TÍTULO: O POTENCIAL ONCOGÊNICO DO VÍRUS HPV

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TÍTULO: O POTENCIAL ONCOGÊNICO DO VÍRUS HPV ( PAPILOMA VÍRUS HUMANO), QUANTO A
TRANSFORMAÇÃO MALIGNA E A CORRELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DE
COLO UTERINO : O PAPEL DO BIOMÉDICO NO DIAGNÓSTICO PRECOCE.
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
SUBÁREA: BIOMEDICINA
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
AUTOR(ES): TAMIRIS COSTA BRASIL, GABRIELA NERES MARQUES
ORIENTADOR(ES): JORGE AUGUSTO BORIN SCUTTI
COLABORADOR(ES): FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
1. RESUMO
O Papiloma vírus humano (HPV) é um micro-organismo que possui afinidade
pelas células epiteliais, Dentre os subtipos de HPVs que foram descobertos até os
dias atuais, existem dois principais sorotipos que estão intimamente relacionados
com o câncer de colo uterino, classificados como 16 e 18. Uma grande porcentagem
das mulheres detectadas com neoplasia intra-epitelial de alto grau, são
diagnosticadas com esses sorotipos do HPV. É possível identificar o HPV em sua
forma clínica, onde visualizamos as verrugas; forma subclínica, onde a lesão é
visualizada através de um exame chamado colposcopia e em sua forma latente
onde a identificação só será possível através das técnicas de biologia molecular.
Para diagnóstico precoce do câncer de colo uterino, deve ser realizado anualmente
o Papanicolau, pois através desse exame é possível visualizar alterações
morfológicas nas células.
2. INTRODUÇÃO
Atualmente, já foram descobertos mais de 100 subtipos de HPV, sendo 40
relacionados com lesões nas áreas genitais. (HAVRECHAK, 2002).
Esse micro-organismo possui afinidade pelas células do epitélio, assim
causando infecções na pele e na mucosa. As células infectadas possuem graus de
alteração variados indo de lesão intra-epitelial de baixo grau a lesão intra-epitelial de
alto grau. Existem sorotipos de HPVs, sendo os principais 16 e 18, que estão
intimamente relacionados com o câncer de colo uterino (BOSCH et al., 2002 apud
MENDONÇA et al., 2010).
A semelhança entre o câncer e a lesão de alto grau causado pelo Papiloma
vírus humano (HPV), pode se observar os mesmos fatores de risco, com diferença
da idade e do momento do diagnóstico sugerindo que o avanço é apenas questão
de tempo e oportunidade (MORENO et al.,1995 apud MENDONÇA et al., 2010).
Podem ser realizados diferentes tipos de exames, dentre eles o método de
Papanicolau que podemos realizar o diagnóstico precoce das lesões na fase intraepitelial. A biópsia para análise anatomopatológica de amostra representativa da
lesão, porém para diagnóstico do vírus propriamente dito inclui os métodos
histológicos como as hibridizações moleculares de ácidos nucleicos, tipo Southern
blot, captura híbrida, hibridização in situ e reação em cadeia de polimerase (PCR)
(LIAW et al., 2007 apud STÖFLER; NUNES; SCHNEIDER, 2011).
3. OBJETIVO
Demonstrar a importância do diagnostico precoce nas lesões causado pelo
papiloma vírus humano (HPV) em sua relação com o desenvolvimento do câncer de
colo uterino.
4. METODOLOGIA
O trabalho desenvolvido foi realizado através de um material já elaborado,
constituído de livro e artigos científicos.
5. DESENVOLVIMENTO
5.1 Papiloma Vírus Humano (HPV)
O vírus do papiloma humano (HPV) pertence à família Papovaviridae, do
gênero Papiloma vírus. Esses vírus são classificados de acordo com sua origem que
pode ser bovina ou humana e segundo a semelhança entre o material genético.
Historicamente os HPVs eram agrupados de acordo com a sua afinidade pelos
tecidos(cutâneo, mucosa e cutaneomucosa), porém essa classificação não está
completamente correta, pois alguns tipos de HPVs genitais podem ser encontrados
na pele e alguns tipos de HPVs na pele são encontrados na região genital.
Atualmente a classificação é realizada através da base na sequência de
nucleotídeos do DNA viral, são classificados como de baixo grau e de alto grau que
é o que estão associados às lesões malignas (LETO et al., 2011; HAVRECHAK,
2002)
5.2 Câncer de colo uterino
Essa patologia tem como característica um crescimento desordenado
das células. Em sua fase inicial se desenvolve de forma lenta e silenciosa, antecede
por neoplasia intra-epitelial cervical. Como principal fator de risco apresenta a
infecção crônica por tipos oncogênicos do Papiloma vírus humano (HPV). (THULER;
BERGMANN; CASADO, 2012; HAVRECHAK, 2002).
5.3 Diagnóstico
O exame de Papanicolau é uma das principais formas de prevenção por ser
um exame com um custo baixo, já que a patologia possui uma evolução de forma
lenta ele reduz 70% das mortes causadas pelo câncer de colo de útero
(HAVRECHAK, 2002)
A identificação do HPV é muito importante para obtenção de um bom
diagnóstico, pois existem dois sorotipos desse vírus que estão associados ao câncer
de colo uterino. Somente as técnicas de biologia molecular permite detectar se ele
pertence ao grupo de alto risco, ou de baixo risco. Podemos utilizar técnicas como o
southern blot, hibridização in situ ou a reação em cadeia de polimerase (PCR)
considerado hoje como a mais sensível (CASTRO et al.,2009).
6. RESULTADOS PRELIMINARES
A técnica de Papanicolau possui um custo baixo, sendo mais acessível e com
uma detecção precoce das neoplasias. No entanto para identificação do HPV não se
mostra muito eficaz. No diagnóstico desse patógeno é utilizada técnicas de biologia
molecular, em grande maioria automatizada e a padrão ouro é o PCR, que nos permite
uma detecção e identificação precoce do HPV. É uma técnica que possui um custo alto,
e não é acessível a todas as classes sociais.
7. FONTES CONSULTADAS
CASTRO, T; FILHO, I; NASCIMENTO, V; XAVIER, S. Detecção de HPV na mucosa
oral e genital pela técnica PCR em mulheres com diagnóstico histopatológico
positivo para HPV genital. Brazilian Journal Of Otorhinolaryngology, v. 75, n. 2, p.
167 – 171, 2009.
HAVRECHAK, G. O papiloma vírus humano (HPV) e a sua influência no câncer do
colo do útero. 2002. 46 f. Monografia (Licenciado em Ciências Biológicas) –
Faculdade de Ciências da Saúde, Centro Universitário de Brasília, Brasília.
THULER, L; BERGMANN, A; CASADO, L. Perfil das pacientes com câncer do colo
do útero no Brasil, 2000-2009: Estudo de base secundária. Revista Brasileira de
Cancerologia, v. 58, n. 3, p. 351 – 357, 2012.
STOFLER, M; NUNES, R; SCHNEIDER, I. Avaliação de fatores associados às
lesões HPV induzidas do colo uterino. Arquivos Catarinenses de Medicina, Santa
Catarina, v. 40, n. 3, p. 84 – 89, 2011.
LETO, M; JUNIOR, G; PORRO, A; TOMIMORI, J. Infecção pelo Papiloma vírus
humano: etiopatogenia, biologia molecular e manifestações clínicas. Revista
Brasileira de Dermatologia, v. 86, n. 2, p. 306 – 317, 2011.
MENDONÇA, V; GUIMARÃES, M; FILHO, J; MENDONÇA, C; MARTINS, D; CROVELLA, S;
ALENCAR, L. Infecção cervical por papiloma vírus humano, genotipagem viral e fatores de
risco para lesão intra-epitelial de alto grau e câncer de colo do útero. Revista Brasileira
Ginecológica Obstetrícia, Recife, v. 32, n. 10, p. 476 – 485, 2010.
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