subestaoes de distribuio

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DEF-C13-555/N
FEV 2007
INSTALAÇÕES AT E MT. SUBESTAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO
Função de automatismo: “regulação de tensão”
Especificação funcional
Elaboração: INTS, ICTS, ISTS, DNT
Homologação: conforme despacho do CA de 2007-02-13
Edição: 3ª. Anula e substitui o DEF-C13-105/N de JAN 2006
Emissão: EDP Distribuição – Energia, S.A.
DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia
Av. Urbano Duarte, 100 • 3030-215 Coimbra • Tel.: 239002000 • Fax: 239002344
E-mail: [email protected]
Divulgação: EDP Distribuição – Energia, S.A.
GBCI – Gabinete de Comunicação e Imagem
Rua Camilo Castelo Branco, 43 • 1050-044 Lisboa • Tel.: 210021684 • Fax: 210021635
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ÍNDICE
0 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 3
1 OBJECTIVO................................................................................................................................................................ 3
2 NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ......................................................................................................... 3
3 PRESCRIÇÕES GERAIS.............................................................................................................................................. 4
3.1
Âmbito de actuação ......................................................................................................................................... 4
3.2
Selecção e validação dos transformadores a comandar .......................................................................... 4
3.3
Regimes de funcionamento ............................................................................................................................. 4
3.4 Sinalizações.......................................................................................................................................................... 5
3.4.1
Para cada painel de transformador .......................................................................................................... 5
3.5
Funcionamento individual / paralelo .............................................................................................................. 5
4 COORDENAÇÃO COM OUTRAS FUNÇÕES DE AUTOMATISMO........................................................................ 6
4.1
Interacção com a função “comando de baterias de condensadores” ................................................. 6
4.2
Interacção com a função “deslastre/reposição por tensão”.................................................................... 6
4.3
Interacção com a função “deslastre/reposição por frequência” ............................................................ 6
5 ALGORITMO DE CÁLCULO ..................................................................................................................................... 6
5.1
Notações utilizadas............................................................................................................................................. 6
5.2
Fórmulas................................................................................................................................................................ 7
6 CÁLCULO DO DESVIO ........................................................................................................................................... 11
7 SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES ................................................................................................................................ 11
7.1 Condições iniciais ............................................................................................................................................. 11
7.1.1
Condições relativas a cada um dos barramentos (ou semibarramentos) MT ................................. 11
7.1.2
Condições relativas a cada um dos transformadores.......................................................................... 11
7.2
Elaboração das ordens.................................................................................................................................... 12
7.3
Emissão e controlo de execução das ordens.............................................................................................. 12
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0 INTRODUÇÃO
A função “regulação de tensão”, no âmbito das subestações de distribuição AT/MT, destina-se
basicamente a manter a tensão de um barramento (ou semibarramento) MT num domínio de valores
pré-fixados, compensando os efeitos das variações do valor da tensão primária e das quedas de tensão
em carga no(s) transformador(es) que alimenta(m) o barramento em questão.
A tensão do barramento é permanentemente comparada com um valor de referência; se o desvio
admissível for excedido durante um tempo, pré-fixado será emitida uma ordem de “subir” ou de
“descer” ao(s) dispositivo(s) de comando do(s) comutador(es) de tomadas em serviço do(s)
transformador(es) alimentador(es) do barramento em questão, daí resultando o aumento ou a
diminuição do valor da tensão secundária MT.
O módulo funcional básico, acima sumariamente descrito, é complementado com outros módulos, dos
quais os principais são:
⎯
a compensação da queda de tensão em linha destinada a manter constante a tensão no extremo
de um circuito a jusante do ponto onde é efectuada a medida, para o que as quedas de tensão
nesse circuito (normalmente um painel de linha de saída MT) são simuladas para afectarem a
comparação entre a tensão medida e o valor de referência;
⎯
o controlo do funcionamento de transformadores em paralelo, mediante a minimização da
circulação de potência reactiva;
⎯
a interacção com as funções de automatismo “deslastre/reposição por tensão” e “deslastre/
reposição por frequência”, para prevenir a ultrapassagem do valor máximo admissível da tensão,
devido à diminuição da carga provocada pela acção dos respectivos programas de “deslastre”;
⎯
a interacção com a função “comando de baterias de condensadores” (caso exista), para prevenir
a ultrapassagem do valor máximo admissível da tensão devido à subida provocada pela ligação
da bateria;
⎯
o controlo da boa execução das ordens de “subir” e de “descer” emitidas pela própria função.
1 OBJECTIVO
O presente documento tem como objectivo a especificação da função de automatismo “regulação
de tensão” para subestações AT/MT e MT/MT da EDP Distribuição.
Serão abordados, no seguimento, os seguintes aspectos:
⎯ normas e documentos de referência;
⎯ prescrições gerais;
⎯ algoritmo de cálculo;
⎯ sequências de operações.
2 NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
O presente documento inclui disposições do(s) seguinte(s) documento(s) EDP:
⎯
DEF-C13-570/N (2007): “Sistemas de Protecção, Comando e Controlo Numérico (SPCC). Funções de
protecção” – Especificação funcional;
⎯
DEF-C13-553/N (2007): Função de automatismo: “deslastre por falta de tensão/reposição por
regresso de tensão” – Especificação funcional;
⎯
DEF-C13-554/N (2007): Função de automatismo: “deslastre por mínimo de frequência/reposição por
normalização de frequência – Especificação funcional;
⎯
DEF-C13-556/N (2007): Função de automatismo: “comando horário de baterias de condensadores”
– Especificação funcional.
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3 PRESCRIÇÕES GERAIS
3.1
Âmbito de actuação
A função “regulação de tensão” actua ao nível de cada um dos barramentos ou (semibarramentos) MT
da subestação comandando o(s) comutador(es) de tomadas em serviço do(s) transformador(es)
ligado(s) a esse barramento.
O número máximo de transformadores a comandar em cada subestação é de três e número máximo
de barramentos (ou semibarramentos) MT cuja tensão deve ser regulada é de três.
Consequentemente, numa subestação com a configuração máxima prevista - três transformadores e
três barramentos (ou semibarramentos) MT - poderão apresentar-se os seguintes casos com todos os
transformadores em serviço:
⎯
comando de três transformadores em paralelo, se os barramentos (semibarramentos) MT estiverem
todos interligados;
⎯
comando em individual de cada um dos transformadores, se os barramentos (semibarramentos) MT
estiverem separados.
A função “regulação de tensão” deve poder actuar simultaneamente nos transformadores ligados a
barramentos (ou semibarramentos) MT separados, sem que a sua actuação no(s) transformador(es)
ligado(s) a um barramento (semibarramento) iniba ou condicione, de qualquer modo, a actuação
no(s) transformador(es) ligado(s) ao outro barramento (semibarramento), ou seja, as operações em
relação a um barramento (semibarramento) devem poder decorrer com total independência das
operações em curso em relação ao outro barramento (semibarramento).
A colocação da função em modo “manual” deverá pôr o automatismo no seu estado inicial.
3.2
Selecção e validação dos transformadores a comandar
Conforme acima referido na secção 3.1, em relação a cada um dos barramentos (ou
semibarramentos) MT, a função “regulação de tensão” comanda o(s) comutador(es) de tomadas em
serviço do(s) transformador(es) ligado(s) a esse barramento (semibarramento).
A partir da base de dados representativa da subestação em questão e das informações sobre a
posição dos diferentes órgãos - disjuntores, seccionadores, etc. - dos painéis AT e MT de transformador e
dos painéis MT de fecho ou paralelo de barras (quando existam), a função determinará continuamente
a topologia da subestação e reconhecerá assim os transformadores que estão ligados a cada um dos
barramentos (ou semibarramentos) MT e também a situação dos transformadores (em paralelo ou em
individual).
3.3
Regimes de funcionamento
Os regimes de funcionamento da função “regulação de tensão” são os seguintes:
⎯
modo “manual”
⎯ acção da função “regulação de tensão” inibida;
⎯ comando voluntário (do comutador de tomadas em serviço) permitido,
⎯
modo “automático”
⎯ acção da função “regulação de tensão” permitida;
⎯ comando voluntário (do comutador de tomadas em serviço) inibido.
Se a subestação estiver a ser explorada com os barramentos (ou semibarramentos) MT separados,
deverá ser possível a escolha de regimes de funcionamento diferentes para cada um dos barramentos
(semibarramentos).
Neste caso, estando a função num barramento (ou semibarramento) em “manual” e, noutro
barramento (ou semibarramento) em “automático”, se vierem a ser interligados (mediante o fecho do
disjuntor do painel de Seccionamento de Barras, ou fecho do disjuntor do painel de uma das chegadas
MT, quando o Seccionamento de Barras já se encontra fechado), o regime “automático” prevalecerá
sobre o regime “manual” e passará a abranger todos os transformadores ligados ao barramento único
resultante da interligação.
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3.4
Sinalizações
A função “regulação de tensão” deve emitir as sinalizações a seguir discriminadas.
3.4.1
Para cada painel de transformador:
⎯
“automático” / “manual”;
⎯
“tensão de base reduzida x %”;
⎯
“tensão de base reduzida com vista à ligação de baterias de condensadores”;
⎯
“tempo-desvio”, “tempo independente” ou “tempo inverso”;
⎯
“subir”;
⎯
“descer”;
⎯
“bloqueio por mínimo de tensão”;
⎯
“excesso de circulação de potência reactiva entre transformadores em paralelo”;
⎯
“máximo de tensão”;
⎯
“topo inferior”;
⎯
“topo superior”;
⎯
“avaria do dispositivo de comando do comutador de tomadas em serviço - ordem não cumprida”;
⎯
“alarme de corrente de circulação”;
⎯
“disparo por corrente de circulação”;
⎯
“tomada de referência em serviço/fora de serviço”.
3.5
Funcionamento individual / paralelo
O comando dos transformadores poderá ser efectuado de forma individual ou em paralelo,
dependendo da topologia da subestação.
Quando em comando individual a parametrização da função “regulação de tensão” de cada
semibarramento poderá ser diferente, contudo, quando estiverem reunidas as condições para que
topologicamente exista o paralelo dos transformadores deverá ser garantido a mesma parametrização
da função nos dois transformadores.
A tabela seguinte define o valor dos parâmetros da função na passagem do comando individual para
o comando em paralelo.
Condições iniciais
(Comando individual)
RAT 1
RAT 2
Condições finais
(Comando paralelo)
RAT 1
RAT 2
MANUAL
MANUAL
MANUAL
MANUAL
MANUAL
AUTOMÁTICO
AUTOMÁTICO
AUTOMÁTICO
AUTOMÁTICO
MANUAL
AUTOMÁTICO
AUTOMÁTICO
AUTOMÁTICO
AUTOMÁTICO
AUTOMÁTICO
AUTOMÁTICO
Notas:
1
Com os transformadores em paralelo e em modo “automático”, a função “regulação de tensão” deverá ter em
consideração a minimização do valor de corrente de circulação.
2
Deverão existir 2 níveis independentes de actuação. O 1º nível corresponderá a um alarme por excesso de
corrente de circulação e a actuação do 2º nível resultará no disparo do disjuntor do painel de Seccionamento
de Barras MT, desfazendo-se desse modo a paralelo dos transformadores.
Estando estabelecido o paralelo dos transformadores a mudança do regime de funcionamento num
dos transformadores deverá ser simultaneamente repercutido no outro transformador.
A tabela seguinte exemplifica o valor do parâmetro regime de funcionamento que deverá ser assumido
pela regulação de tensão na sequência da alteração do regime de um dos transformadores.
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Ordem voluntária a um dos
reguladores de tensão
(Comando paralelo)
Nota:
Condições finais
(Comando paralelo)
RAT 1
RAT 2
MANUAL
MANUAL
MANUAL
AUTOMÁTICO
AUTOMÁTICO
AUTOMÁTICO
com os transformadores em paralelo e em modo “manual”, se for efectuado um comando voluntário local
ou à distância, de subir ou descer tomadas num dos transformadores, essa ordem deve ser repercutida
apenas no regulador de tensão desse transformador.
4 COORDENAÇÃO COM OUTRAS FUNÇÕES DE AUTOMATISMO
4.1
Interacção com a função “comando de baterias de condensadores”
A tensão de base de um barramento (ou semibarramento) MT deve poder ser diminuída de uma
percentagem pré-fixada e parametrizável pela IHM, por ordem da função “comando de baterias de
condensadores” (caso esteja implementada) no instante programado de ligação de uma bateria ao
barramento MT em questão. A função “regulação de tensão” emitirá então ordens de descer até ao
restabelecimento do equilíbrio entre a tensão medida e a nova tensão referência, a menos do desvio
admissível. Então, a função “regulação de tensão” informará a função “comando de baterias de
condensadores”, desencravando a emissão da ordem de fecho ao disjuntor da bateria.
Uma vez a bateria ligada, a tensão de base do barramento (ou semibarramento) MT em questão
deverá retomar o valor inicial.
4.2
Interacção com a função “deslastre/reposição por tensão”
Ao ocorrer o deslastre, o comutador deverá colocar-se na tomada de referência, caso esta se encontre
definida e o regulador esteja em modo “automático”.
Ao regressar a tensão a um barramento (ou semibarramento) MT, após a execução do programa de
“deslastre por falta de tensão MT” 1), a característica de “tempo-desvio” deve ser comutada para
“tempo inverso” em relação ao barramento MT em questão. O retorno à característica “tempo
independente” verificar-se-á no fim do programa de “reposição por regresso da tensão MT”, ou seja,
quando a função “deslastre/reposição por tensão” voltar ao repouso em relação ao barramento (ou
semibarramento) MT em questão.
4.3
Interacção com a função “deslastre/reposição por frequência”
No instante de desencadeamento do programa de “deslastre por mínimo de frequência” 2 ) a
característica de “tempo-desvio” deve ser comutada para “tempo inverso” em relação a todos os
barramentos (ou semibarramentos) MT da subestação.
O retorno à característica “tempo independente” verificar-se-á quando a função “deslastre/reposição
por frequência” voltar ao repouso.
5 ALGORITMO DE CÁLCULO
A expressão matemática do desvio inclui três parcelas correspondentes, respectivamente:
⎯
à diferença entre a tensão medida e a tensão de base;
⎯
à compensação das quedas de tensão;
⎯
à circulação de potência reactiva entre transformadores em paralelo, motivada pela diferença
entre as relações de transformação resultante da diferença entre as posições dos comutadores de
tomadas.
5.1
I
Notações utilizadas
- numero do transformador;
1)
Descrito no documento DEF-C13-553/N, relativo à função “deslastre/reposição por tensão”.
2)
Descrito no documento DEF-C13-554/N, relativo à função “deslastre/reposição por frequência”.
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Zi
- impedância do transformador “i” vista do secundário (valor absoluto);
Pi
- potência activa fornecida pelo transformador “i” medida no secundário;
Qi
- potência reactiva fornecida pelo transformador “i” medida no secundário;
P = ∑ Pi
- potência activa total fornecida por um grupo de transformadores em paralelo;
Q = ∑ Qi - potência reactiva total fornecida por um grupo de transformadores em paralelo;
V
- valor medido da tensão secundária a regular (no barramento MT);
V0
- valor de base da tensão secundária a regular;
ΔV0
-
ΔVi
- desvio relativo ao transformador “i”;
R
- resistência da rede cujas quedas de tensão devem ser compensadas;
X
- reactância da rede cujas quedas de tensão devem ser compensadas.
5.2
diminuição da tensão de base;
Fórmulas
À diferença entre a tensão medida e a tensão de base corresponde o desvio parcelar calculado pela
fórmula:
Notas:
1: o desvio ΔV resume-se à parcela ΔV’, no caso em que as quedas de tensão na rede não são compensadas e
em que os transformadores não funcionam em paralelo. Neste caso a tensão de referência é igual à tensão de
base.
2:
resumindo-se o desvio à parcela ΔV’, se esta for positiva a tensão medida é superior à tensão de base, donde a
necessidade de uma ordem de descer se o desvio admissível nominal for ultrapassado; inversamente, se ΔV’ for
negativo, haverá necessidade de uma ordem de subir se o desvio admissível nominal for ultrapassado.
À queda de tensão a compensar corresponde o desvio parcelar calculado mediante a fórmula:
A escolha do sinal a considerar no numerador da fórmula [2] depende da natureza indutiva ou
capacitiva da carga:
⎯
se a carga for indutiva, a parcela XQ é somada à parcela RP;
⎯
se a carga for capacitiva, a parcela XQ é subtraída à parcela RP.
Combinando os desvios parcelares calculados mediante as fórmulas [1] e [2] anteriores, resulta para o
desvio a fórmula seguinte:
O desvio calculado mediante a fórmula [3] é característico de cada barramento (ou semibarramento) MT.
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Notas:
1: o desvio ΔV é igual à expressão ΔV’’’, no caso em que as quedas de tensão na rede são compensadas e em
que os transformadores não funcionam em paralelo.
2: a fórmula [3] traduz um aumento da tensão de base com vista a compensação da queda de tensão:
ou seja, a tensão de referência obtêm-se da tensão de base, adicionando-lhe a queda de tensão.
3: a tensão a regular é transferida para o extremo do circuito onde se verificam as quedas de tensão:
4: resumindo-se o desvio à expressão ΔV’’’, se esta for positiva, a tensão medida é superior à tensão de referência,
donde a necessidade de uma ordem de descer se o desvio admissível nominal for ultrapassado; inversamente,
se ΔV’’’ for negativo haver necessidade de uma ordem de subir se o desvio admissível nominal for ultrapassado.
O desvio parcelar correspondente à circulação de potência reactiva entre transformadores em
paralelo, motivada pela diferença entre as relações de transformação, a qual é, por sua vez, resultante
da diferença entre as posições dos comutadores de tomadas, calcula-se, para cada transformador,
mediante a fórmula:
O desvio parcelar ΔVi’’’’ é característico de cada um dos transformadores funcionando em paralelo.
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Notas:
1:
se os comutadores de tomadas de todos os transformadores em paralelo estiverem em posições a que
corresponda a mesma relação de transformação, e se as tensões de curto-circuito dos transformadores forem
iguais, os desfasamentos entre a corrente e a tensão secundárias são iguais em todos os transformadores e
iguais ao desfasamento entre a corrente total e a tensão secundária.
2:
se o transformador “i” estiver “avançado” em relação aos restantes, circulará
predominantemente reactiva na malha formada pelos transformadores em paralelo.
uma
corrente
Essa corrente de circulação, ou corrente igualizadora, é indutiva vista do transformador avançado e
compõe-se com a corrente de carga.
O transformador avançado deve receber uma ordem de descer, ou seja, o seu desvio parcelar ΔVi’’’’ deve ser
tido em consideração, no sentido de aumentar o valor medido da tensão.
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3:
inversamente, a corrente de circulação é capacitiva vista do transformador atrasado em relação aos restantes,
compondo-se com a corrente de carga.
O transformador atrasado deve receber uma ordem de subir, ou seja, o seu desvio parcelar ΔVi’’’’ deve ser tido
em consideração, no sentido de reduzir o valor medido da tensão.
4:
como a corrente de circulação passa apenas na malha formada pelos transformadores em paralelo,
5:
o desvio parcelar ΔVi’’’’, calculado mediante a fórmula:
traduz para cada transformador, a diferença entre a sua tensão secundária e a tensão do barramento, ou seja,
o efeito igualizador da corrente de circulação, que provoca a descida da tensão do transformador
“avançado” e a subida da tensão do transformador atrasado por forma a serem ambos iguais à tensão do
barramento.
Combinando as fórmulas [3] e [4] anteriores obtém-se para cada transformador a expressão geral do
desvio:
Notas:
1:
se o desvio ΔVi for positivo e o desvio admissível nominal for ultrapassado, o transformador correspondente deve
receber ordem de “descer”.
2:
inversamente, se o desvio ΔVi for negativo e o desvio admissível nominal for excedido, o transformador
correspondente deve receber ordem de” subir”.
Se a tensão de base for reduzida de 5% mediante uma ordem exterior, a expressão do desvio para
cada transformador passa a ser a seguinte:
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Se a tensão de base for reduzida por efeito de interacção com a função “comando de baterias de
condensadores” (ver, acima, secção 4.1), a expressão do desvio para cada transformador passa a ser a
seguinte:
6 CÁLCULO DO DESVIO
O cálculo do desvio, por meio da fórmula constante da secção 5 deste documento que for aplicável,
deve ser efectuado ciclicamente.
A fim de evitar ordens intempestivas em caso de ocorrência de alterações transitórias da tensão, o valor
do desvio a comparar com o desvio admissível nominal deve ser a média dos valores calculados a partir
das leituras efectuadas durante cada ciclo.
O número de leituras a efectuar e de valores do desvio a calcular em cada ciclo deve ser, no mínimo,
igual a 5.
Se a característica de “tempo-desvio” for “tempo independente”, a duração dos ciclos deve ser
sempre igual ao tempo de actuação pré-fixado.
Se a característica de “tempo-desvio” for “tempo inverso”, a duração do ciclo deve ser encurtada, ou
seja, a frequência das leituras deve ser aumentada, na dependência inversa da razão entre o primeiro
desvio calculado e o desvio admissível nominal.
7 SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES
7.1
Condições iniciais
7.1.1
Condições relativas a cada um dos barramentos (ou semibarramentos) MT
Para que a função “regulação de tensão” possa operar em relação a cada um dos barramentos (ou
semibarramentos) MT, devem verificar-se, cumulativamente, as condições iniciais adiante referidas:
⎯
o regime de funcionamento escolhido para o barramento (ou semibarramento) MT em questão é o
modo “automático” (ver, neste documento, a secção 3.3);
⎯
o encravamento por “mínimo de tensão” não está activado;
Nota: esta condição previne também ordens intempestivas em caso de disparo do disjuntor de protecção do
circuito secundário dos transformadores de tensão (TT) de MT, e de extracção dos TT extraíveis.
⎯
a medida da tensão do barramento (ou semibarramento) MT em questão é válida.
7.1.2
Condições relativas a cada um dos transformadores
Para que a função “regulação de tensão” possa operar sobre os mecanismos de comando dos
comutadores de tomadas em serviço de cada um dos transformadores, devem verificar-se,
cumulativamente, as seguintes condições iniciais:
⎯
o transformador em questão está “em serviço” (ligado aos barramentos AT e MT);
⎯
as tensões auxiliares alternada e contínua dos circuitos de comutação de tomadas em serviço
estão presentes;
⎯
a tensão auxiliar do dispositivo de comando do comutador de tomadas em serviço está presente;
⎯
o dispositivo de comando do comutador de tomadas em serviço está operacional, ou seja, não
está avariado;
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⎯
as medidas de potência activa e potência reactiva são válidas;
⎯
a indicação de posição do comutador de tomadas em serviço é válida.
7.2
Elaboração das ordens
Verificando-se, para um barramento (ou semibarramento) MT, as condições iniciais atrás referidas na
secção 7.1.1, o desvio é calculado ciclicamente conforme prescrito, neste documento, na secção 6,
para os transformadores ligados a esse barramento que cumpram as condições iniciais citadas na
anterior secção 7.1.2.
Se o valor do desvio calculado num determinado ciclo não exceder o desvio admissível nominal, não
será elaborada qualquer ordem. Se o valor do desvio calculado num determinado ciclo exceder o
desvio admissível nominal, será elaborada uma ordem que dependerá do sinal do desvio calculado.
Se o desvio calculado for positivo, será elaborada uma ordem de descer (ver, secção 5.2, fórmula [5],
neste documento) ao comutador de tomadas em serviço do transformador respectivo.
Se o desvio calculado for negativo, será elaborada uma ordem de subir (ver, secção 5.2, fórmula [5],
neste documento) ao comutador de tomada em serviço do transformador respectivo.
7.3
Emissão e controlo de execução das ordens
Uma vez elaborada uma ordem de “descer” ou de “subir” ao comutador de tomadas em serviço de
um transformador, a mesma só será emitida se não estiver em curso uma manobra de mudança de
tomadas; caso contrário, a emissão da ordem aguardará o fim da mudança em curso.
Adicionalmente, uma ordem de “descer/subir” ao comutador de tomadas em serviço de um
transformador só será emitida se o comutador não estiver na tomada extrema inferior/superior; caso
contrário, a ordem será cancelada e não será emitida.
À emissão de ordens corresponderá a emissão das correspondentes sinalizações (referidas, no presente
documento, nas secções 3.4.1 e 3.4.2).
Após a emissão de uma ordem de subir ou de descer ao comutador de tomadas em serviço de um
transformador, a função aguardará um período de tempo pré-fixado e ajustável entre 1 s e 50 s
(correspondente à duração da mudança de tomada), findo o qual averiguará se o comutador
efectivamente mudou de tomada no sentido correcto.
Se a mudança de tomada não tiver sido correctamente efectuada, a função “regulação de tensão”
ficará bloqueada em relação ao transformador em questão, e será emitida a sinalização “avaria do
dispositivo de comando do comutador de tomadas em serviço – ordem não cumprida” referida na
secção 3.4.1 deste documento.
Notas:
1:
Deverá ser considerada a possibilidade de ser parametrizada uma temporização de segurança que após o
repouso do movimento regulador e em função das características do comutador de tomadas, permita evitar o
bloqueio da função na passagem pelas tomadas intermédias.
2:
Estando a função “regulação de tensão” em regime “Automático” e bloqueada, a passagem para regime
“Manual” deverá resultar no desbloqueio da função.
3:
As ordens voluntárias (efectuadas em modo “manual”) que não provoquem a mudança de tomada não
deverão provocar o bloqueio da função. No entanto, deverá ser sinalizado “avaria do dispositivo de comando
do comutador de tomadas em serviço – ordem não cumprida” referida na secção 3.4.1 deste documento.
4:
Caso ocorra a actuação da função de protecção “Máximo de Tensão”, não deverão ser enviadas ordens de
subir ao regulador até que a função de protecção volte ao repouso.
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