CONHECIMENTO FONÉTICO NA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE) Lais Karina Buchener - G (UNICENTRO/I) Dra. Luciane Trennephol da Costa (UNICENTRO/I) Resumo. O objetivo desse artigo é investigar o conhecimento fonético no ensino de Língua Estrangeira (LE). A pronúncia é uma face importante do aprendizado de uma língua e, primeiramente, analisamos seu tratamento no decorrer das variadas abordagens de ensino como o Método da Gramática e Tradução, Método Direto, Abordagem da Leitura, Método Audiolingual e a Abordagem Comunicativa. Após realizamos uma revisão bibliográfica acerca de pesquisas que tratam da fonética aplicada ao ensino de LE e uma pesquisa acerca do conhecimento fonético dos professores de língua inglesa e espanhola nas cidades paranaenses de Irati e Prudentópolis, por meio de um questionário. Nessa pesquisa, constatou-se que os informantes com formação mais recente apresentaram melhor desempenho relacionado aos conhecimentos de fonética do que os que atuam há mais tempo e que a pronúncia é vista como uma grande dificuldade no ensino/aprendizagem de LE. Palavras-chave: Fonética, Língua Estrangeira, Aprendizagem Linguística. Abstract. The purpose of this article was to understand the use of Phonetics in Foreign Language (FL) teaching. At first, different approaches and methods of FL teaching are presented. Among them the Grammar Translation Method, Direct Method, Approach to Reading, Audiolingual Method and Communicative Approach are highlighted. After situating the reader about these elements, we performed a literature review about the researches addressing phonetics applied to FL teaching. So we proceed to a survey of second language (English and Española) teachers' phonetic knowledge, in the region of Irati and Prudentópolis-PR, through a questionnaire. In this research, it was found that the informants that graduated more recently showed better performance related to phonetics knowledge than those who have been working for a longer time. Key words: Phonetic, Foreign Language, Acquisition. 1. Introdução: Você fala alguma língua estrangeira? A fala é crucial no aprendizado de uma língua, pois é o meio mais produtivo de comunicação humana. Tanto é assim que no aprendizado de uma língua estrangeira, a habilidade de pronúncia é confundida com o aprendizado de tal língua, fazendo com que no senso comum se pergunte se a pessoa fala tal língua e não se sabe tal língua. Neste trabalho, investigamos o conhecimento fonético na aprendizagem de uma língua estrangeira. Estudos acerca dos componentes fonéticos fonológicos na aprendizagem de Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 174 uma língua estrangeira (LE) os mostram como elementos que, em teoria, podem auxiliar o aprendiz. De acordo com Silva (2004), as áreas de fonética e fonologia, revelam um crescente desenvolvimento dentro da área de aprendizado de LE, mas “apesar disso, a área de aquisição fonológica de língua estrangeira ainda possui muitas lacunas para serem preenchidas” (SILVA, 2004, p. 16). Tradicionalmente, a fonética, como um componente da área de linguística, tem como objetivo característico “investigar os sons da fala, em especial os sons que estruturam as várias línguas do mundo” (SILVA, 2007, p. 8). Já para a fonologia, interessarão apenas os sons que possuam função comunicativa em uma determinada língua (SILVA, 2007, p. 79). Silva (2004) defende a relevância da fonética e da fonologia, quando tratadas em conjunto, para o ensino de uma segunda língua com o intuito de uma completar a outra em função do estudo dos sons da fala. Assim, a fonética seria fundamentalmente descritiva, analisando os processos de percepção e de produção dos sons, e a fonologia, com características de interpretação, analisaria o comportamento dos sons dentro de uma determinada língua (Silva, 2004, p. 1). No decorrer da história, muitos métodos para o ensino e aprendizagem de LE, como Gramática e Tradução, Método Direto, Método da Leitura, Audiolingual e a Abordagem Comunicativa foram criados e continuam sendo aperfeiçoados para atingir efeitos satisfatórios no que tange a obter a competência linguística em um segundo idioma. Aproximadamente na metade do século XIX, o ensino de LE moderna adotou como modelo as estratégias utilizadas para o ensino das línguas clássicas, o grego e o latim. A partir dessa etapa, surgiram novos modelos que guiaram a instrução de LE conforme as necessidades e a abrangência que o ensino de línguas tomava (MACIEL, 2004, p. 3). Em uma perspectiva diacrônica, a primeira abordagem analisada é a Tradicional ou Método da Gramática – Tradução, como também ficou conhecida. Esse método de ensino de línguas se desenvolveu no século XIX, conforme Maciel (2004), caracterizando-se por assumir a descrição detalhada da gramática e da estrutura formal da língua. As regras eram aplicadas mediante exercícios de gramática e tradução e por meio de textos literários que eram utilizados para auxiliar os aprendizes na leitura em LE. Dessa forma, era privilegiada a escrita em relação à oralidade da língua. Os aprendizes deveriam memorizar as conjunções verbais, classes gramaticais e suas flexões, estudo do vocabulário, regras e exceções da língua, além de realizar exercícios de tradução e aplicações desses itens gramaticais (SILVEIRA, 1999, p. 59 e 60). De Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 175 acordo com Leffa (1988), a abordagem da Gramática e Tradução tem foco, como já dito, na estruturação formal da escrita da língua, deixando praticamente isolada a pronúncia por não ser o discurso o objetivo deste método. Dessa forma, os professores não precisavam dominar o idioma que estavam ensinando, mas sim, saber usar as regras gramaticais e dar o enfoque no desenvolvimento das habilidades de leitura e produção textual. No fim do século XIX e início do século XX, surge o Método Direto cuja característica principal é o uso da LE na sala de aula, evitando-se a tradução ou o diálogo na primeira língua. Nessa fase, ensina-se a gramática de forma indutiva com o auxílio de diálogos e de perguntas e respostas. Por esse motivo acreditava-se que os aprendizes internalizavam as estruturas apresentadas, aprendendo o vocabulário de forma abstrata por associações de ideias (MACIEL, 2004). No Método Direto, enfatizava-se a pronúncia correta, seja por meio da reprodução de frases e/ou diálogos como pelo encorajamento da fala, utilizando-se mímicas, demonstração e figuras para o ensino (MACIEL, 2004, p.4). No Método de Leitura, a gramática normalmente era limitada à compreensão da leitura onde os aspectos “morfo-fonológicos e construções sintáticas eram mais comuns” (LEFFA, 1988, p. 9). O objetivo principal da Abordagem de Leitura era desenvolver a habilidade da leitura e compreensão de textos, embora ainda existisse a preocupação em ensinar a pronúncia como na abordagem anterior. Nessa abordagem, o destaque dado ao reconhecimento e a produção de sons era ínfima. Com o avanço das pesquisas nessa área, as teorias linguísticas voltadas para o campo de ensino e aprendizagem começaram a germinar com mais força. Na Inglaterra, surgiu a Abordagem Oral ou Ensino Situacional, que nos EUA teve o nome de Audiolingualismo, em meados de 1950 (MACIEL, 2004, p.5). Esse método teve como princípios apoiadores o estruturalismo, a análise contrastiva e a psicologia behaviorista. Assim sendo, a língua era vista como um conjunto de formação de hábitos que eram condicionados por meio de estímulo e resposta, portanto, ao modo do Audiolingualismo, quanto mais algo é repetido, melhor seria a aprendizagem deste. Os exercícios (drills) eram mecanismos centrais direcionados para a estrutura e formadescrição detalhada dos níveis fonético, fonológico, morfológico e sintático. Em suas diretrizes, prioriza-se o desenvolvimento das habilidades orais, seguindo o que eles Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 176 chamavam de ‘ordem natural’, pois seguia-se o modelo de aquisição de primeira língua: compreensão auditiva, produção oral, compreensão textual e, por fim, a produção textual (LARSEN-FREEMAN, 2000 apud JALIL e PROCAILO 2009, p. 778). Já nos anos de 70 e 80, impulsionados pelas ideias de Henry Widdowson, John Firth, M.A.K. Halliday, William Labov, John Austin e John Searle, por exemplo, surgiu então uma nova abordagem voltada para o ensino de línguas na qual a aprendizagem deveria atender as “necessidades linguageiras do público alvo” (HIRAKAWA, 2007, p. 25). A mesma autora salienta ainda que o objetivo desta abordagem está no aperfeiçoamento da competência comunicativa na LE. Mas, ser competente comunicativamente envolve várias outras competências, como apresentado por Jalil e Procailo (2009, p. 779): competência cultural, sociolinguística, discursiva e estratégica. Atingir a competência nessas quatro categorias seria o objetivo do ensino de LE dentro da Abordagem Comunicativa. Além disso, essa abordagem apresenta como característica principal o foco no aprendiz e não no professor. Sendo assim, o aprendiz é visto como participante ativo do processo de aprendizagem, já que está nele o foco da ação de ensino e aprendizagem e em suas individualidades e características próprias. A possibilidade de se atingir um domínio mais integral na LE, fez com que a pronúncia atingisse outra expectativa. Não era mais esperado do estudante o domínio de um falante nativo, mas uma pronúncia compreensível levando-se em conta o fenômeno de globalização da língua. A Abordagem Comunicativa possibilitou a inovação no ensino de línguas ao proporcionar a utilização da fonética como importante ferramenta no ensino de uma LE. Isso porque, ao ter como objetivo central a pronúncia entre os aprendizes do novo idioma, a integração de teorias ligadas à pronúncia voltam-se à elucidação do som, seu modo de produção e características de sua articulação, o que em hipótese, contribui para o aprendizado. Cada uma das abordagens e métodos na aprendizagem de LE se diferenciam e são esses elementos distintos que tornam possível um ensino de LE abrangente, podendo oferecer para cada circunstância do aprendizado de uma língua, uma modalidade que se adapte melhor ao período e às necessidades de cada aluno. O ensino da pronúncia foi progressivamente sendo abordado dentro dos métodos e abordagens destinadas ao ensino e aprendizagem de LE e se mostrando uma ferramenta de apoio importante para Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 177 o aprendiz adquirir sua competência linguística. Dessa forma, a fonética é examinada como um caminho viável para o ensino e aprendizagem de uma língua. Vimos o espaço da pronúncia em variadas abordagens ao ensino de LEs. Considerando que a fonética pode ser um elemento para o aprendiz ter o acesso mais facilitado a fim de atingir um bom nível na oralidade da língua que está estudando, procuramos investigar como a pronúncia era percebida e qual a sua importância dentro de cada um desses métodos revistos anteriormente. Na próxima seção, realizamos uma revisão bibliográfica sobre o assunto, detalhando estudos que analisam o conhecimento fonético no aprendizado de uma LE. 2. Pesquisas acerca da Fonética no ensino LE Nossa revisão bibliográfica acerca da fonética no ensino/aprendizagem de LE concentrou-se na língua inglesa e na língua espanhola por serem estas as LEs mais ensinadas nas escolas de ensino formais, tanto públicas como particulares. Ao se examinar esse tema, observa-se que vários pesquisadores investigam como a fonética está sendo utilizada e, se de fato, é utilizada no ensino de LE. Na sua dissertação de mestrado, Silva (2004), declara que determinadas dificuldades relacionadas à aprendizagem do inglês, por aprendizes brasileiros, podem causar problemas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação desse principiante. São exemplos dessas dificuldades: a diferença de segmentos entre a língua materna e a língua alvo, a não correspondência da ortografia com a produção oral e a duração das vogais do inglês (SILVA, 2004, pag. 9). Esses fatores revelam a necessidade do aprendiz em fazer associações desse novo idioma com a sua língua mãe, por ser ela a sua primeira base linguística, a qual poderá servir de parâmetro para a distinção ou a transferência entre a primeira e segunda línguas. Servir-se de hábitos próprios da sua língua materna é uma das dificuldades na comunicação na LE, isso porque atingir um domínio em que o falante sinta-se confiante para poder se comunicar, requer um grande número de hábitos articulatórios e prosódicos. A aprendizagem fonética pode amenizar estas dificuldades ao conscientizar o aluno das possíveis diferenças entre a L1 e a L2: atividades que envolvam o aumento da conscientização dos aprendizes sensibilizando-os quanto às diferenças do sistema sonoro da L1 e da Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 178 L2 1 e, também, quanto ao sistema lingüístico da L2, considerando a sua própria interlíngua, devem ser mais benéficos para o aprendiz do que a correção de erros. (JONES, 2002, p. 181 apud SILVA, 2004, p. 34 e 35). Outra dificuldade apontada no aprendizado de uma língua, tanto estrangeira como materna, é a diferença entre a fala e a escrita, pois uma palavra pode ser escrita de uma forma e proferida de outra maneira, como, por exemplo, as palavras twelfth [twɛlfθ] e theater [θiətər] da língua inglesa. Deste modo, Santos e Schoenherr (2011) nos dizem: A Língua Inglesa é um idioma que não corresponde à escrita, ou seja, escrevemos de uma forma e pronunciamos de outra completamente diferente. Isto quer dizer que uma letra não corresponde ao mesmo fonema, ou seja, não tem sempre a mesma pronúncia. (SANTOS e SCHOENHERR, 2011, p. 5). Para Souza (2009, p. 37), estudar a fonética de uma língua seria importante, pois, na maioria das vezes, a palavra é vista como ela é escrita e não na sua pronúncia. Para esta autora, ao se estudar a fonética, o aluno teria consciência da diferença entre a escrita e a pronúncia da língua. Uma terceira questão elencada na categorização das dificuldades de se aprender o inglês como LE seria a duração das vogais nesse idioma. Essa é outra importante característica que o aprendiz de língua inglesa precisa saber. Palavras como it e eat foneticamente possuem o mesmo som diferenciado apenas pela duração vocálica. O som do /i/ é alongado na segunda palavra de forma que as duas se diferenciam auditivamente. Sendo assim, os alunos que não conhecem essas diferenças entre os sons encontram dificuldades ao pronunciá-las o que, consecutivamente, pode atrapalhar o entendimento do seu interlocutor. Devemos considerar que, às vezes, pelo contexto, o interlocutor consegue entender a mensagem, mesmo que a pronúncia esteja inadequada, como é o caso das palavras que utilizamos como exemplos. Apesar de possuírem forma fônica semelhante, os significados são distintos, cabendo ao interlocutor da mensagem decifrar o sentido pelo contexto. 1 Os termos L1 e L2 referem-se a primeira e segunda língua de um falante. Em nosso trabalho, adotamos a expressão Língua Estrangeira (LE) para descrevermos o aprendizado de uma segunda língua (L2) por um aprendiz de LE. Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 179 Silva (2004) expõe uma lista de sete itens que estão ligados à pronúncia da língua inglesa e que devem ser focalizados pelos falantes não-nativos da língua que estão aprendendo. Essa lista foi extraída de um estudo fonológico elaborado por Jenkins (2000, p. 132) e revela que para se atingir um nível inteligível de comunicação é necessário o conhecimento de tais parâmetros: [...] a duração das vogais, fusão de consoantes, realização fonética, simplificação de encontro consonantal, acentuação de formas não acentuadas, grupos tonais e acentuação contrastiva. Como objeto de estudo deste projeto foi escolhida a qualidade da produção das vogais na língua-alvo, ou seja, a distinção entre as vogais longas (e também tensas) e vogais breves (e também frouxas). (JENKINS, 2000, p. 132 apud SILVA, 2004). Para investigar a relevância da instrução fonética no aprendizado de uma LE, Silva (2004) realizou uma pesquisa experimental com 16 informantes de duas escolas de língua. Desses 16, oito eram de escolas distintas, os quais foram divididos em dois grupos com quatro informantes. Um dos grupos denominado grupo controle, possuía alunos em nível avançado (fluente) e o outro intitulado grupo teste, continha aprendizes em nível iniciante (não fluente) em língua inglesa. O experimento procedeu aplicandose apenas ao grupo-teste informações quanto aos procedimentos fonéticos e fonológicos da LE e da língua mãe, com intuito de conscientizar os informantes quanto aos parâmetros de cada língua. O grupo-controle, os quais eram fluentes na LE que estavam estudando, receberam instruções que seguiram a abordagem tradicional (estrutura gramática, memorização de exercício e vocabulário) encontradas nas aulas de língua. Após sete dias de cada aula instrução, os informantes eram gravados para a posterior análise do experimento. Após o término da coleta de áudio, elas foram analisadas por três pessoas que ouviram as gravações e as julgaram corretas ou incorretas. Salienta-se que os dados para a pesquisa privilegiaram a primeira e a última gravação de cada informante, devido ao interesse pelo estado inicial e final do desenvolvimento atingido por cada um dos sujeitos componentes do teste. Ao final das análises, a pesquisadora pode concluir que os informantes que receberam instruções fonéticas durantes as aulas tiveram desempenho melhor na aquisição da pronúncia da LE, além de apresentarem maior distanciamento da língua Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 180 mãe, no caso o português, e na produção da língua alvo do aprendiz, a língua inglesa. Segunda a autora, seu trabalho teve como substrato teórico os trabalhos de alguns pesquisadores, como Kikuchi (2001 apud Silva,2004), e na etapa das análises dos dados coletados, utilizou-se da Teoria da Análise Acústica da Fala como uma maneira de entender e analisar a fala, atentando à relação entre os aspectos acústicos e articulatórios. Para a o entendimento do sistema sonoro das línguas investigadas nesse trabalho, a pesquisadora utilizou também a Teoria das Vogais Cardeais de Jones como um parâmetro articulatório do sistema vocálico (SILVA, 2004, p. 84). A pesquisa revelou que, por meio de aulas de instruções sobre os procedimentos fonéticos e fonológicos, os aprendizes do grupo teste conseguiram desenvolver a melhor compreensão da função comunicativa em aspectos próprios do discurso, ajudando-os na autonomia do aprendizado. Dessa forma, esse estudo exemplifica que o ensino de fonética e questões fonológicas pode sim ser um apoio importante para se conseguir a competência comunicativa, ou seja, melhorar a pronúncia na aquisição do inglês como LE. Mas de que formas essas instruções fonéticas são levadas para os aprendizes? Estudos realizados nessa área buscam investigar como o componente fonético está sendo utilizado dentro do quadro de ensino e aprendizagem de línguas, averiguando se os materiais didáticos destinados ao ensino de LE estariam introduzindo componentes fonéticos em suas coleções e de que maneira isso estaria acontecendo. Santos e Brawerman-Albini (2013) relatam em seu artigo o destaque da pronúncia como um importante elemento na aprendizagem, quando focada principalmente na competência comunicativa do sujeito que está aprendendo o inglês como LE. E, a partir do elemento pronúncia, analisam a coleção de livros New English File (Elementary, Pre- Intermediate, Intermediate e Upper- Intermediate) da editora Oxford, focalizando esse componente e qual é o espaço destinado às atividades para desenvolver a pronúncia do aprendiz dentro dessas coleções. O objetivo do trabalho de Santos e BrawermanAlbini foi expor o número de atividades que são dedicadas aos segmentos (unidades simples chamadas de fonemas) e aos suprassegmentos (no nível dos suprassegmentos, encontram-se traços que se estendem por mais de um segmento, como o acento, a entonação e a duração das palavras). As autoras trabalharam também com a questão de qual o tipo mais abordado de segmentos e suprassegmentos, como são essas atividades, Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 181 e se elas “são contextualizadas dentro da lição que se apresentam” (SANTOS e BRAWERMAN-ALBINI, 2013, p. 388). Após a análise dos materiais, revelou-se que a série da editora Oxford é considerada oportuna por apresentar enfoque na pronúncia em todas as lições com atividades que destacam os segmentos e suprassegmentos contando ainda com o tópico Pronunciation que destaca os fonemas que o aluno memoriza ao longo do estudo através das atividades propostas. Outro fato importante a ser destacado nessa investigação são as atividades de listening, que se preocupam em mostrar as diferenças que a língua inglesa sofre com as variações de sotaque. As autoras evidenciam que é difícil encontrar materiais didáticos com grande enfoque na pronúncia, e que a utilização, ou não, desse material cabe ao professor. É ele quem poderá tirar, ou não, proveito do conteúdo disponível nessa série. Em relação aos materiais didáticos, Silva (2004) faz uma crítica em relação àqueles baseados na Abordagem Comunicativa de ensino que ainda é tratada de forma superficial na maioria dos casos. A autora acentua que a falta de “comunicação entre métodos, abordagens, material didático e prática de ensino” (SILVA, 2004, p.29) criam um ponto de divergência entre instruir a pronúncia ou não e até que ponto ela se faz eficaz. Essa questão foi analisada por Taveira e Gualberto (2012), que acreditam que trabalhar com esses fatores é vantajoso, pois, se bem trabalhados, podem ajudar tanto os aprendizes quantos os professores no desenvolvimento das habilidades de aquisição de pronúncia como um importante elemento catalisador de ferramentas de ensino que tornam o aprendizado mais elucidado e consecutivamente conscientizado dos mecanismos da língua estudada. Rodrigues-Alves e Soto (2008) abordam a questão da análise contrastiva na aprendizagem de Espanhol como LE, considerando que existe uma antevisão de “falhas” no processo de aprendizagem pelo fato do aprendiz já demostrar conhecimento na sua primeira língua o que faz com que ele transfira muitos dos aspectos dela para a LE que ele está aprendendo. Os autores comentam sobre a semelhança existente entre o Português e o Espanhol cuja proximidade de sons correspondentes pode causar problemas no ensino da língua espanhola em contexto brasileiro. De fronte a esse motivo, os autores citam Listerri (LISTERRI, 2003, p. 93 apud RODRIGUES-ALVES, SOTO 2008 p. 2) que aponta três pilares para essa conscientização do ensino da Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 182 pronúncia nesse contexto: o ensino da fonética, o ensino da pronúncia e a correção fonética. Para os autores, no ensino da fonética, há a necessidade de um detalhamento das características articulatórias, acústicas e perceptivas dos elementos segmentais e suprassegmentais da língua espanhola. Na instrução da pronúncia, os autores complementam que se faz necessário que os professores de espanhol como LE incorporassem-na ao plano curricular. Já para a correção fonética da pronúncia, Rodrigues-Alves e Soto (2008), incentivam que essa correção aconteça, com cautela, mas tendo o foco de fazer com que o aprendiz aprenda no momento certo a forma de se articular e produzir os sons do espanhol. Outro artigo muito rico em explicações é o texto desenvolvido por Braz, Sanches, Camargo e Lima (2008), denominado “A fonética no processo de ensino aprendizagem de Língua Espanhola”. Neste texto, os autores apresentam alguns aspectos da fonética articulatória e do aparelho fonador, descrevendo alguns dos sons encontrados na língua espanhola e que não existem no português. Os autores ressaltam a importância do conhecimento da transcrição fonética de ambas as línguas para a identificação das diferenças e semelhanças. A tabela do Alfabeto Fonético Internacional (IPA do inglês International Phonetic Alphabet) 2 é importante para se compreender como se articulam e qual entonação utilizar na pronúncia de uma LE. Segundo Hirakawa (2007), a Associação Fonética Internacional defende o estudo da língua a partir da formação fonética a fim de estabelecer um padrão de pronúncia em um enfoque no ensino do vocabulário através de associações na LE em maior ocorrência do que na língua mãe (RICHARDS e RODGERS, 1998 apud HIRAKAWA, 2007, p. 17). Também Taveira e Gualberto (2012) consideram necessário que os alunos de Inglês como língua estrangeira (LE) conheçam o IPA e que: Apesar do trabalho em sala de aula para ensinar o IPA exigir mais tempo que o habitual, estudando a fonética da LE, os alunos podem ter autonomia para procurar não só o significado, mas também a pronúncia de palavras em dicionários, uma vez 2 Disponível no endereço eletrônico: http://www.internationalphoneticassociation.org. Acesso em 24 fev. 2016. Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 183 que estes geralmente trazem a transcrição fonética das palavras. (TAVEIRA; GUALBERTO, 2012, p.3). Os dicionários trazem consigo a transcrição das palavras segundo a fonética da língua e com o conhecimento prévio da tabela do IPA, o aluno conquista maior autonomia e fica mais fácil entender a transcrição nos dicionários. As mesmas autoras complementam esse pensamento dizendo que o aluno não necessita dominar o alfabeto fonético em termos de detalhes finos fonéticos, mas: O que queremos dizer é que o IPA pode e deve ser usado como ferramenta de aprendizagem para um aluno de Inglês como LE, não somente para ajudar no aperfeiçoamento da pronúncia, mas também para desenvolver uma autonomia no aluno em relação a essa habilidade. (TAVEIRA; GUALBERTO, 2012, p. 4). Nas seções anteriores, vimos que a fonética pode auxiliar o ensino/aprendizagem de LE e que seu uso tem sido alvo de análise em inúmeros trabalhos. Para investigar e colaborar com essas pesquisas, realizou-se uma investigação com professores de escolas públicas de Irati e Prudentópolis que ministram aulas de Inglês e Espanhol. Apresentamos, na sequência, essa pesquisa que teve como intuito checarmos se esses professores possuem conhecimentos fonéticos para auxiliar seus alunos durante as suas aulas e também observarmos a questão da utilização dos métodos e abordagens para o ensino da LE. 3. Metodologia de pesquisa e análise dos dados coletados Com o propósito de analisar alguns elementos do ensino de uma LE nas cidades paranaenses de Irati e Prudentópolis, propusemos um questionário, disponível no ANEXO1 ao final deste artigo, a um grupo de onze professores de LE que ministram aulas em escolas públicas dessas cidades, tanto no ensino fundamental como no ensino médio. Esse questionário apresentava perguntas relacionadas às impressões que os informantes expõem sobre o ensino de LE, o que é considerado por eles como importante no ensino de línguas e quais as maiores dificuldades que os alunos demonstram no aprendizado da LE em questão. Encerrando o questionário, alocamos três perguntas que exigem um conhecimento básico de fonética, para evitarmos a Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 184 pergunta direta: Você usa fonética em suas aulas? Nessas indagações sobre a fonética os professores tinham a possibilidade de escolha entre três alternativas para apontarem a opção correta. O intuito desse procedimento era saber se os professores apresentam conhecimentos elementares de fonética. As perguntas que compõem esse questionário foram apresentadas aos professores para serem respondidas no momento da sua entrega, tornando impossível a consulta a algum tipo de apoio. Além disso, tinham como finalidade averiguar a LE ensinada, há quanto tempo os informantes ensinam essa língua e se eles apresentam alguma preferência por alguma abordagem ou método de ensino. Em nosso questionário, colocamos uma pergunta referente ao som [ʧ] questionando em qual palavra portuguesa ele é produzido: tapete, tudo ou tijolo. Na comunidade de fala da região analisada, a resposta correta seria tijolo, pois é uma característica da fala paranaense a não elevação do [e] postônico final, produzindo-se [ta'pete] e não [ta'peʧi], com a africada, como mais produtivo em outras regiões brasileiras. Dois informantes mascaram a opção tapete como tendo produção do som [ʧ], mas estes mesmos informantes erraram as outras duas questões basilares de fonética. Para a apresentação dos resultados, dividiremos esses informantes em dois grupos. O Grupo 1 será constituído pelos informantes que acertaram as perguntas relacionadas a fonética, nosso principal foco de estudo. Já no Grupo 2, detalharemos as nossas percepções acerca dos professores informantes que não conseguiram acertar essas perguntas. Os principais resultados por nós observados foram, primeiramente, o número de informantes que acertaram as perguntas relacionadas à fonética. Dos onze participantes apenas quatro marcaram assertivamente todas essas perguntas (Grupo 1). Um número de dois professores acertou dois dos elementos indicados, mas a grande maioria errou todas as opções de alternativa (Grupo 2). É interessante notar que, dos professores que compõem o primeiro grupo e tiveram êxito em suas respostas, todos eles têm sua formação acadêmica mais recente, em média 7 anos. Esses mesmos professores revelaram, por meio do questionário, uma visão mais atual da utilização das teorias para o ensino da LE, não dando preferência para uma ou outra abordagem ou método, mas estabelecendo, de acordo com as necessidades dos alunos, uma maneira para se ensinar a LE que atenda a demanda dentro das Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 185 possibilidades ofertadas para o seu trabalho. Para ilustrar esse dado, um dos informantes, referindo-se aos métodos utilizados em suas aulas, disse que: “Na maioria das vezes busco alternar e encontrar meios que sejam mais pertinentes, dependendo do assunto a ser trabalhado. Assim procuro adequar à minha realidade alguns métodos”. Essa metodologia foi constante no Grupo 1. Os quatro professores apresentam uma visão parecida e clara ao responder as primeiras perguntas do questionário referentes à preferência por algum método ou abordagem, a sua avaliação quanto aos elementos de maior importância no ensino de LE e também as principais dificuldades do aprendiz de L2. Nesses dois últimos elementos citados no parágrafo anterior, a importância e as principais dificuldades no ensino de LE, nossos informantes consideram a oralidade e a escrita como principais obstáculos no aprendizado da LE. Os professores buscam estratégias para ajudar os alunos a se aprimorarem nesses dois quesitos, apesar da dificuldade no desenvolvimento dessas habilidades linguísticas. Analisando o Grupo 2, podemos ver que, nas perguntas descritivas, os professores informantes não mostraram uma visão clara, muitas vezes não respondendo diretamente às perguntas realizadas. Mas apesar disso, se destaca o componente pronúncia e escrita como obstáculo, muitas vezes bloqueador, do processo de aquisição de LE. Em especial, um questionário apresentou uma visão que complementa a informação acima elenca e agrega um dado muito interessante: “A maior dificuldade é com relação à expressão oral, muitas vezes por vergonha do aluno com os demais colegas, e pela quantidade de alunos, é complicado para se trabalhar com tanta frequência a oralidade, porém, tenho buscado estratégias que sejam adequadas para obter mais êxito durante as aulas”. Segundo uma parcela de nossos informantes, isso ocorre pelo medo de se expressar em sala de aula, pois o erro é parte do processo de aprendizado, mas por brincadeiras dos colegas o aluno, constrangido, muitas vezes bloqueia seu aprendizado, deixando de interagir espontaneamente na da sala de aula ou quando é pedido a sua participação no assunto em pauta. Podemos tentar explicar a dificuldade desses professores em responder ao questionário, em principal as perguntas de conhecimento básico da fonética, devido ao tempo que atuam na rede de ensino de LE. A base média de idade ficou avaliada em 19 Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 186 anos trabalhando com o ensino de inglês e espanhol nessas regiões. Além disso, o Grupo 2 tem foco nos métodos e abordagens desenvolvidos há mais tempo, ou seja, mais antigos. Explorando um pouco mais as respostas do questionário, dos onze professores que aceitaram responder as perguntas, oito relataram indignação em suas respostas, ficando evidente um desabafo dos profissionais em relação à educação, não só com a carga horária destinada ao inglês e ao espanhol, mas também à falta de atenção e comprometimento dos alunos em relação às aulas de LE, já que apresentam nível de reprovação praticamente zero. Dentre as respostas destacamos as seguintes: “Dificuldades: poucas! Falta de atenção e comprometimento: muito” (informante 1); “Os alunos não tem interesse na aula” (informante 2); “A motivação dos alunos é uma grande dificuldade, pois os alunos devem estar cientes de que a aprendizagem de língua é um processo que exige paciência e dedicação” (informante 3). Essas respostas selecionadas do questionário dizem respeito aos elementos considerados importantes para o aprendizado de uma LE, como também se referem às maiores dificuldades percebidas no aprendizado dos alunos, acrescidas pela falta de dedicação e comprometimento dos alunos que estudam a LE dentro da rede pública de ensino, na qual a disciplina de língua estrangeira é vista muitas vezes como apenas mais uma a ser cumprida no currículo. 4. Considerações finais Neste trabalho, realizamos uma revisão bibliográfica acerca do conhecimento fonético na aprendizagem de uma língua estrangeira e também realizamos uma pesquisa junto a professores da rede pública de ensino das cidades de Irati e Prudentópolis com o intuito de sondar seus conhecimento fonéticos. Os dados coletados demonstram que os professores formados mais recentemente possuem conhecimentos fonéticos básicos e que os professores consideram o ensino da pronúncia como uma das dificuldades no ensino/aprendizagem de uma LE. As teorias fonéticas por si só não farão com que o aprendiz de LE torne-se um falante exímio, mas elas, juntamente com outros métodos e estratégias de ensino, podem servir como importante instrumento de aprendizagem para o desenvolvimento e Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 187 aquisição de outra língua. Por meio dos estudos analisados, pudemos concluir que existem diversas pesquisas relacionadas à utilização desse componente no ensino de línguas e que estas apresentam ser, por meio dos resultados expostos, de grande valia para a aquisição do idioma escolhido seja por instrumentalizar o professor com conhecimentos para facilitar o aprendizado do aluno, seja por conscientizar o estudante dos processos da aprendizagem. Percebemos também que, mesmo com a existência de diversas fontes de pesquisa, existem poucos materiais específicos que guiem o professor e o aluno nessa interface de estudos e que o ensino da pronúncia por meio de teorias fonéticas para a aquisição e aperfeiçoamento da pronúncia requer um trabalho específico. Considerando essa lacuna, faz-se interessante à elaboração de um material específico para a conscientização da pronúncia no ensino de LE por meio das teorias fonéticas que podem auxiliar o aprendiz na produção e percepção da oralidade da língua que se está aprendendo. Além dessa proposta de desenvolvimento de um material específico que aborde a utilização da fonética para o ensino de LE, existe também a possibilidade de se estudar os livros didáticos destinados às escolas públicas como uma fonte de pesquisa a fim de averiguar a existência, ou não, de exemplares que contemplem a fonética dentro do panorama de ensino de LE e, se essa existir, de que forma ela é realizada. Os trabalhos de Silva (2004) e de Santos e Brawerman-Albini (2013), expostos nesse trabalho, apresentam fontes que trazem estratégias para se trabalhar a pronúncia dos aprendizes por meio da fonética, mas dentro de cursos particulares de LE, ou seja, esses materiais existem, mas são destinados às instituições privadas de ensino de LE. Dessa forma, uma seara a ser observada é a existência de material específico para as escolas públicas que contemple a utilização da fonética no ensino de LE. Referências Bibliográficas BRAZ, Ivete Carneiro; SANCHES, Geane Mª Marques Branco; CAMARGO, Dulce Meger Silveira; LIMA, Wagner Ferreira. A fonética no processo de ensino e aprendizagem de língua espanhola. Anais do VII Seminário de Pesquisa em Ciências Humanas. Organização de Mirian Donat e Rogério Ivano- Londrina: Eduel, 2008 HIRAKAWA, Daniela Akie. A fonética e o ensino aprendizagem de línguas estrangeiras: teorias e práticas. USP, 2007. 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Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 189 ANEXO 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTEUNICENTRO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE IRATI Pesquisa para trabalho de conclusão de curso/ Letras Inglês Acadêmica: Lais Karina Buchener LÍNGUA ESTRANGEIRA ENSINADA: HÁ QUANTO TEMPO ENSINA LÍNGUA ESTRANGEIRA? VOCÊ TEM PREFERENCIA POR ALGUMA ABORDAGEM OU MÉTODO DE ENSINO DE LÍNGUA, POR QUÊ? 1) O que você considera importante no aprendizado de uma língua estrangeira? 2) Quais as maiores dificuldades que você percebe no aprendizado de seus alunos? 3) Assinale a resposta correta: O sinal [:] significa: ( ) vogal acentuada ( ) vogal nasal ( ) vogal prolongada O som [tʃ] geralmente está presente em qual palavra da língua portuguesa: ( ) tapete ( ) tudo ( ) tijolo Qual som abaixo não pertence ao inventário sonoro da língua portuguesa: ( )ɔ ( )æ ( )ɛ Revista INTERLINGUAGENS 2016 Volume7 2ªed ISSN2178-955X Página 190