Discurso pronunciado pelo Vital Rêgo na do Filho, Deputado Sessão da Câmara dos Deputados, no dia 08 de dezembro de 2009. Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados. Meu tribuno no dia hoje é para fazer referencia sobre os debates sobre aquecimento global que iniciado ontem em Copenhagen. São 17 anos de negociações e agora a sensação é que chegamos a um ponto realmente importante, ou seja, o mundo começa a sentir os efeitos devastadores do aquecimento global face ao grande buraco existente na camada ozônio que envolve a terra. Nesse período, houve três grandes marcos: Rio de Janeiro, onde tudo começou, Kyoto, onde foi feito o acordo e agora Copenhague. O mundo inteiro se mobilizou para Copenhague. Além de especialistas, ambientalistas, o assunto envolve pessoas comuns, preocupadas com o futuro do mundo para seus filhos e netos. Outra coisa que dá mais esperança à reunião é que os maiores poluidores do mundo assumiram metas: Estados Unidos, China, Brasil e Índia, por razões diferentes, não tinham metas. Passaram a ter. Isso faz a reunião ser a mais importante de todas. A reunião mundial sobre mudanças climáticas, iniciada nesta segunda-feira em Copenhague, não será um fracasso, como muitos acreditavam, pois graças a compromissos para diminuição de emissões de gases já anunciados por vários países que tiveram o Brasil como impulso e terá outros seguidores. O anúncio feito pelo Brasil de que buscará reduzir suas emissões de gases-estufa em até 38,9 por cento até 2020 fez com que outros países apresentassem números, que acreditamos serem significativos para a mudança dos efeitos maléficos ao planeta. A posição brasileira também provocou a China e os Estados Unidos, os dois maiores emissores do mundo, a abandonarem a posição de "abraço dos afogados" no sentido de submergirem o mundo no derretimento das geleiras. Com tantos países preocupados com o clima da terra, um acordo global para reduzir as emissões de gases-estufa, apontados como responsáveis pelas mudanças climáticas, tem esbarrado em questões como a divisão das reduções de emissões entre países ricos e em desenvolvimento e o financiamento para que países pobres consigam lidar com as mudanças do clima. Em outras palavras, um golpe violento deve vir no futuro. Copenhague representa atitudes e aspirações. O próximo ano deve representar resultados. E pode ser que não haja nenhum resultado significativo sem a liderança dos EUA, segundo maior emissor de gases no geral, perdendo apenas a China. Todavia, todos os países devem manter a vigilância global. Os líderes europeus exigiram a criação de um fundo de assistência climática global exatamente para essa proposta, com uma contribuição mínima anual de US$ 10 bilhões fornecida pelos países ricos. A Casa Branca anunciou na semana passada que os EUA pagariam por seu “quinhão”. Isso é uma boa notícia. Mas o presidente americano precisará da aprovação do Congresso. Caso ele queira fechar um acordo abrangente, terá um grande trabalho pela frente para vender sua proposta. Caros pares, O Brasil,terá que se comprometer com a proteção de suas florestas, evitando o grande desmatamento que ocorre de forma desordenada, bem com cobrar dos países ricos a diminuição dos gases poluentes. Finalizando, temos que ressaltar que a imprensa do mundo cobrará diariamente o acordo firmado em Copenhagen e que nós dentro do Congresso Nacional temos que cobrar do governo atitudes mais enérgicas no sentido da colaboração integrada em prol do planeta. Muito obrigado.