1 QUADRO: Instrumento de análise e exploração do material Título Convivendo a morte População Resultados Fonte com Três técnicas Sentimentos frente à morte e o morrer: empatia com familiares; envolvimento emocional é importante e ao mesmo Nursing e o de tempo gera sofrimento; despreparo; sensibilidade humanística; intranquilidade; medo; frustração; choque; interfere 2006; 9 (92): morrer no enfermagem no dia-a-dia; angústia; solidariedade; fragilidade; questionamentos sobre o valor da vida e das ações; desvelo; amor; 617-21. cotidiano de e cuidado da enfermeiras. (principalmente morte de jovens). Recorrer à fé, à crença após a morte. O profissional necessita ser unidade de duas solidão; impotência; não saber o que fazer ou dizer; reconhecer limitações no cuidar; inaceitabilidade, instrumentalizado pela instituição de saúde e durante a formação. A UTI gera tensões pela intensidade das emoções e terapia intensiva exposição ao risco de morte, oscilação entre sucesso e fracasso e ordens impostas à equipe. Profissionais Morte inesperada: tristeza, pena, surpresa, medo, sofrimento, impotência, culpa, dever cumprido, carinho e REME de Duas – enfermagem e o enfermeiras, respeito. A morte de jovens causa sofrimento maior. Modos de enfrentamento: evitar o envolvimento, fé, religião, eu Revista processo de duas técnicas interior, meio coletivo (relações saudáveis entre a equipe). Tanto a morte esperada como a inesperada é vista como Mineira morrer e morte de de algo difícil de ser enfrentado pela equipe, porém os sentimentos na esperada podem ser menos intensos. Assistência: Enfermagem. em uma unidade enfermagem cuidado humanizado, envolvimento, auto-controle e preparo emocional. O cuidado de si é importante à enfermagem. 2009 jul/set; de terapia e uma 13 (3): 337- 2 intensiva A morte unidade auxiliar. em 8 42. A morte é encarada com dificuldade, aflição, insegurança, sensação de incapacidade, constrangimento, impotência e Rev. Rene. de enfermeiras. sofrimento. Significa também fim do sofrimento, conforto, frieza, não envolvimento emocional, reflexão sobre a 2006 terapia intensiva: própria condição, identificação, fuga, negação, silêncio, ignorar o acontecido, despreparo, falta de confiança em sua jan/abr; percepções capacidade de solidariedade, atenção, presença e consideração pelo outro. Confunde-se negação e banalização com (1): 43-51. do enfermeiro 7 aceitação da morte. A religião é relacionada ao alívio da dor da perda e como explicação de causa (vontade divina). As vivências são influenciadas pela formação religiosa, moral, educação familiar e formação profissional. O preparo emocional deve ser em forma de educação continuada. O cuidado ao paciente inclui: o lado espiritual, acolhimento, demonstrar sentimentos, aliviar a dor, fornecer tratamento, proporcionar morte tranquila e digna. Percepções vivências profissionais e Nove dos técnicos A morte pode ser esperada ou inesperada. Quando se espera a morte a aceitação é facilitada. Entretanto, nos dois Revista de casos os profissionais vivenciam sofrimento, medo, ansiedade, não saber como agir e impotência, principalmente na Paulista de de enfermagem morte de jovens. No ambiente onde a morte é rotineira sua ocorrência é aceita, alguns acostumam e reagem com enfermagem. enfermagem e três frieza, outros a vêem como desafio. Há relatos da sensação de dever cumprido e da necessidade de apoiar os 2006; 25 (3): sobre a morte e o enfermeiras. familiares. O processo de morrer deve ser digno, humanizado, com proximidade dos familiares e outras pessoas da 156-62. morrer em unidade de terapia intensiva relação do paciente. O corpo e a imagem devem ser cuidados até após a morte. 3 A enfermagem da 22 auxiliares O ambiente da UTI é de pressão emocional e exige competência técnica. A enfermagem evidencia dificuldade diante Psico. UTI diante morte - da de 2002 da morte, sensação de falha na assistência, culpa, sofrimento, frieza, imparcialidade, desconforto, tristeza e jul/dez; 33 um enfermagem, frustração, constrangimento, sobrecarga emocional, vulnerabilidade, ambiguidade afetiva e profissional (questões (2): 385-99. estudo quatro políticas e éticas), mudança nas rotinas da unidade, dificuldade de aceitar, empatia, indiferença, remete a história fenomenológico enfermeiros. pessoal de cada um, identificação. Defesas coletivas desenvolvidas para aliviar a ansiedade: apoio mútuo, impessoalidade no contato direto com o paciente, distanciamento emocional, evitar comunicação com paciente e familiares e valorização de procedimentos técnicos em detrimento da relação interpessoal. Intervenções na equipe de saúde, técnicas de lazer e relaxamento, grupos de apoio e outros podem ajudar a enfermagem e melhorar a qualidade no cuidar (cuidar técnico e humano) e o ambiente da unidade. Profissionais de Seis enfermagem O trabalho na UTI com o paciente morrendo proporciona prazer (quando tratamento foi eficaz), satisfação, desgaste, Acta Paulista enfermeiras divergências entre a equipe (deixar morrer X investimento tecnicista), impotência, gasto de energia, sofrimento, de frente ao e nove ilusão pela tecnologia, observar o sofrimento e não poder fazer nada para ajudar o paciente, incômodo, dificuldade e Enfermagem. processo de técnicos morte em enfermagem. sentimentos, desenvolve a sublimação (atividades úteis/aceitáveis). É importante o acompanhamento da equipe a out/dez; unidades de de angústia ao lidar com os familiares do falecido. Como formas de enfrentamento a enfermagem chora, compartilha 2006 fim de prepará-la para lidar com a morte e o morrer e humanizar a relação cuidador-paciente. 19 (4): 456-61. terapia intensiva O processo de Enfermeiras, Diante da morte e do paciente morrendo: sofrimento, ansiedade, revolta (principalmente morte de crianças), apego Revista da 4 morrer e a morte técnicas e a religião, crença em vida após a morte. A compreensão de que a morte faz parte da própria vida, e a aceitação pode Escola de no enfoque dos auxiliares de estar aliada à experiência profissional e ao amadurecimento. A onipotência em virtude da alta tecnologia. A Enfermagem profissionais de enfermagem esperança é importante à família e ao paciente, para o tratamento ser bem sucedido e como meta que auxilia e da USP. 2007 enfermagem de fortalece o trabalho. O cuidado deve incluir conforto espiritual. Auto-conhecimento e intervenções que auxiliem os dez; 41 (4): UTIs profissionais na assistência ao paciente morrendo são necessários. Vivências profissionais, trajetória de vida, cultura, 660-67. espiritualidade, crenças e outros valores são refúgios encontrados pela enfermagem para suportar o trabalho na UTI. A morte cotidiano no Duas A morte pode trazer à tona sentimentos e vivências pessoais, gerar compaixão, culpa, indiferença, envolvimento Cogitare dos enfermeiras, emocional, empatia, dificuldade de conviver com a morte e o sofrimento alheio, sensação de que o paciente Enfermagem. profissionais de três enfermagem de auxiliares uma unidade de quatro terapia intensiva técnicos libertou-se do sofrimento, ajudar o paciente, impessoalidade e indiferença (principalmente quando a morte é comum 2004 e na unidade), cuidar com amor, carinho e solicitude, alívio, revolta, cansaço, dificuldade de aceitação, despreparo. A jan/jun; 9 negação é um mecanismo de enfrentamento assim como o distanciamento e a imparcialidade. O cuidado com o (1): 33-41. de paciente inclui: empatia, envolvimento, ajudar a enfrentar o sofrimento e a morte, humanização, recuperação da enfermagem. saúde, propiciar morte digna. Instituições de saúde e de formação devem promover reflexões sobre morte. Como trabalhado-res de os Quatro técnicos enfermagem doze enfrentam Muitos profissionais não compreendem a morte, sofrem, tem dificuldade de lidar e aceitar, fantasiam a própria Revista e morte, relembram a morte de entes queridos, sentem angústia, ansiedade, culpa, impotência, frustração. A Brasileira de intensidade do sofrimento varia conforme o vínculo estabelecido. Os cuidados com o corpo pós-morte é difícil. A Enfermagem. o auxiliares de perda de jovens é mais dolorosa. Mecanismos de defesa desenvolvidos pela enfermagem: racionalização, sublimação 2007 5 processo de enfermagem. e negação (mais comum). Enfrentamento: rotinas para lidar com a morte, não levar para casa as emoções vividas, mai/jun; 60 morrer religião, relaxar, assistir filme de comédia, experiência. Há necessidade de espaços para os profissionais discutirem (3): 257-62. sobre de suas angústias e tristezas. Os cursos de formação devem preparar para cuidar de pacientes terminais. Percepções das Sete enfermeiras frente sentimentos enfermeiras, se distante, tem dificuldade, sente angústia, impotência, despreparo, inconformismo, revê conceitos, reformula Cuidado e aos quatro de um valores. Formas de enfrentamento: momentos de solidão, refletir, palavras de consolo, apoio emocional e Saúde. 2006 de hospital quem vivência o público processo Para a enfermagem falar sobre morte com pacientes e familiares é um tabu. Diante do paciente morrendo mantém- Ciência, profissional, literatura e espiritualidade. O ambiente da UTI dificulta as relações interpessoais. O cuidado deve ser mai/ago; 5 e humanizado, incluir maneiras de promover o bem-estar do paciente e proporcionar contato com familiares. O (2): 204-11. de três de um preparo para trabalhar com situação de morte advém como o tempo e a experiência gera segurança. O preparo na morrer e morte privado. formação também é importante. Reações Nove Trabalhar na UTI: é difícil, eu gosto, eu tenho que ter o controle da situação, saber ouvir, acaba se apegando e é um Nursing. emocionais da enfermeiras, impacto,é complicado , a morte é freqüente, a tecnologia propicia segurança. A enfermagem desenvolve formas de 2003 nov; 66 enfermeira no quatro atendimento ao instituição paciente fora das privada possibilidades cinco terapêuticas pública. de enfrentar a morte (racionalização). O cuidado com o paciente terminal gera sofrimento, mas deve ser de qualidade, (6): 25-30. envolver o lado psíquico, espiritual e terapêutico, proporcionar morte digna. A família deve receber a atenção da e enfermagem nos diversos aspectos. Outras vivências de enfermagem frente à morte e o morrer: procuram respostas, de desespero, angústia, tristeza, estresse, revolta, desejar a morte, culpa. Cada sentimento vivido deve ser trabalhado. 6