Anais Secivet 2008 - I SINCA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA
ANAIS
XX SEMANA CIENTÍFICA DE
MEDICINA VETERINÁRIA DE UBERLÂNDIA E
V MOSTRA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS DA
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA-UFU
REALIZAÇÃO:
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA-UFU
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS
VETERINÁRIAS
DIRETÓRIO ACADÊMICO CARLOS DE ALMEIDA WUTKE
CONAVET-EMPRESA JÚNIOR DE VETERINÁRIA
PET INSTITUCIONAL MEDICINA VETERINÁRIA
2
ÍNDICE
OCORRÊNCIA DE FECALOMA EM ONÇA PARDA (Puma concolor) E GATO
MOURISCO (Herpailurus yaguaroundi): RELATO DE CASO.................................... 7
ANÁLISE DAS CORRELAÇÕES DE MEDIDAS E PESO EM FILHOTES DO
GÊNERO Amazona ...................................................................................................... 8
ANATOMIA DA MANDÍBULA DE Mazama gouazoubira FISHER, 1814
(ARTIODACTYLA; CERVIDAE) ............................................................................... 9
ANATOMIA DA TERCEIRA A SÉTIMA VÉRTEBRAS CERVICAIS DE Mazama
gouazoubira FISHER, 1814 (ARTIODACTYLA; CERVIDAE) ................................. 10
ANATOMIA DAS VÉRTEBRAS LOMBARES DE Mazama gouazoubira FISHER,
1814 (ARTIODACTYLA; CERVIDAE) .................................................................... 11
ANATOMIA DAS VÉRTEBRAS TORÁCICAS DE Mazama gouazoubira FISHER,
1814 (ARTIODACTYLA; CERVIDAE) .................................................................... 12
ANATOMIA DO CÍNGULO PEITORAL E MEMBROS DE PERU (Meleagris
gallopavo)................................................................................................................... 13
ANATOMIA DO FÊMUR DE Mazama gouazoubira FISHER, 1814
(ARTIODACTYLA; CERVIDAE) ............................................................................. 14
ANATOMIA DOS OSSOS DA COXA E PERNA DE PERU (Meleagris gallopavo) . 15
ANESTESIA DE CÁGADO-DE-BARBICHA Phrynops Geoffroanus SCHWEIGGER,
1812 (TESTUDINES) COM A ASSOCIAÇÃO MIDAZOLAN E PROPOFOL.......... 16
ORIGENS, RAMIFICAÇÕES E DISTRIBUIÇÕES DAS ARTÉRIAS FACIAIS EM
FETOS DE BOVINOS AZEBUADOS ....................................................................... 17
DESCRIÇÃO ANATÔMICA DOS OSSOS O ANTEBRAÇO DO LOBO GUARÁ... 18
DESCRIÇÃO ANATÔMICA DO OSSO DO ESQUELETO DA COXA DO LOBO
GUARÁ...................................................................................................................... 20
DESCRIÇÃO ANATÔMICA DOS OSSOS DO ESQUELETO DA PERNA DO LOBO
GUARÁ...................................................................................................................... 21
DESCRIÇÃO ANATÔMICA DO ESQUELETO DO OMBRO DO LOBO GUARÁ . 22
DESCRIÇÃO ANATÔMICA DO OSSO DO BRAÇO DO LOBO GUARÁ .............. 23
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ECONÔMICO DA FAZENDA DOURADINHO,
DO MUNICÍPIO UBERLÂNDIA, MG, NOS ANOS DE 2006 E 2007....................... 25
3
CARRAPATOS EM TAMANDUÁ BANDEIRA (Myrmecophaga tridactyla) E
TAMANDUÁ MIRIM (Tamandua tetradactyla) DE VÁRIAS REGIÕES DO BRASIL
................................................................................................................................... 26
ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL DE PERU (Meleagris gallopavo)........... 27
COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA E PERFIL FERMENTATIVO DA CANA-DEAÇÚCAR IN NATURA E ENSILADA HIDROLISADA COM CAL VIRGEM.......... 28
ANOMALIA DE PELGER-HÜET EM UM CÃO- RELATO DE CASO ................... 30
OCORRÊNCIA DE COLITE IDIOPÁTICA EM UM CÃO........................................ 31
CERATOCONJUNTIVITE IMUNOMEDIADA CRÔNICA EM CÃO DA RAÇA
PASTOR ALEMÃO. RELATO DE CASO................................................................. 32
INCIDÊNCIA DE CORUJAS ATENDIDAS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA .................................................... 33
EFEITO DO PROCESSO DE SEXAGEM DE SÊMEN POR CITOMETRIA DE
FLUXO SOBRE A ESTABILIDADE DE CROMATINA DE ESPERMATOZÓIDES
BOVINOS .................................................................................................................. 34
USO DE FENOBARBITAL NA DERMATITE PSICOGÊNICA EM CÃO-RELATO
DE CASO................................................................................................................... 35
DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE INOCULADOS COM PROBIÓTICOS36
DRENAGEM DE OTOHEMATOMA EM CÃES ...................................................... 37
ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL EM MACACOS PREGO ................................. 38
ENTEROTOMIA PARA RETIRADA DE FECALOMA EM ONÇA PARDA (Puma
concolor) .................................................................................................................... 40
ENTRÓPIO UNILATERAL EM GATO PERSA - RELATO DE UM CASO............. 41
ESTRESSE EM CÃES: UM ESTUDO SOBRE OS FATORES ESTRESSORES....... 42
HEMANGIOSSARCOMA VESICAL EM CADELA – RELATO DE UM CASO ..... 43
HIPÓXIA BULBAR COM NISTÁGMO LATERAL DECORRENTE DE
HEMOPARASITOSE EM CÃO- RELATO DE CASO .............................................. 44
INDICADORES DE ESTRESSE EM CÃES .............................................................. 45
ENRIQUECIMENTO ALIMENTAR COM A ESPÉCIE Chrysocyon brachyurus EM
CATIVEIRO............................................................................................................... 46
ESTUDO ANATÔMICO DOS SEGMENTOS DA MEDULA ESPINHAL DE LOBO
GUARÁ (Chrysocyon brachyurus) ............................................................................. 48
4
MEGAESÔFAGO ADQUIRIDO EM CÃO ADULTO EM DECORRÊNCIA DO
VÍRUS DA CINOMOSE - RELATO DE CASO ........................................................ 49
Mycoplasma haemocanis EM CÃO DOMÉSTICO (Canis familiaris). RELATO DE
CASO ......................................................................................................................... 50
A MORBIDADE REFERIDA EM CÃES: UM ESTUDO COM ANIMAIS
ATENDIDOS EM HOSPITAL VETERINÁRIO ........................................................ 51
MORFOLOGIA E MORFOMETRIA DE FERIDAS CUTÂNEAS DE RATOS
TRATADOS COM ÓLEO DE ROSA MOSQUETA .................................................. 52
ESTUDO ANATÔMICO DA ARTÉRIA OVÁRICA EM ÉGUAS SEM RAÇA
DEFINIDA (Equus caballus. Linnaeus, 1758) .......................................................... 54
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE LEITES FERMENTADOS COM
PROBIÓTICOS .......................................................................................................... 56
EFEITO DO PROCESSO DE SEXAGEM DE SÊMEN POR CITOMETRIA DE
FLUXO SOBRE A MORFOMETRIA DA CABEÇA DE ESPERMATOZÓIDES
BOVINOS .................................................................................................................. 58
PSEUDO-HERMAFRODITISMO
ACOMPANHADO
DE
NEOPLASIA
TESTICULAR - RELATO DE CASO ........................................................................ 59
NOVO MÉTODO DE CONTENÇÃO EM SERPENTES DA FAMÍLIA
COLUBRIDAE .......................................................................................................... 60
ORIGENS E DISTRIBUIÇÕES DAS ARTÉRIAS MESENTÉRICAS CRANIAL E
CAUDAL EM AVES (Gallus gallus) DA LINHAGEM BOVANS GOLDLINE ........ 61
EFEITO DA AUTOHEMOTERAPIA ASSOCIADA COM CLORABUTANOL NO
TRATAMENTO DA PAPILOMATOSE ORAL EM CÃO (Canis familiaris) –
RELATO DE CASO................................................................................................... 62
DESCRIÇÃO ANATÔMICA DO TUBO DIGESTÓRIO DE JACARÉ-AÇU
Melanosuchus niger SPIX, 1825 (CROCODYLIA, ALLIGATORIDAE) ................... 63
USO DE CICLOSPORINA NO TRATAMENTO DE CERATOCONJUNTIVITE
SECA EM CÃO.......................................................................................................... 64
COMPORTAMENTO DA ARARA CANINDÉ (ara araraunas) NO ZOOLÓGICO
DO PARQUE DO SABIÁ EM UBERLÂNDIA/MG E PROPOSTAS DE
ENRIQUECIMENTO PARA O CATIVEIRO DESSES ANIMAIS ............................ 65
TOPOGRAFIA VÉRTEBRO-MEDULAR EM Meleagridis gallopavo, LINNAEUS,
1758 (GALLIFORMES; PHASIANIDAE) ................................................................. 66
ALIMENTAÇÃO DE TAMANDUÁ BANDEIRA (Myrmecophaga tridactyla)
ADULTO EM CATIVEIRO ....................................................................................... 67
5
FATORES QUE AFETAM A TAXA DE CONCEPÇÃO AO FINAL DO
PROTOCOLO DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF) ......... 68
INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE BOVINA EM MATADOURO FRIGORÍFICO
DE UBERLÂNDIA .................................................................................................... 69
OCORRÊNCIA DE NEOPLASIAS EM BOVINOS ABATIDOS EM UM
MATADOURO FRIGORÍFICO DO TRIANGULO MINEIRO.................................. 70
MORFOMETRIA DE DUODENO DE FRANGOS INOCULADOS COM
PROBIOTICOS .......................................................................................................... 71
OCORRÊNCIA DE Campylobacter sp EM SUABES CLOACAIS DE FRANGO...... 72
INFLUÊNCIA
DE
GENES
DO
COMPLEXO
PRINCIPAL
DE
HISTOCOMPATIBILIDADE
DE
CLASSE
1(H-2D
E
H-2)
NO
DESENVOLVIMENTO DE LESÕES CAUSADAS PELA INFECÇÃO ORAL DE
CAMUNDONGOS COM Toxoplasma gondii............................................................. 73
OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA EM GATA COM USO DE LÁTEX COMO
MATERIAL DE SÍNTESE. ........................................................................................ 74
OCORRÊNCIA
DE
ESPÉCIES
SINANTRÓPICAS
EM
INDÚSTRIAS
PROCESSADORAS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL................................. 75
CORREÇÃO CIRÚRGICA DE HIPOPLASIA DE CAUDA EM CANINO. .............. 76
HERNIORRAFIA INGUINAL EM CÃO ASSOCIADA À UTILIZAÇÃO DE
AGRAFES.................................................................................................................. 77
IRRIGAÇÃO DO TIMO EM AVES (Gallus gallus) POEDEIRAS DA LINHAGEM
BOVANS GOLDLINE ............................................................................................... 78
CONVIVÊNCIA ENTRE HOMENS E ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO........................ 79
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE CÃES .............................................................. 80
PERFIL VASCULAR DO OVIDUTO EM AVES DOMÉSTICAS (Gallus gallus
domesticus) DA LINHAGEM COBB. ........................................................................ 81
ARTÉRIAS DA GLÂNDULA UROPIGIANA EM AVES (Gallus gallus) POEDEIRAS
DA LINHAGEM BOVANS GOLDLINE ................................................................... 82
ARTÉRIAS DA BOLSA CLOACAL DE Struthio camelus. ....................................... 83
COMPORTAMENTO ANIMAL DO QUATI (Nasua nasua) NO ZOOLÓGICO DO
PARQUE DO SABIÁ DE UBERLÂNDIA-MG E PROPOSTAS
DE
ENRIQUECIMENTO DO CATIVEIRO..................................................................... 84
FATORES QUE AFETAM A TAXA DE OVULAÇÃO AO FINAL DO PROTOCOLO
DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF) ................................. 86
6
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS E HEMATOLÓGICOS DA
INFECÇÃO NATURAL POR Ehrlichia spp EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL
VETERINÁRIO DE UBERLÂNDIA, MINAS GERAIS ............................................ 87
ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO DO NERVO AXILAR EM SUÍNOS DA ESPÉCIE SUS
SCROFA DOMESTICUS – LINNAEUS DA LINHAGEM AG-1050. ....................... 88
ADMINISTRAÇÃO DE VITAMINA A NA PREVENÇÃO DE MASTITE EM
VACAS NO INÍCIO DA LACTAÇÃO .................................................................... 889
BIOMETRIA E ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO ÓSSEO DE CÁGADOS
Podocnemis expansa, SCHWEIGGER, 1812 (TESTUDES, PODOCMENIDAE)....... 90
EFEITOS DO SULFATO DE COBRE NA ULTRA-ESTRUTURA DO MÚSCULO
CARDÍACO DE TILÁPIAS TAILANDESAS (Oreochromis niloticus niloticus) EM
CATIVEIRO............................................................................................................... 91
ANÁLISE AO MICROSCÓPIO DE LUZ DO MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO
DE TILÁPIAS TAILANDESAS (Oreochromis niloticus niloticus) SUBMETIDAS À
INTOXICAÇÃO POR SULFATO DE COBRE (CuSO4)............................................ 92
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO E DIAGNÓSTICO PRECOCE DA
GESTAÇÃO PARA REDUZIR A DURAÇÃO DA ESTAÇÃO DE MONTA EM
VACAS DE CORTE................................................................................................... 93
EFEITO ACARICIDA DA MISTURA OXIGÊNIO-OZÔNIO SOBRE LARVA
INGURGITADA DE Rhipicephalus sanguíneu ............................................................94
USO DO GRÃO DE MILHETO COMO FONTE ALTERNATIVA DE ENERGIA NO
CONCENTRADO DE VACAS LEITEIRAS................................................................95
ATIVIDADE EDUCACIONAL PARA CRINÇAS DA SÉRIE INTRODUTÓRIA
CONHECEREM OS ANIMAIS ....................................................................................96
7
OCORRÊNCIA DE FECALOMA EM ONÇA PARDA (Puma
concolor) E GATO MOURISCO (Herpailurus yaguaroundi): RELATO
DE CASO
Simone, S. B. S1; Hirano, L. Q. L. 1; Lima, F. C. 1; Pereira, H. C. 1; Santos, A. L. Q. 1
Jacintho, M. F. L.1; Passos, R. F. C. F.1
1- Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS) da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), Faculdade de Medicina Veterinária.
[email protected]
A manutenção de animais selvagens em cativeiro requer atenção especial no que se
refere à qualidade do recinto, manejo nutricional e sanitário, bem como aos cuidados
relacionados ao comportamento, necessidades morfofisiológicas específicas e bem estar.
Distúrbios em um ou mais destes fatores comumente determinam prejuízos à saúde do
animal cativo, como por exemplo, a constipação intestinal. O objetivo do presente
trabalho é relatar dois casos de fecaloma ocorridos em Puma concolor e Herpailurus
yaguaroundi. A onça parda e o gato mourisco, ambos de vida livre, foram
encaminhados ao Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, pelo
IBAMA. O filhote de onça parda de 7 meses, fêmea, encontrava-se sob cuidados do
zoológico municipal de Uberaba, MG. No exame clínico do mesmo foram constatadas
desidratação, distenção abdominal e desvio medial da patela esquerda. O gato mourisco,
macho, adulto, estava alojado em uma reserva ambiental no município de Tupaciguara,
MG. Durante a avaliação física, observou-se que o animal apresentava bom estado
nutricional, leve desidratação, bexiga repleta de urina e claudicação do membro
posterior esquerdo. A suspeita de fecaloma, em ambos os felinos, ocorreu durante a
anamnese e exame físico de palpação, sendo o diagnóstico confirmado através do
exame radiográfico. Os animais foram submetidos à cirurgia de enterotomia de rotina.
Como medicação pré-anestésica, utilizou-se a associação de tiletamina e zolazepam
(4mg/kg). O halotano foi o agente anestésico de escolha para indução da onça parda, já
o mourisco foi induzido com isofluorano. Como pós-operatório, a antibioticoterapia
instituída foi cefazolina (30mg/kg) e curativo local com álcool iodado. A alimentação
líquida foi introduzida por uma semana, retornando a dieta sólida gradualmente. Os
animais apresentaram recuperação satisfatória.
Palavras chave: Constipação, felídeo, estresse
8
ANÁLISE DAS CORRELAÇÕES DE MEDIDAS E PESO EM
FILHOTES DO GÊNERO AMAZONA
Hirano, L. Q. L.1; Simone, B. S. S. 1; Santos, A. L. Q.2; Lima, F. C. 3; Andrade, M.
B.3; Silva, J. M. M.1;
1-Médica Veterinária; 2-Docente Orientador, Laboratório de Pesquisa em Animais
Silvestres (LAPAS), Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Uberlândia; 3-Mestrando da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade
Federal de Uberlândia; 4-Graduandos em Medicina Veterinária.. Av. Amazonas, n°
2245, Jardim Umuarama, Uberlândia – MG, CEP: 38405-302.
[email protected]
As informações disponíveis sobre os psitacídeos brasileiros são poucas e geralmente
publicadas em revistas de pequena circulação, quando publicadas. Apenas recentemente
se comprovou certa longevidade desses animais, ao se relacionarem com os homens
através das várias espécies em cativeiro. A reputação popular dos papagaios como
sendo de vida longa não é imerecida, pois, na ordem das aves com seus formatos
corporais, eles são os pássaros que têm vida mais longa, vivendo em média 60 anos.
Este trabalho teve como objetivo acompanhar o desenvolvimento de filhotes do gênero
Amazona, realizando pesagem e biometria dos mesmos para estabelecer a correlação
entre essas medidas. O experimento foi conduzido nas dependências do Laboratório de
Pesquisa de Animais Silvestres (LAPAS), no município de Uberlândia, Minas Gerais.
Foram utilizados 20 filhotes de psitacídeos do gênero Amazona, sendo 16 da espécie
Amazona aestiva e 4 Amazona amazônica, com aproximadamente 45 dias de idade,
provenientes de apreensão do tráfico de animais silvestres. As aves foram diferenciadas
através de anilhas coloridas. As aves foram pesadas em jejum semanalmente e fez-se a
avaliação de seus desenvolvimentos individuais quanto ao ganho de peso e medidas
corporais: tarso (diâmetro e comprimento), comprimento das asas, envergadura,
comprimento do corpo e da cauda, cabeça e bico (comprimento, largura e altura) e
narina. Os dados foram analisados estatisticamente e observou-se que a largura da
cabeça apresentou taxa de correlação maior que 70% com as demais medidas corporais
e de 81% com o peso. Concluiu-se assim, que a largura da cabeça é uma medida
corporal relativamente confiável para se prever os demais parâmetros, podendo assim,
ser utilizada na análise de regressão.
Palavras chave: Psitacídeos, Correlação, Desenvolvimento, Filhotes
9
ANATOMIA DA MANDÍBULA DE Mazama gouazoubira FISHER,
1814 (ARTIODACTYLA; CERVIDAE)
Lima, B. C.1; Lima, F. C. 1; Santos, A. L. Q. 1
1- Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS) da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), Faculdade de Medicina Veterinária.
[email protected]
O Brasil detém aproximadamente 14% da biota mundial, abrigando a maior diversidade
de mamíferos do planeta. Buscando conhecer melhor a anatomia da mastofauna
brasileira o objetivo desta investigação foi descrever os elementos esqueléticos de
Mazama gouazoubira. Foram utilizados três espécimes de cervídeos, encaminhados
pela Polícia Ambiental à Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Uberlândia. O esqueleto foi preparado seguindo métodos usuais em anatomia. As
mandíbulas, uma de cada lado, estão unidas rostralmente pela sincondrose mandibular.
Cada osso é formado por corpo, ângulo e ramo. O corpo é a porção rostral. Apresenta
uma face externa, voltada para os lábios e bochechas e uma face interna, voltada para a
língua. A face externa é lisa e apresenta próximo à extremidade rostral, um forame
mentual, podendo-se encontrar em M. gouazoubira um forame mentual acessório. Na
borda dorsal do corpo da mandíbula situam-se os alvéolos para os dentes da arcada
inferior. Rostralmente encontram-se os alvéolos para os dentes incisivos, quatro de cada
lado. Caudalmente situam-se os alvéolos para os dentes pré-molares e molares. O trecho
sem alvéolos, denomina-se borda interalveolar. Sua extremidade dorsal livre apresentase dividida em dois processos: processo coronóide na frente, longo e curvado
caudalmente onde se insere o músculo temporal e o processo condilar, atrás, formado
por uma superfície articular, a cabeça, que se articula com o osso temporal, e, abaixo
dela, uma porção estreita, o colo. A superfície lateral do ramo é plana, apresentando
rugosidades para inserção do músculo masseter. A superfície medial do ramo apresenta
um orifício, o forame da mandíbula, por onde passam os vasos e nervos alveolares
mandibulares. Próximo do forame da mandíbula parte um sulco, sulco milo-hióideo,
onde se aloja o nervo milo-hióideo. A partir do supra-citado pôde-se concluir que a
mandíbula de M. gouazoubira é similar a de outros ruminantes.
Palavras chave: Veado catingueiro, esqueleto, mandíbula.
10
ANATOMIA DA TERCEIRA A SÉTIMA VÉRTEBRAS CERVICAIS
DE Mazama gouazoubira FISHER, 1814 (ARTIODACTYLA;
CERVIDAE)
Lima, B. C.1; Lima, F. C. 1; Santos, A. L. Q. 1
1-Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS) da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), Faculdade de Medicina Veterinária.
[email protected]
Mamíferos são, dentre os vertebrados, o grupo mais desenvolvido e diversificado do
Reino Animal. O Brasil é o país com a maior diversidade de mamíferos do planeta.
Procurando conhecer sua anatomia o objetivo desta investigação foi descrever os
elementos esqueléticos da terceira a sétima vértebras cervicais de Mazama gouazoubira
haja vista que o conhecimento de sua anatomia pormenorizada é de conspícua
importância, no oferecimento de subsídios necessários para o entendimento de sua
biologia além de auxiliar na aplicação de uma terapêutica adequada. Utilizaram-se três
animais encaminhados pela Polícia Ambiental ao Hospital Veterinário da UFU. O
esqueleto foi preparado seguindo métodos usuais em anatomia. O corpo das vértebras
três, quatro e cinco são cubóides e seus corpos diminuem de comprimento à medida que
se distanciam no eixo crânio-caudal. A crista ventral é menos cortante e termina sempre
em um tubérculo que se projeta caudalmente. Seu arco é largo, forte e bastante regular e
as incisuras vertebrais bem marcadas. O processo espinhoso é proeminente e dirige-se
cranialmente. Uma lâmina óssea une o pedículo do arco ao processo transversal,
delimitando o forame transversal, que é de diâmetro muito amplo. O processo
transverso é robusto e dirige-se para trás, para o lado e para cima. A sexta cervical é
mais curta que as precedentes. O arco é mais largo que o das anteriores devido à
intumescência da medula espinal neste ponto. Os processos articulares de um mesmo
lado estão unidos por uma crista óssea muitas vezes incompleta. O processo espinhoso é
muito desenvolvido, pontiagudo e dirigido cranialmente. Os processos costais estão
representados por largas lâminas ósseas. A sétima vértebra cervical caracteriza-se por
apresentar a fóvea costal para articulação com a cabeça da primeira costela. O processo
espinhoso é mais longo que o da vértebra precedente. O processo transversal projeta-se
dorsocaudalmente e o processo costal é pouco desenvolvido. Em aspectos gerais as
vértebras cervicais de M. gouazoubira são similares as de outros ruminantes.
Palavras chave: Vértebras, veado catingueiro, esqueleto.
11
ANATOMIA DAS VÉRTEBRAS LOMBARES DE Mazama
gouazoubira FISHER, 1814 (ARTIODACTYLA; CERVIDAE)
Lima, B. C.1; Lima, F. C. 1; Santos, A. L. Q. 1
1- Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS) da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), Faculdade de Medicina Veterinária.
[email protected]
Propondo conhecer os aspectos anatômicos pormenorizados de Mazama gouazoubira, o
objetivo desta investigação foi descrever os elementos esqueléticos de suas vértebras
lombares. Utilizaram-se três animais encaminhados pela Polícia Ambiental ao Hospital
Veterinário da UFU. Os exemplares foram descongelados para sua posterior maceração,
e preparação do esqueleto utilizando técnicas usuais em anatomia. As vértebras
lombares são em número de seis. Caracterizam-se pelo seu processo transversal muito
desenvolvido. Apresentam ainda os seguintes caracteres: corpo longo, arqueado
ventralmente e mais largo nas extremidades. O arco das vértebras lombares aumenta
progressivamente em altura e largura à medida que se distancia na região lombar. Isto se
explica pelo fato de a medula espinhal apresentar, neste ponto, outra intumescência. As
incisuras vertebrais são profundas, notadamente as caudais, onde muitas vezes, nas duas
ou três primeiras vértebras, um septo ósseo chega a convertê-las em forames vertebrais
laterais.Os processos articulares craniais são tuberosos e suas facetas são muito
côncavas, estando voltadas para o plano mediano. Projetando-se da face lateral de cada
processo articularcranial, nota-se uma pequena saliência pontiaguda, o processo
mamilar. O processo mamilar dirige-se craniolateralmente e decresce de tamanho da
primeira para a última vértebra. Os processos articulares caudais emergem da base do
arco. Os processos transversais estendem-se lateralmente a partir do pedículo do arco e
se dirigidas ligeiramente para frente. Seu comprimento aumenta até a 5ª vértebra. Os da
6ª vértebra são menores, mais espessos, pontiagudos e mais encurvados cranialmente. O
processo espinhoso é laminar e quadrilátero. Tais características seguem os padrões
gerais dos demais ruminantes.
Palavras chave: Vértebras, veado catingueiro, esqueleto.
12
ANATOMIA DAS VÉRTEBRAS TORÁCICAS DE Mazama
gouazoubira FISHER, 1814 (ARTIODACTYLA; CERVIDAE)
Lima, B. C.1; Lima, F. C. 1; Santos, A. L. Q. 1
1- Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS) da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), Faculdade de Medicina Veterinária.
[email protected]
Os mamíferos constituem o grupo mais desenvolvido e diversificado do Reino Animal
sendo de conspícua importância o conhecimento de sua anatomia. Objetivou-se com
esta investigação descrever os elementos esqueléticos das vértebras torácicas Mazama
gouazoubira. Utilizaram-se três animais encaminhados pela Polícia Ambiental ao
Hospital Veterinário da UFU. O esqueleto foi preparado seguindo métodos usuais em
anatomia. Existem 13 vértebras torácicas as quais se caracterizam por possuir fóveas
para articulação com as costelas e a presença de processos espinhosos bastante
desenvolvidos. A cada lado das extremidades do corpo que pode ser longo, encontramse as fóveas costais craniais e caudais. As fóveas costais de vértebras adjacentes
formam, juntamente com o disco intervertebral, uma cavidade articular para a cabeça
das costelas. A última vértebra torácica não possui as fóveas costais caudais. Os
processos articulares estão reduzidos a simples facetas articulares em quase todas as
vértebras torácicas. Os processos transversais são curtos e grossos. A extremidade livre
do processo transversal apresenta uma superfície articular para o tubérculo da costela, a
fóvea costal transversal. Os processos espinhosos são bastante desenvolvidos
principalmente nas vértebras três e quatro que geralmente são os mais altos e os
subseqüentes decrescem sucessivamente. Estes são dirigidos no sentido caudal, outrora
o processo espinhoso da última vértebra torácica é dirigido verticalmente. Os forames
intervertebrais dão passagem aos nervos espinhais torácicos. Em M. gouazoubira, os
dois últimos espaços interarcuais são presentes, podendo-se relacionar sua anatomia
com as dos demais ruminates devido a grande semelhança.
Palavras chave:Vértebras, veado catingueiro, anatomia, sistema esquelético.
13
ANATOMIA DO CÍNGULO PEITORAL E MEMBROS DE PERU
(Meleagris gallopavo)
Andrade,W. B. F.¹; Silva, M. V.¹; Silva, M. E. M¹; Santos, A. L. Q.¹; Lima. F. C.¹
1- Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS) da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), Faculdade de Medicina Veterinária.
[email protected]
Peru é o nome comum dado as aves galiformes do gênero Meleagris com variantes
selvagens e domésticas originárias das Américas e, atualmente, sua criação comercial é
bastante rentável. Assim, o objetivo desta investigação foi descrever a anatomia
pormenorizada do esqueleto de M.gallopavo. Foram utilizados quatro espécimes de
M.gallopavo provenientes da granja F (Sadia LTDA.Uberlândia-MG). Seus esqueletos
foram preparados seguindo métodos usuais em anatomia e após clareamento com
peróxido de hidrogênio seguiu-se a descrição anatomica. Os cíngulos peitorais são
compostos por três pares de ossos que dão sustentação as asas, elas são formadas pelas
clavículas fundidas (denominadas de fúrcula), os coracóides e a escápula. O osso
coracóide que esta direcionado ventral e caudalmente para articular-se com o esterno no
sulco coracoidial é o mais robusto dos ossos do cíngulo peitoral. As clavículas são ossos
delgados e estão ventralmente fundidos em uma lâmina achatada, o hipocleidio que está
ligada ao ápice da carina do esterno. A escápula é um osso longo e plano, estende-se
caudalmente, paralela a coluna vertebral. Ela é ligeiramente mais expessa em sua
extremidade proximal e há um forame pneumático próximo ao processo acromial. O
osso úmero, o maior dos ossos da asa. Este apresenta uma cabeça convexa e um forame
pneumático na extremidade proximal. Distalmente articula-se com rádio e ulna por dois
côndilos sendo que o maior articula-se com a ulna. A ulna é maior que o rádio mas
ambos os ossos são de comprimento aproximadamente igual, esta apresenta uma série
de pequenas projeções osséas, pouco desenvolvidas, que representam pontos de inserção
para as penas secundárias das asas. O carpometacarpo representa três elementos
fundidos, os metacárpicos II, III e IV. O metacárpico II e representado por uma pequena
progessão do lado radial, o III e IV são elementos longos que se fundem em suas
extremidades distais, que circundam um grande espaço interósseo entre si. Em vias
gerais o cíngulo peitoral e os membros possuem características anatômicas semelhantes
ao das demais aves domésticas.
Palavras chave: Úmero, rádio, coracóide.
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ANATOMIA DO FÊMUR DE Mazama gouazoubira FISHER, 1814
(ARTIODACTYLA; CERVIDAE)
Lima, B. C.1; Lima, F. C. 1; Santos, A. L. Q. 1
1- Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS) da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), Faculdade de Medicina Veterinária.
[email protected]
Com intuito de conhecer melhor a anatomia pormenorizada da fauna brasileira esta
investigação objetivou descrever os elementos esqueléticos de Mazama gouazoubira.
Foram utilizados três espécimes de cervídeos, encaminhados pela Polícia Ambiental à
Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia. O esqueleto
foi preparado seguindo métodos usuais em anatomia. O fêmur é o osso da coxa. É
relativamente mais curto nos ruminantes que nas outras espécies domésticas. É
constituído pelo corpo e duas extremidades. A extremidade proximal consiste de
cabeça, colo e trocânteres maior e menor. A cabeça é uma proeminência arredondada,
mais extensa dorsal que ventralmente. Está dirigida medialmente, com sua face articular
voltada para dentro, para cima e ligeiramente para trás. Articula-se com o acetábulo. A
cartilagem hialina cobre toda a face articular, exceto numa depressão central, a fóvea da
cabeça do fêmur, onde se insere o ligamento da cabeça do fêmur. O colo é o segmento
ósseo que prende a cabeça ao corpo. O trocânter maior é a protuberância que se destaca
da face lateral da extremidade proximal do osso e se projeta para cima. Sua borda livre é
romba, rugosa e arqueada. Sua face lateral é rugosa e convexa. Sua face medial é
côncava, perfurada por inúmeros forames e delimita uma grande fossa tracantérica. O
trocânter menor situa-se na face caudal da extremidade proximal. Trata-se de uma
saliência rugosa e de aspecto. Existe ainda na face lateral uma pequena área rugosa
correspondente a tuberosidade glútea, que assume a forma de um discreto terceiro
trocânter. O corpo é cilíndrico e ligeiramente encurvado, sendo assim convexo em M.
gouazoubira. Ao nível da porção distal da face lateral encontra-se a fossa supracondilar,
que é bastante rasa. A face caudal (face áspera) apresenta rugosidades bem
evidenciadas, que correm longitudinalmente. A extremidade distal é formada pela
tróclea que situa-se obliquamente na porção cranial da extremidade distal e por dois
separados pela fossa intercondilar. Estão presentes ainda, acima dos côndilos, dois
epicôndilos, um medial e outro lateral.
Palavras chave: Fêmur, veado catingueiro, esqueleto.
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ANATOMIA DOS OSSOS DA COXA E PERNA DE PERU (Meleagris
gallopavo)
Silva, M. E. M. 1; Silva, M. V.1; Andrade, W. B. F. 1; Santos, A. L. Q. 1; Vieira, P. C.
A.1.
1- Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS) da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), Faculdade de Medicina Veterinária.
[email protected]
O peru doméstico (Meleagris gallopavo) originou – se de linhagens de perus selvagens,
das Américas do norte e central. Através de cruzamentos e de trabalhos genéticos
conseguiu-se chegar a várias outras raças com características próprias, que viabilizaram
a produção de carne em larga escala e em tempo relativamente curto. Assim, o objetivo
desta investigação foi descrever a anatomia pormenorizada do esqueleto de M.
gallopavo. Foram utilizados quatro espécimes de M. gallopavo provenientes da Granja
F (Sadia LTDA. Uberlândia-MG). Seus esqueletos foram preparados seguindo métodos
usuais em anatomia e após o clareamento com peróxido de hidrogênio seguiu-se a
descrição anatômica. As coxas e pernas dos perus possuem quatro ossos, sendo estes:
Fêmur, tibiotarso, fíbula e patela. A extremidade proximal do osso fêmur possui um
trocânter muito proeminente, localizado lateralmente à sua cabeça. A extremidade
cranial do trocânter é mais desenvolvida e voltada craniodorsomedialmente.
Caudalmente a ele existe uma proeminência bastante saliente para inserção muscular.
Em sua extremidade distal o fêmur possui dois côndilos sendo que o mais desenvolvido
é localizado lateralmente e é separado do côndilo medial (menos desenvolvido) pela
fossa intercondilar, onde se aloja o osso patela. Na face caudal do côndilo lateral
encontra-se um sulco para articulação com a cabeça do osso fíbula. O tibiotarso é o
maior dos ossos da perna, possuindo em sua extremidade proximal côndilos para a
articulação com o fêmur. A porção proximal da face lateral apresenta uma crista para
inserção da fíbula. Na face cranial, voltada dorsoventralmente existe a crista cnemial
interna de aspecto laminar que se articula com a fossa intercondilar do osso fêmur.
Lateralmente à crista encontra-se uma projeção óssea de aspecto triangular e de ápice
voltado lateralmente. O tibiotarso possui extremidade distal formada por dois côndilos
proeminentes, um lateral e outro medial, que articulam-se com o tarsometatarso.
Depressões para inserção dos ligamentos colaterais da articulação tibiotarsotarsometatarso estão presentes em ambos os lados da extremidade distal. Nas faces
medial e caudal do corpo deste osso não aparecem acidentes ósseos relevantes. A fíbula
possui aspecto longo reduzido, situada ao longo da borda lateral do tibiotarso. Sua
cabeça ou extremidade proximal é relativamente larga e achatada, onde sua face medial
articula-se com a face lateral do côndilo proximal do tibiotarso. Em linhas gerais a
anatomia óssea de M. gallopavo é bastante semelhante à de outras aves da ordem
Galliformes, como às galinhas.
Palavras chave: Tibiotarso, Fêmur, Aves
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ANESTESIA DE CÁGADO-DE-BARBICHA Phrynops Geoffroanus
SCHWEIGGER, 1812 (TESTUDINES) COM A ASSOCIAÇÃO
MIDAZOLAN E PROPOFOL
Hirano, L. Q. L.1; Santos, A. L. Q.2; Jacintho, M. F. L.; Passos, R. F. C. F; Iasbeck, J. R.
1-Médica Veterinária;
2-Docente Orientador, Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS),
Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia. Av.
Amazonas, n° 2245, Jardim Umuarama, Uberlândia – MG, CEP: 38405-302.
[email protected]
Dentre os animais conhecidos como répteis existem aproximadamente 6400 espécies,
divididas em quatro ordens. A ordem Testudinata, da qual fazem parte tartarugas,
jabutis e cágados, pode ser encontrada em diversos habitats e vem sofrendo impacto
com a pressão humana e a degradação ambiental. Para o presente trabalho foram
utilizados 10 exemplares de Phrynops geoffroanus, sendo 8 fêmeas e 2 machos,
provenientes do rio Uberabinha, no município de Uberlândia, MG (licença
RAN/IBAMA nº 035/2006) os quais foram anestesiados com o protocolo midazolan 2
mg/kg/IM e propofol 10 mg/kg/IV. Os batimentos cardíacos dos exemplares foram
monitorados com o aparelho Doppler Vascular Eletrônico nos tempos 0’, 10’, 30’, 60’,
120’ e 180’ pós-anestésico e durante o período trans-anestésico os cágados foram
observados em relação aos parâmetros estipulados (locomoção, relaxamento muscular,
manipulação, estímulos dolorosos nos membro torácicos e pélvicos). O propofol
(10mg/kg/IV) se mostrou um anestésico de rápida indução e efeito com duração média
da anestesia ideal por 66’. O midazolan na dose de 2mg/kg/IM foi um medicamento
pré-anestésico eficiente, promovendo relaxamento muscular e facilidade de
manipulação do animal. A associação utilizada obteve bons resultados na retirada da
dor, promovendo analgesia por um tempo médio de 97’5’’. Além disso, não se observou
significante diminuição da freqüência cardíaca e apnéia nos quelônios anestesiados.
Palavras chave: Phrynops geoffroanus, Midazolan, Propofol
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ORIGENS, RAMIFICAÇÕES E DISTRIBUIÇÕES DAS ARTÉRIAS
FACIAIS EM FETOS DE BOVINOS AZEBUADOS
Lizardo, F. B.1; Sousa, G. C.2; Bernardino Júnior, R.3; Santos, L. A.4; Cabral, L. G.5,
Severino, R. S.6; Drummond, S. S.6, Silva, F. O. C.7
1- Mestrando(a) do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade
de Medicina Veterinária (FAMEV) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).:
2- Professor Doutor do Instituto de Ciências Biomédicas da UFU. 3- Professor Mestre
do Instituto de Ciências Biomédicas da UFU 4- Técnico Laboratório de Anatomia
Humana da UFU e graduado em Educação Física pela UFU. 5- Professor Doutor da
Escola Técnica de Saúde da UFU. 6- Professor Doutor da FAMEV / UFU. 7Orientador e Professor Doutor da FAMEV / UFU.
[email protected]
A Anatomia macroscópica serve como ferramenta de fundamental importância para a
descrição de uma espécie e/ou para a comparação entre espécies que apresentam
semelhanças morfológicas, para isso o método de dissecação é o mais direto para a
observação das estruturas corpóreas, permitindo o estudo da distribuição e localização
de vasos sanguíneos e nervos. Deve-se destacar que o conhecimento anatômico auxilia
em muito as intervenções de natureza clínico-cirúrgica, neste contexto fica evidente a
importância de se estudar detalhadamente o perfil vascular das artérias faciais, diante
das funções incontestes que as mesmas desempenham na manutenção das condições
sistêmicas orais dos animais e das estruturas por elas irrigadas como: gengivas,
músculos e glândulas, além disso, a maioria das informações referentes às artérias
faciais, em bovinos, é obtida nos Tratados de Anatomia Veterinária que, de modo geral,
referem-se a animais de origem européia. Sendo assim, em nosso país, a difusão dos
bovinos de origem indiana é abrangente e desse modo, devemos considerar a
possibilidade de diferenças anatômicas entre os dois grupos. Portanto, objetivamos
neste trabalho analisar as origens, ramificações e distribuições das artérias faciais direita
e esquerda em fetos de bovinos azebuados e contribuir no desenvolvimento da anatomia
comparativa. Para realização desta pesquisa foram utilizados cinco fetos de bovinos
azebuados, três machos e duas fêmeas, com aproximadamente três a seis meses de
idade, provenientes do abate de fêmeas em frigoríficos do município de Uberlândia,
Minas Gerais. Optou-se pela técnica de injeção de todo o seu sistema arterial cefálico,
com solução de neoprene látex “450” a 50% (Du Pont do Brasil-Indústrias Químicas)
corada com pigmento específico, via artérias carótidas comuns direita e esquerda.
Posteriormente, foram usadas técnicas anatômicas usuais de fixação em solução aquosa
de formaldeído a 10%, a fim de preparar o material para dissecação. Constatou-se que
as artérias faciais, em ambos os antímeros, originaram-se do tronco linguofacial em
80% dos casos, sendo que nos 20% restantes emergiram diretamente da artéria carótida
externa. Independentemente do antímero, forneceram os seguintes colaterais: ramos
glandulares, artéria submentoniana, artéria labial inferior, artéria labial superior, artéria
angular da boca, artéria lateral rostral do nariz e ramos musculares. Conclui-se, através
dos animais dissecados, que os resultados obtidos em relação às origens, ramificações e
distribuições das artérias faciais em fetos de bovinos azebuados, de modo geral,
apresentaram características similares com os correspondentes dados obtidos na
literatura sobre bovinos de origem européia, sendo estas informações importantes como
subsídio para abordagens clínicas ou cirúrgicas que envolvam as estruturas estudadas.
Palavras chave: Ruminantes, sistema circulatório, irrigação da face.
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DESCRIÇÃO ANATÔMICA DOS OSSOS O ANTEBRAÇO DO
LOBO GUARÁ
Bastos, C. R.1; Saraiva, J. M.1; Santos, A. L. Q.1
1. Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres, Faculdade de Medicina Veterinária,
Universidade Federal de Uberlândia.
[email protected]
O Lobo guará é um canídeo da classe Mammalia, ordem carnívora, da família Canidae,
de nome cientifico Chrysocyon brachyurus, canídeo grande que é encontrado na
América do Sul. Parece mais uma raposa do que um lobo, devido às suas pernas longas
e finas. Sendo um animal de comportamento solitário que habita os campos, em
condições naturais tem uma longevidade de treze anos, chegando a pesar 30 Kg na fase
adulta. Hoje uma das principais causas de risco de extinção é a caça e destruição do
habitat; Através da Portaria nº 1.522, de 19 de dezembro de 1.989 e da Portaria nº 45-N,
de 27 de abril de 1.992, o IBAMA tornou pública a lista oficial de espécies da fauna
brasileira ameaçada de extinção. O Lobo guará faz parte desta lista e é uma espécie em
vias de extinção. Diante deste risco é de grande importância que estude a anatomia
dessa espécie, para que facilite o tratamento, sendo um dos principais fatores de
incidência atropelamento com fratura nos membros. A descrição tem por objetivo
detalhar todos os acidentes ósseos encontrados nos ossos que constituem o antebraço,
que é formado pelo osso rádio e o osso ulna, ossos que determinam uma movimentação
limitada do antebraço dos carnívoros. O trabalho foi iniciado com a desarticulação e
maceração do membro de um lobo guará, que veio a óbito por atropelamento. Ao fim
da maceração, com os ossos aptos para a descrição, foi iniciada uma minuciosa analise
dos ossos, utilizando de um comparativo com ossos de carnívoros domésticos, em
especial o cachorro. Demonstrando assim as especificidades encontradas no osso de
Lobo Guará; para que com isso facilite o tratamento desses animais. Tendo como
resultado que o osso Ulna se apresentou bem desenvolvido, cruzando a superfície
caudal do radio, medialmente. O corpo da ulna é grande e trilaterado em seus dois
terços proximais, diminuindo e arredondando distalmente. Sua superfície cranial é em
geral áspera. Com presença do forame nutrício próximo à extremidade proximal, que se
continua com um sulco vascular e indica o percurso da artéria interossea. A extremidade
proximal é côncava e lisa medialmente e lateralmente apresenta-se convexa e áspera. O
olecrano é sulcado com três proeminências, sendo a caudal maior e arredondada. A
incisura troclear é na forma de meia lua, aumentando sua largura distalmente e completa
a superfície para a articulação com a troclea do úmero. Distalmente a incisura troclear
encontra-se a incisura radial que se articula com a parte caudal da cabeça do radio,
lateralmente a esta incisura há uma elevação, sendo uma área áspera que serve para
inserção do músculo bíceps do braço além do músculo braquial. A extremidade distal,
também conhecida como cabeça é pequena, semelhante à ponta de uma flecha rombuda
com presença do processo estilóide que se articula com o osso cárpico ulnar
,distalmente. Já o osso radio é dividido de forma básica em três segmentos, extremidade
proximal ou cabeça do radio, corpo do radio e a extremidade distal com a troclea do
radio. Osso em forma de bastão sendo achatado e aumentando sua espessura
craniocaudalmente. Na extremidade proximal encontra-se a cabeça do radio, com
presença da fóvea da cabeça do radio, que se forma juntamente com a incisura troclear e
com a superfície articular distal do úmero, a articulação ulnar e também com a ulna. Na
extremidade proximal encontra-se também a tuberosidade radial pequena, e próxima a
ela existe uma eminência lateral e uma eminência distal e está ultima apresenta-se
19
áspera. O corpo do radio é comprimido em sentido craniocaudal e é levemente arqueado
ao longo de todo o seu comprimento. E não há fusão com o osso ulna. A extremidade
distal tem forma aproximada de um punho, e face cranial, sulcada. Já a face caudal
apresenta projeções destinadas à origem dos músculos flexores, apresenta troclea
torcida de forma oblíqua, caudalmente a essa se situa a crista transversa, e em sua borda
medial projeta-se distalmente o processo estilóide do osso radio. Ao final da descrição
dos ossos do antebraço do Lobo guará pode-se observar diferenças de grande
importância para uso clínico de tratamento de fratura desses animais, como forma óssea
e tamanhos diferentes de outros canídeos domésticos. Formas anatômicas que apesar de
ser uma região (o antebraço) de movimentos provavelmente limitados, podendo dar
base para que o animal seja veloz e ágil para conseguir caçar seus alimentos.
Palavras-chave: Lobo guará, ossos, anatomia.
20
DESCRIÇÃO ANATÔMICA DO OSSO DO ESQUELETO DA COXA
DO LOBO GUARÁ
Bastos, C. R.1; Saraiva, J. M.1; Santos, A. L. Q.1
1. Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres, Faculdade de Medicina Veterinária,
Universidade Federal de Uberlândia.
[email protected]
O Lobo guará é um canídeo da classe Mammalia, ordem carnívora, da família Canidae.
De nome cientifico Chrysocyon brachyurus, canídeo de grande porte, que é encontrado
na América do Sul. É um animal de comportamento solitário que habita os campos, em
condições naturais tem uma longevidade de treze anos, chegando a pesar 30 Kg na fase
adulta. Hoje uma das principais causas do risco de extinção e a caça e destruição do
habitat; Através da Portaria nº 1.522, de 19 de dezembro de 1.989 e da Portaria nº 45-N,
de 27 de abril de 1.992, o IBAMA tornou pública a lista oficial de espécies da fauna
brasileira ameaçada de extinção. O Lobo guará faz parte desta lista e é uma espécie em
vias de extinção. Diante deste risco é de grande importância que estude a anatomia
dessa espécie, para que facilite o tratamento clinico, sendo as fraturas uma das
principais conseqüências, causadas por atropelamentos. A descrição tem por objetivo
detalhar todos os acidentes ósseos encontrados no osso que constitui o esqueleto da
coxa, o osso fêmur, osso de grande importância para o membro pélvico, sendo o maior
de todos os ossos longos. O trabalho foi iniciado com a desarticulação e maceração do
membro de um lobo guará, que veio a óbito por atropelamento. Ao fim da maceração,
com os ossos aptos a descrição, foi iniciada uma minuciosa analise, utilizando de um
comparativo com ossos de carnívoros domésticos, em especial o cachorro.
Demonstrando assim as especificidades encontradas no osso de Lobo guará; para que
com isso facilite o tratamento desses animais silvestres. Tendo como resultado da
descrição que o corpo do osso fêmur é longo e cilíndrico apresentando-se um leve
achatamento próximo aos extremos. Este osso possui curvatura acentuada nos seus dois
terços distais e convexos cranialmente. Em sua extremidade proximal encontram-se a
cabeça que se articula com o acetábulo; sendo esta pouco mais que um hemisfério e
observa-se ainda que caudolateral ao seu centro há uma fóvea rasa. O trocânter maior
do osso fêmur localiza-se abaixo do nível da cabeça e corre cranialmente ao colo, sendo
que este é bem afilado. O trocânter menor tem uma tuberosidade rombuda e
arredondada. A fossa trocantérica é redonda e de pouca profundidade. Ao longo do
corpo do osso há uma face áspera achatada transversalmente, estreita no meio e que se
alarga no sentido de cada extremidade, dando ênfase na extremidade distal. Próximo à
extremidade distal observa-se duas tuberosidades supracondilóides de difícil
visualização. A fossa supracondilóide não está presente. Na extremidade distal, a fossa
intercondilar localizada entre os côndilos medial e lateral, é larga. Caudalmente a cada
côndilo há uma faceta para articulação o osso sesamóide, sendo que a do côndilo lateral
apresenta-se arredondada e maior. O osso fêmur possui no terço proximal da face caudal
de seu corpo um forame nutrício bem visível. Diante das descrições dos acidentes
ósseos do fêmur do Lobo Guará observou-se que este apresentou diferenças
significativas comparado aos canídeos domésticos, principalmente na espessura e
extensão do colo, no formato do trocânter maior e na profundidade da fossa
trocantérica. O osso fêmur é um dos principais ossos do membro pélvico, e
freqüentemente atingidos em casos de atropelamento, sendo este de difícil tratamento e
recuperação, demonstrando a importância de uma pesquisa anatômica para facilitar o
entendimento de sua anatomia e assim poder facilitar a assistência ao animal.
Palavras-chave: Lobo guará, ossos, anatomia.
21
DESCRIÇÃO ANATÔMICA DOS OSSOS DO ESQUELETO DA
PERNA DO LOBO GUARÁ
Bastos, C. R.1; Saraiva, J. M.1; Santos, A. L. Q.1
1. Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres, Faculdade de Medicina Veterinária,
Universidade
Federal de Uberlândia. [email protected]
O Lobo guará é um canídeo da classe Mammalia, ordem carnívora, da família Canidae
De nome cientifico Chrysocyon brachyurus. Parece mais uma raposa do que um lobo,
devido às suas pernas longas e finas. Sendo um animal de comportamento solitário que
habita os campos, em condições naturais tem uma longevidade de treze anos, chegando
a pesar 30 Kg na fase adulta. O Lobo guará faz parte da lista de animais com risco de
extinção. Diante deste risco é de grande importância que estude a anatomia dessa
espécie, para que facilite o tratamento clinico, sendo as fraturas uma das maiores
conseqüências causadas por atropelamentos. A descrição tem por objetivo detalhar
todos os acidentes ósseos encontrados nos ossos que constitui a perna do Lobo guará, os
ossos tíbia e fíbula, ossos de resistências diferentes, que juntos dão base para
sustentabilidade e força para o animal. O trabalho foi iniciado com a desarticulação e
maceração do membro de um lobo guará, que veio a óbito por atropelamento. Trabalho
delicado para que não houvesse alteração nos acidentes ósseos. Ao fim da maceração,
com os ossos prontos, foi feita uma descrição minuciosa do osso, utilizando de um
comparativo com ossos de carnívoros domésticos, em especial o cachorro.
Demonstrando assim as especificidades encontradas no osso de Lobo guará; para que
com isso facilite o tratamento desses animais silvestres. Tendo como resultado da
descrição que o osso tíbia do Lobo guará jovem apresenta aproximadamente 29,5cm de
tamanho pouco maior que o osso fêmur que se apresenta com aproximadamente 27 cm.
O corpo do osso tíbia é caracteristicamente convexo medialmente na parte proximal e
lateralmente na parte distal. O terço proximal do seu corpo é prismático, entretanto é
comprimido lateralmente e longo craniocaudalmente. O restante do corpo é quase
regularmente cilíndrico. A borda cranial da parte proximal da tíbia é composta pela
tuberosidade da tíbia que sustenta o ligamento patelar e pela crista da tíbia, formando
uma curvatura que se dirige craniolateralmente ao osso, sendo a crista bem proeminente.
Mais ao topo da cabeça da tíbia encontra-se uma pequena elevação, a eminência
intercondilar. As bordas laterais da tíbia apresentam dois côndilos que dão inserção a
músculos, sendo um lateral e um medial. Na parte caudolateral do côndilo lateral
observa-se uma discreta faceta para articulação com o osso fíbula e um pequeno osso
sesamóide no tendão de origem do músculo poplíteo. A extremidade distal da tíbia é
retangular e pequena comparada à cabeça da mesma. Estão presentes ainda, um sulco
vertical que se dispõe medialmente ao corpo e outro sulco mais raso caudalmente, sendo
que ambos servem para dar inserção a tendões. Já o osso fíbula é delgada, achatada e
um pouco torcida e alargada nas extremidades. Pode ser dividido em cabeça, colo,
corpo, extremidade proximal, a cabeça do osso fíbula e extremidade distal, o maléolo
lateral, acompanha toda a extensão do osso tíbia. O esqueleto da perna do lobo guará
tem papel fundamental na locomoção. O comprimento incomum das pernas facilita a
tarefa de subir morros. É comum encontrar fratura nos ossos da perna, após
atropelamentos nas rodovias, sendo de grande importância a compreensão dos acidentes
ósseos, para que haja um tratamento das fraturas mais rápida e eficaz
Palavras-chave:. Lobo guará, ossos, anatomia.
22
DESCRIÇÃO ANATÔMICA DO ESQUELETO DO OMBRO DO
LOBO GUARÁ
Bastos, C. R.1; Saraiva, J. M.1; Santos, A. L. Q.1
1. Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres, Faculdade de Medicina Veterinária,
Universidade Federal de Uberlândia.
[email protected]
O Lobo guará é um canídeo da classe Mammalia, ordem carnívora, da família Canidae.
De nome cientifico Chrysocyon brachyurus. Parece mais uma raposa do que um lobo,
devido às suas pernas longas e finas. Sendo um animal de comportamento solitário que
habita os campos. O Lobo guará faz parte da lista de animais com risco de extinção.
Diante deste risco é de grande importância que estude a anatomia dessa espécie, para
que facilite o tratamento clinico, sendo as fraturas uma das maiores conseqüências
causadas por atropelamentos. A descrição tem por objetivo detalhar todos os acidentes
ósseos encontrados nos ossos que constitui o esqueleto ósseo do ombro do Lobo guará,
o osso escápula, responsável pela inserção do membro torácico ao tronco . O trabalho
foi iniciado com a desarticulação e maceração do membro de um lobo guará, que veio a
óbito por atropelamento. Trabalho delicado para que não houvesse alteração nos
acidentes ósseos. Ao fim da maceração, com os ossos prontos, foi feita uma descrição
minuciosa do osso, utilizando de um comparativo com ossos de carnívoros domésticos,
em especial o cachorro. Demonstrando assim as especificidades encontradas no osso de
Lobo guará; para que com isso facilite o tratamento desses animais silvestres. Tendo
como resultado da descrição que o osso escapula é relativamente estreito e de tamanho
médio. Em sua região média de forma obliqua se encontra a espinha do osso escápula
que aumenta gradativamente de altura na região dorsoventral, e divide a superfície
lateral em duas fossas, a fossa infra-espinhal, que é mais larga e em sua extremidade
apresenta o ângulo caudal bem definido; E a fossa supra espinhal é mais estreita e de
borda arredondada. Sua borda livre é espessa e áspera dorsalmente, e sua extremidade
ventral é mais fina e dobra- se caudalmente. O acrômio é pequeno e robusto, e localizase na região oposta a borda da cavidade glenoidal. Na superfície medial se encontra a
fossa subescapular que é extremamente rasa e com demarcação pouco nítida, nessa
mesma superfície encontra-se uma área de textura áspera para inserção do músculo
serratil ventral ( a face serratil ou seriada), que se apresenta maior e relativamente
quadrilátera cranialmente e vai se estreitando ate sua marginal. A borda cranial é fina e
encurvada, já a borda caudal é reta e espessa .A borda dorsal é convexa como a borda
cranial, porém é de estrutura espessa e circundada por uma faixa de cartilagem
escapular. A escapula é dividida em três ângulos, ângulos cranial, ângulo caudal e
ângulo glenoidal. O colo é bem nítido. A cavidade glenoidal na face ventral apresenta o
tubérculo supraglenoide onde se encontra um pequeno processo coracoide. Diante da
descrição do osso escápula podem-se observar algumas diferenças em seus acidentes
ósseos comparados a de carnívoros domésticos, como o formato, angulação e espessura.
Sendo importe o estudo de sua anatomia óssea, por se tratar do osso que dá suporte para
inserção do membro torácico ao tronco.
Palavras-chave: Lobo guará, ossos, anatomia.
23
DESCRIÇÃO ANATÔMICA DO OSSO DO BRAÇO DO LOBO
GUARÁ
Bastos, C. R.1; Saraiva, J. M.1; Santos, A. L. Q.1
1. Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres, Faculdade de Medicina Veterinária,
Universidade Federal de Uberlândia.
[email protected]
O Lobo guará é um canídeo da classe Mammalia, ordem carnívora, da família Canidae.
De nome cientifico Chrysocyon brachyurus, canídeo grande que é encontrado na
América do Sul. É um animal de comportamento solitário que habita os campos, em
condições naturais tem uma longevidade de treze anos, chegando a pesar 30 Kg na fase
adulta. Hoje uma das principais causas do seu risco de extinção é a caça e destruição do
habitat; Através da Portaria nº 1.522, de 19 de dezembro de 1.989 e da Portaria nº 45-N,
de 27 de abril de 1.992, o IBAMA tornou pública a lista oficial de espécies da fauna
brasileira ameaçada de extinção. O Lobo guará faz parte desta lista e é uma espécie em
vias de extinção. Diante deste risco é de grande importância que estude a anatomia
desse espécime, para que facilite o tratamento, sendo um dos principais fatores de
incidência atropelamento com fratura nos membros. A descrição tem por objetivo
detalhar todos os acidentes ósseos encontrados no osso que constitui o braço, o úmero,
osso de grande importância nos movimentos membro torácico. O trabalho foi iniciado
com a desarticulação e maceração do membro de um lobo guará, que veio a óbito por
atropelamento. Ao fim da maceração, com os ossos prontos, foi feita uma descrição
minuciosa do osso, utilizando de um comparativo com ossos de carnívoros domésticos,
em especial o cachorro. Demonstrando assim as especificidades encontradas no osso de
Lobo guará; para que com isso facilite o tratamento destes animais silvestres. Tendo
como resultados da descrição que o osso úmero é longo e apresenta um tênue giro
espiral. Seu corpo apresenta-se levemente comprimido lateralmente especialmente nos
seus dois terços proximais e ainda temos que seu corpo comparado ao do cão não é tão
encurvado e convexo cranialmente. A tuberosidade deltóide localizada na face lateral da
extremidade proximal logo abaixo do tubérculo maior do corpo do osso úmero
apresenta-se por uma discreta elevação continuando-se por meio de uma crista que corre
dorsocaudalmente em direção à porção proximal do osso. Correndo caudalmente na
superfície cranial encontra-se uma linha que forma o limite medial do sulco raso para o
músculo braquial, denominando-se crista epicondílica lateral. O forame nutrício situa-se
aproximadamente no meio da face caudal. No terço proximal da superfície medial
localiza-se a tuberosidade redonda maior de difícil visualização. A cabeça do osso
úmero é longa e acentuadamente curvada craniocaudalmente, limitada ventral mente por
um colo bem demarcado. O tubérculo maior disposto craniolateralmente próximo à
cabeça do osso não apresenta divisões. O tubérculo menor é medial, pequeno e repleto
de forames na sua face mais medial e também não é dividido. O sulco intertubercular
presente craniolateralmente fornece passagem ao tendão do músculo bíceps braquial. O
côndilo situado na porção distal do osso úmero compõe a área de articulação com o osso
ulna e o osso rádio, sendo formado por uma parte medial chamada tróclea para
articulação com a ulna e o capitulo que é mais cranial para a articulação com o rádio. Os
epicôndilos são bem nítidos principalmente o epicôndilo medial. A fossa radial e do
olécrano comunicam-se por meio de um grande forame supracondilar, sendo a primeira
na face cranial e a fossa do olécrano na face caudal, estas, abriga parte do osso ulna.
Concluindo-se que apesar da estrutura óssea do úmero do Lobo guará ser semelhante
aos dos canídeos domésticos, ele apresenta especificidades como o grau de curvatura,
24
tamanho e espessura do osso. Sendo de suma importância em tratamentos clínicos em
casos lesões ósseas.
Palavras-chave: Lobo guará, ossos, anatomia.
25
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ECONÔMICO DA FAZENDA
DOURADINHO, DO MUNICÍPIO UBERLÂNDIA, MG, NOS ANOS
DE 2006 E 2007.
Hirano, L.Q.L.1; Faria, G. K. 1; Camilli, R.A.1; Rosa, A. G.1; Sola, M.C. 1; Osava, C.F. 1; Franco,
B.F. ²
1-Médico Veterinário;
2- Graduando em Agronomia da Universidade Presidente Antônio Carlos. Avenida
Raulino Cotta Pacheco, 70, apto. 201, Bairro Martins. Uberlândia – MG, CEP: 38.400-370. Email:
[email protected]
O Brasil possui, atualmente, cerca de 170 milhões de cabeças bovinas e produz, em média, 1000
litros de leite por vaca/ano, o que o coloca como 23o produtor mundial de leite. O objetivo do
presente trabalho foi avaliar o desempenho econômico da Fazenda Douradinho, do município
Uberlândia, MG, nos anos de 2006 e 2007. A área total de pastagem da propriedade é de 225 ha,
sendo 180 ha de Braquiaria. Os pastos são recuperados periodicamente, após análise do solo,
com correção e adubação; e os animais são mantidos a pasto durante a estação chuvosa e
confinados na estação seca, marcando um sistema misto. O rebanho de raça holandesa e
mestiços cruzados é destinado a pecuária leiteira. Os dados de custos e receitas da propriedade
foram coletados e foram realizados cálculos de variações de preço, ponto de nivelamento,
análise de rentabilidade, lucratividade e capacidade de investimento. Também foi avaliado o
tempo necessário para o retorno do capital investido. Foi verificado que o ponto de nivelamento
da atividade atualmente é de 190.140 litros de leite, tendo lucratividade de 31,23 %, com
capacidade de investimento de 157.373,79 litros de leite (46,39%). De acordo com a análise
de desempenho econômico, a atividade apresentou de dezembro de 2006 a novembro de
2007 um lucro do tipo operacional. O preço unitário (R$ 0,8438) foi maior do que o
custo total unitário (R$ 0,5024), porém, ele também foi maior do que o custo
operacional unitário (R$ 0,3917), indicando que a renda foi suficiente para compensar
os gastos com os recursos de produção e ainda proporcionou um lucro, custeando os
custos alternativos. Tal retorno representa que haverá um resíduo positivo, o qual
proporciona a recuperação de uma parcela da remuneração sobre a terra e o capital.
Mesmo obtendo lucro realizado positivo, esta propriedade pode melhorar a rentabilidade da
atividade leiteira através da utilização e maximização de seus recursos de maneira mais
sustentável e rentável.
Palavras chaves: Lucratividade, Produção, Leite.
26
CARRAPATOS EM TAMANDUÁ BANDEIRA (Myrmecophaga
tridactyla) E TAMANDUÁ MIRIM (Tamandua tetradactyla) DE
VÁRIAS REGIÕES DO BRASIL
Szabó, M. P. J.¹; Santos, T. R.²; Olegário, M. M. M.³; Santos L. Q. A.
1-Professor Orientador do Projeto. Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade
Federal de Uberlândia (FAMEV/ UFU), Rua Ceará s/nº Bloco 4T, Campus Umuarama,
Uberlândia - MG. CEP: 38400-000;
2-Acadêmica da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Uberlândia
3- Mestranda em Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia
4- Professor co-orientador do projeto. FAMEV – UFU dicina Veterinária da
Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
Carrapatos são os principais vetores de agentes infecciosos para animais domésticos.
Transmitem para estes agentes causadores de severas doenças como a erliquiose canina,
a babesiose e anaplasmose bovina, entre outros. Por outro lado, a literatura sobre
carrapatos e doenças transmitidas por carrapatos é deveras escassa. Informações sobre
estes vetores em animais selvagens são da maior relevância, pois podem servir de ponte
entre agentes infecciosos de animais selvagens para animais domésticos e o homem e
vice-versa. A expansão de áreas urbanas, agrícolas e dos sistemas de transporte,
associados á tentativas de preservação aumentaram os encontros entre a vida selvagem,
rural e urbana. Assim a presença de animais silvestres e acidentes (atropelamentos em
especial) em áreas urbanas ou peri-urbanas, são hoje freqüentes. Entre estes destacamos
o Tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla, Linnaeus, 1758) e o Tamanduá mirim
(Tamanduá tetradactyla, Linnaeus, 1758). Comuns na rotina de atendimentos de
hospitais veterinários. Considerando os expostos o presente estudo teve como objetivo
identificar os carrapatos (Acari: Ixodidae) de Tamanduás-bandeira e mirim atendidos no
Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Uberlândia e de alguns de outra origem. Os carrapatos identificados foram
posteriormente depositados na Coleção de Carrapatos da do Laboratório de Ixodologia
da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia. As
coletas foram realizadas de janeiro de 1999 a setembro de 2008. O local de origem e os
dados dos animais foram anotados, os carrapatos retirados com auxílio de uma pinça,
acondicionados em frasco com álcool e encaminhados ao Laboratório de Ixodologia da
Universidade Federal de Uberlândia para identificação e depósito na coleção. Foram
examinados 32 tamanduás, 10 Tamanduás-mirins e 22 Tamanduás-bandeiras. Foram
encontrados nestes três espécies de carrapatos do gênero Amblyomma (Amblyomma
nodosum, A. cajennense, A. calcaratum) alem de diversas ninfas de Amblyomma spp.
Em um animal foi encontrado um casal de Rhipicephalus sanguineus. Adultos dos
carrapatos A. nodosum e A. calcaratum são característicos de Tamanduás. Por outro
lado o A. cajennense é bem menos específico podendo parasitar diversos hospedeiros,
incluindo o homem, podendo servir, portanto, de vetor entre estas espécies de
hospedeiros. O encontro de R. sanguineus, um carrapato de cão doméstico, em um
tamanduá deve ser considerado um achado acidental e associado á manutenção deste
animal em Hospital Veterinário que atende muitos cães.
Palavras chave: Atropelamentos, Ixodídeos, Amblyomma sp.
27
ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL DE PERU (Meleagris
gallopavo)
Silva, M. V.1; Silva, M. E. M. 1; Andrade, W. B. F. 1; Santos, A. L. Q. 1; Lima, F. C. 1
1- Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS) da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), Faculdade de Medicina Veterinária.
[email protected]
O peru doméstico (Meleagris gallopavo) surgiu a partir de cruzamentos entre as raças
selvagens da América do Norte. Suas características foram aprimoradas através de
trabalhos genéticos o que possibilitou sua produção comercial em larga escala, tornando
esta, uma espécie de conspícua importância econômica. Assim, o objetivo desta
investigação foi descrever a anatomia pormenorizada do esqueleto de M. gallopavo.
Foram utilizados quatro espécimes de M. gallopavo provenientes da Granja F (Sadia
LTDA. Uberlândia-MG). Seus esqueletos foram preparados seguindo métodos usuais
em anatomia e após o clareamento com peróxido de hidrogênio seguiu-se a descrição
anatômica. O peru doméstico apresenta quatorze vértebras cervicais, sete vértebras
torácicas, um sinsacro formado por dezesseis vértebras fundidas, cinco vértebras
coccigeas e o osso pigóstilo. A primeira vértebra cervical, o atlas, é um osso pequeno e
semelhante a um anel. Articula-se cranialmente com o único côndilo occipital do crânio,
e caudalmente com o processo odontóide do áxis. Caudalmente ele possui três faces
articulares para contato com o áxis a segunda vértebra cervical. Com exceção do atlas o
restante da coluna vertebral consiste de vértebras heterocelosas, com superfícies
articulares designadas como de formato de sela. A principal característica das vértebras
torácicas é a presença de facetas para a articulação com as costelas. Em número, foram
encontrados mais ossos que nas demais aves domesticas. Existe a fusão de três vértebras
torácicas para formar um único osso dorsal, o notarium. As vértebras das regiões lombar
e sacral estão tipicamente fundidas em um único sinsacro formado por dezesseis
vértebras e está, inseparavelmente, fundido lateralmente com os ossos ílios. A porção
caudal da coluna é formada por cinco vértebras coccigeas. O processo transverso destas
vértebras é voltado ventralmente, seu corpo arredondado e o processo espinhoso voltado
cranialmente. O osso pigóstilo é o último elemento ósseo da coluna vertebral. Possui
forma laminar e sua extremidade caudal está voltada dorso-cranialmente. Em vias gerais
a coluna vertebral possui características anatômicas similares as de outras aves
domesticas, outrora diverge em número de vértebras.
Palavras chave: Vértebras, aves, esqueleto.
28
COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA E PERFIL FERMENTATIVO
DA CANA-DE-AÇÚCAR IN NATURA E ENSILADA
HIDROLISADA COM CAL VIRGEM
Gregório, H. C. S1.; Santos Júnior, M. J2.; Oliveira Júnior, G3.; Benedetti, E4.
1 – Médica Veterinária Mestre em Ciências Veterinárias - Produção Animal.
2 – Mestrando em Ciências Veterinárias - Produção Animal – Universidade Federal de
Uberlândia (UFU).
3 – Graduando em Medicina Veterinária - Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
4 – Prof. Dr. Titular da Faculdade de Medicina Veterinária (FAMEV) - Universidade
Federal de Uberlândia (UFU).
[email protected]
O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, e a perspectiva é que cresça a
produção desta planta a cada ano. A grande difusão dessa cultura para áreas tradicionais
de pecuária tem sido fator de estímulo para o uso dessa forrageira na alimentação
animal. Além dos carboidratos não estruturais, a fração fibrosa da cana-de-açúcar
representa uma fonte potencial de energia para ruminantes. Entretanto, seu uso é
limitado devido à estrutura da parede celular, que limita a digestão microbiana no
rúmen. Para tais alimentos que apresentam baixa taxa de digestão da fração fibrosa, a
utilização de aditivos químicos constitui-se em alternativa para elevar o valor nutritivo.
Dentre as substâncias mais utilizadas com esse objetivo estão os hidróxidos de sódio, de
cálcio, de potássio e de amônia (Reis et al., 1995). O objetivo do presente trabalho foi
avaliar os efeitos de diferentes níveis (0; 1; 1,5 e 2%) de óxido de cálcio (CaO) e de
diferentes tempos de hidrólise (0, 6, 12, 24 e 48 horas) na composição bromatológica da
cana-de-açúcar fresca e ensilada e no perfil fermentativo dessa forrageira. Na Fazenda
Experimental do Glória, pertencente à UFU, amontoados de cana (variedade IAC 862480) foram tratados com 0; 1; 1,5 e 2% de CaO e amostras foram coletadas de cada
tratamento após 0, 6, 12, 24 e 48 horas da adição de cal virgem. Parte da cana tratada foi
ensilada em silos de laboratório os quais foram abertos 30 dias mais tarde. No
Laboratório de Nutrição Animal da UFU, as seguintes variáveis foram analisadas:
matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra bruta (FB), fibra em detergente ácido
(FDA), fibra em detergente neutro (FDN), lignina (LIG), extrato etéreo (EE), matéria
mineral (MM), extrato não nitrogenado (ENN), fósforo (P), cálcio (Ca), celulose (CEL),
hemicelulose (HEM), nutrientes digestíveis totais (NDT) e pH. Além das análises
citadas, nas amostras ensiladas também foram avaliados os ácidos graxos voláteis
(AGV), lactato, nitrogênio amoniacal (N-NH3). Utilizou-se o delineamento
inteiramente casualizado com três repetições para cada tratamento e as análises de
variância foram feitas através do programa Sisvar (Teste de Tukey, 5% de
significância). Para a cana-de-açúcar fresca o tratamento com 1% de CaO foi suficiente
para reduzir FB, FDA e FDN e aumentar MM, Ca e P, no tempo 0. Após 6h de hidrólise
com 1; 1,5 ou 2% de CaO a LIG foi reduzida e após 24 h a MS aumentou e CEL e HEM
diminuíram. A adição de cal principalmente nas maiores doses foi capaz de reduzir a
concentração de ácido acético e aumentar as concentrações dos ácidos propiônico,
butírico, lático, N-NH3 e pH. Os maiores teores de PB foram observados na forragem
não aditivada. Para as silagens hidrolisadas previamente, as doses de 1 e 1,5% de cal
foram as mais eficientes para aumentar, MS, MM e ENN e diminuir FDA, FDN, LIG,
CEL e HEM. A adição de cal virgem, principalmente nas maiores dosagens, diminuiu a
concentração de ácido acético e aumentou as concentrações dos ácidos propiônico,
butírico e lático. Também aumentaram o pH e o nitrogênio amoniacal. A hidrólise com
29
a cal virgem, tanto na cana-de-açúcar fresca quanto na ensilada, promoveu melhoria no
valor nutritivo dessa forragem, pois reduziu os componentes fibrosos da parede celular,
principalmente a FDN, que é tida como pouco digestível na cana. O ideal é utilizar uma
concentração de 2% de cal virgem e fornecer a cana aos animais até 24 h após a
hidrólise.
Palavras chave: Cana-de-açúcar, hidrólise e ruminantes.
30
ANOMALIA DE PELGER-HÜET EM UM CÃO- RELATO DE
CASO
Rodrigues, C. G.3; Mundim, E. D.1; Mendonça C. S.2, Cesarino, M.3; Ávila, D. F.3 ;
Silva, C. B.3; Dias, T.A.3 ; Castro, J. R.4
1. Graduando em Medicina Veterinária, UNIPAC; Labovetri.
2. Mestre e Médica Veterinária Administrativa FAMEV-UFU.
3. Residentes do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da
Universidade Federal de Uberlândia.
4. Pós-graduanda em Ciências Veterinárias da Universidade Federal de Uberlândia.
[email protected].
A anomalia de Pelger Hüet possui alterações de natureza congênita, na qual o núcleo
dos neutrófilos não se segmenta, permanecendo com a forma de bastonete ou de
mielócito, sendo seu núcleo circular ou em forma de feijão e sua cromatina condensada,
sem alteração funcional da célula. É de ocorrência rara, pois acontecem em animais
heterozigotos para esta anomalia O diagnóstico da anomalia de Pelger Hüet é
importante para prevenir a identificação de um desvio à esquerda ou na interpretação
errônea de uma resposta inflamatória em um cão portador do distúrbio, porém
aparentemente sadio É importante ressaltar que o citoplasma da célula sofre maturação
normal, e que os eosinófilos também são afetados e sua aparência é de bastonetes. Essa
anormalidade pode ser encontrada em uma triagem rotineira, e não é necessário
tratamento específico. A doença é transmitida como traço autossômico dominante e
atinge grande variedade de raças de cães, mas é mais comum em hounds. Um canino,
sem raça definida, adulto jovem encontrado abandonado no perímetro urbano da cidade
de Uberlândia, MG, foi adotado e posteriormente encaminhado ao atendimento
veterinário particular para exames de rotina. Solicitou-se um hemograma completo que
apontou um aumento do número de bastonetes. Na ocasião o animal foi tratado com
antibioticoterapia e em seguida realizou-se outro hemograma onde evidenciou a
persistência do desvio à esquerda. Por decisão do proprietário foi encaminhado a outro
veterinário pois não apresentava nenhum sinal clínico de infecção. Suspendeu-se o
tratamento e realizou-se um terceiro hemograma, o qual foi encaminhado ao
Laboratório de Análises Clínica do Triângulo (LABORVETRI). Na contagem
diferencial foi observada a presença de neutrófilos e eosinófilos com núcleos que não
formaram lóbulos, cromatina condensada evidenciando desta forma a anomalia de
Pelger Hüet.
Palavras-chave: anomalia congênita, canino, neutrófilos.
31
OCORRÊNCIA DE COLITE IDIOPÁTICA EM UM CÃO
Castro, J. R. 1; Ferreira, C. G. 2 Cesarino, M.3Ávila, D. F.3; Fernandes, C. C.2; Silva, C.
B.3; Scherer, D. L.3; Dias, T.A4.; Rodrigues, C. G.1; Salomão, L.S.4
1. Pós-graduanda em Ciências Veterinárias da Faculdade de Medicina Veterinária da
Universidade Federal de Uberlândia (FAMEV-UFU).
2. Prof. Doutor em Clínica Veterinária dos Animais Domésticos da FAMEV-UFU.
3. Residentes do Hospital Veterinário da FAMEV-UFU.
[email protected].
O intestino grosso é composto pelos segmentos ceco, colón e reto. Nos cães, o colón é
relativamente pequeno, tendo como principais funções a absorção de água e eletrólitos,
armazenagem temporária e eliminação das fezes. A diarréia é o sinal comumente
observado em enfermidades do cólon, caracteriza-se por defecação freqüente em
pequenas quantidades, com muco excessivo podendo haver hematoquezia. Objetivou-se
relatar um caso de colite idiopática canina, bem como discutir os principais aspectos a
cerca desta patologia, diferenciando-a das demais gastrenterites hemorrágicas. A colite
pode ser de origem dietética, traumática, parasitária, infecciosa, imunológica, idiopática,
causada ainda por neoplasias, distúrbios obstrutivos e/ou funcionais. Muitas patologias
do colón estão associadas à lesão de mucosa, inflamação ou ulceração. A fase crônica é
assinalada por perda de peso, enfraquecimento , vômito e debilidade orgânica geral.
Para o estabelecimento do diagnóstico diferencial, deve-se requisitar hemograma
completo e perfil bioquímico sérico para detectar distúrbios metabólicos. A radiografia
abdominal simples é indicada para detecção de corpos estranhos, tumores,
intussucepção, obstrução e vólvulo. Já a radiografia contrastada com enema de bário é
útil na identificação de pólipos, estenoses, neoplasias, deslocamento ou encurtamento
colônico e lesão inflamatória crônica. Outros exames podem ser solicitados como:
ultrassonografia para avaliar linfonodos, intussucepção, pâncreas, fígado e próstata. Em
outros casos de diarréia do intestino grosso é necessário colonoscopia e a biópsia para
estabelecer um diagnóstico preciso. Foi encaminhado ao Hospital Veterinário da
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), um cão SRD, adulto, com histórico de
vômito e diarréia sanguinolenta. No exame físico observaram-se mucosas levemente
hipocoradas e temperatura retal normal (38ºC), desidratação leve, freqüência cardíaca e
respiratória sem alterações patológicas. Durante a consulta, o animal apresentou um
episódio diarréico com hematoquezia. Foram solicitados hemograma completo,
dosagem de creatinina e uréia séricas, exame coproparasitológico e radiografia
abdominal simples e contrastada. Estes se apresentaram dentro da normalidade para a
espécie, exceto o exame radiográfico contrastado, no qual observou-se espessamento
das paredes intestinais, caracterizando um processo crônico. Deste modo, estabeleceu-se
o diagnóstico de colite idiopática crônica. O tratamento terapêutico instituído foi
baseado em sulfasalazina (50 mg/Kg, 8/8 horas, 10 dias), betametasona (0,1 mg/Kg,
12/12 horas, 3 dias), sucralfato (30mg/Kg, 6/6 horas, 30 dias) e ácido tranexâmico (25
mg/Kg, 6/6 horas, 3 dias). Resultados satisfatórios foram obtidos já com três dias de
tratamento, com remissão do quadro diarréico, hematoquezia, e melhora no estado geral
do animal. Após o tratamento medicamentoso, optou-se por manter o animal em
tratamento dietético fundamentado em ração específica aos animais convalescentes
portadores de patologias intestinais.
Palavras chave: cólon, canino, hematoquezia
32
CERATOCONJUNTIVITE IMUNOMEDIADA CRÔNICA EM CÃO
DA RAÇA PASTOR ALEMÃO. RELATO DE CASO
Castro, J.R.3; Eurides, D.2.; Cesarino, M.3; Ávila, D.F.3; Fernandes, C.C.3; Silva, C.B.3;
Dias, T.A3.; Rodrigues, C.G.3; Salomão, L.S.3
1. Pós-graduanda em Ciências Veterinárias Faculdade de MedicinaVeterinária/FAMEV.
Universidade Federal de Uberlândia/UFU.
2. Médico Veterinário. Professor titular. Doutor/FAMEV/UFU.
3. Residente do Hospital Veterinário/FAMEV/UFU.
[email protected].
A Ceratoconjuntivite Imunomediada Crônica (CIC) é um distúrbio corneano
progressivo, sem cura estabelecida. Também denominada de síndrome de Überreiter,
com maior incidência em cães das raças Pastor Alemão, Husky Siberiano e Greyhound.
As alterações da CIC resultam da antigenicidade tecidual de córneas susceptíveis a
radiação ultravioleta, ocasionando inflamação mediada por células para antígenos
corneanos e uveais. As células epiteliais se proliferam e no estroma superficial com
infiltração de plasmócitos e linfócitos, seguido de, melanócitos, histiócitos e fibrócitos
adentram a córnea, resultando em edema e neovascularização. Esta patologia afeta os
quadrantes corneanos temporal, nasal, inferior e superior, em ordem de maior
ocorrência e gravidade, podendo haver queratinização do epitélio. Pontos pequenos e
esbranquiçados ocorrem algumas vezes no estroma. Foi atendido, no Hospital
Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, um cão macho, de 36 Kg, da raça
Pastor Alemão, com nove anos de idade, apresentando histórico de alterações oculares.
Ao exame clínico o animal apresentava-se aparentemente sadio. Com a oftalmoscopia
foi notada neovascularização corneana com amplas áreas de pigmentação escura,
principalmente na região temporal e em direção ao centro da córnea. Foi também notado
que a conjuntiva bulbar se apresentava congesta. Entretanto, com instilação de
fluoresceína tópica, não foram notadas alterações referentes à capacidade visual, assim
como, úlceras de córnea e lesões de conjuntiva. Baseado nos achados clínicos
diagnosticou-se ceratoconjuntivite imunomediada crônica. Como a síndrome pode ser
controlada e não curada, o animal foi submetido à administração tópica de colírio de
dexametasona (0,1%), quatro vezes ao dia, durante quatro semanas. Decorridos três
semanas de pós-operatório observou-se regressão progressiva das alterações corneanas.
No entanto, após o término do tratamento ocorreu recidiva. Optou-se modificar terapia
para seis vezes ao dia, sendo novamente verificado melhora expressiva das alterações
corneanas. Por ser uma alteração progressiva, o controle da CIC deve ser por tempo
indeterminado, com ajustamento das doses do antiinflamatório, devido à possibilidade
de resistência ao tratamento. Se necessário, a medicação pode ser realizada com
injeções subconjuntivais de corticóides de curta duração e nas lesões graves, pode-se
fazer uso tópico da ciclosporina (1%) em solução oleosa.
Palavras chave: Síndrome de Uberreiter, Pannus, canino.
33
INCIDÊNCIA DE CORUJAS ATENDIDAS NO HOSPITAL
VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
UBERLÂNDIA
Iasbeck, J. R.¹; Rodrigues, L. L.¹; Kaminishi, A. P. S.1; Silva Junior, L. M.1; Lima, F.
C.1; Santos, A. L. Q.1; Hirano, L. Q. L.1; Santos, A. L. Q.2; Jacintho, M. F. L.; Passos,
R. F. C. F.
1-Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS), Faculdade de Medicina
Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia, Av. Amazonas, nº. 2245, Jardim
Umuarama, Uberlândia-MG, Brasil, CEP: 38405-302.
[email protected]
No Brasil existem aproximadamente trinta diferentes espécies de corujas espalhadas por
todo seu território. Estes animais sofrem cada vez mais com a destruição de seu habitat
pela ação antrópica e acabam vindo para as cidades, onde são vítimas de atropelamento,
queimadas, colisões ou mesmo se ferindo em fiações elétricas. Com o objetivo de fazer
uma relação entre o número de espécies atendidas e os principais diagnósticos, fez-se
um relato utilizando as corujas recolhidas pela Polícia Ambiental e encaminhadas ao
Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Uberlândia durante os meses de Janeiro a Setembro de 2008. Nesse período foram
atendidas vinte e cinco corujas sendo divididas em grupos de acordo com suas
respectivas espécies: Tyto alba (Suindara), oito representantes; Athene cunicularia
(coruja buraqueira, coruja do campo), treze animais; Bubo virginianus (moxo orelhudo,
coruja orelhuda), dois representantes; Pulsatrix perspicillata (murucututu-de-carabranca, coruja de garganta preta) com um representante e Otus choliba (corujinha-domato) também com um representante. Dentre as espécies que deram entrada no hospital
veterinário, 20% eram filhotes e órfãos saudáveis; 16% apresentaram somente
traumatismo craniano; 12% apresentaram traumatismo craniano e fratura no membro
pélvico; 12% possuíam apenas fratura no membro pélvico; 40% apresentaram fratura de
membro torácico; no total 28% dos animais apresentaram traumatismo craniano. O
diagnóstico mais relatado entre todos os atendimentos foi à ocorrência de fratura de
membro, tanto torácico como pélvico, sendo a Athene cunicularia a espécie com maior
ocorrência. Um dos problemas encontrados nas corujas atendidas durante esse período
foram fratura de membro torácico e traumatismo craniano, sendo a coruja buraqueira a
coruja com maior incidência nos atendimentos. Uma das maiores dificuldades no
tratamento desses animais é a falta de estrutura para mantê-las em observação durante o
tratamento e o grande intervalo de tempo decorrido entre o acidente e o atendimento no
Hospital Veterinário.
Palavras chave: Coruja, fraturas, atendimento.
34
EFEITO DO PROCESSO DE SEXAGEM DE SÊMEN POR
CITOMETRIA DE FLUXO SOBRE A ESTABILIDADE DE
CROMATINA DE ESPERMATOZÓIDES BOVINOS
OLIVEIRA,K.M.(Mestre);SAMPAIO,G.S.L.(Graduando);PINTO,D.A.(Graduando);
DINIZ, E.G.(Doutor); BELETTI, M.E.(Doutor).
A citometria de fluxo possibilitou a sexagem de espermatozóides bovinos em
escala comercial, tornando-se mais uma ferramenta para o avanço da pecuária. Contudo,
durante a sexagem os espermatozóides são submetidos a processos químicos e físicos, o
que provavelmente poderia desencadear alterações na estabilidade da cromatina
espermática. Este trabalho teve como objetivo estudar a estabilidade da cromatida de
espermatozóides bovinos em sêmen sexado. Foram usados esfregaços de sêmen de 15
touros mantidos em sistema de coleta em uma central de tecnologia de sêmen. Um
esfregaço de sêmen in natura de cada touro foi confeccionado logo após a aprovação do
ejaculado para o processo de sexagem e outro esfregaço de sêmen sexado logo após o
descongelamento do do mesmo ejaculado já sexado. Os esfregaços foram fixados em
solução de etanol e ácido acético, hidrolisados em HCl 4N, lavados e secos a
temperatura ambiente. Posteriormente, foram corados com uma gota de Azul de
Toluidina 0,025% em tampão Mcllyaine pH 4,0 e cobertos com lamínula. Foram
obtidas 100 imagens digitais em tons de cinza de cada lâmina a partir de microscopia de
luz em objetiva de 100x, das quais foram segmentadas 100 cabeças de cada lâmina.
Estas foram processadas por programas desenvolvidos em ambiente Scilab com
objetivo de se obter a média e desvio padrão dos valores de pixel dentro de cada cabeça
de espermatozóide. Para referencia da coloração normal, foram selecionados por análise
visual seis cabeças por esfregaço. Para cada cabeça analisada, a diferença entre a média
dos valores das cabeças padrões e da analisada foi transformada em porcentagem
(Dif%) e o coeficiente de variação dos valores de pixel foi calculado (CV). Os
esfregaços in natura apresentaram DIF% de 0,935 ± 0,25 e os sexados 1,29 ± 0,58 e o
CV de 3,25 ± 0,58 e 3,76 ± 1,31 respectivamente. Para ambas variáveis a diferença entre
in natura e sexado foi significativa estatisticamente. Esta diferença demonstra que o
processo de sexagem afeta a compactação da cromatina dos espermatozóides, no
entanto, a intensidade de descompactação é semelhante a encontrada na literatura para
touros altamente férteis. Isto demonstra que estas alterações provavelmente não
influenciam na fertilidade. Pode-se concluir que a cromatina espermática, durante o
processo de sexagem por citometria de fluxo, não sofre alterações que possam interferir
na fertilidade do touro.
Palavras chave: Espermatozóide, Sexagem, Cromatina, Bovino.
35
USO DE FENOBARBITAL NA DERMATITE PSICOGÊNICA EM
CÃO-RELATO DE CASO
Ávila, D. F.1; Cesarino, M.1; Bastos, J. E. D. 2; Fernandes, C. C.1; Silva, C. B.1; Dias,
T.A1.; Castro, J. R.3; Tsuruta, S.A.4
1. Residentes do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da
Universidade Federal de Uberlândia (FAMEV-UFU).
2.Prof. Mestre em Clínica dos animais domésticos FAMEV-UFU.
3.Pós-graduanda em Ciências Veterinárias da FAMEV-UFU.
4. Médica Veterinária Administrativa. FUNDAP/UFU.
[email protected].
A dermatite psicogênica do cão é causada por lambeduras, mastigação e excessivos
autocuidados, em decorrência do estresse emocional. As alterações comportamentais
nos caninos tornam-se relatos freqüentes perante os proprietários de pequenos animais,
e podem ser desencadeadas pela introdução de um novo animal, mudanças bruscas de
hábitos, morte de um dos animais, confinamento e falta de companhia. O estresse
resulta na produção de peptídeos opióides, como a endorfina, favorecendo a alteração
do comportamento animal. O prurido pode se manifestar, estimulando o
autotraumatismo através da mastigação, lambedura e a retirada dos pêlos, resultando em
dermatite por lambedura acral, normalmente na porção ântero-inferior de um dos
membros. As alterações cutâneas envolvem eritema, alopecia, erosões, ulceração,
fibrose e piodermatite secundária. As lesões crônicas se transformam em placas firmes
com superfície erodida, pelos escurecidos próximos à lesão. As medidas terapêuticas
baseiam-se na eliminação de fatores estressantes subjacentes, soluções tópicas, colar
Elizabetano, e antidepressivos orais como fluoxetina (1mg/Kg a cada 24 horas) e
clormipramida (1 a 3 mg/Kg uma vez ao dia) nos casos refratários aos tratamentos
convencionais. Objetivou-se verificar a eficácia do uso do fenobarbital, como
tratamento alternativo para controle da dermatite psicogênica canina refratária aos
tratamentos convencionais, bem como relatar os principais aspectos clínicos e
terapêuticos desta patologia Um cão sem raça definida, de aproximadamente 10 anos,
com 9 Kg, chegou ao Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia com
o histórico de lambedura e mordedura do coxim plantar do membro posterior esquerdo.
Ao exame clínico, observou-se erosão do coxim com exsudação sanguino-purulenta, e
tecido necrótico em sua extensão. O membro posterior esquerdo encontrava-se
edemaciado e hiperêmico principalmente em sua porção distal. O prurido era intenso e a
escoriação aprofundava-se com pêlos partidos e epilados. Foram realizados exames
como hemograma, pesquisa de hemoparasita, raspado cutâneo e teste de
susceptibilidade antimicrobiana, todos sem alterações dignas de nota. O tratamento
inicial baseou-se na utilização de Fluoxetina e Azitromicina, para o controle da infecção
bacteriana secundária, uso constante de colar Elizabetano e debridação química do
coxim com iodo puro. No entanto o caso demonstrou-se refratário à conduta, com
resolução apenas da infecção instalada. Só houve resultado satisfatório quando se
introduziu Fenobarbiotal (2 mg/Kg), 2 vezes ao dia, durante 30 dias, havendo assim
remissão completa dos sintomas. A evolução das lesões foi acompanhada semalmente,
avaliando-se o aspecto, extensão e profundidade das lesões.
Palavras chave: dermatologia, dermatose psicogênica, prurido.
36
DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE INOCULADOS COM
PROBIÓTICOS
Silva, M. S1.; Silva, D. S2.; Melo, R. T3.; Fonseca, B. B4.; Rossi, D. A5.
Instituição: Universidade Federal de Uberlândia – UFU
[email protected]
A produção brasileira de carne de frango foi de 68 milhões de toneladas no ano de 2007,
com o aumento crescente do consumo de frango, tem-se a necessidade de produzir
carne a um baixo custo. A restrição de uso de antimicrobianos como promotores de
crescimento vêm sendo difundida em diversos países. faz-se necessário buscar
alternativas que sejam economicamente viáveis e que possam substituir estes produtos.
Dentre as alternativas utilizadas destacam-se os mananoligossacarídeos, os
frutoligossacarídeos, o ácido fumárico, o cogumelo desidratado e os probióticos. Os
probióticos são suplementos aditivos de ração formados por agentes microbianos vivos,
que atuam no hospedeiro, melhorando o equilíbrio de sua microflora do intestino. O
objetivo do presente estudo foi verificar a eficácia de um probiótico, no ganho de peso,
consumo de ração, ph do inglúvio, mortalidade e morbidade de frangos de corte no
período de 1 a 28 dias de idade. A comparação do pH do papo, através do teste t de
Student, detectou diferença (p<0,05), nas idades de 7, 18, 23, 28, e diferença (p< 0,01),
na idade de 12 dias, sendo que o papo dos indivíduos teste tiveram um valor reduzido.
Enquanto que nos pintos de um dia não houve diferença significativa. A comparação do
peso corporal, através do teste t Student, mostrou que não houve diferença estatística
entre os tratamentos controle e teste. Não houve diferença significativa referente ao
consumo de ração do tratamento e controle. Os índices de mortalidade e morbidade do
experimento foram iguais a zero. Os resultados permitem concluir que nesse
experimento a adição de probiótico na ração de aves levou a uma diferença significativa
no pH do papo dos animais, sendo, portanto de aplicação notória no tratamento
preventivo a infecções bacterianas. Apesar de não haver diferença estatística em toda as
idades as aves tratadas apresentaram um peso maior que o controle, o que para a
industria pode representar um potencial ganho, por exemplo, uma empresa que abate em
média 1 milhão de frangos ao mês, com um peso médio de 2,5 kg, a um preço R$ 1,65
o kg, gera uma receita anual de 49,5 milhões ao ano. Mas se levarmos em consideração
uma adição de 65 gramas em média de peso em cada ave, teríamos um adicional na
receita de 1,28 milhões de reais. Sendo portanto uma forma eficaz de aumentar os lucros
além de reduzir as despesas com medicamentos para controle de infecções bacterianas.
Palavras chave: Probióticos, frangos de corte, pH.
37
DRENAGEM DE OTOHEMATOMA EM CÃES
Eurides, D1; Daleck, C.R2; Silva, L.A.F3; Nardi, A.B4; Souza, L.A5; Gonçalves, G.F6;
Oliveira, B.J.N.A5; Alves, L.B7; Lopes, E.F7; Dias, T.A8
1. Faculdade de Medicina Veterinária/FAMEV. Universidade Federal de
Uberlândia/UFU.
2. Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal.
3. Escola de Veterinária. Universidade Federal de Goiás.
4. Faculdade de Medicina Veterinária. Universidade de Tocantis.
5. Alunos do Programa de Pós-graduação/FAMEV/UFU.
6. Faculdade de Medicina Veterinária. Universidade Paranaense.
7. Acadêmicos/FAMEV/UFU.
8. Residente cirurgia/FAMEV/UFU
[email protected]
O hematoma auricular é uma afecção comum do aparelho auditivo de cães. Caracteriza
pelo acumulo de sangue e linfa entre a pele e cartilagem, na face interna ou externa ou
em ambas do pavilhão auricular. Geralmente é devido à contusão com ruptura de
capilares. Foram utilizados 32 cães, de diferentes raças, machos e fêmeas, com peso
corporal médio de 8kg. Ao exame físico foi observado aumento de volume na face
interna ou externa do pavilhão auricular, com conteúdo líquido caracterizando um
hematoma. Após jejum de 12 horas de alimentos sólidos e seis horas de água, realizouse tricotomia da face interna e externa da orelha. Os cães receberam enrofloxacina
(10,0mg/kg, IM) flunixin meglumine (1,1mg/kg, IM) e cloridrato de tramadol
(2,0mg/kg, IM), 30 minutos antes da intervenção cirúrgica. Os animais foram
submetidos ao protocolo anestésico com acepromazina (0,1mg/kg, IM), associação de
cetamina (5,0mg/kg, IM) e xilazina (1,0mg/kg, IM) e a anti-sepsia do campo operatório
com polivinil-pirrolidona 0,2%. A manutenção anestésicas foi realizada com halotano e
oxigênio em circuito semi-fechado com sonda endotraqueal. Praticadas incisões
circulares de pele com trepano de Castroviejo de 0,7mm de diâmetro na face acometida
do hematoma auricular. As incisões foram aproximadamente eqüidistantes e a pele
removida, obtendo drenagem espontânea do hematoma. A retirada dos coágulos e
fibrinas foi praticada por suaves curetagens da cartilagem e face interna da pele.
Procedeu-se pontos simples separados com fio de náilon 000 para aproximação da pele
a cartilagem auricular. No pós-operatório (PO) os pavilhões auriculares foram mantidos
sobre a cabeça com atadura de crepom e esparadrapo. Curativos diários com troca da
atadura e limpeza do local com solução fisiológica a 0.9% e polivinil-pirrolidona 0,2%,
até a retirada dos pontos de pele no 10o dia de PO. Os animais receberam enrofloxacina
(5,0mg/kg, SC) a cada 24hs por sete dias e flunixin meglumine (1,1mg/kg, SC) a cada
24hs por três dias. Os cães foram mantidos com colar elisabetano e avaliados
quinzenalmente, por um período de dois meses. No 7o dia de PO, verificou-se discreto
edema uniforme, presença de exsudato, crostas enegrecidas e pele espessa. No 15o dia a
pele já se encontra menos espessa e as feridas circulares coberta por tecido conjuntivo.
Aos 30 e 60 dias de PO os cães se apresentavam com o pavilhão auricular
aparentemente normal, com contração cicatricial que não ocasionaram alterações
postural. A remoção circular de pele facilitou à drenagem do hematoma e a fixação da
cartilagem a pele com pontos de sutura, facilitou a aderência entre as estruturas, evitou o
acumulo de exsudato e permitiu uma adequada recuperação no pós-operatório. A
técnica utilizada pode ser aplicada em diferentes tipos de otohematoma.
Palavras chave: cão, hematoma, cirurgia
38
ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL EM MACACOS PREGO
Silva,J.C.C.¹;Iglesias,L.P.¹;Jesus,D.C.¹;Souza,T.I.M.¹
1-Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
Macaco prego é o nome vulgar dado à espécie Cebus apella robustus, são pequenos
macacos que medem 90 centímetros (incluindo a cauda) e pesam entre dois e quatro
quilogramas, com pelagem em geral escura nas partes superiores e clara nas partes
inferiores. Têm cauda preênsil e longa que geralmente apresenta a ponta enrolada sobre
si mesma, são animais de habito diurno e se encontram em grupos com cerca de vinte
indivíduos e se identificam pelo cheiro, mas também usam outros sentidos. O nome em
português origina-se do fato de no momento da ereção o pênis apresentar a glande
dilatada em forma de prego. São animais que apresentam se ameaçados de extinção pela
destruição de seu habitat, mas principalmente pelo tráfico de animais, já que são um dos
macacos mais valiosos no mercado de animais silvestres, devido á grande inteligência e
também por se adaptarem ao cativeiro, mas por serem muito ativos, frequentemente
criam problemas. Pretende-se analisar o nível de pacing, um comportamento ou vários
que possam indicar stress, deste dentro de um cativeiro através dos seus
comportamentos, e se alto o nível, propor algo que possa ser acrescentado ao cativeiro,
com o intuito de reduzir o pacing. Foram observados três macacos, dentre os quais duas
eram fêmeas (vale ressaltar que os comportamentos das fêmeas não foram analisados
individualmente e sim feitos uma média de suas condutas observadas.) e um era macho,
ambos da espécie Cebus apella, situados no Zoológico do Parque do Sabiá, localizado
na cidade de Uberlândia em Minas Gerais. Os animais encontram-se em cativeiro, e sua
dieta é balanceada por médicos veterinários, sendo oferecida na forma de dieta
completa. As observações dos indivíduos foram feitas durante quatro dias, totalizando
uma carga horária de vinte horas. Nesses quatro dias, tais foram realizadas em períodos
diferenciados. Durante as observações foram identificados treze comportamentos como:
forrageando; brincando, que engloba interação com a cascata, com os galhos e os
enriquecimentos ambientais aplicados pelas veterinárias no interior do cativeiro;
interação com o meio externo, que se refere à presença constante do animal nas grades
superior e da frente do cativeiro, bem como sua interação com as jaulas laterais;
interação com as fêmeas; interação com o macho; vocalização; observando pela porta
dos fundos; presença na casinha; pacing; descanso, que se refere tanto à conduta de
dormir, quanto à de tomar sol; alimentação; coçar-se; e procurar por ectoparasitas. O
macho apresentou maior quantidade de picos comportamentais em comparação com a
média dos comportamentos das fêmeas. Comparando ambos os gêneros, alguns
comportamentos praticamente não apresentaram diferenças. Já as condutas que
apresentaram grande discrepância foram: observando pela porta dos fundos, interagindo
com o meio externo, pacing e brincando, de tal modo que os dois primeiros foram os
maiores picos para o macho, e os demais para as fêmeas, sendo que os picos
comportamentais tanto do macho quanto da fêmea se apresentaram no período da tarde.
A introdução de variedades criativas no cativeiro a fim de contribuir com o bem-estar
do animal aprisionado define um enriquecimento ambiental. Essa prática consiste em
permitir que o Cebus apella expresse seus comportamentos naturais. Observou-se que o
macho e as fêmeas interagem muito com o meio externo, por isso, devem ser
introduzidas no cativeiro formas que os afastem da vista de visitantes, possibilitando
que estes se escondam. Dessa forma propõe-se que sejam colocados galhos carregados
com folhas ou ainda que seja construído um ambiente amplo e parcialmente fechado nos
39
fundos da jaula. Juntamente com um bloqueio visual em relação ao meio externo,
devem ser introduzidos estímulos auditivos que aproximem estes animais a seus
ambientes naturais, como cascatas. Além disso, não se deve entregar, por alguns dias, o
alimento picado aos macacos e também escondê-los no cativeiro de modo que ocupem
mais tempo procurando a comida e tentando retirar suas cascas e outros empecilhos,
assim, os animais apresentando maior ocupação de seus dias podem apresentar uma
melhor qualidade de vida e maior longevidade.
Palavras chave: macaco prego, pacing,cativeiro.
40
ENTEROTOMIA PARA RETIRADA DE FECALOMA EM ONÇA
PARDA (Puma concolor)
Jacintho, M. F. L.1; Passos, R. F. C. F.1; Santos, A. L. Q1; Pereira, H. C.1; Simone, S. B.
S1; Hirano, L. Q. L. 1; Lima, F. C. 1; Silva Junior, L. M1; Iasbeck, J. R1
1- Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS) da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), Faculdade de Medicina Veterinária.
[email protected]
No dia 06 de março do ano de 2008, deu entrada no Hospital Veterinário da Faculdade
de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia (FAMEV/UFU) um
exemplar de onça parda com 7 meses de idade completados, fêmea, 4,8kg, oriundo do
Zoológico de Uberaba-MG, onde a queixa principal era retenção de urina e fezes. Este
animal havia sido encontrado por um fazendeiro, nas proximidades de Uberaba, com
queimaduras, acerca de 4 meses. Em janeiro, foram detectados fraturas nos dois ossos
fêmur e rádio-ulna esquerda, que foram reduzidas utilizando pinos intramedulares.
Duas semanas antes de dar entrada no Hospital Veterinário da FAMEV/UFU, foi
submetida a enterotomia para retirada de fecaloma. Este animal vinha sido mantido na
residência da médica veterinária do Zoológico de Uberaba sob dieta de pescoço de
frango, fígado e coração, adicionado de Metamucil®. Já no Hospital Veterinário da
FAMEV/UFU, apresentava 37,9º C, 120bpm e 36mpm. Encontrava-se em mal estado
de hidratação, com abdômen distendido, cicatriz cirúrgica na linha alba, não apoiava
membro pelvino esquerdo, onde foi constatado desvio medial de patela esquerda. Na
palpação foi constatado presença de massa de consistência firme em forma de
“salsicha”, no antímero direito da cavidade e bexiga urinária aumentada de volume.
Diagnosticou-se fecaloma, deformidades ósseas no sacro, características de distrofia
osteometabólica, com o auxílio de exame radiográfico. No hemograma detectou-se
presença de Haemobartonella felis, uréia 257,7mg/dl, creatinina 2.3mg/dl, cálcio
9,7mg/dl e fósforo 11,5mg/dl. Encaminhado para a cirurgia do HV (FAMEV/UFU),
anestesiado inicialmente com tiletamina e zolazepan (0,3ml) e halotano na manutenção.
Realizou-se tricotomia e assepsia local; incisão na linha alba; incisão na alça intestinal;
retirada do fecaloma; sutura de intestino com duas linhas de sutura (coaptante e
cushing) com nylon 3-0; sutura de peritônio e músculos abdominais com fio de nylon 30 pontos em X; abolição do espaço morto com fio nylon 3-0 e pontos em zigue-zague;
sutura de pele com fio nylon 2-0 e pontos simples separados. No pós-operatório,
curativo local com solução fisiológica e iodo polvidine, cefazolina 150mg, dieta líquida.
Palavras chave: Puma concolor, enterotomia, fecaloma
41
ENTRÓPIO UNILATERAL EM GATO PERSA - RELATO DE UM
CASO
Dias, T.A.1; Ávila, D.F.1; Costa, F.R.M.2; Cesarino, M.1; Salomão, L.S.1; Carneiro,
D.D.3; Souza, L.A.4; Oliveira, B.J.N.A4.
1-Residente do Hospital Veterinário FAMEV/UFU.
2-Médica Veterinária Administrativa do Hospital Veterinário. FUNDAP/UFU.
3-Graduando em medicina Veterinária da Universidade Federal de Goiás/UFG.
4-Pós-graduando em Ciências Veterinárias/FAMEV/UFU.
[email protected]
O entrópio é caracterizado por inversão da margem palpebral, na qual os cílios e os
pêlos da pálpebra atritam a córnea. Pode ser primário ou secundário, e é um dos
distúrbios palpebrais mais freqüentes em cães, cavalos e ovinos, sendo incomum nos
gatos. Apesar da baixa prevalência da patologia nesta espécie, o entrópio primário não é
um achado raro nos Persas, sugerindo predisposição da raça e até mesmo o
envolvimento de fatores hereditários nesta condição. Este relato enfatiza a predileção do
entrópio primário a raça Persa, sua apresentação clínica e tratamento cirúrgico. Felino
macho, um ano de idade, da raça Persa, foi atendido no Setor de Clínica Médica do
Hospital Veterinário de Uberlândia-MG, com histórico de lacrimejamento excessivo do
olho direito a 6 meses. Ao exame oftálmico, observou-se edema de pálpebra,
blefaroespasmo, epífora, conjuntivite, secreção purulenta e entrópio unilateral em toda a
pálpebra inferior do olho direito. Encaminhado para correção cirúrgica, realizou-se
procedimento baseado na técnica de Holtz-Celsus modificada, com ressecção de um
segmento de pele paralelo à pálpebra afetada. Foi realizada sutura simples interrompida
com fio de náilon 5-0. A eversão da pálpebra é determinada pela quantidade de pele
removida e proximidade da incisão à margem da pálpebra, que foi previamente
estabelecida. O tratamento pós-operatório consistiu no uso tópico de pomada oftálmica
(Epitezan®) de 6-6 horas durante 10 dias e uso de colar elizabetano. No décimo dia pósoperatório removeu-se os pontos, não havendo mais sinais de irritação ocular. Apesar da
baixa freqüência de entrópio em gatos, este relato reforça a hipótese de predisposição da
raça Persa e demonstra a eficiência do tratamento cirúrgico adequado.
Palavras chave: pálpebra, Persa, predisposição.
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ESTRESSE EM CÃES: UM ESTUDO SOBRE OS FATORES
ESTRESSORES
Borges1, T.D.; Broga1, J.S.; Lopes1, E.L ; Almeida2, L.P..; Pirtouscheg2, A.; Lopes1, E.F.; Chagas1,
L.G.S.; Manzan1, N.H.; Santos1, M.C.D.;.
1 – Graduando de Medicina Veterináriau-UFU
2 – Professor Orientador-UFU
[email protected]
Estresse é um conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a
circunstâncias que exigem esforços de adaptação. Estas circunstâncias que incomodam os
indivíduos são os fatores estressores. Todas as formas de vida têm desenvolvido mecanismos para
combater o estresse em suas vidas, uma vez que são notórios os efeitos danosos para o organismo.
As conseqüências do estresse pode ser o desenvolvimento de doenças, atraso no crescimento ou
prejuízos reprodutivos. Sendo fundamental reconhecer os fatores estressores para que se atuar no
seu controle. Objetivou-se neste estudo avaliar a presença de fatores ambientais, genéticos, estresse
prévio e social como possíveis fatores estressores em uma amostra de cães atendidos no Hospital
Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia-MG. Coletaram-se dados através de uma ficha
padronizada e pré-testada, sendo os dados digitados para um banco de dados e estatisticamente
analisados. Dos fatores ambientais chamou a atenção modificações constantes no local de criação
do animal (70%) e deslocamento freqüente (58%), dos fatores genéticos 12% dos pais conhecidos
eram estressados. Quanto à experiência prévia 30% já haviam sofrido trauma e dos fatores sociais
46% dos cães já foram punidos com severidade e 74% apresentam medo exagerado. Conclui-se
pela presença de fatores estressores entre os cães avaliados sendo em sua maioria dependentes dos
proprietários em função de interações pobres entre animal e humano.
Palavra chave: estesse, cães, fatores estressores.
43
HEMANGIOSSARCOMA VESICAL EM CADELA – RELATO DE
UM CASO
Dias, T.A.1; Ávila, D.F.1; Costa, F.R.M.2; Carneiro, D.D.3; Cesarino, M.1; Fernandes,
C.C.1; Souza, L.A.4; Oliveira, B.J.N.A4.;
1-Residente do Hospital Veterinário FAMEV/UFU.
2-Médica Veterinária Administrativa do Hospital Veterinário. FUNDAP/UFU.
3-Graduando Universidade Federal de Goias UFG
4-Pós-graduando em Ciências Veterinárias/FAMEV/UFU.
[email protected]
As neoplasias do trato urinário são infreqüentes em todas as espécies domésticas e
compreendem menos de 0,5% de todas as neoplasias relatadas no cão. A maior parte
desses tumores é observada na bexiga, provavelmente por armazenar temporariamente
a urina, o que permite maior contato entre os agentes carcinogênicos e o epitélio. O
carcinoma de células transicionais constitui o tipo tumoral mais comum encontrado em
bexigas caninas e felinas. Outros tumores vesicais malignos incluem carcinoma das
células
escamosas,
adenocarcinoma,
fibrossarcoma,
leiomiossarcoma,
neurofibrossarcoma, rabdomiossarcoma, mixossarcoma e hemangiossarcoma.
Metástases de outros tumores na bexiga são incomuns, embora possa ocorrer extensão
de tumores prostáticos ou uretrais para esta. Geralmente as neoplasias são invasivas
podendo causar obstrução urinária total ou parcial com disúria e estrangúria. Foi
atendida no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, uma cadela da
raça Pit Bull de dois anos de idade, com histórico de hematúria, disúria e dor ao urinar a
aproximadamente dois meses, com aumento progressivo da quantidade de sangue na
urina. Além de vômito, anorexia e hematoquesia. Ao exame clínico foi observada, à
palpação, presença de massa na região abdominal ocupando as regiões hipogástrica e
mesogástrica, normotermia e estado nutricional irregular. Foi solicitado hemograma
que se apresentou normal e dosagem de uréia cujo resultado obtido foi de 131,6 mg/dL
indicando uremia pós-renal. Ao exame ultrassonográfico foi constatada massa
heterogênea, de contorno irregular, altamente vascularizada e de aproximadamente
15cm de diâmetro, impossibilitando a visualização adequada dos demais órgãos. O
animal foi encaminhado para laparotomia exploratória. Após os procedimentos de
anestesia geral inalatória, foi realizada celiotomia pré-retro-umbilical onde foi
evidenciada bexiga urinária aumentada ocupando grande parte da cavidade abdominal.
Optou-se por realizar cistotomia onde foi observada parede da bexiga com cerca de
0,8cm de espessura. Encontrou-se massa pedunculada, circunscrita, de consistência
macia e friável, medindo aproximadamente 15cm de diâmetro, altamente vascularizada,
coloração róseo avermelhada, apresentando superfície externa irregular de aspecto
exofítico e superfície de corte de mesma coloração, lisa e brilhante. A massa ocluia
parcialmente o óstio interno da uretra provocando o acúmulo de urina. Após retirada da
neoplasia, foi coletado fragmento para análise histopatológica, cujo resultado mostrou
tratar-se de Hemangiossarcoma. Após o procedimento cirúrgico o animal permaneceu
internado até recuperação plena, quando foi liberado. É importante ressaltar que tais
pacientes devem ser monitorados regularmente já que as metástases deste tipo de tumor
ocorrem em cerca de 45% dos casos e acometem mais freqüentemente os linfonodos
regionais, pulmões, fígado e com menor freqüência outros órgãos.
Palavras chave: Hemangiossarcoma, bexiga urinária, cão.
44
HIPÓXIA BULBAR COM NISTÁGMO LATERAL DECORRENTE
DE HEMOPARASITOSE EM CÃO- RELATO DE CASO
Cesarino, M.2; Ferreira, C. G. 1; Ávila, D. F.2; Fernandes, C. C.2; Silva, C. B.2; Scherer,
D. L.2; Dias, T.A2.; Castro, J. R.3
1. Prof. Doutor em Clínica Veterinária dos Animais Domésticos, FAMEV-UFU.
2. Residentes do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da
Universidade Federal de Uberlândia (FAMEV-UFU), e-mail:
3. Pós-graduanda em Ciências Veterinárias da FAMEV-UFU.
[email protected].
A erliquiose monocítica canina causada pela Ehrlichia sp, caracteriza-se por um quadro
clínico de anemia resultante da destruição acelerada dos eritrócitos, culminado em
supressão medular. A anemia grave reduz a capacidade de transporte de oxigênio,
podendo ocasionar hipóxia. A privação de oxigênio no sistema nervoso central provoca
uma série de alterações funcionais, dentre estas o nistagmo patológico, o qual ocorre
quando há desequilíbrio no sistema proprioceptivo, incluindo o tronco cerebral, na sua
porção bulbar. As doenças sistêmicas podem incluir uma variedade de manifestações
neurológicas. Os distúrbios neurológicos induzidos pelo metabolismo do sistema
nervoso central são chamados de encefalopatias metabólicas. Objetivou-se investigar a
etiologia do quadro de nistagmo lateral apresentado neste relato, bem como estabelecer
um tratamento eficaz. Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal de
Uberlândia um cão, sem raça definida, com histórico de anorexia, apatia, vômitos e
diarréia. O animal chegou ao local em choque, hipotérmico, com bradicardia,
bradipnéia, desidratação grave, mucosas pálidas, e nistagmo lateral. Foram solicitados
os seguintes exames complementares: hemograma, pesquisa de hemoparasitas e
dosagem de creatinina sérica. O hemograma revelou um quadro de pancitopenia, desvio
para a esquerda com presença de mórula de Ehrlichia sp no esfregaço sanguíneo. O
nível de creatinina sérica estava dentro da variação normal para a espécie. Em função do
grave quadro anêmico (hematócrito: 6%), o animal foi submetido à transfusão
sanguínea. E, logo no início desta, cessou-se o nistagmo. Seguiu-se o tratamento com
Doxiciclina (10mg/kg), a cada 12 horas, durante 21 dias. Conclui-se que, dentre outras
manifestações neurológicas, o nistagmo lateral pode ocorrer como manifestação de
hipóxia bulbar em casos de erliquiose, onde houver o comprometimento da capacidade
de transporte de oxigênio aos tecidos.
Palavras chave: hipóxia bulbar, nistagmo lateral, erliquiose.
45
INDICADORES DE ESTRESSE EM CÃES
Braga¹, S.J.; Borges, T.D.; Almeida2, L.P.;Pirtouscheg, A.; Manzan1, N.H.; Santos1,
M.C.D.; Chagas1, L.G.S.; Lopes1, E.F.;
1 – Graduando de Medicina Veterinária-UFU
2 – Professor Orientador-UFU
[email protected]
O estresse é na atualidade um grave problema de Saúde Pública, em função do grande
número de indivíduos que acomete e pela gravidade de seus quadros mórbidos. Estresse
pode ser definido como a resposta biológica ou conjunto de reações obtidas por um
indivíduo ao perceber uma ameaça à sua homeostase. Embora o estresse ocorra em
homens e animais, poucos são os estudos voltados aos animais, notadamente no que se
refere aos indicadores de estresse. Objetivou investigar a presença de estresse em cães, a
partir de uma amostra de conveniência em animais atendidos no Hospital Veterinário da
UFU. Estudou 50 cães no período de abril a julho de 2007, coletando-se dados de
indicadores comportamentais, clínicos e mudanças de hábitos. Após a coleta os dados
foram digitados para um banco de dados, criado por meio do software Epiinfo 2000, e
estatisticamente analisado. As entrevistas e avaliações dos animais foram realizadas por
dois estudantes de veterinária, previamente treinados. Os indicadores que mostraram
maior freqüência foram: latir insistentemente (32%); adoecer mais de uma vez em seis
meses (80%); mudanças de hábitos (30%); taquipnéia (52%) e alopecia (18%). Concluise pela presença de indicadores de estresse em cães avaliados, sendo que alguns desses
indicadores possuem maior acurácia.
Palavras-chave: cães, estresse, indicadores
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ENRIQUECIMENTO ALIMENTAR COM A ESPÉCIE Chrysocyon
brachyurus EM CATIVEIRO
Silva, M. C. A. ¹; Gomes, F. O. ¹; Doles, F. M. ¹; Dutra, I. M. V. ¹
1-Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) está entre as mais belas e populares espécies de
animais do cerrado brasileiro. Anteriormente bastante abundante, mas declinou muito
em função da destruição do seu habitat e caça. São animais territorialistas, porém
precisam de um espaço considerável para sobreviver. São considerados animais
onívoros, já que se alimentam de uma grande variedade de itens como frutas, insetos,
répteis, pequenas aves e mamíferos, além do fruto da lobeira (Solanum lycocarpum)
indispensável na sua dieta, pois é um eficiente vermífugo. A presença do lobo-guará em
cativeiro, assim como a de outros animais, é uma triste visão, visto que eles são
proibidos de correr, andar e caçar promovendo então um atrofiamento dos longos
músculos de suas pernas ou ainda mortes por depressão. Uma das maneiras de
promover um bem-estar aos animais cativos é através do alimento. Seja variando o
horário de seu oferecimento, o tipo de alimento ou o modo como o mesmo é oferecido,
o enriquecimento alimentar contribui de maneira muito positiva ao criar um ambiente
mais dinâmico e interativo aos animais, semelhante aquele em que viveriam na
natureza, tornando-os em fim menos sedentários. Visando evitar estereotipias
comportamentais, o objetivo do nosso trabalho foi aplicar o enriquecimento para mudar
o comportamento e a rotina do animal em cativeiro, a partir da introdução de novos
alimentos com técnicas diferentes para sua obtenção. Todo o enriquecimento alimentar
ocorreu no Parque do Sabiá, na cidade de Uberlândia-MG próximo à rodovia BR050, e
foi realizado com um casal de lobos-guará, os quais demonstravam stress, visualizados
a partir de suas ações repetitivas. O estudo foi dividido em cinco etapas, realizadas em
dias diferentes, com duração para observação de duas horas para cada etapa e dez horas
no total. Foram aplicadas nas cinco etapas respectivamente, presas vivas ( 3 frangos
médios), dois abacaxis médios partidos ao meio sem coroa e com casca, uma dúzia de
ovos de galinha cozidos e com casca, duas lobeiras e finalmente carne fresca com
rastros de sangue ao redor. Nas duas horas de cada etapa, cronometradas a partir da
introdução do alimento, foram tabelados todos os comportamentos dos animais além da
freqüência destas ações. Em cada etapa realizada visualizou-se diversas atividades,
porém as de maior significância foram o fato deles transitarem constantemente ou
permanecerem deitados. Em alguns dos enriquecimentos propostos não foram obtidos
os resultados esperados, como no oferecimento do abacaxi, que apenas a loba o comeu,
na etapa do fruto da lobeira, em que os animais apenas cheiraram o alimento, e no
fornecimento da carne fresca, em que os lobos não comeram e muito menos farejaram
os rastros de sangue. Acreditamos que tais atividades não deram certo pois, ocorreram
perturbações externas, como poda da grama dos cativeiros vizinhos, além da presença
de vários visitantes, o que provavelmente deixou os animais ainda mais estressados.
Pelas observações notou-se que os enriquecimentos que obtiveram sucesso foram os da
“ Presa viva” e o do “Ovo de galinha cozido”, em que os animais apresentaram um
maior número de atividades, além de comerem os alimentos oferecidos, e portanto são
os mais indicados na melhora de qualidade de vida do lobo-guará em cativeiro.
Concluindo, o enriquecimento alimentar proposto foi satisfatório, visto que, os
resultados positivos superaram os negativos devido ao fato de, no geral, os animais
terem saído da monotonia e realizado uma maior quantidade de comportamentos na
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introdução do enriquecimento. Estes e outros trabalhos de enriquecimento deveriam ser
adotados como parte da rotina dos cativeiros, o que possibilitaria em fim uma melhor
qualidade de vida para estes animais.
Palavras chave: lobo-guará, cativeiro, enriquecimento.
48
ESTUDO ANATÔMICO DOS SEGMENTOS DA MEDULA
ESPINHAL DE LOBO GUARÁ (Chrysocyon brachyurus)
Iasbeck, J. R.¹; Silva Junior, L. M.1; Pereira, H.C.¹; Kaminishi, A. P. S.1; Lima, F. C.1;
Santos, A. L. Q.1; Jacintho, M. F. L.1; Passos, R. F. C1.
1-Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS), Faculdade de Medicina
Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia, Av. Amazonas, nº. 2245, Jardim
Umuarama, Uberlândia-MG, Brasil, CEP: 38405-302.
[email protected]
A espécie Chrysocyon brachyurus, conhecida popularmente como lobo guará é
encontrada na América do Sul, principalmente no Brasil, no Paraguai, na Bolívia e na
Argentina. É o maior mamífero canídeo nativo da região em que habita. Considerando a
importância do ponto de vista da anatomia comparativa, bem como a necessidade de
conhecimentos anatômicos que subsidiem e incrementem a medicina veterinária nas
áreas de clínica e cirurgia, objetivou-se com este estudo, conhecer os segmentos da
medula espinhal e as relações vértebro-medulares de C. brachyurus. Foram utilizados
dois exemplares machos, adultos, vítimas de atropelamento, encaminhados pela Polícia
Ambiental ao Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da
Universidade Federal de Uberlândia MG, que vieram a óbito. Os animais foram fixados
em solução de formol 10%, dissecados, retirando-se a pele do dorso, a musculatura
epiaxial, os arcos vertebrais e o tecido adiposo epidural, expondo a medula espinhal e as
raízes dos nervos espinhais. Os segmentos medulares foram medidos com paquímetro e
extraíram-se os índices de cada segmento em relação ao comprimento da coluna
vertebral, obtendo os seguintes resultados: 29,06% para o segmento cervical (SC);
33,64% para o segmento torácico (ST); 15,08% para o segmento lombar (SL); 6,56%
para o segmento sacro-caudal (SSC) e; 5,26 % para o cone medular (CM). Quanto à
topografia, os segmentos apresentaram-se da seguinte maneira: SC: do forame magno à
vértebra C8; ST: de C8 a T13; SL: de T13 a L7; SSC: de L7 a S4 para os dois
exemplares e CM: de L5/L6 a S1/S2 para o exemplar 1; de L5 a S1/S2 para o exemplar
2.
Palavras chave: esqueletopia, coluna vertebral, Chrysocyon brachyurus.
49
MEGAESÔFAGO ADQUIRIDO EM CÃO ADULTO EM
DECORRÊNCIA DO VÍRUS DA CINOMOSE - RELATO DE CASO
Cesarino, M.1; Bastos, J. E. D. 2; Castro, J. R.3; Ávila, D. F.1; Rodrigues, C. G.1;
Fernandes, C. C.1; Silva, C. B.1; Dias, T.A1.; Salomão, L.S.1
1. Residente do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da
Universidade Federal de Uberlândia (FAMEV-UFU).
2. Prof. Mestre em Clínica dos animais domésticos FAMEV-UFU
3. Pós-graduanda em Ciências Veterinárias da FAMEV-UFU.
[email protected]
O megaesôfago refere-se à dilatação e hipomotilidade esofágica, podendo ser um
distúrbio primário ou secundário à obstrução esofágica ou disfunção neuromuscular. A
motilidade esofágica diminuída ou ausente resulta em acúmulo e retenção de alimento e
líquido no esôfago. O reflexo da motilidade esofágica começa quando o alimento
estimula neurônios sensoriais aferentes na mucosa esofágica, as quais mandam
mensagens para o centro de deglutição no tronco cerebral via nervo vago. A cinomose é
uma doença infecto-contagiosa de curso agudo a subagudo, manifestando-se no trato
respiratório, gastrointestinal e sistema nervoso central. O presente trabalho teve como
objetivo relatar a ocorrência de megaesôfago adquirido em um cão adulto em
decorrência da instalação do vírus da cinomose no nervo vagal. Foi atendido no
Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, um cão da raça cocker,
macho, 13 anos de idade com histórico de engasgos freqüentes, tosse e vômito. No
exame físico, o animal apresentou-se ativo, com presença de catarata, bloqueio
cardíaco, reflexo de tosse positivo, linfonodos submandibulares aumentados. Foram
solicitados os seguintes exames: hemograma completo, bioquímica sérica (creatinina,
ALT), pesquisa de hemoparasita e radiografia simples e contrastada. Foi encontrado
Corpúsculo de Lentz em leucócito na pesquisa de hemoparasita. Observou-se dilatação
esofágica e desvio ventral da traquéia. O esofagrama com Bário líquido demonstrou
acúmulo de contraste e motilidade esofágica anormal. Nos demais exames, não houve
alterações. Concluiu-se que o vírus da cinomose foi responsável pelo surgimento de
defeito da resposta neural aferente a distensão do esôfago provocando o quadro de
megaesôfago. Lesões no trajeto do nervo vagal, incluindo a junção neuromuscular,
podem resultar em hipomotilidade e distensão do esôfago gerando o quadro patológico.
O tratamento instituído sulfametoxazol na dose de 30mg/ Kg, de 24/24 horas, durante
10 dias, além de bromoprida (0,3 mg/Kg, de 8/8 horas, durante 7 dias) e omeprazol (2
mg/Kg, de 24/24 horas, durante 30 dias), e estabilizou-se o quadro do animal.
Palavras chave: cinomose, megaesôfago, canino.
50
Mycoplasma haemocanis EM CÃO DOMÉSTICO (Canis familiaris).
RELATO DE CASO
Castro, J. R.2 ; Silva, C. B.1; Mundim, A. V1; Cesarino, M.3; Rodrigues, C. G.3; Ávila,
D. F.3 ; Dias, T.A.3
1. Laboratório de Patologia Clínica do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina
Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia.
2. Pós-graduanda em Ciências Veterinárias da Universidade Federal de Uberlândia.
3. Residentes em Clínica e Cirurgia dos Animais Domésticos do Hospital Veterinário
da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia.
[email protected]
O Mycoplasma haemocanis anteriormente conhecido como Haemobartonella canis, é
um microorganismo oportunista que infecta as hemácias e causa doença principalmente
em cães esplenectomizados, gravemente imunodeprimidos ou que possuam infecções
coexistentes. Acredita-se que o M. haemocanis seja transmitido por artrópodes
hematófagos, especialmente o carrapato do cão, Rhipicephalus sanguineus. O agente
infectante pode ser transmitido indiretamente pela ingestão, ou de forma direta através
da inoculação sanguínea. Há evidências da possível transmissão transplacentária
materno-fetal. Os sinais clínicos incluem anemia, letargia, perda de peso, febre e
anorexia. Ocasionalmente, pode ocorrer esplenomegalia ou icterícia. O diagnóstico
definitivo exige a detecção do microorganismo em esfregaços finos de sangue periférico
corados pelo Wright-Giemsa ou a amplificação do DNA por meio do PCR. Os danos
provocados nas células vermelhas infectadas pelo M. haemocanis não estão totalmente
elucidados, geralmente é um achado acidental, no entanto, há relatos que o M.
haemocanis pode alterar severamente a forma das hemáceas infectadas culminando em
destruição celular, seguida por anemia grave. O tratamento da micoplasmose consiste na
administração de doxiciclina (5 mg/Kg), via oral, duas vezes ao dia, durante 3 semanas.
Em caso de anemia severa, o tratamento envolverá transfusão sanguínea. A
prednisolona (2 mg/Kg), via oral, a cada 12 horas, pode ser necessária inicialmente para
suprimir a severa destruição imunomediada de hemácias. Objetivou-se relatar um caso
de infecção natural por M. haemocanis em um cão não esplenectomizado, bem como
discutir os principais aspectos clínicos, laboratoriais e terapêuticos que envolvem esta
patologia. Foi atendida, no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia,
em 27 de agosto de 2008, uma cadela fêmea, de 7 anos de idade, raça Pinsher, com
histórico de anorexia, apatia, diarréia e vômitos freqüentes. Durante o exame físico, o
animal apresentou-se caquético, com mucosas pálidas, desidratação grave, freqüência
cardíaca de 56 bpm e respiratória de 24 mpm (abaixo da normalidade), esplenomegalia
e hipotermia. Foram solicitados os seguintes exames complementares: hemograma,
pesquisa de hemoparasita em esfregaço sanguíneo de capilar marginal do pavilhão
auricular externo e a dosagem de creatinina sérica. A creatinina estava elevada (5,8
mg/dL), caracterizando uma insuficiência renal. O hemograma revelou anemia
normocítica normocrômica e leucopenia (1200/mm3). Na pesquisa de hemoparasita
detectou-se Mycoplasma haemocanis. Em decorrência da grave anemia (hematócrito:
10,6%), o animal foi submetido à transfusão sanguínea, porém veio a óbito durante a
realização da mesma.
Palavras chave: micoplasmose, canino, haemobartonelose.
51
A MORBIDADE REFERIDA EM CÃES: UM ESTUDO COM
ANIMAIS ATENDIDOS EM HOSPITAL VETERINÁRIO
Munhoz, A.K.1; Vieira, A.M.1; Banchiero Junior, A.M.O.1; Bastos, C.R.1; Saraiva,
J.M.1; Almeida, L.P.2
1-Graduando em Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia,
2-Professor da Faculdade de Medicina Veterinária
[email protected];
Os cães são animais que convivem com os seres humanos a milhares de anos, trazendo
benefícios através dessa convivência. No entanto existe a possibilidade de transmissão
de doenças, chamadas zoonoses, que trazem prejuízos e graves conseqüências aos
humanos. Várias patologias têm sido relatadas na literatura: doenças infecciosas e
parasitárias, traumas por acidentes, problemas reprodutivos entre outros, apesar disso
poucos estudos sobre morbidade em animais são citados. Objetivou-se neste trabalho
investigar a morbidade referida em cães atendidos no Hospital Veterinário da
Universidade Federal de Uberlândia-MG. Coletando-se dados por meio de entrevistas
com proprietários de cães que levaram seus animais ao Hospital Veterinário no período
de agosto a setembro de 2008, obtendo-se informações sobre morbidade referida dos
animais. Após a coleta os dados foram digitados para um banco de dados e, em seguida
distribuídos em tabelas de contingência, calculando-se as respectivas freqüências
absolutas e relativas de cada variável avaliada. Com relação aos resultados obtidos
constataram-se os seguintes percentuais para morbidade referida: sintomatologia clínica
(26,7%); doenças infecciosas e parasitárias/intoxicação (20,1%); acidentes e traumas
(16,4%); vacinação (14,3%); procedimentos cirúrgicos (10,0%); neoplasias (6,7%);
serviço hospitalar (3,0%) e cardiopatia e distúrbio hormonal (1,2%), respectivamente.
Conclui-se existir grande variabilidade em relação à morbidade referida entre os cães
avaliados, embora exista uma concentração em alguns procedimentos.
Palavras Chave: morbidade referida, cães, clínica
52
MORFOLOGIA E MORFOMETRIA DE FERIDAS CUTÂNEAS DE
RATOS TRATADOS COM ÓLEO DE ROSA MOSQUETA
Eurides, D1; Souza, L.A2; Silva, L.A.F3; Fioravanti, M.C.S3; Campos, V.A4;
Oliveira, B.J.N.A2;
1. Faculdade de Medicina Veterinária/FAMEV. Universidade Federal de
Uberlândia/UFU.
2. Alunos do Programa de Pós-graduação/FAMEV/UFU.
3. Escola de Veterinária. Universidade Federal de Goiás.
4. Fundação Educacional de Ituiutaba.
[email protected]
A cicatrização cutânea é um processo biológico importante para a sobrevivência
dos seres vivos, quando ocorrem lesões acidentais ou cirúrgicas. Devido à necessidade
de resultados eficazes no tratamento de feridas cutâneas tem-se intensificado os estudos
de produtos naturais como à papaína, o açúcar, o óleo de copaíba e o de rosa mosqueta.
São substâncias que melhoram o aspecto das cicatrizes hipertróficas, hipercrômicas e
quelóides. Atuam na regeneração de tecidos e na aceleração da cicatrização de feridas.
A rosa mosqueta é um arbusto frutífero, que de suas sementes extraem óleos ricos em
ácidos graxos insaturados, essenciais no mecanismo de defesa, crescimento tecidual e
regeneração de tecidos. Possui na sua composição vitamina A que apresenta efeito
notável sobre os folículos pilocebáceos e estimula a síntese de colágeno. O objetivo do
experimento foi avaliar os aspectos macroscópicos, morfométricos e histológicos da
cicatrização de feridas cutâneas de ratos tratados e não tratados com óleo de rosa
mosqueta. Utilizados 48 ratos adultos, machos da linhagem albina “swis”, com peso
individual aproximado de 50 gramas. Os animais foram colocados em gaiolas e
submetidos a mesmas condições de alimentação e ambiente. Distribuídos aleatoriamente
em grupo controle (I) e grupo tratado (II), cada um com 24 animais. Os grupos foram
subdivididos em quatro subgrupos de seis animais, para avaliação nos seguintes
períodos: três, sete, 14 e 21 dias de pós-operatório (PO). Os animais foram submetidos à
indução anestésica por inalação de éter etílico. Em seguida procedeu-se a imobilização
em decúbito ventral, e realização da tricotomia da região dorsal por tração com auxílio
de uma pinça hemostática de Halsted. Após anti-sepsia do campo com álcool e
iodopovidona, com um “punch” metálico de 10mm de diâmetro, se delimitou uma área
de pele removida até a exposição da fáscia dorsal. Aplicaram-se diariamente duas gotas
de solução fisiológica estéril 0,9% no grupo I e duas gotas de óleo de rosa mosqueta nas
feridas dos animais do grupo II. As feridas analisadas diariamente observando a
presença de tecido de granulação, contração da ferida e sua coloração. As lesões foram
medidas uma vez ao dia com paquímetro. Os animais foram eutanasiados nos dias três,
sete, 14 e 21 de PO para coleta de fragmentos das lesões. O material foi incluído em
parafina e as lâminas submetidas à coloração por técnica de hematoxilina-eosina (HE) e
tricrômio de Masson (TM). As análises estatísticas dos dados foram realizadas
utilizando o test T de Student com níveis significativos de 1% e 5%. Nos animais do
grupo I ao terceiro dia de PO observou que as feridas apresentavam coloração rosada
com projeção de tecido na área central e aumento de diâmetro. Ao sétimo dia as feridas
apresentavam uma crosta fina aderida na pele, coloração avermelhada e limites
irregulares. No 14º dia aparentemente reconstituídas com ausência de pêlos no local da
lesão, formando uma cicatriz que passou da coloração rosada para esbranquiçada. Os
animais do grupo II ao terceiro dia de PO as feridas apresentavam bordas elevadas e
crostas não aderidas, coloração rosa escura, aumento de diâmetro e projeção de tecido
53
na área central. No sétimo dia observou crosta espessa e a área central permanecia
aumentada de volume. Ao 14º dia as lesões haviam cicatrizado e as quantidades de pêlos
se intensificaram. Com 21 dias não foi notada a presença de cicatrizes e os pêlos
mostravam-se com crescimento normal na área lesionada. No exame histológico (HE),
as feridas dos grupos I e II ao terceiro dia apresentavam moderado edema, crosta
fibrinoleucocitária, necrose e fibrina, Os animais do grupo II mostraram hemorragia,
hiperemia e presença de mononucleares, quando foram comparados com os animais do
grupo I. As feridas dos animais do grupo I, no sétimo dia de PO, além das
características mencionadas anteriormente, apresentavam fibras colágenas e tecido
conjuntivo fibroso em escala moderada com ausência de edema. Nos animais do grupo
II notou-se considerável aumento de tecido de granulação, persistência de edema e a
presença de polimorfonucleares. No 14º dia as feridas do grupo tratado encontravam-se
cicatrizadas em quanto 33% das feridas dos animais do grupo I ainda estavam abertas e
com intensa reação inflamatória. No 21º dia constatou aumento de tecido conjuntivo nas
feridas dos animais do grupo I. No grupo II havia intensa presença de folículos pilosos.
Baseado nos resultados, conclui-se que o óleo de rosa mosqueta reduz o tempo de
reparação das feridas cutâneas em ratos, ressaltando sua eficiência depois do sétimo dia
de pós-operatório.
Palavraschave: cicatrização, tecido de granulação, óleo de rosa mosqueta
54
ESTUDO ANATÔMICO DA ARTÉRIA OVÁRICA EM ÉGUAS
SEM RAÇA DEFINIDA (Equus caballus. Linnaeus, 1758)
Cabral, L.G.1,; Santos, A.L. Q²; Lizardo, F.B³; Holanda, R.G4
Universidade Federal de Uberlândia-Escola Técnica de Saúde –UFU,CEP:38400-902,
Uberlândia-MG- Fone: (034)3218-2318,
[email protected]
A equídeocultura nos últimos anos vem se destacando de maneira relevante no setor
pecuário brasileiro, o que faz do cavalo um animal de grande importância no contexto
sócio-econômico e científico do país. Para que haja aumento na produção e
melhoramento genético é fundamental o estudo dos órgãos reprodutores dos animais.
Nos últimos anos, várias pesquisas, têm atribuído papéis funcionais e regulatórios ao
sistema vascular do útero e ovário totalmente separados do papel bem conhecido de
concordância com suas necessidades metabólicas e hormonais. Baseando-se neste
conceito, um órgão ou compartimento de um órgão pode exercer uma influência
regulatória sobre um órgão vizinho ou outro compartimento do mesmo órgão através de
uma via local envolvendo as veias do primeiro e as artérias do último. A área de
reprodução animal vem experimentando por um lado, crescentes avanços e por outro,
escassez de literatura específica referente à vascularização do ovário, o que motivou-nos
a desenvolver este trabalho de pesquisa com a finalidade de levantar dados mais
precisos a cerca do padrão vascular arterial do referido órgão, tendo como objetivo
estudar o comportamento da artéria ovárica, ou seja, a sua ramificação e distribuição no
parênquima ovariano de égua S.R.D .Foram utilizados 68 ovários(34 pares) de éguas
sem raça definida,adultas,de diferentes e não conhecidas idades,obtidas no Frigorífico
Pomar,no município de Araguari-MG. Após o sacrifício dos animais e abertura da
cavidade abdominal, localizamos os ovários que foram retirados juntamente com o útero
e porção cranial do canal vaginal. Este material foi devidamente identificado,
acondicionado e congelado em sacos plásticos, para ser encaminhado ao laboratório de
pesquisa em Animais Silvestres da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade
Federal de Uberlândia. Após o descongelamento das peças em água corrente por
períodos de aproximadamente 24 horas, separamos os ovários com seus respectivos
pedículos onde dissecamos, isolamos e canulamos a artéria ovárica antes que ela
penetrasse no pedículo ovariano.Logo após injetamos quantidades variáveis de solução
salina fisiológica, para proceder a limpeza do leito vascular e posteriormente ar, a fim
de expulsar a referida solução. Realizado a
lavagem dos vasos injetamos
aproximadamente 2 ml de acetona para facilitar a progressão da massa de “vinyl corada
em vermelho”, na quantidade de 3 a 8 ml por peça, depois o submetemos ao processo de
corrosão, mergulhando-o em solução de H2SO4 a 30% por período de 72 a 96 horas.
Isolamos os modelos arteriais utilizando finos e controlados jatos de H2O contra o
parênquima dos mesmos. Com auxílio de um paquímetro registramos o comprimento
(medida feita sobre o eixo craniocaudal), a largura (medida do eixo lateromedial) e a
espessura (medida feita sobre o eixo dorsoventral) dos trinta e quatro (34) pares de
ovários. Realizamos ainda a pesagem das peças. Para a descrição dos resultados,
análise e documentação elaboramos desenhos esquemáticos de cada modelo e
fotografias dos mais significativos para necessária ilustração, registrando a divisão da
artéria ovárica e seus ramos, bem como a origem e localização dos vasos colaterais em
relação aos quadrantes dorsocranial, ventrocranial, dorsocaudal e ventrocaudal.
Verificamos que a artéria ovárica apresenta um trajeto longo, flexuoso e espiralado
alcançando a glândula através da margem mesovárica próximo à extremidade uterina,
55
percorrendo em posição ora dorsal, ora ventral, segue em direção à extremidade
tubárica, contornando-a até atingir a fossa ovárica, penetrando na glândula somente
após ter percorrido toda a sua superfície. A artéria ovárica apresentou dois arranjos
vasculares sendo que em um deles emitiu de 2 a 62 ramos dorsais e 4 a 46 ramos
ventrais, durante seu percurso na margem mesovárica em 51 preparações(75%) e no
outro arranjo a artéria ovárica na extremidade uterina dividiu-se em um ramo dorsal e
outro ventral em 17 preparações(25%). Em relação às faces dos ovários, a face lateral
apresenta um maior número de ramos que a face medial.Nos ovários direitos os
quadrantes mais irrigados são,por ordem,o dorsocranial, o ventrocranial,o dorsocaudal e
o ventrocaudal. Nos ovários esquerdos, os quadrantes mais irrigados são, por ordem, o
ventrocranial, o dorsocranial,o ventrocaudal e o dorsocaudal. Os ovários direitos
apresentam-se menores que os esquerdos, tendo como valores médios 43,71 mm de
comprimento ,34,11 mm de largura, 24,78 mm de espessura e 45,67 g de peso, enquanto
que os ovários esquerdos têm 45,29 mm de comprimento, 37,94 mm de largura, 27,79
mm de espessura e 52,21 g de peso.
Palavras chave: éguas, ovário, artérias.
56
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE LEITES FERMENTADOS
COM PROBIÓTICOS
Storti, A. A.1 ; Rodrigues, M. A. M2.
1- Graduanda em Medicina Veterinária.FAMEV-UFU;
2- Professor Doutor Titular da Faculdade de Medicina Veterinária da UFU;
Núcleo de Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal da Faculdade de
Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia-MG, Brasil.
[email protected]
Os agentes probióticos são definidos hoje como uma preparação ou um produto
contendo microrganismos definidos e viáveis em número suficiente que, alteram a
microbiota (por implantação ou colonização), em um compartimento do hospedeiro e
que exercem efeitos benéficos à saúde deste hospedeiro. Atualmente as bactérias ácidoláticas utilizadas para a produção de leites fermentados pertencem principalmente aos
gêneros Lactobacillus, Lactococcus, Streptococcus, Leuconostoc, Bifidobacterium,
Propionibacterium, entre outros. Na produção de um alimento probiótico, é fundamental
que o produto final tenha vida média satisfatória, variando de 15 a 30 dias, e
propriedades sensoriais – cor, aroma, sabor e textura – aceitáveis, com os
microrganismos presentes em número elevado (>106 UFC/mL ). Variações de
temperatura de armazenamento de leites fermentados, nos postos de comercialização,
podem comprometer a conservação e manutenção das características microbiológicas e
físico-químicos destes produtos. Sendo assim, o trabalho teve por objetivo verificar a
presença de bactérias lácticas totais, coliformes fecais e de bolores e leveduras em leites
fermentados, de acordo com as normas estabelecidas pelo Regulamento de Inspeção
Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. As amostras de leites fermentados
com Lactobacillus casei, de quatro marcas distintas, foram coletadas de um
estabelecimento comercial localizado no centro da cidade de Uberlândia-MG, e
mantidos refrigerados até as análises, em número de 6 amostras, totalizando 24
amostras. O trabalho foi realizado no Laboratório de Controle de Qualidade e Segurança
Alimentar, da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Uberlândia (LCQSA/ FAMEV/ UFU). Na contagem de bactérias lácticas totais, as
amostras foram semeadas, em duplicata, no caldo MRS-meio Rogosa(DIFCO)
adicionado de 1,5% de ágar, esterilizado a 121ºC durante 15 minutos e mantido a 45ºC
até a sua utilização. As diluições de 10-5, 10-6 e 10-7 foram feitas em solução salina
peptonada 0,1% estéril e semeadas em placas de petri esterilizadas, adicionando-se 1mL
de cada diluição por placa e 15 mL de ágar. As placas foram incubadas à 37ºC durante
48 horas. Para coliformes fecais, foram retiradas porções de 1 mL da amostra original,
na diluição 10-1 e 10-2 e semeadas em caldo E.C. Difco, com tubo de Duhran. Os tubos
foram então semeados e incubados a 45ºC por 48 horas. Na contagem de bolores e
leveduras, foram diluídas 25 mL das amostras em 225mL de água peptonada e
transferido 1mL da diluição para 9mL de salina estéril (10-2). Em seguida foram
preparadas diluições sucessivas, 10-3 e 10-4 e transferido 1mL de cada diluição para
placas de petri, adicionando o ágar BDA, com 1mL de ácido tartárico a 10%. Foram
incubados a 22ºC durante 3 dias. Nos resultados encontrados nas diferentes análises
microbiológicas das amostras de leites fermentados com probióticos, foi verificado que
o leite fermentado da marca A apresentou crescimento de bactérias láticas totais abaixo
dos valores mínimos determinados pela legislação, que é de 106 UFC/mL e o da marca
B não apresentou crescimento de bactérias láticas totais em uma de suas amostras. Em
57
nenhuma das amostras houve crescimento de coliformes fecais, estando todas de acordo
com a legislação (10NMP⁄mL). Para bolores e leveduras, as marcas A e B apresentaram
crescimento em uma de suas amostras, sendo que a legislação exigi no máximo 2,0 x
102 cels⁄mL. A análise microbiológica dos leites fermentados demonstrou que nas
contagens de bactérias láticas totais, as marcas A e B estavam fora dos padrões exigidos
pela legislação, o que evidencia práticas não higiênicas de elaboração e manutenção dos
produtos nos postos de comercialização.
Palavras chave : probióticos, bactérias lácticas, leite.
58
EFEITO DO PROCESSO DE SEXAGEM DE SÊMEN POR
CITOMETRIA DE FLUXO SOBRE A MORFOMETRIA DA
CABEÇA DE ESPERMATOZÓIDES BOVINOS
OLIVEIRA,K.M.(Mestre); SAMPAIO,G.S.L.(Graduando);PINTO,D.A.(Graduando);
DINIZ,E.G.(Doutor); BELETTI,M.E.(Doutor).
Durante a produção do sêmen sexado criopreservado, as células espermáticas são
submetidas a processos físicos e químicos: diluição, incubação, coloração, passagem
pelo citômetro de fluxo, exposição a laser, pressão, centrifugação e criopreservação.
Este estudo objetivou analisar alterações morfométricas da cabeça de espermatozóides
causadas pelo processo de sexagem por citômetro de fluxo. Para tal utilizou-se sêmen de
15 touros mantidos em central de tecnologia de sêmen dos quais foram obtidos
esfregaços de sêmen antes e após sexagem. O primeiro foi confeccionado logo após a
aprovação do ejaculado para o processo de sexagem, e o segundo logo após o
descongelamento do mesmo ejaculado já sexado. Os esfregaços foram fixados em
solução de etanol e ácido acético (3:1) por 1 minuto, seguido de um banho de etanol
70% por 3 minutos. Depois foram hidrolisados em ácido clorídrico 4N por 25 minutos,
lavados e secos á temperatura ambiente. Em seguida, foram corados com uma gota de
azul de toluidina a 0,025% pH 4 e cobertos com lamínula. Foram obtidas 100 imagens
digitais de cada lâmina a partir de microscopia de luz em objetiva de 100x, das quais
foram segmentadas 100 cabeças de cada lâmina. Através dos programas desenvolvidos
em ambiente Scilab determinou-se a largura (L), comprimento (C), razão
largura/comprimento (L/C), área (A), elipsidade (E), perímetro (P), fator de forma (FF),
simetria lateral (SL) e simetria antero-posterior (SAP) de todas as cabeças segmentadas.
Descritores Fourier com amplitude de 0 a 2 (F0, F1, F2) foram também considerados
para caracterização e análise da forma. Os dados foram analisados pelo Teste t de
Student (p≤ 0,05). A largura, comprimento, razão largura/comprimento, área,
elipsidade, perímetro, simetria ântero - posterior e descritores Fourier F0 e F2 não
mostraram diferenças estatisticamente significativas entre sêmen in natura e sêmen
sexado, enquanto simetria lateral foi estatisticamente maior para sexado e fator de forma
e descritor Fourier F1 foram maiores para sêmen in natura. Os resultados sugerem que o
sêmen sexado não apresenta alterações significativas na forma da cabeça após o
processo de sexagem por citometria de fluxo. Existe a possibilidade de que mesmo que
alguns espermatozóides sofram alterações morfométricas provocados pela manipulação,
estes não apresentarão condições para serem sexados por não se alinharem
adequadamente na passagem do citômetro, sendo assim descartados pelo mesmo.
Mesmo espermatozóides assimétricos que já existissem no ejaculado antes da sexagem
seriam também descartados. Isso justificaria a maior simetria lateral encontrada no
sêmen após o processamento.
Palavras chave:Espermatozóides; Sexagem; Morfometria; Bovinos.
59
PSEUDO-HERMAFRODITISMO ACOMPANHADO DE
NEOPLASIA TESTICULAR - RELATO DE CASO
Dias, T.A.1; Ávila, D.F.1; Costa, F.R.M.2; Carneiro, D.D3.; Cesarino, M.1; Rodrigues,
C.G1.; Silva, C.B.1; Souza, L.A.4; Oliveira, B.J.N.A4.;
1-Residente do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia.
FAMEV/UFU.
2-Médica Veterinária Administrativa do Hospital Veterinário. FUNDAP/UFU.
3-Graduando Universidade Federal de Goiás /UFG
3-Pós-graduando em Ciências Veterinárias/FAMEV/UFU.
[email protected]
Os termos intersexo, hermafroditismo e pseudo-hermafroditismo são utilizados para
designar anomalias relacionadas as gônadas masculinas e femininas. A denominação de
intersexo abrange animais hermafroditas verdadeiros, pseudo-hermafroditas e outras
formas de reversão sexual. Os pseudo-herafroditas são indivíduos que possuem gônadas
de um sexo acompanhadas por uma genitália externa e características secundárias do
sexo oposto. Eles podem ser ainda classificados como masculino quando o tecido
gonadal é de origem testicular e os órgãos genitais têm algumas características
femininas; ou feminino quando o tecido gonadal é de origem ovariana e órgãos genitais
com algumas características masculinas. Já o hermafroditismo verdadeiro, é
caracterizado pela presença de tecidos ovariano e testicular no mesmo indivíduo. Foi
atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia um canino da
raça Pinscher, de nove anos de idade supostamente do sexo feminino, com histórico de
surgimento de massa na região inguinal a aproximadamente três meses, ausência de cio
e hiporexia a duas semanas. Ao exame físico observou-se bom estado nutricional,
mucosas normocoradas, elasticidade cutânea normal, normotermia e presenca de massa
inguinal de aproximadamente 8cm de diâmetro. No exame específico da região genital,
verificou-se presença de genitália ambígua apresentando vulva com vagina terminando
em fundo cego, e uma estrutura semelhante a um pequeno pênis hipoplásico com osso
peniano. O animal foi encaminhado para a cirurgia de exérese da massa inguinal. A
referida massa apresentava-se bem delimitada, encapsulada, de formato ovóide,
medindo cerca de 6cm de diâmetro, de consistência macia e coloração brancacenta à
superfície externa e de corte. O material foi encaminhado para exame histopatológico,
cujo diagnóstico dado foi Seminoma. Esse tipo de neoplasia surge a partir das células
germinativas testiculares, podendo substituir a maior parte do tecido sadio, são
habitualmente tumores solitários e unilaterais, e mais freqüentes em testículos
criptorquidas. Por essa razão, animais com alterações anatômicas ou do
desenvolvimento do trato geniturinário, como os pseudo-hermafroditas devem ser
encaminhados para laparotomia exploratória a fim de se realizar a gonadectomia e/ou
histerectomia com o intuito de minimizar os riscos de neoplasias gonadais e de
desenvolvimento de piometra.
Palavras chave: pseudo-hermafroditismo, cão, neoplasia.
60
NOVO MÉTODO DE CONTENÇÃO EM SERPENTES DA
FAMÍLIA COLUBRIDAE
Passos, R. F. C. F.1; Jacintho, M. F. L.1; Santos, A. L. Q.1
1- Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS) da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), Faculdade de Medicina Veterinária.
[email protected]
As serpentes da família Colubridae são indivíduos de difícil contenção, por serem ágeis,
de tamanhos variados e temperamento imprevisível. A utilização do gancho de
contenção, nem sempre é eficaz devido a essas características, e a pressão do gancho na
região atlanto-occipital no momento da contenção manual não é recomendada, pois
esses indivíduos possuem apenas um côndilo occipital. Essa característica leva a
possíveis lesões no momento da pressão com o gancho. Outro método de contenção
fazia-se necessário. Após realizar inúmeras vezes e em diversos indivíduos, de espécies
diferentes e tamanhos variados, confirmou-se a eficiência deste novo método que é
descrito a seguir: deve-se segurar o animal com uma das mãos pela cauda, utilizando-se
ou não um gancho para auxiliar a captura pela cauda; eleva-se o animal do solo,
estendendo o braço, deixando o animal afastado do corpo do indivíduo que o esta
manejando; naturalmente o animal procurará livra-se da contenção, podendo ou não
investir contra o manejador, que deve controlar a serpente com movimentos cuidadosos
de torção na cauda, limitando o movimento do animal; oferecer um ponto de fuga
(cantos de parede, pés de mesa etc); naturalmente a serpentes utilizará este ponto como
sustentação do corpo, visando a fuga , deixando a cabeça vulnerável e de fácil captura
com as mãos; a mão que está segurando a cauda limita a movimentação do animal e
controla a exposição da cabeça; a captura da cabeça deve ser rápida e precisa e com
força adequada ao tamanho do animal. Este método deve ser realizado por profissionais
com experiência em manejo de serpentes e sempre acompanhado.
Palavras-chave: Contenção, serpentes, Colubridae
61
ORIGENS E DISTRIBUIÇÕES DAS ARTÉRIAS MESENTÉRICAS
CRANIAL E CAUDAL EM AVES (Gallus gallus) DA LINHAGEM
BOVANS GOLDLINE
Sola, M. C. ¹; Mendonça, E. P.¹; Noleto, P. G.¹; Júnior, W. S. ²; Silva, F. O. C.³
1-Graduados da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Uberlândia.
2- Professor Doutor Titular do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade
Federal de Uberlândia.
3-Professor Doutor Titular da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade
Federal de Uberlândia.
[email protected]
As artérias mesentéricas são importantes vasos responsáveis pela nutrição de grande
parte do aparelho digestório, principalmente pela irrigação dos intestinos, estando
intimamente ligadas ao ganho de peso e conversão alimentar. Estudaram-se 30
exemplares da espécie Gallus gallus da linhagem Bovans Goldline, com 15 semanas de
idade, a fim de descrever as origens e distribuições das artérias mesentéricas cranial e
caudal. Após morte natural das aves a artéria isquiática esquerda foi canulada para
injeção de solução aquosa marcadora de vasos sanguíneos, corada com pigmento
específico e posteriormente as aves foram fixadas em solução aquosa de formol a 10%.
As origens e distribuições das artérias investigadas foram registradas através de
desenhos esquemáticos. As aves foram dissecadas após 48 horas de fixação e verificouse que a artéria mesentérica cranial emitiu uma artéria ileocecal; 6 a 12 artérias jejunais
e 1 a 4 artérias ileais. A artéria mesentérica caudal enviou um ramo cranial, que emitiu
de 5 a 9 ramos ao reto e, um ramo caudal, com 1 a 3 ramos retais e 1 a 4 cloacais.
Notou-se que em 96,66% dos casos o ramo cranial da artéria mesentérica caudal
anastomosou-se com a artéria mesentérica cranial, através da artéria ileocecal.
Palavras chave: Artérias mesentéricas, Gallus gallus, linhagem Bovans Goldline.
62
EFEITO DA AUTOHEMOTERAPIA ASSOCIADA COM
CLORABUTANOL NO TRATAMENTO DA PAPILOMATOSE
ORAL EM CÃO (Canis familiaris) – RELATO DE CASO
Cesarino, M.1; Ávila, D. F.1; Fernandes, C. C.1; Silva, C. B.1; Scherer, D. L.3; Dias,
T.A4.; Mendonça C. S.2.; Castro, J. R.3
1. Residente do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da
Universidade Federal de Uberlândia (FAMEV-UFU).
2. Mestre e Médica Veterinária Administrativa do Hospital Veterinário
(FUNDAP/UFU).
3.Pós-graduanda em Ciências Veterinárias da FAMEV-UFU.
[email protected].
A papilomatose oral canina se caracteriza pela ocorrência de papilomas únicos ou
múltiplos nas membranas da mucosa oral, sendo causada por vírus infectes de cães. Os
sinais ocorrem quando as verrugas se proliferam no trato gastroentérico, principalmente
na cavidade oral. Ocorre a dificuldade na alimentação e contaminação devido às lesões
decorrentes durante a mastigação. Os papilomas podem regredir espontaneamente em
algumas semanas. Às vezes se faz necessário a remoção cirúrgica, com uso de técnicas
eletrocirúrgicas. O papilomavírus é espécie-específico e comumente acomete uma
determinada área do corpo, sendo os cães jovens os mais afetados. O vírus é um RNA
de fita dupla, com transmissão por contato direto, fômites e, possivelmente por insetos.
O objetivo deste trabalho foi verificar a eficácia da autohemoterapia associado ao uso
do clorabutanol, no tratamento de um caso de papilomatose oral canina. Uma cadela
mestiça de seis meses e 12 Kg, foi atendida no Hospital Veterinário da Universidade
Federal de Uberlândia (UFU), com histórico de surgimento de verrugas da boca há dois
meses anteriores à consulta. No exame físico, o animal apresentava-se ativo, hidratado,
com mucosas normocoradas, pêlos brilhantes e temperatura retal normal (38,5ºC), com
bom estado geral. No exame das vias digestivas anteriores estavam presentes feridas
papilomatosas em toda mucosa oral, atingindo principalmente a gengiva e a língua. As
lesões eram branco-acinzentadas, de consistência firme, em forma de couve-flor, com
alguns nódulos erodidos em sua superfície. A cadela foi tratada com autohemoterapia e
clorabutanol. Foram feitas aplicações intramusculares de 3 ml do soro do animal, 1 vez
por semana, durante 15 dias e do clorabutanol (30mg/kg), de 3 em 3 dias durante 9 dias.
O resultado foi satisfatório após 15 dias de tratamento, com escurecimento, regressão e
desaparecimento de 60% dos nódulos papilomatosos. Os nódulos remanescentes a
terapia instituída foram removidos por exérese cirúrgica, a fim de se evitar o
desprendimento durante a alimentação e possíveis complicações com hemorragias e
contaminação, além de assegurar o bem estar do animal.
Palavras chave: autohemoterapia, clorabutanol, papilomatose oral.
63
DESCRIÇÃO ANATÔMICA DO TUBO DIGESTÓRIO DE
JACARÉ-AÇU Melanosuchus niger SPIX, 1825 (CROCODYLIA,
ALLIGATORIDAE)
Santos, A. L. Q.; Pereira, H. C.; Silva Junior, L. M.; Andrade, T. A; Jacintho, M. F. L.;
Passos, R. F. C. F; Iasbeck, J. R.
Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres – LAPAS, FAMEV/UFU. Av.
Amazonas, nº 2245, Jardim Umuarama, Uberlândia-MG, CEP: 38405-302. Fone: (34)
3218-2696
[email protected]
O jacaré-açu Melanosuchus niger pertence a ordem Crocodylia e família Alligatoridae,
sendo o maior representante da família, podendo chegar a seis metros de comprimento.
Alimenta-se de peixes, aves e vertebrados aquáticos como a capivara. Mostram mais
atividade de caça terrestre, particularmente à noite, tendo visão e audição apuradas. Os
indivíduos jovens alimentam-se de peixes e crustáceos, antes de aprenderem a caçar em
terra. Já foram registrados ataques a humanos e animais domésticos. Objetivando uma
discrição macroscópica do tubo digestório desta espécie, foi dissecado um exemplar de
jacaré-açu jovem, fixado em solução de formol a 10%. Verificou-se que o tubo
digestório é constituído de esôfago, estômago, duodeno, jejuno-ileo e cólon-reto. O
esôfago apresenta duas porções, a porção cervical dispõe-se cranialmente em relação à
porção celomática e está relacionada dorsalmente à laringe e a traquéia. Ao longo de seu
trajeto, a porção cervical, está levemente desviada para o antímero esquerdo e no seu
terço distal encontra-se dorsomedialmente à traquéia. Corre lateralmente, junto ao
esôfago cervical, as veias jugulares e artérias carótidas comum. A porção celomática do
esôfago desemboca no estômago e seu fim se relaciona com a porção craniomedial do
coração. O estômago apresenta-se piriforme e sua parte cranial situa-se dorsalmente ao
fígado e a parte caudal se relaciona com o pequeno baço à esquerda e com a borda
caudal do fígado. O estômago tem sua maior parte compreendida no antímero esquerdo.
O intestino delgado é constituído de duodeno e jejuno-ileo. O duodeno se inicia no
antímero direito da cavidade celomática e corre caudalmente voltando-se para o lado
oposto, dessa forma o tubo continua-se em jejuno-ileo, composto por várias alças
tortuosas que se sobrepõem. O intestino grosso do Melanosuchus niger é constituído
apenas por um segmento curvilíneo, o cólon-reto, que desemboca na cloaca.
Palavras-chave: Anatomia, Tubo digestório, Crocodylia.
64
USO DE CICLOSPORINA NO TRATAMENTO DE
CERATOCONJUNTIVITE SECA EM CÃO
Ávila, D.F1.; Cesarino, M1.; Rodrigues, C.R1.; Silva, C.B1.; Salomão, L.S1.; Fernandes,
C.C.1; Castro, J.R.2
1. Residente do Hospital Veterinário. Faculdade de Medicina Veterinária/FAMEV.
Universidade Federal de Uberlândia/UFU.
2. Pós-graduanda em Ciências Veterinárias/FAMEV/UFU.
[email protected]
A ceratoconjuntivite seca (CCS) é uma enfermidade comum em pequenos animais,
principalmente em cães, onde a incidência é de aproximadamente 1% e acomete com
maior freqüência as raças Shitzu, Lhasa Apso, Pequinês, Buldogue Inglês, Yorkshire
Terrier e Pug. Caracteriza-se pela diminuição da porção aquosa da lágrima resultando
em ressecamento e inflamação da córnea e da conjuntiva. A maioria dos casos de CCS
são considerados idiopáticos e ligados à diminuição da porção aquosa da lágrima
associada à doença imunomediada. A CCS também pode estar relacionada a doenças
metabólicas, cinomose, terapia sistêmica com sulfas, remoção da glândula da terceira
pálpebra, entre outras. As principais manifestações clínicas são desconforto ocular,
secreção ocular mucopurolenta, hiperemia conjuntival, vascularização e pigmentação da
córnea. O diagnóstico é estabelecido com base na combinação das informações da
anamnese e do exame oftalmológico incluindo biomicroscopia com lâmina de fenda,
corantes vitais e do teste da lágrima de Schirmer. O objetivo do presente trabalho é
relatar a eficácia do tratamento de ceratoconjuntivite seca utilizando ciclosporina tópica.
Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia uma
cadela, da raça Yorkshire, nove anos, com histórico de excesso de secreção ocular
purulenta bilateral. Ao exame oftálmico o animal apresentou hiperemia conjuntival e
opacidade de lente. Além disso, foi realizado teste de Schirmer tendo como resultado
4mm/min no olho direito e 2mm/min no olho esquerdo indicando redução do filme
lacrimal e teste com fluoresceína que demonstrou a presença de úlcera de córnea no
olho direito. A partir desses resultados, foi instituído tratamento com colírio Tobrex®
uma gota em cada olho, a cada quatro horas durante quinze dias; Lacrima Plus® uma
gota em cada olho, a cada quatro horas, durante cinco dias; Ciclosporina A pomada
oftálmica, nos dois olhos, a cada doze horas até novas recomendações e uso de colar
elizabetano. O paciente retornou após trinta dias apresentando redução da
neovascularização e da hiperemia conjuntival. Novo teste de Schirmer foi realizado
obtendo-se 15 mm/min no olho direito e 20 mm/min no olho esquerdo, demonstrando a
eficácia da ciclosporina no tratamento da CCS. A ciclosporina 0,2% atua como agente
lacrimomimético, sendo um fármaco com potente ação imunossupressora, com
afinidade pela córnea e esclera, porém não afeta a cicatrização de lesões epiteliais. Seu
mecanismo de ação permanece controverso, no entanto, pode envolver a inibição da
destruição auto-imune da glândula lacrimal da terceira pálpebra, seguida de regeneração
espontânea dessa glândula enquanto o tratamento é continuado. Face aos resultados
obtidos, a ciclosporina A 0,2% reverteu o quadro de CCS.
Palavras-chave: ceratoconjuntivite seca, cão, oftalmologia.
65
COMPORTAMENTO DA ARARA CANINDÉ (ARA ARARAUNAS)
NO ZOOLÓGICO DO PARQUE DO SABIÁ EM UBERLÂNDIA/MG
E PROPOSTAS DE ENRIQUECIMENTO PARA O CATIVEIRO
DESSES ANIMAIS
Andrade, G.M. ¹; Mendes, G.P.¹; Coleto. A.F.¹; Cipriano, L.F.¹.
1-Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
A conservação de espécies in situ é, atualmente, muito usada e necessária para manter a
existência de algumas espécies. Os zoológicos são áreas nas quais há uma preservação e
manutenção da área verde e também onde são criados animais de quase todas as
espécies e regiões do mundo. É importante para a manutenção de um bom zoológico a
adaptação ambiental relativa para cada espécie, além de pesquisadores e médicos
veterinários. Embora seja bastante vantajosa a existência de zoológicos, a criação de
animais em cativeiro pode levá-los a apresentar comportamentos não naturais à espécie
e incentivar o comércio ilegal de animais exóticos. Uns dos maiores problemas nos
jardins zoológicos é o stress em animais em cativeiro devido à falta de novas
experiências, falta de necessidade de tomar decisões, a facilidade do alimento e a quebra
de rituais como o acasalamento. O qual pode ser resolvido com simples projeto de
enriquecimento ambiental. As araras Canindé foram os animais escolhidos para realizar
este projeto, as araras pertencem à família Psittacidae e são encontradas do Brasil à
América Central, são próprias das áreas de Várzeas com Buritizais, babuçais, e beira de
mata. Possuem dieta rica em frutas e semente, em cativeiro vivem cerca de 60 anos. O
objetivo do estudo dos comportamentos destas araras é reconhecer suas atitudes em
cativeiro e verificar evidências de stress e distúrbios no seu comportamento, além de
propor mudanças no cativeiro para melhorar a qualidade de vida destes animais. O
projeto foi realizado através de observações da arara Canindé no cativeiro do Parque do
Sabiá, pelo método de observação por amostragem instantânea em que os registros dos
comportamentos em cada minuto correspondem a um ponto de observação, no total
1200 pontos. Foram realizadas 20 horas nos períodos da manhã e tarde em agosto de
2006. As seguintes atividades foram observadas no dia-a-dia da espécie Ara ararauna
em cativeiro: comer, desgastar o bico, autolimpeza, vocalização, passear no tronco,
esconder em um buraco, empoleiradas na grade, passear pelo cativeiro, cavar o buraco,
coçar uma a outra, ficar em pé parada. Em geral, esses comportamentos são naturais das
araras e não indicam stress e nem pacing. Então foi possível concluir que as araras
canindé não apresentam manifestações indicativas de “pacing” embora tenham ocupado
boa parte do seu tempo sem realizar nenhuma atividade. Entretanto é interessante, para
aumentar a qualidade de vida delas, que sejam feitas alterações para enriquecer o
ambiente em que vivem. O enriquecimento tem como função tornar a vida em cativeiro
mais semelhante com a vida livre e pode ser físico, sensorial, cognitivo, social e
alimentar. O grande desafio é encontrar alternativas econômicas e viáveis para
tratadores e proprietários. Balanços, cordas, ervas aromáticas, variar a forma de
disponibilizar e o tipo da alimentação aos animais são algumas das alternativas baratas e
interessantes para melhorar a qualidade de vida das Araras Canindé em cativeiro.
Palavras chave: arara canindé, pacing, zoológico.
66
TOPOGRAFIA VÉRTEBRO-MEDULAR EM Meleagridis gallopavo,
LINNAEUS, 1758 (GALLIFORMES; PHASIANIDAE)
Topographycal vertebro-mandibullar in Meleagridis gallopavo,
Linnaeus, 1758 (Galliformes; Phasianidae)
LIMA, F. C.¹; SANTOS, A. L. Q.¹; BORGES, L. F.²; ALVES, O. W. J.²;
ALVARENGA, P. B.²
1- Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres ( LAPAS) Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), Faculdade de Medicina Veterinária.
2- Graduandos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU).
[email protected]
O galiforme Meleagridis gallopavo, conhecido popularmente como peru é uma ave
pertencente à família Phasianidae. Propondo conhecer seus aspectos anatômicos
pormenorizados, o presente trabalho descreve suas relações entre a medula espinhal e o
canal vertebral, adicionado informações com enfoque clínico-cirúrgico. Utilizaram-se
duas espécimes de Meleagridis gallopavo fornecidas pela “granja S” da empresa
“Sadia”, por intermédio do Médico Veterinário Gutemberg Silva Felipe. Retirou-se a
musculatura epiaxial e os arcos vertebrais expondo a medula espinhal e as raízes dos
nervos espinhais. As dimensões dos segmentos medulares foram obtidas utilizando um
paquímetro com precisão de 0,05mm. A medula espinhal estende-se do forame mágno
(FM), em sua junção com a medula oblonga, até a parte diminuta do canal vertebral,
dentro do pigóstilo e apresenta a forma cilindróide, achatada dorsoventralmente, com
comprimento médio de 794,95mm. Possui duas dilatações correspondentes às
intumescências cervical e lombossacral (ou sinsacro), esta por sua vez, apresenta-se
dilatada lateralmente, produzindo uma depressão alongada ocupada por um corpo
gelatinoso, denominada seio rombóide com cerca de 28,15mm de comprimento. O
segmento cervical estende-se do FM até a primeira vértebra torácica (T1) com
aproximadamente 371,05mm de comprimento, representando 46,77% da medula
espinhal. O segmento torácico estende-se de T1 à primeira vértebra sinsacral (S1),
medindo 226mm e representando 18,84% do comprimento medular. O sinsacro, por sua
vez, estende-se de S1 à primeira vértebra coccígea (Cc1) medindo 261,7mm, o que
corresponde a 22,04% da medula espinhal. Já o segmento coccígeo estende-se de Cc1 a
Cc4, medindo, aproximadamente, 46,77mm e representando 5,92% da medula espinhal.
O cone medular apresenta comprimento médio de 106,9mm, estendendo-se de S1 a S12
com índice médio de 13,44%. O Meleagridis gallopavo possui 42 pares de nervos
espinhais os quais emergem dos respectivos forames vertebrais, estes formados pela
união de duas vértebras subseqüentes. A distancia entre os pares de nervos cervicais
mede, aproximadamente, 21,85mm, sendo que entre o primeiro e o segundo nervos
cervicais a distância aproximada é de 6,3mm. Os nervos da porção torácica possuem
entre si uma distância média de 17,25mm, já no segmento lombossacral a distância
média entre os nervos é de 8,81mm. Por fim, os nervos da região coccígea dispõem-se
com uma distância média de 9,19mm. As raízes que compõem o plexo lombossacral são
menores do que as do plexo braquial, entretanto, mais raízes nervosas estão envolvidas
na inervação do membro pélvico do que no caso do membro torácico.
Palavras-chave: Medula espinhal, sinsacro, peru.
67
ALIMENTAÇÃO DE TAMANDUÁ BANDEIRA (Myrmecophaga
tridactyla) ADULTO EM CATIVEIRO
Iasbeck, J. R.¹; Rodrigues, L. L.¹; Silva Junior, L. M.¹; Gomes, D. O.¹; Lima, F. C.¹;
Santos, A. L. Q.¹; Jacintho, M. F. L1.; Passos, R. F. C1.
1- Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS), Faculdade de Medicina
Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Av. Amazonas, n˚ 2245,
Jardim Umuarama, Uberlândia-MG, CEP: 38405-302.
[email protected]
O tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla) pertence à família Myrmecophagidae,
sendo encontrado no sudeste do México, América Central e América do Sul, ao longo
do Paraguai e Argentina. Esses animais possuem adaptações anatômicas,
comportamentais e fisiológicas voltadas à alimentação constituída de formigas, cupins e
seus ovos, além de larvas de besouros. Apresentam língua longa e protátil, glândulas
salivares desenvolvidas, cuja secreção auxilia na atividade alimentar; e não possuem
dentes. A extensa ocupação humana nos mais variados tipos de hábitat, implica em
diversas alterações na comunidade destes animais, que por vez acabam sendo vítimas de
atropelamento, incêndios florestais e desmatamentos. Devido aos escassos estudos sobre
a dieta desses animais, este trabalho tem como objetivo a apresentação de uma dieta
adequada para tamanduás adultos que vivem em cativeiro. Para isso foram utilizados
quatro animais apreendidos pela Polícia Ambiental e encaminhados ao Hospital
Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Uberlândia. Em vida livre, a dieta do tamanduá é à base de proteínas e vitaminas. Tal
dieta deve ser reproduzida com o máximo de fidelidade, pois devido seu paladar
aguçado umas das maiores dificuldades da criação e manutenção de tamanduás em
cativeiro é a aceitação do alimento oferecido, já que esse deve ser extremamente
palatável. Alimentos que possuem macromoléculas em grande quantidade na sua
composição são fornecidos com o objetivo de suprir a necessidade alimentar destes
animais. Aos mesmos foi oferecida uma alimentação triturada na forma de papa com os
seguintes ingredientes misturados: leite, ração para gatos, beterraba, cenoura, frutas em
geral, ovo com casca e Aminomix® pet (suplemento de aminoácidos, vitaminas, macro
e micro-minerais). Como todo mamífero, o leite é essencial aos tamanduás por ser a
principal fonte de cálcio; já a ração para gatos é utilizada, pois é rica em taurina e
proteínas, a cenoura, beterraba e as frutas são fontes de vitaminas A, C e complexo B,
além da presença de minerais como o fósforo, potássio e sódio; o ovo é adicionado, pois
além da presença de albumina também é rico em ferro e vitaminas; por fim utiliza-se
um suprimento para complementar a alimentação. Essa dieta se mostrou eficaz, pois
além de ter tido grande aceitação pelos animais, os mesmos estão saudáveis e tiveram
um aumento significativo no peso.
Palavras-chave: Tamanduá, alimentação, cativeiro
68
FATORES QUE AFETAM A TAXA DE CONCEPÇÃO AO FINAL
DO PROTOCOLO DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO
FIXO (IATF)
M. Melo Junior; C. F. Barbosa; N. Bortoletto; I. M.Queiroz; E.G. Diniz; R. M. Santos
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade Federal de Uberlândia, Av. Pará,
1720, Campus Umuarama - Bloco 2T, CEP 38400-902 – Uberlândia, MG
[email protected]
A eficiência reprodutiva é um dos fatores que mais contribui para melhorar o
desempenho e a lucratividade dos rebanhos leiteiros, resultando em maior produção de
leite e de bezerros. A sincronização da ovulação e a inseminação artificial em tempo
fixo têm sido usadas em bovinos visando tornar o manejo reprodutivo mais eficiente,
corrigindo os problemas de falha de detecção de cio, porém muitos fatores podem afetar
a resposta a esses protocolos. O objetivo foi avaliar os fatores que afetam a taxa de
concepção ao final do protocolo de inseminação artificial em tempo fixo. Foram
realizados 156 protocolos de IATF em 94 vacas mestiças pertencentes ao rebanho da
Fazenda Experimental do Glória, da Universidade Federal de Uberlândia, no período de
Maio de 2007 a Maio de 2008. Foi utilizado o seguinte protocolo: Dia 0 – aplicação de
2 mg de cipionato de estradiol + inserção de dispositivo intravaginal de progesterona
(CIDR); Dia 7 – aplicação de 12,5 mg de Dinoprost; Dia 9 – retirada do CIDR +
aplicação de 1 mg de cipionato de estradiol. Foi observado cio após o final do
protocolo, as vacas que derem cio foram inseminadas 12 horas depois da detecção e as
demais foram insemanadas em tempo fixo 48 horas depois. Reutilizou-se cada CIDR
por até 2 vezes. A taxa de concepção ao protocolo foi determinada por exame ultrasonografico 28 dias após a inseminação. Utilizou-se o teste não paramétrico para avaliar
a taxa de concepção, foram incluídos no modelo os efeitos de dias pós-parto (DPP),
presença de CL no início do protocolo, escore de condição corporal (ECC), número de
re-ultilizações do CIDR e estação do ano. Não foram detectados efeitos da presença do
CL no início do protocolo, ECC e re-utilização do CIDR na taxa de concepção. Porém
foi detectado efeito do DPP (P<0,05) na taxa de concepção (34 a 90 DPP = 43,9%; 91 a
120 DPP = 23,8%; 121 a 150 DPP = 23,5% e DPP > 150 = 23,3% de concepção).
Também foi detectado efeito da estação do ano na taxa de concepção (P<0,05), a
concepção foi maior nos meses frios (outono = 40,0% e inverno = 41,8%) do que nos
meses quentes (primavera = 27,7% e verão = 20,8%), mostrando que mesmo vacas
mestiças sofrem os efeitos negativos do estresse térmico. Conclui-se que o protocolo de
IATF empregado no presente trabalho pode ser utilizado em vacas leiteiras mestiças
com mais de 30 DPP e a re-utilização do CIDR não compromete o resultado de
concepção, porém outras estratégias precisam ser estudadas para aumentar a taxa de
concepção nos meses mais quentes do ano.
Palavras-chave: sincronização, progesterona, vacas de leite
69
INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE BOVINA EM MATADOURO
FRIGORÍFICO DE UBERLÂNDIA
Santos, A. M1.; Moreira, M. D1.; Leite, C. R2.; Rodrigues, D. N2.; Reis, S. L. B2.
1- Faculdade de Medicina veterinária da UFU,
2- Médico Veterinário
[email protected]
A Organização Mundial da Saúde considerou a tuberculose como uma zoonose de
emergência global. A tuberculose é causada pelo Mycobacterium tuberculosis. O
método utilizado para avaliar a incidência de tuberculose num matadouro-frigorífico
consiste no exame macroscópico realizado pelo Serviço de Inspeção Oficial, no qual se
analisa a existência de alterações anatômicas nas carcaças e nos órgãos. A inspeção
post-mortem é feita pela detecção de lesões granulomatosas (BROWN E ANDA, 1998).
Quando há lesões primárias nos pulmões as carcaças são condenadas automaticamente,
mas quando há alterações secundárias deve-se fazer o exame histopatológico, para
diferenciá-las de outras doenças com lesões semelhantes (CORNER et al. 1990). Muitas
pesquisas têm isolado Mycobacterium bovis do pulmão e linfonodos sem lesões visíveis
e tem-se confirmado o diagnóstico (CORNER, 1994 apud ASSEGED et al., 2004). O
objetivo da pesquisa foi determinar a freqüência de incidência de tuberculose em
bovinos abatidos em um matadouro-frigorífico e analisar a distribuição dessa freqüência
segundo sexo, meses e anos, além de comparar as incidências de condenações pelo
exame post-mortem com as carcaças condenadas após o diagnóstico por exames
histopatológicos. Foram inspecionados 207.506 bovinos, sendo 194.144 fêmeas e
13.362 machos e foi analisada a ocorrência de tuberculose no período de cinco anos
(2002 a 2006), através dos dados do Serviço de inspeção Municipal fornecidos pela
Secretaria de Agropecuária. Os dados foram digitados em planilhas do Excel e foi feito
um gráfico para comparar as condenações com os períodos do ano. Também foram
observados o número de bovinos abatidos no período e o número de carcaças
condenadas no exame post-mortem e após exame histopatológico, levando-se em
consideração o mês do ano e o sexo do animal. Durante os cinco anos de estudo (2001 a
2006) foram condenados 299 bovinos com resultados positivos tuberculose, dentre os
207.506 animais que foram abatidos, perfazendo uma freqüência de ocorrência igual a
0,14%. Na análise dos dados obteve-se uma incidência de tuberculose de 0,13% no ano
de 2002; 0,19% em 2003; 0,17% em 2004; 0,08% em 2005 e 0,13% em 2006. Nesta
pesquisa foram condenados pelo Serviço de Inspeção 100 animais com tuberculose no
exame post-mortem devido às lesões bem características da doença, e foram enviadas
para exame histopatológico 244 amostras de carcaças suspeitas, sendo 233 fêmeas e 11
machos. Destas foram confirmados 199 casos (81,55%) de tuberculose, dos quais 190
(77,86%) em fêmeas e 09 (81,81%) em machos. A incidência de tuberculose no período
estudado foi da ordem de 0,14%. Dos anos estudados 2003 foi o que registrou maior
incidência de tuberculose.
Palavras-chave: Tuberculose, Bovina, Incidência.
70
OCORRÊNCIA DE NEOPLASIAS EM BOVINOS ABATIDOS EM
UM MATADOURO FRIGORÍFICO DO TRIANGULO MINEIRO.
Santos, A. M1.; Moreira, M. D1.; Leite, C. R2.; Rodrigues, D. N2.; Reis, S. L. B2,
Moreira, A. C. S. D3
1-Faculdade de Medicina veterinária;
2- Médico Veterinário;
3- Gestor de Agronegócio
[email protected]
Neoplasias (neo= novo + plasia = tecido) são alterações celulares que acarretam um
crescimento exagerado destas células, ou seja, proliferação celular anormal, sem
controle e autônoma. São achados macroscópicos que não podem ser generalizados
quanto ao aspecto, podendo ter diferentes dimensões, variando quanto à forma,
consistência e superfície de corte. A neoplasia pode ser maligna ou benigna. Os tumores
malignos apresentam células com características anaplásicas ou atípicas, com pouca
diferenciação celular, que sofrem metástases e invadem os tecidos vizinhos provocando
sua destruição, gerando necrose e hemorragias. Os benignos são bem diferenciados,
crescem lentamente por expansão e não invadem os tecidos atravessando as membranas
basais, sendo geralmente encapsulados. O objetivo desta pesquisa foi determinar a
prevalência dos casos de neoplasias em bovinos abatidos no Município de
Uberlândia/MG. Os dados analisados foram obtidos nos arquivos Serviço de Inspeção
da Secretaria de Agropecuária do Município de Uberlândia-MG, a partir de mapas
estatísticos de ocorrências higiênico-sanitárias no Matadouro Frigorífico Real, no
período de cinco anos (2002-2006). No período estudado foram abatidos 207.506
bovinos, sendo que 116 deles ou 0,05% das carcaças apresentaram lesões típicas de
neoplasias. Em todos os diagnósticos suspeitos no exame post-mortem, foram enviadas
amostras ao laboratório de patologia da Faculdade de Medicina Veterinária (FAMEV)
da Universidade Federal de Uberlândia para confirmação histopatológica. No ano de
2002 a doença foi confirmada em 13 animais (0,04%) dos bovinos abatidos, em 2003
em 16 animais (0,04), em 2004 em 17 animais (0,04), em 2005 em 28 animais (0,06),
em 2006 em 42 animais (0,08). Houve uma tendência de crescimento da doença ao
longo dos anos estudados. A prevalência das neoplasias encontradas no período
estudado foi de 0,05%.
.
Palavras-chave: Neoplasia, Bovina, Ocorrência.
71
MORFOMETRIA DE DUODENO DE FRANGOS INOCULADOS
COM PROBIOTICOS
Duarte, I. N.1; Fonseca, B.B.2; Rossi, D. A.3; Beletti, M. E4.
Instituição: Universidade Federal de Uberlândia – UFU
[email protected]
Probióticos comerciais são usados na avicultura com a finalidade de controlar a
colonização de bactérias patogênicas no trato digestório, bem como suas atividades
maléficas. Funciona assim, como moduladores, formando uma microbiota intestinal
equilibrada e sadia, auxiliando a integridade do trato gastrointestinal e conseqüente
melhor absorção dos nutrientes. O objetivo desse estudo foi verificar os efeitos do uso
de probióticos sobre a morfometria da mucosa de duodenos de frangos inoculados.
Foram utilizadas 120 aves (60 teste e 60 controle) da linhagem Cobb-Vantress, alojadas
imediatamente após eclosão em gaiolas identificadas e separadas, em ambiente
controlado. As aves testes receberam ração suplementada com probióticos desde o
alojamento, e as aves controles receberam a mesma ração sem probióticos. Nos dias
1(um), 7(sete), 12, 18, 23 e 28 de idade as aves amostradas foram sacrificadas e o
duodeno retirado e colocados em formol 10% em tampão fosfato a 0,1 M, pH 7,2 por 48
hs. Fragmentos desses intestinos foram desidratados em séries alcólicas e após foram
diafanizadas em xilol e colocados em blocos de parafina para realização de corte
histologico de 5µm espessura, 2 cortes histológicos foram colocados em cada lâmina,
sendo corados pelas técnicas do HE (Hematoxilina - Eosina). A altura de vilo foi
medida a partir da região basal do vilo, coincidente com a porção superior das criptas,
até ao seu ápice e o estudo morfométrico da altura das vilosidades duodenais foram
realizadas com auxílio de microscópio binocular Olympus BX40 com objetiva de 4x,
acoplado a câmera Olympus OLY-200. As imagens foram avaliadas utilizando-se
software HL Image. Utilizando o teste t de student verificaram-se diferenças estatísticas
em aves com sete (7), 12 e 23 dias de idade. Conclui-se que a utilização de probióticos
em frangos de corte tem efeitos benéficos na integridade gastrintestinal nas fases iniciais
da vida do frango, podendo portanto, interferir no bom desempenho dos animais.
Palavras-chave: probiótico, morfometria, frango de corte.
72
OCORRÊNCIA DE Campylobacter sp EM SUABES CLOACAIS DE
FRANGO
Melo, R. T1.; Silva, D. S2.; Fonseca, B. B3.; Rossi, D. A4.
Instituição: Universidade Federal de Uberlândia – UFU
[email protected]
O gênero Campylobacter é indicado como a principal causa de gastrenterite em
humanos. Em crianças a doença pode ser mais grave, sendo que episódios de
campilobacteriose podem ser relacionados com outras doenças como a síndrome de
Güillain Barré, artrite reativa e síndrome de Fisher. O microrganismo é transmitido via
oral por alimentos contaminados, e a carne de aves e seus subprodutos são apontados
como os principais reservatórios dessa bactéria. Os índices de contaminação em
carcaças de frango por Campylobacter sp estão diretamente relacionados ao número de
microrganismos presentes na granja, às condições higiênico-sanitárias dos abatedouros,
e aos cuidados no preparo e conservação do alimento que será consumido. O
conhecimento da incidência de Campylobacter sp entre as aves irá permitir o
estabelecimento de formas de controle eficientes nas granjas e nos abatedouros para
impedir a disseminação desse agente e o conseqüente risco à saúde dos consumidores.
Com o objetivo de se verificar a incidência de Campylobacter sp em frangos de corte e
o risco de transmissão desse microrganismo aos humanos, foram coletados suabes
cloacais de 58 frangos de linhagem Cobb com 40 dias de idade, alojados em um aviário
localizado na região do Triângulo Mineiro. Após a coleta, as amostras foram
adicionadas em água peptonada tamponada estéril (APT), acondicionadas em caixa
isotérmica e imediatamente enviadas ao laboratório onde foram cultivadas em ágar
Brucella (Oxoid®) suplementado com a mistura antibiótica (20mg/L cefoperazona de
sódio, 20mg/L de vancomicina, 20g/L de trimetroprim, 50mg/L de cyclohexamina),
5,0% de sangue de ovino hemolizado e suplemento FBP (Oxoid®). As placas foram
incubadas em jarras de anaerobiose e atmosfera de microearofilia a 37ºC. Após 48
horas, as placas foram abertas e as colônias foram analisadas pela coloração de Gram
modificada e esfregaço a fresco para verificar a morfologia e motilidade típicas. Das
amostras pesquisadas, 44,83% (26/58) foram positivas. Isso enfatiza a necessidade de
melhorias nas condições de manejo sanitário na granja para diminuir a contaminação
dos lotes. Conclui-se que a incidência de Campylobacter sp em frangos é alta, e
cuidados são necessários durante o abate e processamento dos animais para diminuir o
risco de contaminação aos humanos.
Palavras-chave: campilobacteriose, suabes, frangos.
73
INFLUÊNCIA DE GENES DO COMPLEXO PRINCIPAL DE
HISTOCOMPATIBILIDADE DE
CLASSE 1(H-2D E H-2) NO DESENVOLVIMENTO DE LESÕES
CAUSADAS PELA INFECÇÃO ORAL DE CAMUNDONGOS COM
Toxoplasma gondii
Caixeta, D.R.1; Araújo, E. C. B.2; Coutinho, L.B.3; Silva, N. M.4
1-Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia,;
2-Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia;
3-Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia;
4-Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
Alguns genes do Complexo Principal de Histocompatibilidade de classe 1 (H-2d e H-2b)
podem estar relacionados à suscetibilidade à infecção por Toxoplasma gondii. O
presente estudo tem como propósito investigar o papel de genes do “MHC” de animais
resistentes e suscetíveis à infecção. Os animais C57BL/6 (H-2b), C57BKs/J (H-2d),
BALB/c (H-2d), e CB10-H2 (H-2b) foram inoculados por via oral com 5 (baixo inóculo)
ou 100 (alto inóculo) cistos da cepa ME-49 de T. gondii. Os órgãos foram coletados e
incluídos em parafina e corados com azul de toluidina para detecção e contagem de
mastócitos teciduais. Por meio da análise da curva de sobrevivência foi observado que
animais CB10-H2 são mais suscetíveis que os animais BALB/c infectados com 5 cistos
ou 100 cistos. Houve influxo de mastócitos no intestino delgado de todos os animais
infectados com 5 ou 100 cistos, sendo que os animais C57BL/6 e C57BKs/J
apresentaram um influxo menor quando comparados com os animais BALB/c e CB10H2. No pulmão os animais com o haplotipo do MHC parece influenciar o influxo de
mastócitos, pois animais com o haplotipo H-2d (C57BKs/J e BALB/c) apresentam
maior influxo quando comparados com os do haplotipo H-2b.
Palavras chaves: Complexo Principal de Histocompatibilidade; Toxoplasma gondii;
linhagens
74
OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA EM GATA COM USO DE
LÁTEX COMO MATERIAL DE SÍNTESE.
Costa, F.R.M.1; Dias, T.A2.; Ávila, D.F.2; Carneiro, D.D.3; Cesarino, M.2; Salomão,
L.S.2 ; Castro, J.R.4
1-Médica Veterinária Administrativa do Hospital Veterinário. FUNDAP/UFU.
2-Residente do Hospital Veterinário. Faculdade de Medicina Veterinária/FAMEV.
Universidade Federal de Uberlândia/UFU. .
3-Graduando Universidade Federal de Goiás UFG
4-Pós-graduando em Ciências Veterinárias/FAMEV/UFU.
[email protected]
A ovariosalpingohisterectomia (OSH) é um dos procedimentos cirúrgicos mais
freqüentes na rotina clínico-cirúrgica de pequenos animais, empregada tanto como
método contraceptivo como para resolução de processos patológicos sediados nos
ovários e/ou útero. Além do material de síntese usualmente utilizado, como fios de
algodão, seda e mono-nylon, novos materiais têm sido continuamente testados com a
finalidade de minimizar complicações pós-operatórias, como rejeição ou deiscência de
sutura. Uma gata adulta foi encaminhada para OSH eletiva no Hospital Veterinário da
Universidade Federal de Uberlândia. O exame clínico e laboratorial pré-operatório
(hemograma e urina de rotina) não apresentou alterações. O animal foi submetido aos
protocolos pré-operatórios e anestésicos empregados rotineiramente no centro cirúrgico.
Realizou-se a técnica cirúrgica usual para castração de fêmeas. O material de síntese
utilizado para ligadura dos pedículos ovarianos e transfixação do corpo uterino consistiu
em “fio” de látex confeccionado a partir de luva cirúrgica estéril comercial. O animal
recuperou-se dentro do período médio esperado para o referido procedimento. Os
exames laboratoriais (hemograma e urina de rotina) solicitados aos quinze, trinta e
quarenta e cinco dias pós-operatórios também não demonstraram alterações. A partir
dos resultados acima citados concluiu-se que o “fio” de látex utilizado ofereceu
resistência apropriada para a técnica e apresentou-se biocompatível.
Palavras-chave: látex, biocompatibilidade, ovariosalpingohisterectomia.
75
OCORRÊNCIA DE ESPÉCIES SINANTRÓPICAS EM
INDÚSTRIAS PROCESSADORAS DE PRODUTOS DE ORIGEM
ANIMAL
Carmo, D. M. G¹; Sola, M. C.¹; Mendonça, E. P.¹; Lima, A. M. C.²
1- Graduadas da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Uberlândia.
2- Professora Doutora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal
de Uberlândia.
Universidade Federal de Uberlândia- Faculdade de Medicina Veterinária
[email protected]
Uma determinada espécie de animal pode ser considerada como praga quando a
mesma causa danos econômicos, sociais ou psicológicos ao homem. Diversos setores
das cadeias produtivas do agronegócio, como nas indústrias de processamento de
carnes, usinas de álcool e açúcar, fábricas de rações, granjas e pequenas criações de
animais também sofrem a ação destas espécies, também conhecidas como
sinantrópicas. Os objetivos desse estudo foram: caracterizar as espécies sinatrópicas
que ocorrem em duas indústrias processadoras de produtos de origem animal do
Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba; verificar se existe correlação entre a ocorrência
destas espécies e dados geográficos da região e quais foram as barreiras físicas e
armadilhas químicas mais utilizadas. Foram utilizados 48 laudos técnicos referentes
aos anos de 2005 e 2006 fornecidos por uma empresa de Controle Ambiental,
equivalentes à prestação de serviços de controle de pragas a duas Indústrias
processadoras de produtos de origem animal da região, uma de Uberlândia e outra de
Patrocínio, MG. Após a análise desses laudos verificou-se que nas duas Indústrias as
pragas que mais ocorreram foram moscas, baratas e roedores, sendo que na Indústria
A, a praga de maior infestação foi a barata e na Indústria B foram os roedores. Não
houve correlações significativas entre as variáveis de temperatura, umidade,
precipitação e dias de chuva com a presença de pragas (baratas, moscas e roedores)
para a indústria A nos dois anos estudados, e para a indústria B no ano de 2006. A
correlação entre a ocorrência destas espécies e dados geográficos foi estatisticamente
significante durante o ano de 2005 apenas na Indústria B. As barreiras físicas mais
utilizadas nas duas Indústrias foram telamento de janelas, utilização de cortinas de ar,
vedação de vãos sob portas, proteção anti-praga nos ralos e manutenção de portas
fechadas, enquanto que as armadilhas químicas mais usadas foram armadilhas adesivas
ou pegajosas, ferormônio e pontos permanentes de envenenamento.
Palavras-chave: pragas; indústrias; controle integrado.
76
CORREÇÃO CIRÚRGICA DE HIPOPLASIA DE CAUDA EM
CANINO.
Costa, F.R.M.1; Tsuruta, S.A.1; Dias, T.A.2; Ávila, D.F.2; Carneiro, D.D.3; Cesarino,
M.2; Castro, J.R.4
1-Médica Veterinária Administrativa do Hospital Veterinário. FUNDAP/UFU.
2-Residente do Hospital Veterinário. Faculdade de Medicina Veterinária/FAMEV. 3Universidade Federal de Uberlândia/UFU.
4-Graduando Universidade Federal de Goiás UFG.
5-Pós-graduando em Ciências Veterinárias/FAMEV/UFU.
[email protected]
A hipoplasia é definida como ausência de desenvolvimento ou desenvolvimento
incompleto de um órgão ou estrutura. Os casos de hipoplasia consistem, em sua
maioria, em anomalias congênitas, ocorrendo antes do nascimento, embora possam ser
determinados durante períodos de crescimento pós-natal. Sua etiologia envolve
distúrbios genéticos, deficiências hormonais, agentes infecciosos e substâncias tóxicas.
A freqüência e a variedade de malformações pré-natais são consideráveis, destacando-se
entre elas os eventos relacionados à interrupção do desenvolvimento, acarretando
deformidades relacionadas ao tamanho ou forma de estruturas orgânicas, como, por
exemplo, a redução numérica de vértebras coccígeas, as quais normalmente somam
entre seis e vinte e três. Um cão da raça Poodle, fêmea, com cinco meses de idade, foi
atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, apresentando
emagrecimento, desidratação, descontrole do esfíncter anal, ausência de cauda aparente,
vértebras coccígeas sepultadas na musculatura adjacente e região perianal edemaciada e
eritematosa. O animal foi encaminhado ao setor de clínica cirúrgica, onde se realizou
tricotomia e anti-sepsia da região perianal e subseqüente cateterização venosa para
fluidoterapia e medicações pré-operatórias. A abordagem cirúrgica inicial consistiu em
incisão de pele em torno das vértebras coccígeas sepultadas, divulsão romba dos tecidos
moles adjacentes, exposição das vértebras e plastia com sutura de pele em torno das
mesmas. Para correção do transtorno do esfíncter anal procedeu-se a amputação do reto.
Além do protocolo pós-operatório rotineiro, recomendou-se dieta pastosa. O emprego
das técnicas cirúrgicas supracitadas foi eficaz, pois contemplou o aspecto estético e
solucionou os demais transtornos apresentados pelo paciente, o qual se recuperou
plenamente.
Palavras-chave: hipoplasia, vértebras coccígeas, cão.
77
HERNIORRAFIA INGUINAL EM CÃO ASSOCIADA À
UTILIZAÇÃO DE AGRAFES.
Costa, F.R.M.1; Faria, M.A.R.2; Dias, T.A.3; Ávila, D.F.3; Carneiro, D.D.4; Cesarino,
M.3; Castro, J.R.5
1-Médica Veterinária Administrativa do Hospital Veterinário. FUNDAP/UFU.
2-Prof. Ms. Disciplina Técnica Operatória/FAMEV/UFU.
3-Residente do Hospital Veterinário. Faculdade de Medicina Veterinária/FAMEV.
Universidade Federal de Uberlândia/UFU.
4-Graduando Universidade Federal de Goiás/UFG.
5-Pós-graduando em Ciências Veterinárias/FAMEV/UFU.
[email protected]
A herniação inguinal e perineal é decorrente de defeitos na parede muscular da cavidade
abdominal e diafragma pélvico, resultando em exteriorização de tecido adiposo
retroperitoneal ou vísceras, principalmente alças intestinais e/ou vesícula urinária. Os
fatores associados à predisposição ao transtorno são: sexo masculino, cães não
submetidos à orquiectomia, desequilíbrio hormonal, prostatopatias, constipação, idade
avançada, animais sem raça definida e da raça boxer. O tratamento preconizado consiste
em herniorrafia para reconstituição da parede comprometida e correção de comorbidades relacionadas, sob pena de recorrência da hérnia. Ainda assim registra-se
recidiva em 31 a 45% dos casos. Um cão sem raça definida, de sete anos de idade, foi
atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, com queixa de
aumento de volume na região perianal esquerda, oligúria e constipação. O histórico
constava de episódio semelhante na região contralateral há aproximadamente dois anos,
e na região inguinal esquerda há cerca de três anos, ambos diagnosticados como hérnias
e corrigidos cirurgicamente pela técnica clássica de herniorrafia. O exame clínico e
laboratorial pré-operatório (hemograma e urina de rotina) não apresentou alterações,
porém, durante a realização de enema, observou-se dilatação da ampola retal,
confirmada pelo exame de toque. O animal foi submetido aos protocolos préoperatórios e anestésicos empregados rotineiramente no centro cirúrgico. Foram
realizadas, através de técnicas cirúrgicas clássicas, prostatectomia, orquiectomia e
herniorrafia. Após 12 dias o paciente retornou ao setor de clínica cirúrgica
apresentando, novamente, aumento de volume na região inguinal e perianal esquerda,
oligúria e constipação. O animal foi submetido aos protocolos pré-operatórios e
anestésicos citados anteriormente, à herniorrafia associada à utilização de agrafes para
reforço da musculatura inguinal e à amputação de reto. O animal recuperou-se dentro do
período médio esperado para os referidos procedimentos. A partir dos resultados
relatados concluiu-se que o material ofereceu a resistência necessária para a
reconstituição e sustentação da musculatura inguinal, evitando recorrência de herniação.
Palavras-chave: herniorrafia, agrafes, cão.
78
IRRIGAÇÃO DO TIMO EM AVES (Gallus gallus) POEDEIRAS DA
LINHAGEM BOVANS GOLDLINE
Mendonça, E. P.¹; Sola, M. C.¹; Noleto, P. G.¹; Silva, F. O. C.²
1-Graduados da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Uberlândia.
2- Professor Doutor Titular da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade
Federal de Uberlândia.
Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
O timo é um órgão de considerável importância no complexo imunológico das aves,
mostrando a necessidade do conhecimento básico de sua morfologia e dos vasos
responsáveis pelo transporte de nutrientes ao tecido tímico. Assim, este trabalho teve o
objetivo de determinar o número de lobos tímicos, a origem e o número das artérias do
timo em aves (Gallus gallus) da linhagem Bovans Goldline, visando um aprimoramento
da anatomia comparativa. Estudaram-se 30 aves Gallus gallus, poedeiras da linhagem
Bovans Goldline, com 15 semanas de idade. Estas foram dissecadas após injeção, via
artéria isquiática esquerda, de solução aquosa marcadora de vasos sanguíneos, coradas
com pigmento específico, e fixadas em solução aquosa de formol a 10%. A partir dos
resultados concluiu-se que em todos os casos estudados foram observadas as presenças
de lobos tímicos apenas na região cervical, dispondo-se linear, paralela e lateralmente
no pescoço, apresentando formas e tamanhos diferentes, e em intrínseca relação com a
artéria comum do nervo vago e veia jugular. A irrigação do timo foi feita por ramos
oriundos das artérias comum do nervo vago, cutânea cervical ascendente, tireóidea
cranial e ramos cutâneos presentes em ambos os antímeros, além da artéria ingluvial
direita presente apenas em um caso. O número de lobos tímicos variou de 2 a 6 em
ambos os antímeros. Os lobos tímicos cervicais do antímero direito receberam,
independentes de suas origens, de 9 a 24 ramos, enquanto que no antímero esquerdo os
lobos receberam de 7 a 25 ramos.
Palavras-chave: Gallus gallus, linhagem Bovans Goldline, timo.
79
CONVIVÊNCIA ENTRE HOMENS E ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
Zerlotini, A.D.1; Felice, J.O.1; Bernardes, V.P.1; Martins, L.K.1; Canabrava, A.C.M.N.1;
Santos, P.A.1; Almeida, L.P.2
1-Estudantes de Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia, Av.
Pará, 1720 – Campus Umuarama – Bloco 2T. Cep: 38400-902, Uberlândia, MG.
2-Professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Uberlândia. Av. Pará, 1720 – Campus Umuarama – Bloco 2T. Cep: 38400-902,
Uberlândia, MG.
[email protected]
A convivência entre homens e animais de estimação é de grande importância e
atualidade, podendo, no entanto, adquirir um caráter positivo ou negativo, dependendo
do tipo de relação que se estabelece. O médico veterinário é o profissional mais
importante nessa interação, o qual poderá influenciar de maneira eficaz para o sucesso
desta. Objetivou-se estudar a convivência entre homens e animais de estimação por
meio de uma amostra de proprietários e cães. Coletando-se informações referentes a 329
casos por meio de um questionário pré-testado, codificado e padronizado no período de
agosto a setembro de 2008. A coleta foi realizada por estudantes de veterinária,
previamente treinados. Com relação à convivência dos cães com os seus donos, foi
constatado que 91,5% dos animais não são adestrados. E, em 86% dos casos os animais
não saem sozinhos na rua. Com relação a passear com os animais, 71,1% afirmaram que
sim, sendo que 37,1% o fazem de 1 a 4 vezes por semana e 21,9% de 1 a 3 vezes ao dia
e 56,8% utilizam coleira ao passear. Quanto à utilização dos cães, 46,2% são para
companhia, 44,1% para companhia e guarda e apenas 9,1% são para guarda. Em relação
aos responsáveis pelo tratamento do animal, 72,9% são várias pessoas da família e
19,1% somente o proprietário. De todos os donos entrevistados, 92,7% brincam com
seus cães, sendo que 46,2% mais de 1 vez por dia, 17,3% 2 a 3 vezes por semana e
16,4% 1 vez por dia. Concluiu-se que alguns aspectos da convivência entre cães e
proprietários avaliados não estão de acordo com o manejo recomendado por
veterinários. Sendo que alguns desses aspectos do manejo inadequado podem levar ao
desenvolvimento de estresse e agressividade na convivência entre homens e animais.
Palavras-chave: Convivência, Homens, Animais de Estimação.
80
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE CÃES
Felice, J.O.1; Zerlotini, A.D.1; Bernardes, V.P.1; Vieira, A.M.1; Canabrava, A.C. 1;
Munhoz, A. K.1; Almeida, L.P.2
1-Estudantes de Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia, Av.
Pará, 1720 – Campus Umuarama – Bloco 2T. Cep: 38400-902, Uberlândia, MG.
2-Professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Uberlândia. Av. Pará, 1720 – Campus Umuarama – Bloco 2T. Cep: 38400-902,
Uberlândia, MG.
[email protected]
A domesticação de cães é datada de 15 a 20 mil anos, quando estes animais passaram a
consumir dietas similares a de seus donos, pois, muitas vezes, consumiam as sobras da
alimentação humana. Atualmente, a dieta oferecida deve ser apropriada ao tamanho,
idade e atividade do cachorro. Tanto a ração quanto a comida caseira são permitidas,
sendo o uso da ração a opção ideal, além de mais prática. Em qualquer uma destas
formas de alimentação é necessária a quantidade ideal de nutrientes como: proteínas,
carboidratos, lipídios e vitaminas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o tipo, a
freqüência e composição nutricional dos alimentos oferecidos aos cães. Foram coletadas
informações referentes a 249 casos de cães atendidos no Hospital Veterinário da
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), utilizando-se questionários pré-testados e
padronizados no período de março a abril de 2008. A coleta foi realizada por estudantes
de veterinária. Com relação à alimentação oferecida aos cães, 38,6% dos proprietários
oferecem ração e comida humana, 57,4% tratam seus cães apenas com ração e 4%
apenas comida humana. Proprietários em 54,6% dos casos colocam alimentos 2 vezes
ao dia para seu animal e, além destas refeições 66,3% destes ofertam outros tipos de
alimentos (petiscos), sendo que 35,3% ofertam de 1 a 3 vezes ao dia. Pode-se observar
que dentre os alimentos, 63,0% são carboidratos, 17,0% são proteínas, 19,4% são
vitaminas/minerais e 0,6% lipídeos. Com base nos resultados obtidos, concluiu-se que a
maioria dos proprietários age de maneira correta no manejo alimentar de seus animais.
Embora muitos ofereçam outros tipos de alimentação inadequados, como “petiscos”
podendo ter uma quantidade maior de carboidratos que pode justificar o aumento do
número de cães obesos, da incidência de diabetes mellitus e hiperglicemia gerando
endocrinopatias no animal.
Palavras-chave: alimentação, nutrição, cães.
81
PERFIL VASCULAR DO OVIDUTO EM AVES DOMÉSTICAS
(Gallus gallus domesticus) DA LINHAGEM COBB.
Innocentini, R.C.P.1; Severino, R.S.2.
1-Acadêmico(a) da Faculdade de Medicina Veterinária (FAMEV) da Universidade
Federal de Uberlândia (UFU).
2-Professor Titular Doutor. FAMEV/UFU.
[email protected]
As aves deste estudo foram dissecadas a fim de se observar a vascularização do oviduto,
órgão este responsável pela produção de ovos. O material foi doado pela empresa
Globo Aves, sediada em Uberlândia – MG. Os espécimes tiveram seus contingentes
arteriais injetados com solução corada de neoprene látex, por meio de cânulas de
polietileno, a partir da artéria isquiática esquerda. Na seqüência injetou-se uma solução
aquosa de formol a 10%, vias subcutânea e intracavitária, o que possibilitou a fixação
do material. A fixação não procedeu-se de maneira adequada devido a utilização de
formol já empregado em outros experimentos, portanto algumas aves foram perdidas,
por conseguinte à reposição destas, o cronograma encontra-se atrasado e o período de
execução renovado. Iniciou-se então, individualmente a dissecação da região
circunscrita ao oviduto. Oportunamente confeccionou-se modelos esquemáticos
representativos da irrigação pertinente a cada ave. Não foi possível por hora a execução
de um tratamento devido ao pequeno número de aves já dissecadas e esquematizadas.
Porém, pode-se afirmar que as aves até então observadas têm a irrigação do oviduto
proveniente da artéria cranial do oviduto que emerge do ovário esquerdo. E na face
lateral do oviduto, encontra-se mais ramos arteriais do que a face medial.
Palavras-chave: Oviduto, irrigação, aves.
82
ARTÉRIAS DA GLÂNDULA UROPIGIANA EM AVES (Gallus
gallus) POEDEIRAS DA LINHAGEM BOVANS GOLDLINE
Noleto, P. G.1; Silva, F. O. C.2; Mendonça, E. P.3; Sola, M. C.3
1-Acadêmico Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Uberlândia,
email:
2-Orientador. Professor Doutor Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade
Federal de Uberlândia
3-Acadêmica Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
A glândula uropigiana é característica das aves. Considerada como sebácea, possui dois
lobos sendo responsável pela produção de uma secreção que tem por finalidade a
impermeabilização das penas desse animais. Foram utilizados 30 exemplares da espécie
Gallus gallus da linhagem Bovans Goldline, com aproximadamente 15 semanas de
idade. No sistema vascular arterial, após morte natural, foi injetada solução aquosa de
Neoprene Látex “450” a 50%, via artéria isquiática esquerda. As aves foram dissecadas
após 48 horas de fixação em solução aquosa de formol a 10%. A irrigação da glândula
uropigiana mostrou-se proveniente da artéria caudal mediana, como prolongamento da
artéria aorta descendente, por meio de dois ramos direito e esquerdo que emitiram os
ramos glandulares laterais e mediais direito e esquerdo. Ambos os lobos foram
igualmente irrigados por seus respectivos ramos glandulares, sendo os ramos mediais
mais presentes na irrigação quando comparados aos laterais.
Palavras-chave: irrigação, glândula do óleo, linhagem Bovans Goldline.
83
ARTÉRIAS DA BOLSA CLOACAL DE Struthio camelus.
Silva, F.O.C.¹; Honorato, A.G.O.³; Pereira, C.C.H.²; Ortega, J.F.³
1 - Professor Doutor da FAMEV/UFU.
2 - Professor Mestre da Faculdade de Medicina Veterinária da Fundação Pinhalense de
Ensino.
3 - Graduada FAMEV/UFU.
ENDEREÇO: - Av. Pará, 1720 – Jardim Umuarama- CEP: 38405-320 – Tel.:(34)
32182217.
Instituto de Ciências Biomédicas da UFU - Campus Umuarama, Bloco 2A.
[email protected]
Atualmente o mercado de aves tem demonstrado interesse cada vez maior na criação e
comercialização de avestruzes. Pesquisas e estudos anatômicos ainda são escassos,
principalmente na vascularização dessas aves. O objetivo do presente trabalho foi
estudar a origem, o número e a distribuição das artérias da bolsa cloacal de Struthio
camelus. Para tal, foram utilizados 32 exemplares de ambos os sexos com 4 dias de
idade. Após morte natural, injetou-se no sistema arterial das aves uma solução aquosa
de Neoprene Látex 450 a 50%, corando-a com pigmento específico seguido de fixação
em formol a 10%. Após dissecações obtivemos os seguintes resultados: a artéria
mesentérica caudal contribui em 100% dos casos, sendo evidenciadas anastomoses da
mesma com o ramo colateral cranial da artéria bursocloacal esquerda em 1 caso
(3,125%) e da bursocloacal direita em 5 casos (15,625%) e a participação das artérias
pudendas internas foi constante com um ramo em todos os casos. Ainda houve a
contribuição das artérias bursocloacais esquerdas com 1 ramo em 1 caso (3,125%), com
2 ramos em 13 casos (40,625%) e com 3 ramos em 2 casos (6,25%) e bursocloacais
direitas com 1 ramo em 1 caso (3,125%), com 2 ramos em 11 casos (34,375%) e com 3
ramos em 4 casos (12,5%). Concluiu-se que a distribuição dos vasos na parede da bolsa
cloacal em avestruzes (Struthio camelus) variou de 2 a 4 ramos arteriais, independente
de suas origens.
Palavras-chave: vascularização, órgão linfóide, avestruz
84
COMPORTAMENTO ANIMAL DO QUATI (Nasua nasua) NO
ZOOLÓGICO DO PARQUE DO SABIÁ DE UBERLÂNDIA-MG E
PROPOSTAS DE ENRIQUECIMENTO DO CATIVEIRO
Veríssimo, S²; Mendonça, G.A.¹; Aguiar. B.O.¹; Noronha, B.S.¹; Silva; M.C.A¹; Franco,
F.F¹.
¹ Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade Federal de Uberlândia
² Faculdade de Medicina Veterinária Bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET)
Institucional da Faculdade de Medicina Veterinária-Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
Todo manejo animal deve pressupor conhecimento, controle e monitoramento. Existem
várias formas de manutenção de seres silvestres em ambiente fechado, como a criação
conservacionista, científica, comercial ou parque zoológico. Cada uma possui uma
legislação determinada pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais). Os locais devem ser adequados para os animais sentirem-se
confortáveis. Em cativeiros a monotonia e o stress são evidentes. É necessário, portanto,
que profissionais, procurem soluções práticas e baratas para solucionar estes problemas.
O Quati (Nasua nasua) pertence ao filo Chordata, classe Mammalia, ordem Carnívora,
família, Procyonydae, seu habitat são florestas, cerrado e caatinga é uma animal de
habito diurno, onívoro, encontrado na maioria da América, mede aproximadamente 75
cm sem sua cauda, pesa de 3 a 6 kg, sua coloração varia de cinza ao marrom
avermelhado, possuem gestação de 67 a 73 dias, com ninhadas de 3 a 5 filhotes. São
bastante sociáveis vivendo em grupos, os machos adultos ficam separados só retornando
ao grupo na época de acasalamento. Encontra-se ameaçado de extinção devido à
destruição e redução das florestas, como causa danos em lavouras e pomares, muitas
vezes é perseguido e eliminado. Os objetivos desse projeto são: observar condição de
vida dos animais, a sua rotina, verificando quais comportamentos indicam stress para
que posteriormente possam sofrer um processo de enriquecimento. Para o projeto foram
observados 3 Quati fêmeas, do Parque do Sabiá na cidade de Uberlândia-MG. A
observação foi feita a uma distancia de 3m durante 20 horas. Nos dias 28/7 e 8/9 de
2006. Os comportamentos foram anotados seguindo uma lógica de que quando eles se
movimentassem ou fizessem algo diferente seria colocado no papel. Com isso,
ocorreram anotações de dez em dez minutos, de cinco em cinco e até mesmo de trinta
em trinta minutos, quando o descanso predominava na jaula, este método é denominado
focal, onde são registradas todas as diferentes atividades realizadas pelo animal,
tomando nota de qual a atividade e em que horário acontecia. Com a observação notouse que as condições na jaula são um tanto quanto precárias, sem opção quase nenhuma
para a distração do animal. Foram então destacados aqueles comportamentos que
demonstram stress: Morder o rabo, subir pelas paredes e grades, tremer a boca, olhar
fixamente para o chão, ficar estáticas, vasculhar um cano. Todas estas observações são
indicativas de pacing, ou seja, comportamento repetitivo não comum ao animal quando
no seu habitat natural. Além dos comportamentos indicativos de estresse foi bastante
notável a monotonia das cativas, demonstrada pela porcentagem de tempo em que elas
ficavam sem realizar nenhuma atividade. Das três quatis a que ficava mais tempo sem
realizar atividades era a mais idosa, também a que se demonstrava mais estressada,
enquanto as mais jovens eram mais ativas apesar de também sofrerem com a monotonia
da vida cativa. Para diminuir o estresse desenvolvemos proposta de enriquecimento do
ambiente e melhoria da vida das cativas. Uma delas é adequar o recinto aos padrões do
Ibama. Outra proposta é alimentá-las, em locais diferentes a cada dia, ou dentro cocos,
85
para que as quatis possam ter mais dificuldade para obter o alimento, distraindo-as.
Variar a dieta também é importante, visto que são animais onívoros e possuem uma
dieta vasta. Trocar o chão de cimento por terra, colocar pequenas árvores ou galhos na
jaula, trocar a laje por uma grade (possibilitando que o sol entre na jaula), criar um nível
superior na jaula (possibilitando que eles andem no alto, imitando a copa das árvores).
Sabe-se que elas preferem dormir em árvores então outra mudança que poderia ser feita
é colocar as casinhas onde elas dormem no alto. Assim elas podem ter uma vida menos
monótona e com menos estresse.
Palavras chave: quati, pacing, zoológico.
86
FATORES QUE AFETAM A TAXA DE OVULAÇÃO AO FINAL DO
PROTOCOLO DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO
FIXO (IATF)
N. Bortoletto; C. F. Barbosa; I. M.Queiroz; M. Melo Junior; E.G. Diniz; R. M. Santos
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade Federal de Uberlândia, Av. Pará,
1720, Campus Umuarama - Bloco 2T, CEP 38400-902 – Uberlândia, MG
[email protected]
A eficiência reprodutiva é um dos fatores que mais contribui para melhorar o
desempenho e a lucratividade dos rebanhos leiteiros. A sincronização da ovulação e a
inseminação artificial em tempo fixo têm sido usadas em bovinos visando tornar o
manejo reprodutivo mais eficiente, corrigindo os problemas de falha de detecção de cio.
Porém diferentes formas de estresse podem levar à falha da ovulação, um fator
importante a ser considerado ao se avaliar causas de infertilidade em rebanhos leiteiros.
O objetivo foi avaliar os fatores que afetam a taxa de ovulação ao final do protocolo de
inseminação artificial em tempo fixo. Foram realizados 156 protocolos de IATF em 94
vacas mestiças pertencentes ao rebanho da Fazenda Experimental do Glória, da
Universidade Federal de Uberlândia, no período de Maio de 2007 e Maio de 2008. Foi
utilizado o seguinte protocolo: Dia 0 – aplicação de 2 mg de cipionato de estradiol +
inserção de dispositivo intravaginal de progesterona (CIDR); Dia 7 – aplicação de 12,5
mg de Dinoprost; Dia 9 – retirada do CIDR + aplicação de 1 mg de cipionato de
estradiol. Foi observado cio após o final do protocolo, as vacas que deram cio foram
inseminadas 12 horas após a detecção e as demais foram insemanadas em tempo fixo 48
horas depois. Reutilizou-se cada dispositivo de progesterona por até 2 vezes. A taxa de
ovulação ao protocolo foi avaliada pela presença de corpo lúteo (CL) entre 7 e 14 dias
após a inseminação, deterninada por exame ultra-sonografico. Utilizou-se o teste não
paramétrico para avaliar a taxa de ovulação, foram incluídos no modelo os efeitos de
dias pós-parto (DPP), presença de CL no início do protocolo, escore de condição
corporal (ECC), número de re-ultilizações do CIDR e estação do ano. A taxa de
ovulação ao final do protocolo foi de 90,3%. Não foi detectado efeito de DPP, presença
de CL, estação do ano e uso prévio de CIDR Provavelmente não foi detectado efeito de
estação do ano porque as vacas utilizadas eram mestiças, mais adaptadas ao calor.
Foram detectados efeitos (P<0,05) do ECC na taxa de ovulação, com os seguintes
resultados: 2,25 = 100%; 2,50 = 84,4%; 2,75 = 91,1% e 3,00 = 88,9% de taxa de
ovulação. Conclui-se que o protocolo de IATF empregado no presente trabalho pode ser
utilizado em vacas com ECC acima de 2,25, e que a presença de CL no início do
protocolo e que a re-utilização do CIDR não comprometem os resultados de taxa de
ovulação em vacas leiteiras mestiças.
Palavras-chave: sincronização, progesterona, vacas de leite.
87
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS E
HEMATOLÓGICOS DA INFECÇÃO NATURAL POR Ehrlichia spp
EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DE
UBERLÂNDIA, MINAS GERAIS
Brito, C. S.1; Chagas, L. G. S. 2; Scherer, D. L.1; Miranda, R. L.3; Gonçalves, F. C.4;
Tavares, M.5; Mundim, A. V.5
1. Residentes em Laboratório Clínico, Faculdade de Medicina Veterinária da
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
2. Acadêmica em Medicina Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária – UFU
3. Pós-graduanda em Ciências Veterinárias da UFU, 4. Técnico do Laboratório Clínico
Veterinário-UFU
5. Docentes da Universidade Federal de Uberlândia.
[email protected]
Parasitas e bactérias transmissíveis pelo carrapato são patógenos significantes de cães
domésticos e com potencial significância para saúde pública. No mínimo cinco espécies
de bactérias dos gêneros Ehrlichia e Anaplasma (E. canis, E chaffeensis, E. ewingii, A.
platys e A. phagocytophilum) têm sido detectadas em cães domésticos. Ehrlichia canis é
a mais freqüente em cães domésticos e tem distribuição mundial. Embora não seja
considerada zoonose nos Estados Unidos, infecções humanas com E. canis ou com
organismo relacionado à esta espécie foram detectadas na Venezuela. O principal vetor
da E. canis é o carrapato vermelho dos cães, Rhipicephalus sanguineus. O objetivo foi
avaliar alguns aspectos epidemiológicos, clínicos e hematológicos de cães portadores de
mórulas de Ehrlichia sp em leucócitos de sangue periférico, os quais foram submetidos
a exames no Laboratório Clínico do Hospital Veterinário em Uberlândia, Minas Gerais,
no período de 14 de março de 2007 a 14 de março de 2008. A pesquisa de mórulas foi
realizada em extensões de sangue obtidas de capilares marginais da orelha coradas pelo
May- Grünwald-Giemsa. O hemograma dos animais portadores de mórula foi feito em
contador automático (ABC Vet) e a contagem diferencial de leucócitos realizada nas
extensões acima mencionadas. Os dados clínicos, sexo e idade foram obtidos dos
prontuários dos animais. Dos 1777 animais pesquisados, 171 (9,62%) apresentaram
mórulas de Ehrlichia sp em leucócitos, dos quais 48,54% eram machos e 51,46%
fêmeas. Com relação à faixa etária, 32,75% tinham menos de 1 ano de idade, e 21,05%
tinham entre 5 e 10 anos de idade. Os sintomas clínicos foram variados, sendo os mais
freqüentes mucosa hipocorada e aumento de linfonodo (44,93%), apatia (43,67%),
esplenomegalia (34,81%), anorexia (31,64%), vômito (29,11%), seguidos de outros
sintomas. Dos cães examinados, carrapatos estavam presentes em 50,00%. Após
confrontados os valores dos parâmetros hematológicos individuais dos animais
estudados com valores de referência citados por Meinkoth e Clinkenbeard (2000),
observou-se anemia em 77,78% dos animais, trombocitopenia (84,80%), desvio nuclear
de neutrófilos para esquerda (74,27%), eosinopenia (61,99%) e leucopenia (28,65%).
Entre os animais anêmicos, 51,46% apresentaram anemia do tipo normocítica
normocrômica e 14,03%, anemia normocítica hipocrômica. Conclui-se que a erliquiose
canina é uma patologia de importância clínica relevante em nosso meio, pela sua
significativa prevalência entre a população canina, em especial, nos animais abaixo de
um ano de idade, e causa alterações fisiológicas marcantes no animal, podendo levá-lo à
óbito.
Palavras - chave: hematologia, aspectos clínicos, erliquiose canina.
88
ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO DO NERVO AXILAR EM SUÍNOS DA
ESPÉCIE SUS SCROFA DOMESTICUS – LINNAEUS DA
LINHAGEM AG-1050.
Chagas, L. G. S.1; Gomes, L. R.1; Guimarães, C. P. A.1; Hodniki, N. F.1; Santos, R. F.2; Silva, F.
O. C.3; Drummond, S. S3; Severino, R. S.3
1. Acadêmicos em Medicina Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária da UFU
(Universidade Federal de Uberlândia);
2. Acadêmica em Medicina Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária – UFU,
3. Docentes da UFU.
[email protected];
Os nervos do plexo braquial representam um papel fundamental na inervação do membro torácico
e suas lesões comprometem e interferem no desenvolvimento e manutenção das condições físicas e
orgânicas ideais, causando principalmente disfunções locomotoras. Há certa dificuldade para
diagnosticar ferimentos nos nervos devido ao desempenho dos testes, cooperação do paciente e
falta de evidencias. Com o objetivo de determinar a origem e a distribuição do nervo axilar, foram
dissecados 30 fetos de suínos Sus scrofa domesticus da linhagem “Agroceres” AG-1050, de ambos
os sexos. Para o preparo do material e sua fixação, injetou-se através da aorta descendente
torácica, solução aquosa de formol a 10%. O nervo axilar deriva dos ramos ventrais dos 7° e 8°
nervos espinhais, sendo suas ramificações identificadas para os músculos supra-espinhal, infraespinhal, deltóide, redondo menor, cabeça lateral e longa do tríceps braquial, subescapular,
redondo maior e parte cleidobraquial do braquiocefálico.
Palavras-chave: anatomia, nervo, suíno
89
ADMINISTRAÇÃO DE VITAMINA A NA PREVENÇÃO DE
MASTITE EM VACAS NO INÍCIO DA LACTAÇÃO
Alves, A.C ¹.; Lima-Ribeiro A.M..C ².; Tavares, M.³
1-Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia
2- Docente da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Uberlândia
3- Docente da Faculdade de Matemática da Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
A alta prevalência de mastite em fêmeas bovinas nos rebanhos leiteiros em todo o
mundo gera grandes prejuízos para a atividade, justificando-se a necessidade de
pesquisas, buscando alternativas que minimizem os impactos econômicos e
conseqüentemente sociais causados pela doença. No Brasil, pode-se deduzir que em
função da alta prevalência de mastite nos rebanhos, possa ocorrer perda na produção de
cerca de 15%. A vitamina A é um nutriente que se destaca pela suas funções na visão,
no crescimento celular normal e na integridade de epitélios e mucosas. O objetivo deste
estudo foi avaliar se existe relação entre a administração de Vitamina A e a incidência
de mastite clínica e subclínica no pós-parto e correlacionar com resultados dos exames
de Tamis, California Mastitis Test (CMT), composição do leite (teor de gordura,
proteína, lactose, sólidos totais e extrato seco desengordurado), acidez titulável e CCS
(Contagem de Células Somáticas). Os 24 animais foram escolhidos aleatoriamente
conforme a data de parição (início do 9º mês de gestação) prevista e fornecida Vitamina
A (200 000 UI) injetável por via intramuscular e cápsula entérica fornecidos por via oral
aos 30, 15 e 5 dias antes do parto e aos 7 dias pós-parto e feitos os testes e coletadas as
amostras após 15 dias da parição. Outros 12 animais foram escolhidos aleatoriamente
para compor o grupo controle, nestes animais não foi administrado nenhum
componente, apenas feito o mesmo acompanhamento pós-parto e procedimentos de
testes e coleta de amostras. Para comparação dos grupos a um só tempo, estabelecendo a
diferença mínima significante, foi utilizado o Teste de Tukey ao nível de 5%. As
variáveis: acidez titulável, teor de gordura, proteína, lactose, sólidos totais e extrato seco
desengordurado, analisadas não foram estatisticamente diferentes em nenhum dos
grupos. Já a variável CCS foi estatisticamente significante apenas no grupo oral com
média de 437 980 células/ml. Assim o grupo oral quando comparado com o
intramuscular e controle não foi eficiente contra a enfermidade, uma vez que a média
excedeu o valor referencial de até 200 000 células/ml, determinando a prevalência de
mastite, o que pode ser explicado pela ineficiência da administração oral da vitamina A
ou mesmo o stress causado nos animais deste grupo para a ingestão da vitamina.
Palavras chaves: mastite, vitamina A, prevenção
90
BIOMETRIA E ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO ÓSSEO DE
CÁGADOS Podocnemis expansa, SCHWEIGGER, 1812 (TESTUDES,
PODOCMENIDAE)
Rodrigues, T.C. S. ¹; Lima, J. C. M. P. ¹; Caetano, D. P. ¹; Gomes, D. O. ¹; Silva Junior,
L. M. ¹; Marinho, A. V. ¹; Santos, A. L. Q. ¹
1-Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS), Faculdade de Medicina
Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Av. Amazonas, n˚ 2245,
Jardim Umuarama, Uberlândia-MG, CEP: 38405-302.
[email protected]
Os cágados Podocnemis expansa, conhecidos popularmente como tartaruga da
Amazônia, pertencem à família Podocmenidae, sendo os maiores testudines da América
do Sul. Habitam rios e lagos distribuídos pelas bacias dos rios Amazonas e Orinoco.
Com objetivo de avaliar o padrão de crescimento destes animais, vinte e três P. expansa
foram mantidas no Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres em um tanque de
3.000 litros, com temperatura constante entre 25°C e 27°C e alimentados com ração
para peixes onívoros. Com auxilio de um paquímetro com precisão de 0,05 mm os
animais foram medidos periodicamente durante 679 dias. Os padrões avaliados foram: o
comprimento e largura da carapaça, comprimento e largura do plastrão, altura e peso.
Ao final observou-se o crescimento médio de 92,98 mm do comprimento da carapaça,
enquanto sua largura apresentou aumento médio de 67,99 mm. Quanto ao plastrão,
obteve-se crescimento médio de 75,94 mm no comprimento e 46,99 mm na largura. A
altura e peso aumentaram em média 35,05 mm e 417,07 g respectivamente. Dessa
forma, tem-se que o comprimento da carapaça aumentou 250,74%, enquanto a largura
da carapaça aumentou 223,77%. O comprimento do plastrão teve crescimento de
245,92%, e a largura do plastrão cresceu 215,88%. A altura aumentou 233,47% e o
peso, 1122,50%. O crescimento ósseo total dos animais foi em média de 382,04%.
Palavras-chave: Testudines, biometria, tartaruga da Amazônia.
91
EFEITOS DO SULFATO DE COBRE NA ULTRA-ESTRUTURA DO
MÚSCULO CARDÍACO DE TILÁPIAS TAILANDESAS
(Oreochromis niloticus niloticus) EM CATIVEIRO
Alves, R. N.1;Waldemarin, K. C. A.2; Kalinin, A. L.3; Beletti, M. E4.
1-Instituto de Ciências Biológicas, UFU, Rua Rio Grande do Norte, 2638, apto 104,
Uberlândia, cep: 38.402-016
2-Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, UFSCar
3-Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, UFSCar
4-Instituto de Ciências Biomédicas, UFU
[email protected]
O descarregamento de poluentes como produtos industriais tóxicos, resíduos de
mineração e defensivos agrícolas, além do uso de algicidas no meio aquático, podem
levá-lo a uma contaminação por metais pesados, resultando em um acúmulo destes nos
peixes, o que representa um potencial risco, não somente a estes animais, mas também
aos seus consumidores. Atualmente a piscicultura é um ramo da zootecnia em evidência
no Brasil, fato relacionado à grande aptidão do país para esta atividade, ao clima
adequado, e a grande disponibilidade de água, acrescido pela ótima qualidade
nutricional característica de certas espécies de peixes. Dentre elas pode-se destacar a
tilápia tailandesa (Oreochromis niloticu niloticus) que representa uma linhagem com
melhoramento biológica e uma das espécies mais adequadas ao mercado pesqueiro
nacional e mundial. Como em todo setor de crescimento lucrativo, observam-se
características desenfreadas de recursos mal utilizados, o que resulta em uma maior
utilização de produtos químicos para controle das enfermidades dos peixes. Entre os
principais produtos utilizados em todo o mundo para o controle sanitário e de doenças
em piscicultura, destacam-se: sulfato de cobre, cloreto de sódio, permanganato de
potássio, azul de metileno, formaldeído, verde malaquita, triclorfon, e os antibióticos,
tetraciclina, eritromicina e a oxitetraciclina. Com o objetivo de avaliar as alterações
ultra-estruturais cardíacas provocadas pelo sulfato de cobre em tilápias tailandesas,
utilizou-se dois grupos experimentais, sendo o Grupo I correspondente à animais
controle e o Grupo II aos animais intoxicados durante 96 horas à 1ppm de CuSO4. O
tecido cardíaco de ambos os Grupos foi analisado ao microscópio eletrônico de
transmissão com o auxílio do programa HL Image 97. Os dados estatísticos relativos à
ultra-estrutura dos animais intoxicados indicaram edema celular acompanhado por
edema mitocondrial. Já as miofibrilas não apresentaram variações significativas entre os
grupos. Tais resultados sugerem que o sulfato de cobre prejudica a função oxidativa
mitocondrial, e conseqüentemente altera a performance cardíaca deste animal.
Palavras-chave: sulfato de cobre, Oreochromis niloticus niloticus, alterações ultraestruturais.
92
ANÁLISE AO MICROSCÓPIO DE LUZ DO MÚSCULO ESTRIADO
CARDÍACO DE TILÁPIAS TAILANDESAS (Oreochromis niloticus
niloticus) SUBMETIDAS À INTOXICAÇÃO POR SULFATO DE
COBRE (CuSO4)
Alves, R. N1.;Waldemarin, K. C. A2.; Kalinin, A. L3.; Beletti, M. E.4
1-Instituto de Ciências Biológicas, UFU, Rua Rio Grande do Norte, 2638, apto 104,
Uberlândia, cep: 38.402-016
2-Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, UFSCar
3-Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, UFSCar
4-Instituto de Ciências Biomédicas, UFU
[email protected]
Alterações significativas no desenvolvimento industrial mundial, como a crescente
urbanização e o surgimento de novas tecnologias, aumentam os efeitos antrópicos sobre
o ecossistema aquático e, especialmente, sobre as populações de peixes. A utilização,
muitas vezes indiscriminada, de drogas na piscicultura, denota a real importância do
estudo sobre os efeitos secundários que estas podem acarretar. Um dos principais
compostos que tem sua aplicação amplamente difundida na piscicultura como algicida,
fungicida e parasiticida, é o sulfato de cobre (CuSO4). No mundo todo, principalmente
no Brasil, a tilápia tailandesa (Oreochromis niloticus niloticus) tem se destacado como o
principal peixe de água doce cultivado e comercializado. Com o objetivo de avaliar as
alterações morfométricas cardíacas provocadas por esta droga em tilápias tailandesas,
utilizou-se dois grupos experimentais, sendo o Grupo I correspondente à animais
controle e o Grupo II aos animais intoxicados durante 96 horas à 1ppm de CuSO4. O
tecido cardíaco de ambos os Grupos foi analisado ao microscópio de luz com o auxílio
do programa HL Image 97. Observou-se então que os animais tratados não
apresentaram alterações significativas no diâmetro médio e na porcentagem de colágeno
dos cardiomiócitos após quantificação estatística dos dados. Tais resultados sugerem
que o sulfato de cobre não causou alterações morfológicas nos cardiomiócitos deste
animal mensuráveis ao microscópio de luz. O processamento para microscopia de luz
causa grande quantidade de artefatos de técnica, o que pode ter dificultado a
identificação de possíveis alterações morfométricas.
Palavras chave: sulfato de cobre, Oreochromis niloticus niloticus, alterações
morfométricas.
93
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO E
DIAGNÓSTICO PRECOCE DA GESTAÇÃO PARA REDUZIR A
DURAÇÃO DA ESTAÇÃO DE MONTA EM VACAS DE CORTE
Carneiro, L. C1.; Santos, R. M2.; Rezende, E. V3.; Campos, C.C3.; .
FAMEV – Faculdade de Medicina Veterinária (UFU – Universidade Federal de
Uberlândia)
[email protected]
O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização de um protocolo de inseminação
artificial a tempo fixo (IATF) e do diagnóstico precoce da gestação para reduzir a
estação de monta (EM) em vacas Nelore (Bos taurus indicus), bem como concentrar os
nascimentos dos bezerros em uma época mais adequada do ano. Foi utilizado um
rebanho de 113 matrizes da Fazenda Capim Branco, localizada em Uberlândia-MG,
estas foram submetidas à avaliação de condições de escore corporal, e dividas em
grupos de acordo com o dia pós-parto. Para auxiliar na redução da estação de monta foi
utilizado o seguinte protocolo de IATF: no primeiro dia (D0) colocação do dispositivo
intravaginal contendo progesterona (CIDR®) e uma injeção de cipionato de estradiol
(0,5 ml, ECP®, intramuscular,). No sétimo dia (D7) apenas as vacas que apresentavam
corpo lúteo no D0 receberam uma injeção de prostaglandina (PGF2α, 2,5 ml,
Lutalyse® intramuscular). No nono dia (D9), foi retirado o CIDR®, e os animais foram
tratados novamente com ECP® (0,5 ml, intramuscular) e foi feita remoção temporária
dos bezerros por 48 horas. Depois de 48 horas no D11, as vacas foram submetida à
inseminação com o sêmen do mesmo touro. A utilização de um protocolo de IATF,
diagnóstico precoce e um manejo intensivo melhoraram o desempenho dos animais. A
estação de monta reduziu de 149 dias para 105 dias, com isso melhorou-se a atividade
reprodutiva do rebanho, e haverá concentração de nascimento de bezerros em época
mais propícia do ano.
Palavras chave: Atividade Reprodutiva, Sincronização, Protocolo.
94
EFEITO ACARICIDA DA MISTURA OXIGÊNIO-OZÔNIO SOBRE
LARVA INGURGITADA DE Rhipicephalus sanguíneus.
Silva, T. L*.; Szabò, M. P. J.; Garcia, C. A.; Olegário, M. M. M.; Castro, I. P.; Souza,
M. A.;
*Tathiane de Lima Silva – Graduanda da Faculdade de Medicina Veterinária da
Universidade Federal de Uberlândia.
[email protected]
O Rhipicephalus sanguineus (Latreille, 1806), um carrapato cosmopolita, é, provavelmente, o
ixodídeo de mais ampla distribuição do mundo (Pegram et al., 1987). Dadas a ampla
disseminação do R. sanguineus pelo mundo, sua capacidade em desenvolver infestações
intensas em pouco tempo no cão e possibilidade de veiculação de agentes infecciosos para o
cão e o homem, seu controle têm apresentado uma demanda crescente. portanto torna-se
necessário o desenvolvimento de formas alternativas de controle desses carrapatos.É objetivo
deste trabalho é avaliar “in vitro” o efeito da mistura oxigênio - ozônio sobre larva do
carrapato Rhipicephalus sanguíineus e assim sua eficácia no controle desse parasito. As larvas
foram expostas ao ozônio em três tempos diferentes, de 15, 30 e 45 minutos, além do grupo
controle que foi mantido nas mesmas condições exceto pela exposição ao ozônio. Em cada
um dos grupos teste e o grupo controle foram usados um n de 100 larvas. Os carrapatos foram
alimentados em coelhos e posteriormente acondicionados em caixa de aço inoxidável
adaptada para este fim e conectada, via mangueira de silicone, a um gerador de ozônio com
capacidade de produção de 0,014 g/o3/hora ou 0,00023 g/o3/minuto, alimentado por ampola
de oxigênio com 99,5% de pureza, com pressão de 3,5 kgf/cm2 e fluxo de 5 litros/minuto,
durante 15, 30 e 45 minutos de exposição direta à mistura oxigênio – ozônio. O grupo que
obteve maior porcentagem de recuperação foi o grupo controle, e o que obteve pior resultado
foi o teste de 30 minutos. A porcentagem de muda ou porcentagem de ecdise também teve
essa mesma ordem de resultados, sendo que o tempo de maior exposição (45 minutos) teve
um resultado intermediário entre o tempo de 15 minutos e o tempo de 30 minutos. Os
resultados obtidos demonstram que a utilização de ozônio sobre as larvas do carrapato
Rhipicephalus sanguineus teve influência em sua porcentagem de ecdise e portanto sugere
uma possibilidade alternativa de acaricida, porém deve ser levado em consideração os
percentuais obtidos, pois os resultados não tiveram diferença significativa.
Palavras chave: Carrapato, cão doméstico, carrapaticida.
95
USO DO GRÃO DE MILHETO COMO FONTE ALTERNATIVA DE
ENERGIA NO CONCENTRADO DE VACAS LEITEIRAS
Cunha, K.A.R¹; Benedetti, E²
1 – Aluna de Graduação em Veterinária – FAMEV/UFU 2 – Professor Doutor Titular da FAMEV/UFU
[email protected]
O milheto (Pennisetum glaucum) é uma forrageira de clima quente, altamente adaptado
a clima seco e com presença de veranicos. Tolerante a solos pouco férteis, arenosos,
por isso interagindo-se bem com solos do Cerrado. Outra característica da planta é
suportar baixos índices de chuvas devido ao seu sistema radicular profundo, que permite
o alcance de água e de nutrientes para sua sobrevida. O objetivo deste trabalho foi
substituir totalmente o milho pelo milheto em concentrados iso protéico-energéticos,
para vacas em lactação. Fizeram parte das pesquisas 12 vacas mestiças em lactação,
após o pico de lactação, entre a 2° e 3° crias. As produções leiteiras eram de
17kg/vaca/dia a 20,8kg/vaca/dia, com média de 18, 5kg/vaca/dia. Os dias de lactação
eram entre 93 a 146 dias, com média de 129,5 dias em lactação. Os animais eram
confinados, no período de 88 dias, recebendo volumoso, 40 kg/animal/dia e 4,0kg de
concentrado/animal/dia. O concentrado era iso protéico-energético, sendo o milho
substituído pelo milheto em 33%, 66% e 100%. Estes constituíram os tratamentos,
distribuídos em quatro lotes, com três animais cada. A colheita das amostras de leite era
diária e estas encaminhadas para análises dos constituintes: gordura e proteína; media-se
também a produção, três vezes por semana. O ganho de peso dos animais era
acompanhado, com pesagem no inicio do experimento e a cada 28 dias. O Quadrado
Latino Randomizado foi aplicado como delineamento experimental. A análise de
variância foi realizada, com testes de médias NSK, em nível de 5% de significância. No
tratamento com 100% milho obteve-se teores de gordura de 3,55%, de proteína 3,02% e
de extrato seco de 12,30%; a produção média de leite foi de 16,45 kg ao dia e a média
de peso foi de 501,0 kg. Quando a base da alimentação foi de 66% milho, a gordura foi
de 4,25%, a proteína 3,17% e o extrato seco atingiu 11,80%, a produção média de leite
foi de 16,0kg ao dia e o peso de 506,0kg. O terceiro tratamento onde se usou 33%
milho os dados obtidos para gordura, proteína e extrato seco, respectivamente foram,
3,91%, 3,14% e 12,94%, já os níveis médios de produção de leite ficaram em 16,0kg ao
dia e 489kg de peso médio do lote. No quarto e último tratamento, 100% milheto, os
resultados foram bem semelhantes aos demais. A gordura foi 4,56% (CV=11,19%),
proteína, 3,65% (CV=6,23%) e o extrato seco, 13,13% (CV=6,84%); a produção média
leiteira por dia e o peso médio dos animais foram de 16,12kg (CV=11,93%) e 500,0kg
(CV=2,57%), respectivamente. Conclui-se que o milheto pode substituir o milho na
alimentação de vacas em lactação sob confinamento, reduzindo o custo do concentrado
pelo menor valor do milheto.
Palavras chave: milheto, nutrição de ruminantes, vacas em lactação, concentrado.
96
ATIVIDADE EDUCACIONAL PARA CRINÇAS DA SÉRIE
INTRODUTÓRIA CONHECEREM OS ANIMAIS
Ferreira, F.S.¹*; Araújo, C. E¹.; Lima-Ribeiro, A.M.C.²
1-Graduandas do Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária
da Universidade Federal de Uberlândia e Bolsistas do Programa de Educação Tutorial
(PET) Institucional da Faculdade de Medicina
2-Professora Doutora do Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Medicina
Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia e tutora do Programa de Educação
Tutorial (PET) Institucional da Faculdade de medicina Veterinária
[email protected]
O trabalho foi realizado na Escola Municipal Otávio Batista Coelho Filho, e contou
com a colaboração da Supervisora e Pedagoga Nice Martins e da professora de Ciências
da série introdutória Antônia Divina de Oliveira Faria. Foi incluído no planejamento da
professora uma palestra de graduandos em Medicina Veterinária intitulada
“Conhecendo os Animais”, em que as graduandas puderam demonstrar o conhecimento
adquirido no seu curso de maneira simplificada e útil para a comunidade infantil.
Pesquisas comprovam que a criança que convive com animais, é mais afetiva,
repartindo as suas coisas, é generosa e solidária, demonstra maior compreensão dos
fatos, é crítica e observadora, se sensibiliza mais com as pessoas e as situações.
Apresenta autonomia, responsabilidade, preocupação com a natureza, com os problemas
sociais e desenvolve boa auto-estima, também relaciona-se com desembaraço com os
amigos, tornando-se mais sociável, cordial e justo, sabendo respeitá-los. Por isso a
importância de se trabalhar com animais no Ensino Fundamental, despertando o
interesse das crianças pra com os mesmos. Os objetivos das alunas da Medicina
Veterinária foram ajudar os alunos de 6 anos, matriculados na série introdutória (antigo
pré de 6 anos) a reconhecer diferentes espécies animais, conhecer o modo de
alimentação de diferentes animais, sensibilizar e responsabilizar a criança para o
cuidado pelos animais e compreender a importância dos animais no seu cotidiano. Foi
utilizada uma apresentação em data show com muitas figuras de animais que iam
aparecendo enquanto uma das alunas falava sobre o tema. Os alunos que assistiram a
palestra aumentaram significativamente seu rendimento escolar e seu interesse pelas
aulas que falavam sobre animais. Foram realizadas palestras em outras séries por outros
alunos da graduação e segundo a professora a série que mais demonstrou interesse pelo
tema foi a introdutória. Visto que houve um aumento do rendimento escolar dos alunos
e uma maior atenção nas aulas pode-se concluir que o trabalho foi muito proveitoso para
os alunos e para a professora, tornando o aprendizado mais fácil. E isto faz com que as
graduandas tenham a intenção de continuar o projeto.
Palavras Chave: ensino, animais, crianças.
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