Case: Porto Seco Panorama geral No início de 2005, a Secretaria da Receita Federal decidiu mudar as regras de concessão ao setor privado para operar portos secos no país. Ao longo do ano foi feita uma discussão com os representantes do setor e interessados nesse tipo de empreendimento para definir as modificações que seriam feitas na legislação em vigor. Em meados de novembro, no entanto, a Receita decidiu enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei, em regime de urgência, com as modificações sem levar em conta a opinião dos empresários, o que desagradou os representantes das empresas já instaladas pelo fato do projeto acabar com as licitações para concessão das licenças. No lugar da concorrência seria instituída uma outorga sobre a capacidade dos interessados em constituir portos secos. Diante dessa situação, os representantes do setor formaram a Frente Nacional dos Permissionários de Recintos Alfandegados que contratou a Informe Comunicação para desenvolver um trabalho com a mídia com o objetivo de divulgar os atos da Receita e, principalmente, colocar em discussão na mídia o fim das licitações. Solução Após uma análise do problema, a Informe recomendou aos representantes da Frente Nacional a seguinte estratégia de comunicação: divulgação imediata do fim da licitação conforme previa a proposta da Receita Federal enviada ao Congresso; pautar a mídia sobre as conseqüências do fim da licitação para o setor de portos secos e a economia em geral; designar um interlocutor da área fiscal para explicar melhor aos veículos de comunicação as mudanças pretendidas pela Receita; encontros com jornalistas em almoços e café da manhã para falar sobre o assunto; criação de releases para facilitar o entendimento do problema e as conseqüências caso o projeto da Receita fosse aprovado; elaboração de releases sobre os encontros da Frente com os parlamentares; Resultados alcançados As ações sugeridas pela Informe tiveram o seguinte resultado: matérias publicadas pelo Correio Braziliense, Valor Econômico e Folha de São Paulo; todos os veículos impressos de circulação nacional, TVs, rádios e os principais colunistas de economia foram pautados sobre o assunto; o ex-secretário da Receita, Everardo Maciel, aceitou falar sobre o assunto com a mídia concordando com a posição da Frente Nacional, ressaltando, no entanto, que não mantinha nenhum vínculo com o setor; Foi marcado um almoço com dois representantes da Frente Nacional e os jornalistas da Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Valor Econômico, Gazeta Mercantil e rádio CBN; Foram distribuídos releases e notas com atualizações semanais sobre os contatos da Frente com parlamentares e as contrapropostas ao projeto da Receita encaminhadas ao Congresso. Considerações gerais e avaliação do trabalho A exposição na mídia levou a Receita a um recuo e os parlamentares da base governista aceitaram debater o assunto com os representantes dos portos secos com mais calma. A urgência na tramitação do projeto foi retirada após um acordo feito pelos governistas e os parlamentares favoráveis à posição da Frente. Todas as entrevistas com os representantes da Frente foram orientadas com antecedência e todo material publicado foi organizado e analisado para ajustes de novas ações. Apesar de ser um assunto de pouco abordado pela mídia e, praticamente, desconhecido do público em geral, as mudanças nas regras de concessão de licenças para operação em portos secos repercutiu de forma positiva para a Frente Nacional em diversos veículos. A reversão do quadro prejudicial às empresas operadoras de portos secos se deveu em grande parte ao trabalho feito pela Informe com a mídia tornando evidente as conseqüências que o rpojeto da Receita teria sobre o setor e a economia do país.