Renata Alqualo Costa

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Renata Alqualo Costa
“Avaliação muscular isocinética de quadril em pacientes com
osteoartrose de joelhos”
Resumo:
A osteoartrose (OA) é uma das doenças articulares mais comuns no mundo, sendo o joelho a
articulação de descarga de peso mais freqüentemente afetada. A OA de joelho é uma doença que
pode causar incapacidade funcional, assim como a de quadril. Geralmente pacientes com OA de
joelho apresentam redução da função muscular, como diminuição de força e resistência muscular. 0
teste isocinético pode fornecer a resistência máxima em todos os pontos da ADM à medida que o
músculo se contrai, permitindo a quantificação de parâmetros como força, trabalho e resistência. As
articulações de quadril e joelho apresentam musculaturas biarticulares, e até o momento, não há
nenhum estudo que as correlacione. Objetivo: avaliar a força muscular dos quadris, através dos
parâmetros do teste isocinético, de pacientes com OA de joelho, e correlacionar os principais
parâmetros obtidos com dados relativos à capacidade funcional das articulações dos quadris e
joelhos. Métodos: estudo transversal, caso-controle, envolvendo 50 pacientes com diagnóstico de OA
de joelhos de acordo com os critérios do ACR, provenientes do ambulatório de reumatologia da
UNIFESP/EPM, e da UNICID, e 50 indivíduos controles. Todos os indivíduos responderam a uma
ficha de avaliação, e aos questionários Lequesne de joelho e quadril, e WOMAC, e realizaram antes
do teste isocinético um aquecimento com uma bicicleta estacionária por cinco minutos. Os
movimentos realizados durante o teste isocinético foram os de flexão-extensão, abdução-adução, e
rotação medial-lateral de quadris, de acordo com o protocolo do aparelho Cybex Norm. Resultados:
houve homogeneidade entre os grupos em relação à idade, sexo e IMC. A maioria dos pacientes
apresentou OA de joelho bilateral (25 pacientes), sendo 11 pacientes com OA de joelho D e 14 com
OA de joelho E. 0 varismo prevaleceu entre os grupos, e a goniometria de joelhos e quadris
apresentou valores significantemente diferentes entre os grupos estudados. A maioria dos indivíduos
do grupo controle (84 por cento da amostra) e a metade dos do grupo com OA (54 por cento da
amostra) apresentaram dominância de MID. Os resultados do teste isocinético mostram que pacientes
com OA de joelho (s) apresentaram valores de PTs menores que os controles em todos os
movimentos estudados. Conclusões: pacientes com OA de joelho (s) apresentam pior desempenho
isocinético de quadris quando comparados com controles; a VAS de joelho teve fraca correlação com
a força muscular de quadril; a força muscular do quadril desses pacientes correlaciona-se melhor com
o Lequesne de joelho do que com o WOMAC; o quadril do lado afetado pela OA de joelho é mais
fraco, porém o quadril contralateral também é afetado.
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