a trondhjemítica, apresentando, assim como o tonalito Alto Maranhão, afinidades geoquímicas com magmas TTG. A característica mais marcante do Plúton Congonhas está na presença de enclaves surmicáceos, formados pela acumulação, durante uma fase precoce de cristalização, de biotitas e minerais acessórios, sugerindo importantes condições de pressão de água e baixa fugacidade de oxigênio durante a cristalização magmática 3.4 – RECURSOS NATURAIS A região ao Sul do Quadrilátero Ferrífero é conhecida na literatura regional como local de várias minas de manganês. A atividade exploratória principal de manganês no entorno do município de Conselheiro Lafaiete foi feita, principalmente a partir de minério de manganês supergênico na forma de óxidos de manganês. Uma destas principais minas de manganês ativas no século passado encontra-se dentro da ortofotocarta 42-17-11, e é denominada de Mina Pequeri. Um tópico especial sobre esta mina será apresentado no Capítulo 4. Após o exaurimento dos depósitos supergênicos, desenvolveu-se tecnologia para extrair o protominério sílico-carbonatado a partir de queluzitos ou sílico-aluminosos a partir de gonditos. A maior mina em atividade na região é a do Morro da Mina em Conselheiro Lafaiete, funcionando desde 1902. Dentre as aplicações deste bem se destacam ligas especiais metálicas e baterias alcalinas. Dentre outros recursos minerais da região encontram-se ouro, talco e a grafita. Seixas (1988) estudou as ocorrências de ouro no Lineamento Congonhas. Hoje o ouro encontra-se em menor proporção em zonas de cisalhamento da região, porém, foram intensamente explorados nos séculos XVII e XVIII. Na região de Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco há ocorrências de talco e a exposição 17 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 em grandes áreas do embasamento e outras rochas graníticas e gnáissicas que garantem britas e outros produtos para construção civil. A grafita ocorre de forma expressível em corpos de estrutura filítica a xistosa associados à ocorrência de manganês cabendo algum estudo sobre aproveitamento econômico. 18 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 CAPÍTULO 4 GEOLOGIA LOCAL 4.1 – INTRODUÇÃO Nesse e nos próximos capítulos tem inicio a abordagem que concerne ao mapeamento propriamente dito da ortofotocarta 42-17-11, onde serão discutidos os aspectos das unidades litodêmicas que a compõem, relatando suas características petrográficas, estruturais, condições de metamorfismo regional e relações de contato. As normas CPTG (Comissão Permanente do Trabalho de Graduação) recomendam a divisão da área gerando duas monografias que pormenorizam cada qual determinada porção. Contudo para que não incorra em prejuízo para ambos, todos os dados foram tratados globalmente mesmo porque, o cenário em questão já é demasiado pequeno para todas as assertivas. Dessa forma todos os dados estruturais foram agrupados e tratados a fim de obter valor estatístico, e ainda independente de sua localização geográfica os afloramentos que permitiram a confecção das lâminas delgadas foram descritas por ambos não só pelo fato dos litotipos terem continuidade como objetivando mudanças texturais e composicionais. A área foi dividida de modo que contemple aos dois executores do mapeamento a possibilidade de detalhar a Mina de Manganês Pequeri. Na divisão coube a este autor redigir texto explicativo sobre a porção Leste da ortofoto e a Glauber Grijó Augusto dos Santos a porção Oeste, o que sugere aos futuros leitores o uso das duas monografias para melhor entendimento do Mapa geológico gerado. Pelo clima da região já mencionado anteriormente, e a exposição de rochas pré-cambrianas, era esperado que durante o mapeamento deparássemos com grande volume de saprólitos e espessa cobertura pedológica aguçando o exercício de dedução e dificultando a definição dos contatos. Evitouse descrever o trend tectônico das unidades nesta descrição devido a complexidade de estruturas presentes na área que serão tratadas no capítulo 5 sobre geologia estrutural. Dos 152 pontos descritos, 61 foram classificados como saprólitos, 50 em rochas frescas a parcialmente intemperizadas aflorando como lageados em topos de morro, encostas, corte de estradas, pedreiras e ou/minas, 34 pontos de solo e 07 pontos considerados em colúvio. Foram coletadas 73 amostras das quais 26 pertencem a Mina Pequeri cobrindo seus litotipos e faixas transicionais. Desse montante selecionou-se 20 amostras para laminação, 05 amostras foram enviadas para análise geoquímica de rocha pelo método ICP-OES no Laboratório de Geoquímica do DEGEO/UFOP, 02 19 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 lâminas foram estudadas ao microscópio eletrônico de varredura (MEV) e 04 amostras foram analisadas por Difratometria de Raios-X. Na figura 4.1 pode-se ter uma idéia da distribuição de pontos descritos e também dos pontos selecionados para lâminas delgadas, análise ao MEV, análise geoquímica e Difratometria de Raios-X. Os pontos foram plotados sobre o mapa geofísico de gamaespectometria da área, e também com os traços dos contatos geológicos do mapa geológico de Grossi Sad et al. 1983 na escala 1:50000. Os nomes atribuídos às rochas descritas nas próximas páginas foram sugeridos a partir de estimativa modal dos minerais majoritários feitas por área ao microscópio petrográfico. Expõe-se descritivamente a seguir, as seguintes unidades cartografadas: (i) Rochas Supracrustais, englobando metabasitos e metassedimentos; (ii) Rochas Plutônicas Félsicas; e (iii) Diques Básicos. Em adição é apresentado um tópico especial descritivo sobre a Mina Pequeri. 20 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 4.1: Planilha de pontos; Análises e lâminas; Contatos preliminares de Grossi Sad, 1983 sobre Mapa radiométrico contagem total. Em números vermelhos estão representados: 1 – rochas plutônicas félsicas; 2 – rochas supracrustais e 3 – rochas ultramáficas. Em azul o limite da área 11. 21 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 4.2 – ROCHAS SUPRACRUSTAIS 4.2.1 – Metabasitos Os metabasitos tem ampla distribuição na ortofoto mapeada, onde ocorre intimamente associada e quase sempre apresentando contatos bruscos com os xistos, ambos agrupados na unidade (rochas supracrustais) supracrustal. Os litotipos correspondem a anfibolitos com estrutura e textura maciça apresentando aparentemente alguns fenocristais decussados, passando a foliados à finamente bandados com texturas nematoblástica próximo a contatos com a unidade plutônica, como no ponto CL-FI-11-81, CL-HH-11-34. Afloram comumente em forma de matacões ou saprólitos de cor ocre e algumas estruturas preservadas na encosta de morros e cortes de estrada. Outras área-tipo desta subunidade são definidas nos pontos: CL-FH-11-116, CL-FH-11-121 pertencentes à subárea Oeste. Na Figura 4.2A visualiza-se afloramento, em planta, de anfibolito num “campo de matacões” e na Figura 4.2B um saprólito com anfibolito parcialmente preservado. Neste local observa-se a presença de grumos cor rosa e textura mosqueada aparentemente indeformada, sendo um possível granitóide (Gn na Fig. 4.2B). Cada afloramento desse tipo era minuciosamente estudado em seu entorno e suas relações de campo pois foram verificadas duas situações no contato entre anfibolitos e granitóides. Na primeira situação ocorrem restos de anfibolito numa massa granítica volumosa sendo considerado xenólitos e na segunda onde o anfibolito é mais abundante verifica-se a ocorrência de apófise da intrusão granítica na sua colocação. Figura 4.2: A) Afloramento CL-FI-11-82 em planta de anfibolito maciço. B) Saprólito de anfibolito (Anf) CLFI-11-81 parcialmente preservado com grumos de massa granitóide (Gn). Visada NE em ambas. Microscopicamente os anfibolitos são constituídos por grãos finos a médios de anfibólio verde com textura nematoblástica e subordinadamente textura granoblástica e poiquiloblástica nos grãos de plagioclásio. O anfibólio constitui-se de Actinolita (Fig.4.3A) com proporções entre 70-90%, fraco 22 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 pleocroísmo em tons de verde, tamanho entre 0,8 e 5,0 mm, forma hipidiomorfa a idiomorfa e hábito prismático, orientados, com alguns pórfiros por vezes decussados. Por vezes, distinguiu-se hornblenda dentre os anfibólios. O plagioclásio compõem 15-25% modal, com tamanho aproximado de 0,3 a 1 mm, xenomórfos a hipdiomorficos, textura não muito bem definida com epidoto pulvurulento e uma textura intersticial poiquiloblástica entre os plagioclásios e quartzo(Fig.4.3B). Os acessórios principais são a titanita xenomorfa e os opacos amebóides também xenomorfos. Figura 4.3: A) Fenoblasto de Actnolita idioblástica maclada, em luz analisada (LPX); B) Agregado de plagioclásio, em luz analisada (LPX). No ponto CL-HH-11-34 , após estudo petrográfico em lâmina concluiu-se que o anfibolito apresenta-se com forte textura nematoblástica e granulação fina, assemelhando-se a um xisto possivelmente derivado de anfibolitos cisalhados. O anfibolito encontra-se em contato brusco com rochas plutônica félsica, desenvolvendo forte foliação protomilonítica. A composição mineralógica compreende 35 % de actnolita, 50% de plagioclásio, 3% de biotita em contato com os anfibólios, evidenciando provável interação dos fluídos no contato entre as unidades. Percolando várias microfraturas, há epidoto e clorita substituindo a biotita. 23 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 4.2.2 – Metassedimentos Vários tipos litológicos foram englobados no mapa como metassedimentos dentro das rochas supracrustais, fundamentalmente xistos mangano-grafitosos, metacherts, e rochas manganesíferas. Dentre as rochas manganesíferas inclui-se gondito – rochas à quartzo+espessartita e queluzito – rochas à rodocrosita e silicatos de Mn. Rochas quartzozas, mais ou menos xistosas são tratados aqui como metacherts devido aos aspectos texturais, composicionais e de campo, descritos a seguir. Alguns destes litotipos serão abordados no tópico especial sobre a Mina Pequeri por constituírem de modo ímpar, uma aureola definida de transição entre o proto-minério manganesífero, xistos milonitizados e intensificados por uma intrusão plutônica que além de verticalização da foliação, redobramento, culminou num possível metamorfismo de contato. Os metacherts afloram, devido a sua resistência ao intemperismo, em diversos locais dentro da ortofoto, porém apenas no ponto CL-HH-11-12 observa-se que ultrapassa 2 m de espessura, ficando as demais ocorrências limitadas a lentes e boudins centimétricos. Está associados aos xistos carbonosos. Possui seu aspecto é sacaroidal, com granulação fina, recristalizado e sem estruturação interna visível, salvo alguns casos em que se encontra dobrado, foliado e ou/ bandado onde a percolação de óxido de manganês ou grafita delineou tais estruturas (Fig. 4.4A/B). Além do ponto de metachert número CL-HH-11-12, pode citar como afloramentos ricos em informações deste litotipo os pontos CL-HH-11-147, CL-FH-11-71.Em lâmina apresenta-se de forma monótona com cerca de 100% de quartzo xenomórfico com textura granoblástica, o tamanho dos grãos variando entre 0,1 a 0,4 com contatos interlobados a serrilhados uma vez que, foi freqüente sua presença em zonas de cisalhamento dentro da unidade supracrustal. Além de contatos serrilhados, uma recristalização parcial foi observada com a formação de ilhas de novos grãos. Os xistos grafitosos se associam aos metacherts e gonditos/queluzitos, e afloram com espessura reduzida , não ultrapassando a 1,0 m. Notavelmente afloram nos pontos CL-HH-11-12, CLFH-11-69 a CL-FH-11-70. Na subárea Leste ocorrem nas imediações da Mina Pequeri no ponto CLHH-11-150 se estendendo até o CL-HH-11-12 (Fig. 4.4B) pela margem direita do Rio Pequeri. Na Mina Pequeri e imediações identificam-se xistos grafitosos em meio a xistos micáceos, cortados por diques ácidos decompostos em caolim e quartzo. Mineralogicamente estimou-se por calcinação, um percentual entre 17% com pico máximo de 21,07% de carbono livre somando os voláteis, para estes xistos e pelo resíduo obtido pode-se inferir a presença de manganês e ou/ ferro na sua composição, sendo denominado então xisto manganografitoso. A análise desta amostra pelo método pó total de difratometria de raios-X disposta no Anexo de Difratogramas de raios-X número 2 não obteve o resultado esperado. A mesma foi identificada como possível composição manganografitosa, contudo o resultado obtido é compatível com o dique ácido neste ponto cujos minerais identificados foram caolinita, quartzo e muscovita. 24 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 As formações manganesíferas se estendem como lentes delgadas em toda faixa ao Sul da ortofotocarta, partindo da margem direita do Rio Pequeri onde se localiza a Mina Pequeri até o sudeste da ortofoto. A área-tipo indubitavelmente situa-se na Mina Pequeri e adjacências, mas foram mapeadas no sudeste da área gonditos CL-GJ-11-48 (Fig.4.4C) distando 3,98 Km da Mina. Outras ocorrências de rochas manganesíferas nesta faixa são: Bandeirinhas (UTM 620800;7719700) e Unha de Gato (UTM 620050;7721400) na subárea Oeste. Nessas ocorrências, verificou-se tratar de trincheiras de pesquisa pretéritas estabilizadas por cobertura vegetal secundária. No supracitado ponto, pôde-se perceber a gradação de xistos contendo clorita, quartzo, granada para níveis manganesíferos de até 5m sugerindo tratar-se gonditos (Fig.4.4C/D). Figura 4.4: A) Intercalação entre xistos grafitosos e cherts, Visada S; B) Xisto manganografitoso e quartzito em dobras subhorizontais, isoclinais e milonitizado, CL-HH-11-12; C) Saprólito de minério manganesífero, visada para SW; D) Detalhe das granadas vistas no saprólito de xisto, próximas a seta vermelha da escala. Ponto CLGJ-11-48. 4.3 – ROCHAS PLUTÔNICAS FÉLSICAS 25 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 As rochas plutônicas félsicas mapeadas na ortofoto 42-17-11 possuem tipos petrográficos de composição granodiorítica a tonalítica, predominando as últimas. Ocupam substancial área aflorando ora em matacões esfoliados nas encostas de morro ora expostos em pedreiras e corte de estradas secundárias. Dividiu-se sua ocorrência em alguns plutons ou áreas-tipo de modo a facilitar seu estudo, embora pelo estudo petrológico combinando geoquímica, geofísica e petrografia suspeita-se da continuidade de alguns plútons. Sendo assim, no extremo sudoeste da área ocorre o Plúton Mato-Dentro e os afloramentos do ponto CL-GG-11-125 um pouco mais a Norte; O Plúton Bombaça na pedreira homônima; O Plúton Jacuí no Nordeste da área e o ponto CL-FG-11-37 na parte Noroeste da área; O Plúton Retiro, um corpo isolado no centro da orotfotocarta. Também será abordado no tópico sobre a Mina Pequeri um corpo plutônico observado na mina, de pequenas dimensões. Os plútons Mato-Dentro, Bombaça e o ponto CL-GG-11-125 possuem assinatura gammaespectométrica notável, conforme se observa na figura 4.1 e constituem o mesmo corpo. No campo, os granitóides têm cor cinza esbranquiçada e caracterizam-se por apresentarem granalução média a fina, equigranulares, leucocráticos a mesocráticos, foliados a fortemente foliados, bandamento incipiente, sendo que alguns apresentam pequenas zonas de cisalhamento com estruturas S-C. É comum a presença de pelo menos duas gerações de diques cuja composição varia de granodiorítica a trondhjemítica e granulação aplítica a pegmatítica, presença de enclaves microgranulares máficos microdioríticos com formas pisciformes, ovóides e constantemente estirados. O mineral mafico mais comum dos granitóides é a biotita, podendo haver hornblenda associado. No setor oriental da ortofotocarta, subárea Leste, os granitóides do Plúton Jacuí que afloram no Nordeste e aqueles que afloram no Sudeste da área, constituem biotita-tonalitos. O Plúton Retiro é um biotita-granodiorito passando a Bt-Hbl-tonalito nas bordas. Os Bt-Tonalitos e Bt-Hbl-Tonalitos em lâmina microscópica, possuem tamanho dos grãos médio com textura granular xenomórfica parcialmente recristalizada, apresentação foliação, e são compostos por plagioclásio, quartzo, microclíneo e biotita como minerais essenciais e titanita, alanita e zircão como minerais acessórios. Como minerais de alteração portam epidoto e clinozoizita. Ortoclásio foi identificado como mineral em quantidades próximas de 1% em algumas lâminas. O plagioclásio de tamanho de 0,2 a 6 mm preenche 45% da rocha, são hipdiomórficos a xenomórficos, zonados com núcleo cálcico e intensamente saussuritizados. Segundo método de identificação pela combinação de maclas Carlsbard e polissintética seu teor An equivale ao Oligoclásio. Os agregados de quartzo com tamanho entre 0,2 a 2 mm, possuem textura xenomórfica interlobada e apresentam-se recristalizados com subgrãos e aparecem englobando biotita idiomorfa. Localmente, em algumas lâminas, possuem contatos serrilhados e tamanho diminuto em rochas protomiloníticas (CL-FJ-11-110). O microclineo vai de 0,2 a 3 mm, forma hipdiomorfo a xenomorfo, sericitizado e chega a 5% a sua quantidade em rocha. O tamanho dos grãos de biotita vai de 0,3 a 3 26 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 mm com cerca de 10% , hipdiomorfa a idiomorfa, hábito prismático é, por vezes, englobada por quartzo e plagioclásio e pode possuir titanita com clivagens. O anfibólio foi observado no tonalito da Mina Pequeri, chegando a 5% de presença em algumas fácies do plúton Bombaça na subárea Oeste e no ponto 34 (Plúton Retiro) da subárea Leste. Trata-se de hornblenda, parcialmente recristalizada para actinolita. Entre os minerais acessórios destaca-se a alanita, a qual ocorre em cristais idiomórficos, por vezes, apresentando textura simplectita tipo corona de epidoto/clinozoizita. Outros minerais varietais são o epidoto s.s. substituindo parcialmente biotitas e ou/ em plagioclásio, zircão e apatita, e titanita que se apresenta euédrica e amebóides contornando opacos denunciando a possível existência de ilmenita nas amostras. O estudo em lâmina de um dique no Bt-tonalito do ponto CL-FH-11-103 (Plúton Jacuí) revelou-se um aplito granodiorítico. 27 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 4.5: A/B) Afloramentos relacionados ao Plúton Jacuí (CL-FH-11-103); C) Plagioclásio (Pl) portando núcleo cálcico saussuritizado em LPX; D) Cristal automorfo de alanita (Aln) metamíctica com textura simplectita do epidoto clinozoisita (Ep), LPX; E) Fenocristal de titanita (Ttn) euédrica maclada constituindo uma das gerações presentes nas rochas da região; F) Mineral acessório Zircão (Zrn) em biotita (Bt). Na área central da ortofoto tem-se o Plúton Retiro, um leuco-granitóide equigranular de granulação média a fina, foliação incipiente e cujos melhores afloramentos referem-se aos pontos CLHH-11-34 (figura 4.6A/B), CL-HI-11-55 E CL-HI-11-152 . Da estimativa visual da mineralogia ao microscópio petrográfico de uma lâmina parcialmente intemperizada concluiu-se por se tratar de um granodiorito. O mineral essencial microclíneo atingiu cerca de 25% da rocha, porta além de sericita, Pl pertítico, também apresenta textura mimerquítica nos contatos com plagioclásio. O quartzo ocupa 30% e apresenta-se xenomorfo e com textura interlobada. O plagioclásio encontra-se saussuritizado, forma hipdiomórfica a xenomórfica perfaz 40% em lâmina. Os prismas de biotita chegam a 3% nesta lâmina intemperizada e possui cor de interferência verde. Os acessórios são compostos por alanita, zircão, titanita, apatita, epidoto e opacos. Já no ponto 34, o plúton Retiro apresentou-se portando Hornblenda e composição mais tonalítica, o que contrariou a expectativa desse plúton ser um corpo mais evoluído e diferenciado derivado de outros processos como fusão parcial dos próprios tonalitos.. 28 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 4.6: A) Granitóide-tipo do Plúton Retiro com fratura preenchida por epidoto; B) Dique centimétrico pegmatóide de caráter trondhjemítico no granitóide;C) Diagrama QAP Streckeisen, 1976 portando o resultado da classificação de 06 lâminas de granitóides (losangos azuis), O ponto granodiorito/Monzogranito corresponde ao Plúton Retiro no centro da área. Um componente importante dos litotipos tonalíticos diz respeito à presença de enclaves magmáticos máficos microgranulares, os quais, de certa forma, auxiliam a definir fácies plutônicas dentre os diferentes plútons mapeados na ortofotocarta. Foi possível observá-los em algumas situações e mereceu atenção o estudo petrológico dos enclaves classificados em campo como “microgranodioríticos” (CL-GG-11-142) devido à preservação dos mesmos (Figs. 4.7B, C e D). Além deste tipo de enclave, foi observado um enclave micáceo dentro do plúton Bombaça, na pedreira principal (Ponto CL-FH-11-01, Fig. 4.7A). 29 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 4.7: A) Enclave micáceo máfico; B) Enclave microdiorítico com formato “pisciforme”; C/D) Enclaves microdioríticos lenticulares. A escala está com a seta posicionada para o norte em planta. Observa-se que os enclaves enclaves microdioríticos estão sub-concordantes com a foliação para direção N-NE dos tonalitos hospedeiros. Fotografias tiradas em afloramentos da subárea oeste. O enclave microgranular do ponto 11-142 foi analisado ao microscópio. Verificou-se a composição microdiorítica de textura granular xenomórfica Mineralogicamente, o enclave é constituído por hornblenda (60% da lâmina), hipdiomorfa a idiomorfa, com seções losangulares típicas, biotita com 10%, o plagioclásio complementa o restante da rocha com 30%. O tamanho destes cristais variou de 0,1 a no máximo 1,5 mm sendo a moda entre 0,2 a 0,8 mm. Alguns minerais acessórios foram observados ao MEV sendo que a figura 4.8B apresenta no enclave microdiorítico uma assembléia mineral ocorrente também em sua rocha hospedeira que no caso são Bt-tonalitos a BtHbl-tonalitos. 30 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 31 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 4.8: A) Fotomicrografia em elétron retroespalhado no enclave microdiorítico do ponto 142 e o gráfico contendo os picos elementares dos seguintes minerais respectivamente: Calcopirita(Cpy), plagioclásio (Pl), apatita (Ap) e hornblenda (Hbl); B) Detalhe na mesma análise ao MEV de alanita (Aln) hipdiomorfa típica corona de epidoto (Ep). Observe no primeiro gráfico que ela já está parcialmente metamíctica apresentando empobrecimento em ETR´s.; Pequeno cristal de Ilmenita (Ilm). Na Tabela 4.1 são apresentados os dados geoquímicos agrupados com base na continuidade dos plútons utilizando mapa radiométrico, no mapa geológico preliminar, e na proximidade com a área permitindo que fossem agrupados os pontos CL-HG-10-12 UTM 7718899; 616500, CL-IF-14-18 UTM 7717635; 615680 e CL-II-15-153 UTM 7717548; 621936 pertencente a áreas vizinhas para o tratamento. Sendo assim os pontos CL-HG-10-12, CL-IF-14-18, CL-GG-11-125 e CL-FH-11-01 compõem o plúton Mato Dentro-Bombaça. A amostra CL-HH-11-150-3E representa o granitóide encontrado na Mina Pequeri e a amostra da área 15 (CL-II-15-153-1) equivale a um granitóide mais leucocrático relacionado aos afloramentos do extremo sudeste da subárea Leste. Tabela 4.1: Quadro geoquímico de granitóides da área 11. As três primeiras amostras não pertencem a área 11, mas são apresentadas por fazer parte do Plúton Mato Dentro-Bombaça. Os elementos maiores estão expressos 32 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 em porcentagem de seus óxidos. A sílica foi obtida pela diferença da somas de todos os outros óxidos. Os elementos traços estão em ppm. PPC= Perda ao Fogo. Todos os óxidos de Ferro calculados para Fe2O3. Amostra SiO2(*) TiO2 Al2O3 Fe2O3 MnO MgO CaO NaO K2O P2O5 PPC Soma CL-HG-10-12-2 CL-II-15-153-1 63,48 0,63 16,60 4,74 0,07 2,70 4,10 5,26 1,67 0,273 0,46 100 70,75 0,23 16,54 1,72 0,03 0,50 2,03 6,07 1,31 0,057 0,76 100 Ba Sr Y Zr Th Cu Zn Sc Co Cr Ni V 1234 1067 9,04 123 12,6 19,9 146 6,39 65,1 85,2 38,4 103 378 509 2,51 87,5 4,41 8,20 51,1 1,48 75,5 2,56 <2,50 28,1 S 220 91,1 CL-IF-14-18-2 CL-GG-11-125-1 61,67 0,73 16,59 5,48 0,08 2,60 4,75 5,20 1,76 0,302 0,83 100 Traços (ppm) 1109 1000 13,6 131 9,96 12,6 84,0 6,83 52,4 67,4 26,8 114 178 CL-HH-11-150-3E CL-FH-11-01-2 66,64 0,60 16,48 3,70 0,05 1,12 3,20 5,43 1,96 0,196 0,64 100 62,38 0,88 16,47 6,04 0,09 1,85 5,00 4,81 1,53 0,275 0,67 100 66,85 0,60 16,22 3,86 0,05 1,13 3,24 5,08 2,27 0,194 0,51 100 1130 863 8,10 109 8,60 <0,50 64,0 3,41 49,3 11,3 3,8 72,1 750 662 13,2 132 6,99 18,0 102 6,56 42,6 20,0 7,21 126 969 751 7,72 126 10,9 5,69 68,3 3,79 41,4 13,7 4,21 73,8 132 872 142 Conforme se observa na Tabela 4.1 e figura 4.9A as amostras podem ser consideradas de composição tonalítica segundo a relação de K2O/Na2O < 0,5 e baixa a média sílica (60<SiO2<70), com exceção da amostra CL-II-15-153-1. A amostra 150-3E apresenta maior teor de ferro devido a presença de hornblenda e biotita em sua composição e o seu maior volume de enxofre sugere a presença de sulfetos. Na figura 4.9B percebe-se que as rochas podem ser classificadas como metaluminosas com base no índice de saturação em alumínio A/CNK. Na figura 4.9C infere-se a possível ambientação tectônica relacionadas a processos colisionais. Na figura 4.9D as rochas plutônicas félsicas caem no campo das composições tonalíticas e granodioríticas. 33 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 15,0 Alkalic A-C C-A Calcic Na2O+K2O 12,0 9,0 6,0 3,0 0,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 ANK SiO2 3,0 2,8 Me taluminous 2,6 2,4 2,2 2,0 1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 P eralkaline 0,8 0,6 0,4 0,5 P eraluminous 1,0 1,5 ACNK 34 2,0 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 2500,0 2000,0 Mantle F rac tionates P re-P late Collision P ost-Co llision Uplift Late -Orogenic Ano rogenic Syn-Collision P ost-Oroge nic 1 R2 1500,0 1234567- 2 1000,0 3 4 500,0 6 5 0,0 0,0 500,0 1000,0 7 1500,0 2000,0 2500,0 3000,0 R1 700,0 600,0 Zr 500,0 Granite Granodiorite 400,0 F ie ld of F elsic Rocks 300,0 200,0 100,0 F ie ld of MUM Roc ks 0,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 TiO2 Figura 4.9: Diagramas de classificação de rochas ígneas; A) SiO2-Na2O+K2O Peacok, 31; B) A/CNK x A/NK, M.P, 1984; C) R1xR2, Batchelor & Bowden, 1985; D) TiO2-Zr; As cores assinaladas em azul referem-se a análises geoquímicas de granitóides pertencentes a área 11. Os círculos referem-se granitóides de áreas circunvizinha (áreas 10, 14 e 15) constantes na tabela 4.1 e os losangos azuis são granitóides pertencentes à área 11. 4.4 –MINA PEQUERI Devido a relevância do manganês na região, tanto do ponto de vista econômico bem como do significado geológico de sua existência, e face ao excelente estado de preservação das rochas expostas na Mina Pequeri, foi feito um estudo de detalhe. O estudo consistiu de uma amostragem das diferentes 35 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 litologias que ocorrem nas bancadas da mina(Fig. 4.10), na qual aparecem dispostas lado a lado, uma intrusão tonalítica, uma rocha hornfelsítica no contato, seguida de xistos e depois o minério de manganês propriamente dito. Figura 4.10: Panorâmica da Mina Pequeri com respectivas litologias representativas. Visada SE. O granitóide foi classificado no campo como tonalito, tem cor cinza escuro, mesocrático, portando hornblenda e biotita. Em lâmina (CL-HH-11-149-01) apresentou-se inequigranular com textura inequigranular de granulação média, tendo textura orientada da hornblenda subordinada. Como proporções o plagioclásio ocupa cerca de 40% em lâmina com cristais zonados hipdiomorfos a xenomorfos de até 4 mm identificado como oligoclásio. Apresentam-se saussuritizados e sericitizados. O quartzo é xenomorfo com contatos interlobados e tamanho médio de 0,6 mm compõe 30% modal. Microclíneo está presente com 5% com cristais idiomorfos de até 1,2 mm. A hornblenda com hábito prismático e seções losangulares identificáveis até em análise macroscópica, perfaz cerca de 7% e tem tamanho aproximado dos cristais de 1,4 mm. A biotita ocorre em duas gerações distintas de forma idiomorfa e xenomorfa somando 12% com cristais médios de 0,8 mm. O mineral varietal mais abundante é a titanita perfazendo 2-3% com forma idiomorfa. O epidoto formou-se com cerca de 1% em rocha que ainda apresenta como minerais: alanita, zircão, apatita e fases opacas. A classificação para tal granitóide equivale a Hbl-Bt-Tonalito. A rocha adjacente à intrusão tonalítica foi designada de hornfelsito. Este termo foi aplicado com base em aspectos descritivos como a estrutura maciça de granulação fina a muito fina, e a sua 36 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 relação de campo justaposta no contato entre os xistos e o tonalito.. Sugere-se que esta rocha representa o produto provindo do metamorfismo de contato definido entre o tonalito e as encaixantes, ou seja, o cornubianito ou hornfelsito na terminologia moderna. Trata-se de um litotipo maciço escuro de granulação fina caracterizado em lâmina por ser uma rocha rica em quartzo, equigranular, textura granoblástica, e com tênue orientação das micas (Figura 4.11B). Todos os minerais possuem entre 0,20,4 mm de tamanho onde o quartzo e forma hipdioblástica e tem 66% de porcentagem modal, a biotita é idioblástica, orientada e ocupa 25% da rocha, o plagioclásio é hipdioblástico com 2-5%. A titanita é também um componente importante, ocorre em cristais tanto idioblásticos como circundando opacos por vezes dendríticos, e sua porcentagem fica na faixa de 3-4%. Os opacos e epidoto finalizam com cerca de 1% cada. Da comparação direta na tabela 4.2 entre a geoquímica do Hbl-Bt-Tonalito e o hornfelsito pode concluir a similaridade composicional de ambos com destaque para o empobrecimento em cálcio e ferro no hornfelsito, volume superior em sílica, enxofre e bário, talvez como fruto da interação metassomática entre os xistos que provavelmente constituem gonditos e o tonalito. Tabela 4.2: Síntese geoquímica do tonalito e o hornfelsito . Os óxidos estão calculados em porcentagem enquanto que os valores dos elementos traços representam partes por milhão. Amostra SiO2(*) Tonalito 62,38 Hornfelsito 67,31 CaO Tonalito 5,00 Hornfelsito 2,83 Ba Tonalito 750 Hornfelsito 1200 Cr Tonalito 20,0 Hornfelsito 50,2 TiO2 0,88 0,59 NaO 4,81 5,03 Sr 662 675 Ni 7,21 43,3 Al2O3 16,47 16,14 K2O 1,53 1,56 Y 13,2 18,3 V 126 92,5 Fe2O3 6,04 3,70 P2O5 0,275 0,183 Zr 132 150 Zn 102 80,5 MnO 0,09 0,11 PPC 0,67 0,80 Th 6,99 8,33 Sc 6,56 4,98 MgO 1,85 1,75 S 872 2754 Cu 18,0 50,8 Co 42,6 98,1 Os xistos fortemente milonitizados, possuem granulação fina e aparecem verticalizados próximos ao contato com o tonalito, redobrados, manganesíferos e com cor amarelada (Fig. 4.11A). Em lâmina se apresentam com granulação fina e textura lepidoblástica exibindo um arranjo milimétrico das laminações com os agregados de quartzo (30%) xenoblásticos, tamanho 0,1-0,4 mm com contato serrilhado a interlobado e poeira de opacos nos interstícios. A biotita ocupa 40% da lâmina com tamanhos até 0,8 mm idioblástica a hipdioblástica, sendo estas formas e as cores de interferência dividindo-as em duas gerações. A granada porfiroblástica sintectônica com tamanhos de até 2,5 mm portando poucas inclusões e concentrando nas charneiras do xisto ocupando cerca de 10% da rocha. Os opacos ocupam 19% e estão orientados segundo a foliação. A titanita é o principal acessório com 1%. 37 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Em outra lâmina de xisto (CL-HH-11-150-2A),as granadas porfiroblásticas passam a ocupar 30% da lâmina e possuem indícios de estruturas que atestam pelo menos duas fases de deformação preservadas. Elas podem atingir até 4 mm de tamanho. O quartzo é xenoblástico e ocupa 30%, com contatos interlobados e formação de novos grãos. Biotita prenche 35% e por vezes engloba as granadas com tamanhos entre 0,4 a 1,5 mm. A clorita (2%) sobrecresceu nas biotitas e tem tamanho aproximado de 2 mm, possuindo hábito radial. Os opacos e poeira destes somam 3%. Ainda foi descrito nesta lâmina um anfibólio, pleocróico amarelo pálido a castanho claro, birrifrigência baixa, cores de interferência de 1° ordem, e para o qual não foi possível definir a espécie mineral. A nomenclatura deste xisto se faz o uso do termo gondito aos xistos portadores de granadas e quartzo , e cujo produto de intemperismo constitui óxidos de manganês, sugerindo que devem tratar-se de granadas manganesíferas . Figura 4.11: A) Contato entre gondito e Hbl-Bt-tonalito formando aureola de alteração; B) Textura equigranular de quartzo no hornfelsito e minerais prismáticos exibindo orientação; C) Gondito apresentando textura granolepidoblástica entre quartzo e biotita+opacos e porfiroblasto de granada pós-tectônica (foliação interna concordante com a xistosidade); D) Sobrecrescimento radial de clorita de cores anomâlas no gondito. O queluzito constitui-se no minério de manganês propriamente dito. É uma rocha maciça, fina, não porta granadas, suja as mãos ao contato e ao microscópio (luz refletida e transmitida) mostra-se 38 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 finamente bandada. Seu principal componente é o carbonato de manganês, a rodocrosita, que aparece como poiquiloblastos ocupando 50% da lâmina, com tamanho entre 0,1 a 0,5 mm, forma hipdioblástica a idioblástica, relevo alto, bandado. Os opacos apresentam-se como “poeira de grãos” muito finos e formas amebóides de tamanhos até 0,5 mm também e ocupam cerca de 40%. Os 15% restantes devido à ocorrência não freqüente foram agrupados como indistintos e após análise ao MEV, e seções de luz refletidas concluiu-se tratar de silicatos aos quais se destacam o piroxenóide rodonita, olivina tefroíta e o sulfeto alabandita, todos destacados na Figura 4.12. Após a análise ao MEV foi possível identificar as fases minerais dos silicatos também em lâmina. A olivina tefroíta possui cor laranja em luz polarizada, cores de interferência verde-oliva, sem pleocroísmo, biaxial negativa e como distinção além da cor, possui relevo alto e está sempre associada à rodonita. O piroxenóide rodonita tem como principal característica nessa lâmina a cor rosa choque, azul claro a púrpura em luz analisada, incolor a pálidas cores de rosa fracamente pleocroísco, extinção oblíqua e biaxial positivo. Não foi possível observar a clivagem em lâmina. Nos gráficos da Figura 4.12B, a tefroíta no primeiro gráfico apresenta o pico de Mn (54-58% MnO) discordante da sílica (3038,5% SiO2) e a rodonita tem os picos composicionais de sílicio e manganês similares. Os silicatos se apresentam poiquilíticos. 39 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 4.12: A) Fotomicrografia em luz analisada do queluzito, com predominância de rodocrosita (Cb), os minerais coloridos equivalem aos silicatos tefroíta e rodonita, ambos identificados primeiro ao MEV e depois por propriedades óticas, e o sulfeto de manganês alabandita (MnS); B) Imagem ao MEVonde é possível observar por ordenação dos gráficos os seguintes minerais: Olivina-Tefroíta (Tfr), Carbonato Rodocrosita (Rdc), Piroxênio Rodonita (Rod) e o Sulfeto Allabandita (MnS). 4.5 - DIQUES BÁSICOS 40 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 No ponto 34 foi encontrado um único matacão de rocha gabróica sem estruturação aparente na região de contato tectônico entre metabasitos e a borda do plúton do Retiro. A rocha em lâmina apresenta-se com estruturação ígnea preservada, porém intensamente hidrotermalizada ficando apenas a textura esqueletiforme dos clinoanfibólios e plagioclásios com textura consertal. Lombello (2006, no prelo) descreve na ortofoto 42-17-21 um dique doleritíco com cerca de 40% de plagioclásio e relictos de augita extremamente uralitizada.O dique tem direção mapeável NW-SE. Não é possível traçar a continuidade do dique encontrado na Área 21, com o encontrado na Area 11 desta ortofotocarta, mas, pela composição observada, cerca de 42% de pseudomorfos substituído por agregado de actinolita fibrosa, e40% de plagioclásio epidotizado preservando hábito ripiforme, pode-se supor tratar do mesmo tipo de dique que ocorre na área 21: um dique básico dolerítico de dimensões não mapeáveis na área 11. 4.6 – METAMORFISMO As paragêneses minerais encontradas no estudo petrográfico dos metabasitos, nas rochas plutônicas félsicas e nas rochas da Mina Pequeri, sugerem um mínimo de duas fases de metamorfismo, de cunho regional, e atingindo temperaturas no limite da fácies xisto-verde superior podendo ter atingido o fácies anfibolito inferior. Na unidade máfica a paragênese encontrada no estudo de 03 lâminas compreende clinoanfibólio Hornblenda/Actinolita, com predomínio deste último por meios óticos de distinção, plagioclásio poiquílitico, epidoto. A paragênese anfibólio+plagioclásio+quartzo+titanita+epidoto pode situar este metabasito entre os fácies Epidoto-anfibolito equivalente à fácies xisto verde superior a anfibolito representado por metassedimentos com formação de granadas pré-tectônicas sendo que o anfibólio se predominantemente for actinolita por si só caracterizaria temperaturas mais baixas na faixa da fácies xisto verde superior. Não foi possível estabelecer com certeza o grau de metamorfismo porém considera-se que minimamente as rochas evoluíram em temperaturas mínimas do fácies Xisto verde superior contudo ocorre formação de granadas e anfibólios em diversas rochas supracrustais. Outra paragênese possível, representa a obtenção de hornblenda apartir da reação: anfibólio (+actinolita) + plagioclásio(+albita) + epidoto hornblenda + plagioclásio chegando à fácies anfibolito inferior porém, não parece que é o que ocorre nas rochas da região uma vez que, foi comum a albitização das bordas do plagioclásio nas reações metamórficas. Neste caso poderia sugerir uma fase de metamorfismo na fácies anfibolito inferior com retrometamorfismo na fácies xisto verde com formação de epidoto, actinolita e clorita. Todos os granitóides da área preservam parcialmente sua identidade ígnea mas, por vezes apresentam foliação incipiente a milonítica. A paragênese ígnea original destas rochas comporta hornblenda+ quartzo + biotita +oligoclásio + K-feldspato. A recristalização de carbonato + epidoto (clinozoisita/zoisita) sobre o plagioclásio sugere metamorfismo regional na fácies xisto verde, sendo 41 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 que a hornblenda é parcialmente substituída por actinolita característica de grau mais baixo seguido de epidoto e clorita. A saussuritização do plagioclásio corrobora que o processo de recristalização da paragênese ígnea das rochas plutônicas félsicas situa-se na fácies xisto verde. O modo como as rochas se expõem na Mina Pequeri permite quantificar o halo de alteração que as rochas foram submetidas no contato com a intrusão tonalítica lá definida. Esse metamorfismo de baixa pressão ou seja, de contato, é evidenciado pela geração de hornfels e principalmente pela formação de uma assembléia mineralógica no queluzito bastante heterogênea na qual se destaca a tefroíta que é uma das fases ricas em manganês do grupo das olivinas. Essa olivina, que é um mineral tipicamente metamórfico, requer algumas condições especiais para ocorrer. Neste caso alguns quesitos são preenchidos pois verifica-se que a rocha é calciossilicatada, não possui quartzo livre, e o componente forsterita (incremento de magnésio) começa a caracterizar graus mais altos de temperatura (Figura 4.12B). Para que estas reações aconteçam é presumível que a fácies atingida chegou a Hornblenda-hornfels (= anfibolito) e que é compatível com o observado. Primeiro o teor de magnésio da forsterita não é tão alto e foi encontrado anfibólios nos xistos sendo assim, na Mina Pequeri localmente estima-se no mínimo fácies anfibolito. As diferenças químicas do hornfelsito e do Bt-Hbl-tonalito da Mina Pequeri sugerem que pode ter ocorrido metassomatismo favorecendo as trocas catiônicas. Minerais como rodonita suscitam esse tipo de hipótese pois são comuns em escarnitos onde no contato com rochas calcáreas e granitos incrementa-se o teor de SiO2 favorecendo a formação desses silicatos como será discutido na integração de dados. 42 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 CAPÍTULO 5 GEOLOGIA ESTRUTURAL 5.1 – INTRODUÇÃO Através da análise descritiva de várias estruturas encontradas em fase de mapeamento e versadas nesse capítulo, pretende-se subsidiar as proposições acerca da evolução estrutural da área. Tal análise baseia-se em estruturas megascópicas e mesoscópicas, lâminas delgadas e principalmente da análise e interpretação espacial das estruturas medidas e agrupadas segundo suas relações. As feições deformacionais quase sempre apresentam lacunas devido ao estado de alteração das rochas, o que dificulta a identificação das estruturas e prejudica interpretações a respeito da cinemática e de eventuais eventos superpostos. 5.2 – ARCABOUÇO TECTÔNICO DA ÁREA 11 No capítulo 2, que versa sobre a fisiografia da região, pode-se visualizar um estudo preliminar morfo-estrutural da ortofoto 11 nas figuras 2.1 e 2.2, no qual se elaborou um mapa de lineamentos a partir de compilações de imagens de satélite e composições de radar. Após obtenção da leitura azimutal e magnitude destas feições lineares analisou-as em vários segmentos na escala 1: 30000 (cada segmento = 300 metros). O resultado após plotar em diagrama de rosas (Figura 2.2) concluiu-se que a direção principal NW-SE domina a área de modo homogêneo, o que justifica a não compartimentação estrutural da área. A predominância da direção NW-SE nos lineamentos da área 11 confirma a influência do Lineamento Congonhas (LC), mas não dá pra afirmar qual o grau de relação deste com os lineamentos que podem ser condicionados pelos eixos de dobras ou clivagem plano-axial da fase D1 de dobramento descrito adiante. O LC constitui uma megaestrutura linear de direção NW-SE com foliações sub-verticais que se estende desde Noroeste de Congonhas até Sudeste de Catas Altas, imprimindo na região sentido diferente da vergência cinemática para oeste encontrada no Quadrilátero Ferrífero, a norte da Falha do Engenho (Seixas, 1988). O vértice Nordeste da subárea Leste dista 2,9 km do Lineamento Congonhas que pode ser visualizada na Figura 5.1. 43 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 622000 624000 626000 628000 630000 632000 4 7726000 772600 0 772800 0 Pluton Bombaça 7728000 773000 7730000 620000 0 618000 7724000 7722000 772200 0 772400 0 LC 7720000 772000 0 Área 11 0 1,5 3 4,5 771800 Kilometers 618000 620000 622000 624000 626000 628000 630000 7718000 0,75 0 1,5 632000 Figura 5.1 – Imagem LandSat delineando a megaestrutura de direção NW-SE chamado Lineamento Congonhas (LC) e esboço da área 11 em azul. Como referência, o segmento que sai do vértice NE da área 11 e encontra-se perpendicularmente ao LC tem 2.9 km. 5.3 – ANÁLISE ESTRUTURAL DESCRITIVA Nesta análise não será adotada a separação em subdomínios estruturais, uma vez que pelo estudo morfo-estrutural não se obteve êxito reconhecendo a diversidade de resultados e não foi possível evidenciar subdomínios. Pretende-se portanto descrever as estruturas básicas associando-as quando possível a estruturas maiores observadas na área. 5.3.1 – Estruturas Planares e Lineares 5.3.1.1 – Acamamento Sedimentar Estruturas primárias preservadas nas rochas supracrustais não foram observadas, entretanto admite-se que a a intercalação de níveis grafitosos e quartzozos ao longo de estruturas como as observadas no capítulo 4 nas figuras 4.4 A e B refletem o acamamento original destas rochas. Nos metacherts, o acamamento foi reconhecido também pela alternância das camadas reconhecendo níveis milimétricos de quartzo sacaroidal, por vezes, separados por lentes grafitosas. Já em campo foi possível observar multiplicidade de atitudes devido a dobras parasíticas de menor porte onde fora reconhecido tal estrutura aqui denominado acamamento sedimentar (S0) que pode ser analisada no estereograma da Figura 5.2. 44 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 5.2 – Projeções de Igual-área dos pólos de S0: A) Estereograma sinóptico de S0 para as rochas supracrustais da área 11. N=42; Máx=9,37%; β1=157/69; β2=83/20; β3=241/31 e β4=0/77. A partir da análise do diagrama da figura 5.2 observa-se a grande dispersão de dados referentes ao acamamento (S0). Os pólos não se ajustam a uma única girlanda o que sugere mais que um eixo estatístico β e, consequentemente, que parte dos dobramentos não são cilíndricos. A fase inicial de dobramento (D1) cujo eixo tem direção NW-SE com caimento para SE, atitude 157/69 (β1) tem evidente expressão no mapa geológico da área 11 na forma de uma calha sinformal com terminação na parte norte do mapa e traço axial muito próximo do eixo estatístico β1. Considera-se como D2 uma fase mais recente de dobramentos que parece estar associada aos dobramentos β2 e β3 (trata da mesma fase coaxial pela análise da foliação Sn ) e possui eixo com rumo próximo de E-W com caimento E , atitude 86/28 (β2). Uma terceira fase (D3) com eixo de rumo N-S e caimento para N, atitude 0/77 de dobramento no regime dúctil pode estar relacionada a geração de dobras isoclinais levemente inclinadas com vergência para oeste que serão descritas no item sobre dobras. 5.3.1.2 - Xistosidade Constitui a estrutura mais conpíscua e facilmente identificada na área 11 dada pelo arranjo planar preferencial dos minerais micáceos (Figura 5.4B) e seu pólos plotados nos estereogramas das figuras 5.3A e B: 45 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 5.3 – Projeções de Igual-área dos Pólos de Xistosidade (Sn): A) Estereograma sinóptico de Sn para as rochas supracrustais da área 11. N=133; Máx=6,38%; β1=151/62; β2=83/16; β3=263/26 e β4=6/74. B) Estereograma sinóptico de Sn para as rochas graníticas da área 11. N=29; Máx=12,33%; β1=.122/54. Novamente depara-se com a grande dispersão dos dados, superposição de dobramentos e ainda, a xistosidade encontra-se dobrada, e em paralelismo com S0 ( S0//Sn), Figura 5.3A. Na análise de Sn para as rochas supracrustais observa-se que o dobramento (D1) possui valores muito próximos do calculado para S0, com o eixo β1=151/62, direção NW-SE com caimento para SE. Os valores de β2 e β3 também se assemelham bastante, sendo considerados como parte da fase dita D2. A fase D3 confirma seu eixo estatístico próximo do rumo N-S com atitude 6/74. 46 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Os granitóides exibem esporadicamente foliações consideradas Sn e passíveis de medição, pois no momento de sua colocação onde provavelmente encontrava-se em estado sub-solidus ocorriam eventos cinemáticos simultâneos e o resultado foi exposto na figura 5.3B. Nesse caso, observa-se nitidamente apenas a fase D1 de dobramento regional de eixo NW-SE com caimento para SE e atitude β1=122/54. São poucos dados para qualquer elucidação, mas o fato deste não possuir as fases mais novas de dobramento deve-se ao fato da competência do mesmo, e seu provável estado de cristalização. Menciona-se este fato devido à possibilidade da fase D1 não ser a mais velha e portanto a única registrada na granitogênese. De qualquer forma pode-se ver uma pequena dispersão de dados no diagrama 5.3B que pode referir-se à fase D2. Outra característica em relação à foliação Sn das rochas supracrustais refere-se que no mapa próximo aos contatos com os granitóides, esta se encontra sub-verticalizada formando uma espécie de “quilha” devido ao arqueamento que provavelmente os granitóides imprimiram em sua colocação. 5.3.1.3 – Lineações A lineação mineral foi observada em alguns pontos podendo ser plotada em diagramas. Os xistos referentes à área 11 não evidenciaram de modo adequado tal trama, dada principalmente por sericita, de modo que não foram observadas tantas lineações tais como lineação de crenulação, estiramento e interseção. Seguem as principais lineações na figura 5.4. 47 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 5.4 – A) Diagrama sinótipo da projeção de igual-área das lineações minerais e estiramento agrupadas em (Lm) da área 11. N=29; Máx=10,94%, 93/50. B) Xisto sericítico apresentando foliação Sn= 45/50 e Lm= 15/50, visada para NW no ponto 96. Pela análise dos dados de lineação, pode-se considerar que a lineação mineral está associada à xistosidade (Sn) não diferenciada e possível geração na fase D3 de dobramento regional ou que represente um vetor de transporte tectônico para W a SW de um evento transpressional (compressivo obliquo). Os dados aqui plotados são insuficientes para determinar com precisão qual suposição é mais plausível. A única lineação de crenulação medida Lcre= 100/70 está relacionada ao redobramento D3 e as lineações de intercessão estão com caimento para NE e podem constituir truncamento dos planos de xistosidade Sn das fases de dobramento D1 com D3. 5.3.2 – Dobras As dobras foram descritas em alguns afloramentos principalmente na Mina Pequeri e ponto 12, por tratarem de dobras centimétricas a métricas expostas pelos cortes de afloramento. Já em outros pontos foi inferida pela variação das medidas estruturais provavelmente por serem de escala maior. O estudo das dobras nestes afloramentos foi confuso devido ao fato de haver redobramentos o que gerou mais que um tipo de dobras. Na figura 5.5A e B observam-se dobras métricas horizontais inclinadas isoclinais, com vergência para oeste, e cujo eixo foi calculado estatisticamente e comparado ao medido em campo (Figura 5.5A), para certificar sobre o caimento do eixo afim de verificar possíveis fases de redobramento ou deformação, além das já descritas. Os eixos medidos foram b=0/10; 22/20 e o calculado foi de 08/14. 48 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Nas proximidades da Mina Pequeri foram encontradas diversos tipos de dobras devido a baixa competência dos xistos manganesíferos, sugerindo a superposição de eventos compressivos dúcteis. Em micro-estruturas foi possível observar, por exemplo, presença de granadas pré-tectônicas portando foliação interna divergente da externa porém, a amostra não foi devidamente orientada afim de executar um estudo estrutural, pois a principio o interesse foi de descrição petrográfica para tal amostra (lâmina). Figura 5.5 – A e B) Cálculo do eixo da dobra através de estereograma, os triângulos equivalem aos eixos medidos e o eixo calculado b=8/14; F1 e F2 são os flancos obtidos a partir da média dos pólos das atitudes e fotografia da dobra isoclinal horizontal inclinada com vergência para oeste em quartzo-milonito; C) Dobra Kink 49 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 band normal com vergência para SW. Foliação externa a Kink, Sn=330/90; Plano axial Kink, P.a=310/40 em xisto manganesífero; D) Zona de charneira de dobra em metachert apresentando eixo com rumo NW-SE e caimento para NW; E) Dobra isoclinal vertical em gondito geradas no sentido NW-SE; F) Possível dobra em caixa em gondito. As linhas tracejadas em vermelho indicam dois planos axiais. 5.3.3 – Zonas de Cisalhamento Na subárea Leste foram encontradas zonas de cisalhamento de caráter rúptil-dúctil e rúpteis com observação de estrias, ressaltos, desenvolvimento de foliação S-C e dobras de arrasto. No contato cartografado com alguns granitóides foi possível identificar foliação S-C numa massa proto-milonítica principalmente no ponto 34 e ponto 82 aparentemente com caráter de movimento reverso. No ponto 12 observa-se a formação de estrias de atrito de caráter rúptil-dúctil, dobras de arrasto, estruturas em lápis em quartzo-milonito. Ainda neste ponto, as estrias de atrito subhorizontais Eatr= 355-0/0-5 (Figura 5.6B), a foliação milonítica subvertical, dobras de arrasto com sentido sinistral, a milonitização do quartzito e o plano de falha 30/88 contendo ressaltos escalonados indicando sentido para NW (Figura 5.6A), bem como a inflexão ortogonal do Rio Pequeri a menos de 140 metros, são considerados fatos suficientes para caracterizar uma falha transcorrente sinistral cortando a área com direção NW-SE, conforme pode-ser visto no mapa geológico. Algumas destas características podem ser vislumbradas nas figuras 5.6 de A a C. Na figura 5.6C têm-se um fotomicrografia de amostra do quartzo-milonito com agregados de quartzo com microestruturas típicas de zonas de cisalhamento como extinção ondulante, subgrãos, início de formação de lamelas de novos grãos recristalizados dinamicamente, indicativos de graus baixos de temperatura. Com o auxílio da lâmina auxiliar lâmbda, observa-se que os agregados de quartzo possuem orientação efetiva de seus eixos-C perpendiculares a foliação das lamelas de deformação, deste modo corroborando indicando deformação em zonas cisalhadas em temperaturas baixas. Na mina Pequeri foi definida uma zona de cisalhamento rúptil de caráter transcorrente sinistral dada pela foliação milonítica Sm= 180/85-90 e Lest=90/0 contendo estrias de atrito horizontais e ressaltos indicando transporte tectônico para Oeste (figura 5.6D). Estes indicadores cinemáticos tiveram realce nos cortes concordantes do queluzito dentro da cava. 50 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 5.6 – A) Plano de direção 30/88 em quartzo-milonito apresentando ressaltos escalonados com bloco se deslocando sentido NW (Bloco se deslocando para esquerda); B) Estrias de atrito sub-horizontais em mesmo plano do metachert; C) Fotomicrografia em LPX (luz analisada) após inserção de lâmina auxiliar (λ) exibindo evidente orientação de eixos-c em agregados de quartzo, e microestruturas como contatos interlobados a serrilhados, subgrãos e início de recristalização dinâmica em baixas temperaturas com formação de filetes de novos grãos; D) Queluzito apresentando ressaltos e estrias de atrito indicando cinemática sinistral de bloco dentro da Mina Pequeri (bloco da foto se deslocou para esquerda). 5.3.4 – Fraturas Não foi executado um estudo sistemático de juntas, tampouco as juntas foram agrupadas em famílias. Na figura 5.7 pode-se visualizar o resultado das medidas colhidas ao longo do mapeamento. 51 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 N 2 Apparent Strike 2 max planes / arc at outer circle 1.5 1 Trend / Plunge of Face Normal = 0, 90 (directed away from viewer) 0.5 W 2 1.5 1 0.5 0.5 1 1.5 2 E No Bias Correction 0.5 1 1.5 12 Planes Plotted Within 45 and 90 Degrees of Viewing Face 2 S Figura 5.7 – Diagrama de Roseta contendo dados referentes ao estudo de fraturas na área 11. N= 12; Máx direção aparente=310; Cada círculo=2,5. As duas direções preferenciais parecem condizer com o eixo de dobramentos D1 e D2 podendo estar relacionadas à clivagem plano-axial, rompimento da charneira de dobras ou outro resultado de efeito compressivo gerado por encurtamento. 52 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 CAPÍTULO 6 GEOLOGIA ECONÔMICA 6.1 – INTRODUÇÃO Algumas potencialidades econômicas são abordadas nesse capítulo, contudo não houve um estudo mais aprofundado de nenhum dos elementos citados quanto a jazimento ou aproveitamento econômico. A figura 6.1 representa todos os requerimentos de pesquisa em vigor registrados no Departamento Nacional de Produção Mineral no ano de 2006. MINÉRIO DE MANGANÊS QUARTZO AREIA MINÉRIO DE MANGANÊS AREIA MINÉRIO DE MANGANÊS ÁGUA MINERAL CASSITERITA MINÉRIO DE MANGANÊS MINÉRIO DE MANGANÊS Figura 6.1- Tela de Pesquisa on-line executada no sistema SIGMINE sobre os requerimentos de pesquisa constantes na área 11 no sítio eletrônico do DNPM. www.dnpm.gov.br acessado em 20/09/2006. Como pode ser visto, as substâncias a serem pesquisadas nos referidos requerimentos são: minério de manganês, quartzo, água mineral, areia e as partes em branco atualmente não dispõem de nenhum requerimento e constam principalmente das ocorrências graníticas. 6.2 – GRAFITA Durante a fase de mapeamento, chamou-nos a atenção a grande quantidade de ocorrências de xistos grafitosos, aguçando-nos a idéia de quantificar o carbono na forma de grafita e suas possíveis aplicações econômicas. Dentre as aplicações de tal mineral destaca-se: refratários, lubrificantes, lona 53 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 de freio, revestimento de moldes, células a combustíveis, (Kalyoncu 2001 in Sampaio 2005). Taylor (1994) in Sampaio (2005) relata que a oxidação térmica da grafita em presença de oxigênio inicia-se na temperatura de 300°C. De posse dessa informação pensou-se numa calcinação simples na tentativa de quantificar a quantidade de carbono livre nas amostras uma vez que, não havia qualquer menção sobre a origem de tal carbono como sendo orgânica ou não e que a partir desse preceito a grafita seria liberado para a atmosfera na forma de gás carbônico durante a calcinação. A amostra de xisto grafitoso foi pulverizada, homogeneizada, quarteada e pesada. Calculou-se o fator de umidade e após calcinou tal amostra por 1 dia a 900°C. Após os cálculos de perda de massa concluiu-se um teor máximo de 21,07% de carbono para a análise teste. Na verdade não foi quantificado a perda por voláteis e outros elementos com ponto de sublimação baixo. Pires (1977) relatou o seguinte sobre a grafita na área “Esse xisto bastante rico em grafita, revelou possuir, por análise química parcial, 19% de carbono fixo, 26% Mn e 14% Fe total sendo enriquecido para 51% de carbono fixo, 32% Mn e 18% Fe total, através de flotação sendo aproveitado na indústria de graxa” e também que na exploração do manganês nas minas fez uso constante dessa grafita em meio a graxa para lubrificação de maquinário. 6.3 – OURO Sistemas orogênicos, principalmente arqueanos associados a greenstone belts possuem boa potencialidade de desenvolver processos auríferos principalmente, se houver sucessão de fatores como fluídos, caminho, interação fluído-rocha e grandes estruturas associadas. O ouro normalmente está associado a estruturas secundárias até quarta ordem e não na grande estrutura como é de se pensar, isto acontece porque essas estruturas funcionam como alívio de pressão para os fluídos aquecidos que circulam nas grandes estruturas e por vezes se materializam em depósitos de ouro tipo gash veins lodes, filonianos e outros. Temos um cenário ideal para criar prospectos dentro da área 11. Os granitóides da área são associados a acresção colisional da orogênese transamazônica; a seqüência supracrustal é reconhecida por alguns como sendo do tipo greenstone belts (Barbosa 1985; Pires 1977; Grossi Sad et al. 1983); existe uma grande estrutura, o Lineamento Congonhas (Seixas 1988) que dista 2.9 Km do Nordeste da área 11 e no Plúton Bombaça, além de haver falhas normais (Figura 6.2B) e estruturas tipo gash veins. Além disto, pode-se inferir atividade hidrotermal também pelo mapa radiométrico de Fator F na figura 6.2A. Assim sugere-se que o plúton Bombaça constitui um bom prospecto para ouro, pois possui estruturas de menor ordem próximas a uma grande estrutura (6 Km) e hidrotermalismo. É interessante um estudo no contato dos granitóides com a seqüência supracrustal sobre possíveis alterações hidrotermais nas quais possa ter havido processos como carbonatação, albitização, sulfetação, turmalinização. Esta é somente uma sugestão de prospecto e nenhum estudo específico foi executado 54 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 na área, como, por exemplo, estudos sobre a relação de contemporaneidade dos eventos. O melhor afloramento refere-se a Pedreira Bombaça pertencente a subárea Oeste. 6.3 – MINÉRIO DE MANGANÊS É o bem de maior importância na área e desde o século passado foram identificados, explotados e exauridos alguns importantes jazimentos dentro da ortofoto 42-17-11 onde se destaca a Mina Pequeri. Várias outras ocorrências podem ser enumeradas na área como Bandeirinha, Unha de Gato, extremo sudeste da ortofoto em área urbana. É importante mencionar que os dobramentos na área intensificaram a recorrência dos xistos o que cruciou no seu aproveitamento econômico na Mina Pequeri. Nas outras ocorrências na área conforme mencionado tratam-se de trincheiras de pesquisa já recobertas por vegetação não havendo indício de que foram aproveitadas economicamente. Dentre as utilizações do manganês pode-se destacar: Ligas com o Ferro na produção de aço, baterias, fertilizantes, fungicidas, rações, agente de secagem de pintura, agentes oxidantes para pintura, aromatizantes e agente de vedação. (Costa, 2004 in Sampaio, 2005). Æ 622000,000000 624000,000000 Alto Maranhão 7724000,000000 618000,000000 620000,000000 622000,000000 Pluton Bombaça Æ Æ Mina Abandonada 4 7724000,000000 Bombaça 7722000,000000 624000,000000 Jacuí 7722000,000000 Æ Unha de Gato Mato Dentro 7722000,000000 Retiro 7720000,000000 7720000,000000 7720000,000000 Æ Bandeirinhas Æ 7720000,000000 616000,000000 7724000,000000 620000,000000 7722000,000000 618000,000000 7724000,000000 616000,000000 Pequeri Æ LS-48 0,5 0 616000,000000 1 618000,000000 2 620000,000000 622000,000000 3 7718000,000000 1 7718000,000000 624000,000000 Kilometers 616000,000000 618000,000000 620000,000000 622000,000000 55 624000,000000 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 6.2 – A) Mapa Radiométrico Fator F da área 11. A cor rosa indica índice alto e azul baixa contagem de elementos radioativos. O plúton Bombaça possui o maior índice. Mapa gerado no Degeo-Ufop pela Prof. Maria Sílvia Barbosa Carvalho; B) Plano de Falha (200/40) cloritizado. As figuras de arranque (Ressaltos) e estrias indicam tato liso para baixo indicando movimento normal na pedreira Bombaça. 56 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 CAPÍTULO 7 INTEGRAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS 7.1 – INTRODUÇÃO Pretende-se nesse capítulo integrar todos os dados observados com a literatura inerente em busca dos subsídios para propor a evolução geológica das unidades presentes na área. Para facilitar tal descrição, será correlacionado as unidades cartografadas de maior hierarquia com a literatura existente ao mesmo tempo que, calcado ainda na literatura e outros estudos, sugerir sobre a possível evolução destas unidades. Ao final será exposto uma correlação dos dados estruturais com a literatura para situar as unidades tal qual, se apresentam nos dias de hoje na área 11. 7.2 – EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DA ÁREA No capítulo quatro foram descritos uma grande Unidade de Rochas Supracrustais dividida em metabasitos composta principalmente por anfibolitos, rochas metassedimentares compreendendo por xistos carbonosos, xistos manganesíferos e metachert; e duas unidades intrusivas sendo a primeira com maior destaque correspondente as rochas plutônicas félsicas e os diques básicos. 7.2.1 – Rochas Supracrustais Seus litotipos ocorrem empacotados pelos diversos dobramentos presentes na área sendo alguns de caráter isoclinal, isto faz com que cada litotipo recorra intimamente uns com os outros sem uma diferenciação estratigráfica definível. A subunidade metamáfica (metabasitos) constituída principalmente por Act/Hbl-anfibolitos preservam um caráter ígneo na área 11 possuindo minerais com alto grau de automorfismo como os anfibólios e titanitas. Barbosa (1985) fez um perfil nas margens do Rio Paraopeba e definiu que muito destes anfibolitos são ortoderivados e fazem parte de uma seqüência do tipo greenstone belt juntamente com os outros litotipos como poderemos observar com a exposição dos dados. Na área 11 não foi feito um estudo geoquímico deste litotipo contudo pela possibilidade de acesso aos dados das outras áreas do projeto selecionou-se três amostras descritas e condizentes com os afloramentos da área 11, cujos dados são reproduzidos na Tabela 7.1, em que se pode comparar alguns destes elementos como o valor de referência para basaltos toleíticos segundo Wilson (1989). Tabela 7.1 – Seleção de alguns dados geoquímicos de anfibolitos pertencentes ao Projeto TG-2006/1. Teores de referência de alguns elementos traços incompatíveis de basaltos toleíticos: %SiO2 ~ 48,77; %K2O = < 0.3; 57 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Próximos valores em ppm; Ba = 5-50; Sr = 90-200; Zr = 15-150; Ni = 75-270; Cr = 35-510; Fonte: Wilson, 1989. Amostras SiO2(%) K2O(%) TiO2(%) P2O5(%) Ba(ppm) Sr(ppm) Zr(ppm) Th(ppm) Cu(ppm) V(ppm) Cr(ppm) Ni(ppm) CL-GF-10-22-3 49,35 0,17 1,16 0,075 49,0 232 14,0 <1,90 97,4 369 232 141 CL-KC-17-52 51,87 0,09 0,94 0,130 56,3 212 37,7 <1,90 33,3 225 192 71,3 CL-KE-18-92-B 48,93 0,10 0,88 0,009 22,1 92 8,75 <1,90 817 576 6,01 87,9 No diagrama de álcalis vs. Sílica da figura 7.1A os anfibolitos recaem na série subalcalina, e no diagrama AFM da figura 7.1B na série toleítica. 10 Diagrama Álcalis versus Sílica de classificação de rochas vulcânicas, e limite entre Série Alcalina e Subalcalina Rochas da Série Alcalina 8 Dique Básico no Tonalito Cafundó-Serra da Caxeta - Ponto 21-146 Traqui-andesito Na2O + K2O (%) Traqui-andesito basáltico Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Rio Paraopeba - NW de Maracujá - Ponto 1892 Traquibasalto 6 Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Corr. Mato Dentro - NW de Mato Dentro Ponto 10-22 Rochas da Série Subalcalina 4 2 Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Área 17 - Lopes - Ponto 17-52 Andesito basáltico Basalto 0 45 50 55 60 SiO2 (%) Diagrama Triangular AFM A=Na2O+K2O, F=FeOt, M=MgO F Dique Básico no Tonalito CafundóSerra da Caxeta - Ponto 21-146 Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Rio Paraopeba - NW de Maracujá Ponto 18-92 Série Toleítica 50 Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Corr. Mato Dentro - NW de Mato Dentro - Ponto 10-22 50 Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Área 17 - Lopes - Ponto 17-52 Série Cálcio-Alcalina A Limite entre Série Toleítica e Série Cálcio-Alcalina (Irvine & Baragar, 1971) M 58 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 7.1 – Gráficos geoquímicos para rochas metamáficas (representadas em triângulos) do Projeto TG 2006/1: A) Diagrama Álcalis x Sílica de classificação de rochas vulcânicas e limite entre série alcalina e subalcalina; B) Diagrama Triangular AFM para rochas metamáficas. Como a assembléia de rochas da unidade supracrustal repete-se em grande parte da área do projeto e pelas similaridades petrográficas entre os metabasitos descritas, há boas chances dos metabasitos aflorantes na subárea leste corresponderem a basaltos derivados de magmas toleíticos de margem de placa, originados por derrames e ou/ sills sucessivos. No diagrama de classificação de basaltos da Figura 7.2 a seguir, relaciona-se o teor de Ti versus Zr e a classificação de ambientes tectônicos. Os anfibolitos recaem no campo de basaltos de margem de placa, seja de arco vulcânico ou MORB. Diagrama Ti-Zr discriminante de ambiente tectônico de basaltos (Pearce & Cann, 1973, in Rollinson, 1993) 100000 Ti (ppm) Campos: A - Arco Vulcânico B - MORB C - Intraplaca Dique Básico no Tonalito CafundóSerra da Caxeta - Ponto 21-146 C 10000 Anfibolito Máfico Supracrustal Perfil Rio Paraopeba - NW de Maracujá - Ponto 18-92 B A Anfibolito Máfico Supracrustal Perfil Corr. Mato Dentro - NW de Mato Dentro - Ponto 10-22 1000 1 10 100 1000 Anfibolito Máfico Supracrustal Perfil Área 17 - Lopes - Ponto 1752 Zr (ppm) Figura 7.2- Diagrama Ti (ppm) vs. Zr (ppm) para anfibolitos (triângulos) e, para comparação, um dique básico da área 21, intrusivo em tonalito. Os metacherts ocorrem distribuídos ao longo de toda área 11 em lentes e finas camadas que não ultrapassam a dimensão métrica. Nesse litotipo o que mais impressiona é a pureza do mesmo que além da coloração esbranquiçada, as vezes tem suas tramas planares delineadas devido a percolação de óxidos de manganês secundários. Quando descrito em lâmina delgada não apresentou nenhum mineral além de quartzo o que descarta em parte uma origem detrítica para o mesmo. Alguns autores consideram alta a probabilidade de uma sedimentação química para estas rochas. Pires(1977) alia a deposição do metachert com possível sedimentação química a numerosos e sucessivos derrames de lava submarina em faixas extensas e móveis com escassa deposição pelítica.. A origem desses cherts não são bem entendidos até então mas, dada a época de sua deposição elimina-se também a possibilidade dos mesmos provirem de animais de carapaças silicosas como diatomáceas e radiolários. Os xistos carbonosos em sua íntima associação com os sedimentos manganesíferos e com os metacherts implicam para alguns autores, condições redutoras (Ebert, 1963; Roy, 2000) e para Pires (1977) pode ser explicada ou por matéria em decomposição precipitada e que dada a quantidade 59 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 presente no pré-cambriano é contestada, ou a hipótese de sua proveniência ser a partir da decomposição de carbonatos. Alguns autores acreditam numa contribuição bioquímica para o carbono. Roy (2000) procura explicar a questão de precipitação de sedimentos manganesíferos no Arqueano. Segundo este autor, para entender o início da deposição de manganês no Arqueano Superior deve se remontar o cenário do Arqueano Inferior onde é bastante aceito que o crescimento dos continentes era mínimo, dominado por forte fluxo de calor mantélico predominando em ambiente marinho: alta circulação hidrotermal aos quais atribuem grandes quantidades de Fe2++ e Mn2++ armazenados nas partes profundas anóxicas de algumas bacias. O oxigênio produzido em baixa escala por alguns organismos era todo consumido por alguns gases e pela formação de BIF do tipo Algoma e as grandes quantidades de CO2 na atmosfera mantinham o PH da água em valores baixos. De fato, Roy(2000) menciona que a oxidação de Mn2++ é inibida pela presença de Fe2++ permanecendo este dissolvido na água e explicando a formação dos BIFs do tipo Algoma em preferência ao Mn 2++. No Arqueano Superior, um rápido crescimento dos continentes, decréscimo no fluxo térmico do manto e proliferação de estromatólitos favoreceu a retirada de CO 2 da atmosfera gerando grandes plataformas carbonáticas, aumentando a quantidade de oxigênio livre e alterando o PH da hidrosfera o que propiciou nas margens de algumas bacias a formação de oásis de oxigênio. Este contingente de oxigênio gerado pelos estromatólitos e algumas bactérias se acumulou na água em forma de camadas o que tem uma implicação interessante na área do projeto TG 2006/01 que será suscitada posteriormente. Como Fe2++ inibe a precipitação de Mn2++, ocorre que no transporte destes íons de águas profundas anóxicas para a superfície fótica tende a precipitar primeiro o Fe 2++ então, consequentemente, BIFs tendem a ser formar em águas profundas abaixo do nível de base das ondas enquanto o manganês inorgânico se deposita nas águas rasas da plataforma. Esta hipótese segundo Roy, 2000 é reforçada pela proximidade de estromatólitos a depósitos de manganês na Índia. No Brasil segundo Roy (2000), inicialmente podem ter-se formado óxidos/ hidróxidos de manganês em condições aeróbicas e que combinadas ao carbono bioquímico freqüente na área geraram durante a diagênese, os carbonatos ricos em manganês. Horen (in Pires, 1977) que doutorouse em um estudo sobre a Mina Morro da Mina tem uma interpretação semelhante a de Roy. Na área 11, nos minerais descritos para o queluzito da Mina Pequeri, a maioria dos autores desde Derby (1908) acreditam que o carbonato de manganês contendo cálcio e magnésio seja primário. Os outros minerais descritos nas lâminas do minério da Mina Pequeri são de origem metamórfica dentre eles destaca-se os silicatos de manganês: granada esperssatita, piroxenóide rodonita e olivina tefroíta . Estudando a origem destes silicatos em Deer, Howie & Zussman(1962) e pela compilação das observações de vários autores em Ebert(1963) e Pires(1977) concluiu-se que na Mina Pequeri, o contato entre o tonalito intrusivo Pequeri e os carbonatos manganesíferos gerou uma zona de transição entre estes dois litotipos constituindo um tipo de escarnito onde o metassomatismo com introdução de SiO2 ditou que o queluzito pela diminuição de rodonita e aumento do quartzo 60 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 gerasse gondito.A falha Pequeri contribuiu para estes processos deformacionais. Também referente ao queluzito e usando a regra de fases é fácil entender que a paragênese tefroíta-carbonato de manganês (possível rodocrosita)-rodonita-esperssatita não seria estável e de fato verifica-se a exclusão da esperssatita na lâmina com a formação de tefroíta. A rodonita comum em escarnitos seria obtida com a introdução de sílica metassomática pela fórmula: MnCO 3+SiO2 MnSiO3+ CO2 e a tefroíta sempre associada a ocorrência de rodonita possui provável fórmula: MnSiO 3+ MnCO3 Mn2SiO4 + CO2. Quanto ao grau deste metamorfismo, balizou-o com a temperatura de formação da olivina mangânica tefroíta que exige no mínimo a fácies hornblenda-hornfels (fácies anfibolito). Estas rochas foram submetidas a pelo menos duas fases de metamorfismo então: a primeira possivelmente no grau xisto verde superior ou anfibolito que pode ter gerado os carbonatos de manganês e depois o metamorfismo de contato na fácies anfibolito no mínimo. Os óxidos explotados na Mina não são considerados primários devido a existência do sulfeto manganesífero alabandita nos carbonatos e apoiado pela presença de grafita. Todas as rochas descritas acima agrupam-se numa seqüência vulcano sedimentar típica de greenstone belts e é considerada como tal por vários autores dentre eles: Dorr (1969),Pires (1977), Grossi Sad et al (1983), Barbosa (1985), Seixas (1988). Pires (1977) correlaciona esta seqüência como parte do greenstone belt Barbacena; já Grossi Sad et al. (1983) correlaciona como parte do Grupo Nova Lima e alguns autores ainda cogitam esta ser uma seqüência mais jovem indiferenciada. Caso faça parte do Grupo Nova Lima segundo a evolução da idéia do oxigênio estratificado na água durante o Arqueano, estas rochas podem constituir sedimentos químicos de água rasa na plataforma de uma margem passiva pois durante o mapeamento de campo em nenhuma área do projeto foram encontrados formações ferríferas. Outra hipótese que pode ser suplantada é desta estar colada ao Quadrilátero Ferrífero tectonicamente e não fazer parte do Grupo Nova Lima. A maioria dos autores concordam que estas rochas estão metamorfisadas na fácies Xisto Verde Superior a Anfibolito e Grossi Sad et al. (1983) menciona a fácies epidoto-anfibolito equivalente a fácies xisto verde superior para os metabasitos. 7.2.2 – Rochas Plutônicas Félsicas No capítulo 4 foram descritos diversos plútons que ocupam substancial área na ortofoto 11 onde na tabela 4.1 pôde-se observar um quadro comparativo entre três análises geoquímicas de amostras da área 11 (CL-FH-11-01-02; CL-GG-11-125-1; CL-HH-11-150-3E) e amostras circunvizinhas. Nas próximas linhas será descrito uma série de características dos granitóides aflorantes na região direcionando a tentativa de um estudo petrogenético dos mesmos. Constituem Bt-Hbl-Tonalitos, Bt-Tonalitos e Bt-Granodioritos de composição intermediária (62%<SiO2<66%), natureza sódica, considerados segundo classificação de Martins & Seixas, 2006 como granitóides de baixa a média sílica. Possuem mineralogia acessória similar contendo alanita 61 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 zonada as vezes com coroa de epidoto, zircão, apatita e titanita e ou/ ilmenita. Quimicamente estas amostras se caracterizam por apresentar Al2O3~15% ; alto valor de Sr > 300 ppm ; baixo valor de Y < 20 ppm; Razão K2O/Na2O <0,7; Sr/Y > 40; Mg# < 0,5; Baixo valor de Cr e Ni. Estes dados referentes a Sr, Y, razão K2O/Na2O permitem classificar as rochas como fazendo parte de uma suíte TTG corroborado pelos diques encontrados que possuem natureza granodiorítica a trondjhemítica. Essa suíte seria resultado de uma zona de subducção onde a crosta oceânica subductada se fundiria antes de sua completa desidratação estimulando a fusão da cunha do manto metassomatisado por estes fluídos diferentemente dos modelos modernos cálcio-alcalinos de subducção (Martins& Seixas, 2006; Kocak, 2006). A técnica Sm-Nd que a rigor considera que as razões Sm-Nd e razão isotópica de Nd não variam significativamente em processos crustais como fusão parcial, metamorfismo, diagenese e alterações hidrotermais e que seu principal modificador do parâmetro rocha-total é a diferenciação manto-crosta (Silva, 2006) foi utilizada na área 11 em uma amostra da Pedreira Bombaça. Este dado encontra-se em Martins & Seixas (2006). A idade modelo TDM Sm/Nd 2,42 Ga no tonalito dessa pedreira corrobora que este é um plutonismo juvenil do paleoproterozóico, com a participação do manto nesses processos e coloca a extração deste e a cristalização dos granitóides dentro da idade paleoproterozóica, e portanto contemporâneos com dados de Noce (1995), o qual obteve idade em titanitas pelo método U-Pb 2124 + 1 Ma. A participação de um manto metassomatizado é evidenciado pela presença nestas rochas de minerais rico em elementos incompatíveis como alanita, titanita (Sial, 1994; Seixas,2000). A exemplo de vários plútons conhecidos na literatura mundial de composições e idades diferentes ocorrem nos tonalitos da área 11 feições do tipo enclave microgranular máfico que possuem segundo lâmina descrita, composição microdiorítica. A composição é similar a rocha hospedeira e estruturas do tipo schrielen e outros fenômenos mingling e outros processos descritas em áreas vizinhas contribuem para existência de dois magmas que se interagiram numa mesma câmara magmática. O microdiorito CL-GG-11-142-1 (tabela 7.2) possui natureza básica a intermediária expressa quimicamente por SiO2~52%;Mg#=0,48; valores de Sr, Ba e K2O próximos do tonalito hospedeiro; Cr= 230 e Ni= 85 indicando sua derivação do manto enriquecido (Martins & Seixas, 2006). Tabela 7.2 – Quadro geoquímico para o enclave microgranular máfico hospedado em rochas granitóides de composição TTG. Reprodução parcial dos dados analisado. Amostra CL-GG-11-142 SiO2 53,81 NaO 4,37 Th 16,7 TiO2 Al2O3 Fe2O3 MnO MgO CaO 0,60 K2O 1,10 Cu 19,0 14,93 P2O5 0,494 Zn 172 10,18 Ba 471 Co 60,7 0,21 Sr 652 Cr 230 4,72 Y 18,4 Ni 86,1 9,06 Zr 174 V 132 62 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 A assembléia mineralógica é similar diferindo pelas proporções entre os enclaves e as rochas hospedeiras, a composição mineral difere substancialmente no tamanho dos grãos como é o caso do plagioclásio que também se apresenta zonado, e a alanita também está presente como acessório além de zircão, titanita e apatita tal qual na rocha hospedeira. Este fato e a correlação geoquímica entre ambos sugerem a natureza cogenética entre o magma máfico que gerou os enclaves e o que resultou nos Bt-Hbl-Tonalitos. Kocak (2006) menciona que a transferência termal é 100 vezes mais rápida que a transferência química entre elementos, então na mistura dos dois magmas, aquele de composição mais máfica pode atingir o equilíbrio químico de cristalização mineral primeiro possibilitando a formação dos enclaves. Os enclaves podem ser interpretados como feições primárias podendo serem constituídos pela injeção de magmas dioríticos, primitivos, em uma câmara magmática em processo de resfriamento e cristalização de tonalitos. Na área 11, os plúton Jacuí, Bombaça possuem afinidade com o plúton Mato-Dentro e dada suas características composicionais, existência de enclaves e feições de mistura de magma compõem a continuação do Plúton Caeté. O Bt-Hbl-Tonalito da Mina Pequeri foi descrito separadamente por Derby (1908) que já o separava do Granodiorito Caeté como ele o definiu na época. O plúton que aflora no extremo sudeste da subárea Leste parece possuir afinidade com o granodiorito descrito na área 15 (granodiorito Caramone) e seu estudo foi prejudicado pelo estado dos afloramentos sendo essa correlação dada por correlação no mapa radiométrico. O plúton Jacuí fora descrito por Grossi Sad et al. (1983) como parte do Migmatito Bananeiras mas do exposto acima, a sua correlação positiva com os plúton Bombaça, Mato-Dentro e a não observância em campo e em estudos petrográficos de qualquer evidência de migmatização foi incluído como parte da Suíte TTG descrita acima. O plúton Retiro que aflora no centro da área levou-nos num primeiro momento a suspeitar que se tratava de um plúton isolado originado a partir da evolução destes tonalitos devido ao fato de uma lamina descrita como Bt-granodiorito/monzogranito, suas características leucocráticas e ausência de foliação. Porém, a descoberta de dois novos afloramentos no campo e geração de novas lâminas delgadas, resultou na confirmação deste tratar-se de um Bt-Hbl-Tonalito, porém dado seu caráter mais leucocrático, poderia ainda assim, ser um plúton mais evoluído, com tendências granodioríticas/trondjhemíticas. Em síntese, o conjunto de rochas plutônicas félsicas, dadas as similaridades com diversos estudos, desde Pires (1977), Barbosa (1985), Seixas (1988), Noce (1995), Seixas (2000) e Martins & Seixas (2006), entre outros, pertencem ao grande evento plutônico denominado originalmente de Plutonitos barbacena por Pires (1977), posteriormente de Batólito Alto Maranhão por Grossi Sad et al. (1983) e mais recentemente de Suíte Alto Maranhão (Mapa Geológico de MG, escala 1:1.000.000). 7.2.3 – Diques Básicos 63 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Na subárea Leste aflora no ponto 34 um único matacão de rocha máfica gabróica, hidrotermalizada que foi interpretada por comparação e estudo petrográfico aos diques que afloram na área 21 (Lombello, 2006). Estes diques possuem direção NW-SE. Nas Figuras 7.1 A/B e 7.2 mencionadas anteriormente, se pode perceber que na análise geoquímica para uma amostra do dique da área 21 (quadrado prenchido referente a amostra CL-NB21-146) também recai no campo dos toleítos, porém, quando faz a mesma comparação em relação aos elementos incompatíveis, esta amostra apresenta-se bem mais enriquecida que os metabasitos anfibolíticos, fato que é ilustrado se nas figuras 7.3 de A-C. . 150 Dique Básico no Tonalito Cafundó-Serra da Caxeta - Ponto 21-146 100 Ba (ppm) Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Rio Paraopeba - NW de Maracujá - Ponto 1892 Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Corr. Mato Dentro - NW de Mato Dentro Ponto 10-22 50 Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Área 17 - Lopes - Ponto 17-52 0 4 6 8 10 MgO (%) 0,6 Dique Básico no Tonalito Cafundó-Serra da Caxeta - Ponto 21-146 0,4 K2O (%) Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Rio Paraopeba - NW de Maracujá - Ponto 1892 Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Corr. Mato Dentro - NW de Mato Dentro Ponto 10-22 0,2 Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Área 17 - Lopes - Ponto 17-52 0,0 4 6 8 10 MgO (%) 64 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 160 Dique Básico no Tonalito Cafundó-Serra da Caxeta - Ponto 21-146 Zr (ppm) 120 Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Rio Paraopeba - NW de Maracujá - Ponto 1892 80 Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Corr. Mato Dentro - NW de Mato Dentro Ponto 10-22 40 Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Área 17 - Lopes - Ponto 17-52 0 4 6 8 10 MgO (%) Figura 7.3 – Gráficos comparativos entre anfibolitos e dique básico de elementos incompatíveis: A) Ba x MgO; B) K2O x MgO (%); C) Zr x MgO. Ba e Zr expressos em ppm e o restante em %. Como o dique reflete normalmente a composição do magma original então os resultados indicam uma diferenciação entre este e os anfibolitos analisados. No diagrama da Fig. 7.2 (gráfico Ti vs. Zr) o dique recaiu no campo de toleítos intraplaca. 7.3 – EVOLUÇÃO ESTRUTURAL DA ÁREA As rochas supracrustais da área 11 registram redobramentos que prenunciam superposição de fases de deformação ou até mesmo eventos diferentes. Considerando-se que estas rochas fazem parte de um greenstone belt arqueano, a formação de depósitos manganesíferos, tais rochas e ou/ sedimentos devem ter participado e registrado deformações referentes a Orogenia Rio das Velhas. No entanto, na área 11 não aflora o embasamento cristalino e parece que em toda área do TG 2006/1 tal afloramento denominado Migmatitos Mantiqueira não afloram, de modo que não se pode estabelecer com precisão a deformação desta idade. Todas as fases de deformação descritas no capítulo 5 sobre geologia estrutural são atribuídas neste estudo ao Evento Transamazônico levando-se em consideração as datações obtidas pela Suíte Alto Maranhão e que a fase de dobramento D1 descrita como a mais velha é registrada nos plutonitos desta suíte na área 11 o que prova que o mesmo injetou sincinematicamente no estado sub-solidus durante esta fase compressiva. Em relação a fase D1 de dobramento descrita, é equivalente a fase mais antiga descrita por Grossi Sad et al. (1983), onde o traço axial de um sinclinal mapeado na área por aqueles autores teve atitude 172/60 e a obtida pelo eixo estatístico dos dados coletados em campo resultou na atitude 157/62. Grossi Sad et al. (1983) também observaram o paralelismo entre S0 e S1 e o rompimento das charneiras destas dobras. Nummer et al. (1992) estudando uma porção de área referente ao Lineamento Congonhas descrevem como as dobras mais antigas Fn com planos axiais paralelos a Sn orientados a 220/45-80 o que confere com a fase D1 compressiva deste trabalho. Esta fase compressiva tem relação direta com o desenvolvimento do Lineamento Congonhas e seus eixos, 65 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 clivagens plano-axiais condicionam os lineamentos NW-SE da área bem como, constituíram os planos de fraqueza onde mais tarde desenvolveu-se falhamentos transcorrentes sinistrais. As dobras da fase D2 coincidem com as dobras de segunda fase descritas por Grossi Sad et al. (1983), sendo mais notáveis quando se comparam os pólos da Série Minas estudados por aqueles autores. O eixo obtido por ele foi 84/40 contra β2= 83/20 deste trabalho. Esta fase de dobramentos pode ser responsável pelo basculamento ao norte do mapa do sinforme associado a fase D1. A fase D3 possuem eixo com atitude próximo de 6/74 e possui vergência para oeste conforme dobras das figuras 5.5 A e B (capítulo 5) com eixo subhorizontal e que pode estar rotacionada pela grande falha transcorrente sinistral podendo vir a ser confundido com o encurtamento E-W com vergência para oeste do Brasiliano contudo, esta área está situada dentro dos limites do cráton e não fora reconhecido tais estruturas em nenhuma das outras áreas, não foi aplicado qualquer teste de condição de eventos durante o mapeamento. As lineações plotadas referem-se na maioria a esta última fase de deformação que demonstram um movimento transpressional para W nas antigas estruturas de direção NW-SE da fase D1 de dobramentos conforme sugerido acima, reativando-os na forma de uma grande falha transcorrente sinistral na área. As falhas normais descritas no capítulo 6 de Geologia Econômica a NE desta área descritos na Pedreira Bombaça (subárea Oeste) podem constituir as falhas normais segundo desenvolvimento de fraturas R1 e R2 neste sistema transcorrente sinistral conforme Elipse de deformação de MacClay (1987). Quanto a economicidade da Mina Pequeri, Pires(1977) reconhece profundos dobramentos com eixos verticais conforme descrito neste trabalho. Pode ser sugerido aqui que na Mina Pequeri a verticalização e redobramentos de dobras da fase D1 tornou-a potencialmente econômica. Relações de campo sugerem que a mina desenvolveu-se na zona de charneira com plano axial vertical de uma destas dobras conforme é sugerido na figura 7.4. As lineações subhorizontais podem ser relacionadas a deslizamentos flexural, flambagem , movimento interestratal ou outros mecanismo de dobratura. 66 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Figura 7.4 – Repetições de camadas na Cava da Mina Pequeri sugerindo dobramento D1 com eixo NW-SE verticalizado. Foto tirada da cota mais alta da mina. 67 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 CAPÍTULO 8 CONCLUSÕES Algumas conclusões e sugestões podem ser extraídas acerca da geologia e estrutural da ortofoto-carta 42-17-11: - As rochas estão condicionadas espacialmente pelo Lineamento Congonhas e pelo menos uma das fases de dobramento está associada diretamente a este domínio de deformação dúctil e direção NWSE; - As seguintes unidades litoestruturais foram caracterizadas na região: Tonalitos e granodioritos com + biotita+hornblenda, constituindo TTGs do tipo alto alumínio da Suíte Alto Maranhão, rochas supracrustais correlacionadas na literatura como Grupo Nova Lima e Grupo Barbacena, incluindo metabasitos do tipo basaltos toleíticos, metassedimentos incluindo as formações manganesíferas, chertes e xistos grafitosos e diques básicos constituídos por prováveis metadoleritos que se encontram hidrotermalizados; - As rochas supracrustais estão metamorfisadas na transição de grau baixo para médio e a Suíte Alto Maranhão está metamorfisada no grau baixo; - Sugere-se a provável superposição de 3 fases de deformação na área sendo que o plutonismo que gerou a Suíte Alto Maranhão registrou a fase mais velha de direção NW-SE. Esta injeção sincinemática e a datação do Plúton em 2124 +1 Ma pode situar esta fase como relacionada ao Evento Transamazônico na área; - Na Mina Pequeri, foi gerado um escarnito na zona de contato da intrusão do Plúton tonalítico Pequeri e os carbonatos de manganês das rochas supracrustais, provocando principalmente a formação de silicatos de manganês típicos de metamorfismo de contato como o piroxenóide rodonita e a olivina mangânica tefroíta; - Os plútons Jacuí, Bombaça e Mato-Dentro constituem o mesmo corpo de orientação NE-SW sendo a continuação do plúton Caeté; O plúton que aflora no extremo sudeste da área tem evolução diferente do descrito acima e pode estar relacionado a evolução do plúton Caramone pertencente a área 15; - Estes plútons portam enclaves microdioríticos, os quais são enriquecidos em elementos incompatíveis como Ba, Ti, Sr e ETR; - Considerada a idade das rochas supracrustais como Arqueana, a metalogênese das formações manganesíferas tem grande importância para a geociências uma vez que, possuem limitação no tempo e espaço, só formando depósitos econômicos no Distrito Manganesífero de Conselheiro Lafaiete que 68 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 este projeto engloba parcialmente e na Índia. No futuro as várias recorrências desse minério podem se tornar viáveis para outros usos que não o metalúrgico como por exemplo, a indústria de fertilizantes e fungicidas; - Outros bens econômicos se relacionam a utilização de grafita como lubrificantes dada a quantidade de impurezas, ouro em zonas de cisalhamento, incluindo depósitos de aluvião no Rio Pequeri, areia e brita; - O plúton Jacuí não apresenta qualquer estrutura que suscite em migmatização nem ao menos desenvolveu fenômenos de magma mixing dentro da área 11 que pudessem a confundir pela geração de uma nova feição de composição intermediária entres dois magmas diferentes; - Finalmente aproveita-se este texto para externar posição pessoal deste autor no sentido de reconhecer que o Trabalho Geológico tornou um axioma o disposto na introdução deste: Treinamento em metodologia científica; Aptidão para estudos sistemáticos e formação de profissionais com visão científica dos problemas geológicos. O autor desconhece outra instituição cujo aluno desenvolva monografia de final de curso em uma área do conhecimento desconhecida para ele. Normalmente se aproveita a continuidade de um projeto de iniciação científica, estágio ou outra área que este possua prévio conhecimento. 69 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006 Referências Bibliográficas Alkmim, F.F. & Marshak, S., 1998. Transamazonian Orogeny in the Southern São Francisco Craton Region, Minas Gerais, Brazil: evidence for Paleoproterozoic collision and collapse in the Quadrilátero Ferrífero. Precambrian Research, 90:29-58. Alkmim, F.F. , 2004. O que faz de um Cráton um Cráton? O Cráton São Francisco e as revelações Almeidianas ao delimitá-lo. In: Mantesso Neto et al., 2004. Geologia do Continente Sul-Americano: Evolução da obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. – São Paulo – pp. 17-35. Almeida, F.FM., 1977. O Cráton São Francisco. Rev. Bras. Geoc., 7:349-364. Barbosa, O., 1949. 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Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL FG 11 116 CL FG 11 116-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 618452 7722252 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Anfibolito Fresco Anfibolito 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Médio Nematoblástica idiomorfa; granoblástica subordinada Obs.: milonítico 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Acessórios ACT Pl Op Ttn Mineral <1 1 % estimada 70-80 15-25 Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Hábito textural Act 1a5 Prismático curto, foliado,poiquilitico Idiomorfos a hipdiomorfos Obs.: Act dentro de Pl Pl 0,1 a 1 Hipdiomorfo a xenomorfo poiquiloblastico Obs.: Algum tipo de exolução Ttn 0,2 a 0,8 hipdiomorfo Obs.:2 gerações Ep poiquiloblastico Obs: Obs.: Obs.: Obs.:. Obs.: Obs.: Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : Basaltos, piroxenitos Paragêneses pré-metamórficas :Px-Pl Ordem de cristalização magmática :Px-Op-Ttn-Pl Paragêneses metamórficas :Act-Ep Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Processos deformacionais : recristalização dinâmica em Pl; milonitização! 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações 78 Alteração Ep 2 Propriedade ótica relevante Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL FG 11 121 CL FG 11 121-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 618390 7722420 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Anfibolito Fresco Anfibolito 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Fino a médio Nematoblástica seriada Obs.: 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Acessórios ACT Pl Op Ttn Mineral <1 <1 % estimada 70-90 10-15 Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Alteração Ep 2 Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Hábito textural Propriedade ótica relevante Act 0,8 a 3,5 Prismático, seriado 2V alto, Bi-,bi=0,016, pleocr. Ext<17, cliv 52 Idiomorfos a hipdiomorfos Obs.: Orientado, alguns pórfiros decussados Pl 0,3 a 1 xenomorfo Obs.: Alguns estão englobados no anfibólio Ttn xenomorfo Obs.:Englobando opacos Ep Obs: intercrescidos com Pl Intersticial poiquiloblastico Obs.: Obs.: Obs.:. Obs.: Obs.: 79 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : Basaltos, piroxenitos Paragêneses pré-metamórficas :Px-Pl Ordem de cristalização magmática :Px-Op-Ttn-Pl Paragêneses metamórficas :Act-Ep Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Processos deformacionais : 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Uralitização? Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL FH 11 01 CL FH 11 01-02 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619501 7722444 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Granodiorito Fresco Granodiorito 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Médio Granular xenomorfo inequigranular Obs.: 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Acessórios Qtz Pl Mc Bt Aln Ttn Zrn Op Mineral 45-55 10-15 5 <1 2-3 <1 <1 % estimada 25 Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Qtz 1-3 xenomorfo Obs.: Aln 0,4-1 Hip a idiomorfo Obs.: Mic 1-2 Hpidiomorfico a xeno Obs.: Tem Pl dentro Pl 2-5 Hip a idiomorfo Obs.:borda albítica, Bt dentro;Sericita Bt 0,5-2,5 Hip a idiomorfo Alteração Ap <1 Ep 1-2 Hábito textural Propriedade ótica relevante interlobado Extinção ondulante triclinizado Saussuritizado, zonado Prismas 80 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Obs.: idiomorfa dentro Pl/ muito Zrn e Ap Ttn 0,2 a 0,6 Euedrica Obs.:Coronas em alguns opacos Ep 0,2 a 0,4 Hip a xeno Obs.: corona e substituindo Bt Op 0,2 a 1 Anedricos Obs.: Obs.: Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : Granodiorito Paragêneses pré-metamórficas : Bt-Ttn-Pl-Mic-Qtz-Ep-Op Ordem de cristalização magmática : Bt-Ttn-Pl-Mic-Qtz-Ep-Op Paragêneses metamórficas :Pl Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Ep Processos deformacionais : 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL FH 11 103 CL FH 11 103-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 622870 7722319 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Tonalito Fresco Bt-Tonalito 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Médio Granular hipdiomorfico, poiquilitico, recristalizado Obs.: 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Acessórios Qtz Pl Mic Bt Ttn Zrn Op Aln Mineral 50 5 10 1-3 <1 <1 <1 % estimada 35 Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Hábito textural Ep <1 Alteração Czo <1 Propriedade ótica relevante Qtz 0,2 a 2 Xenomorfo Interlobado, recristalizado Extinção ondulante, subgrãos Obs.: Bt idiomorfa dentro do Qtz, contatos serrilhados as vezes Aln 0,4 idiomorfa Corona 81 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Obs.: simplictita formada por clinozoisita Mic 0,2-1 xenomorfo sericitizacao Obs.:paletas orientadas sericita, sem pertita Pl 0,2-2 xenomorfo poiquilitico Obs.:saussiritização intensa, núcleo cálcico Bt 0,3-2 Hip a idiomorfo Prismático Obs.:2 gerações , uma englobada por Pl; Ttn idiomorfo em contato Czo 0,1-0,4 Hip a idiomorfo Orientado e radial Obs.: Ep 0,4 idiomorfo prismatico Obs.: pseudomorfo em Bt Op 0,2 a 1 Anedricos Obs.: Zrn 0,1-0,3 Idiomorfo Forma de gota Obs.: Ttn 0,3-1,5 Hip a idiomorfo Prisma curto Obs.: 4. Interpretações Macla Tartan Azul berlim Halos pleocroicos Possíveis protólitos pré-metamórficos : Tonalito; Bt-Tonalito Paragêneses pré-metamórficas :Qtz-Pl-Bt-Ttn-Zrn Ordem de cristalização magmática :Zrn-Bt-Ttn-Qtz-Mic-Or-Pl Paragêneses metamórficas :Pl poiquilitico Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Ep Processos deformacionais : recristalização dinâmica. 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL FH 11 103 CL FH 11 103-02 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 622870 7722319 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Dique aplitico Fresco Granodiorito aplitico 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Médio Granular xenomorfico Obs.: 2. Constituição Mineralógica Qtz Mineral % estimada 40 Obs.: Pl 45 Minerais essenciais Mic Bt 15 7 Ttn <1 82 Acessórios Zrn Op Aln <1 <1 <1 Ep <1 Alteração Czo <1 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Hábito textural Qtz 0,2 -0,4 Xenomorfo Interlobado Obs.: Aln 0,2-0,4 idiomorfa Corona Obs.: coroa Ep Mic 0,2-0,6 xenomorfo sericitizacao Obs.:paletas orientadas sericita, sem pertita Pl 0,2-0,4 xenomorfo poiquiloblastico Obs.: Bt 0,3-0,5 Hip a idiomorfo Prismático Obs.:2 gerações , uma englobada por Pl; Ttn idiomorfo em contato Czo 0,1-0,4 Hip a idiomorfo Orientado e radial Obs.: Ep 0,4 idiomorfo prismatico Obs.: pseudomorfo em Bt Op 0,2 a 0,3 Anedricos Obs.: Zrn 0,1-0,3 Idiomorfo Forma gota Obs.: Ttn 0,3-0,7 Hip a idiomorfo Prisma curto Obs.: 4. Interpretações Propriedade ótica relevante Extinção ondulante, subgrãos Macla Tartan Azul berlim Halos pleocroicos Possíveis protólitos pré-metamórficos : granodiorito aplitico Paragêneses pré-metamórficas :Qtz-Pl-Mic-Bt-Ttn-Zrn Ordem de cristalização magmática :Zrn-Bt-Ttn-Qtz-Mic-Or-Pl Paragêneses metamórficas :Pl poiquilitico+Ep Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Ep Processos deformacionais : 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL FJ 11 110 CL FJ 11 110-02 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 623924 7723561 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Tonalito foliado Fresco Bt-Tonalito 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Médio a grosso Principais texturas e microestruturas Holocristalina, Inequigranular xenomorfa orientada 83 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Obs.:Protomilonítico? 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Acessórios Qtz Pl Mic Bt Ttn Zrn Op Mineral 55 5 10 1 <1 <1 % estimada 30 Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Qtz 0,5 a 2 Xenomorfo Obs.: Bt dentro do Qtz Obs.: Mic 2-3 Hipdiomorfico a xenomorfo Obs.:Triclinização Pl 2-6 Hip a xenomorfo Obs.:Bt dentro Pl, poiquiliticos, saussiritização Bt 0,5-3 Hip a idiomorfo Obs.:Bt dentro de Pl Or 0,5-3 hipdiomorfo Obs.: Ep 0,1-0,5 Hip a xenomorfo Obs.: Clinozoisita decussado Op 0,2 a 1 Anedricos Obs.: Zrn 0,1-0,4 Idiomorfo Obs.: Hábito textural Alteração Ep <1 Propriedade ótica relevante Interlobado, recristalizado Extinção ondulante, subgrãos Agregados Macla Tartan Zonado,porfiroblastos Maclas albita e carlsbard Prismático, glomerofilica sericitizacao Carlsbard Poiquiloblastico em Pl Halos pleocroicos Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : Tonalito; Bt-Tonalito Paragêneses pré-metamórficas :Qtz-Pl-Bt-Ttn-Zrn Ordem de cristalização magmática :Zrn-Bt-Ttn-Qtz-Mic-Or-Pl Paragêneses metamórficas :Or-Pl poiquilitico Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Ep Processos deformacionais : recristalização dinâmica. 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Maclas e núcleo cálcico. Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada 84 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL HH 11 149 CL HH 11 149-04 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619264 7719070 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Qtz-Bt-Xisto Fresco Gondito 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Fino Lepidogranoblástica Obs.: 2. Constituição Mineralógica Qtz Mineral % estimada 30-40 Minerais essenciais Bt Grt 40-45 10 Op 1015 Acessórios Ttn 1 Alteração Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Hábito textural Propriedade ótica relevante Qtz 0,1 a 0,4 xenomorfo Serrilhado a interlobado Extinção ondulante Obs.: Poeira de opacos nos intertiscios Bt 0,4-0,8 Sub i idiomorfo lepidoblástica Obs.: 2 gerações (cores de interferencia e forma) Grt 1-2,5 xenomorfa Porfiroblástica Obs.: poucas inclusoes, concentradas nas charneiras de dobras, sintectonica Ttn 0,1 a 0,5 Idiomorfo Obs.: Op 0,1-1 Anedrico Obs.:Poeira de opacos; presente na foliação Ep Obs.: Obs.: Obs.: Obs.: Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : margas argilosos; sedimentos quimicos Paragêneses pré-metamórficas : Qtz- Mn Ordem de cristalização magmática : Paragêneses metamórficas : Grt-Qtz-Bt Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Processos deformacionais : dobramentos isoclinais verticais 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Formacao Clivagem Crenulação Sintectonica!!! Granadas Escala 85 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL HH 11 149 CL HH 11 149-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619264 7719070 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Tonalito foliado Fresco 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Fino a médio Holocristalina, Inequigranular, interlobado Obs.:Plagioclásios zonado, intensa saussuritização, sericitização 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Acessórios Qtz Pl Mc Bt Hbl Aln Ttn Zrn Op Mineral 41 5 8 10 1 3 <1 <1 % estimada 30 Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Hábito textural Alteração Zo 2 Propriedade ótica relevante Qtz 0,2 a 0,6 anédricos interlobado Extinção ondulante, subgrãos Obs.: Hbl 0,4 a 1 Euédricos a subedricos Prismático Obs.: Hbl constituí a moda. Hbl+Amp=1 Mic 0,6 a 1,2 idiomorfico Zonado, porfiroblasto Macla Tartan Obs.: Pl 0,8 a 4 Subedrico a anedrico Zonado,poiquilitico Baixo ângulo maclas Obs.:poiquilitico mas apresenta direção preferencial dos Zo; sericitização; determinado Oligoclásio Bt 0,2 a 0,8 Anedrico a subedrico Acicular Obs.:2 geracoes distintas: euédrica igneas e anedricas englobando grãos. Ttn 0,2 a 0,6 Euedrica Obs.:Coronas em alguns opacos Zoi 0,1 a 0,4 Euedricas a subedricas Decussadas Obs.: núcleo cálcico dos Pl. Ocorre clinozoizitas tambem. Op 0,2 a 1 Anedricos Obs.: Obs.: Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : Tonalito Paragêneses pré-metamórficas : Ordem de cristalização magmática : Paragêneses metamórficas : Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Processos deformacionais : 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Oligoclásio. 86 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL HH 11 143 CL HH 11 143-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619249 7719930 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Qtz-milonito Médio 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Fino a médio Granoblástico xenomorfo, seriado Obs.: 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Qtz Op Mineral <1 % estimada 99 Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Acessórios Alteração Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Hábito textural Propriedade ótica relevante Qtz Obs.: Op Obs.: 0,1 a 0,5 xenomorficos serrilhado Ext. ondulante, novos grãos 0,1 a 0,6 xenomorficos Amebóides Obs.: Obs.: Obs.:. Obs.: Obs.: Obs.: Obs.: Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : Chert Paragêneses pré-metamórficas : Ordem de cristalização magmática : 87 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Paragêneses metamórficas : Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Processos deformacionais : recristalização dinâmica;regime rúptil 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Orientação eixo C do Qtz. Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL HH 11 34 CL HH 11 34-04 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619927 7719973 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Granodiorito fresca Hbl-Bt-Tonalito 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Fino a médio Granular não foliado, glomerofílica Obs.: 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Acessórios Qtz Pl Mic Bt Hbl Ttn Zrn Op Ap Mineral 55 3 12 2 1 <1 <1 <1 % estimada 25 Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Qtz 0,5 a 3 Obs.: Hbl 0,2-0,8 Obs.: vários grãos Mic 0,-3 Xenomorfo Alteração Aln Ep <1 3 Hábito textural Propriedade ótica relevante Interlobado Extinção ondulante Tons de verde Hipdiomorfico a xenomorfo Obs.: Pl 2-6 Hip a xenomorfo Obs.: Porfiro!!!!!!Zonado, Bt 0,5-1 Hip a idiomorfo Obs.:Halos pleocróicos, orientada Aln 0,2-0,8 idiomorfo Obs.: as vezes com corona de epidoto Ep 0,1-0,5 Hip a idiomorfos Obs.: Clinozoizita Op 0,2 a 1 Anedricos Obs.: Zrn 0,1-0,2 Idiomorfo Sericitizado Macla Tartan Saussiritizado, sericita Prismas curtos No centro de Pl Halos pleocroicos 88 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Obs.: Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : tonalito Paragêneses pré-metamórficas :Qtz-Pl-Bt-Ttn-Zrn-Mic+HbL Ordem de cristalização magmática :Zrn-Hbl-Bt-Ttn-Qtz-Mic-Pl Paragêneses metamórficas :Pl poiquilitico+Hbl/Act Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Ep Processos deformacionais : 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Pl. porfiro pode ser textura ignea? ? Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL HH 11 34 CL HH 11 34-03 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619927 7719973 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio anfibolito Fresco Meta Dolerito 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas medio S-C milonito nematoblastico hidrotermalizado Obs.: milonito 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Act Pl ?? Mineral 25 25 % estimada 50 Obs.: Pl diminuto dificultando identificação de Qtz. 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Act 0,2-1 Obs.: Pl 0,8-1 Obs.: ??? 0,2 a 0,3 Obs.:Matriz preta Hábito textural xenomorfo fibroso idiomorof triangular xenomorfo Obs: 89 Acessórios Alteração Propriedade ótica relevante Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Obs.: Obs.: Obs.:. Obs.: Obs.: Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : milonito do anfibolito ou dolerito Paragêneses pré-metamórficas : Ordem de cristalização magmática : Paragêneses metamórficas :Act Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Processos deformacionais : Zc ductil 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL HH 11 34 CL HH 11 34-02 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619927 7719973 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Gabro Fresco Meta Dolerito 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas medio Maciço hidrotermalizado pseudomorfo Obs.: Preserva esqueleto igneo 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Cpx Pl QtZ Op Mineral 45 40 <1 2 % estimada Obs.: Pl diminuto dificultando identificação de Qtz. 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Hábito textural 90 Acessórios Alteração Ep 10 Propriedade ótica relevante Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Cpx? 1a4 Idiomorfos a Prismas , esqueletal hipdiomorfos Obs.: pseudomorfo substituido por agregados fibrosos de actnolita Pl 0,8-3 idiomorof triangular Obs.: epidotizada, preserva forma ripiforme Ttn 0,2 a 0,8 Hipdiomorfo Obs.:2 gerações Ep 0,1 a 0,5 Hipdiomorfo a xenomorfo Obs: Substituindo Amp; qtz 0,2 a 0,8 xenomorfo Obs.:globular Obs.: Obs.:. Obs.: Obs.: Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : gabro?, clinopiroxenito, peridotito, dique Paragêneses pré-metamórficas :cPx-Pl Ordem de cristalização magmática :Px- -Op-Ttn-Pl Paragêneses metamórficas :Act-Ep-Chl Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :Ep-Chl Processos deformacionais : 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL HH 11 34 CL HH 11 34-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619927 7719973 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Anfibolito Fresco Bt-Act-Pl Xisto 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Fina granonematoblástica foliada Obs.: Proto-milonito? 91 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Acessórios ACT Pl Bt Qtz Op Ttn Zrn Ap Mineral <1 1-3 <1 <1 % estimada 30-35 40-50 10-15 ? Obs.: Pl diminuto dificultando identificação de Qtz. 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Aln Ep <1 2 Alteração Chl <1 Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Hábito textural Propriedade ótica relevante Act 1a4 Prismas longos maclado Idiomorfos a hipdiomorfos Obs.: Pl 0,2 a 0,8 Xenomorfo Interlobado, serrilhado Obs.: Límpidos; difícil separação se há Qtz entre eles. Ttn 0,2 a 0,8 Hipdiomorfo Obs.:2 gerações Ep 0,1 a 0,5 Hipdiomorfo a xenomorfo Obs: Substituindo Amp; Prenchendo Fraturas. Chl 0,2 a 0,8 Hipdiomorfo Esqueletiforme em Bt Obs.:Substituindo Bt Bt 1-3 Hipdiomorfo Prismatico Obs.:contato com Amp Ap Obs.:. Obs.: Obs.: Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : Basaltos Paragêneses pré-metamórficas :Px-Pl Ordem de cristalização magmática :Px-Bt-Op-Ttn-Pl Paragêneses metamórficas :Act-Ep-Chl Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :Ep-Chl Processos deformacionais : recristalização dinâmica em Pl; milonitização! 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Contato com unidade. granodiorítica bem definido Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E 92 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 CL HH 11 150 CL HH 11 1505A CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619264 7719070 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Queluzito Fresco Queluzito 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Fino Milonitico , bandado, serrilhado Obs.: 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Cb Op Pl Ind Mineral 10 % estimada 50-60 25-35 05 Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Cb 0,1 a 0,5 Hip a idioblastico Obs.: Poiquiloblastico Op 0,1-0,5 xenomorfo Obs.: poeira de opacos, ameboides Pl 0,1-0,5 Idiomorfo Obs.: substituido por opacos Ttn 0,1 a 0,5 Idiomorfo Obs.: ind 0,1-0,6 Hip a xenomorfo Obs.:inclusoes Cb Ep Obs.: Acessórios Alteração Hábito textural Propriedade ótica relevante bandado Relevo, cor bandado Esqueletiforme Cor alta interferencia, incolores Obs.: Obs.: Obs.: Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : margas argilosos; protominerio carbonatado Paragêneses pré-metamórficas : Ordem de cristalização magmática : Paragêneses metamórficas : Tfr-Rod-Ron Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Processos deformacionais : 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Escala 93 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 CL HH 11 150 CL HH 11 1504H 619264 7719070 Grau intemperismo Classif. macroscópica Classificação petrográfica ao microscópio Hornfelsito Fresco Bt-Qtz-Hornfels 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Fino Holocristalina, Equigranular,Granular hipidiomorfico , orientada Obs.: 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Acessórios Qtz Bt Pl Hbl? Op Ttn Mineral 25 2 1 5 % estimada 67 Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Hábito textural Alteração Czo <1 Propriedade ótica relevante Qtz 0,2 a 0,4 subedricos Extinção ondulante Obs.: Bt 0,2 a 0,4 euedrico Prismático, orientada Obs.: Pl 0,2 a 0,4 subedrico Obs.: Ttn 0,1 a 0,5 Euedrico a subedrico Obs.: Op Anedrico Obs.:com corona de Ttn; Por vezes com textura dendritica (Percolação). Ep Obs.: Obs.: Obs.: Obs.: Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : tonalito Paragêneses pré-metamórficas : Ordem de cristalização magmática : Paragêneses metamórficas :Hbl?-Ab-Ep Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :Hbl-Ab-Ep Processos deformacionais :anquimetamorfismo a Hbl-hornfels (Metamorfismo contato) 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Baixa P 94 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL HH 11 150 CL HH 11 150-2A CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619264 7719070 Grau intemperismo Classif. macroscópica Classificação petrográfica ao microscópio Qtz-Bt-granada-Xisto Fresco Esperssatita-Gondito 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Fino a médio Lepidogranoblástica;porfiroblástica; poiquilitico Obs.: 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Qtz Bt Grt Amp Op Mineral 30-35 30-35 <1 3 % estimada 30 Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Acessórios Hábito textural Propriedade ótica relevante Qtz 0,2 a 0,2 xenomorfo interlobado Novos grãos Obs.: Bt 0,4-1,5 Sub i idiomorfo Prismática Obs.: encurva nas granadas Grt 1,5-4 xenoblástica porfiroblástica,poiquiloblastica Obs.: sombras de pressão; rotação do porfiroblasto, sin e pré? Ttn 0,1 a 0,5 Idiomorfo Obs.: Op 0,1-0,2 Xenomorfos Obs.:dispersos e pequenos Chl 0,5-2 Idiomorfas a hip Esferulitica e decussadas Obs.: radiais; sobrecrescimento em Bt Amp Obs.: indistinto uni+==bi+ 2v alto ??? pleocroismo amarelo palido a castanho claro. Obs.: Obs.: Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : margas argilosos; sedimentos quimicos Paragêneses pré-metamórficas : Qtz- Mn Ordem de cristalização magmática : Paragêneses metamórficas : Grt-Qtz-Bt 95 Alteração Chl 2 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Processos deformacionais : dobramentos isoclinais verticais 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL GG 11 142 CL GG 11 142-02 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 617780 7720970 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Microgranito Fresco MicroDiorito 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Fina granular equigranular decussada Obs.: 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Acessórios Hbl Pl Bt Mic Op Ttn Ap Aln Mineral <1 1-2 <1 <1 % estimada 40-60 30-35 10-15 <1 Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Ep 2 Alteração Chl <1 Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Hábito textural Propriedade ótica relevante Hbl 0,2-0,8 Seções losangulares Maclada Idiomorfos a hipdiomorfos Obs.: Hbl dentro de Pl Pl 0,2-0,8 xenomorfo Obs.: engloba Pl e Bt Ttn 0,2 a 0,4 Hipdiomorfo a idiomorfo Obs.:2 Ep 0,1-0,4 Hip a xenomorfo Obs: clinozoisita; corona em Aln Chl Obs.: Substituindo Bt Bt 0,2-1,5 Hip a idiomorfo Obs.: Aln 0,2-0,3 hipdiomorfo Obs.:.corona ep. Contato Hbl Queleftica Prisma alongado Corona Obs.: 96 Maclada Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Obs.: Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : Paragêneses pré-metamórficas : Ordem de cristalização magmática : Paragêneses metamórficas : Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Processos deformacionais : 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Enclave microgranular mafico; Presente em Bt-tonalito; Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL GG 11 125 CL GG 11 125-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 617405 7721254 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Granodiorito Fresco Bt-Tonalito 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Médio Granular xenomorfico chegando a seriado Foliado Obs.: Bt exibe orientação 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Acessórios Qtz Pl Mic Bt Ttn Zrn Op Aln Mineral 5-10 1-2 <1 <1 <1 % estimada 30-40 45-55 2-5 Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Hábito textural Qtz 1-3 Xenomorfo Interlobado Obs.: límpido sem alterações Aln Obs.: com Ep Mic 0,5-2 Xeno a hipidiomorfo Obs.: Pl 3-6 Hip a xenomorfo Saussuritizado Obs.: núcleo cálcico; poiquilitico Bt 2-4 Idi a xeno Orientada Obs.:2 gerações pela forma e cor de interferência 97 Ep 1-2 Alteração Czo <1 Propriedade ótica relevante Extinção ondulante, subgrãos Macla Tartan Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Obs.: Ep 0,2-1 Hipdiomorfo a xeno Prismatico e corona Obs.: clinozoisita tambem, faces cristalinas com Bt Op 0,2 a 1 Anedricos Obs.: Zrn 0,1-0,3 Idiomorfo Forma gota Obs.: Ttn 0,5-2 Hip a idiomorfo Prisma curto Obs.: muito bem formado 4. Interpretações Azul berlim Halos pleocroicos Possíveis protólitos pré-metamórficos : Tonalito; Bt-Tonalito Paragêneses pré-metamórficas :Qtz-Pl-Bt-Ttn-Zrn Ordem de cristalização magmática :Zrn-Bt-Ttn-Qtz-Mic-Or-Pl Paragêneses metamórficas :Pl poiquilitico Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Ep Processos deformacionais : recristalização dinâmica. 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Escala UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho Geológico – Ano 2006 Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada Sigla Afloramento Sigla da Amostra Folha 1:50.000 UTM-N UTM-E CL HI 11 152 CL HI 11 152-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 621588 7720398 Classif. macroscópica Grau intemperismo Classificação petrográfica ao microscópio Granodiorito fresca Bt-Tonalito 1. Aspectos texturais gerais da rocha Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas Fino a médio Granular, não foliado, glomerofílica Obs.:leucocrático 2. Constituição Mineralógica Minerais essenciais Acessórios Qtz Pl Mic Bt Ttn Zrn Op Ap Mineral 50 5 8 1-3 <1 <1 <1 % estimada 35 Obs.: 3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha Alteração Aln Ep <1 3 Mineral Tamanho dos Forma dos grãos grãos (mm) Hábito textural Propriedade ótica relevante Qtz Obs.: 0,5 a 3 Interlobado Extinção ondulante Xenomorfo Obs.: 98 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 Mic 0,-3 Hipdiomorfico a xenomorfo Sericitizado, pertita, Obs.: Pl 2-6 Hip a xenomorfo Saussiritizado, sericita Obs.: maclas carlsbard e polissintetica bem preservadas Bt 0,5-1 Hip a idiomorfo Prismático Obs.:Halos pleocróicos, textura glomerolifica; decussadas Aln 0,2-0,8 idiomorfo Prismas curtos Obs.: as vezes com corona de epidoto Ep 0,1-0,5 Hip a idiomorfos No centro de Pl Obs.: Op 0,2 a 1 Anedricos Obs.: Zrn 0,1-0,2 Idiomorfo Obs.: Obs.: 4. Interpretações Possíveis protólitos pré-metamórficos : Bt-Granodiorito Paragêneses pré-metamórficas :Qtz-Pl-Bt-Ttn-Zrn-Mic Ordem de cristalização magmática :Zrn-Bt-Ttn-Qtz-Mic-Pl Paragêneses metamórficas :Pl poiquilitico Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Ep+Chl Processos deformacionais : 6. Desenho ou fotos 5. Outras observações Escala 99 Macla Tartan Cor interferencia verde Halos pleocroicos Lages, G. A., 2006 Geologia da Ortofoto 42-17-11, Folha SF-23-X-A-VI-1 (Conselheiro Lafaiete, MG) PROJETO CONSELHEIRO LAFAIETE - TG 2006 PONTO UTM E N LITO TABELA DE PONTOS E ESTRUTURAS DESCRITAS NA ORTOFOTO 42-17-11 AFL AMOSTRAS LOC TIPO S0 Sn F Lmin Sm CL-GH-11-06 618546 7720656 ANF E Sap CL-GH-11-07 CL-GH-11-08 CL-GH-11-09 CL-GH-11-10 CL-HH-11-11 CL-HH-11-12 618582 618753 618914 619054 619210 619211 7720535 7720333 7720137 7720024 7719929 7719892 ANF ANF X X ANF MIN E E E E E Em Col Col Sap Sap Rf Rf CL-HH-11-13 CL-HH-11-14 CL-HH-11-15 CL-HH-11-16 CL-HH-11-17 CL-HH-11-18 CL-HH-11-19 CL-HH-11-20 CL-HH-11-21 CL-HG-11-22 CL-HG-11-23 CL-HG-11-24 CL-HG-11-25 CL-HG-11-26 CL-GH-11-27 CL-GH-11-28 618825 619139 619631 619927 619120 619073 618841 618364 618213 617960 617510 617253 617334 617827 618259 618614 7719481 7719119 7719829 7719973 7719015 7719987 7719778 7719622 7719158 7718966 7718931 7719430 7719677 7719847 7720253 7720539 VEIO X ANF GRA MIN ANF/MIN ANF SOLO V SOLO V SOLO G SOLO G SOLO G SOLO G SOLO V SOLO V ANF E Gab E E Gab Ef Ef T T T Tm Tm Tm Em T Em Rf Sap Lm Lm Rf Sap Sap S S S S S S Col Col Col CL-GH-11-29 CL-GH-11-30 CL-GI-11-31 CL-GI-11-32 CL-GI-11-33 CL-HH-11-34 618391 618408 620244 620061 620009 619927 7720832 7720821 7721529 7720803 7720495 7719973 CL-FG-11-35 617169 CL-FG-11-36 617617 GRA ANF/GRA X ANF ANF/GRA ANF Em Lm Em Em E Lr Sap Sap Sap Rf Sap Rf 7723836 U R Sap 7723999 ANF R Sap ESTRUTURA Le Sn+1 180 75 J Lb Li Lc Lea 60 20 32 90 CL-GH-11-08-01 CL-GH-11-09-01 140 70 CL-HH-11-12-01 235 50 272 88 F trans, dobra isoclinal 110 70 150 64 30 75 350 60 135 70 CL-HH-11-17-01 CL-HH-11-19-01 125 85 155 80 85 87 CL-HG-11-25-01 125 110 120 145 60 55 50 50 200 10 170 14 290 30 320 60 220 30 CL-GI-11-32-01 165 80 CL-HH-11-34-01 CL-HH-11-34-02 CL-HH-11-34-03 CL-HH-11-34-04 335 85 0 75 350 0 25 80 70 40 77 0 10 22 20 10 25 30 24 355 5 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 CL-FG-11-37 617609 7722136 GRA Lm Rf CL-FG-11-38 CL-FG-11-39 617680 617594 7722224 ANF 7722540 ANF/X Em Ef Rf Sap CL-EH-11-40 CL-FJ-11-41 618032 623331 7724437 7722899 ANF/X R Ef Sap Sap CL-FJ-11-42 623242 7722760 ANF/X R Sap CL-EJ-11-43 624147 7723605 ANF/GRA Lm Rf CL-GJ-11-44 CL-GJ-11-45 CL-GJ-11-46 CL-HJ-11-47 CL-HJ-11-48 CL-HJ-11-49 CL-HJ-11-50 CL-HJ-11-51 623680 623701 623423 623257 623158 622889 623051 623053 7720296 7720158 7720006 7719900 7719760 7719215 7719864 7720000 GRA GRA/X X X X/MIN GRA X/MIN X Em E E E Ef Ef Ef T Sap Sap Sap Sap Sap Lm Sap Sap CL-HJ-11-52 CL-HJ-11-53 CL-HJ-11-54 CL-HI-11-55 CL-HI-11-56 CL-HI-11-57 CL-HI-11-58 CL-HI-11-59 CL-HI-11-60 CL-HI-11-61 CL-GI-11-62 CL-GI-11-63 CL-FI-11-64 CL-FI-11-65 622984 622467 622049 621934 621866 621688 621568 620969 620854 620357 620252 620197 620169 620004 7719993 7719743 7720270 7720216 7720195 7720258 7720228 7720530 7720436 7719992 7721283 7721585 7722922 7722877 ANF/X ANF/X X ANF/GRA X GRA X GRA SOLO SOLO CHE X C X/C E E E E Em E E E E E Em Em Ef Lm Sap Sap Sap Rf Sap Sap Sap S S S Rf Sap S Rf Direcao 40 60 dique Direcao 40 50 dique Direcao 240 50 dique Direcao 280 60 dique CL-FG-11-38-01 125 135 120 210 225 220 340 40 230 290 CL-EJ-11-42-01 335 195 60 60 45 55 35 30 70 flancos 85 flancos 50 90 190 345 350 75 310 75 75 70 65 70 180 200 180 190 180 170 320 320 70 70 60 60 50 80 80 80 340 90 CL-HI-11-55-01 180 50 185 80 345 65 165 65 CL-FH-11-66 619989 7722869 CHE Ef Rf 215 155 80 160 75 80 220 75 CL-FH-11-67 619911 7722865 CHE Ef Rf 170 50 CL-FH-11-68 619876 7722869 CHE Ef Rf 90 15 110 25 78 290 270 270 220 280 75 70 65 50 50 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 CL-FH-11-69 619850 7722857 X/C Ef Rf CL-FH-11-70 CL-FH-11-71 CL-FH-11-72 continua 72 619830 619869 619501 7722717 7722607 7722444 GRA GRA/X GRA GRA/X EF Ef Pab Rf Rf Rf CL-FI-11-73 CL-FI-11-74 CL-FI-11-75 CL-FI-11-76 620290 620989 620186 620383 7723195 7723489 7723280 7722835 X X X/MIN X/MIN Lm Ef Lm E Sap Sap Sap Sap CL-FI-11-77 CL-FI-11-78 CL-GI-11-79 CL-FI-11-80 CL-FI-11-81 620463 620496 620442 621716 621753 7722501 7722010 7721943 7723072 7723133 ANF/X X X X X/MIL Ef Ef Ef Ef Ef S S S Sap Sap CL-FI-11-82 CL-FI-11-83 621785 621698 7723049 7723005 ANF X Lm Em Rf Sap CL-FI-11-84 CL-FI-11-85 621389 621754 7722649 7722936 SOLO ANF/X Ef Em S Rf CL-FI-11-86 CL-FI-11-87 CL-HJ-11-88 621745 621661 622276 7722759 7723662 7718875 GRA GRA/X GRA Em Ef Ef Col Sap Sap CL-HI-11-89 CL-HI-11-90 CL-HH-11-91 CL-GJ-11-92 620612 620459 619211 623857 7718906 7719951 7719892 7721372 ANF GRA MIL GRA Lm Ef Em T Rf Sap Rf Rf 105 25 110 25 CL-FH-11-70-01 85 105 180 70 110 170 230 210 CL-FI-11-81-01 CL-FI-11-81-02 CL-FI-11-81-03 CL-FI-11-82-01 55 75 80 60 50 60 50 60 165 175 65 80 190 10 75 200 80 80 200 80 200 70 200 40 120 10 270 85 265 80 110 72 0 30 25 356 0 220 75 200 76 300 25 280 25 70 70 70 76 62 120 70 110 60 340 70 CL-HJ-11-88-01 50 75 310 45 305 60 60 70 145 45 CL-GJ-11-92-01 140 75 50 80 125 60 150 80 CL-GJ-11-93 CL-GJ-11-94 CL-GJ-11-95 CL-GJ-11-96 623364 623036 622822 623213 7721349 7721125 7721050 7721330 SOLO SOLO SOLO X T T T Em S S S Sap 10 10 40 50 45 45 40 30 50 60 25 30 15 50 15 50 79 35 55 45 45 75 80 80 80 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 CL-GJ-11-97 623261 7721415 X T Sap 195 65 195 75 CL-GJ-11-98 CL-GJ-11-99 CL-GJ-11-100 CL-FJ-11-101 CL-FJ-11-102 CL-FH-11-103 623241 622848 622602 622599 622789 622870 7721353 7721739 7721677 7722094 7722340 7722319 GRA SOLO G GRA SOLO GRA GRA T T T Ef Ef Pab Sap S Rf S Sap Rf CL-FH-11-104 CL-FH-11-105 CL-FJ-11-106 CL-FJ-11-107 CL-FJ-11-108 CL-FJ-11-109 CL-FJ-11-110 CL-GJ-11-111 CL-FG-11-112 622920 622870 623033 623108 622987 623349 623924 624275 617603 7722172 7722456 7722635 7722657 7722852 7723257 7723561 7723492 7722548 GRA SOLO SOLO CHE SOLO G SOLO GRA GRA/X GRA Lm Ef Ef Ef C C C R Ef Rf S S Rf S S Rf Sap Sap CL-FG-11-112-01 CL-FG-11-113 617632 7722332 ANF E Rf CL-FG-11-113-01 CL-FG-11-114 617589 7722106 GRA E Rf CL-FG-11-114-01 CL-FG-11-114-02 CL-FH-11-115 CL-FH-11-116 618224 618452 7722291 7722252 SOLO ANF Ef Ef S Col CL-FH-11-117 CL-FH-11-118 CL-FH-11-119 CL-FH-11-120 CL-FH-11-121 CL-FG-11-122 618337 618455 618342 618268 618390 617949 7722425 7722557 7722743 7722873 7722420 7722121 GRA GRA GRA GRA ANF MIN Ef Ef Ef Ef Em Gab Sap Rf Sap Sap Rf Rf CL-GG-11-123 CL-GG-11-124 CL-GG-11-125 CL-GG-11-126 617620 617610 617405 617449 7721904 7721610 7721254 7720964 ANF ANF/GRA GRA GRA Ef Ef Ef C Rf Sap Rf Rf CL-GG-11-127 CL-FI-11-128 CL-GI-11-129 CL-FI-11-130 CL-FI-11-131 CL-GI-11-132 CL-GI-11-133 CL-GI-11-134 CL-FI-11-135 617250 621445 621131 621603 621778 621625 621304 621189 621637 7720968 7722200 7721980 7722362 7722250 7721392 7721218 7721238 7722500 GRA SOLO SOLO SOLO SOLO SOLO SOLO SOLO SOLO C C T Ef C C T T Ef Rf S S S S S S S S CL-GH-11-100-01 CL-GH-11-103-01 CL-GH-11-103-02 CL-GH-11-103-03 210 155 200 185 225 250 85 75 90 80 90 30 250 30 120 150 110 160 170 200 60 35 30 55 65 80 120 52 110 40 60 70 70 75 220 235 225 240 125 50 CL-FH-11-118-01 215 50 CL-FH-11-121-01 CL-FG-11-122-01 CL-FG-11-122-02 CL-GG-11-123-01 CL-GG-11-125-01 CL-GG-11-126-01 CL-GG-11-126-02 210 70 95 50 320 90 CL-GI-11-129-01 CL-FI-11-130-01 CL-FI-11-135-01 80 80 80 55 70 55 60 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 CL-FI-11-136 621559 7722979 ANF Ef Rf CL-FI-11-137 CL-FI-11-138 CL-FI-11-139 CL-FI-11-140 CL-FI-11-141 CL-GG-11-142 621151 620941 621481 621678 621909 617780 7722758 7722239 7722967 7723072 7723584 7720970 X SOLO ANF X CAN GRA T T Ef E Tm Tm Sap S Sap Rf S Rf CL-HH-11-143 619249 7719930 MIL Em Rf CL-HH-11-144 CL-HH-11-145 619132 618885 7719815 7719676 MIN X E E Sap Sap CL-HH-11-146 618978 7719570 X Ef Sap CL-HH-11-147 618869 7719202 CHE Lm Rf CL-HH-11-148 618950 7719171 X Em Sap 215 80 205 65 210 85 CL-FI-11-137-01 CL-FI-11-139-01 CL-FI-11-140-01 CL-FI-11-140-01 CL-GG-11-142-01 CL-GG-11-142-02 CL-HH-11-143-01 CL-HH-11-143-02 40 75 290 280 100 95 90 285 90 75 80 75 70 75 14 28 300 80 CL-HH-11-145-01 CL-HH-11-145-02 210 205 20 100 CL-HH-11-149 619264 7719070 MIN Gab Rf VARIAS 330 300 90 245 100 35 230 35 280 330 80 60 80 10 0 0 25 35 30 90 90 85 70 70 30 35 35 80 320 90 75 70 20 65 10 50 110 0 50 35 35 20 80 65 55 65 25 85 CL-HH-11-150 619264 7719070 MIN Gab Rf VARIAS 340 90 80 350 350 70 88 65 70 80 85 80 350 85 100 65 90 50 180 85 30 90 318 60 80 CL--11-151 CL-GI-11-152 621558 U 7720398 GRD R Em Sap Rf CL-GI-11-152-01 81 100 70 0 Lages, G. A., 2006 Geologia da Ortofoto 42-17-11, Folha SF-23-X-A-VI-1 (Conselheiro Lafaiete, MG) 77 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 78 Lages, G. A., 2006 Geologia da Ortofoto 42-17-11, Folha SF-23-X-A-VI-1 (Conselheiro Lafaiete, MG) 77 Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006 78