Estágio em Supervisão Clínica 1) Abordagem Teórica - Sistêmica - Profa. Michele Gaboardi Lucas Esta abordagem compreende os fatos e acontecimentos de uma forma não são lineares, sendo assim, se torna necessário analisar o sistema completo para entender a realidade individual. Trabalha com a pessoa como parte de um sistema mais amplo e complexo, desta forma, quem adoece é o sistema familiar e não apenas o indivíduo. A família é considerada mais que um ajuntamento de pessoas, mas sim uma rede de relacionamentos. Relacionamentos estes que interferem diretamente na vida do indivíduo. Principais autores estudados e/ou utilizados: Salvador Minuchin, Michael Nichols, Monica MacGoldrick, Moisés Groisman, Luiz Carlos Osório, Rosana Rapizo, Marilene Krom, Luigi Boscolo, Ceneide Cervany, entre outros. 2) Abordagem Teórica – Perspectiva Bioecológica do Desenvolvimento (Sistêmica) - Profa. Francine Garghetti A teoria Bioecológica foi criada pelo psicólogo norte americano Urie Bronfenbrenner (1917-2005), e descreve a variedade de processos interativos que afetam o desenvolvimento humano. Todo organismo biológico se desenvolve dentro do contexto de sistemas ecológicos que promovem ou inibem seu crescimento. Para Bronfenbrenner (1996), o desenvolvimento humano está intrinsecamente interligado às mudanças e estabilidades que ocorrem nas características biopsicológicas da pessoa, em todo o seu ciclo vital e ao longo das gerações. O ser humano é descrito por Bronfenbrenner (2005), como um ser biológico e psicológico, que interage constantemente com seu contexto e é produto deste processo de interação. O autor usou o termo interação com uma conotação espiral, multicausal e processual. Ou seja, o desenvolvimento humano ocorre por meio de ampliações e aproximações entre a pessoa e os diversos elementos do contexto que se influenciam mutuamente de forma não linear e dinâmica, alterando-se qualitativamente ao longo do tempo. 3)Abordagem Teórica - Profa. Sandra Lucia Zanella Abordagem Cognitivo Comportamental: Beck desenvolveu a terapia cognitivo comportamental (TCC) em 1960 nos Estados Unidos. Inicialmente como psicoterapia breve, estruturada, orientada ao presente focada em resolver problemas atuais modificando os pensamentos e comportamentos na depressão. Foram ocorrendo mudanças pelo próprio Beck e alguns colaboradores para tender a outros transtornos psiquiátricos. Essa linha terapêutica segue o modelo cognitivo, em que as hipóteses da percepção dos acontecimentos influenciam as emoções e os comportamentos, assim os sentimentos são determinados pela interpretação e pensamentos da situação, salienta Beck et al. (1993, apud Cordioli, 2008). A Terapia cognitivo comportamental baseia-se nos sentimentos e comportamentos, e a forma de como a pessoa vê o mundo, são suas cognições. Assim o objetivo principal do terapeuta dessa abordagem é proporcionar mudanças cognitivas, ou seja, nos pensamentos e crenças com a intenção de alterações no emocional e comportamental, diz Beck (1997, apud Cordioli, 2008). Técnicas Utilizadas: Questionamento socrático e descoberta guiada; Psicoeducação; Identificação de distorções cognitivas; Registro dos pensamentos disfuncionais; Experimentos comportamentais; Continuum cognitivo; Descatastrofização; Análise das vantagens e desvantagens de crenças ou de comportamentos disfuncionais; Role-playing racional-emocional (ou técnica do ponto e contraponto);Técnicas de reatribuição; Realização de diários; Prescrição de tarefas graduadas; Treino das habilidades sociais; Relaxamento;Entre outras. 4) Abordagem Teórica Cognitiva Comportamental – Profa. Fernanda da Cruz Bertan A terapia cognitivo comportamental (TCC) é em geral, uma terapia breve, prática, direcionada para a realização de metas e resolução de problemas e fundamentação educativa. A TCC utiliza conceitos mediacionais em que enfatizam a importância do significado pessoal que se dá a um evento e também a conceitos do behaviorismo que analise a relação entre os estímulos e o comportamento. A TCC abriga várias correntes que diferem em alguns aspectos, mas que têm noção fundamental da influência de fatores cognitivos nas emoções e no comportamento do ser humano. Dentre as possíveis abordagens nessa linha de atendimento, inclui-se a teoria racional emotiva (TREC) de Albert Ellis; a cognitiva de Aaron Beck; a cognitiva focada nos esquemas de Jeffrey Young; a do construtivismo pessoal de George Kelly; o construtivismo terapêutico e a comportamental dialética proposta por Marsha Linehan, entre outros. A origem da TCC se deve a um psiquiatra psicanalista, ou seja, Aaron Beck, na década de 1960,desenvolveu a abordagem cognitiva. O nome cognitivo foi dado a teoria de Beck, devido a importância que essa abordagem coloca no pensamento. Beck entende que as cognições humanas são baseadas em esquemas, padrões cognitivos fixos que guiam de modo constante a interpretação que a pessoa tem de si mesma, dos eventos, das outras pessoas e também do que está por vir. Estes esquemas seriam desenvolvidos na infância, no período do desenvolvimento, e seriam criados devido a erros de interpretação em decorrência do modo da percepção, neste caso, errada, de interpretar os acontecimentos, o mundo. Essas percepções ocorrem mesmo apresentando evidências que podem sugerir que a interpretação esteja errada. Estes esquemas teriam influencia direta no comportamento. A partir da análise desta abordagem teórica, surgem os pensamentos automáticos identificados por Beck como uma forma que os pacientes tinham de falar sobre um determinado acontecimento, expresso por emoções. Para Beck, as emoções estão ligadas aos pensamentos, que muitos deles surgem automaticamente, sem a pessoa perceber sua origem. Beck então propôs que a pessoa poderia aprender a identificar os pensamentos automáticos e falar sobre eles, e que a identificação destes pensamentos seria um elemento importante para compreender e superar as dificuldades emocionais. Assim, Beck, propõe que a emoção e o comportamento são determinados pelo modo como a pessoa estrutura seu mundo, com base em atitudes e ideias derivadas da experiência de vida. 5) Abordagem Teórica Psicanalítica – Profa. Rafaela Pederiva A Psicanálise é um método de tratamento pela fala criado por Sigmund Freud. Em Conferências introdutórias sobre a Psicanálise, de 1917, Freud esclarece que seu método de tratamento diferencia-se e afasta-se de outros métodos psicoterápicos baseados na sugestão. A diferença fundamental está no fato de que, no tratamento psicanalítico, o paciente, em estado de vigília, deve falar tudo o que lhe vem à mente de forma a não se afastar de sua atividade psíquica. Enquanto método terapêutico, a Psicanálise possui regras técnicas e alguns pilares teóricos bem específicos. Dentre as regras, a Regra Fundamental, também denominada de Associação Livre, é aquela que instaura a situação psicanalítica. Por meio dela, o paciente é convidado a dizer tudo o que lhe vem à cabeça, sem privilegiar ou omitir conteúdos. Já para o psicanalista, Freud determina duas regras técnicas, a saber, a Regra de Abstinência – corolário da Regra Fundamental – e a Regra da Atenção Flutuante. A primeira impõe ao psicanalista que não ofereça substitutos ao paciente e, a segunda, que ele não privilegie na fala do paciente um conteúdo em detrimento de outros. Dentre os pilares teóricos, Freud destaca: o Inconsciente, o Recalque, a Resistência, o Complexo de Édipo e a sexualidade infantil. Além desses pilares e regras, o método psicanalítico trabalha fundamentalmente com o manejo da transferência, da contratransferência e da resistência. Estrutura Física: A estrutura física do Serviço de Atendimento Psicológico está localizada na Rua Pará, Bairro Maria Goretti. Este espaço apresenta: recepção, 1 sala de coordenação, 3 banheiros, 3 salas de atendimento individual, 2 salas de atendimento infantil, 1 sala de atendimento de grupos e família, 1 sala de estudos e 1 copa. Todas as salas serão adaptadas para atender as necessidades básicas para os atendimentos às demandas psicológicas. Funcionamento: O horário de funcionamento do SAP, prevendo os atendimentos de 50 minutos nos atendimentos individuais. Assim, segue as sugestões: Manhã: 8h às 12h Tarde: 14h às 18h – De segunda à sexta-feira Noite: 18h às 21h 30 – De segunda à quinta-feira É importante ressaltar que os horários utilizados para o curso de Psicologia, precisam permanecer os mesmos, pelo menos durante o decorrer do ano, podendo ser previstas mudanças para o ano seguinte caso seja necessário.