11 1 INTRODUÇÃO As grandes mudanças que estão ocorrendo no cenário competitivo nos últimos anos impulsionaram o aperfeiçoamento das funções atribuídas à Administração de Empresas, uma delas é conhecer o perfil do consumidor. A análise do perfil do consumidor tornou-se um elemento fundamental para as organizações que desejam se manter competitivas no mercado globalizado em relação aos seus concorrentes. Conhecer bem o cliente é um fator de grande relevância, pois ele é o responsável pelo crescimento, e rentabilidade da empresa. Para Kotler (2000), a satisfação é o nível de sentimento de uma pessoa resultante da comparação do desempenho (ou resultado), de um produto em relação a suas expectativas. O nível de satisfação é uma função da diferença entre o desempenho percebido e as expectativas. Algumas das empresas bem sucedidas de hoje estão aumentando as expectativas dos consumidores e melhorando suas condições de atendimento. De acordo com Cobra (2002), entender o comportamento do consumidor e as técnicas de pesquisa de mercado, de gerenciamento de produtos e de clientes, de administração da distribuição e logística são alguns aspectos, que associados à propaganda, tornam o marketing fundamental em assuntos profissionais e sociais. Deste modo, torna-se relevante abordar esse assunto de tanta importância no contexto organizacional. O objetivo deste estudo é identificar o perfil de compra do consumidor e seu grau de satisfação em relação aos produtos e serviços oferecidos pelo Supermercado Mercasa. Para delinear o caminho percorrido durante este estudo, foram desenvolvidos os seguintes capítulos: Objetivos; Justificativa; Fundamentação Teórica; Procedimentos Metodológicos; Análise da Organização e Interpretação dos dados coletados e Considerações Finais. 12 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Identificar o perfil de compra do consumidor e seu grau de satisfação em relação aos produtos e serviços oferecidos pelo Supermercado Mercasa de Vila Nova – Toledo – PR. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) compreender os elementos que caracterizam o comportamento do consumidor e sua decisão de compra; b) elaborar um questionário que vise identificar o perfil do consumidor e a satisfação do mesmo em relação ao atendimento e produtos oferecidos pelo Supermercado Mercasa; c) apresentar propostas à gerência do Supermercado Mercasa, para a atração e retenção de seus clientes, com base nos resultados obtidos com o questionário aplicado. 13 3 JUSTIFICATIVA No mundo atual as organizações devem estar atentas às expectativas de seus clientes em relação aos seus produtos e serviços. A sociedade é composta por organizações que sobrevivem apenas porque são administradas, conforme Chiavenato (1999), a sociedade moderna repousa sobre as organizações, ela é basicamente uma sociedade de organizações. Para que estas possam ser administradas elas precisam ser estudadas, analisadas e conhecidas. Cabe ressaltar que um dos fatores que precisa ser estudado nas organizações é a satisfação dos clientes. Para Cobra (2002), satisfazer a necessidade do consumidor significa descobrir não apenas o que ele quer ou deseja para saciar suas necessidades. Pois, a grande maioria das pessoas não sabe exatamente o que quer. A satisfação do consumidor depois de adquirir um determinado produto ou serviço, depende do desempenho da oferta em relação às suas expectativas. Então, se o desempenho após a prestação do serviço, não for alcançado e nem a sua expectativa de consumo, ele ficará insatisfeito. É neste contexto que o objetivo geral deste estudo foi identificar o perfil de compra do consumidor e seu grau de satisfação em relação aos produtos e serviços oferecidos pelo Supermercado Mercasa de Vila Nova – Toledo – PR. Salienta-se que o Supermercado Mercasa é uma empresa familiar especializada no ramo de comércio varejista de mercadorias em geral (alimentos não perecíveis, produtos de limpeza em geral, produtos de higiene pessoal, frutas e verduras, carnes em geral, pães, bolos, cucas, etc.) com predominância de produtos alimentícios, com aproximadamente 9.000 itens disponíveis para comercialização, atuante no mercado desde o ano de 2001. Durante os dez anos de atuação do Supermercado Mercasa em Vila Nova – Toledo – PR, nenhuma avaliação sobre o perfil e satisfação foi realizada pelos proprietários. Sendo assim, os resultados deste estudo são importantes para a tomada de decisões sobre a grande necessidade de satisfazer o cliente. 14 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo apresenta em linhas gerais, as principais bibliografias sobre: perfil do consumidor, de seu comportamento diante do mercado e dos planos de fidelização de clientes. Ou seja, será apresentado o conceito de consumidor, o processo que ele utiliza para tomar a decisão na hora da compra e os fatores que o influenciam nesta decisão. Também será feito um breve relato da evolução do consumo de varejo no Brasil e mais especificamente no varejo supermercadista e sobre a satisfação do consumidor de um modo geral. 4.1 O PERFIL DO CONSUMIDOR O perfil do consumidor é baseado em diversos fatores como, por exemplo: critérios de escolha, preço, qualidade, interesses, impactos do consumo, dentre tantos outros itens que influenciam na tomada de decisão. Antes de explicar como esses fatores se manifestam, apresenta-se a classificação de Gama (2002, apud RODRIGUES; JUPI, 2004) para os grupos de consumidores: a) os alienados: maior parte dos consumidores, que são os que aceitam tudo o que acontece e até acreditam que o acontecimento é acaso do destino; b) os tolerantes: consumidores que tem conhecimento dos seus direitos, mas se desvalorizam diante de dificuldades; c) os responsáveis pacíficos: consumidores que tem conhecimento de seus direitos, mas, devido a relações familiares, sentimentais, sociais ou até por falta de tempo não vão atrás dos seus direitos, incluem-se os consumidores que acham que reclamar é perca de dinheiro e de tempo; d) os responsáveis exigentes: consumidores que tem plena noção dos seus direitos e procuram prevalecê-los, sem criar atritos com o fornecedor, só querem ser respeitados; e e) os renitentes: consumidores que buscam a valorização da dignidade, têm consciência de seus direitos e reagem contra os danos sofridos e dão real valor ao seu dinheiro. 15 Para as empresas é de fundamental importância ter conhecimentos sobre os grupos anteriormente citados, já que eles influenciarão diretamente no consumo. No mercado, existem diversos tipos de consumidor, e cabe a cada organização atuar da melhor maneira para satisfazer a todos estes indivíduos. Em poucas palavras Lawrence e Nancy (1993, p. 28) dizem que cada consumidor deve ser respeitado para que não se frustre e acabe não mais retornando à organização. Existem os consumidores que se conformam com o que a empresa lhes oferece; os que conhecem seus direitos, mas não perdem tempo em buscá-los, mas caso não se sentirem satisfeitos podem nunca mais voltar à organização; os que sabem de seus direitos e com o intuito de não criar intrigas acabam não reclamando por ele; e claro, os conscientes de seus direitos que lutam pelos mesmos, independente do que tenham que enfrentar para atingi-lo. As organizações, em busca de satisfazer a todos estes consumidores e não os frustrar necessitam buscar informações constantemente, com relação a melhor maneira de satisfazer os desejos e necessidades destas pessoas. Além destes grupos de indivíduos, segundo Carneiro et al (2006), os consumidores podem ser divididos naqueles que procuram um preço mais acessível e, nos que privilegiam as melhores marcas. No entanto, constata-se que em grande parte das compras realizadas o fator qualidade do produto a ser adquirido, se equipara diante do fator preço. “Por estar diretamente ligado à qualidade real e percebida de um produto, o preço desempenha papel fundamental no direcionamento e distinção de ofertas para cada segmento de mercado” (op. cit; p. 33). Isto quer dizer, não é mais somente o preço que pesa na decisão do cliente em adquirir este ou aquele produto. Neste contexto, cabe as empresas buscar, além do conhecimento do perfil do cliente, a diversificação de seus produtos com o intuito principal de atingir os níveis de exigência de cada consumidor. Até porque os produtos também influenciam na diferenciação do perfil do consumidor, considerando que cada necessidade irá criar uma forma de busca, ou um perfil de compra, no consumidor. Além da necessidade, o perfil do consumidor também é influenciado pelo ambiente externo. Esse ambiente externo abrange influências demográficas, tecnológicas, econômicas, ecológicas, político legal e sociocultural, que para Carneiro (2006), significam: 16 a) ambiente demográfico: devem ser analisados por meio de estudos relacionados às características da população, quais sejam: crescimento populacional, taxa de natalidade, renda, tamanho das famílias, faixa etária, etc. Esta análise pode demonstrar quais os produtos e preços que devem ser praticados em cada região; b) ambiente tecnológico: pode alterar não só o comportamento do consumidor como as estratégias industriais, já que existem consumidores que não se importam em pagar mais por recursos inovadores; c) ambiente econômico: por sua vez influencia diretamente a renda e o poder de compra de cada consumidor; d) ambiente ecológico: que é bastante discutido atualmente, exerce grande influência sobre os consumidores, fazendo com que estes forcem as organizações a adotar estratégias e ações ecologicamente corretas; e) ambiente político legal: influencia no preço, por meio da imposição de regulamentações e controle de preços por parte do governo; e, f) ambiente sociocultural: influencia nos hábitos de cada consumidor, já que as pessoas nem sempre compram produtos somente para satisfazer uma necessidade e sim para demonstrar status e obter reconhecimento social. Diante disso, pode-se verificar que o perfil do consumidor não é único, e também, não depende de um único fator para ser definido, sem contar que cada produto determina uma forma de comportamento e perfil do indivíduo que quer adquirir tal produto. Segundo McKenna (2002, p. 137), “os consumidores mudam seu gosto, hábitos, vontades, desejos e comportamento o tempo todo”. O que induz as empresas a conhecer o grau destas mudanças e definir planos que ajustem os seus produtos à medida que este componente se modifique. Assim para se obter êxito com o diagnóstico do perfil dos consumidores é preciso compreender quais são as características que proporcionam o valor e a satisfação deste consumidor, ou seja, em que contexto o consumidor muda sua decisão em comprar este ou aquele produto. 17 4.2 A TOMADA DE DECISÃO DO CONSUMIDOR O processo de decisão de compra do consumidor é influenciado por diversos itens e também passa por etapas para chegar até a aquisição. Para Boone e Kurtz (1998, apud BRANDALISE, 2008) o processo de decisão possibilita a correção de diferenças entre o estado inicial (desejo ou necessidade de comprar determinado produto) e o desejado (aquisição do produto desejado). Assim, segundo Brandalise (2008), o processo de tomada de decisão inclui cinco etapas: a) reconhecimento da necessidade; b) busca de informações; c) avaliação das alternativas; d) decisão de compra; e, e) avaliação pós compra. No entanto, estas etapas podem acontecer de distintas formas, não necessariamente nesta ordem, e algumas podem ser mais importantes que outras, dependendo de cada consumidor e de cada produto. 4.2.1 Reconhecimento da necessidade dos clientes O reconhecimento da necessidade é o estado inicial para a tomada de decisão, contudo, compreender as necessidades e desejos dos clientes no panorama atual, nem sempre é tarefa fácil. De acordo com Bernardes (1993, apud BRANDALISE, 2008) as necessidades fazem parte da vida como um todo, mas ficam inativas, e só aparecem a partir do momento que recebem um estímulo, seja este interno ou externo. É quando o consumidor percebe que existe uma necessidade a ser suprida que lhe tira do estado de equilíbrio e lhe causa desconforto (RODRIGUES; JUPI, 2004). O reconhecimento de uma necessidade acontece segundo, Pires et al (2010), quando a pessoa percebe algum problema específico que a leva a busca de consumir determinado produto com o intuito de saciar esta necessidade. O reconhecimento de uma necessidade pode originar-se internamente (sensação de cansaço, desejo de impressionar alguém) ou por estímulos externos 18 (anúncio, convite). Conforme Silva (2010), as necessidades são identificadas por intermédio de cinco fontes: a) fontes internas: são armazenadas na memória do consumidor, caso ele já tenha adquirido algum produto semelhante ou conheça as suas características e benefícios é esta fonte que o mesmo irá utilizar para ter como base no seu novo processo de compra; b) fontes de grupos: são definidas por intermédio de consultas a outras pessoas, como familiares e amigos, sendo esta uma das fontes mais fortes na decisão da compra, pois possuem alta credibilidade e confiabilidade, já que estes indivíduos representam fontes seguras para os consumidores; c) fontes de marketing: são as embalagens, propagandas, mostruários de produtos, etc, é através destes itens que o consumidor identifica visualmente se o produto poderá ou não lhe satisfazer; d) fontes públicas (organizações especializadas): independem dos profissionais de marketing, pois incluem na mídia, pesquisas e classificações feitas por órgãos independentes; e, e) fontes de experimentação: o consumidor tem acesso a experimentar o produto, sendo que muitas vezes esta experimentação poderá render muitas vendas aos fornecedores. É a partir destas fontes, que o consumidor identifica os produtos que podem suprir as suas necessidades e a partir de então busca informações relacionadas a estes produtos. 4.2.2 Busca de informação sobre o produto A busca de informações sobre o produto abrange desde características relacionadas ao produto em si, até a busca de locais onde o mesmo poderá ser adquirido. A busca de informações para Rodrigues e Jupi (2004), é aquela em que o consumidor utiliza para saber algo sobre determinado produto. Pode ser interna ou externa, sendo que na primeira o indivíduo busca as informações em sua memória tendo como base fontes internas, e, se estas não bastarem para a tomada da decisão então ele coleta informações referentes ao produto no ambiente externo (PIRES et al, 2010). 19 As fontes que influenciam na necessidade de compra são diversas, e cabe às empresas, atuarem com os mais diversificados produtos para poderem atingir as expectativas de cada consumidor, já que, como descrito anteriormente, cada necessidade e cada consumidor tem um perfil diferenciado. Quanto mais informações e opções de produtos as empresas dispuserem aos consumidores, maiores serão as chances de efetivação das vendas. A partir da identificação de produtos que poderão satisfazer as necessidades de consumo, o consumidor irá para a etapa de avaliação das alternativas e aí irá identificar quais produtos serão mais interessantes para alcançar seus objetivos e também quais fornecedores poderão disponibilizar tal produto com condições e preços mais satisfatórios. 4.2.3 Avaliação de alternativas sobre o produto Identificadas às alternativas de produtos existentes no mercado, busca-se avaliar as alternativas de compra, onde o consumidor precisa determinar quais são as características essenciais do produto de sua necessidade e com base nisto identificar, qual(is) que se adequa(m) ao que realmente necessita (CHURCHILL; PETER, 2000 apud BRANDALISE, 2008). Assim, concluída a busca de informações sobre as características do produto, o consumidor conseguirá definir com mais facilidade os produtos que se encaixam nestas características e a partir disto escolher os melhores fornecedores do mesmo. Avaliada as alternativas disponíveis, o consumidor irá decidir qual produto irá adquirir e passará para a compra em si. 4.2.4 A decisão de compra realizada pelo consumidor A decisão da compra inclui diversos itens como: o que comprar, onde comprar, quando comprar e também a forma de pagamento (RODRIGUES e JUPI, 2004). Geralmente as compras são baseadas na busca de produtos e também de marcas. Algumas vezes somente o produto é considerado e a marca acaba sendo decidida somente na hora da compra. Nem sempre a decisão de compra é 20 conscientemente articulada, e neste caso a exposição de diversos produtos auxilia na compra de produtos substitutos (BRANDALISE, 2008). Portanto, a tomada de decisão inicia-se com o reconhecimento de uma necessidade, passando para busca de informações sobre o produto ou serviço que se necessita, a partir da identificação destes produtos se avalia as alternativas e então se decide qual irá adquirir. Sendo que após a compra existe ainda a avaliação pós compra para verificar se houve ou não satisfação com o produto adquirido, conforme a figura 1. Figura 1 – Tomada de decisão do Consumidor. Fonte: adaptado de Brandalise (2008). De acordo com a Figura 1, até chegar na decisão de compra, o consumidor já passou pela avaliação das necessidades, busca de informações relativas ao produto e avaliação das alternativas de produtos no mercado. Ou seja, a partir da definição da necessidade por determinado produto ou serviço, o consumidor busca informações sobre os produtos que possam saciar as suas expectativas. Identificadas estas informações sobre o produto e onde encontrá-lo o mesmo avalia as alternativas existentes, sendo estas tanto relativas ao produto em si quanto aos fornecedores que possuem o mesmo, após isto definem o que vão comprar e onde irá adquirir este produto, para daí tomar a decisão da compra do produto em si. Realizada a aquisição da compra ainda existe, por parte dos fornecedores (organização), a avaliação pós-compra, para que a mesma possa identificar produtos que terão demanda de mercado ou não. 21 4.2.5 Avaliação pós-compra O comportamento do consumidor relacionado a uma determinada aquisição não se finda no ato da compra do produto desejado, uma vez que esta aquisição gera um sentimento de satisfação ou insatisfação, tanto relacionada ao produto quanto à organização fornecedora do mesmo. É por meio desta fase da compra que as organizações conseguem definir se o produto terá ou não uma demanda posterior, dependendo da satisfação apresentada pelos consumidores. Além disto, segundo Brandalise (2008), os consumidores podem influenciar seus familiares, amigos e conhecidos, tanto positiva, quanto negativamente de acordo com a satisfação ou não que os mesmos têm a partir da aquisição de determinado produto. Portanto, a satisfação do cliente pode também reforçar sua lealdade fazendo com que este influencie ainda mais outros consumidores. Tendo como base esta análise pós-compra também é possível identificar os fatores que levam os consumidores às tomadas de decisão. 4.3 FATORES DA TOMADA DE DECISÃO Quando um consumidor está cansado, conforme Brandalise (2008), devido à correria diária de sua vida acaba por comprar um produto que torne este ato mais rápido e fácil. Já os consumidores com pouco dinheiro optam pela compra de produtos com preços mais baixos ou onde aceitem cartões de crédito ou parcelamento na compra (crediário). Ou seja, existem diversos fatores que podem influenciar na tomada de decisão e no comportamento de cada consumidor. Para Kotler e Armstrong (1999, apud RODRIGUES e JUPI, 2004), estes fatores são: a) motivações: consumidores influenciados por necessidades divididas em fisiológicas (fome, sede, sono) e psicológicas (reconhecimento, autoestima); b) personalidade: cada indivíduo terá o seu comportamento definido por sua personalidade, já que é baseado em características psicológicas, o conhecimento da personalidade pode ser muito importante também para 22 se analisar o comportamento do consumidor quanto a uma marca ou produto; c) percepções: onde as pessoas selecionam, organizam e interpretam informações, ela fica pronta para agir através da sua percepção. Existem também os fatores situacionais que influenciam no ato da compra. Para Castro (2004, apud RODRIGUES e JUPI, 2004), proporcionar situações agradáveis, como um ambiente confortável e um bom atendimento, também são determinantes no ato da compra. Assim pode-se dizer que as decisões de compra também são influenciadas pelo ambiente propriamente dito. Os clientes que sentem um “desejo” de adquirir algum produto de forma imediata podem entrar em determinado comércio e comprá-lo, mesmo não havendo a necessidade real da aquisição deste. Quer dizer, “é no ambiente da loja que se dá um comportamento que abrevia todo o processo decisório de compra, conhecido como compra por impulso” (BRANDALISE, 2008, p. 94). É neste impulso que é feita a aquisição totalmente emocional e muitas vezes nem se levando em consideração as conseqüências que este ato poderá trazer. Se neste ambiente o consumidor for bem atendido, provavelmente irá adquirir o produto e em algumas situações ter o impulso de comprar até mais coisas. No entanto, se o ambiente não satisfazer as suas expectativas e necessidades provavelmente o mesmo não realizará a aquisição. Além desta influencia causada pelo ambiente, há outras variáveis que merecem destaque no ato de decisão da compra. Para Rodrigues e Jupi (2004) estas variáveis são: a) econômicas; b) sociais; c) culturais; e, d) classes sociais. 4.3.1 Variáveis econômicas A variável econômica é uma das mais importantes no ato do consumo, pois é ela quem regula as aquisições dos consumidores. Segundo Kotler (1996), os fatores econômicos têm poder na determinação do mercado, já que eles não exigem apenas pessoas, mas poder aquisitivo. Conforme ocorrem as variações no poder de 23 aquisição, os consumidores necessitam repensar as suas prioridades de consumo, já que a economia é instável. Com base no exposto acima, o consumidor provavelmente não gastará toda sua renda em um único produto, não importa o quanto este produto lhe chame atenção. Para ele, muitas vezes não é um número grande de um mesmo produto que lhe trará satisfação, mas sim uma unidade de um produto mais apropriado aos seus desejos e necessidades. Para que o consumidor adquira algo eficazmente, algo que realmente esteja relacionado às suas necessidades e desejos, ele necessita estar bem informado, pois se não estiver, e comprar algo de forma inadequada, não terá satisfação e os resultados serão ineficazes, pois não alcançará o que realmente necessitava (RODRIGUES e JUPI, 2004). 4.3.2 Variáveis sociais Além da influência causada pelas variáveis econômicas, outro fator de grande importância na hora da compra são as variáveis sociais. Estas variáveis são determinantes do comportamento do consumidor. Para Kotler (2000), essas variáveis são formadas pelos grupos de referência1: vistos como indivíduos que exercem influência direta ou indireta nas atitudes de cada consumidor. Além dos grupos de referência, as decisões de compra também são influenciadas por características de cada consumidor, as quais para Kotler (2000), estão divididas em: a) ciclo de vida: durante a vida as pessoas compram diferentes artigos e serviços. Cada ciclo de vida (infância, adolescência, fase adulta) representa um tipo de consumo; b) ocupação: a colocação profissional também influenciará nas decisões de compra, cada setor tem um poder aquisitivo que o levará a definir o que poderá ou não comprar; 1 Estes grupos são divididos em: grupos de afinidade primários: família, amigos, vizinhos e colegas de trabalho; e grupos de afinidade secundários: grupos religiosos, grupos profissionais e associações de classe. 24 c) estilo de vida: as mudanças nos padrões de vida (uniões instáveis, pessoas vivendo sozinhas), tem gerado um maior consumo onde estes indivíduos buscam produtos que lhes tragam conforto e tranqüilidade; d) personalidade: cada indivíduo tem uma personalidade distinta que influencia na sua decisão de compra; e) forças sociais: os valores que cada produto tem para os indivíduos, para um pode ser um valor enquanto para outro não representar nada; f) demografia: o crescimento da população leva a observação de que padrões de consumo afetam a oferta de mão de obra e a localização no mercado consumidor. Quer dizer, em resumo Kotler (2000), afirmam que o que leva um consumidor a decidir qual produto irá adquirir vem de sua personalidade, estilo de vida e das forças sociais. 4.3.3 Variáveis culturais Outra variável que interfere na decisão de compra é a variável cultural. É através da cultura que se pode identificar as preferências de cada indivíduo e também o comportamento destes consumidores (RODRIGUES e JUPI, 2004). A cultura requer um exame do ambiente como um todo, segundo Schiffman e Kanuk (2000), incluindo: idioma, conhecimento, religiões, hábitos alimentares, música, etc. já que a mesma é a personalidade de uma sociedade. A cultura é considerada como a soma total das crenças, valores e costumes aprendidos, que servem para direcionar o comportamento dos indivíduos de determinada sociedade. Para Rodrigues e Jupi (2004), o fator cultural não pode ser negligenciado, pois afeta diretamente o consumo através do que as pessoas compram, como decidem comprar e os motivos que as levam fazer tal aquisição. A cultura é o principal determinante da compra, pois os indivíduos adquirem valores, percepções, preferências e comportamentos de sua família que os levarão à definição de suas necessidades de consumo (KOTLER, 2000). É através da cultura que cada consumidor está inserido que se definirá o produto a ser adquirido, por exemplo: se um indivíduo está inserido em uma determinada religião, na qual não se pode ter televisão, o mesmo não será consumidor deste bem, assim como, onde seja permitido para mulheres utilizarem 25 somente saia e/ou vestido, provavelmente somente os fornecedores deste produto terão vendas. 4.3.4 Classes sociais Além da influencia cultural outro item que pesa nas decisões de compra são as classes sociais, que para Kotler (2000, p. 183), “as classes sociais são divisões homogêneas e duradouras de uma sociedade”. Ele cita que estas classes são ordenadas hierarquicamente, e os seus membros compartilham valores, interesses e comportamentos. Segundo Schiffman e Kanuk (2000), são indivíduos ou famílias abrangidos por uma categoria, ou seja, é a divisão dos membros de uma sociedade em determinadas hierarquias de classe, onde os membros de cada classe têm o mesmo status. A classe social é a ordenação da sociedade com base no poder aquisitivo, escolaridade e ocupação (CASTRO, 2004, apud RODRIGUES; JUPI, 2004). Estas classes não se referem apenas à renda, mas também à ocupação, ao grau de instrução e à área de residência. Cada grupo tem as suas preferências por produtos e marcas em diversas áreas (KOTLER ,2000). Os fatores de tomada de decisão influenciados pelas variáveis acima também determinam o perfil de cada consumidor. Sendo assim, o próximo capítulo tratará sobre a evolução do perfil do consumidor brasileiro. 4.4 O PERFIL DO CONSUMIDOR BRASILEIRO Ao longo dos anos o perfil do consumidor sofreu mudanças influenciadas pela tecnologia, pelo crédito e distribuições do varejo. A partir da década de 1990, com a abertura da economia e o plano real os consumidores brasileiros passaram a exigir produtos e serviços individualizados e de qualidade. As empresas, por sua vez, disputaram cada vez mais clientes, agregando para tanto, novos valores no processo de conquista de fidelização de sua carteira de clientes. Estas mudanças começaram com a entrada do Código de Defesa do Consumidor em março de 1991, e segundo Meir (2010), que colocou o consumidor no topo de importâncias com relação às organizações. Além disto, outro fator importante para esta evolução do perfil foi o êxito do plano real e o fim das taxas de 26 inflação descontroladas. Com a estabilização da moeda, surgiram os consumidores mais conscientes, exigentes, seletivos, informados e com mais poderes. No entanto, o que definiu as mudanças do comportamento dos consumidores brasileiros foi a privatização das telecomunicações, em 1998. Este fato universalizou o acesso às comunicações para todos os brasileiros. Juntamente com isto, veio o significativo aumento de acessos a Internet em residências. “Os consumidores estão mudando diante de nossos olhos. À medida que o fácil acesso à informação e o poder de escolha que ela traz continuam a aumentar, a variedade de opções do consumidor também aumenta” (MCKENNA, 2002, p. 133). Este acesso à informação tem se tornado cada vez mais fácil por meio das aquisições advindas da Internet, que ofertam uma imensidade de opções de produtos e de formas de pagamento e ainda agilizam a entrega do produto. Para Meir (2010), outro avanço foi o Decreto Lei nº 6.523, de 31/07/2008 que regulamentou os serviços de atendimento ao consumidor, conhecido por Serviço de Atendimento aos Clientes (SAC). Os consumidores modernos, para McKenna (2002), sabem a influência que possuem sobre o mercado e também tem consciência de que estão sendo cortejados, pois as empresas vão até eles repetidas vezes buscando atenção, apoio e fidelidade. Estes consumidores modernos não se baseiam em valores e sim em preferências, relacionadas a tudo, como por exemplo: o tamanho da fonte dos seus documentos, como escolheu arquivar seus e-mails, etc. As atuais preferências de compra, segundo Brandalise (2008), são o preço e a qualidade, e também um grande influente na atualidade, é o meio ambiente. A maioria dos consumidores brasileiros de hoje julgam as empresas com base na responsabilidade social, outra parte considera as grandes empresas como as principais influenciadoras do desenvolvimento da sociedade, verificando-se aí a fundamental importância dos cuidados para com o ambiente. 4.5 O VAREJO NO BRASIL O varejo é a venda de bens ou serviços para o consumidor final. Inclui as atividades relativas à venda de produtos/serviços ligados aos consumidores finais. Uma loja de varejo é qualquer empreendimento comercial que busque a venda de pequenos lotes de varejo (KOTLER, 2000). 27 O mercado varejista segundo Miranda (1997, apud MEDEIROS; CRUZ, 2006), possui como função principal realizar vendas aos consumidores finais. Cabe então aos varejistas, facilitar a tarefa do fabricante de promover, vender e distribuir os seus produtos. Segundo Doin e Sillas (2007, p. 57): Varejo ou comércio varejista é uma atividade necessária para intermediar o percurso necessário para fazer chegar o que a indústria fabrica até o mercado consumidor. Serve de ligação entre um e outro nas relações de troca. (...) Essa é uma definição bem simplista, pois o papel do varejo é muito mais complexo, uma vez que deve ser eficaz tanto na distribuição e na apresentação dos produtos ou serviços que coloca à disposição do consumidor final quanto no que se refere à informação que oferece sobre eles. No entanto, para se definir em qual mercado atuar, os varejistas necessitam identificar o perfil dos consumidores daquele mercado, sua concorrência e aptidões de compras. Para se definir a área de atuação de seu mercado, primeiramente é necessário identificar se os consumidores envolvidos têm necessidade de tais produtos. É importante definir e conhecer bem os seus clientes potenciais para atendê-los bem. Outro item importante é conhecer os seus concorrentes, identificando sua localização, tamanho da loja, quantidade de vendedores, mix de produtos e/ou serviços, etc. Até porque os varejistas têm muito que aprender com erros e acertos de seus concorrentes. E por fim, identificar as suas habilidades e aptidões pessoais, como por exemplo: ser criativo, inovador, ter iniciativa, sonhar, etc. (SEBRAE, 1996). Para Doin e Sillas (2007), o varejo é dividido em dois ambientes: a) varejo com loja: quando existe um espaço físico para atender aos consumidores; b) varejo sem loja: onde se incluem vendas por internet, por catálogos, por televendas da televisão, por máquinas automáticas, porta a porta entre outros. Partindo da idéia de que grande parte das decisões dos consumidores são tomadas dentro das lojas, verifica-se que o mercado varejista ainda carece de informações objetivas para conseguir avaliar mais profundamente sua atuação em cada setor (SZTRAJTMAN, 2010). O comércio brasileiro para Las Casas (2006), foi estabelecido com a alavancagem do mercado agrícola, da pecuária e da mineração. 28 O pau-brasil e o açúcar representaram o crescimento no Brasil. Posteriormente o gado e a mineração representaram outro período de crescimento, seguidos pela cultura cafeeira que determinou o crescimento. No entanto, como o comércio é bastante atrelado a indústria, pode-se perceber a dificuldade inicial do varejo no Brasil. As transformações do mercado varejista, pela expansão e sofisticação de atendimentos e produtos, tiveram a sua origem principalmente na mudança de comportamentos dos consumidores (SENHORAS, 2003). Com a crescente evolução tecnológica e a constante mudança de preferências dos consumidores diante destes avanços, o mercado varejista se vê reestruturando suas empresas em vários segmentos. Neste contexto, o varejo brasileiro, vem sofrendo constantes mudanças, reestruturando o setor como um todo. Devido às evoluções tecnológicas o varejo tem adotado um novo padrão de relacionamento tanto com os fornecedores quanto com o comportamento dos consumidores como um todo (SANTOS e GIMENEZ, 2010). O varejo nacional passa por um momento de transição. As mudanças de comportamento de consumo estão atingindo todas as faixas etárias dos consumidores e as novas possibilidades de aquisição do produto invadem o dia a dia de todos (MORAIS, 2010). Com base nisto, para que as empresas consigam efetivamente aumentar o número de consumidores e transformá-los em clientes, é preciso disponibilizar uma demanda de produtos que possam vir de encontro ao que os clientes desejam e que consigam satisfazê-los. 4.6 SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR Alguns fatores deverão ser analisados quando se avalia a satisfação do consumidor. Segundo Kotler (1998), são quatro os conceitos necessários à compreensão da satisfação do cliente: a) Necessidade: estado de privação de alguma satisfação básica. As pessoas precisam de alimentos, roupas, abrigo, segurança, sentimento de posse e de auto-estima. Essas necessidades não são criadas pela sociedade, mas são inerentes à condição humana; 29 b) Desejos: carências por satisfações específicas para atender às necessidades. Embora as necessidades humanas sejam poucas, seus desejos são muitos e continuamente moldados e remoldados por forças e instituições sociais, incluindo igrejas, escolas, famílias e empresas; c) Demandas: desejos por produtos específicos, respaldados pela habilidade e disposição de comprá-los. Os desejos se tornam demanda quando apoiados pelo poder de compra; d) Produto: algo que pode ser oferecido para satisfazer a uma necessidade ou desejo de um indivíduo ou grupo. Um produto ou oferta pode consistir de três componentes: bem físico, serviço e idéia. É importante que a organização se preocupe com cada um destes fatores, pois um produto só terá êxito se proporcionar valor e satisfação ao comprador. O comprador opta por uma entre diferentes ofertas com base no que parece lhe proporcionar maior valor. O valor pode ser definido como a razão entre o que o cliente recebe e o que ele dá. O cliente recebe benefícios e assume custos; os benefícios por sua vez, incluem benefícios funcionais e emocionais, já os custos incluem custos monetários, de tempo, de entrega e psicológicos. A satisfação do comprador após a compra pode variar em função do desempenho da oferta em relação às suas expectativas. A satisfação representa a sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação entre o desempenho percebido e as expectativas do comprador. Se o desempenho não atingir as expectativas, o cliente ficará insatisfeito; se atingir ficará satisfeito. Se o desempenho for além das expectativas, o cliente ficará altamente satisfeito ou até mesmo encantado (KOTLER, 2000). A satisfação, conforme Kotler (1998), envolve as expectativas. Deste modo, a satisfação é o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa. 4.7 MARKETING DE RELACIONAMENTO As mudanças tecnológicas, sociais e econômicas modificaram o mercado com o passar dos anos. Como o Marketing é um processo gerencial e social também sofreu inúmeras modificações com o decorrer do tempo, seguindo as tendências e 30 teorias gerenciais, assim como acompanhando as demandas sociais diante da complexidade da realidade empresarial, econômica e política. Hoje os consumidores exigem produtos e serviços individualizados e as empresas disputam cada vez mais novos clientes, agregando valores para satisfazer da melhor maneira possível a todos os seus clientes. Para se obter sucesso nesse novo mercado é preciso compreender quais são as características que proporcionam valor e satisfação do cliente. É de fundamental importância que os empresários busquem uma forma de criar, estimular e desenvolver um bom relacionamento com os clientes. Sendo assim, cada vez mais o marketing vem transferindo o foco das transações individuais para a construção de relacionamentos que contêm valor e redes de ofertas de valor, como é o caso do marketing de relacionamento. Segundo Kotler e Armstrong (1999, p. 397) “marketing de relacionamento significa criar, manter e acentuar sólidos relacionamentos com os clientes e outros públicos”. Com a globalização do mercado, as organizações têm que ter atenção redobrada com os clientes que estão cada vez mais exigentes, pois, a cada dia aparecem novas tecnologias e novos tipos de produtos e serviços. Em função disso, conhecer estratégias que garantem a manutenção e a lealdade dos clientes se faz cada vez mais necessária. Com isso, é essencial que a organização propicie a satisfação contínua e reforce as estratégias que atendam as expectativas dos consumidores, fazendo com que sintam-se satisfeitos em estar adquirindo seus produtos e/ou serviços. Para tanto, as empresas que oferecem muitos produtos como supermercados e grandes lojas de suprimento podem utilizar estratégias para aumentar o número de clientes diante de alguns tipos de produtos que também são oferecidos pelos concorrentes. Neste caso, as ferramentas de marketing podem representar um passo à frente, pois muitas ações quando bem planejadas formam um conjunto eficiente de estratégias que realmente podem estimular conquistar e manter clientes. É de fundamental importância que os empresários busquem uma forma de criar, estimular e desenvolver um bom relacionamento com os clientes, ou seja, conquistar e reter clientes lucrativos. 31 4.7.1 Desenvolvendo relacionamentos lucrativos com os clientes Compreender as necessidades e desejos dos clientes no panorama atual, nem sempre é tarefa fácil. As empresas precisam estar atentas à diferença entre necessidade que é um estado de privação de alguma satisfação básica e desejos que são carências por satisfações específicas para atender às necessidades. Há empresas que não utilizam qualquer tipo formal de levantamento de dados em Marketing, obtendo informações mercadológicas apenas por meio de conversas informais com os clientes, embora a literatura sobre o assunto seja ampla e exista há mais de 20 anos (KOTLER; ARMSTRONG, 1999, p.73). Neste sentido também é visível a quantidade de empresas que desconhece aspectos relevantes do marketing de relacionamento para empreender ações corretas e eficazes na busca e manutenção de clientes. Um dos aspectos destacados por Kotler e Armstrong (1999), diz respeito à demanda de uma empresa, que segundo os autores advém de dois sentidos: clientes novos e clientes antigos. Assim, é preocupação da empresa além das estratégias de atrair novos clientes, a preocupação de manter os clientes existentes e desenvolver com eles um relacionamento duradouro. Portanto, percebe-se uma preocupação constante em manter os clientes satisfeitos, proporcionado a eles um relacionamento que satisfaça ambas as necessidades, construindo desta forma um relacionamento no longo prazo, mantendo e aumentando a lucratividade para a empresa. Segundo Kotler e Armstrong (1999), a empresa deve estudar seus clientes de perto e classificá-los. Assim a empresa deve observar seus hábitos de consumo, períodos de compra, expectativas com relação ao produto, avaliação da compra, entre outros aspectos que possam orientar a empresa em oferecer o produto certo no momento adequado ao cliente que espera ou que pode se satisfazer com aquele produto, principalmente empresas que oferecem grande quantidade de produtos. Conforme, Kotler e Armstrong (1999, p. 48): “o marketing visa satisfazer as necessidades e os desejos dos consumidores melhor que seus concorrentes (...), não devem apenas visar às necessidades dos consumidores alvo, devem também alcançar vantagens estratégicas, posicionando suas ofertas contra a de seus concorrentes na cabeça dos consumidores” . 32 Observa-se assim que a posição das ofertas é preocupação essencial para as empresas que desejam mostrar produtos de forma eficiente ao cliente, conseguir identificar o momento adequado com a visibilidade certa pode ser o diferencial competitivo para que o cliente escolha a empresa frente ao concorrente. Também os concorrentes merecem uma atenção em especial, montar estratégias a fim de alcançar consumidores dos concorrentes é a solução mais prática para aumentar a participação no mercado. Sendo assim, as ferramentas de marketing podem representar um passo à frente, pois muitas ações quando bem planejadas formam um conjunto eficiente de estratégias que realmente podem estimular, conquistar e manter clientes. 4.7.2 Os quatro P’s de marketing Segundo Kotler (2000), após a empresa decidir sua estratégia de posicionamento, está pronta para começar a planejar detalhes do mix de marketing ou seja, do composto mercadológico que é caracterizado como um dos conceitos do marketing moderno. O mix ou composto de marketing pode ser caracterizado como um grupo de variáveis controláveis que a empresa utiliza na produção da resposta que deseja do mercado-alvo. Representa, assim, ações que a empresa pode ter para direcionar a demanda a seu produto, sendo que as diversas possibilidades podem ser reunidas em quatro grupos de variáveis conhecidas como os quatro Ps: produto, preço, praça e promoção. 4.7.2.1 Produto O produto é algo que pode ser oferecido a um mercado, para sua apreciação, aquisição, uso ou consumo, e que pode satisfazer um desejo ou suprir uma necessidade. Para Semenik e Bamossy (1996, p. 260), “produto é o conjunto de atributos tangíveis e intangíveis que proporciona benefícios reais ou percebidos com a finalidade de satisfazer as necessidades e os desejos do consumidor”. Já Kotler e Armstrong (1999) definem produto como sendo a combinação dos bens e serviços que a empresa oferece ao seu mercado-alvo. 33 Cobra (2002), ressalta que cada produto deve ser considerado como um elemento do negócio da empresa, tendo custo e utilidade determinada , devendo fazer parte do todo que é a empresa. Um produto tem seu ciclo de vida quando se desenvolve, atinge a maturidade e entra em declínio sendo reciclado ou eliminado. O produto é a base essencial para uma empresa atingir o sucesso, é dele que depende a conquista dos objetivos. 4.7.2.2 Promoção A promoção, segundo Kotler (2000), representa a forma de apresentação e promoção não-pessoal de idéias, produtos ou serviços realizada por um patrocinador identificado. Segundo Kotler e Armstrong (1999), as empresas precisam informar aos consumidores sobre os benefícios dos produtos ou serviços que oferecem, posicionando desta forma, o produto na mente do consumidor. Os mesmos autores afirmam ainda que o marketing exige mais que apenas desenvolver um bom produto, é preciso que se estabeleça um preço atraente e que torne o produto acessível. Através da estratégia de promoção os consumidores formarão suas opiniões sobre os produtos, serviços e a imagem da empresa. Portanto, as organizações precisam determinar a mensagem que desejam passar ao consumidor, em que forma/meio de comunicação, além do tipo de comunicação em cada um dos processos de compra e consumo e como as características dos produtos devem ser posicionadas nas diferentes mídias. Deste modo poderão promover eficientemente seu produto. 4.7.2.3 Preço O preço representa o volume de dinheiro cobrado por um produto ou serviço. Trata-se da soma dos valores que os consumidores trocam pelo benefício de possuir ou fazer uso de um produto ou serviço. O preço pode ser um atrativo aos consumidores. A empresa deve oferecer produtos com preços atrativos e alguns até abaixo do custo, 34 esperando com isso vender outros produtos com margens normais de lucro. Para tanto é preciso estabelecer uma estratégia específica (KOTLER e ARMSTRONG, 1999). A organização pode ter conhecimento dos preços dos produtos de seus concorrentes e com esta informação, ter um ponto de partida para seus próprios preços. Ainda segundo Kotler e Armstrong (1999), as empresas precisam informar os consumidores sobre os benefícios do produto ou serviço que oferecem, posicionando-o na mente dos consumidores. Ressalta-se que o marketing exige mais que apenas desenvolver um bom produto, é preciso ainda estabelecer preço atraente e torná-lo acessível. Por meio da estratégia de promoção os consumidores formarão suas opiniões acerca dos produtos, serviços e da imagem da empresa. 4.7.2.4 Praça Kotler (2000), afirma que a praça ou canal de distribuição representa um grupo de organizações interdependentes envolvido no processo de tornar um produto ou serviço disponível para uso ou consumo do usuário-consumidor ou industrial, em outras palavras, são os locais onde um determinado produto ou serviço é vendido. Kotler e Armstrong (1999) destacam que praça, ponto ou local significa as atividades da empresa que fazem com que o produto esteja disponível aos consumidores-alvo. Para Cobra (2002), o canal de distribuição representa uma empresa jurídica ou uma pessoa física que se responsabiliza por levar um produto ou serviço do produtor ao consumidor. Ainda segundo o autor, o número de canais depende da complexidade entre o produtor e o consumidor final, sendo estes classificados em três níveis: a) nível zero: o fabricante vende diretamente ao consumidor; b) nível um: um intermediário, um revendedor varejista; c) nível dois: além do varejista, um distribuidor atacadista. 35 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para alcançar o objetivo geral deste estudo foi necessário estabelecer os procedimentos metodológicos. De acordo com Lakatos e Marconi (1992), metodologia é um conjunto de operações que devem ser sistematizadas e trabalhadas, levando em consideração a clareza na disposição do problema, atendimento aos objetivos estabelecidos, embasamento teórico, para analisar os consumidores da empresa Supermercado Mercasa, foi preciso definir um método de trabalho. Em relação à classificação desta pesquisa, é descritiva, pois teve como objetivo identificar o perfil de compra do consumidor e seu grau de satisfação em relação aos produtos e serviços oferecidos pelo Supermercado Mercasa de Vila Nova – Toledo – PR. De acordo com Gil (2002), as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. Para implementar o objetivo geral deste estudo, utilizou-se a técnica de pesquisa da observação, onde buscou-se conhecer o cotidiano da empresa. Em reuniões com o sócio-proprietário, buscou-se informações complementares sobre o assunto em questão. Para coletar os dados sobre o público-alvo do estudo e descrever os aspectos que envolvem tal público, foi elaborado um questionário (APÊNDICE 1), com o objetivo de identificar a expectativa do cliente em relação aos aspectos gerais e avaliar o grau de satisfação em relação ao atendimento prestado e os produtos oferecidos. Ainda sobre os questionários é preciso esclarecer que este pode ser considerado, na compreensão de Lakatos e Marconi (2002, p. 65): [...] um instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito. O questionário apresenta vantagens como economia de 36 tempo, obtém grandes números de dados, atinge maior número de pessoas simultaneamente, obtém respostas rápidas e precisas, há maior liberdade nas respostas, em razão do anonimato, há mais tempo para responder e em hora mais favorável. Segundo Gil (2002, p.124), o questionário é a “técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, etc.”. Para Roesch (1999), um questionário não é apenas uma listagem de questões, mas um instrumento de coleta de dados que visa mensurar algo, exigindo esforço prévio de planejamento dos aspectos referentes ao assunto pesquisado. De acordo com Gil (2002), o questionário apresenta vantagens, tais como: permitir atingir um grande número de pessoas, não exige gastos com treinamento de entrevistadores, garante o anonimato dos respondentes, entre outras. Por outro lado, apresenta algumas desvantagens como excluir da pesquisa indivíduos analfabetos, não permitir aos entrevistados tirar dúvidas quanto às questões, não há garantia de igualdade na interpretação das respostas, por parte dos respondentes. A amostragem utilizada para a aplicação do questionário (APÊNDICE 1) é não-aleatória por conveniência, pois foram determinados os dias para aplicação do questionário e os clientes responderam por adesão. O período de aplicação foi de duas semanas, durante o mês de agosto de 2010, totalizando 80 clientes entrevistados. A amostra não-aleatória, conforme Lakatos e Marconi (1992), é aquela amostra para a formação da qual existiu um procedimento de selecção dos elementos da população que permite a escolha dos indivíduos a incluir na amostra segundo determinado critério mais ou menos subjectivo. Nesta forma de amostragem, não se conhece a probabilidade de determinado elemento ser selecionado. Enfim, através do conhecimento adquirido pelas pesquisas bibliográficas, e pelo questionário aplicado foi possível identificar quem são os consumidores do Supermercado objeto deste estudo, e propor desta forma ações que viabilizem melhorias no atendimento e nos produtos oferecidos pela empresa. 37 6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS Este capítulo tem por objetivo apresentar o desenvolvimento do estágio realizado no Supermercado Mercasa, iniciando-se pelo diagnóstico organizacional. 6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL O Supermercado Mercasa é uma empresa familiar especializada no ramo de comércio varejista de mercadorias em geral (alimentos não perecíveis, produtos de limpeza em geral, produtos de higiene pessoal, frutas e verduras, carnes em geral, pães, bolos, cucas, etc.) com predominância de produtos alimentícios, com aproximadamente 9.000 itens disponíveis para comercialização. No ano de 2001 o Supermercado foi inaugurado, nessa época, os atuais proprietários da loja trabalhavam como empregados em um mercado da região, o qual, por motivo de endividamento, acabou indo à falência. Tendo eles trabalhado por um período de dez anos na área, decidiram investir em seu próprio negócio. No início foi um pouco difícil, pois segundo seus administradores, o Supermercado Mercasa ainda não tinha clientela formada como o seu concorrente direto, que já atuava no mercado há mais tempo. O Supermercado Mercasa está situado no Distrito de Vila Nova, no Município de Toledo e pelo fato de localizar-se na avenida principal, onde é considerável o fluxo de pessoas, logo conquistou seu espaço no competitivo ramo supermercadista. A cultura organizacional do Supermercado Mercasa é tradicionalmente familiar, sendo considerado um mercado alegre, onde a prioridade é o bem-estar do funcionário dentro da empresa, junto aos clientes e fornecedores, principalmente com a região onde atua. O Supermercado Mercasa é gerenciado por dois sócios, Adir Schwengber e Raquel Lorenzoni Schwengber, contando com o apoio de cinco funcionários. Sendo assim, não há a designação rígida de funções aos membros da organização estudada. A seguir são apresentadas as principais funções. a) proprietários: gerenciam toda a loja, responsável pelas contratações e demissões, tomadas de decisões e mudanças físicas, aprovam pagamentos a serem efetuados, compra de mercadoria, conferências de notas, fazem o faturamento, atendimentos telefônicos, ligações para clientes e fornecedores, esclarecem dúvidas 38 dos clientes via telefone, efetuam pagamentos, controlam contas a receber e a pagar, efetuam a entrega das mercadorias; b) operador de caixa: faz atendimento ao público em geral, registrar produtos, faz a cobrança dos valores registrados, ajuda a empacotar os produtos, faz o fechamento de caixa; c) açougueiro: desossa carnes em geral, corta e embala as carnes, faz o atendimento no balcão; d) empacotador: ajuda na limpeza da loja, auxilia na reposição de produtos nas seções, ajuda a fazer os pedidos de produtos, empacota mercadorias no caixa e leva até o carro do cliente. Quanto ao mercado consumidor da empresa estudada, segundo informação dos seus administradores, é formado em sua maioria por consumidores do próprio distrito, sejam residentes do perímetro rural ou urbano. A empresa possui uma preocupação constante em manter os clientes satisfeitos, proporcionando a eles um relacionamento que satisfaça ambas as necessidades, construindo desta forma um relacionamento em longo prazo, mantendo e aumentando a lucratividade da empresa. As promoções realizadas no supermercado se intensificam em períodos festivos como Dia das Mães, Dia dos Pais, Páscoa, Natal, e na Festa do Leitão Assado na Estufa (festa gastronômica do distrito), em que são sorteados brindes entre os clientes. Os comércios da região não apresentam expansão, pelo fato de estarem muito próximos a Toledo. Deste modo a grande maioria da população prefere deslocar-se até a cidade de Toledo para fazer suas compras, principalmente roupas e calçados. Pois devido à concorrência acirrada podem oferecer melhores preços e condições de pagamento. O Supermercado Mercasa tem como missão buscar atender a comunidade com a máxima qualidade dos produtos e a excelência nos serviços. Foca o cliente, atendendo as suas diversas necessidades imediatas e que possam surgir, tendo assim a possibilidade de manter um nível desejado de crescimento em conjunto com os funcionários e a comunidade, solidificando cada vez mais a empresa. As políticas organizacionais adotadas são as de trabalhar de forma honesta e coesa, visando à colaboração para a melhor obtenção de resultados; manter a sinergia entre os setores; focar todas as pessoas da organização para o 39 atendimento ao cliente com clareza e objetividade, satisfazendo às expectativas de todos os seus clientes. A política de remuneração da empresa não dispõe de um sistema formal de administração de cargos e salários. Não há avaliação de cargos e não fornece nenhum tipo de benefício. Observa-se que na empresa os colaboradores e a gerência mantêm um canal de comunicação aberto, para que estes se sintam livres a darem sugestões e colocar suas queixas, o que certamente auxiliaria na tarefa de fazer sempre melhor. 6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO Durante a realização do estágio no Supermercado Mercasa foi possível verificar que a gerência não tem informações sobre sua clientela relacionadas ao perfil e satisfação com o atendimento e produtos ofertados Verificou-se que o cadastro de clientes é feito manualmente, em fichas que constam apenas os dados principais do cliente, como nome completo, endereço e telefone. Ressalta-se que estes dados ficam arquivados em um fichário, pois não existe um cadastro informatizado. Além disso, durante reuniões realizadas com os proprietários foi relatado que a maioria dos clientes efetua suas compras a prazo e não é exigido dos mesmos nem um tipo de documentação para fazer cadastro, segundo eles à liberação para as compras é feita na base da confiabilidade e através de referências obtidas por pessoas conhecidas. Considerando a necessidade do Supermercado conhecer melhor seu público e avaliar o grau de satisfação deles, o objetivo deste estudo foi compreender os elementos que caracterizam o comportamento do consumidor e sua decisão de compra; elaboração de um questionário que visou identificar o perfil de compra dos consumidores do supermercado objeto deste estudo; tabular e avaliar os dados coletados; apresentar propostas à gerência do Supermercado Mercasa, para a atração e retenção desses clientes. Para tanto, elaborou-se o questionário (APÊNDICE 1) que foi aplicado para 80 clientes durante o período de duas semanas. Após a aplicação do questionário foi realizada a análise e interpretação dos dados obtidos. 40 6.2.1 Análise e Interpretação do Questionário O questionário (APÊNDICE 1) constitui-se de doze perguntas, abrangendo informações sobre: gênero, faixa etária, estado civil, escolaridade, número de pessoas com quem este consumidor convive e a satisfação dos mesmos em relação ao mercado, aos produtos oferecidos e quanto ao atendimento que é prestado pelo Supermercado Mercasa. Na questão 01 do questionário (APÊNDICE 1) o objetivo foi distinguir o gênero entre os clientes entrevistados. O resultado é apresentado no gráfico 1. Gráfico 1 – Distinção de gênero entre os clientes 41% Masculino Feminino 59% Fonte: O autor (2010) Ao analisar o gráfico 1, pode-se verificar que do total de entrevistados predomina o sexo feminino com 59% e 41% são do sexo masculino. O objetivo da segunda questão do questionário foi identificar a faixa etária dos clientes, conforme é apresentado no gráfico 2. 41 Gráfico 2 – Faixa etária dos clientes 8% 3% 1% 13 a 22 anos 9% 35% 23 a 34 anos 35 a 44 anos 45 a 54 anos 55 a 64 anos mais de 65 anos 45% Fonte: O autor (2010) Conforme apresentado no gráfico 2, nota-se que em geral os clientes entrevistados são de faixa etária bastante jovem, totalizando 79% entre as idades de 13 a 34 anos. Os demais percentuais podem ser observados na legenda apresentada no gráfico 1. Na questão 03 do questionário buscou-se identificar o estado civil dos entrevistados conforme apresentado no gráfico a seguir: Gráfico 3 - Estado Civil 3% 41% Solteiro Casado 56% Fonte: O autor (2010) Viúvo 42 O gráfico 3 demonstra que a maioria dos clientes, 56% são casados, 41% estão solteiros e apenas 3% são viúvos. A quarta questão teve o intuito de identificar o grau de escolaridade dos entrevistados. O resultado é apresentado no gráfico 4. Gráfico 4 – Grau de escolaridade 1% 3% 6% 15% 23% 36% Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto Ensino médio completo Superior incompleto Superior completo Pós-graduação 16% Fonte: O autor (2010) De acordo com o gráfico 4, 36% dos clientes entrevistados têm o ensino médio completo, 23% possuem o ensino fundamental completo, 16% o ensino médio incompleto, 15% o ensino fundamental incompleto, 6% dos entrevistados com ensino superior incompleto, 3% com o ensino superior completo e 1% dos entrevistados tem pós-graduação. Já na questão 5 do questionário (APÊNDICE 1) o objetivo foi analisar a quantidade de pessoas que residem na moradia do entrevistado. O resultado é apresentado no gráfico 5. 43 Gráfico 5 – Pessoas que residem na casa 11% 19% 01 pessoa 20% 02 pessoas 03 pessoas 04 pessoas 34% 16% 05 pessoas ou mais Fonte: O autor (2010) Conforme o gráfico 5, a maioria dos entrevistados reside com duas ou mais pessoas totalizando (34%), 20% com quatro pessoas, 16% com três pessoas, e 11% dos entrevistados declararam viver com cinco pessoas ou mais. Ressalta-se que 19% dos entrevistados vivem sozinhos. Pode-se dizer que em uma residência onde vivem mais de uma pessoa o volume de compras é proporcionalmente maior, representando um desafio para o Supermercado Mercasa atender às expectativas de todos os membros da família. Na questão 6, buscou-se levantar a renda familiar dos consumidores entrevistados. O resultado é apresentado no gráfico 6. Gráfico 6 – Renda familiar 29% De 1 a 2 salários De 2 a 4 salários De 4 a 8 salários 48% 23% Fonte: O autor (2010) 44 De acordo com o gráfico 6, a renda familiar dos entrevistados perfaz em sua maioria 48% que recebe entre 2 a 4 salários mínimos , considerando-se o valor atual de R$ 510,00 (quinhentos e dez reais). Em seguida 29% dos entrevistados alegaram receber entre 1 a 2 salários mínimos, 23% de 4 a 8 salários mínimos. Na questão 7 o objetivo foi analisar a freqüência que os entrevistados fazem compras no supermercado. O resultado é apresentado no gráfico 7. Gráfico 7 – Freqüência de compra 14% 23% até 2 vezes por semana 5% de 3 a 5 vezes por semana semanalmente 32% quinzenalmente mensalmente 26% Fonte: O autor (2010) Quanto à freqüência com a qual os entrevistados compram no supermercado em estudo, a maioria afirma ir ao supermercado a cada quinze dias, perfazendo 32% das respostas. Já 26% freqüentam o supermercado semanalmente, 23% dos clientes entrevistados vão até duas vezes por semana ao supermercado, 14% mensalmente, e os outros 5% de três a cinco vezes por semana, conforme apresentado no gráfico 7. Baseando-se nestes dados é possível perceber que os entrevistados optam por fazer as compras semanalmente ou quinzenalmente, pois somados os percentuais são 58%. A oitava questão do questionário levantou a média de gastos dos clientes entrevistados. O resultado é ilustrado no gráfico 8. 45 Gráfico 8 – Média de gastos por compra 8% 14% Até R$ 30,00 14% De R$ 30,00 a R$ 50,00 35% De R$ 50,00 a R$ 100,00 De R$ 100,00 a R$ 200,00 Mais de R$ 200,00 29% Fonte: O autor (2010) Ao se analisar o valor do gasto médio a cada ida ao supermercado, de acordo com o que está representado no gráfico 8, percebe-se, que a grande maioria, ou seja 35% dos entrevistados gasta em média de R$ 31,00 a R$ 50,00. Já 29% dos consumidores entrevistados afirmam gastar entre R$ 51,00 e R$ 100,00, a cada ida ao supermercado, 14% têm gasto de R$ 101,00 a R$ 200,00, ou ainda entre R$ 201,00, e 8% dos entrevistados afirmam gastar até R$ 30,00. A nona questão teve como objetivo apresentar quais são os produtos comprados com mais freqüência no Supermercado. Os dados estão representados no gráfico 9. Ressalta-se que os entrevistados puderam responder mais de uma alternativa nesta questão. Gráfico 9 – Produtos comprados com mais freqüência 13% 25% Alimentos não perecíveis Produtos de limpeza em geral Padaria 18% Produtos de higiene pessoal Frutas e Verduras 18% Carnes em geral 13% 13% 46 De acordo com Kotler (1998), produto é algo que pode ser oferecido para satisfazer a uma necessidade ou desejo de um indivíduo ou grupo. Um produto ou oferta pode consistir de três componentes: bem físico, serviço e idéia. Conforme o gráfico 9, os produtos mais comprados são os não-perecíveis (arroz, feijão, farinha de trigo, etc.), totalizando um percentual de 25%, os produtos de limpeza, as frutas e as verduras somam juntos 36% das respostas. Já os produtos de higiene pessoal, padaria e de carnes em geral registraram os 39% restantes. Considerando as questões de 1 a 9, pode-se afirmar que a maioria dos clientes entrevistados é do sexo feminino, são de faixa etária bastante jovem, entre as idades de 13 a 34 anos, a maioria dos clientes são casados, a maioria tem o 2º grau completo, 34% residem com duas pessoas, recebem de 2 a 4 salários mínimos, percebe-se que os entrevistados optam por fazer as compras semanalmente ou indo mais de uma vez por semana ao supermercado, gastam em média de R$ 31,00 a R$ 50,00 cada vez que vão ao Supermercado e os produtos mais comprados são os não perecíveis. A décima questão teve o intuito de saber se os clientes entrevistados identificam algum produto de seu interesse, mas que no caso, não seja comercializado pelo Supermercado. O resultado está representado no gráfico 10. Gráfico 10 – Clientes que procuram produtos diferenciados 15% Procuro Não procuro 85% Fonte: O autor (2010) 47 Considerando o gráfico 10, verifica-se que dos clientes entrevistados 85% responderam que não há nem um produto em falta, tudo o que eles procuram, encontram no supermercado em questão, e 15% responderam que gostariam sim que houvesse outras opções de produtos. Na décima primeira questão do questionário o interesse foi identificar qual o meio de comunicação que os entrevistados mais utilizam. Os resultado é ilustrado no gráfico 11. Gráfico 11 – Meios de comunicação mais acessados 4% 15% 29% Rádio AM Rádio FM Internet Folder Jornal 24% 9% TV 19% Fonte: O autor (2010) Com base nos dados apresentados no gráfico 11, constatou-se que 29% dos entrevistados dão maior atenção à rádio AM, 24% dos entrevistados optam por folders, 19% afirmam prestar mais atenção às propagandas na internet, 15% ficam atentos ao jornal impresso, 9 % preferem a rádio FM, e apenas 4% optam pela televisão. E, finalmente, a questão 12 do questionário foi elaborada com itens de “a” a “m” para conhecer a opinião dos clientes entrevistados em relação aos produtos comercializados e ao atendimento prestado pelo Supermercado Mercasa. Para analisar os resultados, dividiu-se em duas tabelas, a primeira (Tabela 1), reúne o resultado sobre a avaliação dos produtos. 48 Tabela 1- Qualidade dos produtos oferecidos pelo Supermercado Variáveis a) Qualidade dos Produtos b) Preço dos Produtos c) Variedades de um mesmo produto d) Produtos do Açougue e) Variedades no setor de Hortifruti Categorias Freqüência % Ótimo o - Muito Bom 6 7% Bom 34 43% Regular 40 50% Ruim o - Não Sabe o - TOTAL 80 100% Ótimo 0 - Muito Bom 0 - Bom 17 21% Regular 51 64% Ruim 12 15% Não Sabe 0 - TOTAL 80 100% Ótimo 0 - Muito Bom 6 15% Bom 12 34% Regular 28 43% Ruim 34 8% Não Sabe 0 - TOTAL 80 100% Ótimo 29 36% Muito Bom 17 21% Bom 34 43% Regular 0 - Ruim 0 - Não Sabe 0 - TOTAL 80 100% Ótimo 0 - Muito Bom 0 - Bom 34 43% Regular 29 36% Ruim 17 21% Não Sabe 0 - TOTAL 80 100% continua 49 Variáveis Categorias f) Variedade de pães e doces em geral g) Disposição dos produtos nas gôndolas Freqüência % Ótimo 6 8% Muito Bom 0 - Bom 51 63% Regular 17 21% Ruim 6 8% Não Sabe 0 - TOTAL 80 100% Ótimo 0 - Muito Bom 0 - Bom 40 50% Regular 34 43% Ruim 6 7% Não Sabe 0 - TOTAL 80 100% Fonte: O autor (2010) Observa-se que na tabela 1, os dados apresentam informações específicas e diretas relacionadas ao supermercado em estudo, de acordo com a opinião e a análise de cada entrevistado. Sobre a variável qualidade dos produtos oferecidos, 50% dos entrevistados declararam ser regular, 42% julgaram estar bom e os 7% restantes disseram ser muito boa, percebe-se, no entanto, que o percentual de pessoas que julgam que os produtos são de qualidade regular é um índice bastante alto, e que deve ser analisado cuidadosamente pelos proprietários do estabelecimento. Quanto ao preço dos produtos, em sua grande maioria correspondente a 64% dos entrevistados julgam ser regular, ou seja, não difere muito do preço do concorrente local, 21% o consideram bom, e 15% afirmam que é ruim. Em relação à variedade de um mesmo produto, 43% dos entrevistados a consideram regular, 34% boa, 15% afirmam que é muito boa, e apenas 8% a consideram ruim. Sobre a variedade dos produtos oferecidos no açougue, 43% a consideram boa 36% ótima, e 21% muito boa. Portanto, pode-se afirmar que o Supermercado Mercasa consegue atender a expectativa do cliente. Em relação à variedade do setor de hortifruti, obteve-se o seguinte resultado: 43% a consideram boa, 36% regular, e 21% ruim. Para a variedade de pães e doces, 63% dos clientes entrevistados afirmam ser boa, 21% consideram-na regular, e duas vezes apareceu o percentual de 8% como resultado de ótimo e ruim. 50 Finalmente, quanto à variável disposição dos produtos nas gôndolas, 50% dos entrevistados a considera boa, 43% regular, e 7% ruim. Com base neste resultado é possível perceber que ainda existe algo a ser melhorado. Na tabela 2, serão apresentados os dados em relação ao atendimento prestado pelo Supermercado Mercasa. Tabela 2 – Qualidade do atendimento prestado pelo Supermercado Variáveis h) Limpeza do estabelecimento i) Formas de pagamento Categorias Frequência % Ótimo 0 - Muito Bom 34 43% Bom 17 21% Regular 29 36% Ruim 0 - Não Sabe 0 - TOTAL 80 100% Ótimo 6 15% Muito Bom 40 43% Bom 22 27% Regular 12 15% Não Sabe 0 - TOTAL 80 100% Ótimo 12 15% Muito Bom 29 36% Bom 28 35% Regular 11 14% Ruim 0 - Não Sabe 0 - TOTAL 80 100% Ótimo 23 29% Muito Bom 45 56% Bom 12 15% Regular 0 - Ruim 0 - Não Sabe 0 - TOTAL 80 100% Ruim j) Tempo de Atendimento no Caixa l) Serviços de Entrega continua 51 Variáveis m) Promoções de produtos de marcas conceituadas Categorias Frequência % Ótimo 0 - Muito Bom 0 - Bom 25 37% Regular 33 47% Ruim 22 16% 80 100% Não Sabe TOTAL Fonte: O autor (2010) De acordo com a tabela 2, com relação à limpeza do estabelecimento os resultados foram os seguintes: 43% dos entrevistados a consideram muito boa, 36% afirmam que é regular, e 21% consideram-na boa. Quanto às formas de pagamento, 43% as consideram boas, 20% afirmam que são boas, 15% consideram-nas regulares, 14% ruins, e para 8% é ótimas. Quanto ao tempo gasto no caixa do supermercado, 43% dos clientes entrevistados o consideram muito bom, 27% atribuem o conceito bom, 15% ótimo, e também com um percentual de 15% regular. Sobre os serviços de entrega, a maioria considera o serviço muito bom totalizando 56%, 29% ótimo, e 15% afirma ser bom. É possível constatar-se que nesta variável o mercado atende satisfatoriamente a todos os clientes entrevistados. Quanto às promoções de produtos de marcas conceituadas, 47% as consideram regulares, 37% boas e 16% ruins. De acordo com o conteúdo apresentado e de posse das informações obtidas junto aos clientes da empresa em questão, o estudo da satisfação do consumidor é uma ferramenta de grande importância ao administrador de empresas, uma vez que por meio dela é possível identificar os desejos e necessidades do cliente e consequentemente dirigir os esforços da organização a sua obtenção. Vale ainda destacar que a satisfação do consumidor precisa ser periodicamente medida, uma vez que na atual conjuntura em que as empresas se encontram, a concorrência é muito grande e a variedade de produtos que surgem no mercado a cada dia é bastante grande, deste modo, cabe voltar uma atenção especial às necessidades do cliente, procurando fidelizá-lo. 52 6.2.2 Sugestões e Recomendações Percebeu-se que a maioria dos clientes entrevistados considera os produtos comercializados pelo Supermercado de qualidade regular, dado este que deve ser analisado cuidadosamente pelos proprietários do estabelecimento. Sendo assim, sugere-se aos mesmos que realizem uma reunião com os funcionários, com o objetivo de definir um responsável pela organização de um determinado setor, devendo manter o mesmo limpo e verificar o prazo de validade dos produtos. Outra variável considerada regular é a variedade oferecida no setor de hortifruti, pois a maioria dos entrevistados julga que tais produtos não têm uma aparência muito boa, portanto sugere-se à gerência que a compra de produtos como frutas e verduras seja realizada em quantidades menores para estarem sempre “fresquinhos”. Quanto à variedade de um mesmo produto o conceito regular também foi apontado pela maioria. Sendo assim, recomenda-se aos proprietários que procurem deixar à disposição mais variedades de um mesmo produto, para desta forma atender satisfatoriamente seus clientes. Quanto à variável promoção de produtos de marcas conceituadas, foi possível identificar que a maioria dos clientes entrevistados a considera regular, dado este que merece atenção dos proprietários. Com base neste resultado, propõe-se à gerência do Supermercado que invista mais nas promoções de produtos de marcas conhecidas, e divulgue essas promoções afixando cartazes em um mural ou em local que seja de fácil visualização e que chame a atenção dos clientes. Sugere-se ainda a confecção de folders para que os clientes possam ter acesso aos itens oferecidos pelo Supermercado Mercasa, principalmente para aqueles que estiverem em promoção. 53 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com este estudo foi possível identificar o comportamento do consumidor e definir qual é o seu perfil, para que seja possível traçar estratégias eficazes, de acordo com as necessidades e preferências deste público. Os resultados obtidos com a aplicação do questionário apontaram quem são os consumidores do Supermercado Mercasa, assim foi possível entender como são as preferências dos clientes locais, evidenciando-se a importância desta pesquisa para o supermercado em estudo. Um dos principais objetivos da estratégia de marketing das empresas que atuam em mercado competitivo, é torná-la diferenciada. Porém, é importante ressaltar que a diferenciação é conquistada quando a empresa desenvolve ações mercadológicas para o público certo com a oferta certa. Ao se considerar que, nem todos os clientes geram o mesmo valor para a empresa, a mesma deve verificar quais os clientes que darão o retorno desejado e certificar-se que o custo que será gerado para atendê-los não será maior que o resultado que eles possam gerar. Os clientes têm necessidades diferentes e, portanto, para KOTLER (1996), formas diferentes de apresentar a oferta; os consumidores buscam empresas que ofereçam formas customizadas de interação, a qual se dá a partir de produtos e serviços personalizados, comunicação direta e disponibilização de várias formas de acesso á empresa. Sendo assim, a satisfação do consumidor é determinada e influenciada por vários fatores, como qualidade do produto, preço, e marca, para tanto o mercado deve estar sempre atento às preferências de seus consumidores para que possa sempre atendê-los satisfatoriamente. Pode-se afirmar que o objetivo deste estudo foi atingido, no entanto, as ações propostas não foram totalmente implementadas, principalmente porque a gerência do Supermercado Mercasa não tem interesse imediato em investir. Sendo assim, espera-se que os resultados do trabalho sirvam como respaldo e fonte de informações para suas decisões e estratégias de mercado que possam ser realizadas em breve. 54 Cabe ressaltar que enquanto acadêmica o aprendizado obtido durante a realização do trabalho foi bastante satisfatório, o conhecimento adquirido foi de grande valia tanto para a vida pessoal, quanto para a profissional. 55 REFERÊNCIAS BRANDALISE, Loreni Terezinha. A percepção do consumidor na análise do ciclo de vida do produto: um modelo de apoio à gestão empresarial. Cascavel: EDUNIOESTE, 2008. CARNEIRO, Jorge Manoel Teixeira et al. Formação e administração de preços. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. COBRA, M. H. N. Um resumo do percurso do marketing brasileiro. FAE Business. Nº. 4, dez, 2002. DOIN, Eliane; SILLAS, Edson Paes. Marketing no varejo. Curitiba: Ibpex, 2007. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. KOTLER, Philip. & ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 7. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1999. KOTLER, P. Administração de marketing: análise, implementação e controle. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998. planejamento, _________. Marketing. São Paulo: Atlas, 1996. _________. Administração de Marketing. 10ª Ed. São Paulo: Prentice hall, 2000. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1992. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisa; amostragem e técnicas de pesquisa; elaboração, análise e interpretação de dados. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2002. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de varejo. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2006. LAWRENCE, R. Guinta, NANCY, C. Praizler; Manual de QFD. 1. ed. Rio de Janeiro: LCT, 1993. 56 MCKENNA, Regis. Acesso total: o novo conceito de marketing de atendimento. Rio de Janeiro: Campus, 2002. MEDEIROS, Janine Fleith de; CRUZ, Cassiana Maris Lima. Comportamento do consumidor: fatores que influenciam no processo de decisão de compra dos consumidores. Teoria e Evidência Econômica, Passo Fundo, v. 14, p. 167-190, Ed. Especial, 2006. Disponível em: http://www.upf.br/cepeac/download/rev_esp_2006_art8.pdf>. Acesso em: 24 maio 2010. MEIR, Roberto. A evolução do consumidor. Disponível <http://www.artigonal.com/financas-artigos/a-evolucao-do-consumidor1997840.html> Acesso em: 10 Jun 2010. em: MORAIS, Múcio. A lição de casa do varejo no Brasil. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-licao-de-casa-no-varejo-dobrasil/26546/>. Acesso em: 22 Maio 2010. PIRES, Antonio Alberto et al. A identidade de marca no processo de tomada de decisão de compra com produtos de baixo envolvimento. Disponível em: <http://www.mackenzie.com.br/fileadmin/Graduacao/CCSA/Publicacoes/Jovens_Pes quisadores/02/2_2_03.pdf>. Acesso em: 22 maio 2010. RODRIGUES, Márcia Aparecida; JUPI, Viviane da Silva. O comportamento do consumidor – Fatores que influenciam em sua decisão de compra. Revista de Administração Nobel, [SI], Nº 03, p. 59-70, jan/jun 2004. ROESCH, S. M. A. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágios, Trabalho de conclusão, dissertações e estudo de caso. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999. SANTOS, Ângela Maria Medeiros M.; GIMENEZ, Luis Carlos Perez. Reestruturação do comércio varejista e de supermercados. Disponível em: <http://www.bndespar.com.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arq uivos/conhecimento/bnset/set903.pdf>. Acesso em: 23 maio 2010. SCHIFFMAN, Leon G.; KANUK, Leslie Lazar. Comportamento do Consumidor. Tradução: Vicente Ambrósio. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2000. SEBRAE. Competência comercial. Curitiba: SEBRAE/PR, 1996. SEMENIK, R.; BAMOSSY, G. J. Princípios de Marketing: uma perspectiva global. São Paulo: Makron Books, 1996. SENHORAS, Elói Martins. O varejo supermercadista sob perspectiva. Read, [Sl], Ed. 33, Vol. 9, Nº 3, mai-jun 2003. SZTRAJTMAN, Milton Jaques. Desenvolvimento do varejo no Brasil. Disponível em: <http://www.smartcount.com.br/documentos/desenvolvimento_varejo.pdf>. Acesso em: 22 maio 2010. 57 APÊNDICE 1 Sou acadêmica de Secretariado Executivo da UNIOESTE, e estou fazendo uma pesquisa para realizar meu Trabalho de Conclusão de Curso. Para tanto estou pesquisando o perfil dos consumidores do Supermercado MERCASA. Realizando esta pesquisa do perfil do consumidor estarei identificando o que os clientes buscam no estabelecimento, e assim poderei expor as sugestões ao comerciante, para buscar atendê-los melhor em suas necessidades individuais. Este questionário será utilizado para fins acadêmicos, para tanto, peço sua colaboração, para que por gentileza responda todas as perguntas. Os dados coletados serão utilizados de forma que não seja revelada a identidade do entrevistado, para tanto, não é necessário escrever o nome no questionário. QUESTIONÁRIO 1) Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 2) Idade: ( ) 13 a 22 anos ( ) 35 a 44 anos ( ) 55 a 64 anos ( ) 23 a 34 anos ( ) 45 a 54 anos ( ) mais de 65 anos 3) Estado civil: ( ) solteiro (a) ( ) casado (a) ( ) viúvo (a) ( ) divorciado (a) ( ) outro. Qual?__________________ 4) Escolaridade: ( ) sem instrução ( ) 2o grau incompleto ( ) superior completo ( ) 1o grau incompleto ( ) 2o grau completo ( ) pós-graduação ( ) 1o grau completo ( ) outro. Qual?_____________ ( ) superior incompleto 5) Número de pessoas com quem vive: ( ) sozinho ( ) 03 pessoas ( ) 01 pessoa ( ) 02 pessoas ( ) 04 pessoas 58 6) Qual a renda de sua família? ( ) até 01 salário mínimo nacional ( ) de 04 a 08 salários mínimos ( ) de 01 a 02 salários mínimos ( ) mais que 08 salários mínimos. ( ) de 02 a 04 salários mínimos 7) Com que frequência você faz compras neste supermercado? ( ) até 2 vezes por semana ( ) quinzenalmente ( ) de 3 a 5 vezes por semana ( ) mensalmente ( ) semanalmente ( ) outro 8) Quanto costuma gastar em média a cada ida ao supermercado? ( ) até R$ 30,00 ( ) de R$ 101,00 a R$ 200,00 ( ) de R$ 31,00 a R$ 50,00 ( ) mais de R$ 201,00 ( ) de R$ 51,00 a R$ 100,00 ( ) outra. Qual?____________ 9) Que tipos de produtos você costuma comprar neste estabelecimento? ( ) alimentos não-perecíveis ( ) produto de higiene pessoal ( ) produtos de limpeza em geral ( ) frutas e verduras ( ) pães, bolos, cucas ( ) carnes em geral 10) Você procura por algum produto diferente daqueles já oferecidos que você gostaria de encontrar neste supermercado? ( ) procuro Qual?____________________________ ( ) não procuro 11) Quais são os meios de comunicação aos quais você tem mais acesso? Assinale no máximo 2 (duas) alternativas? ( ) rádio – ( ) AM ou ( ) FM ( ) jornal ( ) internet ( ) folder 59 12) Atribua um número para cada uma das afirmações, de acordo com sua opinião sobre o Supermercado Mercasa, seguindo a legenda abaixo: Ótimo Muito bom Bom Regular Ruim Não sabe 1 2 3 4 5 6 Qual a sua opinião com relação: Pontuação a) À qualidade dos produtos oferecidos? b) Ao preço dos produtos? c) À limpeza do estabelecimento? d) As formas de pagamento? e) Ao tempo gasto no caixa do supermercado? f) À variedade de opções de um mesmo produto? g) Aos serviços de entrega? h) Às promoções de produtos de marcas conceituadas? i) Aos produtos vendidos no açougue? j) Às variedades no setor de Hortifruti? l) À variedade de pães e doces em geral? m) À disposição dos produtos nas gôndolas? Muito obrigada pela sua colaboração! Aline Carolina Ferreira Rodrigues Acadêmica do 4o ano de Secretariado Executivo Bilíngue.