Bancos BANCO PAULISTA S/A Relatório Analítico Base: Dez/14 Rating brBBB+ O banco apresenta solidez financeira intrínseca adequada. São instituições com ativos dotados de cobertura. Tais bancos apresentam situação financeira razoável e estável. O ambiente empresarial e setorial podem ter uma variação mais acentuada do que nas categorias anteriores e apresenta algum risco nas condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é baixo. Data: 23/abr/2015 Validade: 31/mar/2016 Sobre o Rating Perspectiva: Estável Observação: Histórico: Dez/14: Afirmação: brBBB+ (est.) Afirmação: brA-2 (CP) Dez/13: Afirmação: brBBB+ (est.) Dez/12: Elevação: BBB+ (estável) Dez/11: Afirmação: BBB (estável) Jun/11: Afirmação: BBB (estável) Dez/10: Afirmação: BBB (estável) Dez/09:Afirmação: BBB (estável) Dez/08: Afirmação: BBB (estável) Dez/07: Afirmação: BBB (positiva) Dez/06: Afirmação: BBB (estável) Dez/05: Elevação: BBB (estável) Jun/05: Afirmação: BBB-(positiva) Dez/04: Afirmação: BBB-(estável) Mai/03: Inicial BBB- (estável) Analistas: Luis Miguel Santacreu Tel.: 55 11 3377 0703 [email protected] Leonardo dos Santos Tel.: 55 11 3377 0706 [email protected] Austin Rating Serviços Financeiros Rua Leopoldo Couto Magalhães, 110 – conj. 73 São Paulo – SP CEP 04542-000 Tel.: 55 11 3377 0707 Fax: 55 11 3377 0739 www.austin.com.br FUNDAMENTOS DO RATING O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 23 de abril de 2015, afirmou o rating de crédito de longo prazo ‘brBBB+’ e a classificação ‘brA-2’ de curto prazo para o Banco Paulista S/A. (“Paulista”; “Banco”;”instituição”) A perspectiva do rating permanece estável. O Banco Paulista iniciou suas atividades em 1990, com a transformação da Socopa Corretora Paulista - fundada em 1967 - em banco múltiplo. Simultaneamente ao processo de transformação, o Banco constituiu uma subsidiária integral, também denominada Socopa, para dar continuidade à atividade de corretagem de títulos e valores mobiliários. A partir de 2005, o Banco expandiu seu raio de atuação, ampliando suas fronteiras para além do público de pessoas jurídicas tomadoras de crédito, passando a realizar operações de crédito ao consumidor, com destaque para o financiamento de veículos e o crédito consignado. Em setembro de 2009, os acionistas do Paulista decidiram descontinuar as atividades de financiamento no varejo e focar nas operações de crédito no middle market, câmbio e serviços. No final de setembro de 2009, o Banco cedeu para um fundo de investimento, com coobrigação, a maioria das operações de financiamento de veículos e crédito consignado mantidas no balanço, bem como transferiu para a financeira do Banco Fibra S/A a estrutura operacional e os acordos comerciais associados com a originação das atividades de crédito ao varejo, voltando-se integralmente para o segmento de middle market. O Banco oferece aos clientes pessoas jurídicas, modalidades de crédito de conta garantida, desconto de títulos, mútuos, estruturação e colocação de CCBs, CPRs e outros instrumentos de crédito, presta serviço de cobrança e de fiança. No câmbio, tem explorado operações relacionadas às atividades de comércio exterior (exportação/importação) e financeiras (frete, seguros, royalties, etc.). Atua no segmento turismo (moeda, traveller checks, remessas), no atacado. O Banco atua como liquidante junto ao SPB para Bancos de Investimentos, Corretoras e Distribuidoras de Valores e de agente de compensação junto à CBLC para corretoras de valores. É acionista e participante da CIP - Câmara Interbancária de Pagamentos e da Central de Compensação e Liquidação. Na tesouraria, o Banco e sua controlada – Socopa Corretora - atuam com títulos do Governo Federal, no mercado interbancário de câmbio e de CDI. Também opera nos mercados de câmbio, juros, ações, dívida externa e seus derivativos, para hedging de suas carteiras comercial e de câmbio. Ambos elaboram operações estruturadas, envolvendo a emissão e colocação primária de títulos de crédito, debêntures e ações, fusões e aquisições e reestruturação de passivos. O rating encontra-se em linha com a metodologia de risco de bancos da Austin Rating e a afirmação da classificação levou em conta a adequada solidez financeira intrínseca da instituição, manifestada nos níveis de capitalização reportados e de inadimplência nas operações de crédito. Em que pese o declínio ano a ano, o Banco tem mantido patamar elevado de adequação de capital (Basileia), sendo de 27,7% em dez/12, de 24,4% em dez/13 e 19,4% em dez/14, acima do nível mínimo de capitalização requerido pelo Banco Central. O saldo da carteira do Paulista cresceu apenas 5,5% entre dez/13 e dez/14, em linha com o moderado crescimento observado no setor ante uma conjuntura mais desfavorável e permeada de incertezas quanto à pontualidade das empresas atuando no segmento de middle market. O Banco tem reportado estabilidade nos índices de inadimplência e uma maior seleção e parcimônia na concessão de novas operações. Bancos BANCO PAULISTA S/A O Banco Paulista mantém elevados níveis de liquidez com a presença de uma posição de caixa livre compatível com o pagamento de suas obrigações de curto prazo e adequação de prazos nos vencimentos de ativos e passivos. Em que pese haver concentração das aplicações em torno de poucos investidores, o Banco tem buscado pulverizar sua base de captação fazendo uso da sinergia existente com Socopa Corretora que distribui CDBs emitidos pelo Banco. A posição conservadora da Tesouraria, minimizando o risco de mercado, sobretudo na exposição cambial, através do uso de instrumentos financeiros derivativos de proteção (hedge), mitiga um eventual impacto negativo de descasamento na solvência do Banco. A classificação, em contrapartida, foi limitada pelo porte reduzido do Banco (Patrimônio Líquido de R$ 163,8 milhões em dez/14), muito embora sua alavancagem em crédito seja reduzida, exibindo uma relação de 1,5x em dez/14. O Banco reportou maior lucratividade e melhores indicadores de rentabilidade nos três últimos exercícios, em que pese se observe elevada concentração do resultado do Banco nas operações de câmbio, estas suscetíveis à retração dos negócios e exigindo elevada escala para se rentabilizar economicamente. Ademais, verifica-se reduzida escala e margem de contribuição em determinadas linhas de produtos e serviços oferecidos, o que culmina com indicadores de eficiência de custos moderados. A estratégia em curso, entretanto, ao dispor aos clientes de uma gama diversificada de serviços, reduz a dependência do Banco das atividades de crédito, restrições de crescimento da carteira dado o porte da instituição, efeitos concorrenciais relacionados com a redução dos spreads bancários e, eventuais problemas de inadimplência, motivados pela piora na pontualidade de pagamentos no segmento de middle market. A análise de instituições financeiras realizada pela Austin Rating avalia o risco de crédito de curto e longo prazo da instituição. As notas atribuídas obedecem a uma escala de classificação nacional e servem como parâmetro de comparação entre as instituições bancárias atuando no Brasil e, eventualmente, com atividades no exterior. As escalas da Austin não levam em conta e tampouco se limitam ao rating soberano do país, empregado como teto para ratings internacionais. O processo analítico da Austin Rating leva em conta, além dos fatores políticos, macroeconômicos, setoriais e regulatórios aplicados às instituições financeiras, os aspectos quantitativos (análise das demonstrações financeiras e indicadores de desempenho, Capitalização, Ativos, Captação, Resultado e Liquidez) e aspectos qualitativos (Controle Acionário, Suporte, Grupo Econômico, Administração, Estrutura Operacional e Estratégia de Médio e Longo Prazo) intrínsecos à instituição financeira em análise. Qualidade dos Ativos O Paulista reportou no encerramento do exercício findo em dezembro de 2014, um total de ativos de R$ 1.734 milhões, registrando um crescimento de 26,8% quando comparado com o saldo de R$ 1.368 milhões registrado em dez/13. Destaque para a evolução de 96,4% nas aplicações interfinanceiras de liquidez que alcançaram um volume de R$ 437 milhões em dez/14. A carteira de títulos e valores mobiliários montou R$ 313,6 milhões no mesmo período, subindo 21,3% em 12 meses. Já o saldo de disponibilidades cresceu 9,6% para R$ 274,5 milhões em dez/14, ante R$ 250,3 milhões em dez/13. A soma destas três categorias respondeu por 59,1% dos ativos totais do banco no final do ano passado (dez/13: 53,5%). A carteira de câmbio evoluiu 28% em 12 meses, totalizando R$ 20,7 milhões em dez/14. As atividades de câmbio empreendidas pelo Paulista compreendem, sobretudo, importação de moedas estrangeiras e brasileira, em espécie, e sua distribuição no atacado, junto a instituições financeiras locais (ex.: bancos, corretoras de câmbio) para operações de câmbio turismo realizadas por estas instituições. Em linha, cumpre observar que, diretamente relacionado a esta prestação de serviços de importação de moedas, 83,7% do saldo de disponibilidades reportado em dez/14, era denominado em moeda estrangeira. A carteira de crédito cresceu 5,5% no exercício 2014, saindo de um patamar de R$ 239,2 milhões em dez/13 para R$ 252,4 milhões em dezembro do ano passado, respondendo por 14,6% do total de ativos. A carteira comercial (empréstimos e títulos descontados) montou R$ 232,9 milhões, subindo 10,3% em 12 meses. Os financiamentos de veículos, em fase final de esgotamento, registraram um saldo residual de R$ 117 mil ante R$ 16,6 milhões em dez/13. Os financiamentos através de cédulas de crédito à exportação montaram R$ 16,6 milhões (dez/13: R$ 8 milhões) e os adiantamentos sobre contratos de câmbio R$ 2 milhões (dez/13; R$ 3,4 milhões). 2 Bancos BANCO PAULISTA S/A O total de contratos de créditos perfez o valor de R$ 10,9 milhões no final do ano passado, reportando um aumento de 18,7% na comparação com R$ 9,2 milhões registrados no ano anterior. O nível de inadimplência (total de contratos vencidos/ carteira de crédito) do Banco atingiu o patamar de 3,8% em dezembro de 2013, subindo para 4,3% em dezembro de 2014. Considerando apenas as parcelas vencidas, o nível de atraso na carteira do Banco se elevou de 2,7% em dez/13 para 3,6% em dez/13. O Paulista adota critérios de classificação e provisionamento das operações de crédito, em linha com a Resolução 2.682 do Banco Central do Brasil, não constituindo reservas adicionais às mínimas requeridas. O Banco classificou 12,5% do total da carteira entre as faixas D a H, ante 7,11% nestas mesmas faixas em dez/13 e 10,8% em dez/12. Particularmente o nível H, exibiu maior presença de créditos, de 0,78% em dez/13 para 4,18% em dez/14. Segundo a Administração do Banco, três operações de crédito vencidas que se encontravam classificadas em faixas inferiores de risco (D a G) foram antecipadamente registradas na faixa H. Por conta do aumento no saldo da carteira e, a maior presença de operações de crédito classificadas no nível H, o volume de provisões para créditos de liquidação duvidosa do Banco subiu 59,8% na comparação com dez/13, de R$ 12,4 milhões para R$ 19,8 milhões. Com respeito ao total da carteira, o provisionamento equivaleu a uma razão de 7,8% em dez/14, ante 5,0% em dez/13 e 8,3% em dez/12, níveis superiores à mediana estatística calculada pela Austin Rating para os bancos atuando em seu segmento (dez/13: 3,8%; dez/14: 4,1%). O nível de provisões sobre o volume de atrasos (contratos), tem se mantido elevado e crescente (1,8x em dez/14; 1,3x em dez/13 e 1,0x em dez/12). Em parte, esta cobertura foi ampliada nos anos anteriores com o aumento do volume dos créditos baixados contra prejuízo e, particularmente no ano passado, pela aceleração da provisão de três operações de crédito acima mencionado. Com um total menor de R$ 6,4 milhões de crédito lançados contra prejuízo em 2014 (dez/13: 18,2 milhões), o nível de write-off (write-off/operações de crédito) declinou no período, de 7,6% em dez/13 para 2,5%, aproximando-se da mediana estatística calculada pela Austin Rating para os bancos atuando em seu segmento (dez/13: 1,2%; dez/14: 1,3%). O volume de recuperação de créditos do Banco, da mesma forma, tem declinado ano a ano, sendo de R$ 8,8 milhões em dez/11, R$ 7,8 milhões em dez/12, R$ 6,3 milhões em dez/13 e R$ 4,4 milhões em dez/14. A perda líquida (volume de créditos baixados para prejuízo menos recuperações de créditos) representou apenas 0,8% do total de créditos em dez/14 (4,9% em dez/13; 12,2% em dez/12 e; 6,2% em dez/11). A carteira de crédito tem ficado mais concentrada em torno dos maiores devedores. Em dez/12, o maior cliente respondia por 7,0% da carteira de crédito total, passando para 8,7% em dez/13 e 10,0% em dez/14. Os dez maiores subiram de uma participação de 42,1% em dez/12 para 45% em dez/13, caindo para 44,3% em dez/14. Os 20 maiores declinaram de 64,6% registrado em dez/13 para 61,8% em dez/14. Em linhas gerais, as operações de crédito comercial são avaliadas por meio da análise de cadastro do proponente, pesquisa no Serasa, Central de Risco do Bacen, bancos e fornecedores, visita ao cliente, análise do Grupo Econômico e dos sócios, demonstrações financeiras e cálculo de indicadores. Os clientes são classificados segundo a natureza das operações, das garantias prestadas, do prazo e do cronograma de pagamento da dívida, bem como da cobertura de juros e principal. Como aspectos qualitativos, a análise considera a estratégia de atuação do proponente, o setor econômico, mercado, especialização, ambiente regulatório e participação de mercado da empresa. A aprovação de crédito é realizada pelo Comitê Consultivo em que participam a Diretoria e a alta gerência, à exceção do Presidente do Banco, e pelo Comitê Executivo, com a presença de todos os membros, incluindo o Presidente. O processo de crédito foi aperfeiçoado e dinamizado, gerando mais integração e foco entre os gerentes comerciais e a área de análise, o que tem se manifestado em um maior número, e com mais celeridade, nas aprovações das propostas de crédito e menor taxa de rejeição, na medida em que os clientes prospectados pela área comercial têm se alinhado, desde o início, aos critérios cadastrais e de risco estabelecidos na política adotada pelo Banco. O Banco opera no segmento por meio da matriz, mais notadamente no Estado de São Paulo. 3 Bancos BANCO PAULISTA S/A A posição ativa do Paulista em títulos e valores mobiliários e, em aplicações interfinanceiras de liquidez, se vincula ao caixa mantido pelo Banco e às operações compromissadas no mercado aberto. Compõem-se basicamente de títulos públicos federais dotados de baixo risco de crédito. Em dezembro de 2014, a carteira de títulos e valores mobiliários se compunha de Letras Financeiras do Tesouro (48,2%), Notas do Tesouro Nacional (44,1%), ADR´s (3,3%) ações de companhias abertas (2,3%), Letras do Tesouro Nacional (0,4% do total), entre outros instrumentos financeiros. Da mesma forma, 94,6% do total das aplicações interfinanceiras de liquidez tinham como lastro títulos públicos federais, à exceção de 5,4% em depósitos interfinanceiros emitidos por bancos cuja identidade não foi divulgada à Austin Rating. Capitalização O Banco Paulista é uma instituição financeira privada nacional de capital fechado, tendo como acionistas os Srs. Álvaro Augusto Vidigal, com 59,91% de participação no capital total (67,95% das ON e 51,87% das PN), Homero Amaral Jr. com 35,1% do total (32,05% da ON e 38,15% das PN) e Álvaro Augusto de Freitas Vidigal com 4,99% (9,98% das PN). O Banco tem como principal e maior investimento a participação de 100% no capital social da Socopa – Sociedade Corretora Paulista S/A. Ademais, tem participação de 51% no capital social da Riviera Gestora de Recursos Ltda., gestora com R$ 5.698 milhões de ativos sob sua gestão, segundo ranking da ANBIMA de fev/14. As atividades bancária e de corretagem de valores são os principais negócios do acionista controlador, não coexistindo com outras atividades, que concorram, em termos de dedicação física e recursos financeiros. Os acionistas controladores se encontram comprometidos com o bom funcionamento e continuidade de suas atividades. Tal comprometimento se fez presente em junho de 2011, com um aumento de capital de R$ 20 milhões, aplicação em Letra Financeira de igual valor e, com a presença, a cada exercício, de aplicações sob a forma de depósitos a prazo e letras de crédito do agronegócio, conforme reportado em nota explicativa ao balanço de dezembro de 2014 reportado. A carteira cedida com coobrigação, no ano de 2009, à financeira do banco Fibra tem afetado menos os resultados do Banco Paulista, já que atingiu sua maturidade no ano passado. Por meio de convênio firmado ao final de 2010 com a Paulista Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros - entidade ligada – foram cedidos direitos creditórios vencidos e oriundos de operações de empréstimos e financiamentos realizados pelo Banco de modo a proteger a rentabilidade da instituição ao evitar novas provisões que viessem a comprometer o resultado do Banco e o nível de capitalização mínimo requerido pelo Banco Central do Brasil. Na ocasião, foi pago à Securitizadora o montante de R$ 15,3 milhões em dezembro de 2010 e R$ 6,5 milhões em dezembro de 2011 referentes ao resultado da equalização de preços, calculado considerando o histórico de inadimplência sobre a carteira objeto da cessão. O valor foi apropriado ao resultado, na rubrica “outras despesas operacionais”, na mesma proporção em que os créditos sujeitos ao referido convênio atingissem seus vencimentos, o que ocorreu, substancialmente, até dezembro de 2012. No exercício 2011, esta despesa montou R$ 8,8 milhões, em 2012 totalizou R$ 4,5 milhões, em 2013 alcançou R$ 2 milhões e, nula, em 2014. A redução da ponderação de capital da coobrigação de créditos já cedidos no passado, motivada pela securitização em referência, aliado ao aumento de capital celebrado no final do primeiro semestre de 2011, fortaleceram a base patrimonial do Banco. Adicionalmente, a base patrimonial foi fortalecida com a retenção de parte do lucro líquido apurado no quadriênio 2011-2014. O Patrimônio Líquido do Paulista cresceu 14,3% entre dez/11 e dez/12, 7,7% entre dez/12 e dez/13 e, 11,5% entre dez/13 e dez/14, alcançando R$ 163,8 milhões no final do ano passado. O Banco registrou um indicador de Basileia de 19,4%, inferior aos 24,4% em dez/13 e 27,7% em dez/12, embora ainda elevado com relação ao nível mínimo de 11% requerido pelo Banco Central do Brasil. Destaques nesta queda do indicador para o aumento das parcelas referentes ao risco de crédito das exposições ponderadas pelos fatores definidos e da parcela referente ao risco operacional, respectivamente com peso de 68,7% e 21,5% no total de ativos ponderados pelo risco em dez/14. O Patrimônio de Referência do Banco (PR) conta com duas emissões de Letras Financeiras, elegíveis à capital, que, somadas, registraram saldo de R$ 58,7 milhões ao final de dezembro de 2014. Tal montante colaborou com R$ 22 milhões de nível II do PR naquela data. Por conta da maior moderação no crescimento do crédito no último exercício, o indicador de alavancagem de crédito (crédito/PL) do Banco caiu de 1,6 vez em dez/13 para 1,5 vez em dez/14, nível reduzido comparativamente com outras instituições financeiras atuando no sistema bancário brasileiro. 4 Bancos BANCO PAULISTA S/A Captação / Liquidez As atividades de crédito comercial e as operações de compra de moeda estrangeira têm sido financiadas com a emissão de depósitos (CDB/CDI) captados junto a pessoas jurídicas, físicas, investidores institucionais e parcela obtida junto aos acionistas e empresas ligadas. Com menor participação que a modalidade anterior, o Paulista emite Letras Financeiras, CRIs, LCAs e LCIs. O Banco realiza empréstimos no exterior para financiar operações de pré-pagamento de exportação, ACC e ACE A captação total do Banco compreendendo depósitos, letras, empréstimos e repasses e excluindo as operações no mercado aberto, alcançando R$ 813,3 milhões em dez/14, montante 24,4% superior a igual período em 2013. Os depósitos montaram R$ 722,2 milhões em dezembro de 2014, registrando um aumento de 29,9% na comparação com o saldo de dezembro de 2013 e equivalendo a 88,8% da captação total. O saldo dos depósitos a prazo de R$ 512,4 milhões, subindo 20,9% na comparação com dezembro de 2013. Os depósitos interfinanceiros cresceram 78,4%, montando R$ 106,4 milhões em dez/14. O saldo de depósitos à vista alcançou R$ 103,4 milhões, elevando-se 42,4% em 12 meses, dadas as atividades de banco liquidante exercidas pelo Paulista, bem como da presença de recursos em trânsito associados à formalização, com posterior liquidação, de operações de crédito estruturadas pelo Banco. Em dez/14, o Banco registrou um saldo de R$ 54,6 milhões de Letras emitidas (LF, LCA, LCI), superior em 22,1% ao saldo de dez/13. As obrigações em moeda estrangeira montaram R$ 21,0 milhões, valor superior aos R$ 29,9 milhões registrados em dezembro de 2013. Já a captação de recursos advindos do Ministério das Cidades e Órgãos Conveniados dentro do Programa Nacional de Subsídio à Habitação de Interesse Social – PSH registrado na rubrica repasses do país – instituições oficiais, declinou de R$ 23,0 milhões em dezembro de 2013 para R$ 15,9 milhões em dezembro de 2014. O Banco contabilizou como contrapartida a esta captação específica do Programa, saldo de créditos vinculados de R$ 19,9 milhões, que, uma vez liberados aos interessados, serão registrados na carteira de crédito do Banco. O Paulista conta com uma política de liquidez que tem como objetivo preservar a pulverização das fontes de captação, gerenciar a composição dos depósitos visando à desconcentração em torno de poucos aplicadores e adequar os prazos das operações ativas e passivas. Afora a liquidez dos instrumentos financeiros que compõem seu caixa livre (títulos públicos com negociação diária no mercado secundário), os créditos concedidos para pessoas jurídicas são dotados de giro rápido e boa qualidade, conferindo previsibilidade quanto ao seu recebimento. Em função da reduzida base patrimonial, a estrutura de funding é mais concentrada devido às restrições de investimento por parte de determinados aplicadores, exigindo da instituição, políticas de crédito, de tesouraria e de liquidez mais conservadoras e prudenciais. No encerramento do exercício findo em dezembro de 2014, o Banco apresentava adequado casamento de prazos entre ativos e passivos. Na faixa de vencimento de até 90 dias, a soma das rubricas, disponibilidades, aplicações interfinanceiras de liquidez, TVM, relações financeiras, carteira de câmbio e operações de crédito vincendas cobriam a uma razão de 1,25 vezes, a soma dos depósitos, captação no mercado aberto, carteira de câmbio, recursos de aceites e emissão de títulos e obrigações por empréstimos e repasses, de mesmo vencimento. Na faixa de vencimentos de 90 a 360 dias, apresentava uma cobertura de 1,27 vezes e, acima de 360 dias, apresentava cobertura de 0,85 vezes. No final de dezembro de 2014, o Banco Paulista manteve a ótima relação entre caixa e equivalentes de caixa e suas obrigações com terceiros. A soma das disponibilidades com aplicações interfinanceiras (excluindo a carteira de terceiros das captações no mercado aberto), títulos e valores mobiliários (carteira própria) representavam 420,07% do Patrimônio Líquido, 111,2% dos depósitos a prazo e interfinanceiros totais e de 205,5% dos depósitos a prazo e interfinanceiros vencendo há até 360 dias. O Banco vem mantendo o caixa em patamares bem superiores ao mínimo de R$ 90 milhões, estabelecido pela Alta Administração, em parte, devido à redução da atividade de crédito nos últimos exercícios e, sobretudo, pelo aumento das operações de câmbio turismo e no mercado aberto. As disponibilidades em moeda estrangeira montaram R$ 230 milhões, equivalendo a 33,4% do caixa e equivalentes de caixa. Em dezembro de 2014, cabia ao maior aplicador de depósitos a prazo e DPGE, 19,7% do volume captado através destas modalidades e o segundo maior por 12,6%. Estas captações advêm de vários investidores aplicando sob a conta e ordem de uma corretora de valores e da Socopa Sociedade Corretora Paulista S/A. Os dez maiores foram responsáveis por 62,4% e os vinte maiores por 71,7%. Cabe mencionar que 8,2% do total dos depósitos a prazo + DPGE em dezembro de 2014, 5 Bancos BANCO PAULISTA S/A advinham diretamente de partes relacionadas. Ademais, do total das emissões de títulos (LCA, LCI), 70,4% igualmente veio de partes relacionadas, assim como da emissão de Letras Financeiras (56,3% dom total desta modalidade), o que colabora na gestão dos gaps de ativos e passivos do Banco. Risco de Mercado A Tesouraria do Banco apoia a área comercial dando o pricing para as operações ativas, realiza e acompanha operações de proteção (hedge) e assume eventuais posições proprietárias, sobretudo no mercado aberto com operações compromissadas envolvendo títulos públicos. Os riscos são controlados nos moldes definidos pela Alta Administração do Banco. O modelo utilizado para monitorar o risco de mercado é o VaR paramétrico, com limite máximo de perda de 2% do PL e intervalo de confiança de 97,5%. O Value at Risk é calculado diariamente pela instituição. Em dezembro de 2014, o VaR global do Paulista montava R$ 1.583 mil, ou o equivalente a apenas 0,97% do PL naquela data. O Banco faz o hedge, mediante uso de instrumentos financeiros derivativos – operações de termo (NDF) – da exposição cambial atrelada ao volume de moeda estrangeira, adquirido para as atividades de câmbio turismo, conforme apresentado em nota explicativa das demonstrações financeiras reportadas em dezembro de 2014. Os empréstimos no exterior de préexportação têm como contrapartida a compra de moeda estrangeira, visando ao adiantamento de contratos de câmbio de clientes, não incorrendo a operação, em descasamento de moedas. A exposição cambial total do Paulista, em dezembro de 2014, montou R$ 32.886 mil, correspondendo a 20,1% do PL do Banco naquela data. O valor da exposição cambial encontrava-se abaixo dos R$ 53.052 mil de limite estabelecidos pelo Bacen (30% do Patrimônio de Referência). O VaR da posição cambial montava R$ 438,6 mil em dez/14. Na carteira de títulos e valores mobiliários, o Banco possuía em dezembro de 2014 um estoque de R$ 137,9 milhões de NTN (cupom semestral + atualização nominal pelo IPCA) e de apenas R$ 1,4 milhão de LTN (pré-fixada), classificadas nas categorias para negociação e disponíveis para venda, respectivamente. Em dezembro de 2013, o VaR da posição pré montava R$ 1.590 mil, equivalendo a apenas 0,97% do PL. Risco Operacional O controle do risco operacional encontra-se devidamente monitorado, tendo impacto reduzido na solvência do Paulista. Em o conformidade com a Resolução n 2.554 do Bacen, o Banco possui uma área de risco e compliance, a qual se subordina diretamente à Diretoria da instituição e tem como função verificar o enquadramento ao compliance, desenvolver as principais políticas de gestão de risco operacional e cumprir as exigências legais inerentes a sua atividade. Em sintonia com o cronograma estabelecido na Resolução 3.380 do CMN, que dispõe sobre o risco operacional, o Banco implantou – com o auxilio de consultoria externa contratada, que contempla o fornecimento de software de gestão específico – a estrutura de gerenciamento desta classe de risco, mapeando, medindo e adotando procedimentos, com o intuito de mitigar este tipo de risco. O risco operacional tem origem em fraudes, internas ou externas, demandas trabalhistas, processos e práticas inadequadas junto a clientes ou relativas a produtos e serviços, interrupção indevida das atividades da instituição, falhas em sistemas e processos e o descumprimento de prazos contratuais ou regulamentares. O Paulista levanta periodicamente estes eventos, avaliando e categorizando a sua natureza, e implementando e monitorando a eficácia dos planos de melhoria adotados para minimizar a sua recorrência, e seu impacto no Banco. O Banco adota a Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada para o cálculo da parcela de capital, a ser alocada para o risco operacional. Em dezembro de 2014, esta parcela de capital montava R$ 200,3 milhões, equivalendo a 21,5% do Patrimônio Líquido de Referência. Gestão / Estratégia / Governança Corporativa A gestão do Banco Paulista apresenta poucos níveis hierárquicos. As decisões estratégicas são tomadas pelos acionistas e Conselho de Administração e executadas pela Diretoria Executiva (ver composição em quadro a seguir). Os Diretores participam de comitês para monitoramento das diretrizes estratégicas, avaliação de desempenho das linhas de negócio e das políticas de risco. O maior acionista e Diretor Presidente do Banco participa diretamente da gestão, acumulando as 6 Bancos BANCO PAULISTA S/A funções da Diretoria Geral Operacional, responsável pelas áreas comercial, crédito, tesouraria, negócios e produtos, recursos de terceiros, operações internacionais e, serviços ao mercado. O resultado gerencial de cada item que compõe a matriz de produtos e serviços do Banco é avaliado periodicamente pela Diretoria da instituição, visando alcançar um maior cross-selling entre eles e uma maior integração entre as atividades da corretora Socopa com as do Banco. O desempenho das atividades de câmbio têm se notabilizado a cada exercício no resultado final por área de negócios do Banco. No ano 2014, responderam por aproximadamente 70% do ganho gerencial do Paulista. Nelas se incluem como maior destaque as operações de câmbio turismo com moeda nacional e estrangeira, seguidas de operações de câmbio comercial e, em menor medida, de remessas de recursos (remittance), Com atenção voltada para o segmento de pessoas jurídicas, após a descontinuidade das atividades de financiamento para pessoas físicas, o foco no crédito tem sido dado ao segmento de crédito comercial do middle market com operações de capital de giro, conta garantida, mútuos, descontos e, fianças. Conforme observado acima, o peso do crédito no total de ativos diminuiu ao longo dos anos, dando lugar às referidas operações de câmbio e no mercado aberto. O Paulista tem buscado se especializar como um banco de prestação de serviços com uma gama variada de atividades, tais como agente de compensação da CBLC, banco liquidante no SPB, estruturação/distribuição de títulos e valores mobiliários (ex.: CCBs, CRIs, etc.), administração custódia, gestão,distribuição de fundos de investimento, constituição e estruturação de FIDCs. Por intermédio da Socopa - sociedade corretora controlada - realiza a intermediação financeira de títulos e valores mobiliários, câmbio e, a distribuição de títulos e valores mobiliários, incluindo os próprios CDBs emitidos pelo Banco. Ademais, como forma de expansão da captação, o Banco tem mantido os repasses de recursos oriundos do Ministério das Cidades e Órgãos Conveniados (Órgãos Públicos Estaduais, Municipais, Distrito Federal e, Cooperativas de Habitação), referentes ao Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social – PSH. Desempenho As receitas da intermediação financeira do Paulista montaram R$ 253,0 milhões no exercício 2014, resultando em um aumento de 20,4% ante o valor apurado no ano anterior e recuperando o patamar de receitas de R$ 252,3 milhões registrado no ano 2012. O resultado com as operações de câmbio alcançou R$ 127,7 milhões no ano 2014, equivalendo a 50,5% do total das receitas da intermediação. Com respeito ao ano anterior, o resultado de câmbio declinou apenas 0,4%. O resultado com títulos e valores mobiliários evoluiu 29,2% no período em análise, totalizando R$ 71,4 milhões em 2014. O resultado com operações compromissadas foi de R$ 32,9 milhões, de R$ 1,5 milhão com depósitos interfinanceiros e de R$ 37 milhões com aplicações com títulos e valores mobiliários. Destaque para o crescimento de 57,4% no resultado com operações compromissadas como reflexo da expansão dos volumes médios transacionados no mercado aberto. Semelhante comportamento se fez notar nas operações com TVM fruto do aumento do saldo médio e na remuneração dos papéis da carteira. As rendas com operações de crédito subiram 36,3% para R$ 50,2 milhões, acompanhando o crescimento do saldo da carteira observado nos últimos 12 meses. Os ganhos com empréstimos e títulos descontados somaram R$ 42,9 milhões, um aumento de 50% na comparação. As despesas financeiras incorridas nas captações (depósitos a prazo, no mercado aberto, depósitos interfinanceiros, emissão de Letras) registraram aumento de 58%, no período em análise, montando R$ 108,1 milhões no exercício 2014. Alinhados com os maiores saldos reportados no final do ano passado, as despesas com depósitos a prazo totalizaram R$ 51,9 milhões em 2104, seguidas das captações no mercado aberto com R$ 34,4 milhões, Somadas, responderam por 798% do total das despesas. Com menor peso no total das despesas de intermediação financeira, as despesas com empréstimos e repasses declinaram 26,9% pra R$ 11,3 milhões em 2014. As constituições de provisões para créditos de liquidação duvidosa, líquidas de reversões, diminuíram 11,4%, de R$ 15,6 milhões para R$ 13,8 milhões entre dez/13 e dez/14. Embora o volume de créditos em atraso tenha crescido 18,7% no período e, conforme comentado acima, tenham sido lançadas antecipadamente alguns créditos para a faixa H, o Banco manteve parcela significativa de sua carteira vincenda em faixas de risco exigindo menos provisão (níveis A a C). 7 Bancos BANCO PAULISTA S/A Ante o aumento das receitas da intermediação financeira, o resultado bruto do Banco subiu 8,3%, de R$ 110,7 milhões em 2013 para R$ 119,8 milhões no exercício do ano passado. A margem bruta do Paulista (resultado bruto da intermediação/ receitas da intermediação financeira) caiu ligeiramente no período, de 40,9% em dez/13 para 39,3% em dez/14, nível elevado com relação à mediana estatística de seu peer group (dez/13: 29,6%). As receitas com prestação de serviços do Paulista registraram uma queda de 14,2% na comparação com o ganho apurado no exercício 2013, totalizando R$ 51,8 milhões no ano passado. Ressalta-se a retração de 68,5% nas rendas de desenvolvimento de negócios, de R$ 25,8 milhões para R$ 8,1 milhões, o aumento de 46,4% nos serviços de custódia (dez/14: R$ 19,8 milhões) e de 44,3% nas tarifas de serviços bancários (dez/14: 17,5 milhões). O resultado de equivalência patrimonial oriundo da participação integral no capital social da Socopa Corretora foi positivo em R$ 12,1 milhões ante um ganho de apenas R$ 1,1 milhão em 2013. O resultado foi favorecido, sobretudo, pela cessão, pelo valor de face, pra o Banco Paulista, de direitos creditórios anteriormente baixados para prejuízo, que estavam registrados em contas de compensação, gerando um saldo positivo de R$ 12,8 milhões. As despesas de pessoal cresceram 12,1%, perfazendo R$ 52,4 milhões no exercício finalizado em dez/14. As outras despesas administrativas ficaram praticamente estáveis, declinando 0,1% para R$ 59,4 milhões. Como maiores itens de despesas, os gastos com transportes (relacionados com as atividades de serviço de câmbio) aumentaram 16,0% no ano passado para R$ 29,8 milhões, ao contrário dos gastos com serviços técnicos especializados que diminuíram 40,3% para R$ 8 milhões. O índice de eficiência do Banco [(despesa de pessoal + despesa administrativa)/(resultado bruto de intermediação + receita de serviços)] ficou em 65,1% em dezembro de 2014, piorando com relação aos 62,1% reportados em dez/13. Tal índice ficou em linha com a mediana estatística calculada pela Austin Rating para um grupo de bancos atuando no mesmo segmento do Paulista (dez/14: 66,3%). O lucro operacional do Paulista alcançou R$ 45,9 milhões no ano 2014, subindo 58,2% na comparação com o ano anterior. O lucro líquido do Banco foi de R$ 34,5 milhões no ano passado, apresentando evolução de 65,5% no período em análise. A rentabilidade sobre o PL final foi de 21,1% (dez/13: 14,2%), muita elevada ante a mediana estatística calculada pela Austin Rating para os bancos de seu segmento de atuação (dez/14: 9,6%). Variáveis Exógenas A expectativa para o ano 2015 é de incerteza quanto aos fundamentos da economia brasileira, busca de controle dos níveis de inflação, taxas básicas de juros em patamares mais elevados e interrupção dos investimentos na produção e infraestrutura, o que sinaliza para um desempenho negativo da economia brasileira este ano. O crescimento da carteira de crédito dos bancos encontra-se, assim, atrelado à conjuntura econômica local, ao estímulo e capacidade das empresas e famílias para contrair dívidas, ao comportamento das economias maduras e emergentes, bem como o ambiente político doméstico, agravado com as investigações e denúncias envolvendo empresas, agentes públicos e ex-diretores da Petrobrás na operação policial denominada “Operação Lava-Jato”. Em que pese o segmento do middle market apresentar elevado potencial de crescimento nos próximos anos, a carteira de crédito do Banco Paulista se encontra exposta aos eventos levantados acima, o que pode penalizar sua pontualidade de pagamento, deteriorando o valor das garantias, com aumento do nível de provisionamento e de write-offs. Os novos requerimentos de capital mínimo apresentados no Novo Acordo da Basileia (Basileia 3) exigirão dos bancos níveis adicionais de capital e reservas, bem como novas e adicionais ponderações para classes de ativos, reduzindo eventualmente, a capacidade de originação de crédito, caso não sejam empregadas iniciativas, no sentido de formar, ao longo do tempo, resevas por meio da retenção de parte dos lucros apurados a cada exercício. O estoque de R$ 70,5 milhões de créditos tributários de imposto de renda e contribuições não pesará negativamente, reduzindo o Patrimônio de Referência do Paulista, uma vez que este foi constituído somente sobre diferenças temporariamente não dedutíveis e o Banco não registra prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social. 8 Bancos BANCO PAULISTA S/A PERSPECTIVA A perspectiva do rating é estável. Como fatores determinantes para que a perspectiva seja alterada para negativa, salientamos uma piora substancial na qualidade dos ativos, uma piora prolongada do desempenho econômico-financeiro, elevação do risco operacional e de imagem associados às operações de câmbio realizadas pelo Banco, ou uma mudança no comprometimento do acionista controlador. Entre as condicionantes que podem ensejar, mas que não garantem a alteração da perspectiva para positiva destacamos o crescimento da base patrimonial, a expansão recorrente das fontes de receitas e melhora dos indicadores de eficiência de custos, a manutenção da alavancagem em patamar considerado adequado pela Austin Rating, a ampliação das fontes de funding em modalidades compatíveis, a manutenção da liquidez em patamar adequado e a obtenção de desempenho consistente e contínuo. EXTRATO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (Base: Demonstrações Financeiras consolidadas referentes a 31 de dezembro de 2014 e 2013, auditadas pela Ernst & Young Auditores Independentes S.S. e publicadas sem ressalvas) R$ mil Extrato do Ativo dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 Disponibilidades 79.709 96.743 131.505 187.409 250.356 274.467 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 269.925 285.692 241.791 249.140 222.516 437.032 T.V.M. + Derivativos 437.532 318.932 256.752 233.162 258.476 313.635 Operações de crédito 295.849 377.213 342.445 179.533 239.245 252.403 Carteira de Câmbio 28.146 244.521 146.397 275.934 162.264 207.659 Permanente 46.368 47.264 86.054 86.753 88.746 105.984 Ativo Total 1.403.311 1.630.381 1.384.981 1.362.894 1.367.583 1.733.718 R$ mil Extrato de Passivo dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 Depósitos 571.269 718.574 664.904 578.523 556.024 722.161 Captações no mercado aberto 357.682 230.703 211.580 152.737 239.681 362.467 - - - - 44.710 54.598 Empréstimos e Repasses 171.257 201.376 65.595 63.556 52.898 36.858 Outras Obrigações – Carteira de Câmbio 14.879 220.977 129.196 261.567 157.876 200.282 Patrimônio Líquido 109.499 90.988 119.326 136.399 146.953 163.792 1.403.311 1.630.381 1.384.981 1.362.894 Emissão de Títulos Passivo Total 1.367.583 1.733.718 9 Bancos BANCO PAULISTA S/A R$ mil Extrato do Demonstrativo de Resultados dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 Receitas da intermediação financeira 225.679 199.137 308.466 252.296 210.115 253.022 Despesas da intermediação financeira -141.022 -130.319 -192.112 -108.298 -99.440 -133.193 Provisão para crédito Liquidação Duvidosa -58.696 -31.662 -65.467 -21.154 -15.610 -13.836 Resultado bruto da intermediação financeira 84.657 68.818 116.354 143.998 110.675 119.829 Receitas de prestação de serviços 23.339 24.679 31.436 37.371 60.327 51.780 Despesas de pessoal -25.285 -30.318 -34.716 -40.005 -46.721 -52.373 Outras despesas administrativas -26.153 -26.850 -48.271 -54.526 -59.432 -59.374 Outras receitas/despesas operacionais -71.423 -55.064 -26.059 -30.484 -22.450 -11.853 Resultado Operacional -20.934 -25.525 21.989 44.274 29.026 45.912 Resultado não Operacional -2.469 -4.671 -2.669 6.638 119 87 Lucro antes IR e CSLL -23.403 -30.196 19.320 50.912 29.145 45.999 Imposto de Renda e Contribuição Social -23.894 - -23.287 -3.384 - -2.040 Ativo Fiscal Diferido 34.005 11.685 18.040 -14.728 -7.203 -7.651 - - -704 -1.640 -1.097 -1.815 -13.292 -18.511 13.369 31.160 20.845 34.493 Participações Lucro Líquido Carteira de Crédito R$ Mil dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 Total de Crédito 295.849 377.213 342.445 179.533 239.245 252.403 - - - - 0 0 Risco nível A 21.513 25.258 4.622 3.118 2.609 0 Risco nível B 49.070 130.770 123.995 74.856 94.621 89.996 Risco nível C 172.573 195.353 188.412 82.179 125.014 130.734 Risco nível D 19.152 8.789 5.174 1.440 1.423 10.264 Risco nível E 5.883 2.753 3.818 7.403 7.960 10.505 Risco nível F 7.739 5.033 2.229 1.694 3.711 2 Risco nível G 6.046 4.587 1.027 1.186 2.051 343 Risco nível H 13.873 4.670 13.168 7.657 1.856 10.559 Total de Créditos em Atraso 53.190 25.239 30.706 14.920 9.199 10.916 Provisão Constituída 31.431 19.397 23.580 14.929 12.387 19.800 Provisão Total 33.647 19.397 23.580 14.929 12.387 19.800 Provisão Total/ Créditos em Atraso (x) 0,6 0,8 0,8 1,0 1,3 1,8 Provisão Total/ Write-Offs (x) 0,7 0,4 0,4 0,5 0,7 3,1 Provisão Total/ Perda Líquida (x) 0,8 0,5 0,4 0,7 1,0 9,6 Write-Offs/ Total de Crédito (%) 15,4 12,2 17,9 16,6 7,6 2,5 Perda Líquida/ Total de Crédito (%) 13,4 10,0 15,3 12,2 4,9 0,8 Recuperações/ Write-Offs (%) 13,2 18,2 14,3 26,4 34,9 67,8 Risco nível AA 10 Bancos BANCO PAULISTA S/A LIQUIDEZ – Balanço Patrimonial por Prazos – 12/14 1 ano < 3 meses 3 a 12 meses Disponibilidades 274.817 - - Aplicações interfinanceiras de liquidez 413.427 23.605 - 0 81.668 216.799 Relações financeiras 19.873 - - Carteira de câmbio 207.659 - - Operações de crédito 126.481 88.005 28.767 1.042.257 193.278 245.566 Depósitos 208.027 126.837 283.935 Captação no mercado aberto 362.467 - - Recursos de aceites e emissão de títulos 47.981 23.156 4.228 Carteira de câmbio 200.282 - - Obrigações por empréstimos e repasses 18.005 2.762 - TOTAL DO PASSIVO 836.762 152.755 288.163 COBERTURA (1)/(2) 1,25x 1,27x 0,85x Títulos e valores mobiliários TOTAL DO ATIVO LIQUIDEZ – Caixa Livre e Equivalente Caixa dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 Disponibilidades 96.743 131.505 187.409 250.356 274.467 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez - Captação no mercado aberto (terceiros) 153.512 98.459 106.668 102.089 208.524 TVM e Derivativos (Carteira própria) 62.390 101.749 70.202 66.618 205.051 Liquidez Total 312.645 331.713 364.279 419.063 688.042 Liquidez Total/ Depósitos ( a prazo + interf.) CP 71,26% 77,87% 101,73% 134,98% 205,47% Liquidez Total/ Depósitos a prazo + interf. (CP + LP) 48,0% 54,6% 75,3% 86,7% 111,19% 343,61% 277,99% 267,07% 285,17% 420,07% Liquidez Total/ Patrimônio Líquido INDICADORES DE DESEMPENHO ADEQUAÇÃO DO CAPITAL (%) dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 Capitalização 8,6 5,9 9,5 11,3 12,3 10,6 Concentração em Crédito 21,8 23,8 26,4 14,1 18,7 15,5 Alavancagem em Crédito (x) 2,7 4,1 2,9 1,3 1,6 1,5 Índice da Basiléia 14,7 13,1 19,0 27,7 24,4 19,4 11 Bancos BANCO PAULISTA S/A LIQUIDEZ (%) dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 Encaixe 191,7 146,0 231,1 197,7 344,9 265,5 Liquidez Corrente 108,5 112,3 116,7 98,3 124,2 112,2 Liquidez Imediata 92,8 86,8 90,7 88,0 117,4 103,9 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 Inadimplência (> 60 dias) 13,5 3,7 5,5 6,1 3,2 4,2 Provisionamento 11,4 5,1 6,9 8,3 5,2 7,8 Comprometimento do PL (> 60 dias) 27,9 12,6 13,3 7,2 4,8 5,8 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 Intermediação 11,0 8,5 15,3 8,9 8,3 8,6 Eficiência 108,2 61,1 56,2 52,1 62,1 65,1 Custo Total 15,8 12,8 23,2 17,8 18,4 16,9 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 Margem Bruta 34,0 30,8 38,2 49,7 40,9 39,3 Rentabilidade sobre PL final -12,1 -20,3 10,6 22,8 14,2 21,1 Retorno sobre Ativo -1,0 -1,1 0,8 2,3 1,5 2,0 QUALIDADE DO ATIVO (%) CUSTO (%) RENTABILIDADE (%) Conselho de Administração Cargo Homero Amaral Junior Presidente Alvaro Augusto Vidigal Vice - Presidente Marcos Giannetti da Fonseca Conselheiro Roberto Luis Troster Conselheiro Diretoria Estatutária Ano de ingresso no Banco/Corretora Cargo Alvaro Augusto Vidigal 1990 Diretor Presidente Gerson Luiz Mendes de Brito 1990 Diretor Geral Administrativo Tarcísio Rodrigues Joaquim 1992 Diretor de Operações Internacionais Marcelo Pereira Cardoso 1996 Diretor de Processamento e Liquidação Daniel Doll Lemos 2000 Diretor de Recursos de Terceiros Marcelo de Toledo Guimarães 2008 Diretor de Relações Institucionais Luiz Fonseca de Souza Meirelles Filho 2008 Diretor de Negócios e Produtos Rui Luis Fernandes 2010 Diretor de Crédito Jeferson Fanti 2013 Diretor Comercial 12 Bancos BANCO PAULISTA S/A INFORMAÇÕES REGULATÓRIAS COMPLEMENTARES 1. O Comitê que decidiu pela classificação de risco de crédito atribuída ao Banco Paulista S/A (“Paulista”; “Banco”) se reuniu na sede da Austin Rating, no dia 23 de abril de 2015, compondo-se dos seguintes membros: Luis Miguel Santacreu (Coordenador da Reunião de Comitê e Analista Sênior), Jorge Alves (Analista Sênior), Leonardo dos Santos (Analista Pleno) e Ricardo Lins (Analista Pleno). 2. A classificação atribuída está contemplada na “Escala Nacional de Ratings de Bancos”, disponível em: http://www.austin.com.br/escalas. 3. A classificação de risco de crédito decorre da utilização da metodologia genérica comumente aplicada por essa agência em suas classificações de risco de crédito de bancos, disponível em: http://www.austin.com.br/metodologias. 4. Não é a primeira vez que a Austin Rating classifica esta espécie de instituição financeira. Essa agência já atribuiu anteriormente classificações de risco de crédito para outras instituições financeiras. 5. As classificações de risco de crédito atribuídas pela Austin Rating estão sujeitas a diversas limitações, conforme descrito no final deste documento (Disclaimers). 6. As fontes de informações foram consideradas confiáveis pela Austin Rating. Os analistas utilizaram informações provenientes da seguinte fonte: Paulista. Adicionalmente, os analistas fizeram uso de informações públicas, especialmente do site do Banco Central do Brasil. 7. As informações obtidas pela Austin Rating foram consideradas suficientes para a afirmação de uma classificação de risco. Dentre as informações utilizadas para esta análise, destacam-se: i) Demonstrações Financeiras auditadas relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014; ii) Informações gerenciais complementares relativas ao exercício 2014; 8. O nível de diligência da análise foi adequado ao padrão estabelecido pela Austin Rating. Foi realizada análise aprofundada sobre as informações recebidas do Banco. 9. A classificação de risco será revisada e atualizada semestralmente com base na divulgação das demonstrações financeiras semestrais. Será divulgado Relatório de Monitoramento, contendo a opinião atualizada da Austin Rating sobre o risco de crédito do Banco. A Austin Rating salienta que poderão ser realizadas ações de rating a qualquer tempo, inclusive no intervalo entre os monitoramentos semestrais previstos. 10. A Austin Rating adota políticas e procedimentos que visam mitigar potencias situações de conflitos de interesse que possam afetar o desempenho da atividade de classificação de risco e seus resultados. O presente processo de classificação de risco está isento de situações de potencial conflito de interesses, incluindo aquelas previstas na Instrução CVM Nº 521/2012. 11. A Austin Rating e as partes a ela relacionadas, incluindo empresas de controle comum, sócios e funcionários não prestaram serviços adicionais ao serviço de classificação de risco para o Paulista nos últimos 12 meses; 12. O serviço de classificação de risco do Paulista foi solicitado em nome do Banco por partes a ele relacionadas. Desse modo, houve compensação financeira pela prestação do serviço. 13. A classificação foi comunicada ao Contratante, via e-mail, em 23 de abril de 2015. A versão original do relatório (Draft) foi enviada a essas partes, também via e-mail, no dia 23 de abril de 2015. A versão final do relatório foi enviada a essas partes, também via e-mail, no dia 12 de maio de 2015. 14. Este documento é um relatório de classificação de risco de crédito, para fins de atendimento ao que dispõe o artigo 16 da Instrução CVM Nº 521/2012. 13 Bancos BANCO PAULISTA S/A DISCLAIMERS/AVISOS LEGAIS A AUSTIN RATING NÃO AUDITA AS INFORMAÇÕES UTILIZADAS PARA A ATRIBUIÇÃO DE UMA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE CRÉDITO, NÃO LHE SENDO POSSÍVEL ATESTAR A VERACIDADE DAS MESMAS. As classificações de atribuídas pela Austin Rating baseiam-se em informações consideradas suficientes para a emissão de uma classificação, sendo tais informações coletadas de fontes consideradas confiáveis e fidedignas. Essas informações, incluindo todo o tipo de informação confidencial, são analisadas na forma como são recebidas e, eventualmente, compiladas pelos analistas designados para a análise, tomando-se os devidos cuidados para que não haja alteração no sentido ou significado das mesmas. Não obstante os cuidados na obtenção, cruzamento e compilação da informação para efeitos da análise de rating, a Austin Rating não pode se responsabilizar pela veracidade de referidas informações. A Austin Rating utiliza todos os esforços para garantir o que considera como nível mínimo de qualidade da informação para que se proceda a atribuição dos seus ratings, fazendo, sempre que possível, a checagem dessas informações com outras fontes também confiáveis. Contudo, a Austin Rating não faz a auditoria de tais informações e nem sempre pode realizar a verificação ou confirmação das informações recebidas durante um processo de rating, não lhe sendo possível, desse modo, atestar a veracidade das mesmas. AS CLASSIFICAÇÕES DE RISCO DE CRÉDITO EMITIDAS PELA AUSTIN RATING, INCLUINDO AQUELA(S) EXPRESSA(S) NESTE DOCUMENTO, CONSISTEM EM OPINIÕES SOBRE A QUALIDADE DE CRÉDITO FUTURA DE UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, E NÃO DEVEM SER ENTENDIDAS COMO SUGESTÕES, ACONSELHAMENTOS OU RECOMENDAÇÕES DE COMPRA, MANUTENÇÃO OU VENDA DE ATIVOS EMITIDOS POR ESTA INSTITUIÇÃO FIANCEIRA. As opiniões e as eventuais simulações realizadas pela Austin Rating, incluindo aquelas dispostas neste relatório, constituem-se meramente no julgamento da Austin Rating acerca da capacidade e da vontade futuras de um emissor em honrar suas obrigações totais e/ou específicas, sendo tal julgamento expresso por meio de símbolos (letras), que consistem graduações dentro de escalas absoluta (global) ou relativa (nacional). A Austin Rating não utiliza nessas escalas as definições de “grau de investimento” e de “grau especulativo”. Essa agência entende não caber a ela, mas sim aos agentes de mercado, a definição de quais graduações podem ser consideradas como “grau de investimento” e de “grau especulativo”. A determinação de uma classificação de risco pela Austin Rating não consiste e não deve ser considerada como sugestão ou recomendação de investimento, manutenção ou desinvestimento. A Austin Rating não presta serviços de consultoria de investimento. AS OPINIÕES EMITIDAS PELA AUSTIN RATING, INCLUSIVE AQUELAS CONTIDAS NESTE RELATÓRIO, NÃO DEVEM SUBSTITUIR A ANÁLISE E O JULGAMENTO PRÓPRIOS DOS USUÁRIOS DOS RATINGS, ESPECIALMENTE DOS INVESTIDORES. AS CLASSIFICAÇÕES DE RISCO DE CRÉDITO DA AUSTIN RATING NÃO PRESSUPÕEM A CERTEZA DE FATOS. As opiniões externadas pela Austin Rating em seus relatórios de classificação de risco referem-se à qualidade creditícia futura, incorporando determinadas suposições e previsões sobre eventos futuros que podem não se concretizar (tornarem-se fatos). Desse modo, a despeito de estarem baseadas em informações e fatos presumidamente verdadeiros, as classificações podem ser afetadas por acontecimentos futuros ou condições não previstas no momento de uma ação de rating. AS CLASSIFICAÇÕES DE RISCO DE CRÉDITO ATRIBUÍDAS PELA AUSTIN RATING SÃO OPINIÕES VÁLIDAS EXCLUSIVAMENTE PARA A DATA EM QUE SÃO EMITIDAS. A Austin Rating possui mecanismos de vigilância apropriados e envida seus melhores esforços para que suas opiniões (ratings) estejam atualizadas, programando revisões com o menor intervalo de tempo possível entre elas e fazendo revisões não programadas sempre que de conhecimento de fato novo e relevante. Contudo, essa agência não pode assegurar que todas as informações, especialmente aquelas de caráter não público, estejam refletidas tempestivamente em suas classificações, ou que fatos supervenientes à emissão de uma determinada classificação de risco não afetem ou afetarão a classificação de risco. As classificações e demais opiniões que a sustentam refletem a percepção do Comitê de Classificação de Risco dessa agência exclusivamente na data em que as mesmas são emitidas (data de emissão de relatórios, informativos e outros documentos oficiais). OS RATINGS DE CRÉDITO EMITIDOS PELA AUSTIN RATING ESTÃO SUJEITOS A ALTERAÇÕES E PODEM, INCLUSIVE, SER SUSPENSOS DENTRO DE UM PRAZO DE VIGÊNCIA DE UM CONTRATO. As classificações podem ser alteradas ou retiradas a qualquer momento e por diversas razões, de acordo com os critérios metodológicos da Austin Rating para o tipo de emissor / emissão classificado. Uma classificação pode ser suspensa e/ou a retirada nas hipóteses em que a Austin Rating identificar: (i) a ausência de informações fidedignas e/ou suficientes para a continuidade da análise, quando ainda há contrato comercial vigente; (ii) a existência de potencial conflito de interesses; e/ou (ii) a não existência e/ou não disponibilização de informações suficientes para realização de referida análise e emissão do rating. AS CLASSIFICAÇÕES DE RISCO DE CRÉDITO ATRIBUÍDAS PELA AUSTIN RATING NÃO DEVEM SER COMPARADAS A CLASSIFICAÇÕES ATRIBUÍDAS POR OUTRAS AGÊNCIAS CLASSIFICADORAS DE RISCO. Em que pese a simbologia adotada pela Austin Rating seguir intencionalmente o padrão adotado pela maioria das agências classificadoras de risco atuantes sob a jurisdição local, suas classificações não devem ser diretamente comparadas às classificações de outras agências de rating, uma vez que suas definições de default e de recuperação após default e suas abordagens e critérios analíticos são próprios e diferem daqueles definidos e aplicados por outras agências. OS RATINGS DE CRÉDITO EMITIDOS PELA AUSTIN RATING PARA INSITITUIÇÕES FINANCEIRAS CONSIDERAM O RISCO DE PERDA DERIVADO DE OUTROS RISCOS QUE NÃO O RISCO DE CRÉDITO. A Austin Rating dedica-se a análise e pondera todos os riscos inerentes a um emissor e/ou emissão, incluindo riscos de natureza jurídica e moral, a fim de identificar seu impacto sobre o risco de crédito. As opiniões quanto aos riscos de mercado, liquidez e operacional fazem parte do escopo da análise e são considerados na classificação de risco de bancos. OS RATINGS E DEMAIS COMENTÁRIOS EMITIDOS PELA AUSTIN RATING, INCLUINDO AQUELES CONTIDOS NESTE DOCUMENTO, REFLETEM OPINIÕES DO COMITÊ DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DA AUSTIN RATING, E NÃO A OPINIÃO DE UM INDIVÍDUO OU DE UM GRUPO DE INDIVÍDUOS INDISTINTO. As decisões sobre classificações de risco de bancos são tomadas por um Comitê de Classificação de Risco, seguindo metodologias e critérios padronizados para cada tipo de instituição financeira. Em seus relatórios, informativos e outros documentos oficiais com opiniões de crédito, a Austin Rating divulga os nomes de analistas e membros do Comitê de Classificação de Risco com a finalidade de cumprimento ao disposto no Item I do Artigo 16 da Instrução CVM 521/2012, assim como com o objetivo de favorecer a comunição com os contratantes, investidores e demais usuários de seus ratings, exclusivamente no que diz respeito a dúvidas e comentários ligados a assuntos analíticos decorrentes da leitura e do entendimento de seus relatórios e pareceres formais por essas partes. Não obstante a existência de um canal aberto com os analistas, estes estão orientados a não comentarem sobre os ratings emitidos e a não emitirem opiniões pessoais acerca dos riscos, sendo que, caso o façam, tais comentários e opiniões jamais devem ser entendidos como a opinião da Austin Rating. Do mesmo modo, os analistas e demais colaboradores identificados neste relatório, embora estejam diretamente envolvidos no processo de análise, não são os únicos responsáveis pelas opiniões e, portanto, não devem ser responsabilizados individualmente por qualquer erro ou omissão eventualmente observados neste, nem tampouco pela classificação atribuída. A AUSTIN RATING NÃO ASSESSORA E/OU PARTICIPA DE PROCESSOS DE COLOCAÇÃO E DE DISTRIBUIÇÃO E NEM PARTICIPA DE “ROAD SHOWS” PARA A VENDA DE ATIVOS POR ELA CLASSIFICADOS E, AINDA, SEUS RELATÓRIOS NÃO DEVEM, EM NENHUMA CIRCUNSTÂNCIA, SUBSTITUIR OS PROSPECTOS E OUTROS DOCUMENTOS, OBRIGATÓRIOS POR LEI OU NÃO, RELACIONADOS A UMA EMISSÃO. EM NENHUMA HIPÓTESE E SOB NENHUMA CIRCUNSTÂNCIA, A AUSTIN RATING E/OU SEUS SÓCIOS, DIRETORES E DEMAIS COLABORADORES DEVEM SER RESPONSABILIZADOS DE QUALQUER FORMA, DIRETA OU INDIRETAMENTE, POR DANOS DE QUAISQUER ORDEM E NATUREZA, INCLUINDO, PORÉM NÃO LIMITANDO-SE À PERDA DE LUCROS E RENDIMENTOS E CUSTOS DE OPORTUNIDADE QUE SEJAM DECORRENTES DO INVESTIMENTO EM EMISSORES E OU TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS POR ESSES EMITIDOS QUE MANTENHAM OU TENHAM MANTIDO A QUALQUER TEMPO CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE CRÉDITO DEFINITIVA OU PRELIMINAR PELA AUSTIN RATING, INCLUINDO A(S) CLASSIFICAÇÃO(ÕES) EXPLICITADA(S) NESTE DOCUMENTO. DO MESMO MODO, A AUSTIN RATING SE ISENTA DE TODO E QUALQUER TIPO DE DANO OCASIONADO A TERCEIROS POR QUALQUER OUTRO TIPO DE CONTEÚDO PUBLICADO EM SEUS RELATÓRIOS E INFORMATIVOS E EM SEU WEBSITE, BEM COMO POR AQUELES DECORRENTES DE ATRASO NA DIVULGAÇÃO DE OPINIÕES ATUALIZADAS. © 2015 Austin Rating Serviços Financeiros Ltda. (Austin Rating). Todos os direitos reservados. TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE DOCUMENTO SÃO PROTEGIDAS POR LEI. NENHUMA PARTE DESTE DOCUMENTO PODERÁ SER COPIADA, REPRODUZIDA, REEDITADA, TRANSMITIDA, DIVULGADA, REDISTRIBUÍDA, REVENDIDA OU ARMAZENADA PARA USO SUBSEQUENTE PARA QUALQUER FIM, NO TODO OU EM PARTE, EM QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO QUE SEJA, ELETRÔNICO OU MECÂNICO, INCLUINDO FOTOCÓPIA, GRAVAÇÃO OU QUALQUER OUTRO TIPO DE SISTEMA DE ARMAZENAMENTO E TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO, E POR QUALQUER PESSOA SEM PRÉVIO CONSENTIMENTO POR ESCRITO DA AUSTIN RATING. 14