Ano 2006

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
GEOLOGIA DA FOLHA SF-23-X-A-VI-1 (CONSELHEIRO
LAFAIETE, MINAS GERAIS): ORTOFOTOCARTA 42-17-11,
ESCALA 1:25.000
Geysson de Almeida Lages
MONOGRAFIA nº 406
Ouro Preto, Outubro de 2006
i
GEOLOGIA DA FOLHA SF-23-X-A-VI-1 (CONSELHEIRO
LAFAIETE, MINAS GERAIS): ORTOFOTOCARTA 42-17-11,
ESCALA 1:25.000
ii
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
Reitor
João Luiz Martins
Vice-Reitor
Antenor Rodrigues Barbosa Júnior
Pró-Reitor de Graduação
Marcone Jamilson Freitas Souza
ESCOLA DE MINAS
Diretor
José Geraldo Arantes de Azevedo Brito
Vice-Diretor
Marco Túlio Ribeiro Evangelista
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
Chefe
Paulo César Souza
iii
MONOGRAFIA DO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
Nº 406
GEOLOGIA DA FOLHA SF-23-X-A-VI-1 (CONSELHEIRO LAFAIETE,
MINAS GERAIS): ORTOFOTOCARTA 42-17-11, ESCALA 1:25.000
Geysson de Almeida Lages
Orientador
Luís Antônio Rosa Seixas
Co-orientador
Hubert Mathias Peter Roeser
Monografia do Trabalho Final de Graduação apresentado ao Departamento de Geologia da Escola de
Minas da Universidade Federal de Ouro Preto como requisito parcial à obtenção do Título de Engenheiro
Geólogo.
OURO PRETO
2006
v
Universidade Federal de Ouro Preto – http://www.ufop.br
Escola de Minas - http://www.em.ufop.br
Departamento de Geologia - http://www.degeo.ufop.br/
Campus Morro do Cruzeiro s/n - Bauxita
35.400-000 Ouro Preto, Minas Gerais
Tel. (31) 3559-1600, Fax: (31) 3559-1606
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Nenhuma parte desta publicação poderá ser gravada, armazenada em sistemas eletrônicos, fotocopiada ou
reproduzida por meios mecânicos ou eletrônicos ou utilizada sem a observância das normas de direito
autoral.
Catalogação elaborada pela Biblioteca Prof. Luciano Jacques de Moraes do
Sistema de Bibliotecas e Informação - SISBIN - Universidade Federal de Ouro Preto
C955a
Lages, Geysson de Almeida.
Geologia da Folha SF-23-X-A-VI-1 (Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais): Ortofotocarta 42-17-11,
Escala 1:25.000 / Geysson de Almeida Lages – Ouro Preto: UFOP: 2006.
xix, 75p.: il. color. (Monografia nº 406)
Monografia do Trabalho Final de Graduação – Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de
Minas. Departamento de Geologia.
1. Mapeamento geológico. 2 Minério de Manganês. 3. Conselheiro Lafaiete. 4. Suíte Alto
Maranhão. 5. Greenstone Belt Rio das Velhas. I. Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de Minas.
Departamento de Geologia. II. Título
CDU: 550.4:504
http://www.sisbin.ufop.br
vi
O homem vem do pó; o pó vem das rochas; algumas rochas vem do pó;
Então somos todos filhos das rochas.
Aos meus pais e as rochas que me ensinam e divertem.
vii
Agradecimentos
Agradeço aos meus pais, irmãos e amigos próximos;
Ao Professor Luís Antônio Rosa Seixas pelo grande exemplo e coordenação neste trabalho;
Ao Professor Hubert Mathias Peter Roeser pela co-orientação neste trabalho, a todos os alunos e
professores envolvidos no TG-2006/1;
Ao Degeo/Ufop e seus laboratórios LAMIN, LGqA, MicroLAB;
A todos professores e funcionários do Degeo/Ufop e a FG, NUPETRO, Cead;
A FAPEMIG, Degeo, Ufop pelo fomento à pesquisa;
Especialmente a Ouro Preto e suas rochas que durante toda a jornada fora fonte de conhecimentos
e diversão nas inúmeras escaladas e caminhadas;
Ao professor Mauro Schettino.
viii
ix
Sumário
AGRADECIMENTOS .............................................................................................................. ix
SUMÁRIO ................................................................................................................................. xi
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................xiii
LISTA DE TABELAS.............................................................................................................. xv
RESUMO ................................................................................................................................xvii
ABSTRACT ............................................................................................................................. xix
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1
1.1. Introdução ............................................................................................................................. 1
1.2. Objetivos ............................................................................................................................... 1
1.3. Localização e Vias de Acesso ............................................................................................... 2
1.4. Metodologia .......................................................................................................................... 4
CAPÍTULO 2. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS ...................................................................... 7
2.1. Clima ..................................................................................................................................... 7
2.2. Vegetação .............................................................................................................................. 7
2.3. Drenagem .............................................................................................................................. 7
2.4. Uso e Ocupação do Solo ..................................................................................................... 10
2.5. Evolução da Paisagem ......................................................................................................... 10
CAPÍTULO 3. GEOLOGIA REGIONAL ............................................................................. 13
3.1. Contexto Geotectônico ........................................................................................................ 13
3.2. Trabalhos Anteriores ........................................................................................................... 15
3.3. Litoestratigrafia ................................................................................................................... 16
3.3.1. Embasamento ......................................................................................................... 18
3.3.2. Seqüências Vulcano-Sedimentares ......................................................................... 18
3.3.3. Formação Santo Amaro .......................................................................................... 18
3.3.4. Granitogênese Paleoproterozóica ........................................................................... 19
3.4. Recursos Naturais ................................................................................................................ 19
CAPÍTULO 4. GEOLOGIA LOCAL ..................................................................................... 21
4.1. Introdução ........................................................................................................................... 21
4.2. Rochas Supracrustais ........................................................................................................... 24
4.2.1. Metabasitos ............................................................................................................ 24
4.2.2. Metassedimentos .................................................................................................... 26
4.3. Rochas Plutônicas Félsicas .................................................................................................. 28
x
4.4. Mina Pequeri ....................................................................................................................... 37
4.5. Diques Básicos .................................................................................................................... 42
4.6. Metamorfismo ..................................................................................................................... 43
CAPÍTULO 5. GEOLOGIA ESTRUTURAL ........................................................................ 45
5.1. Introdução ........................................................................................................................... 45
5.2. Arcabouço Tectônico da Área 11 ........................................................................................ 45
5.3. Análise Estrutural Descritiva ............................................................................................... 46
5.3.1. Estrutura Planares e Lineares ................................................................................. 46
5.3.1.1. Acamamento Sedimentar .......................................................................... 46
5.3.1.2. Xistosidade ................................................................................................ 47
5.3.1.3. Lineações .................................................................................................. 49
5.3.2. Dobras .................................................................................................................... 50
5.3.3. Zonas de Cisalhamento .......................................................................................... 52
5.3.4. Fraturas .................................................................................................................. 53
CAPÍTULO 6. GEOLOGIA ECONÔMICA ......................................................................... 55
6.1. Introdução ........................................................................................................................... 55
6.2. Grafita ................................................................................................................................. 55
6.3. Ouro .................................................................................................................................... 56
6.4. Minério de Manganês .......................................................................................................... 57
CAPÍTULO 7. INTEGRAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS ................................. 59
7.1. Introdução ........................................................................................................................... 59
7.2. Evolução Geológica da Área ............................................................................................... 59
7.2.1. Rochas Supracrustais.............................................................................................. 59
7.2.2. Rochas Plutônicas Félsicas ..................................................................................... 64
7.2.3. Diques Básicos ....................................................................................................... 66
7.3. Evolução Estrutural da Área ................................................................................................ 68
CAPÍTULO 8. CONCLUSÕES .............................................................................................. 71
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................... 73
ANEXOS ................................................................................................................................... 77
xi
Lista de Ilustrações
Figuras
1.1- Localização da área e vias de acesso ..................................................................................... 3
2.1- Domínios geomorfológicos, Lineamentos e Hipsometria da ortofoto 42-17-11 .................... 9
2.2- Diagrama de Rosetas dos Segmentos de lineamentos da ortofoto 42-17-11........................ 10
2.3- Morfologia típica de unidade granítica com cicatrizes de ravinamento. .............................. 11
3.1- Mapa geológico simplificado do Cráton São Francisco e seus limites ................................ 14
3.2- Principais unidades litológicas pertencentes à Folha Conselheiro Lafaiete ......................... 17
4.1- Mapa de pontos; Análises e Contatos preliminares sobre Mapa radiométrico .................... 23
4.2- A) Anfibolito maciço; B) Saprólito de anfibolito com grumos de massa granitóide ........... 24
4.3- A) Fenoblasto de Actnolita idioblástica maclada; B) Agregado de plagioclásio ................. 25
4.4- A) Intercalação entre xistos grafitosos e cherts; B) Xisto manganografitoso e quartzito
em dobras subhorizontais, isoclinais e milonitizado; C) Saprólito de
minério
manganesífero; D) Detalhe das granadas vistas no saprólito de xisto.................................... 27
4.5- A/B) Afloramentos relacionados ao Plúton Jacuí; C) Plagioclásio com núcleo cálcico
saussuritizado; D) Cristal automórfico de alanita metamíctica com coroa de epidoto; E)
Fenocristal de titanita euédrica maclada; F) Mineral acessório Zircão em biotita .. ............... 29
4.6- A) Granitóide do Plúton Retiro com fratura preenchida por epidoto; B) Dique
centimétrico pegmatóide de caráter trondhjemítico em granitóide; C) Diagrama QAP de
classificação de granitóides.. ................................................................................................. 30
4.7- A) Enclave microfoliado máfico; B) Enclave microdiorítico com formato “pisciforme”;
C/D) Enclaves microdioríticos lenticulares.. ......................................................................... 32
4.8- A) Fotomicrografia em elétron retroespalhado no enclave microdiorítico e gráficos
representativos dos minerais: Calcopirita, plagioclásio, apatita e hornblenda; B) Detalhe
análise ao MEV de alanita hipdiomorfa com corona de epidoto; Pequeno cristal de
Ilmenita.. ............................................................................................................................... 33
4.9- Diagramas de classificação de rochas ígneas; A) SiO2-Na2O+K2O; B) A/CNK x A/NK;
C) R1xR2; D) TiO2-Zr.. ........................................................................................................ 36
4.10- Panorâmica da Mina Pequeri com respectivas litologias representativas. ......................... 38
4.11- A) aureola de alteração entre Gondito e Hbl-Bt-tonalito; B) Textura equigranular do
quartzo no hornfelsito, com minerais prismáticos exibindo orientação; C) Gondito
apresentando textura granolepidoblástica definida entre quartzo e biotita+opacos e
porfiroblasto de granada com foliação interna concordante com a xistosidade; D)
Sobrecrescimento de clorita de cores cinza-anomâlo no gondito.. ........................................ 40
4.12- A) Fotomicrografia do queluzito, com predominância de rodocrosita, e silicatos tefroíta
e rodonita, e sulfeto alabandita; B) Gráficos dos seguintes minerais: Olivina-Tefroíta,
Carbonato Rodocrosita, Piroxênóide Rodonita e Sulfeto Allabandita.. ................................. 41
5.1- Imagem LandSat delineando o Lineamento Congonhas e esboço da área 11.. .................... 46
xii
5.2- Estereograma sinóptico de S0 para as rochas supracrustais da área 11 . .............................. 47
5.3- Projeções de Igual-área dos Pólos de Xistosidade: A) Estereograma sinóptico de Sn para
as rochas supracrustais; B) Estereograma sinóptico de Sn para as rochas graníticas. ........... .48
5.4- A) Diagrama sinótipo da projeção de igual-área das lineações minerais e estiramento
agrupadas em (Lm); B) Xisto sericítico apresentando foliação Sn= 45/50 e Lm= 15/50 no
ponto 96 ............................................................................................................................... .49
5.5- A/B) Cálculo e de eixo da dobra através de estereograma e fotografia da dobra isoclinal
horizontal inclinada com vergência para oeste em quartzo-milonito; C) Dobra Kink band
normal com vergência para SW em xisto manganesífero; D) Zona de charneira de dobra
em metachert apresentando eixo com rumo NW-SE e caimento para NW; E) Dobra
isoclinal vertical em gondito geradas no sentido NW-SE; F) Possível dobra em caixa em
gondito ................................................................................................................................. .51
5.6- A) Plano em quartzo-milonito apresentando ressaltos escalonados com bloco se
deslocando sentido NW; B) Estrias de atrito sub-horizontais no mesmo plano anterior; C)
Fotomicrografia em com uso de lâmina auxiliar exibindo orientação de eixos-c em
agregados de quartzo, e microestruturas como contatos interlobados a serrilhados,
subgrãos e início de recristalização dinâmica com formação de filetes de novos grãos; D)
Queluzito apresentando ressaltos e estrias de atrito indicando cinemática sinistral de bloco
dentro da Mina Pequeri. ....................................................................................................... .53
5.7- Diagrama de Roseta contendo dados referentes ao estudo de fraturas na área 11 ............... .54
6.1- Pesquisa executada no sistema SIGMINE sobre os requerimentos constantes na área. ...... .55
6.2- A) Mapa Radiométrico Fator F da área 11; B) Plano de Falha cloritizado e indicadores
cinemáticos de movimento normal na pedreira Bombaça. ................................................... .58
7.1- Gráficos geoquímicos para rochas metamáficas: A) Diagrama Álcalis x Sílica de
classificação de rochas vulcânicas e limite entre série alcalina e subalcalina; B) Diagrama
Triangular AFM para rochas metamáficas.. ......................................................................... .60
7.2- Diagrama Ti (ppm) vs. Zr (ppm) para anfibolitos e, para comparação, um dique básico
da área 21, intrusivo em tonalito.. ........................................................................................ .61
7.3- Gráficos de elementos incompatíveis para anfibolitos e diques básicos: A) Ba x MgO;
B) K2O x MgO (%); C) Zr x MgO... .................................................................................... .67
7.4- Repetições de camadas sugerindo dobramento fase D1 com eixo verticalizado . ... ............ .69
Tabelas:
4.1- Quadro geoquímico dos granitóides da área 11 e circunvizinhas ........................................ 35
4.2- Síntese geoquímica do tonalito e hornfelsito da Mina Pequeri ............................................ 39
7.1- Dados geoquímicos de anfibolitos pertencentes ao Projeto TG-2006/1 .............................. 60
7.2- Quadro Geoquímico do enclave microgranular máfico em granitóides............................... 65
xiii
xiv
Resumo
A presente monografia refere-se ao trabalho de mapeamento geológico-estrutural, em escala
1:25000, realizado no Distrito Manganesífero de Conselheiro Lafaiete (MG), localizado a oeste deste
município. A área mapeada da folha Conselheiro Lafaiete (1:50000) corresponde à ortofoto 42-17-11, cuja
porção Leste é tratada com maior detalhe neste trabalho (sub-área Leste).O trabalho foi realizado em três
fases: a fase Preliminar durante a qual foi feita uma revisão bibliográfica, bem como estudos de fotos
aéreas e ortofotos e elaboração de um mapa preliminar; seguida da fase de trabalho de campo e
desenvolvimento e a fase de finalização durante a qual os dados foram tratados, interpretados e discutidos
e a monografia finalizada.
A área em estudo situa-se no contexto geotectônico do Cráton São Francisco Meridional. Esta
região possui uma complexa história tectonometamórfica e faz parte do embasamento da porção sul do
Cráton São Francisco.
Na sub-área 11 Leste foram cartografadas as seguintes unidades litodêmicas: (i) Rochas
Supracrustais, englobando metabasitos e metassedimentos; (ii) Rochas Plutônicas Félsicas; e (iii) Diques
Básicos. Em adição é apresentado um tópico especial descritivo sobre a Mina de Manganês Pequeri. Nas
rochas supracrustais, anfibolitos máficos de derivação basáltica toleítica a cálcio-alcalina de ambiente de
margem de placa provavelmente na forma de derrames e sills, intercalam-se com xistos contendo grafita e
manganês, cherts, gonditos e queluzitos (Grupo Nova Lima e ou/ Grupo Barbacena). As rochas plutônicas
félsicas possuem composição mineralógica tonalítica a granodiorítica à base de plagioclásio, quartzo,
biotita e hornblenda, e mineralogia acessória constituída de alanita, zircão, apatita e titanita. É comum a
presença de enclaves magmáticos microdioríticos, com variadas estruturas de mistura de magmas. Sua
assinatura geoquímica permite classificá-los como tonalitos/granodioritos de uma suíte plutônica TTG de
alto-alumínio (Suíte Alto Maranhão). Esta suíte possui dados isotópicos que indicam sua geração como
magma juvenil durante a orogênese paleoproterozóica Transamazôniana. Na Mina Pequeri, o
metamorfismo de contato entre os carbonatos de manganês e a intrusão do Tonalito Pequeri criou um
escarnito representado pela formação de rodonita e olivina tefroíta. As estruturas na região recebem a
influência do Lineamento Congonhas, importante estrutura regional de orientação geral NW-SE. Os
diques básicos doleríticos contém assinatura de elementos traços compatíveis com magmas basálticos de
intraplaca continental. Manganês, grafita e ouro representam os potenciais bens minerais da área.
xv
xvi
Abstract
This monograph presents the results of a 1:25000 scale litho-structural geological mapping carried
out in the Manganese District of Conselheiro Lafaiete (MG), located in the west of this city. It deals the
data concerning the ortophoto 42-17-11 of 1:50000 Conselheiro Lafaiete geographic sheet.. The oriental
portion of the mentioned ortophoto is investigated in detail in this contribution. The work was developed
in three phases: the preliminary phase during which a bibliographical revision was made, as well as
studies of aerial photos and ortophotos and the elaboration of a preliminary map; after the field work and
the development and the conclusion phase where the data had been treated, interpreted and argued and the
monograph was concluded.
The studied area is situated in the geotectonic context of the Southern Cráton São Francisco. This
region has a complex tectonometamorphic history and composes the basement of the southern portion of
the Cráton São Francisco.
In the eastern part of area 11 three lithodemic units were distinguished: (i) : Supracrustals rocks
comprising metabasalts and sedimentary rocks; Intrusive Felsic plutonic rocks; and basic dikes. In
addition, a descriptive special topic about the Pequeri Manganese Mine is presented. In the supracrustal
rocks, mafic amphibolites of probably tholeitic to calc-alkaline basalts flows and sills occurs intercalated
with schists and phyllites, withgraphite and manganese, cherts, gondites and queluzites, all belonging to
Nova Lima Group or Barbacena Group. The felsic plutonic rocks are composed by plagioclase, quartz,
biotite and amphibole, with intersticial k-feldspar, and accessory allanite, zircon, apatite and titanite. It is
more or less common the occurence of magmatic microdioritic enclaves and other structures of magma
mingling. The geochemistry of the felsic plutonic rocks allows classifies them as tonalites/granodiorites of
high-aluminum TTG plutonic suite (Alto Maranhão Suite). Isotopic Sm/Nd model ages indicates their
genesis as juvenile Paleoproterozoic magmas generated during Transamazonian orogenesis. In the Pequeri
Mine, the contact aureola between tonalite intrusion and manganesiferous
rocks creates a skarn
represented by rodonite and tephroit olivine. The structures in the region receive the influence of the the
Congonhas Lineament. . The doleritic dikes contain trace elements compatible with continental intraplate
magmatism. Manganese, graphite and gold represent some economic perspective.
xvii
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1.1 - APRESENTAÇÃO
Este trabalho consiste na monografia do final do curso de graduação de Engenharia Geológica
da Universidade Federal de Ouro Preto, de modo a possibilitar a integração do conhecimento técnico
adquirido ao longo deste, num projeto aplicado de mapeamento geológico de semi-detalhe, enfocando
problemas geológicos relacionados a uma determinada área.
No decorrer deste projeto diversos aspectos foram contemplados: treinamento em metodologia
científica; aptidão para estudos sistemáticos e formação de profissionais com visão científica dos
problemas geológicos.
1.2 - OBJETIVOS
Como principal objetivo destacou-se o mapeamento na escala de 1:25.000 de uma área
localizada próxima aos municípios de Conselheiro Lafaiete e Congonhas, MG, na parte meridional do
Quadrilátero Ferrífero, como parte de um projeto maior onde toda a extensão do Quadrilátero Ferrífero
e seus arredores serão conhecidos nesta escala de detalhe. Em específico, buscou-se o entendimento do
contexto petrológico e estrutural das associações de rochas plutônicas félsicas relacionadas ao Batólito
Alto Maranhão; rochas metaígneas e metassedimentares associadas ao Supergrupo Rio das Velhas,
onde enquadram-se as rochas manganesíferas do tipo gonditos e/ou queluzitos; rochas
metassedimentares clásticas da Formação Santo Amaro; rochas metaígneas ultramáficas intrusivas; e
diques máficos.
Lançados estes problemas, buscou-se a partir de estudos e interpretação, um melhor
entendimento da evolução geológica e estrutural da área, baseando-se na caracterização estratigráfica e
estrutural, na cartografia das estruturas geológicas, na realização de estudos petrográficos, petrológicos
e microestruturais, estudos geoquímicos e ensaios físicos e na tentativa de determinação da sucessão
de eventos geológicos.
1.3 - LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO
1
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
A Folha Conselheiro Lafaiete enquadra-se geograficamente, na porção centro-sul do Estado de
Minas Gerais, entre os paralelos 20°30’00” e 20°45’00” e os meridianos 44°07’30” e 43°45’00”.
Abrange as cidades de Conselheiro Lafaiete, São Brás do Suaçui, Jeceaba e Congonhas. A cada dupla
de alunos couberam subáreas demarcadas pelos limites de uma ortofotocarta CEMIG na escala
1:10000 com cerca de 30 Km² de área. O conteúdo deste trabalho refere-se à ortofotocarta CEMIG 4217-11 compreendida entre as latitudes 20°35’00’’ e 20°37’30’’ e longitudes 43°52’30’’ e 43°48’45’’.
As principais vias de acesso à região mapeada são a BR–040 e a BR-356. A partir de Ouro
Preto, segue-se pela BR–356, sentido Itabirito, até o entroncamento com a BR–040, onde, a partir daí,
o acesso é feito pela BR–040 sentido Conselheiro Lafaiete, podendo também seguir para Ouro Branco
via estrada real seguindo até Conselheiro Lafaiete. Partindo de Belo Horizonte, o acesso é feito pela
BR–040, sentido Sul, até os bairros Santa Tereza e Santa Cruz nas imediações do município de
Conselheiro Lafaiete, e a partir daí atinge-se a área via estradas secundárias. Há também acesso à parte
Norte da área mapeada pela BR-383 até Alto Maranhão onde também se utiliza uma estrada
secundária. Na figura 1.1 visualiza-se os principais acessos à área.
2
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
BR
43°45'0"W
04
0
Sabará
0
O
Barão de Cocais
Santa Bárbara
Raposos
Nova Lima
Localização do Projeto
MGT 262
Ibirité
o
Ri
n
Co
içã
ce
o
9
MG 12
MG
04
Caeté
MG 437
BR 381
Contagem
20°0'0"S
43°30'0"W
MG
436
44°0'0"W
20°0'0"S
Catas Altas
Rio Acima
MG 326
Itabirito
ra
bi
Ita
G
5
82
040
BR
LM
Moeda
20°15'0"S
o
Ri
20°15'0"S
MG 440
BR 356
442
MG
Belo Vale
Mariana MG 262
MG
03
0
Ouro Preto
Rio Gualaxo do Sul
Congonhas
ad
o
20°30'0"S
um
Br
Ri
o
443
MG
BR 4
Conselheiro Lafaiete
Rodovias
Queluzito
Rios
82
hão
Rio Maran
BR 383
44°0'0"W
Municípios
São Brás do Suaçuí
Entre-Rios de Minas
Rio camapuã
Legenda
Jeceaba
155
MG
20°45'0"S
20°30'0"S
Ouro Branco
Rio Paraopeba
Área TG 2006/1
Ortofoto 42-17-11
Itaverava MGT 482
a
ng
ira
LM
oP
i
G
83 R
3
20°45'0"S
0 2.5005.000
10.000
15.000
20.000
25.000
Metros
43°45'0"W
43°30'0"W
Figura 1.1 – Figura de localização da área. Modificado de IGA (2002);IGAM (2003).
3
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° XXX, 108p. 2006
1.4 – METODOLOGIA
O Trabalho Final de Graduação foi realizado ao longo de 02 semestres subdivididos em três
partes segundo a norma que rege tal disciplina. São elas: Parte preparatória, Trabalho de Campo e
parte de Desenvolvimento e Conclusão.
Parte Preparatória – Realizada entre 16/01/2006 até 28/05/2006. Compreendeu a fase de compilação
de dados bibliográficos com a leitura da bibliografia sugerida, análise de dados de mapas geofísicos,
incluindo mapas magnetométricos com destaque para os temas ASA, Primeira derivada; e
radiométricos de contagem total, U, Th, K; imagens de sensoriamento remoto e fotointerpretação
utilizando as fotografias aéreas E: 1:30000 – Vôo 29 Esteio Projeto 03/86, Faixa 2015C com as fotos
365 a 370. Além destes instrumentos de análise preliminar, utilizou-se a ortofotocarta digital 42-17-11
da CEMIG pertencente à Folha Conselheiro Lafaiete 1:50000 do IBGE. Tomou-se por base
topográfica a Folha Congonhas escala 1:25.000 do IGA. Com isto, elaborou-se o mapa base e a
redação dos capítulos iniciais da monografia. Duas excursões de campo foram realizadas neste
período, respectivamente nos dias 11/02/2006 e 25/03/2006. Esta etapa do trabalho foi acompanhada
pelo coordenador da disciplina e 2 alunos mestrandos na segunda excursão. Fora coletados diversas
amostras iniciando um trabalho de reconhecimento petrográfico, petrológico e geoquímico. Houve
duas aulas de introdução ao software ESRI-ArcGIS no laboratório de Processamento digital de
Imagens ministrado pelo professor Dr. André Danderfer Filho.
Definiu-se a nomenclatura dos pontos nesse estágio visando normatizar a coleta sistemática de
dados para uso futuro. A sigla é composta pelo conjunto de nove caracteres agrupados como no
exemplo: CL-HH-11-010 onde os dois primeiros caracteres referem-se às iniciais da folha topográfica
1:50.000 onde se realizou o trabalho (Folha Conselheiro Lafaiete), os subseqüentes a quadricula na
ortofoto, depois o número da ortofoto na articulação e por último a identificação do ponto na ortofoto.
Trabalho de Campo – Ocorrido entre 27/5/06 até 11/6/06. Compreendeu a fase de campo
propriamente dita, com a execução do mapeamento das ortofotocartas pelas duplas. A sede do projeto
foi em Conselheiro Lafaiete. Esta fase envolveu a obtenção de dados de geologia de campo, geologia
estrutural, petrografia, e coleta de amostras para estudos em laboratório. A dupla marcou 151 pontos
de observação no campo onde não se computou pontos de controle de caminhamento. Os mapas
geológicos base preliminares foram aqueles produzidos, respectivamente pela GEOSOL em 1983,
disponível em Grossi Sad et al., 1983 – Geologia do Distrito Manganesífero de Conselheiro Lafaiete,
MG. Boletim da Sociedade Brasileira de Geologia, Núcleo de Minas Gerais. Anais do II Simpósio de
Geologia de Minas Gerais, 3, 259-270 –; e Pires, 1977 – Geologia do Distrito Manganesífero de
Conselheiro Lafaiete. Tese de Mestrado, UFRJ, 344p. Esta etapa de campo contou com o
4
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
acompanhamento dos professores Dra. Caroline Janette Souza Gomes, Dr. Newton Souza Gomes, Dr.
Hubert Mathias Peter Roeser e com o orientador Dr. Luís Antônio Rosa Seixas.
Desenvolvimento e conclusão – Realizada entre 12/06/06 e 21/10/06. Compreendeu a fase final do
trabalho, com a confecção final do mapa geológico apresentado na escala 1:25000, estudos de
laboratório, análise de dados estruturais, geoquímicos, ensaios físicos, retorno ao campo no dia
29/08/2006, onde foram visitados 02 pontos de interesse da dupla junto com o professor coordenador
e, fundamentalmente, a redação de uma monografia de final de curso integrando todo entendimento
acerca da região. As monografias foram individuais, e envolveu a co-orientação do professor Hubert
Roeser. A aprovação é feita mediante a apresentação e defesa da monografia diante de banca
examinadora composta de três membros. Como linhas gerais, cada monografia deve compreender os
seguintes capítulos: 1. Introdução, 2. Aspectos Fisiográficos, 3. Geologia Regional, 4. Geologia Local,
5. Geologia Estrutural 6. Geologia Econômica, 7. Integração e Discussão dos Resultados , 8.
Conclusões. 9. Referências. Como Anexos fazem parte: Mapa Geológico escala 1:25.000, Fichas de
descrição petrográfica ao microscópio petrográfico, Planilha de pontos de mapeamento com
coordenadas UTM e indicação de rochas, Catálogo de amostras macroscópicas coletadas em campo,
Ficha de afloramentos com dados estruturais, e ainda outros anexos eventualmente trabalhados como
dados geoquímicos, geofísicos, difração de raios X por pó total, microscopia eletrônica. Foi
adicionado aos anexos devido a sua extensão, metodologia referente a digestão de amostras utilizadas
para a análise geoquímica pelo método ICP-OES que consistiu no método de digestão total – Savillex.
As análises geoquímicas e as análises ao MEV utilizadas nesta monografia foram executadas com o
auxílio financeiro dos Projetos FAPEMIG CRA 440/02 e FAPEMIG CRA 242/03 coordenados pelo
Prof. Dr. Luís Antônio Rosa Seixas.
5
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
CAPÍTULO 2
ASPECTOS FISIOGRÁFICOS
2.1- CLIMA
Predomina na região o clima mesotérmico brando segundo o Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística, IBGE (2002), sendo o mesmo considerado por Pires (1977) como clima tropical de
altitude. As temperaturas máximas e mínimas anuais observadas são de aproximadamente 24,9 °C e
14,9 °C ocorrendo respectivamente nos meses do verão e inverno. A temperatura média anual é de
cerca de 20 °C INDI (2006). De acordo com o IBGE (2002) o índice pluviométrico médio anual para a
região próxima a cidade de Conselheiro Lafaiete é de 1474,9 mm e Pires (1977) ressalta que os
períodos chuvosos se desenvolvem entre outubro a março e a estiagem vai de abril a setembro.
2.2 – VEGETAÇÃO
Na região, a vegetação é representada pelo tipo floresta latifoliada tropical (Pires,
1977) e encontra-se preservada esparsamente principalmente compondo a mata de reserva de
propriedades rurais. Dentro das representantes deste tipo de vegetação pode se destacar remanescentes
como jacarandás (Dalbergia sp.), cedros (Cedrela sp.), jequitibás (Cariniana sp.), ipês (Tabebuia sp.),
aroeiras (Astronium sp.) e gameleiras com sapopemas descritas por Pires (1977) e algumas espécies de
candeias. As matas ciliares são observadas de forma preservada no curso do Rio Pequeri que drena a
área. Atualmente grande parte da área se presta a pastagens.
2.3 – DRENAGEM
A área do Projeto pertence à bacia hidrográfica do Rio São Francisco, próximo a divisa com a
Bacia do Rio Doce (IGAM, 2003). A principal rede hidrográfica, segundo Guild (1957), corresponde à
bacia do Rio Paraopeba, importante afluente do Alto Rio São Francisco. O Rio Paraopeba está
presente na parte central do projeto, próximo à cidade de Jeceaba e São Brás do Suaçuí, com
orientação principal NS e fluxo para N. Na área da ortofotocarta mapeada corre o Rio Pequeri como
um dos afluentes do rio Paraopeba.
6
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Com base no padrão de drenagens foram separados dois domínios hidrográficos na ortofoto
42-17-11 (Figura 2.1). O Domínio A, ocupando área aproximada de 60%, e o domínio B,
correspondendo ao restante da área. São separados por um divisor de águas. Tratam-se de duas bacias
hidrográficas de hierarquia fluvial endorréicas, onde a bacia pertencente ao domínio A alimenta o Rio
Paraopeba, que tem o Rio Pequeri como seu afluente neste domínio, e a Bacia B alimentando o
Ribeirão Bananeiras.
O domínio A, que agrega o Rio Pequeri e sua bacia de captação, apresenta padrão de
drenagem retangular de média densidade, sinuosidade mista, angularidade baixa e assimetria fraca. É
provável que seja controlado por um padrão de fraturamento NW-SE. Localmente, o Rio Pequeri
constitui-se num fluxo de direção principal NW, perene, subseqüente, devido ao falhamento
observável pela inflexão ortogonal de seu leito na parte oeste da ortofoto. Tanto este como os outros
fluxos são considerados influentes, recebendo contínua contribuição do subsolo na sua recarga. Tal
fato é observado na formação de um lago na cava da Mina Pequeri junto à margem direita do rio
homônimo, restabelecendo o nível freático num plano superior ao do canal. Este rio se encaixa em
diferentes substratos com formação de alguns terraços aluviais de difícil transposição durante a fase de
campo. O domínio B, observado na área leste, possui padrão dendrítico, densidade média, sinuosidade
média, tropia bidirecional e assimetria fraca. Estes córregos prenunciam uma condicionante
morfológica com predomínio das feições do tipo mar de morro.
7
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Hipsometria e Domínios geomorfológicos
620000.000000
623000.000000
7723000.000000
7723000
.000000
O
B
Legenda:
Drenagens
Lineamentos
Hipsometria
Elevation
1040 - 1060
1020 - 1040
1000 - 1020
980 - 1000
960 - 980
940 - 960
A
920 - 940
900 - 920
7720000.000000
7720000
.000000
880 - 900
620000.000000
500
250
0
500
623000.000000
1.000
Meters
Composição modelada apartir de: LandSat S1841W; IBGE(2002);Folha Lafaiete 1_25000.
DATUM: SAD_69 23 S
Figura 2.1 - Domínios geomorfológicos A e B separados pelo traço vermelho, Lineamentos e Hipsometria da ortofoto 42-17-11.
8
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° XXX, 108p. 2006
Foi realizado um estudo quantitativo de segmentos de lineamentos (um segmento = 300 m)
obtidos a partir da análise da composição de satélite SW1841 E: 1:50000 e representados na Figura
2.1. O resultado é apresentado no diagrama de rosetas da Fig. 2.2 predominando a direção NW-SE,
onde na ortofoto mapeada esta direção principal coincide com o Lineamento Congonhas (Seixas
1988).
N
20
Apparent Strike
25 max planes / arc
at outer circle
15
10
Trend / Plunge of
Face Normal = 0, 90
(directed away from viewer)
5
W
20
15
10
5
5
10
15
20
E
No Bias Correction
5
10
15
100 Planes Plotted
Within 45 and 90
Degrees of Viewing
Face
20
S
Figura 2.2 – Diagrama de Rosetas dos Segmentos de lineamentos da ortofoto 42-17-11. N=100. Cada
círculo igual a 10 medidas; direção aparente máxima: N30W.
2.4 – USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Prevalece o setor agropecuário como principal agente de uso e ocupação do solo. São
pequenas propriedades rurais que desenvolvem principalmente rebanho bovino para corte e leite. Em
menor escala ou para subsistência encontram-se as criações de galináceos e suínos. Quanto ao cultivo
agrícola predominam as plantações de milho, cana e batata-inglesa e outras em menor porte como
banana, mandioca.
2.5 - EVOLUÇÃO DA PAISAGEM
A
geomorfologia
da
região
de
Conselheiro
Lafaiete/Congonhas
possui
relevo
caracteristicamente montanhoso e ondulado típico de escudos Précambrianos granito-gnáissicos, com
seu aspecto tipo mar de morro. Esses relevos são fruto de intensa dinâmica externa, cuja cota na área
do projeto varia de 850 a 1450 m (a sudoeste com a Serra da Caxeta). No restante da área predominam
planaltos elevados que se apresentam mais desenvolvidos na margem esquerda do Rio Paraopeba,
suavizando em direção a Jeceaba com altitude próxima de 900 m. Na região de Lafaiete estes planaltos
situam-se na cota de 900 m. Na ortofoto 42-17-11 as cotas máxima e mínima registradas são,
9
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
respectivamente, 1068 m e 900 m , concentrando a maior parte da área mapeada entre as cotas 916 e
970 m. É importante mencionar que a nível distrital (Folha Conselheiro Lafaiete), as feições
geomorfológicas constituem importante controle nas jazidas de óxidos de manganês, onde
estatisticamente distribuem-se principalmente entre as cotas 980 a 1020 m (Grossi Sad et al. 1983). Na
Figura 2.3 pode-se vislumbrar a morfologia típica das unidades graníticas da região com formação de
ravinamento desenvolvidos nestas.
Figura 2.3 – Morfologia típica de unidade granítica com cicatrizes de ravinamento (setas).
10
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
CAPÍTULO 3
GEOLOGIA REGIONAL
3.1 - CONTEXTO GEOTECTÔNICO
A área pesquisada pelo projeto de mapeamento desta monografia enquadra-se na parte
meridional do Cráton São Francisco (Almeida, 1977) e a sudoeste do Quadrilátero Ferrífero (Almeida
1977), na extremidade limítrofe com a Província Mantiqueira, constituído por extensa área de
embasamento arqueano retrabalhado intrudido por plútons granitóides paleoproterozóicos e corpos
máficos que fazem parte de uma entidade geológica de maior ordem denominada Plataforma Sulamericana consolidada durante o Pré-cambriano. Essa região sofre influência principalmente da Faixa
Alto Rio Grande e do evento nomeado Cinturão Mineiro (Teixeira et al. 1996 in Alkmim, 2004, e está
situada a sul do Lineamento Congonhas (Seixas 1988), onde ocorrem diferentes litologias, com graus
de metamorfismo diversos e perturbações tectônicas similares (Pires 1977).
Silva et al. (2002) define o cráton como uma entidade geotectônica com origem que remonta
ao Mesoarqueano, e delimitada pelos orógenos de idade Neoproterozóica pertencentes ao Ciclo
Brasilianos que o contornam. Esses limites do cráton são traçados com base nas variações da
deformação e envolvimento do embasamento paleoproterozóico e arqueano na orogênese brasiliana.
Segundo estes autores, na parte meridional do cráton houve dois orógenos sobrepostos sendo o
Cinturão Mineiro do Paleoproterozóico e o Cinturão Araçuaí do Neoproterozóico. Alguns autores
(Pires 1977, Grossi Sad et al. 1983, Noce 1995, Silva et al.2002) consideram que parte da área em
estudo constituiu um arco magmático em margem continental ativa, com retrabalhamento da crosta
arqueana e rejuvenescimento no brasiliano.
11
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 3.1 - Mapa geológico simplificado do Cráton São Francisco segundo Schobbenhaus e Bellizzia,
(2003), com modificações. Limites do cráton segundo Almeida (1977).
A história evolutiva do Cráton São Francisco – e sua contraparte no Congo, na África
Ocidental, é apresentada a seguir com base no trabalho de (Delgado, 2003; Alkmim, 2004). O Cráton
São Francisco-Congo resulta da amalgamação de placas litosféricas no final do Neoproterozóico
através de uma série de colisões diacrônicas. As porções mais antigas do cráton tiveram origem a
partir da colisão de núcleos continentais diferenciados desde 3,4 Ga, formando uma grande massa
continental arqueana, aglutinada e consolidada durante o Evento Rio das Velhas/Jequié (~2,7 – 2,8
Ga). Por volta de 2,5 Ga se desenvolve a margem passiva Minas que fragmenta a massa continental
antes aglutinada, individualizando o continente Paramirim. Durante o evento Transamazônico (2,2 Ga
a 1,9 Ga), inicio do período Orosiriano, o continente Paramirim é levado à colisão com outro
continente, o do Gabão, com participação de arcos magmáticos. O Plutonismo, a deformação e
12
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
metamorfismo desta fase originam o denominado Cinturão Mineiro, o qual entra em colapso por volta
de 2,06 Ga. O clímax da orogênse e da formação dos arcos ocorre em 2,1 Ga. No período de 1,7 Ga
ocorre uma etapa tafrogênica, na época Estateriana, onde se desenvolve uma série de riftes ensiálicos
no supercontinente, ao longo dos quais, foram depositados sedimentos continentais intercalados com
lavas ácidas e capeados por sedimentos marinhos.
A 950 Ma, no período Toniano, a placa São Francisco – Congo individualiza-se devido ao
desenvolvimento da tafrogênese Macaúbas, onde os riftes estaterianos são reativados e alguns ramos
evoluem para margens passivas. Após sua individualização, o continente São Francisco – Congo,
devido à orogênese Brasiliana, é envolvido em uma série de colisões com conseqüente formação do
Gondwana, no final do Neoproterozóico. Nesse período, as margens passivas e ativas são convertidas
nos cinturões orogênicos, atualmente conhecidos como Cinturões Orogênicos Brasilianos, que
definem os limites do Cráton. A ruptura e conseqüente separação do Cráton São Francisco – Congo
ocorre no Eocretáceo a partir da formação do rifte Recôncavo – Tucano – Jatobá durante o evento Sul
– Atlantiano. Esse evento é o responsável pela abertura do Oceano Atlântico, e conseqüente formação
das margens leste brasileira e oeste africana.
3.2 – TRABALHOS ANTERIORES
A região começou a ser pormenorizada por Barbosa (1949) que definiu de um modo geral a
estratigrafia e estruturas locais da folha Conselheiro Lafaiete. Precedeu a ele, trabalhos como o de
Derby, 1908; Bastos & Brichsen (in Pires, 1977) que definiram o embasamento na região como
arqueano. Freyberg (in Guild, 1957) mapeou as proximidades da Folha Conselheiro Lafaiete na década
de 20. Barbosa (1949) propôs a organização das rochas estratigraficamente, desmembrando a Série
Minas, criando a Série Mantiqueira composta por gnaisses polideformados e a Série Barbacena
contendo micaxistos, cloritas xistos, anfibólio xistos e talco xistos, sendo a última depositada em
discordância sobre a Série Mantiqueira. Mais tarde, no convênio DNPM-USGS, Guild (1957) mapeou
na escala 1/25.000 o quarto superior da Folha Conselheiro Lafaiete. Neste trabalho este autor definiu
nas rochas da região, uma série de “greenchists sequence” redefinido por Dorr (1969) como parte da
Série Rio das Velhas.
13
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Pires (1977) considerou as rochas granito-gnaissicas do embasamento como pertencente ao
Complexo Mantiqueira segregando o restante das unidades em tonalíticas/granodioríticas e
migmatíticas. Também define as rochas máficas da Série Rio das Velhas como sendo parte de um
greenstone belt e inclui os quartzitos da Formação Santo Amaro na folha. Grossi Sad et al. (1983)
denominou o migmatito proposto por Pires (1977) como Bananeiras e os tonalitos e granodioritos
como parte do Batólito Alto Maranhão. Seixas (1988) estudando uma faixa próxima a cidade de
Congonhas reconhece os granitóides leucocráticos como Granitóide Congonhas, Batólito Alto
Maranhão e as unidades máficas ferríferas, máfica-félsicas, ultramáficas, anfibolíticas manganesíferas
e metasedimentares fazendo parte do Supergrupo Rio das Velhas.
3.3 – LITOESTRATIGRAFIA
A região em estudo é constituída por associação de rochas arqueanas, que englobam o
embasamento granito-gnaíssico e a seqüência vulcano-sedimentar greenstone belt do Supergrupo Rio
das Velhas, rochas paleoproterozóicas representadas pelo Supergrupo Minas onde Ebert (1955 in
Grossi Sad, 1983) possivelmente se encaixa a Formação Santo Amaro, rochas intrusivas
representadas pela granitogênese plutônica paleoproterozóica materializada sob as formas do Batólito
Alto Maranhão, Plúton Congonhas e correlatos (Fig. 3.2).
14
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 3.2 - Figura de localização das principais unidades litológicas pertencentes à Folha Conselheiro Lafaiete.
15
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
3.3.1 Embasamento
Pires (1977) denomina o Grupo Mantiqueira como sendo o embasamento gnáissicomigmatítico de idade arqueana na região composto principalmente por migmatitos, nebulitos,
anatexitos e diatexitos cortados por gerações de diques graníticos. Grossi Sad et al (1983) também
considera os gnaisses e migmatitos ocorrentes a oeste da Serra da Moeda onde, segundo ele, são
rochas com variada estrutura, sublenticulares a bandadas, com bandamento paralelo à foliação e
localmente injetados por rochas de composição granítica.
3.3.2 Seqüências Vulcano-Sedimentares
Na região de Conselheiro Lafaiete, essa seqüência vulcano-sedimentar é designada por
Barbosa (1954) de Série Barbacena, e posteriormente subdividida nas Formações Barbacena e Lafaiete
(Ebert, 1956; in Endo, 1997) sendo a Formação Lafaiete extinta mais tarde. Guild (1957) define essa
seqüência como “Greenschist Sequence” e Dorr (1969) correlaciona a seqüência vulcano-sedimentar
com o Grupo Nova Lima, onde salienta as jazidas de manganês situadas fora do Quadrilátero
Ferrífero.
O Grupo Nova Lima segundo Dorr (1969) pertence à Série Rio das Velhas que àquela época
possuía o Grupo Maquiné sotoposto. Mais tarde Schorscher (1978 in Endo, 1997 ) definiu a base da
Série como Grupo Quebra Ossos onde o termo Supergrupo Rio das Velhas substitui a palavra
Série.Esta unidade engloba komatiítos, metabasaltos, formações ferríferas bandadas, metachert, filitos
e xistos carbonosos, clorita-xisto, sericita-xisto, quartzo-xisto, metarenito impuro, rochas máficas e
ultramáficas, metagrauvacas e dolomitos e ainda talco-xistos, formações manganesíferas como
gonditos, queluzitos na forma de óxidos e filitos.
Dorr (1969) menciona que o Grupo Nova Lima contém o equivalente metamórfico das
principais rochas sedimentares exceto evaporitos e combustíveis fósseis e que a ocorrência
disseminada de talco-xisto e talco-filito são prováveis metamorfitos de ultramáficas intrusivas. Nas
adjacências de Conselheiro Lafaiete, Grossi Sad et al. (1983) descreve tais intrusões ultramáficas sem
correlação bem esclarecida, mas acredita-se que podem ser plugs, diques.
3.3.3 Formação Santo Amaro
A Formação Santo Amaro ocorre na serra homônima na parte Sul do projeto de mapeamento.
Foi enquadrada na Série Minas por Ebert (1955, in Pires 1977), porém esta correlação não é
consensual. Grossi Sad et al. (1983) a correlacionam com o Grupo Maquine. É constituída de leitos de
quartzito ao norte de Desterro de Minas (Pires, 1977) e na Serra de Boa Vista (Grossi Sad, 1983).
3.3.4 Granitogênese Paleoproterozóica
16
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
O Batólito Alto Maranhão foi definido por Grossi Sad et al. (1983) para designar um amplo
segmento do terreno ao Sul do Quadrilátero Ferrífero constituído de rochas plutônicas félsicas de
composição quartzo-diorítica a granodiorítica. Guild (1957) e Pires (1977) também estudaram esses
corpos plutônicos, assim como estudos mais recentes realizados por Noce (1995), Seixas (1988, 2000)
entre outros. Na sua localidade tipo, no Alto Maranhão, cerca de 2 km ao Norte da área mapeada nesta
monografia, Noce (1995) definiu através de datação U-Pb em zircão a idade de 2130+2 Ma. Em sua
tese de doutoramento, Seixas (2000) classifica-se estas rochas como pertencentes a uma Suíte TTG.
Este autor, caracterizou típicos fenômenos de mistura de magmas, com magmas dioríticos cálcioalcalinos, originados, provavelmente, a partir de fusão de rochas mantélicas metassomatizadas.
Evidenciam-se ainda nesses estudos os processos de fracionamento magmático e reinjeção de magma
na câmara dentre outros fenômenos. A deformação de parte do batólito teria ocorrido durante o
resfriamento sub-solidus do magma tonalítico, e seria portanto sintectônico à intrusão e injeção de
líquidos residuais evoluídos nos estágios finais como diques trondhjemíticos.
Outro corpo plutônico que foi mapeado como pertencente ao Batólito Alto Maranhão, é o do Plúton
Congonhas que, segundo Seixas (2000), pode ser interpretado como sendo resultado de um pulso
magmático de composição granodiorítica a trondhjemítica, apresentando, assim como o tonalito Alto
Maranhão, afinidades geoquímicas com magmas TTG. A característica mais marcante do Plúton
Congonhas está na presença de enclaves surmicáceos, formados pela acumulação, durante uma fase
precoce de cristalização, de biotitas e minerais acessórios, sugerindo importantes condições de pressão
de água e baixa fugacidade de oxigênio durante a cristalização magmática
3.4 – RECURSOS NATURAIS
A região ao Sul do Quadrilátero Ferrífero é conhecida na literatura regional como local de
várias minas de manganês. A atividade exploratória principal de manganês no entorno do município
de Conselheiro Lafaiete foi feita, principalmente a partir de minério de manganês supergênico na
forma de óxidos de manganês. Uma destas principais minas de manganês ativas no século passado
encontra-se dentro da ortofotocarta 42-17-11, e é denominada de Mina Pequeri. Um tópico especial
sobre esta mina será apresentado no Capítulo 4. Após o exaurimento dos depósitos supergênicos,
desenvolveu-se tecnologia para extrair o protominério sílico-carbonatado a partir de queluzitos ou
sílico-aluminosos a partir de gonditos. A maior mina em atividade na região é a do Morro da Mina em
Conselheiro Lafaiete, funcionando desde 1902. Dentre as aplicações deste bem se destacam ligas
especiais metálicas e baterias alcalinas.
Dentre outros recursos minerais da região encontram-se ouro, talco e a grafita. Seixas (1988)
estudou as ocorrências de ouro no Lineamento Congonhas. Hoje o ouro encontra-se em menor
proporção em zonas de cisalhamento da região, porém, foram intensamente explorados nos séculos
XVII e XVIII. Na região de Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco há ocorrências de talco e a exposição
17
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
em grandes áreas do embasamento e outras rochas graníticas e gnáissicas que garantem britas e outros
produtos para construção civil. A grafita ocorre de forma expressível em corpos de estrutura filítica a
xistosa associados à ocorrência de manganês cabendo algum estudo sobre aproveitamento econômico.
18
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
CAPÍTULO 4
GEOLOGIA LOCAL
4.1 – INTRODUÇÃO
Nesse e nos próximos capítulos tem inicio a abordagem que concerne ao mapeamento
propriamente dito da ortofotocarta 42-17-11, onde serão discutidos os aspectos das unidades
litodêmicas que a compõem, relatando suas características petrográficas, estruturais, condições de
metamorfismo regional e relações de contato.
As normas CPTG (Comissão Permanente do Trabalho de Graduação) recomendam a divisão
da área gerando duas monografias que pormenorizam cada qual determinada porção. Contudo para
que não incorra em prejuízo para ambos, todos os dados foram tratados globalmente mesmo porque, o
cenário em questão já é demasiado pequeno para todas as assertivas. Dessa forma todos os dados
estruturais foram agrupados e tratados a fim de obter valor estatístico, e ainda independente de sua
localização geográfica os afloramentos que permitiram a confecção das lâminas delgadas foram
descritas por ambos não só pelo fato dos litotipos terem continuidade como objetivando mudanças
texturais e composicionais.
A área foi dividida de modo que contemple aos dois executores do mapeamento a
possibilidade de detalhar a Mina de Manganês Pequeri. Na divisão coube a este autor redigir texto
explicativo sobre a porção Leste da ortofoto e a Glauber Grijó Augusto dos Santos a porção Oeste, o
que sugere aos futuros leitores o uso das duas monografias para melhor entendimento do Mapa
geológico gerado.
Pelo clima da região já mencionado anteriormente, e a exposição de rochas pré-cambrianas,
era esperado que durante o mapeamento deparássemos com grande volume de saprólitos e espessa
cobertura pedológica aguçando o exercício de dedução e dificultando a definição dos contatos. Evitouse descrever o trend tectônico das unidades nesta descrição devido a complexidade de estruturas
presentes na área que serão tratadas no capítulo 5 sobre geologia estrutural.
Dos 152 pontos descritos, 61 foram classificados como saprólitos, 50 em rochas frescas a
parcialmente intemperizadas aflorando como lageados em topos de morro, encostas, corte de estradas,
pedreiras e ou/minas, 34 pontos de solo e 07 pontos considerados em colúvio. Foram coletadas 73
amostras das quais 26 pertencem a Mina Pequeri cobrindo seus litotipos e faixas transicionais. Desse
montante selecionou-se 20 amostras para laminação, 05 amostras foram enviadas para análise
geoquímica de rocha pelo método ICP-OES no Laboratório de Geoquímica do DEGEO/UFOP, 02
19
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
lâminas foram estudadas ao microscópio eletrônico de varredura (MEV) e 04 amostras foram
analisadas por Difratometria de Raios-X.
Na figura 4.1 pode-se ter uma idéia da distribuição de pontos descritos e também dos pontos
selecionados para lâminas delgadas, análise ao MEV, análise geoquímica e Difratometria de Raios-X.
Os pontos foram plotados sobre o mapa geofísico de gamaespectometria da área, e também com os
traços dos contatos geológicos do mapa geológico de Grossi Sad et al. 1983 na escala 1:50000. Os
nomes atribuídos às rochas descritas nas próximas páginas foram sugeridos a partir de estimativa
modal dos minerais majoritários feitas por área ao microscópio petrográfico.
Expõe-se descritivamente a seguir, as seguintes unidades cartografadas: (i) Rochas
Supracrustais, englobando metabasitos e metassedimentos; (ii) Rochas Plutônicas Félsicas; e (iii)
Diques Básicos. Em adição é apresentado um tópico especial descritivo sobre a Mina Pequeri.
20
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 4.1: Planilha de pontos; Análises e lâminas; Contatos preliminares de Grossi Sad, 1983 sobre Mapa radiométrico contagem total. Em números vermelhos
estão representados: 1 – rochas plutônicas félsicas; 2 – rochas supracrustais e 3 – rochas ultramáficas. Em azul o limite da área 11.
21
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
4.2 – ROCHAS SUPRACRUSTAIS
4.2.1 – Metabasitos
Os metabasitos tem ampla distribuição na ortofoto mapeada, onde ocorre intimamente
associada e quase sempre apresentando contatos bruscos com os xistos, ambos agrupados na unidade
(rochas supracrustais) supracrustal.
Os litotipos correspondem a anfibolitos com estrutura e
textura maciça apresentando aparentemente alguns fenocristais decussados, passando a foliados à
finamente bandados com texturas nematoblástica próximo a contatos com a unidade plutônica, como
no ponto CL-FI-11-81, CL-HH-11-34. Afloram comumente em forma de matacões ou saprólitos de
cor ocre e algumas estruturas preservadas na encosta de morros e cortes de estrada. Outras área-tipo
desta subunidade são definidas nos pontos: CL-FH-11-116, CL-FH-11-121 pertencentes à subárea
Oeste.
Na Figura 4.2A visualiza-se afloramento, em planta, de anfibolito num “campo de matacões” e
na Figura 4.2B um saprólito com anfibolito parcialmente preservado. Neste local observa-se a
presença de grumos cor rosa e textura mosqueada aparentemente indeformada, sendo um possível
granitóide (Gn na Fig. 4.2B). Cada afloramento desse tipo era minuciosamente estudado em seu
entorno e suas relações de campo pois foram verificadas duas situações no contato entre anfibolitos e
granitóides. Na primeira situação ocorrem restos de anfibolito numa massa granítica volumosa sendo
considerado xenólitos e na segunda onde o anfibolito é mais abundante verifica-se a ocorrência de
apófise da intrusão granítica na sua colocação.
Figura 4.2: A) Afloramento CL-FI-11-82 em planta de anfibolito maciço. B) Saprólito de anfibolito (Anf) CLFI-11-81 parcialmente preservado com grumos de massa granitóide (Gn). Visada NE em ambas.
Microscopicamente os anfibolitos são constituídos por grãos finos a médios de anfibólio verde
com textura nematoblástica e subordinadamente textura granoblástica e poiquiloblástica nos grãos de
plagioclásio. O anfibólio constitui-se de Actinolita (Fig.4.3A) com proporções entre 70-90%, fraco
22
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
pleocroísmo em tons de verde, tamanho entre 0,8 e 5,0 mm, forma hipidiomorfa a idiomorfa e hábito
prismático, orientados, com alguns pórfiros por vezes decussados. Por vezes, distinguiu-se hornblenda
dentre os anfibólios. O plagioclásio compõem 15-25% modal, com tamanho aproximado de 0,3 a 1
mm, xenomórfos a hipdiomorficos, textura não muito bem definida com epidoto pulvurulento e uma
textura intersticial poiquiloblástica entre os plagioclásios e quartzo(Fig.4.3B). Os acessórios principais
são a titanita xenomorfa e os opacos amebóides também xenomorfos.
Figura 4.3: A) Fenoblasto de Actnolita idioblástica maclada, em luz analisada (LPX); B) Agregado de
plagioclásio, em luz analisada (LPX).
No ponto CL-HH-11-34 , após estudo petrográfico em lâmina concluiu-se que o anfibolito
apresenta-se com forte textura nematoblástica e granulação fina, assemelhando-se a um xisto
possivelmente derivado de anfibolitos cisalhados. O anfibolito encontra-se em contato brusco com
rochas plutônica félsica, desenvolvendo forte foliação protomilonítica. A composição mineralógica
compreende 35 % de actnolita, 50% de plagioclásio, 3% de biotita em contato com os anfibólios,
evidenciando provável interação dos fluídos no contato entre as unidades. Percolando várias microfraturas, há epidoto e clorita substituindo a biotita.
23
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
4.2.2 – Metassedimentos
Vários tipos litológicos foram englobados no mapa como metassedimentos dentro das rochas
supracrustais, fundamentalmente xistos mangano-grafitosos, metacherts, e rochas manganesíferas.
Dentre as rochas manganesíferas inclui-se gondito – rochas à quartzo+espessartita e queluzito –
rochas à rodocrosita e silicatos de Mn. Rochas quartzozas, mais ou menos xistosas são tratados aqui
como metacherts devido aos aspectos texturais, composicionais e de campo, descritos a seguir. Alguns
destes litotipos serão abordados no tópico especial sobre a Mina Pequeri por constituírem de modo
ímpar, uma aureola definida de transição entre o proto-minério manganesífero, xistos milonitizados e
intensificados por uma intrusão plutônica que além de verticalização da foliação, redobramento,
culminou num possível metamorfismo de contato.
Os metacherts afloram, devido a sua resistência ao intemperismo, em diversos locais dentro da
ortofoto, porém apenas no ponto CL-HH-11-12 observa-se que ultrapassa 2 m de espessura, ficando
as demais ocorrências limitadas a lentes e boudins centimétricos. Está associados aos xistos
carbonosos. Possui seu aspecto é sacaroidal, com granulação fina, recristalizado e sem estruturação
interna visível, salvo alguns casos em que se encontra dobrado, foliado e ou/ bandado onde a
percolação de óxido de manganês ou grafita delineou tais estruturas (Fig. 4.4A/B).
Além do ponto de metachert número CL-HH-11-12, pode citar como afloramentos ricos em
informações deste litotipo os pontos CL-HH-11-147, CL-FH-11-71.Em lâmina apresenta-se de forma
monótona com cerca de 100% de quartzo xenomórfico com textura granoblástica, o tamanho dos grãos
variando entre 0,1 a 0,4 com contatos interlobados a serrilhados uma vez que, foi freqüente sua
presença em zonas de cisalhamento dentro da unidade supracrustal. Além de contatos serrilhados, uma
recristalização parcial foi observada com a formação de ilhas de novos grãos.
Os xistos grafitosos se associam aos metacherts e gonditos/queluzitos, e afloram com
espessura reduzida , não ultrapassando a 1,0 m. Notavelmente afloram nos pontos CL-HH-11-12, CLFH-11-69 a CL-FH-11-70. Na subárea Leste ocorrem nas imediações da Mina Pequeri no ponto CLHH-11-150 se estendendo até o CL-HH-11-12 (Fig. 4.4B) pela margem direita do Rio Pequeri. Na
Mina Pequeri e imediações identificam-se xistos grafitosos em meio a xistos micáceos, cortados por
diques ácidos decompostos em caolim e quartzo. Mineralogicamente estimou-se por calcinação, um
percentual entre 17% com pico máximo de 21,07% de carbono livre somando os voláteis, para estes
xistos e pelo resíduo obtido pode-se inferir a presença de manganês e ou/ ferro na sua composição,
sendo denominado então xisto manganografitoso. A análise desta amostra pelo método pó total de
difratometria de raios-X disposta no Anexo de Difratogramas de raios-X número 2 não obteve o
resultado esperado. A mesma foi identificada como possível composição manganografitosa, contudo o
resultado obtido é compatível com o dique ácido neste ponto cujos minerais identificados foram
caolinita, quartzo e muscovita.
24
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
As formações manganesíferas se estendem como lentes delgadas em toda faixa ao Sul da
ortofotocarta, partindo da margem direita do Rio Pequeri onde se localiza a Mina Pequeri até o sudeste
da ortofoto. A área-tipo indubitavelmente situa-se na Mina Pequeri e adjacências, mas foram
mapeadas no sudeste da área gonditos CL-GJ-11-48 (Fig.4.4C) distando 3,98 Km da Mina. Outras
ocorrências de rochas manganesíferas nesta faixa são: Bandeirinhas (UTM 620800;7719700) e Unha
de Gato (UTM 620050;7721400) na subárea Oeste. Nessas ocorrências, verificou-se tratar de
trincheiras de pesquisa pretéritas estabilizadas por cobertura vegetal secundária. No supracitado ponto,
pôde-se perceber a gradação de xistos contendo clorita, quartzo, granada para níveis manganesíferos
de até 5m sugerindo tratar-se gonditos (Fig.4.4C/D).
Figura 4.4: A) Intercalação entre xistos grafitosos e cherts, Visada S; B) Xisto manganografitoso e quartzito em
dobras subhorizontais, isoclinais e milonitizado, CL-HH-11-12; C) Saprólito de minério manganesífero, visada
para SW; D) Detalhe das granadas vistas no saprólito de xisto, próximas a seta vermelha da escala. Ponto CLGJ-11-48.
4.3 – ROCHAS PLUTÔNICAS FÉLSICAS
25
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
As rochas plutônicas félsicas mapeadas na ortofoto 42-17-11 possuem tipos petrográficos de
composição granodiorítica a tonalítica, predominando as últimas. Ocupam substancial área aflorando
ora em matacões esfoliados nas encostas de morro ora expostos em pedreiras e corte de estradas
secundárias. Dividiu-se sua ocorrência em alguns plutons ou áreas-tipo de modo a facilitar seu estudo,
embora pelo estudo petrológico combinando geoquímica, geofísica e petrografia suspeita-se da
continuidade de alguns plútons.
Sendo assim, no extremo sudoeste da área ocorre o Plúton Mato-Dentro e os afloramentos do
ponto CL-GG-11-125 um pouco mais a Norte; O Plúton Bombaça na pedreira homônima; O Plúton
Jacuí no Nordeste da área e o ponto CL-FG-11-37 na parte Noroeste da área; O Plúton Retiro, um
corpo isolado no centro da orotfotocarta. Também será abordado no tópico sobre a Mina Pequeri um
corpo plutônico observado na mina, de pequenas dimensões. Os plútons Mato-Dentro, Bombaça e o
ponto CL-GG-11-125 possuem assinatura gammaespectométrica notável, conforme se observa na
figura 4.1 e constituem o mesmo corpo.
No campo, os granitóides têm cor cinza esbranquiçada e caracterizam-se por apresentarem
granalução média a fina, equigranulares, leucocráticos a mesocráticos, foliados a fortemente foliados,
bandamento incipiente, sendo que alguns apresentam pequenas zonas de cisalhamento com estruturas
S-C. É comum a presença de pelo menos duas gerações de diques cuja composição varia de
granodiorítica a trondhjemítica e granulação aplítica a pegmatítica, presença de enclaves
microgranulares máficos microdioríticos com formas pisciformes, ovóides e constantemente estirados.
O mineral mafico mais comum dos granitóides é a biotita, podendo haver hornblenda associado.
No setor oriental da ortofotocarta, subárea Leste, os granitóides do Plúton Jacuí que afloram
no Nordeste e aqueles que afloram no Sudeste da área, constituem biotita-tonalitos. O Plúton Retiro é
um biotita-granodiorito passando a Bt-Hbl-tonalito nas bordas. Os Bt-Tonalitos e Bt-Hbl-Tonalitos em
lâmina microscópica, possuem tamanho dos grãos médio com textura granular xenomórfica
parcialmente recristalizada, apresentação foliação, e são compostos por plagioclásio, quartzo,
microclíneo e biotita como minerais essenciais e titanita, alanita e zircão como minerais acessórios.
Como minerais de alteração portam epidoto e clinozoizita. Ortoclásio foi identificado como mineral
em quantidades próximas de 1% em algumas lâminas.
O plagioclásio de tamanho de 0,2 a 6 mm preenche 45% da rocha, são hipdiomórficos a
xenomórficos, zonados com núcleo cálcico e intensamente saussuritizados. Segundo método de
identificação pela combinação de maclas Carlsbard e polissintética seu teor An equivale ao
Oligoclásio. Os agregados de quartzo com tamanho entre 0,2 a 2 mm, possuem textura xenomórfica
interlobada e apresentam-se recristalizados com subgrãos e aparecem englobando biotita idiomorfa.
Localmente, em algumas lâminas, possuem contatos serrilhados e tamanho diminuto em rochas
protomiloníticas (CL-FJ-11-110). O microclineo vai de 0,2 a 3 mm, forma hipdiomorfo a xenomorfo,
sericitizado e chega a 5% a sua quantidade em rocha. O tamanho dos grãos de biotita vai de 0,3 a 3
26
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
mm com cerca de 10% , hipdiomorfa a idiomorfa, hábito prismático é, por vezes, englobada por
quartzo e plagioclásio e pode possuir titanita com clivagens. O anfibólio foi observado no tonalito da
Mina Pequeri, chegando a 5% de presença em algumas fácies do plúton Bombaça na subárea Oeste e
no ponto 34 (Plúton Retiro) da subárea Leste. Trata-se de hornblenda, parcialmente recristalizada para
actinolita.
Entre os minerais acessórios destaca-se a alanita, a qual ocorre em cristais idiomórficos, por
vezes, apresentando textura simplectita tipo corona de epidoto/clinozoizita. Outros minerais varietais
são o epidoto s.s. substituindo parcialmente biotitas e ou/ em plagioclásio, zircão e apatita, e titanita
que se apresenta euédrica e amebóides contornando opacos denunciando a possível existência de
ilmenita nas amostras. O estudo em lâmina de um dique no Bt-tonalito do ponto CL-FH-11-103
(Plúton Jacuí) revelou-se um aplito granodiorítico.
27
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 4.5: A/B) Afloramentos relacionados ao Plúton Jacuí (CL-FH-11-103); C) Plagioclásio (Pl) portando
núcleo cálcico saussuritizado em LPX; D) Cristal automorfo de alanita (Aln) metamíctica com textura
simplectita do epidoto clinozoisita (Ep), LPX; E) Fenocristal de titanita (Ttn) euédrica maclada constituindo uma
das gerações presentes nas rochas da região; F) Mineral acessório Zircão (Zrn) em biotita (Bt).
Na área central da ortofoto tem-se o Plúton Retiro, um leuco-granitóide equigranular de
granulação média a fina, foliação incipiente e cujos melhores afloramentos referem-se aos pontos CLHH-11-34 (figura 4.6A/B), CL-HI-11-55 E CL-HI-11-152 . Da estimativa visual da mineralogia ao
microscópio petrográfico de uma lâmina parcialmente intemperizada concluiu-se por se tratar de um
granodiorito. O mineral essencial microclíneo atingiu cerca de 25% da rocha, porta além de sericita, Pl
pertítico, também apresenta textura mimerquítica nos contatos com plagioclásio. O quartzo ocupa 30%
e apresenta-se xenomorfo e com textura interlobada. O plagioclásio encontra-se saussuritizado, forma
hipdiomórfica a xenomórfica perfaz 40% em lâmina. Os prismas de biotita chegam a 3% nesta lâmina
intemperizada e possui cor de interferência verde. Os acessórios são compostos por alanita, zircão,
titanita, apatita, epidoto e opacos. Já no ponto 34, o plúton Retiro apresentou-se portando Hornblenda
e composição mais tonalítica, o que contrariou a expectativa desse plúton ser um corpo mais evoluído
e diferenciado derivado de outros processos como fusão parcial dos próprios tonalitos..
28
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 4.6: A) Granitóide-tipo do Plúton Retiro com fratura preenchida por epidoto; B) Dique centimétrico
pegmatóide de caráter trondhjemítico no granitóide;C) Diagrama QAP Streckeisen, 1976 portando o resultado
da classificação de 06 lâminas de granitóides (losangos azuis), O ponto granodiorito/Monzogranito corresponde
ao Plúton Retiro no centro da área.
Um componente importante dos litotipos tonalíticos diz respeito à presença de enclaves
magmáticos máficos microgranulares, os quais, de certa forma, auxiliam a definir fácies plutônicas
dentre os diferentes plútons mapeados na ortofotocarta. Foi possível observá-los em algumas situações
e mereceu atenção o estudo petrológico dos enclaves classificados em campo como
“microgranodioríticos” (CL-GG-11-142) devido à preservação dos mesmos (Figs. 4.7B, C e D). Além
deste tipo de enclave, foi observado um enclave micáceo dentro do plúton Bombaça, na pedreira
principal (Ponto CL-FH-11-01, Fig. 4.7A).
29
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 4.7: A) Enclave micáceo máfico; B) Enclave microdiorítico com formato “pisciforme”; C/D) Enclaves
microdioríticos lenticulares. A escala está com a seta posicionada para o norte em planta. Observa-se que os
enclaves enclaves microdioríticos estão sub-concordantes com a foliação para direção N-NE dos tonalitos
hospedeiros. Fotografias tiradas em afloramentos da subárea oeste.
O enclave microgranular do ponto 11-142 foi analisado ao microscópio. Verificou-se a
composição microdiorítica de textura granular xenomórfica
Mineralogicamente, o enclave é
constituído por hornblenda (60% da lâmina), hipdiomorfa a idiomorfa, com seções losangulares
típicas, biotita com 10%, o plagioclásio complementa o restante da rocha com 30%. O tamanho destes
cristais variou de 0,1 a no máximo 1,5 mm sendo a moda entre 0,2 a 0,8 mm. Alguns minerais
acessórios foram observados ao MEV sendo que a figura 4.8B apresenta no enclave microdiorítico
uma assembléia mineral ocorrente também em sua rocha hospedeira que no caso são Bt-tonalitos a BtHbl-tonalitos.
30
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
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Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 4.8: A) Fotomicrografia em elétron retroespalhado no enclave microdiorítico do ponto 142 e o gráfico
contendo os picos elementares dos seguintes minerais respectivamente: Calcopirita(Cpy), plagioclásio (Pl),
apatita (Ap) e hornblenda (Hbl); B) Detalhe na mesma análise ao MEV de alanita (Aln) hipdiomorfa típica
corona de epidoto (Ep). Observe no primeiro gráfico que ela já está parcialmente metamíctica apresentando
empobrecimento em ETR´s.; Pequeno cristal de Ilmenita (Ilm).
Na Tabela 4.1 são apresentados os dados geoquímicos agrupados com base na continuidade
dos plútons utilizando mapa radiométrico, no mapa geológico preliminar, e na proximidade com a área
permitindo que fossem agrupados os pontos CL-HG-10-12 UTM 7718899; 616500, CL-IF-14-18
UTM 7717635; 615680 e CL-II-15-153 UTM 7717548; 621936 pertencente a áreas vizinhas para o
tratamento. Sendo assim os pontos CL-HG-10-12, CL-IF-14-18, CL-GG-11-125 e CL-FH-11-01
compõem o plúton Mato Dentro-Bombaça. A amostra CL-HH-11-150-3E representa o granitóide
encontrado na Mina Pequeri e a amostra da área 15 (CL-II-15-153-1) equivale a um granitóide mais
leucocrático relacionado aos afloramentos do extremo sudeste da subárea Leste.
Tabela 4.1: Quadro geoquímico de granitóides da área 11. As três primeiras amostras não pertencem a área 11,
mas são apresentadas por fazer parte do Plúton Mato Dentro-Bombaça. Os elementos maiores estão expressos
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Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
em porcentagem de seus óxidos. A sílica foi obtida pela diferença da somas de todos os outros óxidos. Os
elementos traços estão em ppm. PPC= Perda ao Fogo. Todos os óxidos de Ferro calculados para Fe2O3.
Amostra
SiO2(*)
TiO2
Al2O3
Fe2O3
MnO
MgO
CaO
NaO
K2O
P2O5
PPC
Soma
CL-HG-10-12-2
CL-II-15-153-1
63,48
0,63
16,60
4,74
0,07
2,70
4,10
5,26
1,67
0,273
0,46
100
70,75
0,23
16,54
1,72
0,03
0,50
2,03
6,07
1,31
0,057
0,76
100
Ba
Sr
Y
Zr
Th
Cu
Zn
Sc
Co
Cr
Ni
V
1234
1067
9,04
123
12,6
19,9
146
6,39
65,1
85,2
38,4
103
378
509
2,51
87,5
4,41
8,20
51,1
1,48
75,5
2,56
<2,50
28,1
S
220
91,1
CL-IF-14-18-2
CL-GG-11-125-1
61,67
0,73
16,59
5,48
0,08
2,60
4,75
5,20
1,76
0,302
0,83
100
Traços (ppm)
1109
1000
13,6
131
9,96
12,6
84,0
6,83
52,4
67,4
26,8
114
178
CL-HH-11-150-3E CL-FH-11-01-2
66,64
0,60
16,48
3,70
0,05
1,12
3,20
5,43
1,96
0,196
0,64
100
62,38
0,88
16,47
6,04
0,09
1,85
5,00
4,81
1,53
0,275
0,67
100
66,85
0,60
16,22
3,86
0,05
1,13
3,24
5,08
2,27
0,194
0,51
100
1130
863
8,10
109
8,60
<0,50
64,0
3,41
49,3
11,3
3,8
72,1
750
662
13,2
132
6,99
18,0
102
6,56
42,6
20,0
7,21
126
969
751
7,72
126
10,9
5,69
68,3
3,79
41,4
13,7
4,21
73,8
132
872
142
Conforme se observa na Tabela 4.1 e figura 4.9A as amostras podem ser consideradas de
composição tonalítica segundo a relação de K2O/Na2O < 0,5 e baixa a média sílica (60<SiO2<70),
com exceção da amostra CL-II-15-153-1. A amostra 150-3E apresenta maior teor de ferro devido a
presença de hornblenda e biotita em sua composição e o seu maior volume de enxofre sugere a
presença de sulfetos. Na figura 4.9B percebe-se que as rochas podem ser classificadas como
metaluminosas com base no índice de saturação em alumínio A/CNK. Na figura 4.9C infere-se a
possível ambientação tectônica relacionadas a processos colisionais. Na figura 4.9D as rochas
plutônicas félsicas caem no campo das composições tonalíticas e granodioríticas.
33
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
15,0
Alkalic
A-C
C-A
Calcic
Na2O+K2O
12,0
9,0
6,0
3,0
0,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
ANK
SiO2
3,0
2,8 Me taluminous
2,6
2,4
2,2
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2
1,0 P eralkaline
0,8
0,6
0,4
0,5
P eraluminous
1,0
1,5
ACNK
34
2,0
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2500,0
2000,0
Mantle F rac tionates
P re-P late Collision
P ost-Co llision Uplift
Late -Orogenic
Ano rogenic
Syn-Collision
P ost-Oroge nic
1
R2
1500,0
1234567-
2
1000,0
3
4
500,0
6
5
0,0
0,0
500,0
1000,0
7
1500,0
2000,0 2500,0
3000,0
R1
700,0
600,0
Zr
500,0
Granite
Granodiorite
400,0
F ie ld of F elsic Rocks
300,0
200,0
100,0
F ie ld of MUM Roc ks
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
TiO2
Figura 4.9: Diagramas de classificação de rochas ígneas; A) SiO2-Na2O+K2O Peacok, 31; B) A/CNK x A/NK,
M.P, 1984; C) R1xR2, Batchelor & Bowden, 1985; D) TiO2-Zr; As cores assinaladas em azul referem-se a
análises geoquímicas de granitóides pertencentes a área 11. Os círculos referem-se granitóides de áreas
circunvizinha (áreas 10, 14 e 15) constantes na tabela 4.1 e os losangos azuis são granitóides pertencentes à área
11.
4.4 –MINA PEQUERI
Devido a relevância do manganês na região, tanto do ponto de vista econômico bem como do
significado geológico de sua existência, e face ao excelente estado de preservação das rochas expostas
na Mina Pequeri, foi feito um estudo de detalhe. O estudo consistiu de uma amostragem das diferentes
35
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
litologias que ocorrem nas bancadas da mina(Fig. 4.10), na qual aparecem dispostas lado a lado, uma
intrusão tonalítica, uma rocha hornfelsítica no contato, seguida de xistos e depois o minério de
manganês propriamente dito.
Figura 4.10: Panorâmica da Mina Pequeri com respectivas litologias representativas. Visada SE.
O granitóide foi classificado no campo como tonalito, tem cor cinza escuro, mesocrático,
portando hornblenda e biotita. Em lâmina (CL-HH-11-149-01) apresentou-se inequigranular com
textura inequigranular de granulação média, tendo textura orientada da hornblenda subordinada. Como
proporções o plagioclásio ocupa cerca de 40% em lâmina com cristais zonados hipdiomorfos a
xenomorfos de até 4 mm identificado como oligoclásio. Apresentam-se saussuritizados e sericitizados.
O quartzo é xenomorfo com contatos interlobados e tamanho médio de 0,6 mm compõe 30% modal.
Microclíneo está presente com 5% com cristais idiomorfos de até 1,2 mm. A hornblenda com hábito
prismático e seções losangulares identificáveis até em análise macroscópica, perfaz cerca de 7% e tem
tamanho aproximado dos cristais de 1,4 mm. A biotita ocorre em duas gerações distintas de forma
idiomorfa e xenomorfa somando 12% com cristais médios de 0,8 mm. O mineral varietal mais
abundante é a titanita perfazendo 2-3% com forma idiomorfa. O epidoto formou-se com cerca de 1%
em rocha que ainda apresenta como minerais: alanita, zircão, apatita e fases opacas. A classificação
para tal granitóide equivale a Hbl-Bt-Tonalito.
A rocha adjacente à intrusão tonalítica foi designada de hornfelsito. Este termo foi aplicado
com base em aspectos descritivos como a estrutura maciça de granulação fina a muito fina, e a sua
36
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
relação de campo justaposta no contato entre os xistos e o tonalito.. Sugere-se que esta rocha
representa o produto provindo do metamorfismo de contato definido entre o tonalito e as encaixantes,
ou seja, o cornubianito ou hornfelsito na terminologia moderna. Trata-se de um litotipo maciço escuro
de granulação fina caracterizado em lâmina por ser uma rocha rica em quartzo, equigranular, textura
granoblástica, e com tênue orientação das micas (Figura 4.11B). Todos os minerais possuem entre 0,20,4 mm de tamanho onde o quartzo e forma hipdioblástica e tem 66% de porcentagem modal, a biotita
é idioblástica, orientada e ocupa 25% da rocha, o plagioclásio é hipdioblástico com 2-5%. A titanita é
também um componente importante, ocorre em cristais tanto idioblásticos como circundando opacos
por vezes dendríticos, e sua porcentagem fica na faixa de 3-4%. Os opacos e epidoto finalizam com
cerca de 1% cada.
Da comparação direta na tabela 4.2 entre a geoquímica do Hbl-Bt-Tonalito e o hornfelsito
pode concluir a similaridade composicional de ambos com destaque para o empobrecimento em cálcio
e ferro no hornfelsito, volume superior em sílica, enxofre e bário, talvez como fruto da interação
metassomática entre os xistos que provavelmente constituem gonditos e o tonalito.
Tabela 4.2: Síntese geoquímica do tonalito e o hornfelsito . Os óxidos estão calculados em porcentagem
enquanto que os valores dos elementos traços representam partes por milhão.
Amostra
SiO2(*)
Tonalito
62,38
Hornfelsito
67,31
CaO
Tonalito
5,00
Hornfelsito
2,83
Ba
Tonalito
750
Hornfelsito
1200
Cr
Tonalito
20,0
Hornfelsito
50,2
TiO2
0,88
0,59
NaO
4,81
5,03
Sr
662
675
Ni
7,21
43,3
Al2O3
16,47
16,14
K2O
1,53
1,56
Y
13,2
18,3
V
126
92,5
Fe2O3
6,04
3,70
P2O5
0,275
0,183
Zr
132
150
Zn
102
80,5
MnO
0,09
0,11
PPC
0,67
0,80
Th
6,99
8,33
Sc
6,56
4,98
MgO
1,85
1,75
S
872
2754
Cu
18,0
50,8
Co
42,6
98,1
Os xistos fortemente milonitizados, possuem granulação fina e aparecem verticalizados
próximos ao contato com o tonalito, redobrados, manganesíferos e com cor amarelada (Fig. 4.11A).
Em lâmina se apresentam com granulação fina e textura lepidoblástica exibindo um arranjo
milimétrico das laminações com os agregados de quartzo (30%) xenoblásticos, tamanho 0,1-0,4 mm
com contato serrilhado a interlobado e poeira de opacos nos interstícios. A biotita ocupa 40% da
lâmina com tamanhos até 0,8 mm idioblástica a hipdioblástica, sendo estas formas e as cores de
interferência dividindo-as em duas gerações. A granada porfiroblástica sintectônica com tamanhos de
até 2,5 mm portando poucas inclusões e concentrando nas charneiras do xisto ocupando cerca de 10%
da rocha. Os opacos ocupam 19% e estão orientados segundo a foliação. A titanita é o principal
acessório com 1%.
37
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Em outra lâmina de xisto (CL-HH-11-150-2A),as granadas porfiroblásticas passam a ocupar
30% da lâmina e possuem indícios de estruturas que atestam pelo menos duas fases de deformação
preservadas. Elas podem atingir até 4 mm de tamanho. O quartzo é xenoblástico e ocupa 30%, com
contatos interlobados e formação de novos grãos. Biotita prenche 35% e por vezes engloba as
granadas com tamanhos entre 0,4 a 1,5 mm. A clorita (2%) sobrecresceu nas biotitas e tem tamanho
aproximado de 2 mm, possuindo hábito radial. Os opacos e poeira destes somam 3%. Ainda foi
descrito nesta lâmina um anfibólio, pleocróico amarelo pálido a castanho claro, birrifrigência baixa,
cores de interferência de 1° ordem, e para o qual não foi possível definir a espécie mineral.
A nomenclatura deste xisto se faz o uso do termo gondito aos xistos portadores de granadas e
quartzo , e cujo produto de intemperismo constitui óxidos de manganês, sugerindo que devem tratar-se
de granadas manganesíferas .
Figura 4.11: A) Contato entre gondito e Hbl-Bt-tonalito formando aureola de alteração; B) Textura equigranular
de quartzo no hornfelsito e minerais prismáticos exibindo orientação; C) Gondito apresentando textura
granolepidoblástica entre quartzo e biotita+opacos e porfiroblasto de granada pós-tectônica (foliação interna
concordante com a xistosidade); D) Sobrecrescimento radial de clorita de cores anomâlas no gondito.
O queluzito constitui-se no minério de manganês propriamente dito. É uma rocha maciça, fina,
não porta granadas, suja as mãos ao contato e ao microscópio (luz refletida e transmitida) mostra-se
38
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
finamente bandada. Seu principal componente é o carbonato de manganês, a rodocrosita, que aparece
como poiquiloblastos ocupando 50% da lâmina, com tamanho entre 0,1 a 0,5 mm, forma
hipdioblástica a idioblástica, relevo alto, bandado. Os opacos apresentam-se como “poeira de grãos”
muito finos e formas amebóides de tamanhos até 0,5 mm também e ocupam cerca de 40%. Os 15%
restantes devido à ocorrência não freqüente foram agrupados como indistintos e após análise ao MEV,
e seções de luz refletidas concluiu-se tratar de silicatos aos quais se destacam o piroxenóide rodonita,
olivina tefroíta e o sulfeto alabandita, todos destacados na Figura 4.12. Após a análise ao MEV foi
possível identificar as fases minerais dos silicatos também em lâmina.
A olivina tefroíta possui cor laranja em luz polarizada, cores de interferência verde-oliva, sem
pleocroísmo, biaxial negativa e como distinção além da cor, possui relevo alto e está sempre associada
à rodonita. O piroxenóide rodonita tem como principal característica nessa lâmina a cor rosa choque,
azul claro a púrpura em luz analisada, incolor a pálidas cores de rosa fracamente pleocroísco, extinção
oblíqua e biaxial positivo. Não foi possível observar a clivagem em lâmina. Nos gráficos da Figura
4.12B, a tefroíta no primeiro gráfico apresenta o pico de Mn (54-58% MnO) discordante da sílica (3038,5% SiO2) e a rodonita tem os picos composicionais de sílicio e manganês similares. Os silicatos se
apresentam poiquilíticos.
39
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 4.12: A) Fotomicrografia em luz analisada do queluzito, com predominância de rodocrosita (Cb), os
minerais coloridos equivalem aos silicatos tefroíta e rodonita, ambos identificados primeiro ao MEV e depois
por propriedades óticas, e o sulfeto de manganês alabandita (MnS); B) Imagem ao MEVonde é possível observar
por ordenação dos gráficos os seguintes minerais: Olivina-Tefroíta (Tfr), Carbonato Rodocrosita (Rdc),
Piroxênio Rodonita (Rod) e o Sulfeto Allabandita (MnS).
4.5 - DIQUES BÁSICOS
40
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
No ponto 34 foi encontrado um único matacão de rocha gabróica sem estruturação aparente
na região de contato tectônico entre metabasitos e a borda do plúton do Retiro. A rocha em lâmina
apresenta-se com estruturação ígnea preservada, porém intensamente hidrotermalizada ficando apenas
a textura esqueletiforme dos clinoanfibólios e plagioclásios com textura consertal. Lombello (2006, no
prelo) descreve na ortofoto 42-17-21 um dique doleritíco com cerca de 40% de plagioclásio e relictos
de augita extremamente uralitizada.O dique tem direção mapeável NW-SE. Não é possível traçar a
continuidade do dique encontrado na Área 21, com o encontrado na Area 11 desta ortofotocarta, mas,
pela composição observada, cerca de 42% de pseudomorfos substituído por agregado de actinolita
fibrosa, e40% de plagioclásio epidotizado preservando hábito ripiforme, pode-se supor tratar do
mesmo tipo de dique que ocorre na área 21: um dique básico dolerítico de dimensões não mapeáveis
na área 11.
4.6 – METAMORFISMO
As paragêneses minerais encontradas no estudo petrográfico dos metabasitos, nas rochas
plutônicas félsicas e nas rochas da Mina Pequeri, sugerem um mínimo de duas fases de metamorfismo,
de cunho regional, e atingindo temperaturas no limite da fácies xisto-verde superior podendo ter
atingido o fácies anfibolito inferior.
Na unidade máfica a paragênese encontrada no estudo de 03 lâminas compreende
clinoanfibólio Hornblenda/Actinolita, com predomínio deste último por meios óticos de distinção,
plagioclásio poiquílitico, epidoto. A paragênese anfibólio+plagioclásio+quartzo+titanita+epidoto pode
situar este metabasito entre os fácies Epidoto-anfibolito equivalente à fácies xisto verde superior a
anfibolito representado por metassedimentos com formação de granadas pré-tectônicas sendo que o
anfibólio se predominantemente for actinolita por si só caracterizaria temperaturas mais baixas na
faixa da fácies xisto verde superior. Não foi possível estabelecer com certeza o grau de metamorfismo
porém considera-se que minimamente as rochas evoluíram em temperaturas mínimas do fácies Xisto
verde superior contudo ocorre formação de granadas e anfibólios em diversas rochas supracrustais.
Outra paragênese possível, representa a obtenção de hornblenda apartir da reação:
anfibólio (+actinolita) + plagioclásio(+albita) + epidoto  hornblenda + plagioclásio chegando à
fácies anfibolito inferior porém, não parece que é o que ocorre nas rochas da região uma vez que, foi
comum a albitização das bordas do plagioclásio nas reações metamórficas. Neste caso poderia sugerir
uma fase de metamorfismo na fácies anfibolito inferior com retrometamorfismo na fácies xisto verde
com formação de epidoto, actinolita e clorita.
Todos os granitóides da área preservam parcialmente sua identidade ígnea mas, por vezes
apresentam foliação incipiente a milonítica. A paragênese ígnea original destas rochas comporta
hornblenda+ quartzo + biotita +oligoclásio + K-feldspato. A recristalização de carbonato + epidoto
(clinozoisita/zoisita) sobre o plagioclásio sugere metamorfismo regional na fácies xisto verde, sendo
41
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
que a hornblenda é parcialmente substituída por actinolita característica de grau mais baixo seguido de
epidoto e clorita. A saussuritização do plagioclásio corrobora que o processo de recristalização da
paragênese ígnea das rochas plutônicas félsicas situa-se na fácies xisto verde.
O modo como as rochas se expõem na Mina Pequeri permite quantificar o halo de alteração
que as rochas foram submetidas no contato com a intrusão tonalítica lá definida. Esse metamorfismo
de baixa pressão ou seja, de contato, é evidenciado pela geração de hornfels e principalmente pela
formação de uma assembléia mineralógica no queluzito bastante heterogênea na qual se destaca a
tefroíta que é uma das fases ricas em manganês do grupo das olivinas. Essa olivina, que é um mineral
tipicamente metamórfico, requer algumas condições especiais para ocorrer. Neste caso alguns quesitos
são preenchidos pois verifica-se que a rocha é calciossilicatada, não possui quartzo livre, e o
componente forsterita (incremento de magnésio) começa a caracterizar graus mais altos de
temperatura (Figura 4.12B). Para que estas reações aconteçam é presumível que a fácies atingida
chegou a Hornblenda-hornfels (= anfibolito) e que é compatível com o observado. Primeiro o teor de
magnésio da forsterita não é tão alto e foi encontrado anfibólios nos xistos sendo assim, na Mina
Pequeri localmente estima-se no mínimo fácies anfibolito.
As diferenças químicas do hornfelsito e do Bt-Hbl-tonalito da Mina Pequeri sugerem que pode
ter ocorrido metassomatismo favorecendo as trocas catiônicas. Minerais como rodonita suscitam esse
tipo de hipótese pois são comuns em escarnitos onde no contato com rochas calcáreas e granitos
incrementa-se o teor de SiO2 favorecendo a formação desses silicatos como será discutido na
integração de dados.
42
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
CAPÍTULO 5
GEOLOGIA ESTRUTURAL
5.1 – INTRODUÇÃO
Através da análise descritiva de várias estruturas encontradas em fase de mapeamento e
versadas nesse capítulo, pretende-se subsidiar as proposições acerca da evolução estrutural da área.
Tal análise baseia-se em estruturas megascópicas e mesoscópicas, lâminas delgadas e principalmente
da análise e interpretação espacial das estruturas medidas e agrupadas segundo suas relações. As
feições deformacionais quase sempre apresentam lacunas devido ao estado de alteração das rochas, o
que dificulta a identificação das estruturas e prejudica interpretações a respeito da cinemática e de
eventuais eventos superpostos.
5.2 – ARCABOUÇO TECTÔNICO DA ÁREA 11
No capítulo 2, que versa sobre a fisiografia da região, pode-se visualizar um estudo preliminar
morfo-estrutural da ortofoto 11 nas figuras 2.1 e 2.2, no qual se elaborou um mapa de lineamentos a
partir de compilações de imagens de satélite e composições de radar. Após obtenção da leitura
azimutal e magnitude destas feições lineares analisou-as em vários segmentos na escala 1: 30000 (cada
segmento = 300 metros). O resultado após plotar em diagrama de rosas (Figura 2.2) concluiu-se que a
direção principal NW-SE domina a área de modo homogêneo, o que justifica a não compartimentação
estrutural da área.
A predominância da direção NW-SE nos lineamentos da área 11 confirma a influência do
Lineamento Congonhas (LC), mas não dá pra afirmar qual o grau de relação deste com os lineamentos
que podem ser condicionados pelos eixos de dobras ou clivagem plano-axial da fase D1 de
dobramento descrito adiante.
O LC constitui uma megaestrutura linear de direção NW-SE com foliações sub-verticais que
se estende desde Noroeste de Congonhas até Sudeste de Catas Altas, imprimindo na região sentido
diferente da vergência cinemática para oeste encontrada no Quadrilátero Ferrífero, a norte da Falha do
Engenho (Seixas, 1988). O vértice Nordeste da subárea Leste dista 2,9 km do Lineamento Congonhas
que pode ser visualizada na Figura 5.1.
43
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
622000
624000
626000
628000
630000
632000
4
7726000
772600
0
772800
0
Pluton Bombaça
7728000
773000
7730000
620000
0
618000
7724000
7722000
772200
0
772400
0
LC
7720000
772000
0
Área 11
0
1,5
3
4,5
771800
Kilometers
618000
620000
622000
624000
626000
628000
630000
7718000
0,75
0
1,5
632000
Figura 5.1 – Imagem LandSat delineando a megaestrutura de direção NW-SE chamado Lineamento Congonhas
(LC) e esboço da área 11 em azul. Como referência, o segmento que sai do vértice NE da área 11 e encontra-se
perpendicularmente ao LC tem 2.9 km.
5.3 – ANÁLISE ESTRUTURAL DESCRITIVA
Nesta análise não será adotada a separação em subdomínios estruturais, uma vez que pelo
estudo morfo-estrutural não se obteve êxito reconhecendo a diversidade de resultados e não foi
possível evidenciar subdomínios. Pretende-se portanto descrever as estruturas básicas associando-as
quando possível a estruturas maiores observadas na área.
5.3.1 – Estruturas Planares e Lineares
5.3.1.1 – Acamamento Sedimentar
Estruturas primárias preservadas nas rochas supracrustais não foram observadas, entretanto
admite-se que a a intercalação de níveis grafitosos e quartzozos ao longo de estruturas como as
observadas no capítulo 4 nas figuras 4.4 A e B refletem o acamamento original destas rochas. Nos
metacherts, o acamamento foi reconhecido também pela alternância das camadas reconhecendo níveis
milimétricos de quartzo sacaroidal, por vezes, separados por lentes grafitosas. Já em campo foi
possível observar multiplicidade de atitudes devido a dobras parasíticas de menor porte onde fora
reconhecido tal estrutura aqui denominado acamamento sedimentar (S0) que pode ser analisada no
estereograma da Figura 5.2.
44
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 5.2 – Projeções de Igual-área dos pólos de S0: A) Estereograma sinóptico de S0 para as rochas
supracrustais da área 11. N=42; Máx=9,37%; β1=157/69; β2=83/20; β3=241/31 e β4=0/77.
A partir da análise do diagrama da figura 5.2 observa-se a grande dispersão de dados
referentes ao acamamento (S0). Os pólos não se ajustam a uma única girlanda o que sugere mais que
um eixo estatístico β e, consequentemente, que parte dos dobramentos não são cilíndricos.
A fase inicial de dobramento (D1) cujo eixo tem direção NW-SE com caimento para SE,
atitude 157/69 (β1) tem evidente expressão no mapa geológico da área 11 na forma de uma calha
sinformal com terminação na parte norte do mapa e traço axial muito próximo do eixo estatístico β1.
Considera-se como D2 uma fase mais recente de dobramentos que parece estar associada aos
dobramentos β2 e β3 (trata da mesma fase coaxial pela análise da foliação Sn ) e possui eixo com
rumo próximo de E-W com caimento E , atitude 86/28 (β2). Uma terceira fase (D3) com eixo de rumo
N-S e caimento para N, atitude 0/77 de dobramento no regime dúctil pode estar relacionada a geração
de dobras isoclinais levemente inclinadas com vergência para oeste que serão descritas no item sobre
dobras.
5.3.1.2 - Xistosidade
Constitui a estrutura mais conpíscua e facilmente identificada na área 11 dada pelo arranjo
planar preferencial dos minerais micáceos (Figura 5.4B) e seu pólos plotados nos estereogramas das
figuras 5.3A e B:
45
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 5.3 – Projeções de Igual-área dos Pólos de Xistosidade (Sn): A) Estereograma sinóptico de Sn para as
rochas supracrustais da área 11. N=133; Máx=6,38%; β1=151/62; β2=83/16; β3=263/26 e β4=6/74. B)
Estereograma sinóptico de Sn para as rochas graníticas da área 11. N=29; Máx=12,33%; β1=.122/54.
Novamente depara-se com a grande dispersão dos dados, superposição de dobramentos e
ainda, a xistosidade encontra-se dobrada, e em paralelismo com S0 ( S0//Sn), Figura 5.3A. Na
análise de Sn para as rochas supracrustais observa-se que o dobramento (D1) possui valores muito
próximos do calculado para S0, com o eixo β1=151/62, direção NW-SE com caimento para SE. Os
valores de β2 e β3 também se assemelham bastante, sendo considerados como parte da fase dita D2. A
fase D3 confirma seu eixo estatístico próximo do rumo N-S com atitude 6/74.
46
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Os granitóides exibem esporadicamente foliações consideradas Sn e passíveis de medição,
pois no momento de sua colocação onde provavelmente encontrava-se em estado sub-solidus
ocorriam eventos cinemáticos simultâneos e o resultado foi exposto na figura 5.3B. Nesse caso,
observa-se nitidamente apenas a fase D1 de dobramento regional de eixo NW-SE com caimento para
SE e atitude β1=122/54. São poucos dados para qualquer elucidação, mas o fato deste não possuir as
fases mais novas de dobramento deve-se ao fato da competência do mesmo, e seu provável estado de
cristalização. Menciona-se este fato devido à possibilidade da fase D1 não ser a mais velha e portanto
a única registrada na granitogênese. De qualquer forma pode-se ver uma pequena dispersão de dados
no diagrama 5.3B que pode referir-se à fase D2. Outra característica em relação à foliação Sn das
rochas supracrustais refere-se que no mapa próximo aos contatos com os granitóides, esta se encontra
sub-verticalizada formando uma espécie de “quilha” devido ao arqueamento que provavelmente os
granitóides imprimiram em sua colocação.
5.3.1.3 – Lineações
A lineação mineral foi observada em alguns pontos podendo ser plotada em diagramas. Os
xistos referentes à área 11 não evidenciaram de modo adequado tal trama, dada principalmente por
sericita, de modo que não foram observadas tantas lineações tais como lineação de crenulação,
estiramento e interseção. Seguem as principais lineações na figura 5.4.
47
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 5.4 – A) Diagrama sinótipo da projeção de igual-área das lineações minerais e estiramento agrupadas em
(Lm) da área 11. N=29; Máx=10,94%, 93/50. B) Xisto sericítico apresentando foliação Sn= 45/50 e Lm= 15/50,
visada para NW no ponto 96.
Pela análise dos dados de lineação, pode-se considerar que a lineação mineral está associada à
xistosidade (Sn) não diferenciada e possível geração na fase D3 de dobramento regional ou que
represente um vetor de transporte tectônico para W a SW de um evento transpressional (compressivo
obliquo). Os dados aqui plotados são insuficientes para determinar com precisão qual suposição é mais
plausível.
A única lineação de crenulação medida Lcre= 100/70 está relacionada ao redobramento D3 e
as lineações de intercessão estão com caimento para NE e podem constituir truncamento dos planos de
xistosidade Sn das fases de dobramento D1 com D3.
5.3.2 – Dobras
As dobras foram descritas em alguns afloramentos principalmente na Mina Pequeri e ponto
12, por tratarem de dobras centimétricas a métricas expostas pelos cortes de afloramento. Já em outros
pontos foi inferida pela variação das medidas estruturais provavelmente por serem de escala maior. O
estudo das dobras nestes afloramentos foi confuso devido ao fato de haver redobramentos o que gerou
mais que um tipo de dobras.
Na figura 5.5A e B observam-se dobras métricas horizontais inclinadas isoclinais, com
vergência para oeste, e cujo eixo foi calculado estatisticamente e comparado ao medido em campo
(Figura 5.5A), para certificar sobre o caimento do eixo afim de verificar possíveis fases de
redobramento ou deformação, além das já descritas. Os eixos medidos foram b=0/10; 22/20 e o
calculado foi de 08/14.
48
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Nas proximidades da Mina Pequeri foram encontradas diversos tipos de dobras devido a baixa
competência dos xistos manganesíferos, sugerindo a superposição de eventos compressivos dúcteis.
Em micro-estruturas foi possível observar, por exemplo, presença de granadas pré-tectônicas portando
foliação interna divergente da externa porém, a amostra não foi devidamente orientada afim de
executar um estudo estrutural, pois a principio o interesse foi de descrição petrográfica para tal
amostra (lâmina).
Figura 5.5 – A e B) Cálculo do eixo da dobra através de estereograma, os triângulos equivalem aos eixos
medidos e o eixo calculado b=8/14; F1 e F2 são os flancos obtidos a partir da média dos pólos das atitudes e
fotografia da dobra isoclinal horizontal inclinada com vergência para oeste em quartzo-milonito; C) Dobra Kink
49
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
band normal com vergência para SW. Foliação externa a Kink, Sn=330/90; Plano axial Kink, P.a=310/40 em
xisto manganesífero; D) Zona de charneira de dobra em metachert apresentando eixo com rumo NW-SE e
caimento para NW; E) Dobra isoclinal vertical em gondito geradas no sentido NW-SE; F) Possível dobra em
caixa em gondito. As linhas tracejadas em vermelho indicam dois planos axiais.
5.3.3 – Zonas de Cisalhamento
Na subárea Leste foram encontradas zonas de cisalhamento de caráter rúptil-dúctil e rúpteis
com observação de estrias, ressaltos, desenvolvimento de foliação S-C e dobras de arrasto. No contato
cartografado com alguns granitóides foi possível identificar foliação S-C numa massa proto-milonítica
principalmente no ponto 34 e ponto 82 aparentemente com caráter de movimento reverso.
No ponto 12 observa-se a formação de estrias de atrito de caráter rúptil-dúctil, dobras de
arrasto, estruturas em lápis em quartzo-milonito. Ainda neste ponto, as estrias de atrito subhorizontais
Eatr= 355-0/0-5 (Figura 5.6B), a foliação milonítica subvertical, dobras de arrasto com sentido
sinistral, a milonitização do quartzito e o plano de falha 30/88 contendo ressaltos escalonados
indicando sentido para NW (Figura 5.6A), bem como a inflexão ortogonal do Rio Pequeri a menos de
140 metros, são considerados fatos suficientes para caracterizar uma falha transcorrente sinistral
cortando a área com direção NW-SE, conforme pode-ser visto no mapa geológico. Algumas destas
características podem ser vislumbradas nas figuras 5.6 de A a C.
Na figura 5.6C têm-se um
fotomicrografia de amostra do quartzo-milonito com agregados de quartzo com microestruturas típicas
de zonas de cisalhamento como extinção ondulante, subgrãos, início de formação de lamelas de novos
grãos recristalizados dinamicamente, indicativos de graus baixos de temperatura. Com o auxílio da
lâmina auxiliar lâmbda, observa-se que os agregados de quartzo possuem orientação efetiva de seus
eixos-C perpendiculares a foliação das lamelas de deformação, deste modo corroborando indicando
deformação em zonas cisalhadas em temperaturas baixas.
Na mina Pequeri foi definida uma zona de cisalhamento rúptil
de caráter transcorrente
sinistral dada pela foliação milonítica Sm= 180/85-90 e Lest=90/0 contendo estrias de atrito
horizontais e ressaltos indicando transporte tectônico para Oeste (figura 5.6D). Estes indicadores
cinemáticos tiveram realce nos cortes concordantes do queluzito dentro da cava.
50
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 5.6 – A) Plano de direção 30/88 em quartzo-milonito apresentando ressaltos escalonados com bloco se
deslocando sentido NW (Bloco se deslocando para esquerda); B) Estrias de atrito sub-horizontais em mesmo
plano do metachert; C) Fotomicrografia em LPX (luz analisada) após inserção de lâmina auxiliar (λ) exibindo
evidente orientação de eixos-c em agregados de quartzo, e microestruturas como contatos interlobados a
serrilhados, subgrãos e início de recristalização dinâmica em baixas temperaturas com formação de filetes de
novos grãos; D) Queluzito apresentando ressaltos e estrias de atrito indicando cinemática sinistral de bloco
dentro da Mina Pequeri (bloco da foto se deslocou para esquerda).
5.3.4 – Fraturas
Não foi executado um estudo sistemático de juntas, tampouco as juntas foram agrupadas em
famílias. Na figura 5.7 pode-se visualizar o resultado das medidas colhidas ao longo do mapeamento.
51
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
N
2
Apparent Strike
2 max planes / arc
at outer circle
1.5
1
Trend / Plunge of
Face Normal = 0, 90
(directed away from viewer)
0.5
W
2
1.5
1
0.5
0.5
1
1.5
2
E
No Bias Correction
0.5
1
1.5
12 Planes Plotted
Within 45 and 90
Degrees of Viewing
Face
2
S
Figura 5.7 – Diagrama de Roseta contendo dados referentes ao estudo de fraturas na área 11. N= 12; Máx
direção aparente=310; Cada círculo=2,5.
As duas direções preferenciais parecem condizer com o eixo de dobramentos D1 e D2
podendo estar relacionadas à clivagem plano-axial, rompimento da charneira de dobras ou outro
resultado de efeito compressivo gerado por encurtamento.
52
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
CAPÍTULO 6
GEOLOGIA ECONÔMICA
6.1 – INTRODUÇÃO
Algumas potencialidades econômicas são abordadas nesse capítulo, contudo não houve um
estudo mais aprofundado de nenhum dos elementos citados quanto a jazimento ou aproveitamento
econômico. A figura 6.1 representa todos os requerimentos de pesquisa em vigor registrados no
Departamento Nacional de Produção Mineral no ano de 2006.
MINÉRIO DE MANGANÊS
QUARTZO
AREIA
MINÉRIO DE MANGANÊS
AREIA
MINÉRIO DE MANGANÊS
ÁGUA MINERAL
CASSITERITA
MINÉRIO DE MANGANÊS
MINÉRIO DE MANGANÊS
Figura 6.1- Tela de Pesquisa on-line executada no sistema SIGMINE sobre os requerimentos de pesquisa
constantes na área 11 no sítio eletrônico do DNPM. www.dnpm.gov.br acessado em 20/09/2006.
Como pode ser visto, as substâncias a serem pesquisadas nos referidos requerimentos são:
minério de manganês, quartzo, água mineral, areia e as partes em branco atualmente não dispõem de
nenhum requerimento e constam principalmente das ocorrências graníticas.
6.2 – GRAFITA
Durante a fase de mapeamento, chamou-nos a atenção a grande quantidade de ocorrências de
xistos grafitosos, aguçando-nos a idéia de quantificar o carbono na forma de grafita e suas possíveis
aplicações econômicas. Dentre as aplicações de tal mineral destaca-se: refratários, lubrificantes, lona
53
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
de freio, revestimento de moldes, células a combustíveis, (Kalyoncu 2001 in Sampaio 2005). Taylor
(1994) in Sampaio (2005) relata que a oxidação térmica da grafita em presença de oxigênio inicia-se
na temperatura de 300°C. De posse dessa informação pensou-se numa calcinação simples na tentativa
de quantificar a quantidade de carbono livre nas amostras uma vez que, não havia qualquer menção
sobre a origem de tal carbono como sendo orgânica ou não e que a partir desse preceito a grafita seria
liberado para a atmosfera na forma de gás carbônico durante a calcinação.
A amostra de xisto grafitoso foi pulverizada, homogeneizada, quarteada e pesada. Calculou-se
o fator de umidade e após calcinou tal amostra por 1 dia a 900°C. Após os cálculos de perda de massa
concluiu-se
um teor máximo de 21,07% de carbono para a análise teste. Na verdade não foi
quantificado a perda por voláteis e outros elementos com ponto de sublimação baixo. Pires (1977)
relatou o seguinte sobre a grafita na área “Esse xisto bastante rico em grafita, revelou possuir, por
análise química parcial, 19% de carbono fixo, 26% Mn e 14% Fe total sendo enriquecido para 51% de
carbono fixo, 32% Mn e 18% Fe total, através de flotação sendo aproveitado na indústria de graxa” e
também que na exploração do manganês nas minas fez uso constante dessa grafita em meio a graxa
para lubrificação de maquinário.
6.3 – OURO
Sistemas orogênicos, principalmente arqueanos associados a greenstone belts possuem
boa potencialidade de desenvolver processos auríferos principalmente, se houver sucessão de fatores
como fluídos, caminho, interação fluído-rocha e grandes estruturas associadas. O ouro normalmente
está associado a estruturas secundárias até quarta ordem e não na grande estrutura como é de se
pensar, isto acontece porque essas estruturas funcionam como alívio de pressão para os fluídos
aquecidos que circulam nas grandes estruturas e por vezes se materializam em depósitos de ouro tipo
gash veins lodes, filonianos e outros.
Temos um cenário ideal para criar prospectos dentro da área 11. Os granitóides da área são
associados a acresção colisional da orogênese transamazônica; a seqüência supracrustal é reconhecida
por alguns como sendo do tipo greenstone belts (Barbosa 1985; Pires 1977; Grossi Sad et al. 1983);
existe uma grande estrutura, o Lineamento Congonhas (Seixas 1988) que dista 2.9 Km do Nordeste da
área 11 e no Plúton Bombaça, além de haver falhas normais (Figura 6.2B) e estruturas tipo gash veins.
Além disto, pode-se inferir atividade hidrotermal também pelo mapa radiométrico de Fator F na figura
6.2A. Assim sugere-se que o plúton Bombaça constitui um bom prospecto para ouro, pois possui
estruturas de menor ordem próximas a uma grande estrutura (6 Km) e hidrotermalismo. É interessante
um estudo no contato dos granitóides com a seqüência supracrustal sobre possíveis alterações
hidrotermais nas quais possa ter havido processos como carbonatação, albitização, sulfetação,
turmalinização. Esta é somente uma sugestão de prospecto e nenhum estudo específico foi executado
54
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
na área, como, por exemplo, estudos sobre a relação de contemporaneidade dos eventos. O melhor
afloramento refere-se a Pedreira Bombaça pertencente a subárea Oeste.
6.3 – MINÉRIO DE MANGANÊS
É o bem de maior importância na área e desde o século passado foram identificados,
explotados e exauridos alguns importantes jazimentos dentro da ortofoto 42-17-11 onde se destaca a
Mina Pequeri. Várias outras ocorrências podem ser enumeradas na área como Bandeirinha, Unha de
Gato, extremo sudeste da ortofoto em área urbana. É importante mencionar que os dobramentos na
área intensificaram a recorrência dos xistos o que cruciou no seu aproveitamento econômico na Mina
Pequeri. Nas outras ocorrências na área conforme mencionado tratam-se de trincheiras de pesquisa já
recobertas por vegetação não havendo indício de que foram aproveitadas economicamente.
Dentre as utilizações do manganês pode-se destacar: Ligas com o Ferro na produção de aço,
baterias, fertilizantes, fungicidas, rações, agente de secagem de pintura, agentes oxidantes para pintura,
aromatizantes e agente de vedação. (Costa, 2004 in Sampaio, 2005).
Æ
622000,000000
624000,000000
Alto Maranhão
7724000,000000
618000,000000
620000,000000
622000,000000
Pluton Bombaça
Æ
Æ
Mina Abandonada
4
7724000,000000
Bombaça
7722000,000000
624000,000000
Jacuí
7722000,000000
Æ
Unha de Gato
Mato Dentro
7722000,000000
Retiro
7720000,000000
7720000,000000
7720000,000000
Æ
Bandeirinhas
Æ
7720000,000000
616000,000000
7724000,000000
620000,000000
7722000,000000
618000,000000
7724000,000000
616000,000000
Pequeri
Æ
LS-48
0,5
0
616000,000000
1
618000,000000
2
620000,000000
622000,000000
3
7718000,000000
1
7718000,000000
624000,000000
Kilometers
616000,000000
618000,000000
620000,000000
622000,000000
55
624000,000000
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 6.2 – A) Mapa Radiométrico Fator F da área 11. A cor rosa indica índice alto e azul baixa contagem de
elementos radioativos. O plúton Bombaça possui o maior índice. Mapa gerado no Degeo-Ufop pela Prof. Maria
Sílvia Barbosa Carvalho; B) Plano de Falha (200/40) cloritizado. As figuras de arranque (Ressaltos) e estrias
indicam tato liso para baixo indicando movimento normal na pedreira Bombaça.
56
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
CAPÍTULO 7
INTEGRAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
7.1 – INTRODUÇÃO
Pretende-se nesse capítulo integrar todos os dados observados com a literatura inerente em
busca dos subsídios para propor a evolução geológica das unidades presentes na área. Para facilitar tal
descrição, será correlacionado as unidades cartografadas de maior hierarquia com a literatura existente
ao mesmo tempo que, calcado ainda na literatura e outros estudos, sugerir sobre a possível evolução
destas unidades. Ao final será exposto uma correlação dos dados estruturais com a literatura para
situar as unidades tal qual, se apresentam nos dias de hoje na área 11.
7.2 – EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DA ÁREA
No capítulo quatro foram descritos uma grande Unidade de Rochas Supracrustais dividida em
metabasitos composta principalmente por anfibolitos, rochas metassedimentares compreendendo por
xistos carbonosos, xistos manganesíferos e metachert; e duas unidades intrusivas sendo a primeira com
maior destaque correspondente as rochas plutônicas félsicas e os diques básicos.
7.2.1 – Rochas Supracrustais
Seus litotipos ocorrem empacotados pelos diversos dobramentos presentes na área sendo
alguns de caráter isoclinal, isto faz com que cada litotipo recorra intimamente uns com os outros sem
uma diferenciação estratigráfica definível.
A subunidade metamáfica (metabasitos) constituída principalmente por Act/Hbl-anfibolitos
preservam um caráter ígneo na área 11 possuindo minerais com alto grau de automorfismo como os
anfibólios e titanitas. Barbosa (1985) fez um perfil nas margens do Rio Paraopeba e definiu que muito
destes anfibolitos são ortoderivados e fazem parte de uma seqüência do tipo greenstone belt
juntamente com os outros litotipos como poderemos observar com a exposição dos dados. Na área 11
não foi feito um estudo geoquímico deste litotipo contudo pela possibilidade de acesso aos dados das
outras áreas do projeto selecionou-se três amostras descritas e condizentes com os afloramentos da
área 11, cujos dados são reproduzidos na Tabela 7.1, em que se pode comparar alguns destes
elementos como o valor de referência para basaltos toleíticos segundo Wilson (1989).
Tabela 7.1 – Seleção de alguns dados geoquímicos de anfibolitos pertencentes ao Projeto TG-2006/1. Teores de
referência de alguns elementos traços incompatíveis de basaltos toleíticos: %SiO2 ~ 48,77; %K2O = < 0.3;
57
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Próximos valores em ppm; Ba = 5-50; Sr = 90-200; Zr = 15-150; Ni = 75-270; Cr = 35-510; Fonte: Wilson,
1989.
Amostras
SiO2(%)
K2O(%)
TiO2(%)
P2O5(%)
Ba(ppm)
Sr(ppm)
Zr(ppm)
Th(ppm)
Cu(ppm)
V(ppm)
Cr(ppm)
Ni(ppm)
CL-GF-10-22-3
49,35
0,17
1,16
0,075
49,0
232
14,0
<1,90
97,4
369
232
141
CL-KC-17-52
51,87
0,09
0,94
0,130
56,3
212
37,7
<1,90
33,3
225
192
71,3
CL-KE-18-92-B
48,93
0,10
0,88
0,009
22,1
92
8,75
<1,90
817
576
6,01
87,9
No diagrama de álcalis vs. Sílica da figura 7.1A os anfibolitos recaem na série subalcalina, e
no diagrama AFM da figura 7.1B na série toleítica.
10
Diagrama Álcalis versus Sílica de classificação de rochas vulcânicas, e limite entre Série Alcalina e Subalcalina
Rochas da
Série Alcalina
8
Dique Básico no Tonalito Cafundó-Serra
da Caxeta - Ponto 21-146
Traqui-andesito
Na2O + K2O (%)
Traqui-andesito
basáltico
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Rio
Paraopeba - NW de Maracujá - Ponto 1892
Traquibasalto
6
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil
Corr. Mato Dentro - NW de Mato Dentro Ponto 10-22
Rochas da Série
Subalcalina
4
2
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil
Área 17 - Lopes - Ponto 17-52
Andesito
basáltico
Basalto
0
45
50
55
60
SiO2 (%)
Diagrama Triangular AFM
A=Na2O+K2O, F=FeOt, M=MgO
F
Dique Básico no Tonalito CafundóSerra da Caxeta - Ponto 21-146
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil
Rio Paraopeba - NW de Maracujá Ponto 18-92
Série Toleítica
50
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil
Corr. Mato Dentro - NW de Mato
Dentro - Ponto 10-22
50
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil
Área 17 - Lopes - Ponto 17-52
Série Cálcio-Alcalina
A
Limite entre Série Toleítica e Série
Cálcio-Alcalina (Irvine & Baragar,
1971)
M
58
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 7.1 – Gráficos geoquímicos para rochas metamáficas (representadas em triângulos) do Projeto TG
2006/1: A) Diagrama Álcalis x Sílica de classificação de rochas vulcânicas e limite entre série alcalina e
subalcalina; B) Diagrama Triangular AFM para rochas metamáficas.
Como a assembléia de rochas da unidade supracrustal repete-se em grande parte da área do
projeto e pelas similaridades petrográficas entre os metabasitos descritas, há boas chances dos
metabasitos aflorantes na subárea leste corresponderem a basaltos derivados de magmas toleíticos de
margem de placa, originados por derrames e ou/ sills sucessivos. No diagrama de classificação de
basaltos da Figura 7.2 a seguir, relaciona-se o teor de Ti versus Zr e a classificação de ambientes
tectônicos. Os anfibolitos recaem no campo de basaltos de margem de placa, seja de arco vulcânico ou
MORB.
Diagrama Ti-Zr discriminante de ambiente
tectônico de basaltos (Pearce & Cann,
1973, in Rollinson, 1993)
100000
Ti (ppm)
Campos:
A - Arco Vulcânico
B - MORB
C - Intraplaca
Dique Básico no Tonalito CafundóSerra da Caxeta - Ponto 21-146
C
10000
Anfibolito Máfico Supracrustal Perfil Rio Paraopeba - NW de
Maracujá - Ponto 18-92
B
A
Anfibolito Máfico Supracrustal Perfil Corr. Mato Dentro - NW de
Mato Dentro - Ponto 10-22
1000
1
10
100
1000
Anfibolito Máfico Supracrustal Perfil Área 17 - Lopes - Ponto 1752
Zr (ppm)
Figura 7.2- Diagrama Ti (ppm) vs. Zr (ppm) para anfibolitos (triângulos) e, para comparação, um dique básico
da área 21, intrusivo em tonalito.
Os metacherts ocorrem distribuídos ao longo de toda área 11 em lentes e finas camadas que
não ultrapassam a dimensão métrica. Nesse litotipo o que mais impressiona é a pureza do mesmo que
além da coloração esbranquiçada, as vezes tem suas tramas planares delineadas devido a percolação de
óxidos de manganês secundários. Quando descrito em lâmina delgada não apresentou nenhum mineral
além de quartzo o que descarta em parte uma origem detrítica para o mesmo. Alguns autores
consideram alta a probabilidade de uma sedimentação química para estas rochas. Pires(1977) alia a
deposição do metachert com possível sedimentação química a numerosos e sucessivos derrames de
lava submarina em faixas extensas e móveis com escassa deposição pelítica.. A origem desses cherts
não são bem entendidos até então mas, dada a época de sua deposição elimina-se também a
possibilidade dos mesmos provirem de animais de carapaças silicosas como diatomáceas e radiolários.
Os xistos carbonosos em sua íntima associação com os sedimentos manganesíferos e com os
metacherts implicam para alguns autores, condições redutoras (Ebert, 1963; Roy, 2000) e para Pires
(1977) pode ser explicada ou por matéria em decomposição precipitada e que dada a quantidade
59
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
presente no pré-cambriano é contestada, ou a hipótese de sua proveniência ser a partir da
decomposição de carbonatos. Alguns autores acreditam numa contribuição bioquímica para o carbono.
Roy (2000) procura explicar a questão de precipitação de sedimentos manganesíferos no
Arqueano. Segundo este autor, para entender o início da deposição de manganês no Arqueano
Superior deve se remontar o cenário do Arqueano Inferior onde é bastante aceito que o crescimento
dos continentes era mínimo, dominado por forte fluxo de calor mantélico predominando em ambiente
marinho: alta circulação hidrotermal aos quais atribuem grandes quantidades de Fe2++ e Mn2++
armazenados nas partes profundas anóxicas de algumas bacias. O oxigênio produzido em baixa escala
por alguns organismos era todo consumido por alguns gases e pela formação de BIF do tipo Algoma e
as grandes quantidades de CO2 na atmosfera mantinham o PH da água em valores baixos. De fato,
Roy(2000) menciona que a oxidação de Mn2++ é inibida pela presença de Fe2++ permanecendo este
dissolvido na água e explicando a formação dos BIFs do tipo Algoma em preferência ao Mn 2++.
No Arqueano Superior, um rápido crescimento dos continentes, decréscimo no fluxo térmico
do manto e proliferação de estromatólitos favoreceu a retirada de CO 2 da atmosfera gerando grandes
plataformas carbonáticas, aumentando a quantidade de oxigênio livre e alterando o PH da hidrosfera o
que propiciou nas margens de algumas bacias a formação de oásis de oxigênio. Este contingente de
oxigênio gerado pelos estromatólitos e algumas bactérias se acumulou na água em forma de camadas o
que tem uma implicação interessante na área do projeto TG 2006/01 que será suscitada
posteriormente. Como Fe2++ inibe a precipitação de Mn2++, ocorre que no transporte destes íons de
águas profundas anóxicas para a superfície fótica tende a precipitar primeiro o Fe 2++ então,
consequentemente, BIFs tendem a ser formar em águas profundas abaixo do nível de base das ondas
enquanto o manganês inorgânico se deposita nas águas rasas da plataforma. Esta hipótese segundo
Roy, 2000 é reforçada pela proximidade de estromatólitos a depósitos de manganês na Índia.
No Brasil segundo Roy (2000), inicialmente podem ter-se formado óxidos/ hidróxidos de
manganês em condições aeróbicas e que combinadas ao carbono bioquímico freqüente na área
geraram durante a diagênese, os carbonatos ricos em manganês. Horen (in Pires, 1977) que doutorouse em um estudo sobre a Mina Morro da Mina tem uma interpretação semelhante a de Roy.
Na área 11, nos minerais descritos para o queluzito da Mina Pequeri, a maioria dos autores
desde Derby (1908) acreditam que o carbonato de manganês contendo cálcio e magnésio seja
primário. Os outros minerais descritos nas lâminas do minério da Mina Pequeri são de origem
metamórfica dentre eles destaca-se os silicatos de manganês: granada esperssatita, piroxenóide
rodonita e olivina tefroíta . Estudando a origem destes silicatos em Deer, Howie & Zussman(1962) e
pela compilação das observações de vários autores em Ebert(1963) e Pires(1977) concluiu-se que na
Mina Pequeri, o contato entre o tonalito intrusivo Pequeri e os carbonatos manganesíferos gerou uma
zona de transição entre estes dois litotipos constituindo um tipo de escarnito onde o metassomatismo
com introdução de SiO2 ditou que o queluzito pela diminuição de rodonita e aumento do quartzo
60
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
gerasse gondito.A falha Pequeri contribuiu para estes processos deformacionais. Também referente ao
queluzito e usando a regra de fases é fácil entender que a paragênese tefroíta-carbonato de manganês
(possível rodocrosita)-rodonita-esperssatita não seria estável e de fato verifica-se a exclusão da
esperssatita na lâmina com a formação de tefroíta. A rodonita comum em escarnitos seria obtida com a
introdução de sílica metassomática pela fórmula: MnCO 3+SiO2  MnSiO3+ CO2 e a tefroíta sempre
associada a ocorrência de rodonita possui provável fórmula: MnSiO 3+ MnCO3  Mn2SiO4 + CO2.
Quanto ao grau deste metamorfismo, balizou-o com a temperatura de formação da olivina mangânica
tefroíta que exige no mínimo a fácies hornblenda-hornfels (fácies anfibolito). Estas rochas foram
submetidas a pelo menos duas fases de metamorfismo então: a primeira possivelmente no grau xisto
verde superior ou anfibolito que pode ter gerado os carbonatos de manganês e depois o metamorfismo
de contato na fácies anfibolito no mínimo.
Os óxidos explotados na Mina não são considerados primários devido a existência do sulfeto
manganesífero alabandita nos carbonatos e apoiado pela presença de grafita.
Todas as rochas descritas acima agrupam-se numa seqüência vulcano sedimentar típica de
greenstone belts e é considerada como tal por vários autores dentre eles: Dorr (1969),Pires (1977),
Grossi Sad et al (1983), Barbosa (1985), Seixas (1988). Pires (1977) correlaciona esta seqüência como
parte do greenstone belt Barbacena; já Grossi Sad et al. (1983) correlaciona como parte do Grupo
Nova Lima e alguns autores ainda cogitam esta ser uma seqüência mais jovem indiferenciada. Caso
faça parte do Grupo Nova Lima segundo a evolução da idéia do oxigênio estratificado na água durante
o Arqueano, estas rochas podem constituir sedimentos químicos de água rasa na plataforma de uma
margem passiva pois durante o mapeamento de campo em nenhuma área do projeto foram encontrados
formações ferríferas. Outra hipótese que pode ser suplantada é desta estar colada ao Quadrilátero
Ferrífero tectonicamente e não fazer parte do Grupo Nova Lima. A maioria dos autores concordam
que estas rochas estão metamorfisadas na fácies Xisto Verde Superior a Anfibolito e Grossi Sad et al.
(1983) menciona a fácies epidoto-anfibolito equivalente a fácies xisto verde superior para os
metabasitos.
7.2.2 – Rochas Plutônicas Félsicas
No capítulo 4 foram descritos diversos plútons que ocupam substancial área na ortofoto 11
onde na tabela 4.1 pôde-se observar um quadro comparativo entre três análises geoquímicas de
amostras da área 11 (CL-FH-11-01-02; CL-GG-11-125-1; CL-HH-11-150-3E) e amostras
circunvizinhas. Nas próximas linhas será descrito uma série de características dos granitóides
aflorantes na região direcionando a tentativa de um estudo petrogenético dos mesmos.
Constituem Bt-Hbl-Tonalitos, Bt-Tonalitos e Bt-Granodioritos de composição intermediária
(62%<SiO2<66%), natureza sódica, considerados segundo classificação de Martins & Seixas, 2006
como granitóides de baixa a média sílica. Possuem mineralogia acessória similar contendo alanita
61
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
zonada as vezes com coroa de epidoto, zircão, apatita e titanita e ou/ ilmenita. Quimicamente estas
amostras se caracterizam por apresentar Al2O3~15% ; alto valor de Sr > 300 ppm ; baixo valor de Y <
20 ppm; Razão K2O/Na2O <0,7; Sr/Y > 40; Mg# < 0,5; Baixo valor de Cr e Ni.
Estes dados referentes a Sr, Y, razão K2O/Na2O permitem classificar as rochas como fazendo
parte de uma suíte TTG corroborado pelos diques encontrados que possuem natureza granodiorítica a
trondjhemítica. Essa suíte seria resultado de uma zona de subducção onde a crosta oceânica
subductada se fundiria antes de sua completa desidratação estimulando a fusão da cunha do manto
metassomatisado por estes fluídos diferentemente dos modelos modernos cálcio-alcalinos de
subducção (Martins& Seixas, 2006; Kocak, 2006).
A técnica Sm-Nd que a rigor considera que as razões Sm-Nd e razão isotópica de Nd não
variam significativamente em processos crustais como fusão parcial, metamorfismo, diagenese e
alterações hidrotermais e que seu principal modificador do parâmetro rocha-total é a diferenciação
manto-crosta (Silva, 2006) foi utilizada na área 11 em uma amostra da Pedreira Bombaça. Este dado
encontra-se em Martins & Seixas (2006). A idade modelo TDM Sm/Nd 2,42 Ga no tonalito dessa
pedreira corrobora que este é um plutonismo juvenil do paleoproterozóico, com a participação do
manto nesses processos e coloca a extração deste e a cristalização dos granitóides dentro da idade
paleoproterozóica, e portanto contemporâneos com dados de Noce (1995), o qual obteve idade em
titanitas pelo método U-Pb 2124 + 1 Ma. A participação de um manto metassomatizado é evidenciado
pela presença nestas rochas de minerais rico em elementos incompatíveis como alanita, titanita (Sial,
1994; Seixas,2000).
A exemplo de vários plútons conhecidos na literatura mundial de composições e idades
diferentes ocorrem nos tonalitos da área 11 feições do tipo enclave microgranular máfico que possuem
segundo lâmina descrita, composição microdiorítica. A composição é similar a rocha hospedeira e
estruturas do tipo schrielen e outros fenômenos mingling e outros processos descritas em áreas
vizinhas contribuem para existência de dois magmas que se interagiram numa mesma câmara
magmática. O microdiorito CL-GG-11-142-1 (tabela 7.2) possui natureza básica a intermediária
expressa quimicamente por SiO2~52%;Mg#=0,48; valores de Sr, Ba e K2O próximos do tonalito
hospedeiro; Cr= 230 e Ni= 85 indicando sua derivação do manto enriquecido (Martins & Seixas,
2006).
Tabela 7.2 – Quadro geoquímico para o enclave microgranular máfico hospedado em rochas
granitóides de composição TTG. Reprodução parcial dos dados analisado.
Amostra
CL-GG-11-142
SiO2
53,81
NaO
4,37
Th
16,7
TiO2
Al2O3
Fe2O3
MnO
MgO
CaO
0,60
K2O
1,10
Cu
19,0
14,93
P2O5
0,494
Zn
172
10,18
Ba
471
Co
60,7
0,21
Sr
652
Cr
230
4,72
Y
18,4
Ni
86,1
9,06
Zr
174
V
132
62
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
A assembléia mineralógica é similar diferindo pelas proporções entre os enclaves e as rochas
hospedeiras, a composição mineral difere substancialmente no tamanho dos grãos como é o caso do
plagioclásio que também se apresenta zonado, e a alanita também está presente como acessório além
de zircão, titanita e apatita tal qual na rocha hospedeira. Este fato e a correlação geoquímica entre
ambos sugerem a natureza cogenética entre o magma máfico que gerou os enclaves e o que resultou
nos Bt-Hbl-Tonalitos. Kocak (2006) menciona que a transferência termal é 100 vezes mais rápida que
a transferência química entre elementos, então na mistura dos dois magmas, aquele de composição
mais máfica pode atingir o equilíbrio químico de cristalização mineral primeiro possibilitando a
formação dos enclaves. Os enclaves podem ser interpretados como feições primárias podendo serem
constituídos pela injeção de magmas dioríticos, primitivos, em uma câmara magmática em processo de
resfriamento e cristalização de tonalitos.
Na área 11, os plúton Jacuí, Bombaça possuem afinidade com o plúton Mato-Dentro e dada
suas características composicionais, existência de enclaves e feições de mistura de magma compõem a
continuação do Plúton Caeté. O Bt-Hbl-Tonalito da Mina Pequeri foi descrito separadamente por
Derby (1908) que já o separava do Granodiorito Caeté como ele o definiu na época. O plúton que
aflora no extremo sudeste da subárea Leste parece possuir afinidade com o granodiorito descrito na
área 15 (granodiorito Caramone) e seu estudo foi prejudicado pelo estado dos afloramentos sendo essa
correlação dada por correlação no mapa radiométrico. O plúton Jacuí fora descrito por Grossi Sad et
al. (1983) como parte do Migmatito Bananeiras mas do exposto acima, a sua correlação positiva com
os plúton Bombaça, Mato-Dentro e a não observância em campo e em estudos petrográficos de
qualquer evidência de migmatização foi incluído como parte da Suíte TTG descrita acima. O plúton
Retiro que aflora no centro da área levou-nos num primeiro momento a suspeitar que se tratava de um
plúton isolado originado a partir da evolução destes tonalitos devido ao fato de uma lamina descrita
como Bt-granodiorito/monzogranito, suas características leucocráticas e ausência de foliação. Porém, a
descoberta de dois novos afloramentos no campo e geração de novas lâminas delgadas, resultou na
confirmação deste tratar-se de um Bt-Hbl-Tonalito, porém dado seu caráter mais leucocrático, poderia
ainda assim, ser um plúton mais evoluído, com tendências granodioríticas/trondjhemíticas.
Em síntese, o conjunto de rochas plutônicas félsicas, dadas as similaridades com diversos
estudos, desde Pires (1977), Barbosa (1985), Seixas (1988), Noce (1995), Seixas (2000) e Martins &
Seixas (2006), entre outros, pertencem ao grande evento plutônico denominado originalmente de
Plutonitos barbacena por Pires (1977), posteriormente de Batólito Alto Maranhão por Grossi Sad et al.
(1983) e mais recentemente de Suíte Alto Maranhão (Mapa Geológico de MG, escala 1:1.000.000).
7.2.3 – Diques Básicos
63
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Na subárea Leste aflora no ponto 34 um único matacão de rocha máfica gabróica,
hidrotermalizada que foi interpretada por comparação e estudo petrográfico aos diques que afloram na
área 21 (Lombello, 2006). Estes diques possuem direção NW-SE.
Nas Figuras 7.1 A/B e 7.2 mencionadas anteriormente, se pode perceber que na análise
geoquímica para uma amostra do dique da área 21 (quadrado prenchido referente a amostra CL-NB21-146) também recai no campo dos toleítos, porém, quando faz a mesma comparação em relação aos
elementos incompatíveis, esta amostra apresenta-se bem mais enriquecida que os metabasitos
anfibolíticos, fato que é ilustrado se nas figuras 7.3 de A-C.
.
150
Dique Básico no Tonalito Cafundó-Serra
da Caxeta - Ponto 21-146
100
Ba (ppm)
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Rio
Paraopeba - NW de Maracujá - Ponto 1892
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil
Corr. Mato Dentro - NW de Mato Dentro Ponto 10-22
50
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil
Área 17 - Lopes - Ponto 17-52
0
4
6
8
10
MgO (%)
0,6
Dique Básico no Tonalito Cafundó-Serra
da Caxeta - Ponto 21-146
0,4
K2O (%)
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Rio
Paraopeba - NW de Maracujá - Ponto 1892
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil
Corr. Mato Dentro - NW de Mato Dentro Ponto 10-22
0,2
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil
Área 17 - Lopes - Ponto 17-52
0,0
4
6
8
10
MgO (%)
64
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
160
Dique Básico no Tonalito Cafundó-Serra
da Caxeta - Ponto 21-146
Zr (ppm)
120
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil Rio
Paraopeba - NW de Maracujá - Ponto 1892
80
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil
Corr. Mato Dentro - NW de Mato Dentro Ponto 10-22
40
Anfibolito Máfico Supracrustal - Perfil
Área 17 - Lopes - Ponto 17-52
0
4
6
8
10
MgO (%)
Figura 7.3 – Gráficos comparativos entre anfibolitos e dique básico de elementos incompatíveis: A) Ba
x MgO; B) K2O x MgO (%); C) Zr x MgO. Ba e Zr expressos em ppm e o restante em %.
Como o dique reflete normalmente a composição do magma original então os resultados
indicam uma diferenciação entre este e os anfibolitos analisados. No diagrama da Fig. 7.2 (gráfico Ti
vs. Zr) o dique recaiu no campo de toleítos intraplaca.
7.3 – EVOLUÇÃO ESTRUTURAL DA ÁREA
As rochas supracrustais da área 11 registram redobramentos que prenunciam superposição de
fases de deformação ou até mesmo eventos diferentes. Considerando-se que estas rochas fazem parte
de um greenstone belt arqueano, a formação de depósitos manganesíferos, tais rochas e ou/ sedimentos
devem ter participado e registrado deformações referentes a Orogenia Rio das Velhas. No entanto, na
área 11 não aflora o embasamento cristalino e parece que em toda área do TG 2006/1 tal afloramento
denominado Migmatitos Mantiqueira não afloram, de modo que não se pode estabelecer com precisão
a deformação desta idade.
Todas as fases de deformação descritas no capítulo 5 sobre geologia estrutural são atribuídas
neste estudo ao Evento Transamazônico levando-se em consideração as datações obtidas pela Suíte
Alto Maranhão e que a fase de dobramento D1 descrita como a mais velha é registrada nos plutonitos
desta suíte na área 11 o que prova que o mesmo injetou sincinematicamente no estado sub-solidus
durante esta fase compressiva. Em relação a fase D1 de dobramento descrita, é equivalente a fase mais
antiga descrita por Grossi Sad et al. (1983), onde o traço axial de um sinclinal mapeado na área por
aqueles autores teve atitude 172/60 e a obtida pelo eixo estatístico dos dados coletados em campo
resultou na atitude 157/62. Grossi Sad et al. (1983) também observaram o paralelismo entre S0 e S1 e
o rompimento das charneiras destas dobras. Nummer et al. (1992) estudando uma porção de área
referente ao Lineamento Congonhas descrevem como as dobras mais antigas Fn com planos axiais
paralelos a Sn orientados a 220/45-80 o que confere com a fase D1 compressiva deste trabalho. Esta
fase compressiva tem relação direta com o desenvolvimento do Lineamento Congonhas e seus eixos,
65
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
clivagens plano-axiais condicionam os lineamentos NW-SE da área bem como, constituíram os planos
de fraqueza onde mais tarde desenvolveu-se falhamentos transcorrentes sinistrais.
As dobras da fase D2 coincidem com as dobras de segunda fase descritas por Grossi Sad et al.
(1983), sendo mais notáveis quando se comparam os pólos da Série Minas estudados por aqueles
autores. O eixo obtido por ele foi 84/40 contra β2= 83/20 deste trabalho. Esta fase de dobramentos
pode ser responsável pelo basculamento ao norte do mapa do sinforme associado a fase D1.
A fase D3 possuem eixo com atitude próximo de 6/74 e possui vergência para oeste conforme
dobras das figuras 5.5 A e B (capítulo 5) com eixo subhorizontal e que pode estar rotacionada pela
grande falha transcorrente sinistral podendo vir a ser confundido com o encurtamento E-W com
vergência para oeste do Brasiliano contudo, esta área está situada dentro dos limites do cráton e não
fora reconhecido tais estruturas em nenhuma das outras áreas, não foi aplicado qualquer teste de
condição de eventos durante o mapeamento.
As lineações plotadas referem-se na maioria a esta última fase de deformação que demonstram
um movimento transpressional para W nas antigas estruturas de direção NW-SE da fase D1 de
dobramentos conforme sugerido acima, reativando-os na forma de uma grande falha transcorrente
sinistral na área. As falhas normais descritas no capítulo 6 de Geologia Econômica a NE desta área
descritos na Pedreira Bombaça (subárea Oeste) podem constituir as falhas normais segundo
desenvolvimento de fraturas R1 e R2 neste sistema transcorrente sinistral conforme Elipse de
deformação de MacClay (1987).
Quanto a economicidade da Mina Pequeri, Pires(1977) reconhece profundos dobramentos com
eixos verticais conforme descrito neste trabalho. Pode ser sugerido aqui que na Mina Pequeri a
verticalização e redobramentos de dobras da fase D1 tornou-a potencialmente econômica. Relações de
campo sugerem que a mina desenvolveu-se na zona de charneira com plano axial vertical de uma
destas dobras conforme é sugerido na figura 7.4. As lineações subhorizontais podem ser relacionadas a
deslizamentos flexural, flambagem , movimento interestratal ou outros mecanismo de dobratura.
66
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
Figura 7.4 – Repetições de camadas na Cava da Mina Pequeri sugerindo dobramento D1 com eixo
NW-SE verticalizado. Foto tirada da cota mais alta da mina.
67
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
CAPÍTULO 8
CONCLUSÕES
Algumas conclusões e sugestões podem ser extraídas acerca da geologia e estrutural da
ortofoto-carta 42-17-11:
- As rochas estão condicionadas espacialmente pelo Lineamento Congonhas e pelo menos uma das
fases de dobramento está associada diretamente a este domínio de deformação dúctil e direção NWSE;
- As seguintes unidades litoestruturais foram caracterizadas na região: Tonalitos e granodioritos com +
biotita+hornblenda, constituindo TTGs do tipo alto alumínio da Suíte Alto Maranhão, rochas
supracrustais correlacionadas na literatura como Grupo Nova Lima e Grupo Barbacena, incluindo
metabasitos do tipo basaltos toleíticos, metassedimentos incluindo as formações manganesíferas,
chertes e xistos grafitosos e diques básicos constituídos por prováveis metadoleritos que se encontram
hidrotermalizados;
- As rochas supracrustais estão metamorfisadas na transição de grau baixo para médio e a Suíte Alto
Maranhão está metamorfisada no grau baixo;
- Sugere-se a provável superposição de 3 fases de deformação na área sendo que o plutonismo que
gerou a Suíte Alto Maranhão registrou a fase mais velha de direção NW-SE. Esta injeção
sincinemática e a datação do Plúton em 2124 +1 Ma pode situar esta fase como relacionada ao Evento
Transamazônico na área;
- Na Mina Pequeri, foi gerado um escarnito na zona de contato da intrusão do Plúton tonalítico Pequeri
e os carbonatos de manganês das rochas supracrustais, provocando principalmente a formação de
silicatos de manganês típicos de metamorfismo de contato como o piroxenóide rodonita e a olivina
mangânica tefroíta;
- Os plútons Jacuí, Bombaça e Mato-Dentro constituem o mesmo corpo de orientação NE-SW sendo a
continuação do plúton Caeté; O plúton que aflora no extremo sudeste da área tem evolução diferente
do descrito acima e pode estar relacionado a evolução do plúton Caramone pertencente a área 15;
- Estes plútons portam enclaves microdioríticos, os quais são enriquecidos em elementos
incompatíveis como Ba, Ti, Sr e ETR;
- Considerada a idade das rochas supracrustais como Arqueana, a metalogênese das formações
manganesíferas tem grande importância para a geociências uma vez que, possuem limitação no tempo
e espaço, só formando depósitos econômicos no Distrito Manganesífero de Conselheiro Lafaiete que
68
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
este projeto engloba parcialmente e na Índia. No futuro as várias recorrências desse minério podem se
tornar viáveis para outros usos que não o metalúrgico como por exemplo, a indústria de fertilizantes e
fungicidas;
- Outros bens econômicos se relacionam a utilização de grafita como lubrificantes dada a quantidade
de impurezas, ouro em zonas de cisalhamento, incluindo depósitos de aluvião no Rio Pequeri, areia e
brita;
- O plúton Jacuí não apresenta qualquer estrutura que suscite em migmatização nem ao menos
desenvolveu fenômenos de magma mixing dentro da área 11 que pudessem a confundir pela geração
de uma nova feição de composição intermediária entres dois magmas diferentes;
- Finalmente aproveita-se este texto para externar posição pessoal deste autor no sentido de reconhecer
que o Trabalho Geológico tornou um axioma o disposto na introdução deste: Treinamento em
metodologia científica; Aptidão para estudos sistemáticos e formação de profissionais com visão
científica dos problemas geológicos. O autor desconhece outra instituição cujo aluno desenvolva
monografia de final de curso em uma área do conhecimento desconhecida para ele. Normalmente se
aproveita a continuidade de um projeto de iniciação científica, estágio ou outra área que este possua
prévio conhecimento.
69
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 406, 75p. 2006
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73
Lages, G. A., 2006 Geologia da Ortofoto 42-17-11, Folha SF-23-X-A-VI-1 (Conselheiro Lafaiete, MG)
Anexos
1 – Síntese de abreviaturas utilizadas no trabalho e anexos.
2 – Descrição de Lâminas Petrográficas.
3 – Planilhas de Pontos e Estruturas da Área 11 (Ortofotocarta 42-17-11).
4 – Relação de Amostras e tipos de Análises.
5 – Difratogramas de Raios-X

CL-GI-11-129-01 Solo cor ocre

CL-HH-11-143-01 Xisto grafitoso
6 – Método de Digestão de amostras – Digestão total (Savillex)
7 – Mapa Geológico Ortofoto 42-17-11, (Conselheiro Lafaiete, MG) Escala 1:25.000.
77
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
FG
11
116 CL
FG
11
116-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1
618452 7722252
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Anfibolito
Fresco
Anfibolito
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Médio
Nematoblástica idiomorfa; granoblástica subordinada
Obs.: milonítico
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Acessórios
ACT Pl
Op Ttn
Mineral
<1 1
% estimada 70-80 15-25
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Hábito textural
Act
1a5
Prismático curto,
foliado,poiquilitico
Idiomorfos a
hipdiomorfos
Obs.: Act dentro de Pl
Pl
0,1 a 1
Hipdiomorfo a xenomorfo poiquiloblastico
Obs.: Algum tipo de exolução
Ttn
0,2 a 0,8
hipdiomorfo
Obs.:2 gerações
Ep
poiquiloblastico
Obs:
Obs.:
Obs.:
Obs.:.
Obs.:
Obs.:
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : Basaltos, piroxenitos
Paragêneses pré-metamórficas :Px-Pl
Ordem de cristalização magmática :Px-Op-Ttn-Pl
Paragêneses metamórficas :Act-Ep
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :
Processos deformacionais : recristalização dinâmica em Pl; milonitização!
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
78
Alteração
Ep
2
Propriedade ótica relevante
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
FG
11
121 CL
FG
11
121-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1
618390 7722420
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Anfibolito
Fresco
Anfibolito
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Fino a médio
Nematoblástica seriada
Obs.:
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Acessórios
ACT Pl
Op Ttn
Mineral
<1 <1
% estimada 70-90 10-15
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Alteração
Ep
2
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Hábito textural
Propriedade ótica relevante
Act
0,8 a 3,5
Prismático, seriado
2V alto, Bi-,bi=0,016, pleocr.
Ext<17, cliv 52
Idiomorfos a
hipdiomorfos
Obs.: Orientado, alguns pórfiros decussados
Pl
0,3 a 1
xenomorfo
Obs.: Alguns estão englobados no anfibólio
Ttn
xenomorfo
Obs.:Englobando opacos
Ep
Obs: intercrescidos com Pl
Intersticial
poiquiloblastico
Obs.:
Obs.:
Obs.:.
Obs.:
Obs.:
79
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : Basaltos, piroxenitos
Paragêneses pré-metamórficas :Px-Pl
Ordem de cristalização magmática :Px-Op-Ttn-Pl
Paragêneses metamórficas :Act-Ep
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :
Processos deformacionais :
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Uralitização?
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
FH
11
01
CL
FH
11
01-02 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1
619501 7722444
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Granodiorito
Fresco
Granodiorito
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Médio
Granular xenomorfo inequigranular
Obs.:
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Acessórios
Qtz
Pl
Mc
Bt
Aln Ttn Zrn Op
Mineral
45-55 10-15 5
<1 2-3 <1 <1
% estimada 25
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Qtz
1-3
xenomorfo
Obs.:
Aln
0,4-1
Hip a idiomorfo
Obs.:
Mic
1-2
Hpidiomorfico a xeno
Obs.: Tem Pl dentro
Pl
2-5
Hip a idiomorfo
Obs.:borda albítica, Bt dentro;Sericita
Bt
0,5-2,5
Hip a idiomorfo
Alteração
Ap
<1
Ep
1-2
Hábito textural
Propriedade ótica relevante
interlobado
Extinção ondulante
triclinizado
Saussuritizado, zonado
Prismas
80
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Obs.: idiomorfa dentro Pl/ muito Zrn e Ap
Ttn
0,2 a 0,6
Euedrica
Obs.:Coronas em alguns opacos
Ep
0,2 a 0,4
Hip a xeno
Obs.: corona e substituindo Bt
Op
0,2 a 1
Anedricos
Obs.:
Obs.:
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : Granodiorito
Paragêneses pré-metamórficas : Bt-Ttn-Pl-Mic-Qtz-Ep-Op
Ordem de cristalização magmática : Bt-Ttn-Pl-Mic-Qtz-Ep-Op
Paragêneses metamórficas :Pl
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Ep
Processos deformacionais :
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
FH
11
103 CL
FH
11
103-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 622870
7722319
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Tonalito
Fresco
Bt-Tonalito
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Médio
Granular hipdiomorfico, poiquilitico, recristalizado
Obs.:
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Acessórios
Qtz
Pl
Mic
Bt
Ttn Zrn Op Aln
Mineral
50
5
10
1-3 <1 <1 <1
% estimada 35
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Hábito textural
Ep
<1
Alteração
Czo
<1
Propriedade ótica relevante
Qtz
0,2 a 2
Xenomorfo
Interlobado, recristalizado Extinção ondulante, subgrãos
Obs.: Bt idiomorfa dentro do Qtz, contatos serrilhados as vezes
Aln
0,4
idiomorfa
Corona
81
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Obs.: simplictita formada por clinozoisita
Mic
0,2-1
xenomorfo
sericitizacao
Obs.:paletas orientadas sericita, sem pertita
Pl
0,2-2
xenomorfo
poiquilitico
Obs.:saussiritização intensa, núcleo cálcico
Bt
0,3-2
Hip a idiomorfo
Prismático
Obs.:2 gerações , uma englobada por Pl; Ttn idiomorfo em contato
Czo
0,1-0,4
Hip a idiomorfo
Orientado e radial
Obs.:
Ep
0,4
idiomorfo
prismatico
Obs.: pseudomorfo em Bt
Op
0,2 a 1
Anedricos
Obs.:
Zrn
0,1-0,3
Idiomorfo
Forma de gota
Obs.:
Ttn
0,3-1,5
Hip a idiomorfo
Prisma curto
Obs.:
4. Interpretações
Macla Tartan
Azul berlim
Halos pleocroicos
Possíveis protólitos pré-metamórficos : Tonalito; Bt-Tonalito
Paragêneses pré-metamórficas :Qtz-Pl-Bt-Ttn-Zrn
Ordem de cristalização magmática :Zrn-Bt-Ttn-Qtz-Mic-Or-Pl
Paragêneses metamórficas :Pl poiquilitico
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Ep
Processos deformacionais : recristalização dinâmica.
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
FH
11
103 CL
FH
11
103-02 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 622870
7722319
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Dique aplitico
Fresco
Granodiorito aplitico
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Médio
Granular xenomorfico
Obs.:
2. Constituição Mineralógica
Qtz
Mineral
% estimada 40
Obs.:
Pl
45
Minerais essenciais
Mic
Bt
15
7
Ttn
<1
82
Acessórios
Zrn Op Aln
<1 <1 <1
Ep
<1
Alteração
Czo
<1
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Hábito textural
Qtz
0,2 -0,4
Xenomorfo
Interlobado
Obs.:
Aln
0,2-0,4
idiomorfa
Corona
Obs.: coroa Ep
Mic
0,2-0,6
xenomorfo
sericitizacao
Obs.:paletas orientadas sericita, sem pertita
Pl
0,2-0,4
xenomorfo
poiquiloblastico
Obs.:
Bt
0,3-0,5
Hip a idiomorfo
Prismático
Obs.:2 gerações , uma englobada por Pl; Ttn idiomorfo em contato
Czo
0,1-0,4
Hip a idiomorfo
Orientado e radial
Obs.:
Ep
0,4
idiomorfo
prismatico
Obs.: pseudomorfo em Bt
Op
0,2 a 0,3
Anedricos
Obs.:
Zrn
0,1-0,3
Idiomorfo
Forma gota
Obs.:
Ttn
0,3-0,7
Hip a idiomorfo
Prisma curto
Obs.:
4. Interpretações
Propriedade ótica relevante
Extinção ondulante, subgrãos
Macla Tartan
Azul berlim
Halos pleocroicos
Possíveis protólitos pré-metamórficos : granodiorito aplitico
Paragêneses pré-metamórficas :Qtz-Pl-Mic-Bt-Ttn-Zrn
Ordem de cristalização magmática :Zrn-Bt-Ttn-Qtz-Mic-Or-Pl
Paragêneses metamórficas :Pl poiquilitico+Ep
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Ep
Processos deformacionais :
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
FJ
11
110 CL
FJ
11
110-02 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 623924 7723561
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Tonalito foliado
Fresco
Bt-Tonalito
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos
Médio a grosso
Principais texturas e microestruturas
Holocristalina, Inequigranular xenomorfa orientada
83
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Obs.:Protomilonítico?
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Acessórios
Qtz
Pl
Mic
Bt
Ttn Zrn Op
Mineral
55
5
10
1
<1 <1
% estimada 30
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Qtz
0,5 a 2
Xenomorfo
Obs.: Bt dentro do Qtz
Obs.:
Mic
2-3
Hipdiomorfico a
xenomorfo
Obs.:Triclinização
Pl
2-6
Hip a xenomorfo
Obs.:Bt dentro Pl, poiquiliticos, saussiritização
Bt
0,5-3
Hip a idiomorfo
Obs.:Bt dentro de Pl
Or
0,5-3
hipdiomorfo
Obs.:
Ep
0,1-0,5
Hip a xenomorfo
Obs.: Clinozoisita decussado
Op
0,2 a 1
Anedricos
Obs.:
Zrn
0,1-0,4
Idiomorfo
Obs.:
Hábito textural
Alteração
Ep
<1
Propriedade ótica relevante
Interlobado, recristalizado Extinção ondulante, subgrãos
Agregados
Macla Tartan
Zonado,porfiroblastos
Maclas albita e carlsbard
Prismático, glomerofilica
sericitizacao
Carlsbard
Poiquiloblastico em Pl
Halos pleocroicos
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : Tonalito; Bt-Tonalito
Paragêneses pré-metamórficas :Qtz-Pl-Bt-Ttn-Zrn
Ordem de cristalização magmática :Zrn-Bt-Ttn-Qtz-Mic-Or-Pl
Paragêneses metamórficas :Or-Pl poiquilitico
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Ep
Processos deformacionais : recristalização dinâmica.
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Maclas e núcleo cálcico.
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
84
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
HH 11
149 CL
HH 11
149-04 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1
619264 7719070
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Qtz-Bt-Xisto
Fresco
Gondito
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Fino
Lepidogranoblástica
Obs.:
2. Constituição Mineralógica
Qtz
Mineral
% estimada 30-40
Minerais essenciais
Bt
Grt
40-45 10
Op
1015
Acessórios
Ttn
1
Alteração
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Hábito textural
Propriedade ótica relevante
Qtz
0,1 a 0,4
xenomorfo
Serrilhado a interlobado
Extinção ondulante
Obs.: Poeira de opacos nos intertiscios
Bt
0,4-0,8
Sub i idiomorfo
lepidoblástica
Obs.: 2 gerações (cores de interferencia e forma)
Grt
1-2,5
xenomorfa
Porfiroblástica
Obs.: poucas inclusoes, concentradas nas charneiras de dobras, sintectonica
Ttn
0,1 a 0,5
Idiomorfo
Obs.:
Op
0,1-1
Anedrico
Obs.:Poeira de opacos; presente na foliação
Ep
Obs.:
Obs.:
Obs.:
Obs.:
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : margas argilosos; sedimentos quimicos
Paragêneses pré-metamórficas : Qtz- Mn
Ordem de cristalização magmática :
Paragêneses metamórficas : Grt-Qtz-Bt
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :
Processos deformacionais : dobramentos isoclinais verticais
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Formacao Clivagem
Crenulação
Sintectonica!!! Granadas
Escala
85
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
HH 11
149 CL
HH 11
149-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619264
7719070
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Tonalito foliado
Fresco
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Fino a médio
Holocristalina, Inequigranular, interlobado
Obs.:Plagioclásios zonado, intensa saussuritização, sericitização
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Acessórios
Qtz
Pl
Mc
Bt
Hbl
Aln Ttn Zrn Op
Mineral
41
5
8
10
1
3
<1 <1
% estimada 30
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Hábito textural
Alteração
Zo
2
Propriedade ótica relevante
Qtz
0,2 a 0,6
anédricos
interlobado
Extinção ondulante, subgrãos
Obs.:
Hbl
0,4 a 1
Euédricos a subedricos
Prismático
Obs.: Hbl constituí a moda. Hbl+Amp=1
Mic
0,6 a 1,2
idiomorfico
Zonado, porfiroblasto
Macla Tartan
Obs.:
Pl
0,8 a 4
Subedrico a anedrico
Zonado,poiquilitico
Baixo ângulo maclas
Obs.:poiquilitico mas apresenta direção preferencial dos Zo; sericitização; determinado Oligoclásio
Bt
0,2 a 0,8
Anedrico a subedrico
Acicular
Obs.:2 geracoes distintas: euédrica igneas e anedricas englobando grãos.
Ttn
0,2 a 0,6
Euedrica
Obs.:Coronas em alguns opacos
Zoi
0,1 a 0,4
Euedricas a subedricas
Decussadas
Obs.: núcleo cálcico dos Pl. Ocorre clinozoizitas tambem.
Op
0,2 a 1
Anedricos
Obs.:
Obs.:
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : Tonalito
Paragêneses pré-metamórficas :
Ordem de cristalização magmática :
Paragêneses metamórficas :
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :
Processos deformacionais :
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Oligoclásio.
86
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
HH 11
143 CL
HH 11
143-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619249
7719930
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Qtz-milonito
Médio
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Fino a médio
Granoblástico xenomorfo, seriado
Obs.:
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Qtz
Op
Mineral
<1
% estimada 99
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Acessórios
Alteração
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Hábito textural
Propriedade ótica relevante
Qtz
Obs.:
Op
Obs.:
0,1 a 0,5
xenomorficos
serrilhado
Ext. ondulante, novos grãos
0,1 a 0,6
xenomorficos
Amebóides
Obs.:
Obs.:
Obs.:.
Obs.:
Obs.:
Obs.:
Obs.:
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : Chert
Paragêneses pré-metamórficas :
Ordem de cristalização magmática :
87
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Paragêneses metamórficas :
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :
Processos deformacionais : recristalização dinâmica;regime rúptil
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Orientação eixo C do Qtz.
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
HH 11
34
CL
HH 11
34-04 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619927 7719973
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Granodiorito
fresca
Hbl-Bt-Tonalito
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Fino a médio
Granular não foliado, glomerofílica
Obs.:
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Acessórios
Qtz
Pl
Mic
Bt
Hbl
Ttn Zrn Op Ap
Mineral
55
3
12
2
1
<1 <1 <1
% estimada 25
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Qtz
0,5 a 3
Obs.:
Hbl
0,2-0,8
Obs.: vários grãos
Mic
0,-3
Xenomorfo
Alteração
Aln Ep
<1 3
Hábito textural
Propriedade ótica relevante
Interlobado
Extinção ondulante
Tons de verde
Hipdiomorfico a
xenomorfo
Obs.:
Pl
2-6
Hip a xenomorfo
Obs.: Porfiro!!!!!!Zonado,
Bt
0,5-1
Hip a idiomorfo
Obs.:Halos pleocróicos, orientada
Aln
0,2-0,8
idiomorfo
Obs.: as vezes com corona de epidoto
Ep
0,1-0,5
Hip a idiomorfos
Obs.: Clinozoizita
Op
0,2 a 1
Anedricos
Obs.:
Zrn
0,1-0,2
Idiomorfo
Sericitizado
Macla Tartan
Saussiritizado, sericita
Prismas curtos
No centro de Pl
Halos pleocroicos
88
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Obs.:
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : tonalito
Paragêneses pré-metamórficas :Qtz-Pl-Bt-Ttn-Zrn-Mic+HbL
Ordem de cristalização magmática :Zrn-Hbl-Bt-Ttn-Qtz-Mic-Pl
Paragêneses metamórficas :Pl poiquilitico+Hbl/Act
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Ep
Processos deformacionais :
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Pl. porfiro pode ser textura
ignea?
?
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
HH 11
34
CL
HH 11
34-03 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619927 7719973
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
anfibolito
Fresco
Meta Dolerito
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
medio
S-C milonito nematoblastico hidrotermalizado
Obs.: milonito
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Act
Pl
??
Mineral
25
25
% estimada 50
Obs.: Pl diminuto dificultando identificação de Qtz.
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Act
0,2-1
Obs.:
Pl
0,8-1
Obs.:
???
0,2 a 0,3
Obs.:Matriz preta
Hábito textural
xenomorfo
fibroso
idiomorof
triangular
xenomorfo
Obs:
89
Acessórios
Alteração
Propriedade ótica relevante
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Obs.:
Obs.:
Obs.:.
Obs.:
Obs.:
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : milonito do anfibolito ou dolerito
Paragêneses pré-metamórficas :
Ordem de cristalização magmática :
Paragêneses metamórficas :Act
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :
Processos deformacionais : Zc ductil
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
HH 11
34
CL
HH 11
34-02 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619927 7719973
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Gabro
Fresco
Meta Dolerito
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
medio
Maciço hidrotermalizado pseudomorfo
Obs.: Preserva esqueleto igneo
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Cpx
Pl
QtZ
Op
Mineral
45
40
<1
2
% estimada
Obs.: Pl diminuto dificultando identificação de Qtz.
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Hábito textural
90
Acessórios
Alteração
Ep
10
Propriedade ótica relevante
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Cpx?
1a4
Idiomorfos a
Prismas , esqueletal
hipdiomorfos
Obs.: pseudomorfo substituido por agregados fibrosos de actnolita
Pl
0,8-3
idiomorof
triangular
Obs.: epidotizada, preserva forma ripiforme
Ttn
0,2 a 0,8
Hipdiomorfo
Obs.:2 gerações
Ep
0,1 a 0,5
Hipdiomorfo a xenomorfo
Obs: Substituindo Amp;
qtz
0,2 a 0,8
xenomorfo
Obs.:globular
Obs.:
Obs.:.
Obs.:
Obs.:
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : gabro?, clinopiroxenito, peridotito, dique
Paragêneses pré-metamórficas :cPx-Pl
Ordem de cristalização magmática :Px- -Op-Ttn-Pl
Paragêneses metamórficas :Act-Ep-Chl
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :Ep-Chl
Processos deformacionais :
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
HH 11
34
CL
HH 11
34-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 619927 7719973
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Anfibolito
Fresco
Bt-Act-Pl Xisto
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Fina
granonematoblástica foliada
Obs.: Proto-milonito?
91
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Acessórios
ACT
Pl
Bt
Qtz
Op Ttn Zrn Ap
Mineral
<1 1-3 <1 <1
% estimada 30-35 40-50 10-15 ?
Obs.: Pl diminuto dificultando identificação de Qtz.
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Aln Ep
<1 2
Alteração
Chl
<1
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Hábito textural
Propriedade ótica relevante
Act
1a4
Prismas longos
maclado
Idiomorfos a
hipdiomorfos
Obs.:
Pl
0,2 a 0,8
Xenomorfo
Interlobado, serrilhado
Obs.: Límpidos; difícil separação se há Qtz entre eles.
Ttn
0,2 a 0,8
Hipdiomorfo
Obs.:2 gerações
Ep
0,1 a 0,5
Hipdiomorfo a xenomorfo
Obs: Substituindo Amp; Prenchendo Fraturas.
Chl
0,2 a 0,8
Hipdiomorfo
Esqueletiforme em Bt
Obs.:Substituindo Bt
Bt
1-3
Hipdiomorfo
Prismatico
Obs.:contato com Amp
Ap
Obs.:.
Obs.:
Obs.:
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : Basaltos
Paragêneses pré-metamórficas :Px-Pl
Ordem de cristalização magmática :Px-Bt-Op-Ttn-Pl
Paragêneses metamórficas :Act-Ep-Chl
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :Ep-Chl
Processos deformacionais : recristalização dinâmica em Pl; milonitização!
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Contato com unidade.
granodiorítica bem definido
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
92
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
CL
HH
11
150
CL
HH
11
1505A
CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1
619264 7719070
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Queluzito
Fresco
Queluzito
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Fino
Milonitico , bandado, serrilhado
Obs.:
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Cb
Op
Pl
Ind
Mineral
10
% estimada 50-60 25-35 05
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Cb
0,1 a 0,5
Hip a idioblastico
Obs.: Poiquiloblastico
Op
0,1-0,5
xenomorfo
Obs.: poeira de opacos, ameboides
Pl
0,1-0,5
Idiomorfo
Obs.: substituido por opacos
Ttn
0,1 a 0,5
Idiomorfo
Obs.:
ind
0,1-0,6
Hip a xenomorfo
Obs.:inclusoes Cb
Ep
Obs.:
Acessórios
Alteração
Hábito textural
Propriedade ótica relevante
bandado
Relevo, cor
bandado
Esqueletiforme
Cor alta interferencia, incolores
Obs.:
Obs.:
Obs.:
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : margas argilosos; protominerio carbonatado
Paragêneses pré-metamórficas :
Ordem de cristalização magmática :
Paragêneses metamórficas : Tfr-Rod-Ron
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :
Processos deformacionais :
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Escala
93
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1
CL
HH 11
150 CL
HH 11
1504H
619264 7719070
Grau
intemperismo
Classif. macroscópica
Classificação petrográfica ao microscópio
Hornfelsito
Fresco
Bt-Qtz-Hornfels
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Fino
Holocristalina, Equigranular,Granular hipidiomorfico , orientada
Obs.:
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Acessórios
Qtz
Bt
Pl
Hbl?
Op Ttn
Mineral
25
2
1
5
% estimada 67
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Hábito textural
Alteração
Czo
<1
Propriedade ótica relevante
Qtz
0,2 a 0,4
subedricos
Extinção ondulante
Obs.:
Bt
0,2 a 0,4
euedrico
Prismático, orientada
Obs.:
Pl
0,2 a 0,4
subedrico
Obs.:
Ttn
0,1 a 0,5
Euedrico a subedrico
Obs.:
Op
Anedrico
Obs.:com corona de Ttn; Por vezes com textura dendritica (Percolação).
Ep
Obs.:
Obs.:
Obs.:
Obs.:
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : tonalito
Paragêneses pré-metamórficas :
Ordem de cristalização magmática :
Paragêneses metamórficas :Hbl?-Ab-Ep
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :Hbl-Ab-Ep
Processos deformacionais :anquimetamorfismo a Hbl-hornfels (Metamorfismo contato)
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Baixa P
94
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
HH 11
150 CL
HH 11
150-2A CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1
619264 7719070
Grau intemperismo
Classif. macroscópica
Classificação petrográfica ao microscópio
Qtz-Bt-granada-Xisto
Fresco
Esperssatita-Gondito
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Fino a médio
Lepidogranoblástica;porfiroblástica; poiquilitico
Obs.:
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Qtz
Bt
Grt
Amp
Op
Mineral
30-35 30-35 <1
3
% estimada 30
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Acessórios
Hábito textural
Propriedade ótica relevante
Qtz
0,2 a 0,2
xenomorfo
interlobado
Novos grãos
Obs.:
Bt
0,4-1,5
Sub i idiomorfo
Prismática
Obs.: encurva nas granadas
Grt
1,5-4
xenoblástica
porfiroblástica,poiquiloblastica
Obs.: sombras de pressão; rotação do porfiroblasto, sin e pré?
Ttn
0,1 a 0,5
Idiomorfo
Obs.:
Op
0,1-0,2
Xenomorfos
Obs.:dispersos e pequenos
Chl
0,5-2
Idiomorfas a hip
Esferulitica e decussadas
Obs.: radiais; sobrecrescimento em Bt
Amp
Obs.: indistinto uni+==bi+ 2v alto ??? pleocroismo amarelo palido a castanho claro.
Obs.:
Obs.:
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : margas argilosos; sedimentos quimicos
Paragêneses pré-metamórficas : Qtz- Mn
Ordem de cristalização magmática :
Paragêneses metamórficas : Grt-Qtz-Bt
95
Alteração
Chl
2
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :
Processos deformacionais : dobramentos isoclinais verticais
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
GG 11
142 CL
GG 11
142-02 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 617780 7720970
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Microgranito
Fresco
MicroDiorito
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Fina
granular equigranular decussada
Obs.:
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Acessórios
Hbl
Pl
Bt
Mic
Op Ttn Ap Aln
Mineral
<1 1-2 <1 <1
% estimada 40-60 30-35 10-15 <1
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Ep
2
Alteração
Chl
<1
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Hábito textural
Propriedade ótica relevante
Hbl
0,2-0,8
Seções losangulares
Maclada
Idiomorfos a
hipdiomorfos
Obs.: Hbl dentro de Pl
Pl
0,2-0,8
xenomorfo
Obs.: engloba Pl e Bt
Ttn
0,2 a 0,4
Hipdiomorfo a idiomorfo
Obs.:2
Ep
0,1-0,4
Hip a xenomorfo
Obs: clinozoisita; corona em Aln
Chl
Obs.: Substituindo Bt
Bt
0,2-1,5
Hip a idiomorfo
Obs.:
Aln
0,2-0,3
hipdiomorfo
Obs.:.corona ep. Contato Hbl
Queleftica
Prisma alongado
Corona
Obs.:
96
Maclada
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Obs.:
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos :
Paragêneses pré-metamórficas :
Ordem de cristalização magmática :
Paragêneses metamórficas :
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo :
Processos deformacionais :
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Enclave microgranular
mafico;
Presente em Bt-tonalito;
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
GG 11
125 CL
GG 11
125-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 617405
7721254
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Granodiorito
Fresco
Bt-Tonalito
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Médio
Granular xenomorfico chegando a seriado Foliado
Obs.: Bt exibe orientação
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Acessórios
Qtz
Pl
Mic
Bt
Ttn Zrn Op Aln
Mineral
5-10
1-2 <1 <1 <1
% estimada 30-40 45-55 2-5
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Hábito textural
Qtz
1-3
Xenomorfo
Interlobado
Obs.: límpido sem alterações
Aln
Obs.: com Ep
Mic
0,5-2
Xeno a hipidiomorfo
Obs.:
Pl
3-6
Hip a xenomorfo
Saussuritizado
Obs.: núcleo cálcico; poiquilitico
Bt
2-4
Idi a xeno
Orientada
Obs.:2 gerações pela forma e cor de interferência
97
Ep
1-2
Alteração
Czo
<1
Propriedade ótica relevante
Extinção ondulante, subgrãos
Macla Tartan
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Obs.:
Ep
0,2-1
Hipdiomorfo a xeno
Prismatico e corona
Obs.: clinozoisita tambem, faces cristalinas com Bt
Op
0,2 a 1
Anedricos
Obs.:
Zrn
0,1-0,3
Idiomorfo
Forma gota
Obs.:
Ttn
0,5-2
Hip a idiomorfo
Prisma curto
Obs.: muito bem formado
4. Interpretações
Azul berlim
Halos pleocroicos
Possíveis protólitos pré-metamórficos : Tonalito; Bt-Tonalito
Paragêneses pré-metamórficas :Qtz-Pl-Bt-Ttn-Zrn
Ordem de cristalização magmática :Zrn-Bt-Ttn-Qtz-Mic-Or-Pl
Paragêneses metamórficas :Pl poiquilitico
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Ep
Processos deformacionais : recristalização dinâmica.
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Escala
UFOP – EM – Departamento de Geologia – Disciplina Trabalho
Geológico – Ano 2006
Projeto Conselheiro Lafaiete – Coordenador : Prof. Luís A. R. Seixas – Aluno(a) : Geysson
Lages
Ficha de descrição petrográfica de amostra com lâmina delgada
Sigla Afloramento
Sigla da Amostra
Folha 1:50.000
UTM-N
UTM-E
CL
HI
11
152 CL
HI
11
152-01 CONS.LAFAIET SF-23-X-A-VI-1 621588 7720398
Classif. macroscópica Grau intemperismo
Classificação petrográfica ao microscópio
Granodiorito
fresca
Bt-Tonalito
1. Aspectos texturais gerais da rocha
Tamanho dos grãos Principais texturas e microestruturas
Fino a médio
Granular, não foliado, glomerofílica
Obs.:leucocrático
2. Constituição Mineralógica
Minerais essenciais
Acessórios
Qtz
Pl
Mic
Bt
Ttn Zrn Op Ap
Mineral
50
5
8
1-3 <1 <1 <1
% estimada 35
Obs.:
3. Propriedades óticas e texturais dos principais minerais da rocha
Alteração
Aln Ep
<1 3
Mineral
Tamanho dos Forma dos grãos
grãos (mm)
Hábito textural
Propriedade ótica relevante
Qtz
Obs.:
0,5 a 3
Interlobado
Extinção ondulante
Xenomorfo
Obs.:
98
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
Mic
0,-3
Hipdiomorfico a
xenomorfo
Sericitizado, pertita,
Obs.:
Pl
2-6
Hip a xenomorfo
Saussiritizado, sericita
Obs.: maclas carlsbard e polissintetica bem preservadas
Bt
0,5-1
Hip a idiomorfo
Prismático
Obs.:Halos pleocróicos, textura glomerolifica; decussadas
Aln
0,2-0,8
idiomorfo
Prismas curtos
Obs.: as vezes com corona de epidoto
Ep
0,1-0,5
Hip a idiomorfos
No centro de Pl
Obs.:
Op
0,2 a 1
Anedricos
Obs.:
Zrn
0,1-0,2
Idiomorfo
Obs.:
Obs.:
4. Interpretações
Possíveis protólitos pré-metamórficos : Bt-Granodiorito
Paragêneses pré-metamórficas :Qtz-Pl-Bt-Ttn-Zrn-Mic
Ordem de cristalização magmática :Zrn-Bt-Ttn-Qtz-Mic-Pl
Paragêneses metamórficas :Pl poiquilitico
Paragêneses de alteração/retrometamorfismo : Ep+Chl
Processos deformacionais :
6. Desenho ou fotos
5. Outras observações
Escala
99
Macla Tartan
Cor interferencia verde
Halos pleocroicos
Lages, G. A., 2006 Geologia da Ortofoto 42-17-11, Folha SF-23-X-A-VI-1 (Conselheiro Lafaiete, MG)
PROJETO CONSELHEIRO LAFAIETE - TG 2006
PONTO
UTM
E
N
LITO
TABELA DE PONTOS E ESTRUTURAS DESCRITAS NA ORTOFOTO 42-17-11
AFL
AMOSTRAS
LOC TIPO
S0
Sn
F
Lmin
Sm
CL-GH-11-06
618546
7720656 ANF
E
Sap
CL-GH-11-07
CL-GH-11-08
CL-GH-11-09
CL-GH-11-10
CL-HH-11-11
CL-HH-11-12
618582
618753
618914
619054
619210
619211
7720535
7720333
7720137
7720024
7719929
7719892
ANF
ANF
X
X
ANF
MIN
E
E
E
E
E
Em
Col
Col
Sap
Sap
Rf
Rf
CL-HH-11-13
CL-HH-11-14
CL-HH-11-15
CL-HH-11-16
CL-HH-11-17
CL-HH-11-18
CL-HH-11-19
CL-HH-11-20
CL-HH-11-21
CL-HG-11-22
CL-HG-11-23
CL-HG-11-24
CL-HG-11-25
CL-HG-11-26
CL-GH-11-27
CL-GH-11-28
618825
619139
619631
619927
619120
619073
618841
618364
618213
617960
617510
617253
617334
617827
618259
618614
7719481
7719119
7719829
7719973
7719015
7719987
7719778
7719622
7719158
7718966
7718931
7719430
7719677
7719847
7720253
7720539
VEIO
X
ANF
GRA
MIN
ANF/MIN
ANF
SOLO V
SOLO V
SOLO G
SOLO G
SOLO G
SOLO G
SOLO V
SOLO V
ANF
E
Gab
E
E
Gab
Ef
Ef
T
T
T
Tm
Tm
Tm
Em
T
Em
Rf
Sap
Lm
Lm
Rf
Sap
Sap
S
S
S
S
S
S
Col
Col
Col
CL-GH-11-29
CL-GH-11-30
CL-GI-11-31
CL-GI-11-32
CL-GI-11-33
CL-HH-11-34
618391
618408
620244
620061
620009
619927
7720832
7720821
7721529
7720803
7720495
7719973
CL-FG-11-35
617169
CL-FG-11-36
617617
GRA
ANF/GRA
X
ANF
ANF/GRA
ANF
Em
Lm
Em
Em
E
Lr
Sap
Sap
Sap
Rf
Sap
Rf
7723836 U
R
Sap
7723999 ANF
R
Sap
ESTRUTURA
Le
Sn+1
180 75
J
Lb
Li
Lc
Lea
60 20
32 90
CL-GH-11-08-01
CL-GH-11-09-01
140 70
CL-HH-11-12-01
235
50
272 88 F trans, dobra isoclinal
110 70
150 64
30 75 350 60
135 70
CL-HH-11-17-01
CL-HH-11-19-01
125 85
155 80
85 87
CL-HG-11-25-01
125
110
120
145
60
55
50
50
200 10
170 14
290 30
320 60
220 30
CL-GI-11-32-01
165 80
CL-HH-11-34-01
CL-HH-11-34-02
CL-HH-11-34-03
CL-HH-11-34-04
335 85
0
75
350
0
25
80
70
40
77
0 10
22 20 10 25
30 24
355
5
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
CL-FG-11-37
617609
7722136 GRA
Lm
Rf
CL-FG-11-38
CL-FG-11-39
617680
617594
7722224 ANF
7722540 ANF/X
Em
Ef
Rf
Sap
CL-EH-11-40
CL-FJ-11-41
618032
623331
7724437
7722899 ANF/X
R
Ef
Sap
Sap
CL-FJ-11-42
623242
7722760 ANF/X
R
Sap
CL-EJ-11-43
624147
7723605 ANF/GRA
Lm
Rf
CL-GJ-11-44
CL-GJ-11-45
CL-GJ-11-46
CL-HJ-11-47
CL-HJ-11-48
CL-HJ-11-49
CL-HJ-11-50
CL-HJ-11-51
623680
623701
623423
623257
623158
622889
623051
623053
7720296
7720158
7720006
7719900
7719760
7719215
7719864
7720000
GRA
GRA/X
X
X
X/MIN
GRA
X/MIN
X
Em
E
E
E
Ef
Ef
Ef
T
Sap
Sap
Sap
Sap
Sap
Lm
Sap
Sap
CL-HJ-11-52
CL-HJ-11-53
CL-HJ-11-54
CL-HI-11-55
CL-HI-11-56
CL-HI-11-57
CL-HI-11-58
CL-HI-11-59
CL-HI-11-60
CL-HI-11-61
CL-GI-11-62
CL-GI-11-63
CL-FI-11-64
CL-FI-11-65
622984
622467
622049
621934
621866
621688
621568
620969
620854
620357
620252
620197
620169
620004
7719993
7719743
7720270
7720216
7720195
7720258
7720228
7720530
7720436
7719992
7721283
7721585
7722922
7722877
ANF/X
ANF/X
X
ANF/GRA
X
GRA
X
GRA
SOLO
SOLO
CHE
X
C
X/C
E
E
E
E
Em
E
E
E
E
E
Em
Em
Ef
Lm
Sap
Sap
Sap
Rf
Sap
Sap
Sap
S
S
S
Rf
Sap
S
Rf
Direcao
40 60 dique
Direcao
40 50 dique
Direcao
240 50 dique
Direcao
280 60 dique
CL-FG-11-38-01
125
135
120
210
225
220
340
40
230
290
CL-EJ-11-42-01
335
195
60
60
45
55
35
30
70 flancos
85 flancos
50
90
190
345
350
75 310
75
75
70
65
70 180
200
180
190
180
170
320
320
70
70
60
60
50
80
80
80
340 90
CL-HI-11-55-01
180 50
185 80
345 65
165
65
CL-FH-11-66
619989
7722869
CHE
Ef
Rf
215
155 80
160 75
80 220 75
CL-FH-11-67
619911
7722865
CHE
Ef
Rf
170
50
CL-FH-11-68
619876
7722869
CHE
Ef
Rf
90 15
110 25
78
290
270
270
220
280
75
70
65
50
50
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
CL-FH-11-69
619850
7722857
X/C
Ef
Rf
CL-FH-11-70
CL-FH-11-71
CL-FH-11-72
continua 72
619830
619869
619501
7722717
7722607
7722444
GRA
GRA/X
GRA
GRA/X
EF
Ef
Pab
Rf
Rf
Rf
CL-FI-11-73
CL-FI-11-74
CL-FI-11-75
CL-FI-11-76
620290
620989
620186
620383
7723195
7723489
7723280
7722835
X
X
X/MIN
X/MIN
Lm
Ef
Lm
E
Sap
Sap
Sap
Sap
CL-FI-11-77
CL-FI-11-78
CL-GI-11-79
CL-FI-11-80
CL-FI-11-81
620463
620496
620442
621716
621753
7722501
7722010
7721943
7723072
7723133
ANF/X
X
X
X
X/MIL
Ef
Ef
Ef
Ef
Ef
S
S
S
Sap
Sap
CL-FI-11-82
CL-FI-11-83
621785
621698
7723049
7723005
ANF
X
Lm
Em
Rf
Sap
CL-FI-11-84
CL-FI-11-85
621389
621754
7722649
7722936
SOLO
ANF/X
Ef
Em
S
Rf
CL-FI-11-86
CL-FI-11-87
CL-HJ-11-88
621745
621661
622276
7722759
7723662
7718875
GRA
GRA/X
GRA
Em
Ef
Ef
Col
Sap
Sap
CL-HI-11-89
CL-HI-11-90
CL-HH-11-91
CL-GJ-11-92
620612
620459
619211
623857
7718906
7719951
7719892
7721372
ANF
GRA
MIL
GRA
Lm
Ef
Em
T
Rf
Sap
Rf
Rf
105
25 110 25
CL-FH-11-70-01
85
105
180
70
110
170
230
210
CL-FI-11-81-01
CL-FI-11-81-02
CL-FI-11-81-03
CL-FI-11-82-01
55
75
80
60
50
60
50
60
165
175
65
80
190
10
75 200 80
80 200 80
200 70
200 40 120 10
270 85 265 80
110 72
0
30
25
356
0
220 75
200 76 300 25
280 25
70
70
70
76
62
120 70
110 60
340 70
CL-HJ-11-88-01
50 75
310 45
305 60
60 70
145 45
CL-GJ-11-92-01
140 75
50 80
125 60
150 80
CL-GJ-11-93
CL-GJ-11-94
CL-GJ-11-95
CL-GJ-11-96
623364
623036
622822
623213
7721349
7721125
7721050
7721330
SOLO
SOLO
SOLO
X
T
T
T
Em
S
S
S
Sap
10
10
40
50
45
45
40
30
50
60
25 30
15 50
15 50
79
35
55
45
45
75
80
80
80
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
CL-GJ-11-97
623261
7721415
X
T
Sap
195 65
195 75
CL-GJ-11-98
CL-GJ-11-99
CL-GJ-11-100
CL-FJ-11-101
CL-FJ-11-102
CL-FH-11-103
623241
622848
622602
622599
622789
622870
7721353
7721739
7721677
7722094
7722340
7722319
GRA
SOLO G
GRA
SOLO
GRA
GRA
T
T
T
Ef
Ef
Pab
Sap
S
Rf
S
Sap
Rf
CL-FH-11-104
CL-FH-11-105
CL-FJ-11-106
CL-FJ-11-107
CL-FJ-11-108
CL-FJ-11-109
CL-FJ-11-110
CL-GJ-11-111
CL-FG-11-112
622920
622870
623033
623108
622987
623349
623924
624275
617603
7722172
7722456
7722635
7722657
7722852
7723257
7723561
7723492
7722548
GRA
SOLO
SOLO
CHE
SOLO G
SOLO
GRA
GRA/X
GRA
Lm
Ef
Ef
Ef
C
C
C
R
Ef
Rf
S
S
Rf
S
S
Rf
Sap
Sap
CL-FG-11-112-01
CL-FG-11-113
617632
7722332
ANF
E
Rf
CL-FG-11-113-01
CL-FG-11-114
617589
7722106
GRA
E
Rf
CL-FG-11-114-01
CL-FG-11-114-02
CL-FH-11-115
CL-FH-11-116
618224
618452
7722291
7722252
SOLO
ANF
Ef
Ef
S
Col
CL-FH-11-117
CL-FH-11-118
CL-FH-11-119
CL-FH-11-120
CL-FH-11-121
CL-FG-11-122
618337
618455
618342
618268
618390
617949
7722425
7722557
7722743
7722873
7722420
7722121
GRA
GRA
GRA
GRA
ANF
MIN
Ef
Ef
Ef
Ef
Em
Gab
Sap
Rf
Sap
Sap
Rf
Rf
CL-GG-11-123
CL-GG-11-124
CL-GG-11-125
CL-GG-11-126
617620
617610
617405
617449
7721904
7721610
7721254
7720964
ANF
ANF/GRA
GRA
GRA
Ef
Ef
Ef
C
Rf
Sap
Rf
Rf
CL-GG-11-127
CL-FI-11-128
CL-GI-11-129
CL-FI-11-130
CL-FI-11-131
CL-GI-11-132
CL-GI-11-133
CL-GI-11-134
CL-FI-11-135
617250
621445
621131
621603
621778
621625
621304
621189
621637
7720968
7722200
7721980
7722362
7722250
7721392
7721218
7721238
7722500
GRA
SOLO
SOLO
SOLO
SOLO
SOLO
SOLO
SOLO
SOLO
C
C
T
Ef
C
C
T
T
Ef
Rf
S
S
S
S
S
S
S
S
CL-GH-11-100-01
CL-GH-11-103-01
CL-GH-11-103-02
CL-GH-11-103-03
210
155
200
185
225
250
85
75
90
80
90
30
250 30
120
150
110
160
170
200
60
35
30
55
65
80
120 52
110 40
60 70
70 75
220
235
225
240
125 50
CL-FH-11-118-01
215 50
CL-FH-11-121-01
CL-FG-11-122-01
CL-FG-11-122-02
CL-GG-11-123-01
CL-GG-11-125-01
CL-GG-11-126-01
CL-GG-11-126-02
210
70
95 50
320 90
CL-GI-11-129-01
CL-FI-11-130-01
CL-FI-11-135-01
80
80 80
55
70
55
60
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
CL-FI-11-136
621559
7722979
ANF
Ef
Rf
CL-FI-11-137
CL-FI-11-138
CL-FI-11-139
CL-FI-11-140
CL-FI-11-141
CL-GG-11-142
621151
620941
621481
621678
621909
617780
7722758
7722239
7722967
7723072
7723584
7720970
X
SOLO
ANF
X
CAN
GRA
T
T
Ef
E
Tm
Tm
Sap
S
Sap
Rf
S
Rf
CL-HH-11-143
619249
7719930
MIL
Em
Rf
CL-HH-11-144
CL-HH-11-145
619132
618885
7719815
7719676
MIN
X
E
E
Sap
Sap
CL-HH-11-146
618978
7719570
X
Ef
Sap
CL-HH-11-147
618869
7719202
CHE
Lm
Rf
CL-HH-11-148
618950
7719171
X
Em
Sap
215 80
205 65
210 85
CL-FI-11-137-01
CL-FI-11-139-01
CL-FI-11-140-01
CL-FI-11-140-01
CL-GG-11-142-01
CL-GG-11-142-02
CL-HH-11-143-01
CL-HH-11-143-02
40 75
290
280
100
95
90
285
90
75
80
75
70
75
14 28
300 80
CL-HH-11-145-01
CL-HH-11-145-02
210
205
20
100
CL-HH-11-149
619264
7719070
MIN
Gab
Rf
VARIAS
330
300
90
245
100
35 230
35 280
330
80
60
80
10
0
0 25
35 30
90
90
85
70
70
30
35
35
80
320 90
75
70
20 65
10 50
110
0
50
35
35
20
80
65
55
65
25 85
CL-HH-11-150
619264
7719070
MIN
Gab
Rf
VARIAS
340
90
80
350
350
70
88
65
70
80
85
80
350 85
100 65
90 50 180 85
30 90
318
60 80
CL--11-151
CL-GI-11-152
621558
U
7720398 GRD
R
Em
Sap
Rf
CL-GI-11-152-01
81
100 70
0
Lages, G. A., 2006 Geologia da Ortofoto 42-17-11, Folha SF-23-X-A-VI-1 (Conselheiro Lafaiete, MG)
77
Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
78
Lages, G. A., 2006 Geologia da Ortofoto 42-17-11, Folha SF-23-X-A-VI-1 (Conselheiro Lafaiete, MG)
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Monografia do Trabalho Final de Graduação – n° 300, 98p. 2006
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